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Um dos mais importantes escritores brasileiros do Romantismo, SUPLEMENTO DE ATIVIDADES A MORENINHA JOAQUIM MANUEL DE MACEDO NOME: SÉRIE/ANO: ESCOLA:

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Academic year: 2021

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SÉRIE/ANO:

ESCOLA:

U

m dos mais importantes escritores brasileiros do Roman-tismo, Joaquim Manuel de Macedo se encontra no limiar entre a visão de mundo e a literatura do século XVIII, de inspiração clássica, e as novas propostas trazidas pelo Romantismo.

O romance A Moreninha, primeira obra de Macedo e, de saída, um sucesso de público e crítica, já traz uma série de questionamentos pró-prios a essa nova estética: a visão absoluta do amor, a valorização da pureza, a oscilação entre a fidelidade amorosa a uma única mulher e a volubilidade, o encontro quase mágico entre os amantes, que se reco-nhecem e descobrem estar destinados um ao outro desde sempre. Desenvolva tais pontos da obra neste Suplemento de Atividades, depois da leitura do livro, dos Diários de um Clássico, da Contex-tualização Histórica e da Entrevista Imaginária.

SUPLEMENTO

DE ATIVIDADES

JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

A MORENINHA

(2)

UMA OBRA CLÁSSICA

1.

Qual o tema central de A Moreninha?

2.

Em que sentido podemos dizer que Joaquim Manuel de Macedo, em A Moreninha, é um escritor romântico?

3.

Como melhor poderíamos definir A Moreninha no contexto da literatura brasileira?

4.

Quais as principais diferenças entre A Moreninha e outra obra historicamente muito próxima, Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, publicada em 1854? Que contrastes elas apresentam? Explique o motivo.

(3)

5.

Em termos de representação, A Moreninha: a) Vale-se de que tipo de técnica?

b) Privilegia qual tipo de paisagem?

6.

Qual é a principal característica do narrador de A Moreninha?

NARRATIVA

NARRADOR

(4)

7.

Qual é o principal traço diferencial do narrador de A Moreni-nha? Quando e como isso se revela?

8.

Descreva as características das duas principais personagens do romance:

9.

É possível traçar oposições entre as personagens? Aponte-as, estabelecendo relações entre elas.

PERSONAGENS

(5)

10.

Qual é a estrutura da relação Ahy-Aoitin? Quais as prin-cipais interjeições, evidentes no texto, que marcam o amor dos dois?

A seguir, responda a algumas questões relacionadas à seção Con-textualização Histórica, encontrada na parte final do livro.

11.

Comente o trecho a seguir, retirado de A Moreninha: Para bem rematar o quadro das desgraças que me sobrevieram com a tal paixão romântica que me aconselhaste, d. Joana, dir-te-ei, mostra amar-me com extremo, e no meio de seus caprichos de menina, dá-me provas do mais constante e desvelado amor; mas que importa isso, se eu não posso pagar-lhe com gratidão?... Vocês, com seu romantismo a que me não posso acomodar, a chamariam “pálida”. Eu, que sou clás-sico em corpo e alma e que, portanto, dou às coisas o seu verdadeiro nome, a chamarei sempre “amarela”.

Malditos românticos, que têm crismado tudo e trocado em seu crismar os nomes que melhor exprimem as idéias!... O que outrora se cha-mava em bom português, moça feia, os reformadores dizem: menina simpática!... O que numa moça era, antigamente, desenxabimento, hoje é ao contrário: sublime languidez!... Já não há mais meninas importunas e vaidosas... As que o foram chamam-se agora espiritu-osas!... A escola dos românticos reformou tudo isso, em consideração ao belo sexo.

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo: Saraiva, 2008, p.24.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

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a) Qual a censura feita por Macedo aos românticos, nesse trecho? Explique seu fundamento.

b) Qual a diferença entre chamar d. Joana de pálida e de amarela? O que essa definição representa no contexto?

c) Por que Macedo, considerado um dos pioneiros do Romantismo, tece críticas como essas à estética romântica? Por que a importância de tais críticas, presentes em sua obra, deve ser minimizada?

(7)

12.

Leia o trecho a seguir:

Pois, meu amigo, quero te dizer: a teoria do amor do nosso tempo aplaude e aconselha o meu procedimento; tu verás que eu estou na regra, porque as moças têm ultimamente tomado por mote de todos os seus apaixonados extremos ternos afetos e gratos requebros, estes três infinitos de verbos: iscar, pescar e casar. Ora, bem vês que, para contrabalançar tão parlamentares e viciosas disposições, nós, os rapazes, não podíamos deixar de inscrever por divisa em nossos escudos os infinitos destes três outros verbos: fingir, rir e fugir. Portanto, segue-se que estou encadernado nos axiomas da ciência.

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 35. Qual é a “teoria do amor” exposta por Augusto no romance? Em que outros trechos de A Moreninha podemos observar essa con-cepção do amor?

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13.

Leia e compare os dois trechos a seguir, constantes da Con-textualização Histórica, confrontando-os com a leitura da obra A Moreninha. Em seguida, responda às questões:

Romantismo: Individualismo versus Sentimentalismo

Já no Romantismo brasileiro, a subjetividade traz consigo um enredo (romance sentimental) que mostra como dois jovens se apaixonam perdidamente, deparam-se com dificuldades e entraves a seu amor (mal-entendidos, oposições de terceiros, períodos de separação, dificul-dades econômicas), realizam a sua união venturosa no final do livro, ou então sucumbem à morte quando o casamento lhes é vetado. [...] O protagonista mais característico é alguém que represente as peculiaridades do nosso país e, com isso, sirva de parâmetro ao es-tabelecimento da identidade nacional: a mocinha bonita (às vezes muito faceira), prendada e pura (A Moreninha, A escrava Isaura, Til, Inocência), ou então o rapaz identificado por algum distintivo de nossa geografia (O sertanejo), história (O guarani) ou organiza-ção social (O garimpeiro, Memórias de um sargento de milícias). O conflito central nessas obras é gerado por diferenças sociais (moço pobre deseja casar com donzela rica), tabus e preconceitos (a moça é descendente de escravos; antigas desavenças familiares; sentimento de honra exorbitante), jogo de interesses (inveja do amante preterido; um terceiro cobiça o dote). O sujeito aqui não é um indivíduo isolado, mas um dos elos na grande cadeia social.(...)

VOLOBUEF, Karin. “Individualismo e sentimentalismo: Novalis e José de Alen-car: duas formas de subjetividade no Romantismo”. In: Itinerários − Revista de

Literatura. Curso de Pós-Graduação em Letras. Faculdade de Letras e Ciências −

Unesp/Araraquara. Araraquara, 2000. N° 15/16, p. 77-79.

Romantismo: Ruptura e harmonia das forças da criação

Quais então as características gerais e dominantes do Romantismo? A maneira de indicá-las tem variado muito desde os próprios românticos aos críticos e teóricos atuais, mas no fundo todos se harmonizam ou se completam. (...) Pula assim do círculo fechado de sua fantasia interior, da sua realidade alimentada de idealizações e de fugas, luminosa ou sombria, entre o bem e o mal, para as cogitações morais e espirituais, para a defesa das grandes causas sociais e da realidade. Evidentemente,

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a reação contra a ideologia clássica se estenderia aos processos técnicos e expressivos, também até então disciplinados. (...)

CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura

brasileira. 8. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1977, v. 1, Das origens ao

Romantismo, p. 204-205. a) Em que sentido podemos dizer que A Moreninha realiza o Ro-mantismo tipicamente brasileiro, como expõe Karin Volobuef?

b) Qual é a tônica que une os dois textos críticos, de Volobuef e de Candido/Castello? Em que sentido eles fazem jus à obra de

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A NOVA DO CADÁVER – A SUA ENTREVISTA IMAGINÁRIA

Agora é com você, caro leitor.

Valendo-se das orientações desta edição e das suas respostas às atividades de leitura, elabore uma nova Entrevista Imáginaria com o autor.

Ainda que Joaquim Manuel de Macedo não esteja entre nós, sua obra continua viva. Sobretudo hoje, quando vemos tantas dificul-dades no plano das relações humanas e amorosas. Ele pode muito bem nos auxiliar a compreender melhor o mundo atual. Sua obra, ao mostrar a possibilidade da plena realização amorosa, forneceu um dos melhores espelhos da realidade de seu tempo.

Seja por meio da linguagem, seja pela construção de suas per-sonagens ou até mesmo por aspectos de sua biografia: qualquer um desses caminhos é possível para uma aproximação de sua vida e obra. Por intermédio deles, podemos conhecer um pouco mais das idéias sobre literatura e sobre o Brasil que motivaram Macedo a escrever seus romances.

A abordagem pode mencionar suas idéias artísticas, as teorias filosóficas e políticas do século XIX, suas fontes de inspiração ou até algumas características pessoais. Vale a pena também interro-gar Joaquim Manuel de Macedo sobre a opinião que ele tem em relação ao Romantismo e sobre o que o teria levado a escrever A Moreninha. Baseie suas respostas em afirmações do autor, das personagens ou do narrador.

Bom trabalho!

Referências

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