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A Maçonaria Na Revolução Francesa - Por Ernesto Milá

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Academic year: 2021

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A Maçonaria na Revolução Francesa A Maçonaria na Revolução Francesa  por Ernesto Milá

 por Ernesto Milá

A revolução americana logo se espalhou na Europa; o primeiro contágio produziu-se na A revolução americana logo se espalhou na Europa; o primeiro contágio produziu-se na França ao fim do século X!!!" A crise da sociedade francesa e das estruturas feudais foram as França ao fim do século X!!!" A crise da sociedade francesa e das estruturas feudais foram as causas #o$%etivas# &ue favoreceram a eclosão da revolução de '()* &ue li&uidou o antigo regime; causas #o$%etivas# &ue favoreceram a eclosão da revolução de '()* &ue li&uidou o antigo regime;  porém

 porém provavelmente provavelmente os os acontecimentos não acontecimentos não teriam teriam se se desenrolado desenrolado como como o o fizeram fizeram se se não não fossefosse  pela

 pela e+ist,ncia e+ist,ncia de de uma uma estrutura estrutura organizativa organizativa &ue &ue operou operou ao ao modo modo de de um um detonador detonador dosdos acontecimentos" al detonador. como no caso da revolução americana. foi a maçonaria. verdadeiro acontecimentos" al detonador. como no caso da revolução americana. foi a maçonaria. verdadeiro responsável intelectual da

responsável intelectual da /evolução Francesa"/evolução Francesa"

Franco-Maçonaria Católica Franco-Maçonaria Católica

0 contingente de e+ilados &ue seguiram 1ames !! 2tuart. depois dele ser e+pulso do trono 0 contingente de e+ilados &ue seguiram 1ames !! 2tuart. depois dele ser e+pulso do trono  $rit3nico. estava composto fundamentalmente por cat4licos &ue

 $rit3nico. estava composto fundamentalmente por cat4licos &ue imprimiram nas lo%as imprimiram nas lo%as traços de suatraços de sua confissão religiosa" Assim por e+emplo a recém-constitu5da #6rande 7o%a da França# dizia em seus confissão religiosa" Assim por e+emplo a recém-constitu5da #6rande 7o%a da França# dizia em seus estatutos8 #A 0rdem está a$erta somente aos cristãos" 9 imposs5vel aceitar a &ual&uer um &ue não estatutos8 #A 0rdem está a$erta somente aos cristãos" 9 imposs5vel aceitar a &ual&uer um &ue não  pertença : !gre%a

 pertença : !gre%a de risto" 1udeusde risto" 1udeus. maometanos e p. maometanos e pagãos são eagãos são e+clu5dos por incréd+clu5dos por incrédulo#"ulo#"

<ode entender-se assim por&ue personagens cat4licos de primeira linha. &ue se situaram no <ode entender-se assim por&ue personagens cat4licos de primeira linha. &ue se situaram no  $ando da

 $ando da contrarrevolução em contrarrevolução em '()*. como '()*. como 1oseph de 1oseph de Maistre. Maistre. se se sentiam c=modos sentiam c=modos nos nos $ancos de$ancos de suas lo%as" >e Maistre. havia sido iniciado na 7o%a #0s r,s Morteiros# de ham$er? e ocupava o suas lo%as" >e Maistre. havia sido iniciado na 7o%a #0s r,s Morteiros# de ham$er? e ocupava o cargo de 6rande 0rador. em sua famosa #Mem4ria ao >u&ue de @runsicB#. e+plica &ual deve ser cargo de 6rande 0rador. em sua famosa #Mem4ria ao >u&ue de @runsicB#. e+plica &ual deve ser

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o papel da maçonaria no século8 #o fim da maçonaria é a ci,ncia do homem#. &uer dizer. #a verdadeira religião#" >e seus tr,s principais graus. o primeiro deve dedicar-se a perseguir o #$em-estar geral#. o segundo. a #unificação das confissCes cristãs. a unidade do corpo m5stico de risto mediante o triunfo da !gre%a at4lica# e o terceiro $uscar #a revelação da revelação#. &uer dizer. a iluminação através da metaf5sica" 0 con%unto de tudo isso é o &ue >e Maistre chama #catolicismo transcendente#" >e Maistre - logo cr5tico implacável da revolução francesa - considerava :s lo%as como um espaço de refle+ão e iluminação. para cat4licos laicos. onde se estudava e praticava uma metaf5sica inspirada nos te+tos $5$licos e sempre aceitando a disciplina da !gre%a /omana"

omo se v,. ao longo do século X!!!. na Europa a maçonaria não tem o aspecto de uma sociedade conspirat4ria. senão de um clu$e de pensamento. no &ual. a medida em &ue passa o tempo. os não-cat4licos - huguenotes. protestantes. etc - vão tendo um peso e uma influ,ncia crescentes e dentro da &ual coe+istiam distintas sensi$ilidades pol5ticas" Até esse momento. a nenhum maçon europeu havia ocorrido atuar como tal na pol5tica" !sto ia mudar nos anos seguintes e para entender a origem dessa mudança há &ue ter em conta tr,s fatores8 'D o e+emplo da 0rdem dos !luminados da @avária e da maçonaria norteamericana; D a mudança cultural &ue se foi operando na sociedade francesa ao longo do século X!!! e D o rela+amento da tensão metaf5sica nas lo%as devido ao crescimento desmesurado e desordenado da maçonaria"

A Ordem dos Iluminados da Bavária

A chamada #conspiração dos !luminados da @avária# é para alguns historiadores - como o a$ade @arruel - um #ensaio geral completo# do &ue logo seria a revolução francesa"

#ada homem é seu rei. cada homem é so$erano de si mesmo# dizia o %uramento do grau 'G Ho IltimoD da 0rdem dos !luminados da @avária e nela se intui %á a temática pol5tica da &ual se apropriaria uma parte dos maçons franceses" A vocação antimonár&uica - e mais especificamente. antia$solutista - dos #iluminados# se complementa com o fim de - comum : maçonaria - promover a fraternidade humana" Adam Jeishaupt. fundador e inspirador da 0rdem. reconhece a respeito8 #E sua finalidade. em resumo &ual éK A felicidade da raça humanaL uando vemos como os mes&uinhos. &ue são poderosos e os $ons. &ue são dé$eis. lutam entre si; &uando pensamos &ue inItil é &uerer lutar somente contra a forte corrente do v5cio. nos vem : imaginação a mais elementar idéia8 a de &ue todos devemos tra$alhar e lutar %untos. estreitamente unidos para &ue assim a força este%a do lado dos $ons. para &ue todos unidos %á não se%am dé$eis#"

0s graus de iniciação eram tr,s. divididos em su$-graus8 6rau de !niciação Hdividido em <reparat4rio. Noviciado. Minerval e !luminado MenorD. 6rau de Maçonaria Hduvidido em !luminado Maior e !luminado >iligenteD. 6rau dos Mistérios Hdividido em 2acerdote. /egente. Mago e /eiD" 0 grau de !luminado Menor marcava a divisão entre pe&uenos mistérios. chamados a&ui #Edif5cio !nterior# e os #6randes Mistérios# &ue dariam acesso : construção do #Edif5cio 2uperior#. &ue neste caso suporiam o dom5nio das capacidades do homem e dom5nio so$re o mundo. respectivamente" 0s #!luminados da @avária#. &uando falavam de #dom5nio do mundo#. incluiam tam$ém dom5nio pol5tico" As #constituiçCes# HregramentoD da ordem especificavam &ue &uem alcançasse o grau de 2acerdote devia assumir os poderes do Estado" A esta organização em graus &ue se chamou de #c5rculos conc,ntricos#"

A ideologia dos #!luminados# era uma curiosa mistura de idéias pol5ticas. m5sticas e filos4ficas. não isenta de contradiçCes flagrantes8 igualitários em seu o$%etivo final. pretendiam chegar a ele mediante uma r5gida estrutura hierár&uica. ateus impenitentes. divinizavam. ao invés. a natureza" Ao 6rau de 2acerdote devia revelar-se o segredo do #amor universal#. porém a ele se chegava através dos patriotismos"

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Em '()O um correio dos #!luminados# foi fulminado por um raio &uando transportava importantes documentos so$re a organização e pro%etos da ordem" A conspiração urdida la$oriosamente por Adam Jeishaupt resultou assim desvelada"

Jeishaupt. maçom de alto grau. se relacionou com distintos am$ientes esotéricos e ocultistas no Iltimo terço do século X!!!" Através da maçonaria contatou Adolf von Pnigge. sua alma g,mea. e %untos fundaram a #0rden der !lluminaten# na noite de Jalpurgis HQ de a$ril para ' de maioD de '((R" 2eu documento fundamental está inspirado em tr,s correntes8 o pseudo-rosacrucianismo. %á por então em perda de vigor na Alemanha. as constituiçCes maç=nicas de Anderson. inspiradoras da maçonaria moderna. e a regra da 0rdem dos 1esu5tas"

0s mem$ros da 0rdem rece$iam um nome m5stico. geralmente e+tra5do da antiguidade grega" Jeishaupt era #2partaBus#. Pnigge. #<hilon#. o céle$re poeta 6oethe. #A$aria#. e o fil4sofo Serder #>amasus#" Nos poucos anos em &ue a 0rdem esteve em atividade conseguiu atrair a suas fileiras uma $oa parte dos alunos da Tniversidade de !ngolstadt. porém tam$ém en&uadrou muitos no$re $ávaros" 2eus afiliados não foram mais de RQQ"

Ap4s a proi$ição da 0rdem pelo Eleitor da @avária. Jeishaupt foi condenado : prisão" Fugiu do cárcere de /egens$urg. morrendo na mais a$soluta miséria em ')Q" al é a hist4ria do &ue se passou a chamar #a conspiração dos !luminados#. a &ual. sustenta o A$ade @arruel. inspirou a ação da maçonaria durante a revolução francesa"

<ela primeira vez. na idade moderna. com os #!luminados#. uma sociedade secreta se propCe a diretamente con&uistar o poder pol5tico com um programa revolucionário. antimonár&uico e nacionalista. &ue efetivamente prefigura os traços &ue logo encontraremos na revolução francesa"

A conspiração dos #!luminados# fracassou. não somente por conting,ncias e casualidades humanas. senão tam$ém por&ue a Alemanha carecia nesse momento do su$strato cultural so$re o &ual poderiam se assentar tam$ém os princ5pios revolucionários na França8 a !lustração. o Enciclopedismo"""

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Influências Estraneiras na Revolução

E+iste um fio direto. mais além das semelhanças de método e das eventuais coincid,ncias de  programa. entre os #!luminados# e os acontecimentos revolucionáriosK Sá &ue reconhecer &ue são t,nues. porém e+istentes. ao fim e a ca$o" ertas fontes - e inclusive testemunhos de protagonistas como Marat - insistiram na presença de agitadores estrangeiros &ue operaram a modo de instigadores nos principais eventos revolucionários8 tomada da @astilha. assalto ao palácio das ulherias. etc" Marat identificou prussianos entre os agitadores &ue dirigiam o populacho no epis4dio da @astilha; o emissário de Frederico 6uilherme !! da <rIssia. eitel Ephraim. escreveu a seu monarca uma famosa carta na &ual dizia8 #0 clu$e dos %aco$inos está completamente entregue : <rIssia#" /a$aut 2t" Etienne. deputado da Assem$léia onstituinte. demitiu-se de seu cargo por  perce$er &ue nos incidentes do ampo de Marte H'(*'D era not4ria a presença de #sediciosos vindos

do estrangeiro#"

En&uanto : influ,ncia espec5fico dos !luminados na França e+istem poucos dados. ainda &ue significativos" No congresso dos !luminados cele$rado em FranBfurt em '()R assistiram delegados alemães. porém tam$ém franceses e ingleses" Neste congresso se aprovou o programa de destruição das monar&uias européias e. seria a&ui. onde a assem$léia emitiu uma condenação de morte contra o rei da França" 0 introdutor da 0rdem na França. para Alan 2tang. foi o conde de Mira$eau &ue recrutou nas lo%as ma=nicas os &ue logo seriam l5deres revolucionários H2aint-1ust. >esmoulins. Se$ert. >anton. Marat. henier. entre outrosD" 0utro historiador norteamericano. urtis @" >all. e+genro do presidente /oosevelt. maçom. por sua parte. afirma &ue a 0rdem dos !luminados -reconstru5da na clandestinidade ap4s ser proi$ida em '()R - teve arte e parte no processo revolucionário" Nenhum dos dois apresentam provas o$%etivas. porém fazem eco de comentários &ue circulavam nas lo%as"

 Não são eco. senão e+peri,ncia direta. a vivida pelos protagonistas revolucionários. &ue. como dissemos perce$eram a presença de elementos #prussianos# entre os instigadores dos eventos revolucionários" 0 processo da facção e+tremista de Se$ert e dos seus é proli+a em confissCes so$re as influ,ncias estrangeiras &ue levaram ao pat5$ulo vários agentes. o $an&ueiro prussiano Poch. o espanhol 6uzmán. os austr5acos 1unius e Emmanuel Fre? e vários outros" <orém tam$ém as lo%as inglesas haviam enviado seus peCes" 0 cavaleiro de 7a 7uzerne. em$ai+ador franc,s em 7ondres. acusou. em carta a seu governo. a >anton e <aré de estarem a soldo do governo ingl,s" 0utro autor. @ernard Fa?. aporta o nome de um dos agentes ingleses &ue distri$uiram fundos entre os %aco$inos. #Miles#" Felipe de 0rléans. iniciado na 6rande 7o%a Tnida da !nglaterra e &ue chegaria logo a Mestre do 6rande 0riente da França. teria sido para essas fontes. outro dos agentes encarregados de transmitir e e+ecutar ordens emanadas do governo ingl,s" Estes dados induzem a  pensar em uma cola$oração entre lo%as iluministas prussianas e a 6rande 7o%a da !nglaterra. unidas

aos maçons e iluminados franceses. nos eventos revolucionários" Agora $em. os dados são escassos e fragmentários. é preciso reconhec,-lo"

<ierre 6a+ote. historiador franc,s acerta o parafuso &uando e+plica &ue #a miséria pode suscitar revoltas. porém não é causa da revoluçCes" Estas tem causas mais profundas#" E 1ac&ues @ordiot a$unda nesta linha8 #Tma revolta pode ser espont3nea. uma revolução %amais o é#" <ara &ue se produza um processo revolucionário é preciso &ue e+ista uma situação na &ual a população peça. e+i%a. uma mudança; porém outros dois fen=menos são necessários. ou do contrário. no má+imo se  produziriam revoltas ou motins" Estes dois fen=menos são8 a e+ist,ncia de um clima cultural entre a

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O Clima Cultural !r"-Revolucionário

0 clima cultural &ue a$re espaço para a revolução se vai cultivando ao longo do século X!!! com o !luminista e o Enciclopedismo" 9 Itil recordar &ue o per5odo revolucionário se inicia com a convocat4ria dos representantes do clero. a no$reza e o povo. nos Estados 6erais; os representantes do #erceiro Estado#. do povo simples. eram O(). dos &uais U(( eram #iniciados# nas lo%as" Noventa representantes da aristocracia luziam tam$ém aventais em seus encontros. assim como um certo nImero do clero" Este contingente aderiu : maçonaria. em parte. por oportunismo.  porém tam$ém fazendo eco do clima cultural favorável &ue impregnou a sociedade civil francesa no

curso do século X!!!" Montes&uieu e Fenelon foram em $oa medida seus inspiradores" Am$os estavam relacionados com a maçonaria"

Montes&uieu havia sido iniciado na maçonaria durante sua estadia em 7ondres" erta tradição maç=nica afirma &ue Montes&uieu foi o primeiro maçom franc,s" Fenel4n. por sua parte. teve /amsa? - um dos art5fices da maçonaria moderna - como secretário e logo como e+ecutor testamentário" Não consta &ue Fenel4n participasse na maçonaria. porém sua o$ra #el,maco# está repleta de alegorias &ue induzem a pensar &ue conhecia $em a temática das lo%as" 7u5s X! sempre o olhou com desconfiança"

A maçonaria é. nesses tempos. uma #sociedade de pensamento# &ue. dei+ando cada vez mais atrás suas origens cat4licas. se ressente de duas finlu,ncias8 a inglesa e a alemã" >a primeira  procede o racionalismo mecanicista e volteriano. en&uanto &ue pela segunda se verá influenciada  pelo misticismo germ3nico e pelo martinismo'"

 Não se pode dizer &ue ha%a uniformidade ideol4gica nas lo%as. estas se romperão em distintas o$edi,ncias e ritos" No Iltimo per5odo de 7ouis de @or$4n. a influ,ncia pol5tica da sociedade é not4ria e isso provoca novas limitaçCes a sua atividade" <ouco a pouco. os maçons cat4licos. ao estilo de >e Maistre. se vão encontrando em minoria e inundados pelo crescimento espetacular da filiação"

A primeira lo%a havia sido %á constitu5da em França em '(O. se trata da 7o%a de 2ão omé de <aris" Em '( é reconhecida pela 6rande 7o%a da !nglaterra" 2ua associação se estende rapidamente entre a no$reza" Tm dos amigos 5ntimos de 7u5s X. o du&ue de iller?o. foi um dos  primeiros maçons franceses" 0 pr4prio rei se interessou pela vida das lo%as" <orém o fato de &ue

su$sista em torno : maçonaria uma auréol de secretismo e &ue a moda das lo%as proceda da #pérfida

' Nota por ANNSAT2E/8 A &uestão das origens maç=nicas podem ser remetidas a tempos mais anteriores. como  por e+emplo o século X!!!. e isso. num conte+to ameaçado por uma maré de insta$ilidade derivada da natureza e inclinação de cada <apa He o clero &ue lhe apoiavaD e a pol5tica &ue este aplicava" E como dentro do pr4prio catolicismo. o mais poderoso corpo do per5odo medieval. penetravam distintas correntes. de %udeus até pagãos. &ue intentavam concorrer o catolicismo puro pela direção da !gre%a. a pol5tica de cada <apa era o resultado do cho&ue de forças &ue ocorriam nos $astidores da !gre%a"

0 mais ativo grupo cat4lico. os 1esu5tas. possivelmente tinham como plano prático eliminar a concorr,ncia estranha aos interesses cat4licos pelo poder da !gre%a" uando Ernesto Milá cita influ,ncias tais como # o racionalismo mecanicista e volteriano#. #misticismo germ3nico# e #martinismo#. deve-se ter em consideração. &ue estas correntes de oposição ao poder em vigor na Europa. ou se%a o poder da !gre%a. não são as primeiras a desafiarem a força da !gre%a. pois isso é apenas uma nova etapa do conflito atolicismo + Maçonaria. cu%as  primeiras etapas são o$scuras e semelhantes a uma pol5tica su$terr3nea. talvez a Inica forma de ação viável a

corroer os a$surdos dogmas manipulativos do clero cat4lico"

Em suma. este per5odo da maçonaria no século X!!! não é o primeiro per5odo maç=nico. houve no m5nimo um per5odo anterior de caracterizada luta da maçonaria. &ue foi travada contra os 1esu5tas entre o século X! e X!!. e poss5velmente houve atividades maç=nicas. &ue anteciparam o mencionado conflito com os %esu5tas. %á atuantes desde o século X!!!. porém muito veladas"

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Al$i4n# nesses momentos. fazem &ue em '(( a maçonaria se%a proi$ida" 2eguirão reunindo-se em

um hotel do $airro da @astilha e em '(). o du&ue de Antin. assumirá o cargo de 6rão-Mestre; somente ocupará por um ano o cargo. sucedendo-o o primo do rei. 7ouis de @our$on ondé &ue ostentará o cargo até '(('" 2o$ seu mandato as lo%as ganharão peso e influ,ncia e se estenderão por toda a França"

Ao assumir o cargo de 6rão-Mestre o du&ue de hartres au+iliado pelo du&ue de Montmorenc? em '(('. se produz uma disputa no interior das lo%as a &ual tem motivos filos4ficos -o 6rande 0riente. p-ouc-o a p-ouc-o. se vai deslizand-o na direçã-o de p-osturas indiferentistas religi-osas - porém tam$ém organizativos; durante anos a maçonaria francesa estará dividida entre o 6rande 0riente e o 0riente da França" <ouco antes da revolução e+istem em toda França R* lo%as. dessas R na pr4pria <aris. associadas ao 6rande 0riente. en&uanto &ue as lo%as do 0riente somam (R lo%as. cifras impressionantes" 0 nImero de maçons nesse momento era superior a (O"QQQ na França"

 No curso da revolução as lo%as perderam a força &ue tinham anteriormente8 haviam sido dirigidas por no$res. $oa aprte dos &uais. ou viram assalariados. ou se limitaram a participar nas  primeiras fases da revolução. sendo varridos. mais adiante. pelos %aco$inos" En&uanto a seus graus mais $ai+os. ocupados geralmente por $urgueses. a virul,ncia dos acontecimentos. os afastou do tra$alho nas lo%as" 0 pr4prio 6rão-Mestre do 6rande 0riente da França. Felipe #!gualdade#. em '(*. ap4s ter votado a favor da e+ecução de seu primo 7u5s X!. rechaçava a prática do segredo na maçonaria #não deve haver nenhum segredo nem mistério em uma repI$lica#. escrevia -retirando-se da sociedade" A partir desse momento a maçonaria en&uanto tal desapareceu do cenário revolucionário; Felipe #!gualdade# foi guilhotinado em '(*. depois de sua espada cerimonial ser

&ue$rada na Assem$léia do 6rande 0riente da França"

9 imposs5vel demosntrar documentalmente &ue a maçonaria francesa. inglesa ou alemã -emitiram alguma diretiva concreta para iniciar. dirigir ou canalizar os acontecimentos. o certo é &ue a &uase totalidade dos l5deres revolucionários. foram mem$ros das lo%as"

A Contri#uição das $o%as &ara a Revolução

As lo%as maç=nicas foram na França pré-revolucionária. a corr,ia de transmissão das novas idéias" 9 inegável &ue sua contri$uição foi fundamentalmente ideol4gica e sim$4lica. mesmo &ue não ha%a provas o$%etivas. de valor para a historiografia. de &ue organizativamente as lo%as  prepararam os eventos revolucionários"

A divisa maç=nica #7i$erdade. !gualdade. Fraternidade#. foi incorporada ao acerco revolucionário" As cores da $andeira repu$licana - azul. $ranco e vermelho - procedem dos tr,s tipos de lo%as. procede da roseta tricolor ideada por 7afa?ette. maçom e car$onário" 0 gorro fr5gio. s5m$olo da repI$lica. é igualmente um s5m$olo maç=nico" 0 pr4prio hino da revolução. #A Marselhesa#. composto pelo tam$ém maçom 7econte de lV!sle foi cantada pela primeira vez na 7o%a dos avaleiros Francos de Estras$urgo" E assim mesmo. todo o sim$olismo grego &ue adotam os revolucionários. assim como o de5smo naturalista de &ue se ga$am. pode encontrar-se sem dificuldade nas lendas e temas maç=nicos"

A maçonaria - insistimos - como organização parece ter sido trans$ordada - como. pelo demais. &ual&uer outra instituição francesa da época - pelo decorrer revolucionário" Maçons

 Nota por ANNSAT2E/8 A #pérfida Al$i4n# é o apelido pelo &ual é conhecida a atividade da !nglaterra. &ue em Iltima inst3ncia deriva da it? of 7ondon. o $airro londrino &ue desde o século X!! é a principal sede da atividade pol5tica %udaico-talmIdica do mundo"

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guilhotinam maçons. rompendo o %uramento de fraternidade e a%uda mItua8 Se$ert é guilhotinado com o $eneplácito de >anton. este. por sua vez. so$re ao pat5$ulo por instigação de 2aint 1ust e /o$espierre - instaurador do #culto ao ser supremo# - cu%as ca$eças rodarão ao se produzir a #reação termidoriana# &ue dará origem ao >iret4rio constitu5do por not4rios maçons como Fouché" Finalmente. Napoleão @onaparte. segundo algumas versCes iniciado durante a campanha da !tália na 7o%a Sermes do rito eg5pcio e segundo outros. muito antes. &uando era tenente em Marselha. pCe fim a todo esse caos. nomeado <rimeiro =nsul e logo proclamando-se !mperador" Napoleão imporá a seu irmão 1osé @onaparte - #<epe 6arrafa#. um homem muito mais sério e responsável do &ue este apelido popular dei+a pensar- como 6rão-Mestre da Maçonaria francesa"

0s princ5pios da maçonaria triunfam mais &ue a maçonaria em si" Not4rios maçons  protagonizaram os eventos revolucionários. levados por seus instintos e seus interesses. mais &ue seguindo um plano pré-esta$elecido e uma planificação org3nica" 2e e+istiu uma #conspiração ma=nica#. o devido respeito : verdade nos o$riga a afirmar &ue não se pode demonstrar" <orém os resultados estão a58 a /evolução Francesa. filha direta da /evolução Americana. a$riram a  passagem para o &ue ho%e é o mundo moderno" >esse se pode gostar ou não a n5vel s4cio-pol5tico. econ=mico e tecnol4gico. porém do &ue não ca$e a menor dIvida é &ue nenhum per5odo hist4rico anterior esteve tão distante da verdadeira espiritualidade como o nosso" E o responsável. não Inico.  porém sim principal. é a maçonaria nascida em '('(U"

http8WWlegio-victri+"$logspot"com"$rWQ'WQ'Wmaconaria-na-revolucao-francesa"html

U Nota por ANNSAT2E/8 onforme e+posto em nota anterior. houve uma época maç=nica anterior a essa maçonaria moderna. nascida em '('("

E &uanto a responsa$ilidade da maçonaria. pode-se especificar ainda mais tal constatação. &ue tal responsa$ilidade cou$e ao resultado de postura e tend,ncia da maçonaria. resultante do resultado de seus conflitos internos e das correntes e+ternas &ue se infiltraram na maçonaria" uriosamente. há um tipo de maçonaria e+clusiva aos %udeus. e mais atuante no presente do &ue se imagina. é a lo%a B)nai B)rit*"

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