Análise do Mercado de Fertilizantes
Rio de Janeiro, 17/11/2009
José Alberto Montenegro Franco
Petrobras
Índice
1 – Alimentação e Agroenergia
1.1 – Contexto Mundial 1.2 – Contexto Nacional2 – Fertilizantes
2.1 – Histórico2.2 – Matriz de Produção de Fertilizantes 2.3 – Produção e Mercado Mundial
2.4 – Produção e Mercado Brasileiro 2.5 – Preços
Alimentação e Agroenergia
Contexto Mundial
Os dez maiores problemas para a
humanidade nos próximos 50 anos
Agroenergia
Mundo: produção de etanol
0 10 20 30 40 50 60 70 Oceania
Leste Europeu e Ásia Central África Oeste da Ásia Europa Central e Ocidental América Latina e Caribe América do Norte Sul da Ásia Leste da Ásia Milhões de Toneladas Média 2004/05 a 2006/07 Variação 2011/12 ~70% do incremento é esperado ocorrer no Sul e no
Leste da Ásia
Evolução da Demanda por Região
0 25 50 75 100
1990
1995
2004
Outros Fertilizantes Nitrogenados AS AP ABC AN-CAN Uréia Milhões de Toneladas de Nitrogênio35
%44
%51
%Distribuição do Consumo de Fertilizantes
Nitrogenados no Mundo
Outros 1%
Nafta
145.8 milhões de toneladas de Nitrogênio
Gás Natural
67
%27
% ÍNDIA92
% Oléo EUROPA31
% CHINA24
% ÍNDIA24
% Carvão CHINA97
%2
%3
%Capacidade de Produção de Amônia por Tipo
de Matéria Prima em 2007
0 20 40 60 80 100 Uréia
AN MAP/DAP
UAN
Milhões de Toneladas de Nitrogênio 2006 2010
Evolução da Capacidade de Produção dos
Fertilizantes Nitrogenados
Alimentação e Agroenergia
Contexto Nacional
Balança comercial brasileira:
evolução do saldo
Fertilizantes – necessidade dos solos
brasileiros
Fertilizantes – dependência do
mercado externo
Investimentos no país – Fertilizantes Nitrogenados
Estudos para definição de novas unidades de Amônia e Uréia 2006/09
Incorporação da Nitrofértil à Petrobras (FAFEN)
Privatização da Ultrafértil e posterior incorporação na Fosfértil 1993
Ultrafértil – Fábrica de Araucária 1983
Nitrofértil – Fábrica de Laranjeiras 1982
Nitrofértil – COPEB II – Fábrica de Camaçari 1978
Constituição da Petrofértil (Nitrofértil, Ultrafértil, Goiasfértil, Fosfértil, ICC)
1976
Petrobras assume controle acionário da Ultrafértil (Petroquisa) 1974
Petrobras – COPEB I – 1ª Fábrica de Uréia no Brasil 1971
ULTRAFÉRTIL – (ULTRA x PHILLIPS x IFC) – Maior complexo de fertilizantes na AL
1970
FAFER / RPBC – 1ª Fábrica de Amônia e Nitrato de Amônia 1958
Fertilizantes - Matriz de Produção de
Fertilizantes
MUNDO – PRODUÇÃO E CONSUMO DE URÉIA
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 ( *) 2 0 0 8 ( *) 2 0 0 9 ( *) 2 0 10 ( *) 2 0 11( *) 2 0 12 ( *) M il Ton de NPRODUÇÃO CONSUMO DISPONIBILIDADE (*)-PREVISÃO
Uréia Granulada como novo padrão. O processo de perolação está sendo substituído pelo de granulação nos novos projetos de fábricas no mundo inteiro.
Capacidade de produção de Uréia no
Mundo
Fonte : FERTECON
PARTICIPAÇÃO DOS PAÍSES NAS EXPORTAÇÕES
MUNDIAIS DE URÉIA
15% 11% 9% 8% 6% 5% 5% 5% 4% 32%RÚSSIA UCRÂNIA QUATAR ARABIA SAUDITA
CANADA EGITO OMAN CHINA
PARTICIPAÇÃO DOS PAÍSES NAS IMPORTAÇÕES
MUNDIAIS DE URÉIA
15% 14% 5% 5% 4% 3% 3% 3% 3% 45%ESTADOS UNIDOS ÍNDIA BRASIL TAILÂNDIA
MÉXICO TURQUIA FRANÇA ITÁLIA
- Razões para o crescimento das exportações mundiais:
1° Construção de grandes plantas destinadas à exportação em países
com baixo custo de gás natural;
2° A expansão do consumo (fertilizantes e industrial) em áreas com
limitados recursos em gás natural.
-
O grande aumento nas exportações decorrente do aumento, nos
últimos anos, do preço do gás nos EUA; fechando plantas
responsáveis por uma produção de 7,5 milhões ton /ano.
-
Metade do crescimento, previsto, da produção mundial de amônia e
uréia, até 2015, será em países com alto consumo interno de
fertilizantes (China, Paquistão e Egito). O restante será em países
com preços baixos de gás natural (Norte da África e Oriente Médio).
63 25 12 62 26 12 56 21 23 26 33 41 76 23 1 68 11 21 64 16 20 61 26 13
CHINA ÍNDIA EUA BRASIL PAQUISTÃO INDONÉSIA FRANÇA CANADA
N P205 K2O
PARTICIPAÇÃO DOS NUTRIENTES NO CONSUMO DE
FERTILIZANTES ( Em % - 2007)
Produção Brasileira
Petrobras Fosfértil Cubatão/SP Gás de refinaria Araucária/PR Resíduo asfáltico Camaçari/BA Gás natural Laranjeira/SE Gás naturalAproximadamente 90% da produção mundial é baseada no gás natural. O restante divide-se em iniciativas como a utilização de carvão, na China, e nafta, na Índia.
Distribuição do Consumo de Uréia Por
Cultura no Brasil
Consumo de Uréia por Cultura 2006
30,09% 23,98% 17,24% 5,82% 5,79% 5,63% 4,89% 4,33% 1,12% 0,69% 0,03% 0,39%
MILHO CAFÉ CANA-DE-AÇÚCAR ARROZ
FEIJÃO TRIGO ALGODÃO PASTAGEM
REFLORESTAMENTO SORGO GIRASSOL BATATA
Milho, café e cana-de-açúcar representam cerca de 71% do consumo de uréia
236 254 313 294 17 0 0 0 0 0 0 11 0 100 200 300 400
TRINIDAD E TOBAGO VENEZUELA HOLANDA
2005 2006 2007 2008
IMPORTAÇÕES DE AMÔNIA
Total importado (mil ton) : 2005 : 253 2006 : 254 2007 : 313 2008 : 307
FONTE: MDIC/SECEX mil de ton produtos
631 776 1.205 944 369 226 757 707 304 314 154 106 149 146 86 75 68 90 64 0 0 33 192 178 37 3 52 222 0 200 400 600 800 1000 1200 1400
RÚSSIA UCRÂNIA ARGENTINA VENEZUELA BELARUS CATAR OUTROS
2005 2006 2007 2008
IMPORTAÇÕES DE URÉIA
Total importado (mil ton) : 2005 : 1.558 2006 : 1.588 2007 : 2.510 2008 : 2.102
FONTE: MDIC/SECEX mil de ton produtos
39,0 61,0 28,3 71,7 30,4 69,6 36,0 64,0 36,2 63,8 24,6 75,4 26,6 73,4 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 02 03 04 05 06 07 08
PRODUÇÃO NACIONAL IMPORTAÇÕES
PARTICIPAÇÃO DA PROD.NACIONAL E IMPORTAÇÕES NA OFERTA DE
FERTILIZANTES NITROGENADOS
Taxa de crescimento do mercado (2008-2020) - de 3,4% a.a.
URÉIA - PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DO
MERCADO BRASILEIRO
Fosfértil - 570.000 t/a
CAPACIDADE ATUAL FAFEN-BA - 420.000 t/a TOTAL - 1.500.000 t/a
FAFEN-SE - 510.000 t/a 3.013 3.081 3.161 3.274 3.391 3.512 3.639 3.771 3.916 4.076 4.252 4.444 4.655 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Milhões de toneladas FONTE: PETROBRAS
- Mercado mundial, aberto e competitivo;
- Demanda derivada – depende da demanda por produtos agrícolas;
- Fertilizantes e petroquímicos são commodities;
- Vários produtores mundiais;
- Preços voláteis (balanço oferta-demanda, mercado sazonal e competitivo);
• Tomadora de Preços : A indústria nacional de amônia e uréia, em decorrência das
características do mercado nacional (baixa barreira tarifária, vantagem tributária aos importados, demanda oposta a do hemisfério norte) atua como “Tomadora de
Preços”, isto é, pratica preços compatíveis aos das importações.
Características do Mercado Nacional
Preços
Preços Internacionais e
Dependência
Histórico e previsão de preços - Gás Natural - até 2012
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 USD/MMBTUFonte: FERTECON/ Amônia Outlook 3T/2007
Rússia Oriente Médio Ucrânia Europa USA África do Norte
Preço
(Gás Natural)Fonte: FERTECON Amônia 2008
Preço de Amônia
PREÇOS REFERENCIAIS DA URÉIA – 1995/2008
( US$/TON-FOB,À VISTA,EX-IMPOSTOS/TAXAS)
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 J/95 J/96 J/97 J/98 J/99 J/00 J/01 J/02 J/03 J/04 J/05 J/06 J/07 J/08 J/09 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Nacional ImportadoDesafios e Oportunidades para a expansão
de produção de amônia e uréia no Brasil
Planta de Amônia 760.000 t / ano PETROBRAS Gás Natural 2.400.000 M³/dia Planta de Uréia 1.000.000 t / ano MERCADO CO2 170.000 t/ano MERCADO URÉIA 1000.000 t/ano AMÔNIA 574.000 t/ano AMÔNIA 186.000 t/ano MERCADO AMÔNIA 186.000 t/ano CO2 942.000 t/ano CO2 772.000 t/ano Água 800 M³/H Utilidades e Cogeração Água VAPOR E.E. ÁGUA VAPOR E.E. 400.000 M³ / dia 2.000.000 M³ / dia Fonte: PETROBRAS
Proposta para um novo Complexo
de Amônia e Uréia
• Fornecimento e preço de matéria-prima – a redução no fornecimento do gás
boliviano e, conseqüentemente, o aumento do preço é a maior barreira para a aprovação de novos projetos;
• Isonomia – Falta de tratamento isonômico entre produtos nacionais e importados,
garantindo uma justa competição no mercado, que hoje é totalmente favorável ao produto importado.
• Elevado nível de investimentos requeridos.
• Criação de linhas de financiamento para aquisição do produto nacional nos mesmos padrões de prazo e juros das concedidas internacionalmente.
Condições atuais do mercado nacional de fertilizantes: várias
barreiras, dificultando a viabilidade econômica de novos projetos
de unidades industriais. Abaixo as principais:
• Necessidade de redução da dependência externa de fertilizantes nitrogenados. • Elevado potencial do país para se tornar o maior produtor agrícola mundial. • Nível de prioridade governamental dado ao projeto.
• Perspectivas de novas descobertas de gás no país.
O Brasil reúne as maiores áreas agriculturais disponíveis, bem
como 20% do volume de água doce do mundo. Daí, há efetivas
possibilidades do Brasil se tornar o maior produtor de grãos,
carnes e biocombustíveis do mundo.
Palestrante: José Alberto Montenegro Franco Consultor Sênior
Telefone: (71) 3642-4786 Ramal: 828-4786