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ANAIS AVALIAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO DE AGENDAMENTO PRÉVIO, COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA REDUÇÃO DAS TAXAS DE ABSENTEÍSMO

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ANAIS

*A revisão gramatical, ortográfica, ABNT ou APA foi realizada pelos autores.

AVALIAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO DE AGENDAMENTO PRÉVIO, COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA REDUÇÃO DAS TAXAS DE

ABSENTEÍSMO

Romero Fenili

(Universidade Regional de Blumenau)

Cleci Fátima da Silva

(Prefeitura Municipal de Blumenau)

Rodolfo Agibert Silva

(Universidade Regional de Blumenau)

Victor Rodrigues Friedmann Taffarel

(Universidade Regional de Blumenau)

Carla Eunice Gomes Correa

(Universidade Regional de Blumenau) Resumo: O SUS trata-se de um dos maiores sistemas de saúde pública mundial,

garantindo acesso universal e gratuito aos seus usuários. Dentre os diversos problemas enfrentados no seu pleno funcionamento, vale destacar o absenteísmo, tanto em consultas médicas como em procedimentos especializados, sendo o causador de grandes perdas para esse sistema. O presente estudo utilizou a confirmação prévia dos horários agendados, via telefone, como ferramenta de gestão no intuito de reduzir a taxa de absenteísmo. Os objetivos deste estudo foram avaliar se o uso do contato via telefone como ferramenta de gestão reduz as taxas de absenteísmo nos exames de ultrassom na cidade de Blumenau-SC e identificar as razões que levaram ao não comparecimento. Estudo exploratório com abordagem quantitativa, com quantificação dos faltosos em exames ultrassonográficos no SUS, no município de Blumenau. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo A: pacientes que não receberam contato telefônico prévio para a confirmação do horário agendado; e grupo B: pacientes que receberam contato telefônico prévio na semana de antecedência a data e horário agendado. Em ambos, os faltosos foram contatados na semana posterior ao exame, buscando identificar o motivo da ausência. Foi identificado um percentual de faltas de 19% no grupo A e de 13% no grupo B. O motivo mais citado para o não comparecimento foi o esquecimento, seguido por motivos relacionados à profissão do usuário em ambos os grupos. O esquecimento e o adoecimento tiveram uma redução estatisticamente significativa entre os grupos. Os dados sugerem que com a utilização do contato prévio exista uma tendência à redução das taxas de absenteísmo por parte dos pacientes, sendo significativo quando analisamos a redução por esquecimento e adoecimento, trazendo como resultado a

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2147 diminuição do tempo de espera em filas e evitando desperdícios estruturais e financeiros do sistema único de saúde.

Palavras-chave: Absenteísmo. Saúde Pública. Regulação SUS. 1 INTRODUÇÃO E REFERENCIAL TEÓRICO

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Nas Unidades Básicas de Saúde, onde é oferecida a atenção primária, perpassando pelas unidades de atenção média, como ambulatórios especializados e chegando a alta complexidade em centros de atenção terciária e quaternária, onde procedimentos mais complexos, como o transplante de órgãos são realizados, garantindo acesso integral, universal e gratuito para mais de 180 milhões de brasileiros. Anualmente, são realizados cerca de 250 milhões de consultas, das quais 165 milhões em atenção básica e 85 milhões de consultas especializadas. Neste mesmo período, são feitos 200 milhões de exames laboratoriais e 6 milhões de exames ultrassonográficos (SOUZA, 2002).

Este sistema de saúde pode ser visto como uma das maiores conquistas sociais advindas da elaboração da Constituição de 1988. Dentre seus princípios, vale destacar a democratização de medidas promotoras de saúde e a descentralização da gestão do plano diretor (BRASIL, 1988).

Ao longo desses mais de vinte anos de existência, o SUS apresenta números dignos do maior projeto público de inclusão social no Brasil. A despeito dessa magnitude, o SUS enfrenta proporcionalmente gigantescas dificuldades pela complexidade de sua implementação, tais como: problemas de financiamento, regulação insuficiente, precariedade das relações de trabalho e falhas no modelo de gestão descentralizada (FARIAS, 2011). Buscando aprimorar os aspectos da política regulatória, o Ministério da Saúde desenvolveu, no período de 1999-2002, um sistema informatizado central de regulação, conhecido como SISREG (Sistema Nacional de Regulação), que tem como objetivo auxiliar no gerenciamento de todo o Complexo Regulatório nacional, desde a unidade básica de saúde até a interação hospitalar, a fim de humanizar os serviços, controlar o fluxo de procedimentos e otimizar o uso dos recursos públicos (CAVALCANTI, 2013).

Atualmente esse sistema atua em 1600 municípios em todo o Brasil, com 204 centrais de regulação ambulatorial e 19 centrais de regulação hospitalar (BRASIL, 2017). Foi através do documento Sistema de Planejamento do SUS - Planeja SUS -, criado em 2005, que foram redefinidos e reestruturados os principais elementos necessários para a implementação e operacionalização do sistema(BRASIL, 2008).

Apesar de existirem requisitos para a regulação da atenção em saúde, a política nacional de regulação em vigor apresenta aspectos relacionados à macro e microprocessos de planejamento, orientando necessidades gerais, porém sem especificar parâmetros de qualidade e procedimentos de monitoramento (CAVALCANTI, 2013).

Ainda assim, persistem diversas questões a serem enfrentadas para aperfeiçoar o sistema de regulação e tornar este um sistema universal e prestador de serviços de qualidade para a plenitude de seus usuários. Desta forma com o uso de

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2148 uma ferramenta que otimize o aproveitamento da oferta existente, seria possível atuar para diminuir a insuficiência na distribuição da oferta dos serviços, melhorar o baixo desempenho gerencial em suas unidades operacionais, diminuir o absenteísmo (ato praticado pelos pacientes de não comparecer às consultas e aos procedimentos agendados no SUS) dos pacientes tanto nas consultas especializadas, quanto na realização de exames complementares.

Segundo Santos (2008), as estimativas referentes às taxas de absenteísmo variaram entre 22% a 30% dentre os estudos realizados no Brasil. Segundo Bittar (2016), a ausência do paciente resulta em um grande desperdício de recursos estruturais e financeiros para os entes públicos, aumento das filas de espera para os pacientes, além do custo social. O paciente que deixa de comparecer a uma consulta ou exames, além de estar prejudicando a outro que não pode utilizar aquela vaga, está se prejudicando, pois ao não ter seu exame/consulta realizado pode estar retardando seu diagnóstico e muitas vezes piorando sua condição clínica, o que irá implicar em maior tempo afastado do trabalho e muitas vezes maiores custos para a resolução do seu problema. Bittar (2016) cita ainda que o absenteísmo não é um problema exclusivo do Brasil, e sim um problema que possui uma abrangência mundial.

Os estudos que abordam esse tema, buscam em sua maioria analisar as razões das faltas às consultas. Dentre os fatores observados nestes estudos como importantes para o absenteísmo do paciente, o longo tempo entre o agendamento e a consulta, o esquecimento e a ausência de contato com o paciente avisando da marcação e data de realização do exame, foram tidos como determinantes para a ausência do paciente (BITTAR 2016). Tanto nos consultórios particulares quanto no serviço público de saúde, o não comparecimento do paciente à consulta agendada é traduzido para o médico como decréscimo na eficiência, maior utilização de recursos e menos tempo de trabalho (PARIKH, 2010), sendo que em um sistema onde os recursos são escassos e a quantidade de tempo de trabalho é reduzida, como é o caso do SUS, a otimização e a redução do desperdício, são fundamentais.

Uma queixa quase uníssona entre muitos pacientes agendados é a de que, apesar de haver um cadastro feito para a realização da consulta, em muitos casos os pacientes não recebem um retorno sobre o agendamento de seus procedimentos, ou ainda que, quando o recebem, este ocorre tardiamente. As novas tecnologias utilizadas nas redes de atenção à saúde permitem que novas ações possam ser implementadas, visando a redução das taxas de absenteísmo encontradas. Sendo assim abordar o tema de acessibilidade do usuário, e principalmente a ampliação da comunicação com o usuário parece ser de fundamental importância para a redução do absenteísmo (PINTO, 2012).

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Blumenau é um município do Estado de Santa Catarina com uma população estimada em 2016 de 343.715 habitantes (IBGE, 2016). Considerada como uma cidade de porte médio, reflete a realidade da maioria dos municípios de gestão plena do país, tendo como agravante o fato de ser referência regional para diversas especialidades e exames.

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2149 Possui uma central de regulação cuja implantação iniciou em 2006, através da regulação dos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética. Hoje, onze anos após, regula todas as consultas especializadas e exames que o município pratica, tanto para seus cidadãos quanto para os municípios da região para os quais é referência.

Para este estudo, foi realizado um estudo exploratório com abordagem quantitativa realizado a partir de dados obtidos através do contato com os pacientes realizados desde a central de regulação do Sistema Único de Saúde de Blumenau, Santa Catarina.

Os usuários foram contatados via ligações telefônicas durante o segundo semestre de 2016 e o primeiro de 2017. Foram divididos em dois grupos (Grupo A e Grupo B) para análise da efetividade do contato direto via telefone na redução das taxas de absenteísmo.

A população foi composta pelos indivíduos encaminhados para a realização do exame de ultrassonografia de aparelho urinário pelo médico assistente, independentemente se a origem da solicitação foi da atenção primária (Unidades Básica de Saúde e ambulatórios gerais), secundária (policlínicas, por exemplo) ou terciária (clínicas para hemodiálise). Os dois grupos foram caracterizados como descrito a seguir: Grupo A) neste grupo os pacientes não receberam contato telefônico prévio à data do exame para avisá-los da data do exame. Neste grupo apenas os pacientes que se ausentaram foram contatados após o dia do exame, com o objetivo de conhecer o motivo que os levou a não comparecer. Grupo B) grupo composto por pacientes que receberam um aviso prévio via telefone, visando à confirmação do horário agendado, na semana anterior à data marcada. Da mesma forma que no primeiro grupo, os pacientes que se ausentaram foram contatados após o dia do exame, com o objetivo de conhecer o motivo que os levou a não comparecer.

Para o grupo B, foram feitas ligações em um dos dois dias da semana antecedente à data agendada para realização do exame, conforme estipulado no estudo: terças-feiras ou quintas-feiras, no período entre 18 horas e 20 horas e 30 minutos. Nestes contatos, os pacientes foram relembrados da data, horário e local agendado para a realização do exame.

Nos casos de absenteísmo por parte dos pacientes (de ambos os grupos) fez-se contato, na fez-semana posterior à data agendada, com o usuário em questão, com a intenção de verificar se houve realmente a falta e, se sim, qual foi o motivo que gerou a ausência. Este contato posterior foi realizado nas terças-feiras ou quintas-feiras da semana posterior à data do exame.

Quando impossível estabelecer o contato em uma primeira tentativa, foi estipulado um intervalo de 30 (trinta) minutos para uma segunda tentativa de contato com o paciente. Esse padrão foi adotado tanto nos avisos prévios referentes ao horário agendado, quanto na pesquisa dos motivos que causaram a ausência por parte do paciente nos dois grupos pesquisados.

Ao fim de cada mês foi feito um levantamento referente ao número de pacientes faltantes no respectivo mês, identificando a taxa de absenteísmo e as justificativas referidas. As justificativas das faltas foram classificadas nas seguintes categorias: dificuldade de acesso, esquecimento, adoecimento, realização do exame através de convênio ou particular, e outros. Após compilação desses dados no programa

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2150 Microsoft Office Excel, foi confeccionado um gráfico demonstrando a prevalência de cada categoria de causa de absenteísmo.

Os critérios de exclusão utilizados foram: números registrados incorretamente e casos de contatos impossíveis (respeitando os parâmetros citados acima).

Para testar a associação entre taxa de absenteísmo e a intervenção proposta no grupo B, foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk e, quando adequado, teste de tendência T de student ou de proporções independentes. Após análise dos dados, foram montados gráficos utilizando o Software Microsoft Excel 2016®.

3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A população se encontrou distribuída não uniformemente em três unidades executantes dos exames ultrassonográficos: Clínica Prates Abreu, Policlínica Lindolf Bell e Hospital Santo Antônio. Embora isso tenha ocorrido o presente estudo não fez distinção entre os pacientes quanto a unidade executante referenciada. De uma população inicial de 830 pacientes, 407 foram incluídos no grupo A e 423 incluídos no grupo B. Deste total, foram excluídos 116 indivíduos, sendo 12 no Grupo A e 104 no Grupo B, de acordo com os critérios de exclusão estabelecidos, restando 395 pacientes no Grupo A e 319 pacientes no Grupo B. Acreditamos que o maior número de excluídos no Grupo B seja devido à metodologia aplicada, pois no Grupo B foram realizadas ligações em dois momentos distintos para o mesmo paciente (o aviso prévio e a busca pelo motivo de suposta ausência), aumentando assim a possibilidade, em relação ao grupo A, de uma falha na comunicação. Além disto, no Grupo B houve um maior número de erros no cadastro do paciente como podemos observar a seguir.

Destas falhas de comunicação, os casos excluídos por que havia “números incorretos”, ocorreram com 6 casos do grupo A e 43 casos do grupo B, reforçando o maior número de excluídos no Grupo B. Os chamados “contatos impossíveis”, aqueles nos quais não foi possível falar com o paciente, aconteceram em apenas 4 casos no Grupo A, porém no Grupo B ocorreram com 60 pacientes, sendo aventado que isso tenha ocorrido devido ao fato de que no Grupo B eram necessários dois contatos telefônicos. Ainda houve casos em que o funcionário da unidade executante não confirmou a realização ou não do exame no paciente, mais especificamente 2 casos no grupo A e 1 vez no grupo B.

O número de faltas em cada grupo do estudo foi de 77 faltantes no Grupo A e de 42 faltantes no Grupo B, estando categorizados de acordo com o motivo da falta na Figura 1.

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Figura 1 - Comparação entre o número de faltantes por categoria no Grupo A e Grupo B.

Fonte: dados dos autores, 2017.

A população do Grupo A (que não recebeu o aviso prévio) foi contatada no período entre 03/10/2016 e 02/12/16, e observou-se que a taxa média de absenteísmo nas unidades executantes foi de 19%. Já o grupo B foi contatado no período entre 13/03/2017 e 19/05/2017, e a taxa média de absenteísmo observada foi de 13%, representando um decréscimo de 6% na taxa de absenteísmo.

Na Tabela 1 encontramos a frequência e a média de absenteísmo em ambos grupos no geral e de acordo com o motivo da falta e análise comparativa entre os grupos, observando-se que o esquecimento e o adoecimento foram as variáveis que apresentaram resultados estatisticamente significativos.

Tabela 1 – Frequência e média de absenteísmo encontrados em ambos os grupos.

Motivos Grupo A (n = 77) Grupo B (n = 42) P(*) P(**) Média ± DP Média ± DP Absenteísmo (%) (0,19 ± 0,07) (0,13 ± 0,04) 0,05671 0,07420 Esquecimento (4,5 ± 2,88) (2,13 ± 1,13) 0,05750 0,03808 Trabalho (2,13 ± 1,25) (1,75 ± 1,04) 0,52330 0,38007 Adoecimento (1,75 ± 0,71) (0,75 ± 0,71) 0,01341 0,01888 Particular (0,88 ± 1,13) (0,5 ± 0,76) 0,44719 0,52032 Outros (0,38 ± 0,52) (0,13 ± 0,35) 0,27822 0,26355

Fonte: dados dos autores, 2017.

I – (*) P: Valor-P do Teste t de Student; (**) P: Valor-P do Teste de Mann-Whitney. Se P < 0,05 então diferenças significativas.

II – DP: desvio padrão.

Ao investigar os motivos que levaram os pacientes ao absenteísmo, observou-se que o esquecimento do horário agendado é o principal agente causador do absenteísmo nas populações de ambos os grupos, sendo responsável por 46,75% dos faltantes do Grupo A e de 40,48% do Grupo B.

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2152 Na Tabela 2 apresentamos os valores absolutos e proporcionais dos motivos que levaram ao não comparecimento dos pacientes nos grupos A e B.

Tabela 2 – Comparação dos Grupos A e B com relação aos tipos de faltas apresentadas. Motivos da falta Grupo A (n = 77) GrupoB (n=42) N % N % Esquecimento 36 46,75% 17 40,48% Trabalho 17 22,08% 14 33,33% Adoecimento 14 18,18% 6 14,29% Particular 7 9,09% 4 9,52% Outros 3 3,90% 1 2,38% Total de faltas 77/77 100,00% 42/42 100,00% 77/119 64,71%(*) 42/119 35,29%(*)

Fonte: dados dos autores, 2017.

I – P: Valor-P do Teste de Proporções Independentes. Se P < 0,05 então diferenças significativas entre proporções. II – (*) Percentuais em linha.

Em uma primeira análise observou-se que houve uma redução na taxa de absenteísmo no Grupo B, no qual houve um contato telefônico prévio ao dia da realização do exame. Fica evidente também que houve uma redução significativa no motivo “esquecimento” e “adoecimento”. Enquanto no grupo A a média de faltas por esquecimento foi de 4,5 por semana, no grupo B esta taxa teve uma redução para 2,13 faltas por semana. Podemos observar que o esquecimento do horário marcado foi a principal causa de não comparecimento em ambos grupos.

As demais categorias analisadas (trabalho, particular e outros) não demonstraram alterações significativas na redução do absenteísmo no presente estudo após a intervenção realizada.

No presente estudo os autores tiveram o intuito de avaliar o efeito do contato telefônico para confirmar o horário do paciente como uma ferramenta de gestão, na tentativa de reduzir as taxas de absenteísmo na cidade de Blumenau, Santa Catarina. Além disto objetivou-se analisar e quantificar os motivos que geram estas faltas aos exames prestados pelo SUS.

A taxa de absenteísmo encontrada pelos autores foi de 19% no grupo A, ou seja no grupo no qual não foi feita a intervenção pelos pesquisadores reforçando a lembrança do horário agendado para o paciente. Este valor surge em consonância com o descrito na literatura encontrada. Santos (2008) em sua dissertação de mestrado, demonstrou taxas de 27,45% de absenteísmo nas consultas e procedimentos especializados em um município baiano. Já Bittar (2016) demonstrou em seu estudo realizado em São Paulo taxas variando, segundo o ambulatório avaliado, de 8,8% a 36,6% para as primeiras consultas e de 10,2% a 26,3% para os retornos ambulatoriais. Este mesmo autor relata que a problemática do absenteísmo não é um problema exclusivo do Brasil, sendo que diversos autores internacionais apontam para o mesmo problema (BITTAR, 2016).

Na tabela 3, apresentamos dados extraídos do artigo de Bittar (2016) que reforçam o descrito anteriormente.

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Tabela 3. Percentual de absenteísmo em consulta ambulatorial em outros serviços de saúde – Internacional

Autor Absenteísmo (%)

Lloyd, Bradford e Webb (1993) 20,0 - 26,0 Murdock et al. (2002) 14,0 (10,0 - 25,0) Hamilton e Gourlay (2002) 1,8 - 23,0 Dusheiko e Gravelle (2015) 6,5 Molfenter (2013) 19,9 Menendez e Ring(2014) 18 e 5,9 Youssef et al. (2013) 26,1 - 36,4 Fonte: Bittar, 2008

Quando observamos o ocorrido com o Grupo B de nosso estudo (grupo no qual os pacientes foram informados através de ligação telefônica sobre seu agendamento), observou-se uma taxa de absenteísmo de 13%, tendo dessa forma uma diminuição de seis pontos percentuais em relação ao Grupo A, que não recebeu o contato prévio. Este resultado demonstrou uma tendência de redução das taxas de absenteísmo utilizando o contato via telefone como ferramenta de confirmação do horário agendado. Essa mesma tendência foi observada por Hashim (2001), onde o autor observou redução das taxas de absenteísmo em 7% (26% no grupo sem contato telefônico prévio e 19% no grupo que teve o contato telefônico) (p=0.0065). Diferentemente de nosso estudo, o contato telefônico feito no estudo de Hashim (2001), foi realizado um dia antes da data marcada para o paciente, lembrando que neste estudo os pacientes foram contatados na semana anterior. Abordaremos este ponto mais detalhadamente a frente.

Quando analisamos os motivos que levaram os pacientes a se ausentar nos exames agendados, ficou evidente em ambos os grupos, que o esquecimento foi o principal responsável pelas faltas, respondendo por 46,75% das faltas do grupo A e 40,48% das faltas do grupo B. Ao realizar-se a análise estatística, observou-se que a redução encontrara no Grupo B, grupo que foi lembrado do agendamento via telefone, foi de mais de 6 por cento e foi estatisticamente significativa. Hashim (2001) demonstrou em seu estudo que a taxa de esquecimento também foi um fator importante para o absenteísmo, e que a ligação telefônica teve papel importante para a redução do absenteísmo, como demonstrado neste estudo. Vale destacar que as ligações realizadas pelos autores foram realizadas na semana anterior ao agendamento, sendo utilizado apenas o contato via telefone como ferramenta de comunicação. Parikh (2010), realizou um estudo similar, porém dividindo a população em três grupos: Grupo 1 no qual o contato era realizado por um funcionário (Grupo STAFF); Grupo 2 no qual o contato era realizado por uma central automatizada (Grupo AUTO) e Grupo 3 no qual nenhum contato foi realizado (Grupo NONE). Neste estudo o contato foi realizado com três dias de antecedência ao agendamento, diferentemente dos autores e do estudo de Hashim (2001). Embora a metodologia apresentou esta diferença, ao analisar os resultados observamos que Parikh (2010) teve taxas de absenteísmo de 13,6% para o Grupo 1, 17,3% para o Grupo 2 e de 23,1% para o Grupo 3, demonstrando uma vez mais que o prévio contato telefônico tem influência direta na redução das taxas de absenteísmo (p<0,01). Fica claro tanto no presente estudo quanto nos apresentados da literatura que a utilização da

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2154 ferramenta de confirmação do agendamento reduz o absenteísmo, implicando em melhor utilização dos recursos aplicados na saúde. Atualmente com novas tecnologias a disposição podemos em um panorama futuro, avaliar a utilização de outras formas de comunicação, tais como: contatos seriados, aplicativos de mensagens via e-mail ou SMS ou formas futuras de contatar o usuário para que ele deixe de se ausentar nas consultas e exames marcados. Todas as formas atuais ou futuras de comunicação com o usuário devem ser empregadas com este fim. Lessa (1997) evidenciou em seu estudo realizado na década de 90, um dado interessante: o esquecimento influi fortemente na aderência de tratamentos e no seguimento da evolução do paciente. Podemos inferir que da mesma forma que o contato para recordar agendamentos reduz as taxas de absenteísmo, a utilização desta ferramenta como fator para a manutenção da aderência ao tratamento do paciente possa impactar tanto na qualidade de vida do paciente quanto na redução de custos, afinal a não aderência implica em piora do paciente e muitas vezes em aumentos dos custos para seu tratamento definitivo.

Assim, os estudos têm demonstrado que o ato de fazer as ligações confirmando o horário agendado com o paciente reduz a chance de esquecimento por parte do mesmo, que foi o principal fator apontado pelos pesquisados neste estudo e em diversos outros estudos (SANTOS, 2008; BITTAR, 2016; IZECKSOHN, 2014; PINTO, 2012; LESSA, 1997; MIOTTO, 2015) como motivo para sua ausência. Desta forma, uma ação simples como uma ligação telefônica, acaba por se transformar em uma importante ferramenta de gestão.

Os outros motivos encontrados pelos autores como justificativas de faltas, como motivos profissionais, realização dos exames via planos de saúde ou particular, e outros, não apresentaram variações estatisticamente significativas. Embora pareça não estar diretamente relacionado ao contato prévio devido a sua natureza, as faltas relacionadas a adoecimento apresentaram uma redução significativa após o contato telefônico, reduzindo de 18,18% no Grupo A para 14,29% no grupo B (p=0,01).

O número de pacientes excluídos da população neste estudo foi de 116 (13,97%) entre a população inicial de 830 usuários. Estudos anteriores que usaram uma metodologia parecida para as suas pesquisas como a de Almeida (2009) e Hashim (2001) tiveram também falhas no contato. Apesar de não estar ligado diretamente ao absenteísmo, um dado importante que este estudo revelou foi o fato de que dos 116 pacientes excluídos do estudo, 35% deles (49 pacientes: 6 no Grupo A e 43 no Grupo B) foram devido a números incorretos, que ocorreram principalmente devido a cadastros desatualizados ou a falhas na digitação dos cadastros. Almeida (2009) e Hashim (2001), também apresentaram este problema em seus estudos reportando respectivamente taxas de exclusão de 33% e 23% respectivamente devido a números incorretos ou contatos impossíveis.

Este dado chama a atenção pois ao extrapolarmos estes números para o macro sistema nacional, e supondo que isto não ocorra apenas em Blumenau, mas sim em todos os municípios do território nacional, como demonstrado por exemplo nos estudos de Almeida (2009), teremos um algarismo preocupante de falhas que ocorrem já na confecção do cadastro do paciente, demonstrando uma falha de nossos servidores que não deveria ocorrer.

Imaginemos a implantação de uma estrutura por parte do ente público para reduzir o absenteísmo, e que esta foi construída tendo por base o contato telefônico,

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2155 como proposto em este e em outros estudos. Porém, o contato se torna impossível devido a um erro de cadastro, o que inviabilizaria todo o projeto.

Isto chama atenção para outro fato que deve ser avaliado que trata da capacitação dos servidores. Porém este é um tema para um outro estudo. Fica apenas um alerta.

A estrutura necessária para a realização desta atividade não é de grande volume, sendo necessário um ou dois funcionários e linhas telefônicas disponíveis para este contato. Conforme discutido, outras formas quiçá mais em conta podem ser implantadas, como encaminhamento de mensagens de texto ou voz, utilizando novas tecnologias com este fim e com um custo ainda mais em conta.

Outro fato importante que deve ser observado e discutido é que quando um paciente não comparece à unidade executante no horário agendado, diversos problemas se desencadeiam: o profissional de saúde responsável pela execução do exame fica ocioso; o horário que poderia ser aproveitado por outro usuário é desperdiçado; o paciente muitas vezes necessita retornar à sua unidade de saúde para fazer uma nova requisição do exame, o que gera mais tempo de espera para a realização do exame; o paciente, mesmo sem se dar conta, pode piorar seu estado de saúde com o atraso gerado tanto no diagnóstico quanto no tratamento de sua enfermidade.

Todos os fatores acima relacionados acabam fazendo com que os recursos que sabidamente são poucos no Brasil, diante da grandeza do país e da população que necessita ser atendida, sejam desperdiçados muitas vezes, e em outras sejam aumentados.

Para termos uma ideia do que isso representa, tomemos como exemplo o exame de aparelho urinário, que foi o objeto deste estudo. O valor repassado pela esfera Federal para a realização do exame de ultrassonografia de aparelhos urinários é de vinte e quatro reais e vinte centavos (24,20 R$) por exame, conforme descrito no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (BRASIL, 2017a).

Diante deste valor, a maioria dos municípios acaba por obrigar-se a realizar uma complementação do valor com recursos próprios, a fim de conseguir um prestador que realize o exame no município.

Assim, o município de Blumenau não foge à regra, e atualmente necessita complementar o valor de R$10,00 por exame, totalizando o valor de trinta e quatro reais e vinte centavos (34,20R$) por exame.

A taxa atual de absenteísmo, evidenciada neste estudo e sem a intervenção telefônica gira em torno de 19%. Considerando que o município de Blumenau oferece cerca de 250 exames de aparelho urinário por mês, esta taxa encontrada representa um desperdício de aproximadamente 50 exames por mês, representando um custo de uns mil setecentos e dez reais (1.710,00 R$) ao mês e vinte mil duzentos e cinquenta reais (20.250,00 R$) ao ano. Considerando que no Brasil são realizados cerca de seis milhões de ultrassom de aparelho urinário ao ano (BRASIL, 2017) e se formos extrapolar a taxa de absenteísmo encontrada para os demais municípios brasileiros o que parece ser a realidade observada em outros estudos, temos aproximadamente um milhão e duzentos mil ultrassons que ficam sem ser realizados no país ao ano, a um custo anual para o país de quarenta e um milhões e quarenta mil reais (41.040.000,00R$).

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2156 Devemos observar que este valor se refere única e exclusivamente ao exame de ultrassom de aparelho urinário, sendo que o município oferece cerca de cinquenta mil agendamentos (exames e consultas) ao mês, sem contar os exames laboratoriais. Assim, somente em Blumenau, se para todos os agendamentos extrapolarmos a mesma taxa de absenteísmo, e a um custo médio de 25 reais (considerando que o município complementa valores tanto em procedimentos quanto em consultas), temos cerca de dez mil agendamentos desperdiçados, resultando em um valor mensal de duzentos e cinquenta mil reais (250.000,00 R$) a anual de três milhões de reais (3.000.000,00 R$), equivalente a aproximadamente um por cento do orçamento para a saúde do município.

Como a redução obtida no absenteísmo neste estudo foi de seis por cento com a ação realizada, poderíamos obter uma redução de cento e oitenta mil reais (180.000,00 R$) ano neste desperdício, que seguramente, poderia ser reduzido ainda mais com ações mais intensas.

Fysh (2002) demonstrou em seu estudo dados do prejuízo financeiro causado pelo absenteísmo no Reino Unido. Fysh (2002) simulou uma perda de novecentos milhões de libras esterlinas (£ 900 milhões) no Reino Unido ao ano, sendo destas seiscentos milhões de libras (£ 600 milhões) ao ano em ambulatórios de clínicos e trezentos milhões de libras (£ 300 milhões) no ambulatório hospitalar. Assim vemos que este não é um problema exclusivo de nossa cultura, mas que afeta a outros países da mesma forma.

Frente a esta economia observada com os dados deste estudo, a contrapartida do município, ou seja, os custos de implantação desta estrutura ficam restritos a contratação de um funcionário e ao custo das chamadas telefônicas. Hoje o custo de um agente administrativo no município de Blumenau está em torno de 1.500,00 reais (Blumenau, 2017) e o custo de uma linha telefônica para a realização destas ligações nos planos corporativos é muito baixo. Assim a implantação de uma estrutura com este fim acaba demonstrando-se vantajosa economicamente.

4 CONSIDERAÇÕES FIINAIS

Ao término desse estudo observou-se uma tendência de redução das taxas de absenteísmo utilizando o contato prévio para a confirmação do horário agendado. O esquecimento foi o principal motivo para o não comparecimento dos pacientes. Com a realização da intervenção telefônica, obtivemos uma redução significativamente importante nesse quesito de faltas, levando assim os autores a concluir, dessa forma, que esta é uma estratégia que pode ser adotada pelos entes públicos para a redução do absenteísmo. A importância estrutural, diante da enorme demanda e baixa oferta existente no SUS, e a importância econômica demonstrada pelos valores que podem ser economizados e melhor aproveitados com o uso desta ferramenta, nos fazem afirmar que esta ferramenta de gestão deva ser empregada pelos entes públicos com brevidade, otimizando os recursos aplicados na saúde. Outro dado encontrado foi da necessidade de maior capacitação dos servidores para que erros simples como falhas de cadastro não venham a ser fatores negativos na hora da aplicação desta ferramenta.

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