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Acerca dos achados fossilíferos da Megafauna extinta da Paraíba

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Acerca dos achados fossilíferos da Megafauna extinta

da Paraíba

Mayla Maria Avila CORREA

1

Juliana Carla Silva de CARVALHO

2

Juvandi de Sousa SANTOS

3

1 Estudante de Ciencias Biológicas pela UEPB e estagiária do Museu de História Natural da UEPB/Laboratório de

Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba (LAPAP-UEPB). (mayla.bio@gmail.com)

2 Bióloga e estagiária do Museu de História Natural da UEPB/Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da

Universidade Estadual da Paraíba (LAPAP-UEPB). (julianacarla.bio@gmail.com)

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C am pi na G rande -P B , Ano III – Vo l.1 - N úm er o 05 – S et /O ut d e 201 2

ACERCA DOS ACHADOS FOSSILÍFEROS DA MEGAFAUNA

EXTINTA DA PARAÍBA

RESUMO

Porém, apenas em 1962 houve uma grande expedição no Estado realizada por Paula Couto e Antônio Ramos. Os fósseis encontrados foram enviados para o Museu Nacional no Rio de Janeiro e sua coleção de paleovertebrados conta com mais de 200 peças fósseis vindas da Paraíba. Apenas a partir de 1980 inicia-se uma série de estudos advindos dos fósseis depositados no Museu Nacional. A listagem sofreu alterações em 1989 e posteriormente em 1997. Em 2004 um novo levantamento foi realizado e novos dados foram agregados. Em todos esses estudos, foi constatado que há predominância de megafauna, principalmente de herbívoros, na Paraíba. Nos últimos 6 anos, novos estudos estão sendo realizados, enriquecendo o conhecimento acerca da megafauna paraibana. Os grupos de megamamíferos encontrados até o presente momento na Paraíba são: Camelidae, Dasypodidae, Equidae, Felidae, Gomphotheriidae, Glyptodontidae, Macraucheniidae, Megalonychidae, Megatheridae, Mylodontidae, Pampatheriidae e Toxodontidae.

PALAVRAS-CHAVE

: Megafauna, Pleistoceno, Paleontologia

ABSTRACT

Since the 19th century fossils records of Pleistocene animals are found in Paraíba. However only in 1962 a great expedition has taken place in the state , directed by Paula Couto e Antonio Ramos. The fossils found in the search were send to the National museum of Rio de Janeiro , the collection of fossils has more than 200 exemplars of paleovertebrates from the Paraíba. Only after 1980 a series of studies begun , analyzing the fossils stored at the National Museum . The listing of the fossils suffered alterations in 1889 and later in 1997. In the year of 2004 a new research was made and new data was obtained . On all this studies war confirmed the predominance of megafauna , mostly in herbivores on Paraíba. In the last 6 yers new research are being performed , improving the knowledge about the megafauna of paraíba. The groups of megamammals found till present time in Paraíba are : Camelidae, Dasypodidae, Equidae, Felidae, Gomphotheriidae, Glyptodontidae, Macraucheniidae, Megalonychidae, Megatheridae, Mylodontidae, Pampatheriidae E. Toxodontidae.

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Desde os achados fossilíferos de megafauna pleistocênica encontrados por Charlie Darwin em sua visita à Argentina e ao Uruguai à bordo do Beagle, as pesquisas paleontológicas começaram a cada vez mais a se propagarem (XAVIER, 2012). Nas pesquisas sobre a megafauna pleistocênica da América do Sul, os países que mais publicam e atualmente se destacam com as suas pesquisas são: a Argentina, o Uruguai e o Brasil.

Nos países cisplatinos, boa parte da contribuição científica deve-se à Tonni & Fidalgo (1978, 1982); Tonni & Quiroga ; Ubilla (1985); Ubilla & Martinez (1987) e Prado et al (1987). Mais recentemente, em 2011, Daniel Perea et al publicaram a 2ª edição do livro Fósiles de Uruguay, obra esta que reúne os estudos paleontológicos realizados no país como também uma introdução ao estudo da paleontologia geral.

São também conhecidos, para os demais países de língua espanhola da América do Sul, trabalhos que contribuem com o acervo da fauna pleistocênica sul americana, publicados no Peru (e.g. Bonavia, 1996) e Paraguai (e.g. Carlini & Tonni, 2000).

HISTÓRICO DAS PESQUISAS REALIZADAS NO NORDESTE BRASILEIRO

No Brasil se têm encontrado muitos fósseis de mamíferos pleistocênicos em vários Estados, a exemplo os estudos realizados por Cástor Cartelle na Bahia e Minas Gerais; Carlos de Paula Couto em quase todo o Brasil, e Peter Lund em Minas Gerais (XAVIER, 2012). Na região Nordeste, além dos já referidos, outros autores também já fizeram inúmeras publicações dos resultados de seus estudos. Entre estes, pode-se citar aqueles que são praticamente obrigatórios como fonte de consulta antes de se iniciar em qualquer pesquisa nesta área: Bergqvist (1989); Bergqvist et al (1997); Bergqvist & Almeida (2004); Porpino (2000); Porpino & Santos (1997; 2003); Porpino et al (2004); Oliveira et al (2009; 2010).

Outra contribuição significativa está presente no trabalho de Viana et al (2007), no qual os autores citam possíveis distribuições geográfica de sítios paleontológicos que contém megafauna pleistocênica por todo território nordestino.

A MEGAFAUNA PLEISTOCENICA PARAIBANA

Segundo Bergqvist (1989), a Paraíba é considerada um dos estados brasileiros mais ricos em fósseis Mesozóicos e Cenozóicos. Porém, mesmo com achados que datam desde o

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século XIX sobre o aparecimento de fósseis pleistocenicos, somente em 1962 houve uma grande expedição no Estado realizada por Paula Couto e Antônio Ramos, que exploraram um tanque no município de Taperoá e recolheram fósseis de mamíferos coletados em Campina Grande. Os fósseis encontrados foram enviados para o Museu Nacional no Rio de Janeiro (hoje pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro) e sua coleção de paleovertebrados conta com mais de 200 peças fósseis vindas da Paraíba. Neste contexto, Bergqvist (op. cit) elaborou uma listagem sistemática dos fósseis provenientes do Estado com seus locais de coleta e um breve histórico das pesquisas. Neste histórico, a autora refere-se ao naturalista francês Louis Jaques Brunet como sendo o pesquisador pioneiro a explorar o Nordeste brasileiro, registrando entre os anos de 1854 a 1859, 59 ocorrências nos estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará de restos de mamíferos pleistocênicos. Posteriormente, diversos fósseis foram encontrados ocasionalmente pelos habitantes da região, ao escavarem determinadas áreas para a abertura de cacimbas. Entre as inúmeras informações incompletas destes achados, um fragmento de mandíbula de Eremotherium spillmann, 1948 foi descrito pelos pesquisadores Machado e Costa em 1890.

Bergqvist (op. cit.) fez uma revisão na literatura referente às localidades fossilíferas da Paraíba, corrigindo algumas informações, acrescentando novos dados do Museu Nacional e, desta forma, criando uma nova listagem dessas localidades.

Além do levantamento histórico das pesquisas e a nova listagem das localidades fossilíferas no estado da Paraíba, Bergqvist (op.cit.) apresenta os resultados obtidos após sua revisão do material pertencente à Coleção de Paleovertebrados do Museu Nacional que realizou em dissertação de Mestrado, ainda em 1989. Na relação apresentada, houve divergência quanto aos mamíferos representantes do Pleistoceno. O quadro I mostra as duas listagens realizadas por Paula Couto e por Bergqvist.

Paula Couto (1980) Bergqvist (1989)

Equus Eremotherium Glossotherium Haplomastodon Hemiauchenia Lama Macrauchenia Mazama Pampatherium Panochthus Parapanochthus Protocyon Scelidodon Smilodon Toxodon

Equus (A.) neogaeus Eremotherium laurillardi Felinae Glossotherium sp Haplomastodon waringi Hippidion principale Holmesina paulacoutoi Palaeolama major Ocnopus gracilis Panochthu greslebini, P. jaguaribensis Panocthus sp Xenorhinotherium bahiense Toxodontidae

QUADRO I – Relação dos mamíferos pleistocênicos do Estado da Paraíba trabalhados pelo Museu Nacional

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No quadro acima, pode-se observar que houve várias alterações na quantidade de táxons identificados por Paula Couto e posteriormente por Bergqvist. Na segunda listagem, os fósseis identificados como Macrauchenia e Pampatherium foram transferidos para os gêneros e Xenorhinotherium e Holmesina respectivamente. Já, por serem pouco numerosos e apresentarem semelhanças com Haplodontheriinae e com Toxodontinae, os fósseis identificados como Toxodon passaram a ser identificados como Toxodontidae. O gênero Parapanochthus, cuja espécie única é P. jaguaribensis, caiu na sinonímia do gênero Panochtyhus (Bergqvist, 1989). Na listagem atualizada, Bergqvist retira Scelidodon, Hemiauchenia, Lama, Protocyon, Mazama e Smilodon por não encontrar material pertencente a estes gêneros. Além disto, registra-se pela primeira vez no Estado, a ocorrência de Ocnopus, Hippidion e Palaeolama.

Em 1997, Bergqvist et al publicam artigo com um estudo mais detalhado referente ao relatório de Carlos de Paula Couto em sua expedição pelo Nordeste aos municípios de Taperoá e Campina Grande em 1962. Além de uma listagem atualizada das faunas pleistocênicas locais (quadro II), os autores ainda buscaram explicar as possíveis causas destes fósseis estarem presentes no interior dos tanques:

Três hipóteses foram propostas para explicar a presença de fósseis no interior dos tanques (Moreira et al. 1971, Rolim 1974): 1) os animais caiam ou jogavam-se dentro dos tanques (últimos reservatórios d´água) para saciar a sede durante um período de “seca quaternária”, não conseguindo mais sair; 2) ficavam presos por atolamento nos tanques mais rasos; 3) morriam nos arredores e eram levados para dentro dos tanques por enxurradas.

É provável que animais habituados a se aventurar em cursos d‘água, tenham se jogado, outros, na tentativa de beber água, tenham escorregado nas paredes íngremes, que transformavam os tanques em verdadeiras armadilhas (Oliveira et al. 1989). No entanto, se a maioria dos animais morresse dentro dos tanques, maior número de crânios e ossos pós-cranianos deveria ser encontrado, devido à geometria desses depósitos que impede o transporte dos fósseis do seu interior para outros locais (BERGQVIST et al,1997).

A hipótese mais aceita para a presença destes fósseis nos tanques é a de que sejam restos aleatórios de animais que morreram nas proximidades destes, tendo sido levados para o seu interior por enxurradas (BERGQVIST et al, 1997).

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Listagem atualizada de Megafauna pleistocênica localizada nos municípios de Campina Grande e Taperoá na Paraíba

E. Laurillardi Glossotherium sp Holmesina Paulacoutoi Panochthus greslebini Panochthus jaguaribensis Xenorhinotherium bahiense Toxodontidae indet. Haplomastodon waring Hippidion principale Equus (A.) neogaeus Palaeolama major Smilodon populator

QUADRO II – Relação da megafauna pleistocênica do Estado da Paraíba localizados nos municípios de Campina

Grande e Taperoá segundo Bergqvist et al 1997. Fonte: Adaptado de Bergqvist, 1997.

No estudo realizado por estes autores, foi constatado que a fauna de megaherbívoros possui a maior quantidade de representantes em ambos os municípios. Os registro fósseis descritos nesse estudo trazem novas informações acerca da primeira e segunda listagem, já citadas no quadro 1, divulgadas por Paula-Couto e Bergqvist respectivamente. Algumas informações sobre a primeira listagem foram adicionadas: E. Laurillardi é uma das espécies mais abundantes do quaternário brasileiro, principalmente no Nordeste do país. Considerada uma das maiores preguiças já encontradas. Glossotherium sp está mal representado na fauna-local de Campina Grande com material pouco significativo para uma descrição mais precisa. Porém, é provavelmente da espécie Glossotherium aff. G. lettsomi, descrita originalmente no Uruguai. Megalonychidae indet. Foi identificado inicialmente por Paula-Couto como Scelidodon. Há chance de ser Ocnopus gracilis. Holmesina Paulacoutoi: Paula-Couto identificou o único osteodermo como Pampatherium. Cartelle et al (1989) propôs a combinação H. paulacoutoi devido a peça apresentar nítida elevação central distintamente de P. typum e P. humboldti e similaridade em P. paulacoutoi em conjunto com semelhanças no crânio e dentição com o gênero Holmesina. Panochthus greslebini é endêmico do nordeste e possivelmente mais comum no norte da região. Todas as peças estudadas por Paula Couto foram identificadas como representando um único exemplar fóssil. Panochthus jaguaribensis: proposta por Moreira (1965), o gênero Parapanochthus jaguaribensis foi proposto para a identificação desses fósseis. Bergqvist et al após reverem o material e compará-lo com demais Espécies de Panochthus, discordam da nomenclatura e propõem a reutilização da nomenclatura original. Smilodon populator: é o felino mais bem representado nas faunas-locais de Taperoá e Campina Grande. Xenorhinotherium bahiense: É o segundo táxon mais abundante na Paraíba e bastante encontrado atualmente nos demais Estados do Nordeste. Toxodontidae indet.: os dentes

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coletados possivelmente pertenceram a Trigodonops lopesi. Porém, há duvidas quanto aos ossos da mão haverem pertencido a este último ou a T. platensis. Haplomastodon waringi: proboscídeos mais avantajados que os elefantes atuais, podem ser encontrados por todo o território brasileiro, com maior frequência nas proximidades do litoral. Hippidion principale: mesmo sendo contemporâneo a E. (A.) neogaeus, possuía características mais primitivas. Este é o primeiro registro da espécie para a Paraíba. Equus (Amerhippus) neogaeus: O subgênero Amerhippus foi proposto para representantes que divergiam principalmente das demais formas sul-americanas por possuírem corpo mais avantajado. Apresentava hábitos similares aos cavalos atuais, que vivem em planícies cobertas de gramíneas. Palaeolama major: O material proveniente da expedição à Paraíba foi identificado primeiramente por Paula como Hemiauchenia e Lama. O esqueleto de P. major é semelhante ao das lhamas atuais, porém mais avantajado.

Santos (2009a), afirma que frequentemente pode-se encontrar no semiárido nordestino ossos fossilizados depositados em tanques naturais de rochas graníticas que pertenceram a megafauna da região. Santos (2008b) cita e descreve três lagoas pleistocênicas localizadas no estado da Paraíba que possuem registros fossilíferos de megafauna:

Lagoa de Dentro (Campina Grande – Puxinanã): Foram encontrados fosséis com ótima preservação, com porções raras de fossilizarem-se. Uma equipe vinda da Universidade Federal da Paraíba, organizada pelo professor José Augusto Costa de Almeida fez o salvamento do material. Os resultados dos exemplares encontrados na exploração foram divulgados em Almeida (1999);

Lagoa Salgada/Lagoa Encantada (município de Areial): os fósseis apresentam bom estado de preservação. Parte dos restos fósseis foram exumados e parte ainda permanece in situ (Santos,2008b);

Lagoa de Pedra (município de Esperança): Apresenta fósseis de ossos fragmentados. Comumente aparecem aflorando no sedimento diversos pedaços de ossos não identificados, de dentes e de vértebras.

Os fósseis encontrados pertencentes a megafauna pleistocênica estão listados no quadro 3.Nas três lagoas, o processo de preservação do material fóssil se deu através de permineralização de sílica nos poros e microporos do material ósseo. O material fóssil in situ ainda encontrado nas localidades, necessita de medidas urgentes de salvamento para que não seja ainda mais danificado. Santos (2008b), propõe soluções para a preservação de cada lagoa. Como por exemplo a conclusão do Parque Temático “Mastodonte” para Lagoa de Dentro,

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salvamento dos fósseis existentes em Lagoa Salgada, depositando o material fóssil em museu ou local apropriado para este fim e, por último, uma sondagem para um futuro salvamento do material fóssil a ser depositado em um museu, de preferência n próprio município de Esperança.

Espécies de Megafauna encontradas em três Lagoas Pleistocênicas da Paraíba

Lagoa de Dentro Lagoa Salgada Lagoa de Pedra

Eremotherium laurillardi Haplomastodon waringi Smilodon populator Panochtus greslebini Xenorhinotherium bahiense Toxodon Platensis Eremotherium laurillardi

Haplomastodon waringi Eremotherium laurillardi Haplomastodon waringi

QUADRO III - Listagem das espécies de Megafauna Pleistocenica encontradas em Lagoas Pleistocenicas da

Paraíba. Fonte: Adaptado de Santos (2008ª)

Atualmente, novas pesquisas sobre a megafauna pleistocênica paraibana estão sendo desenvolvidas. Carvalho (2012) realizou seu trabalho de conclusão de curso com o estudo tafonômico de um exemplar de Haplomastodon waringi extraído de Lagoa Salgada e, que atualmente, encontra-se no Museu de História Natural da UEPB. Outros registros fósseis estão sendo estudados e identificados. Além de H. waringi, foram encontrados fragmentos fósseis de exemplares de Megatheridae e Gliptodontidae ambos também depositados no MHN (figura 1).

Figura 01 – Alguns fósseis depositados no Museu de História Natural da UEPB: A e B vértebra toráxica e cervical de H. waringi respectivamente; C) dente de Megatheridae; D) fragmento de fêmur de Megatherida; E) Fragmentos de duas vértebras de Megatheridae; F) osteodermos de Gliptodontidae;

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DISCUSSÃO

Mesmo apresentando grande diversidade de fósseis de megafauna pleistocênica, os estudos realizados na Paraíba ainda são escassos. São poucos os pesquisadores que se dedicam ao estudo paleontológico do Estado e menor ainda a divulgação estabelecida com a comunidade sobre a riqueza de espécies de Megafauna Pleistocênica e sua importância científica e cultural. Faz-se necessário um estudo mais aprofundado dos sítios paleontológicos já identificados para futuros salvamentos do material fóssil. Além disso, deve-se estabelecer com prefeituras locais, um programa de conscientização da população para a importância da preservação dos fósseis e manutenção dos locais onde estes sejam depositados.

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