• Nenhum resultado encontrado

SUMÁRIO INTRODUÇÃO RISCO DE CRÉDITO... 10

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SUMÁRIO INTRODUÇÃO RISCO DE CRÉDITO... 10"

Copied!
50
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)

3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 6

1.1PRINCIPAIS RISCOS CORPORATIVOS ... 8

2 RISCO DE CRÉDITO ... 10

2.1GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO ... 10

2.1.1 Identificação e Mensuração ... 11

2.1.2 Monitoramento ... 14

2.1.3 Controle e Mitigação ... 15

2.2EXPOSIÇÕES AO RISCO DE CRÉDITO ... 17

2.2.1 Montante das Exposições ao Risco de Crédito ... 17

2.2.2 Percentual das Exposições dos Dez Maiores Clientes ... 18

2.2.3 Montante das Operações em Atraso ... 18

2.2.4 Operações Baixadas a Prejuízo ... 19

2.2.5 Montante de Provisões ... 19

2.2.6 Exposição por Fator de Ponderação de Riscos ... 20

2.2.7 Parcela de Risco de crédito, Segmentada por Fator de Ponderação de Riscos. ... 20

2.2.8 Instrumentos Mitigadores ... 22

2.3RISCO DE CRÉDITO DA CONTRAPARTE ... 22

2.4 CESSÕES DE CRÉDITO E TVM ORIUNDOS DE PROCESSO DE SECURITIZAÇÃO ... 24

3 RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ ... 26

3.1RISCO DE MERCADO ... 26

3.1.1 Política de Risco de Mercado ... 26

3.2RISCO DE LIQUIDEZ ... 32

3.2.1 Processo de Gerenciamento de Risco e Liquidez ... 32

3.2.2 Modelos de Gestão ... 33

3.2.3 Instrumentos Financeiros ... 35

3.2.4 Comunicação Interna ... 35

4 RISCO OPERACIONAL ... 36

4.1OBJETIVOS E POLÍTICA ... 36

4.2MODELO DE ALOCAÇÃO DE CAPITAL ... 37

4.3PROCESSO DE GERENCIAMENTO ... 37

4.4GESTÃO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS ... 39

4.5COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO ... 39

(4)

4

5.1NOVO ACORDO DE CAPITAL –BASILEIA II ... 40

5.2BASILEIA III ... 42

5.3PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA ... 44

5.4 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO (PRE) E ADEQUAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) ... 45

5.4.1 Evolução do PR e PRE ... 48

5.5ÍNDICE DE BASILEIA ... 49

GRÁFICOS Gráfico 1 – Composição da Provisão para Operações de Crédito – mar/2011 – R$ Milhões ... 19

Gráfico 2 – Evolução do PR e PRE - Conglomerado Financeiro ... 48

Gráfico 3 – Evolução do PR e PRE - Consolidado Econômico - Financeiro ... 49

Gráfico 4 – Índice de Basileia – Conglomerado Financeiro ... 50

Gráfico 5 – Índice de Basileia – Consolidado Econômico-Financeiro ... 50

TABELAS Tabela 1 - Valor total das exposições e valor da exposição média ... 17

Tabela 2 - Percentual dos dez maiores clientes ... 18

Tabela 3 - Montante de operações em atraso... 18

Tabela 4 - Fluxo das operações baixadas a prejuízo ... 19

Tabela 5 - Exposição por fator de ponderação de riscos - Conglomerado Financeiro ... 20

Tabela 6 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos – Conglomerado Financeiro ... 21

Tabela 7 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos – Consolidado Econômico Financeiro ... 21

Tabela 8 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte do Conglomerado Financeiro ... 22

Tabela 9 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte do Consolidado Econômico-Financeiro ... 23

Tabela 10 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte do Conglomerado Financeiro ... 23

Tabela 11 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte do Consolidado Econômico-Financeiro ... 24

Tabela 12 - Exposições decorrentes da aquisição de títulos ou valores mobiliários oriundos do processo de securitização ... 24

Tabela 13 - Valores resultantes do Teste de Sensibilidade...29

(5)

5

Tabela 15 - Detalhamento do Patrimônio de Referência do Conglomerado Financeiro ... 44 Tabela 16 - Detalhamento do Patrimônio de Referência do Consolidado Econômico Financeiro ... 45 Tabela 17 - Detalhamento do Patrimônio de Referência Exigido ... 46 Tabela 18 - Detalhamento do Patrimônio de Referência Exigido – Consolidado Econômico Financeiro ... 47

FIGURAS

Figura 1 - Três Pilares Basileia ... 41

(6)

6

INTRODUÇÃO

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. é um banco múltiplo controlado pelo Estado do Rio Grande do Sul, e está entre os mais rentáveis dentre os maiores bancos brasileiros em total de ativos, considerando o retorno sobre patrimônio líquido, segundo dados do Banco Central.

Com 440 agências, 399 no Rio Grande do Sul, 25 em Santa Catarina, 14 em outros estados brasileiros e duas no exterior, 279 postos de atendimento bancário e 553 pontos de atendimento eletrônico, o Banco foca seus negócios no atendimento às necessidades de clientes de varejo, pequenas e médias empresas e entidades do setor público. Nos nove meses de 2011 a rede de atendimento Banrisul atingiu 1.272 pontos.

O foco geográfico de atuação do Banco é a região sul do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul onde está presente em 414 municípios, que abrange 98% da população e do PIB do Estado.

O Conglomerado Financeiro é formado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. e a Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio. O Consolidado Econômico Financeiro do Banrisul é formado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., a Banrisul S.A. Administradora de Consórcios, a Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio, a Banrisul Armazéns Gerais S.A. e a Banrisul Serviços Ltda.

O Banrisul possui estratégia de expansão focada no crescimento da rede de atendimento no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Também faz parte da estratégia a busca de novos mercados, para apoiar o crescimento futuro, e a ampliação de market share no Estado.

Para o Banrisul a gestão de riscos é imprescindível para fortalecer o perfil corporativo da instituição e dar continuidade ao seu propósito de ser o maior agente financeiro do Estado do Rio grande do Sul. Neste contexto é importante

(7)

7

uma relação transparente com clientes, investidores e demais partes interessadas, que permita o conhecimento sobre a gestão dos riscos.

A divulgação do presente relatório objetiva fornecer informações ao mercado, e às partes relacionadas, sobre o gerenciamento de riscos no Banrisul, bem como atender as determinações do Banco Central do Brasil e as diretrizes do Comitê de Basileia. As informações divulgadas são relativas aos três trimestres de 2011 e aos dois últimos trimestres de 2010. Para as informações em que os valores são iguais para o Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro, demonstramos apenas os dados relativos ao Conglomerado Financeiro.

(8)

8

1 GESTÃO DE RISCOS

A gestão de riscos é ferramenta estratégica e fundamental para uma instituição financeira. Os riscos intrínsecos abrangem desde aqueles facilmente identificáveis na área financeira, como os riscos de mercado, de liquidez, de crédito, assim como os não diretamente identificados como tal, mas também de extrema importância, como risco operacional e de imagem, dentre outros.

No Banrisul, essa atividade procura alinhar as atividades do Banco aos padrões recomendados pelo Novo Acordo de Capitais, publicado em Junho de 2004, pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (Basel Committee On Banking Supervision). O documento Convergência Internacional de Mensuração de Capital e Padrões de Capital: Estrutura Revisada (International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards: a Revised Framework) é, hoje, mais conhecido como Acordo de Basileia II.

A publicação visa à adoção das melhores práticas de mercado e à maximização da rentabilidade dos investidores, a partir da melhor combinação possível de aplicações em ativos e uso de capital regulatório. O aprimoramento sistemático de políticas de risco, sistemas de controles internos e normas de segurança, integrados aos objetivos estratégicos e mercadológicos da Instituição são processos contínuos nesse escopo.

A gestão dos riscos corporativos do Banrisul é realizada de forma integrada, o que permite agilidade nos processos e na tomada de decisão, e, está alinhada às disposições das melhores práticas e aos padrões definidos pelo Banco Central, em conformidade com o acordo de capitais, Basileia II, cujo cronograma de implementação foi iniciado com o Comunicado 12.746 de 09 de Dezembro de 2004.

1.1 Principais Riscos Corporativos

O Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao descumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações

(9)

9

financeiras, nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

O Risco de Mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições ativas e passivas detidas pelas instituições financeiras. Inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, taxa de juros, preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities).

O Risco de Liquidez é a possibilidade de ocorrência de incapacidade de atender às necessidades de caixa devido ao descasamento nos fluxos financeiros em decorrência da dificuldade de se desfazer de um ativo ou da perda de valor dos ativos.

O Risco Operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.

(10)

10

2 RISCO DE CRÉDITO

O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

A Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito do Banrisul tem como objetivo identificar, mensurar, controlar e mitigar a exposição ao risco de crédito no âmbito de portfólio, atuar de forma a consolidar a cultura das melhores práticas de Gerenciamento do Risco de Crédito, aperfeiçoar continuamente a gestão do risco de crédito em todas as modalidades de ativos, garantir níveis adequados de risco e evitar perdas não previstas e garantir a isenção e a segregação de função no processo de gerenciamento de risco de crédito.

A descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito está disponível no site http://www.banrisul.com.br/ri, no caminho: “Governança Corporativa/ Gerenciamento de Riscos/Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito”.

2.1 Gestão do Risco de Crédito

A estrutura de avaliação de risco de crédito do Banrisul está alicerçada no princípio de decisão técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de crédito, correspondentes aos níveis decisórios, que abrangem desde a extensa rede de agências, em suas diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e seus comitês de risco e crédito na Direção-Geral, Diretoria Executiva e Conselho de Administração. Esse processo visa agilizar a concessão com base em limites de crédito para clientes tecnicamente pré-definidos, que determinem a exposição que a instituição esteja disposta a operar com cada cliente pessoa física e pessoa jurídica, atendendo o binômio risco x retorno.

(11)

11

A contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação do risco dos clientes, com a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliadas à otimização dos controles sobre as informações cadastrais, por meio de modelo de certificação, intensificam e fortalecem as avaliações.

A adoção dos sistemas de Credit Score e Behaviour Score oportuniza o estabelecimento de créditos pré-aprovados à pessoa física de acordo com as classificações de risco, previstas nos modelos estatísticos, que são conceitualmente mais atrativos para manejo com crédito massificado.

A gestão eficaz da exposição ao risco de crédito do Banrisul permite a continuidade da expansão da carteira de crédito com agilidade e segurança, dada a potencialidade dos instrumentos utilizados para mensuração dos riscos inerentes a cada cliente.

2.1.1 Identificação e Mensuração

No processo de identificação e avaliação do risco de crédito o Banrisul adota para a Pessoa Física (PF) os modelos de escoragem de crédito (Credit Score e Behaviour Score), que oportunizam o estabelecimento de créditos pré-aprovados avaliando a probabilidade de o cliente inadimplir (risco de default), ou seja, de acordo com as classificações de risco previstas nos modelos estatísticos.

Para Pessoa Jurídica (PJ) em fevereiro de 2011 foi implementado o Modelo de Risco e Crédito Automatizado Pessoa Jurídica com a adoção do Credit Score e Behaviour Score para o segmento Varejo PJ. Nessa etapa de implementação o modelo atual de políticas por alçada e concessão de crédito pelos Comitês das Agências permanecerá disponível, podendo as agências optar por um dos dois modelos.

(12)

12

No modelo atual de concessão de crédito para PJ, os comitês de crédito das agências podem autorizar limite de risco e operações de crédito até os limites de sua alçada, estabelecidas de acordo com a categoria de cada agência. Os comitês de crédito e de risco da Direção-Geral deferem operações e limites de risco para clientes em alçadas superiores às definidas pelos comitês de crédito das Agências. A Diretoria Executiva aprova operações específicas e limites de risco de operações em montantes que não ultrapassem 3% do Patrimônio Líquido do Banco. Operações superiores a esse limite são submetidas à apreciação do Conselho de Administração.

Para o segmento Corporate o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de análise de riscos que avalia as empresas sob o prisma financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões periódicas, e que, ainda observam os cenários econômicos, inserindo as empresas nestes ambientes. A gestão da exposição ao risco de crédito possui como diretriz manter uma postura seletiva e conservadora da instituição, seguindo estratégias definidas pela alta administração e áreas técnicas da corporação.

Para as operações de crédito não contempladas pelos modelos de escoragem, e, as operações de repasse por meio de agentes financeiros, o Banco avalia a probabilidade de inadimplência de contrapartes individualmente, por meio de ferramentas de classificação projetadas para diferentes categorias de contrapartes.

Estas ferramentas de gestão, que foram desenvolvidas internamente, e, combinam análise estatística com a opinião da equipe de crédito, são validadas, quando apropriado, através da comparação com dados externos disponíveis. As ferramentas de classificação são mantidas sob análise e atualizadas quando necessário. Regularmente, a Administração valida o desempenho da classificação e de seu poder de previsão com relação a eventos de inadimplência.

(13)

13

A Resolução do Conselho Monetário Nacional, n.º 2.682, de 21 de dezembro de 1999, determinou que as instituições financeiras classifiquem as operações de crédito em ordem crescente de risco, contemplando aspectos em relação ao devedor e seus garantidores e em relação à operação.

Em relação ao devedor e seus garantidores devem ser considerados a situação econômico-financeira, o grau de endividamento, a capacidade de geração de resultados, o fluxo de caixa, a administração e a qualidade de controles, a pontualidade e os atrasos nos pagamentos, as contingências, o setor de atividade econômica e o limite de crédito.

Em relação às operações de crédito em si, devem ser considerados o valor, a natureza e finalidade da transação, além das características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez. As operações de crédito são acompanhadas para identificação do rating mínimo em função do maior atraso. Todas as operações dos clientes possuem ratings calculados, que adicionados ao rating mínimo, é apurado o de maior risco para o cliente. A seguir tem-se a descrição dos níveis de rating utilizados pelo Banrisul:

Classificação do Descrição do Banco Grau 1 – AA Risco Baixíssimo 2 – A Risco Baixo 3 – B Risco Reduzido 4 – C Risco Moderado 5 – D Risco Normal 6 – E Risco Médio 7 – F Risco Elevado 8 – G Risco Elevadíssimo 9 – H Risco Severo

A perda por inadimplência ou severidade da perda representa a expectativa do Banco com relação ao montante da perda estabelecido por uma ação, se a inadimplência ocorrer. Este montante é expresso como perda percentual por unidade de exposição, e, normalmente varia de acordo com a categoria da contraparte, com o tipo e o nível da ação e com a disponibilidade de garantias ou outras formas de mitigação de crédito.

(14)

14

Para os Títulos Públicos e outros títulos de dívida a Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco elabora relatórios contendo pareceres de análise para concessão de Limites Operacionais de risco de crédito para instituições financeiras e para aquisições de títulos e valores mobiliários (emissões públicas ou em caráter privado) emitidos por empresas que operam no Mercado de Capitais.

O Limite Operacional constitui o valor máximo ao qual o banco aceita estar exposto quando da aquisição de títulos privados, emitidos por companhias ou instituições financeiras, e da participação em Operações Compromissadas. O Limite Operacional é destinado tanto a operações envolvendo a Tesouraria do Banrisul, por intermédio da Unidade Financeira, quanto a operações no âmbito da alocação de recursos de terceiros, por meio da participação dos fundos de investimento do Banrisul administrados pela Unidade de Administração de Recursos de Terceiros.

A extensão da análise técnica compreende o aspecto econômico-financeiro da instituição; ambiente econômico; perfil da empresa e de seus controladores; estudo sobre o conglomerado; e rating externo da instituição. As demonstrações financeiras podem ser reclassificadas de acordo com critérios que possibilitem apurar de maneira sistemática as posições de ativos, passivos e de resultados, para aferir indicadores necessários para ponderação posterior dos limites.

2.1.2 Monitoramento

Na etapa de monitoramento são realizadas análises de aderência dos modelos de Credit Score e Behaviour Score da Pessoa Física por meio de técnicas estatísticas de validação. As análises são apreciadas semestralmente pelos Comitês de Gestão e Diretoria.

Para todos os segmentos de Clientes também são realizadas análises dos indicadores de atraso, pendência e volume de concessão, em diversas granularidades e agrupamentos, possibilitando o gerenciamento dessas exposições por produto, classificação de risco, concentração de crédito e agência, entre outros. Essas análises, realizadas periodicamente, visam o gerenciamento de risco

(15)

15

de crédito e o acompanhamento do desempenho comercial do Banco em crédito, compatibilizando com as tendências de mercado, objetivando assegurar o cumprimento das diretrizes, minimizando o risco de desconexão entre a decisão e a execução. As análises consolidadas com proposição de ajustes nas políticas vigentes, se necessário, de acordo com as responsabilidades dos órgãos componentes, são apreciados mensalmente pelos Comitês decisórios e Diretoria. Além disso, periodicamente são reportados a alta administração relatórios gerenciais da carteira de crédito do Banco para monitoramento dos volumes alocados e índices de pendências.

A provisão para fazer frente aos créditos de liquidação duvidosa é constituída mensalmente de acordo com a Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional. Desde dez/2008 o Banrisul provisiona valor adicional com vistas à cobertura de possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes. 2.1.3 Controle e Mitigação

A exposição ao risco de crédito é mitigada por meio da estruturação de garantias e da precificação, adequados ao nível de risco a ser incorrido às características do tomador e operação no momento da concessão.

O monitoramento por meio de ferramentas de Gestão da Carteira de Crédito está diretamente relacionado ao controle e a mitigação do risco de crédito, pois, a partir destes se verificam comportamentos passíveis de intervenção.

O Banco administra, limitando e controlando concentrações de risco de crédito sempre que estas são identificadas, particularmente em relação a contrapartes e grupos.

A administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão do risco aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais ou mais frequentes, quando necessário.

(16)

16

Os limites sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho da Administração, se for o caso.

A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive os agentes financeiros, no caso de contraparte, é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem exposições registradas e não registradas no balanço patrimonial. As exposições reais de acordo com os limites estabelecidos são monitoradas diariamente.

A exposição ao risco de crédito é também administrada através de análise regular dos tomadores de empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração dos limites quando apropriado.

O Banco utiliza orientações e políticas já consolidadas sobre a aceitação de classes específicas de garantias ou mitigação de risco, firmadas nos contratos de empréstimos ou financiamentos, como, por exemplo, o direito de vender ou reapresentar a garantia na ausência de cumprimento por parte do devedor de suas obrigações, sendo as mesmas avaliadas e analisadas no momento da concessão do crédito.

O Banrisul emprega a tomada de garantias sobre a liberação de recursos como uma das medidas de mitigação de risco de crédito, que é uma prática tradicional e costumeira dentro do mercado financeiro. Usualmente, para tal controle, o Banco tem admitido o recebimento de garantias de natureza real e fidejussória, obedecendo às peculiaridades inerentes ao tipo de contrato.

A exposição máxima de risco de crédito corresponde ao montante total do compromisso firmado entre as partes. Ainda, cabe salientar que o Banrisul efetua o controle de todas as garantias contratadas, com destaque nas operações que possuem o mitigador de garantias de títulos de crédito, efetuando a gestão durante todo o andamento da operação, recompondo a garantia quando assim se fizer necessário durante a vigência da operação/contrato, baixando o excedente quando de seu encerramento.

(17)

17

Para os casos de execução das garantias atreladas a um contrato insolvente, o Banco realiza a devida retomada dos bens garantidos pela contraparte, realizando, posteriormente, a venda dos mesmos através de leilões, obedecendo aos prazos determinados pelo Banco Central. Ainda, são contabilizados em Regime Especial, conforme definições encontradas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – Cosif.

Excepcionalmente, a garantia pode ser considerada de difícil conversão em valores monetários. Essa contextualização leva em conta a ocorrência de contingências que impossibilitem a realização dessa garantia, como, por exemplo, a ocorrência de fenômenos naturais, a obsolescência e/ou deterioração desses bens, tornando inviável a sua liquidez no mercado.

Em relação aos Instrumentos Financeiros Derivativos, o Banco não possuía operações em sua carteira em 30 de setembro de 2011.

2.2 Exposições ao Risco de Crédito

Nesta sessão apresentam-se dados quantitativos relativos às exposições ao risco de crédito, demonstrando-se o montante das exposições relativo aos últimos cinco trimestres.

2.2.1 Montante das Exposições ao Risco de Crédito

A seguir apresenta-se o valor total das exposições e valor da exposição média no trimestre:

Tabela 1 - Valor total das exposições e valor da exposição média Conglomerado Financeiro - R$ Milhares

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

Total das Exposições* 21.898.649,6 21.008.480,0 20.117.185,4 19.181.977,9 18.321.318,0

Média do Trimestre 21.747.552,1 20.705.568,8 19.783.042,4 18.939.679,9 18.017.743,3

* Contempla as operações de crédito, arrendamento mercantil, compromissos, adiantamentos e garantias prestadas.

(18)

18

Observa-se que as exposições a risco de crédito do Conglomerado Financeiro passaram de R$ 18.321.318,0 mil em Setembro de 2010 para R$ 21.898.649,6 mil em Setembro de 2011, incremento de 19,5% no período. A média trimestral que era de R$ 18.017.743,3 mil em Setembro de 2010 apresentou no terceiro trimestre de 2011, R$ 21.747.552,1 mil, aumento de 20,7% no período. Aumentos estes justificados pelo crescimento da carteira de crédito da instituição. 2.2.2 Percentual das Exposições dos Dez Maiores Clientes

A seguir apresenta-se a evolução trimestral do percentual das exposições dos dez maiores Clientes em relação ao total das operações com características de concessão de crédito:

Tabela 2 - Percentual dos dez maiores clientes Conglomerado Financeiro

Percentual das exposições dos dez maiores Clientes

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

14,7% 16,1% 14,8% 15,9% 15,4%

A exposição dos dez maiores clientes representou no 3º Trimestre de 2011, 14,7% das operações com características de concessão de crédito, apresentando uma diminuição em relação ao mesmo período de 2010, que foi de 15,4%.

2.2.3 Montante das Operações em Atraso

A seguir apresenta-se o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo, segregado por faixas de atraso: Tabela 3 - Montante de operações em atraso

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Faixas de dias de atraso set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

Atraso até 60 dias 175,5 147,8 161,2 126,5 143,2

Atraso entre 61 e 90 dias 68,5 62,6 61,1 30,7 52,8

Atraso entre 91 e 180 dias 175,1 145,9 138,5 115,4 125,3

Atraso acima de 180 dias 527,6 448 459,4 381,8 460

(19)

19

O aumento do valor total das operações em atraso de R$ 781,3 milhões em Setembro de 2010 para R$ 946,6 milhões em Setembro de 2011, totalizando 21,2%, reflete a movimentação do mercado onde se observa aumento nos níveis de inadimplência.

2.2.4 Operações Baixadas a Prejuízo

A seguir apresenta-se o fluxo de operações baixadas a prejuízo no trimestre: Tabela 4 - Fluxo das operações baixadas a prejuízo

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Data-Base set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

Perdas 116,7 84,1 84,4 147,3 104,4

Recuperação 27,7 47,0 19,9 48,8 49,0

Perda Líquida 89,0 37,1 64,5 98,5 55,4

A perda líquida verificada em Setembro de 2011 foi de R$ 89,0 milhões, aumento de R$ 33,6milhões em relação a Setembro de 2010.

2.2.5 Montante de Provisões

A seguir apresenta-se o montante de provisões para perdas relativas às exposições na Carteira de Crédito:

Gráfico 1 – Composição da Provisão para Operações de Crédito – Set/2011 – R$ Milhões

(20)

20

As operações de crédito somaram R$ 19.654,7 milhões em Setembro de 2011 contra R$ 16.237,1 milhões em Setembro de 2010, aumento de 21,1% no período. As provisões para perdas com operações de crédito do Conglomerado Financeiro, foram de R$ 1.122,7 milhões, equivalente a 6,9% do total da carteira de crédito em Setembro de 2010. Em Setembro de 2011, o estoque de provisões alcançou R$ 1.284,6 milhões, representando 6,5% da carteira.

2.2.6 Exposição por Fator de Ponderação de Riscos

Demonstra-se a seguir as exposições ao risco de crédito, segmentadas pelos fatores de ponderação de exposições, utilizados no cálculo da parcela de alocação de capital do risco de crédito:

Tabela 5 - Exposição por fator de ponderação de riscos - Conglomerado Financeiro Conglomerado Financeiro - R$ Milhares

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

Total das Exposições* 21.898.649,6 21.008.480,0 20.117.185,4 19.181.977,9 18.321.318,0

FPR de 20% - - 0,2 29,3 4,4 FPR de 35% 286.444,6 282.295,0 269.596,4 261.985,7 252.961,3 FPR de 50% 3.156.389,2 3.120.716,1 2.891.663,8 2.847.634,4 2.663.699,9 FPR de 75% 9.101.461,3 10.030.082,8 9.778.278,4 9.269.544,4 8.954.898,1 FPR de 100% 8.013.462,6 7.575.386,1 7.177.646,5 6.802.784,1 6.449.754,3 FPR de 150% 1.340.891,8 - - - -

* Contempla as operações de crédito, arrendamento mercantil, adiantamentos, compromissos e prestação de garantias.

As exposições a risco de crédito do Conglomerado Financeiro passaram de R$ 18.321.318,0 mil em Setembro de 2010 para R$ 21.898.649,6 mil em Setembro de 2011, crescimento de 19,5%, concentrando os maiores volumes no ponderador 75% referente às operações de varejo.

2.2.7 Parcela de Risco de crédito, Segmentada por Fator de Ponderação de Riscos. A seguir apresenta-se o valor da parcela PEPR (referente às exposições ponderadas

pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído) do PRE, segmentado pelos fatores de ponderação de risco (FPR), de acordo com os artigos 11 a 16 da Circular nº 3.360, de 12 de setembro de 2007, do Conglomerado Financeiro e do Consolidado Econômico-Financeiro.

(21)

21

Tabela 6 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos – Conglomerado Financeiro

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Fator de Ponderação

de Risco set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

20% 20,0 19,3 18,0 13,9 16,8 35% 11,0 10,9 10,4 10,1 9,7 50% 181,4 188,5 180,9 164,6 154,7 75% 750,9 827,4 806,7 764,7 738,8 100% 1.152,3 1.103,9 1.055,6 1.020,5 979,7 150% 221,2 - - - - Total PEPR 2.336,9 2.150,0 2.071,6 1.973,9 1.899,80

A parcela de alocação de capital referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco de crédito do Conglomerado Financeiro passou de R$ 1.899,8 milhões em Setembro de 2010 para R$ 2.336,9 milhões em Setembro de 2011. E, ainda, com a inclusão do ponderador 150%, o ponderador 75%, constituído por operações classificadas como operações de varejo pelo BACEN, diminuiu em 9,3% em relação a Junho de 2011. Os maiores volumes estão concentrados no ponderador de 100%.

A tabela a seguir demonstra a parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos do Consolidado Econômico Financeiro que segue a mesma evolução do Conglomerado Financeiro.

Tabela 7 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos – Consolidado Econômico Financeiro

Consolidado Econômico Financeiro - R$ Milhões

Fator de Ponderação

de Risco set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

20% 20,0 19,3 18,0 13,9 16,8 35% 11,0 10,9 10,4 10,1 9,7 50% 181,4 188,4 180,9 164,6 154,7 75% 750,9 827,5 806,7 764,7 738,8 100% 1.162,8 1.113,8 1066,5 1.030,5 989,3 150% 221,2 - - - - Total PEPR 2.347,3 2.159,9 2.082,40 1.983,80 1.909,30

(22)

22

2.2.8 Instrumentos Mitigadores

Para apuração de alocação de capital da parcela de risco de crédito, a Instituição não apresentou valores mitigados nos trimestres analisados, por meio dos instrumentos definidos nos artigos 20 a 22 da Circular nº 3.360 de 2007, editada pelo Banco Central do Brasil.

2.3 Risco de Crédito da Contraparte

A seguir apresentam-se as informações relativas às exposições ao Risco de Crédito da Contraparte. Inicialmente são demonstradas as informações referentes ao valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte. 2.3.1 Valor Positivo Bruto dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte

Os valores positivos brutos dos contratos sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte incluem derivativos, operações a liquidar, empréstimos de ativos e operações compromissadas. Desconsiderando os valores positivos relativos a acordos de compensação, conforme definidos na Resolução nº 3.263 do CMN, de 24 de fevereiro de 2005.

Tabela 8 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte do Conglomerado Financeiro

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Risco de Crédito da Contraparte

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

5.141,1 4.899,2 4.150,0 4.144,4 6.563,9

A partir da tabela, observa-se que o volume bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte em Setembro de 2010 totalizava R$ 6.563,9 milhões, reduzindo para R$ 5.141,1 milhões em Setembro de 2011, decréscimo de 21,7% no período.

(23)

23

Tabela 9 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte do Consolidado Econômico-Financeiro

Consolidado Econômico Financeiro - R$ Milhões

Risco de Crédito da Contraparte

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

5.160,3 4.918,0 4.168,4 4.162,8 6.581,9

Observa-se que o volume bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte, do Consolidado Econômico Financeiro, totalizava em Setembro de 2010 R$ 6.581,9 milhões, reduzindo para R$ 5.160,3 milhões em Setembro de 2011, decréscimo de 21,6% no período.

2.3.2 Valores Positivos relativos acordos de Compensação

No período de apuração para a divulgação deste relatório, o Banrisul não apresentou valores positivos relativos a acordos para compensação e liquidação de obrigações, conforme definidos na Resolução nº 3.263 do Conselho Monetário Nacional de 2005.

2.3.3 Exposição Global Líquida a Risco de Crédito da Contraparte

Os valores positivos brutos dos contratos sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte incluem os derivativos, as operações a liquidar, os empréstimos de ativos e as operações compromissadas. A exposição líquida é calculada a partir destes saldos, conforme resultado a seguir:

Tabela 10 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte do Conglomerado Financeiro

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Risco de Crédito da Contraparte

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

1.735,7 1.206,2 1.145,3 1.384,4 1.861,9

Observa-se que a exposição global líquida a Risco de Crédito da Contraparte em Setembro de 2010 totalizava R$ 1.861,9 milhões, reduzindo para R$ 1.735,7 milhões em Setembro de 2011, uma diminuição de 6,8%.

(24)

24

Tabela 11 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte do Consolidado Econômico-Financeiro

Consolidado Econômico Financeiro - R$ Milhões

Risco de Crédito da Contraparte

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

1.754,9 1.225,0 1.163,7 1.402,7 1.879,9

Observa-se que a exposição global líquida a Risco de Crédito da Contraparte em Setembro de 2010 totalizava R$ 1.879,9 milhões, reduzindo para R$ 1.754,9 milhões em Setembro de 2011, uma diminuição de 6,6%.

2.4 Cessões de Crédito e TVM oriundos de processo de securitização

Em relação ao fluxo das exposições cedidas com transferência substancial dos riscos, e os benefícios oriundos destas transferências, e os saldos de exposições cedidas sem transferência nem retenção substancial dos riscos e benefícios, a Instituição não apresentou movimentos nos trimestres analisados para este relatório.

Em relação ao fluxo das exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios, que foram baixadas para prejuízo e saldo de exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios a Instituição também não apresentou movimentos nos trimestres analisados.

A seguir o valor total das exposições decorrentes da aquisição de títulos ou valores mobiliários oriundos de processo de securitização:

Tabela 12 - Exposições decorrentes da aquisição de títulos ou valores mobiliários oriundos do processo de securitização

Conglomerado Financeiro - R$ Mil

Exposições em Certificados de Recebíveis Imobiliários

set/11 jun/11 mar/11 dez/10 set/10

2.550,7 2.871,7 2.765,6 2.637,5 2.686,7

A Instituição mantém duas operações de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), uma custodiada na Bovespa e outra na CETIP, totalizando em Setembro de

(25)

25

2011, R$ 2.550,7 mil. Em relação a Setembro de 2010, houve uma queda de 5,1% nessas operações, e em relação a Junho a queda foi de 11,2%.

O fluxo de recebíveis constituídos de aluguéis lastreia a emissão dos Certificados de Recebíveis Imobiliários. A classe dos títulos ou valores mobiliários, no que se refere à subordinação dessas às demais, para efeito de resgate é sem subordinação.

(26)

26

3 RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ 3.1 Risco de Mercado

O risco de mercado consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado das carteiras ativa e passiva detidas pela instituição financeira. Entre os eventos de risco de mercado, incluem-se os riscos das operações sujeitas às variações das taxas de juros, cambial, dos índices de preços, dos preços de ações e dos preços de commodities.

O controle do risco de mercado da Instituição e das Empresas do Consolidado Econômico Financeiro é centralizado em unidade específica para que os processos sejam mapeados, classificados e consolidados de acordo com as características de exposições das operações e mensurados sob os critérios definidos pelos órgãos reguladores.

Alinhado às melhores práticas de gestão de risco de mercado e liquidez e atendendo ainda as recomendações e normas dos órgãos reguladores, o Banrisul investe de forma estruturada no aperfeiçoamento dos processos sistêmicos e das práticas de gestão, seguindo padrões de mercado e estratégias definidas pela alta administração.

3.1.1 Política de Risco de Mercado

A Política de Gerenciamento de Risco de Mercado do Banrisul tem como objetivo estabelecer padrões adequados de gestão que garantam aos acionistas os princípios e as ações estratégicas de negócios, abrangendo produtos, serviços, atividades, processos e sistemas, bem como limites de exposições para carteira de negociação - trading book e carteira de não negociação - banking book; cumprir exigências normativas quanto à alocação de capital regulatório e monitorar o consumo de capital, no intuito de assegurar as melhores práticas de gerenciamento de risco de mercado.

(27)

27

O Banrisul adota um Sistema de Decisão Colegiada, para facilitar a sua adequação às normas de controles estabelecidas pelo CMN, através da Resolução nº 3.464/07. As decisões estratégicas do Banco, relativas ao Risco de Mercado, envolvem todas as unidades de negócios, sendo discutidas em reuniões internas e Comitês, e submetidas à Diretoria e Conselho de Administração. Sua gestão é realizada por meio de modelos e ferramentas que permitem o efetivo controle e gerenciamento das posições diárias, de acordo com determinados perfis e níveis de risco definidos na Política de Risco de Mercado.

Os limites para as exposições sujeitas a risco de mercado estão segregados de acordo com a Circular nº 3.354/07, do Banco Central do Brasil, nas categorias Trading e Banking book e foram estabelecidos e aprovados pela Diretoria e Conselho de Administração.

3.1.1.1 Carteira trading

A carteira trading consiste nas operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge e que não estejam sujeitas à limitação de sua negociabilidade. A carteira de negociação deve ser composta por operações detidas com intenção de negociação e destinadas a: (i) revenda; (ii) obtenção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados; ou (iii) realização de arbitragem. As técnicas de mensuração utilizadas no Banrisul para medir e controlar o risco de mercado das exposições da carteira trading estão de acordo com a regulamentação do Bacen e as boas práticas internacionais, destaca se a marcação a mercado, o cálculo do value at risk e o teste de estresse.

No cálculo do valor de mercado dos ativos e passivos do Conglomerado Financeiro, foi adotado o modelo cubic spline. Os preços são capturados diariamente na ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – e na BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. A partir destes preços, é aplicada a função de interpolação

(28)

28

cubic spline natural (ano em 252 dias úteis) para obter uma determinada taxa de juros aos dias úteis intermediários.

Todas as operações contratadas pelo banco e que estejam sujeitas a risco de mercado contribuem para o cálculo do VaR. O Value at Risk ou VaR ou valor em risco para cobertura das exposições sujeitas a risco de mercado, mede a possível perda de capital, com determinado intervalo de confiança de 99% em um horizonte de tempo. O cálculo é efetuado através da combinação de matrizes de retornos de cada fator de risco (moeda e prazo) e de correlação entre os mesmos, aplicado ao portfólio marcado a mercado da Instituição.

O modelo expressa o valor "máximo" que o Banco pode perder, levando-se em conta um nível de confiança 99%. Existe, portanto, uma probabilidade estatística (1%) de que as perdas reais possam ser maiores do que a estimativa baseada no VaR.

Nas operações referenciadas em cupom de moedas, índice de preços e taxa de juros, o modelo utilizado é o maturity ladder, conforme definido pelo BACEN nas Circulares n°s 3.362/3.363 e 3.364/07 do Banco Central do Brasil.

A composição da carteira de negociação deve estar aderente ao nível de liquidez requerido pelo Banrisul, ao plano de contingência da política de gestão de liquidez, e à venda eventual de ativos da carteira comercial, em função de oportunidades de mercado, exceto as operações intra-day realizadas pela tesouraria com os seguintes limites de classificação:

a) Títulos e Valores Mobiliários: máximo de 50% do total da carteira; b) Operação de Crédito: máximo de 15% do total da carteira;

c) Todas as operações em derivativos destinadas a hedge para carteira de negociação.

(29)

29

3.1.1.1.1 Análise de Sustentabilidade da Carteira Trading

Buscando aprimorar a gestão de riscos e estar em conformidade com as práticas de governança corporativa e atender as exigências da Instrução Normativa CVM nº 475 de 17 de dezembro de 2008, o Banrisul realizou a análise de sensibilidade das suas posições classificadas na carteira de negociação. Foram aplicados choques para mais e para menos nos seguintes Cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3), conforme a seguir.

Cenário 1: Foi considerada como premissa o choque de 1% nas variáveis de risco de mercado (Carteira de Negociação), levando-se em consideração as condições existentes em 30/09/2011.

Cenário 2: Foi considerada como premissa o choque de 25% nas variáveis de risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 30/09/2011.

Cenário 3: Foi considerada como premissa o choque de 50% nas variáveis de risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 30/09/2011.

O quadro abaixo apresenta a maior perda esperada considerando os cenários 1, 2 e 3 e suas variações para mais e para menos.

Para o Fator de Risco “Moeda Estrangeira”, foi considerada a cotação de R$ 1,85 de 30/09/2011 (PTAX - BACEN).

Tabela 13 – Valores resultantes do Teste de Sensibilidade Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

set/11

Fator de Risco Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Taxa de juros 214 5.259 10.350

Moedas 730 18.258 36.517

Ações 113 2.820 5.640

(30)

30

Onde:

Taxa de Juros – Exposições sujeitas a variações de taxas de juros pré-fixadas e cupons de taxas de juros.

Moeda Estrangeira – Exposições sujeitas à variação cambial.

Renda Variável – Exposições sujeitas à variação do preço de ações.

Analisando os resultados, pode se identificar no Fator de Risco “Moedas Estrangeiras” a maior perda esperada, que representa aproximadamente 70% de toda a perda esperada para os três cenários. Do Cenário 1 para o Cenário 2, observamos um crescimento de 96% da maior perda esperada considerando o total de exposição de todos os fatores de risco. Do Cenário 2 para o Cenário 3, a variação é de 50%. A maior perda esperada nestes Cenários do Teste de Sensibilidade, ocorre no Cenário 3 (50%), no valor total de R$ 52,51 milhões. 3.1.1.2 Carteira banking

A carteira banking consiste nas operações financeiras ativas e passivas negociadas pelo Banrisul, por meio de sua rede de agências ou demais áreas de negócios, cuja contraparte seja um cliente. Ou seja, parte da carteira comercial, o crédito rural, crédito habitacional e crédito de desenvolvimento, por se tratarem de carteiras estruturais advindas de crescimento orgânico do Banco; e, ainda, o FCVS, bem como, a carteira de títulos mantidos até o vencimento, com intenção de aplicação dos recursos adicionais captados nas operações com clientes. Para tanto, a carteira de não negociação (banking book) do Banrisul e de suas dependências no exterior poderá incluir parte:

a) Da carteira de títulos: títulos emitidos pelo tesouro nacional classificados até o vencimento, incluídos os securitizados a qualquer título; títulos emitidos pelo Banco Central do Brasil; debêntures; notas promissórias; certificado de recebíveis imobiliários, cotas de fundos imobiliários; ações; títulos da dívida externa brasileira e títulos de governos estrangeiros.

(31)

31

b) Da carteira de crédito comercial; totalidade do crédito rural, habitacional e desenvolvimento.

O processo de classificação de novas operações é definido pela área de negócios no momento da sua realização. Em caso de dúvida com relação à classificação de novos produtos, a área de contabilidade pode ser consultada para esclarecimentos.

A exposição ao risco de taxa de juros da carteira banking é calculada com base na metodologia definida na Circular nº 3.365/07, do Banco Central do Brasil, cuja classificação abrange as rubricas do ativo, passivo e extrapatrimoniais que sejam sensíveis a taxas de juros e que não pertençam à carteira de negociação. No processo, são calculados os respectivos cash inflows obtendo-se, desse modo, os gaps de risco de taxa de juros e as correspondentes exposições.

3.1.1.2.1 Parâmetro de limites de classificação:

a) Títulos e Valores Mobiliários: mínimo de 50% do total da carteira; b) Operação de Crédito: mínimo de 85 % do total da carteira;

c) Todas as operações em derivativos destinadas a hedge para carteira estrutural. 3.1.1.3 Controle e Acompanhamento das exposições

No Banrisul, o controle do risco de mercado é realizado de forma centralizada e independente das áreas de negócios, contemplando as empresas individualmente e consolidados financeiro e econômico. Todas as atividades expostas a risco de mercado são mapeadas, mensuradas e classificadas em conformidade com as recomendações da Resolução n.º 3.464/2007 do CMN e Circular do Banco Central do Brasil n.º 3.354/2007.

3.1.1.4 Comunicação Interna

No intuito de que a informação oriunda da área responsável pelo gerenciamento de riscos de mercado e liquidez alcance a amplitude devida, são disponibilizados

(32)

32

aos membros da alta administração, aos comitês e ás áreas de negócios, relatórios produzidos diariamente para acompanhamento das exposições potenciais e tomada de decisão.

Adicionalmente, é produzido e disponibilizado o Relatório Mensal de Risco de Mercado e Liquidez, o qual é submetido à Diretoria e ao Conselho de Administração para encaminhamento ao Banco Central do Brasil, destacando-se neste documento os principais itens das exposições sujeitas a risco de mercado e liquidez do Banrisul.

3.2 Risco de Liquidez

É definido como risco de liquidez a possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – “descasamentos” entre pagamentos e recebimentos que possam afetar a capacidade financeira levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de levando-seus direitos e obrigações, à medida que as mesmas vencem.

O risco de liquidez dos negócios bancários pode ter a sua origem no momento em que estes são gerados, ocasionados pelas dificuldades na captação de recursos para financiar os ativos, conduzindo, normalmente, a acréscimo dos custos de captação, podendo implicar, também, uma restrição do crescimento dos ativos; ou pelas dificuldades na liquidação das obrigações para com terceiros, induzidas por descasamentos significativos entre os prazos de vencimento residual de ativos e passivos.

3.2.1 Processo de Gerenciamento de Risco e Liquidez

Em busca das melhores práticas adotadas pelo sistema financeiro e aderência às recomendações do Comitê da Basileia, o Banrisul estabelece limites operacionais para o Risco de Liquidez consistente com as estratégias de negócios do banco, para os instrumentos financeiros e demais exposições, cujos cumprimentos dos parâmetros de grandeza são analisados regularmente pelos Comitês Econômico e

(33)

33

de Gestão Bancária, e submetidos a instâncias diretivas, visando a garantir sua operacionalidade de forma eficaz pelos gestores.

A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria e tem como objetivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo, tanto em cenário normal como em cenário de crise, com adoção de ações corretivas, caso necessário.

3.2.2 Modelos de Gestão

a) Controle e Acompanhamento

O Banrisul monitora o risco de liquidez e o risco de mercado de forma conjunta, observando o fluxo de caixa, advindo das entradas e saídas dos recursos provenientes das operações financeiras e não financeiras da instituição, sendo atualizadas diariamente e projetadas para um horizonte de 90 dias, de modo a garantir uma margem de segurança adicional, para cobrir eventuais deficiências que possam afetar a alocação e a captação no âmbito do mercado, observando os preceitos requeridos na Resolução nº 2.804/00 do CMN e Circular nº 3.393/08, do Banco Central do Brasil.

No processo de controle são monitorados os descasamentos oriundos do uso de passivos de curto-prazo para lastrear ativos de longo-prazo, a fim de evitar deficiências de liquidez e garantir que as reservas da instituição sejam suficientes para fazer frente às necessidades de caixa diárias, tanto aquelas cíclicas como não cíclicas, assim como também as necessidades de longo-prazo; manter níveis mínimos de ativos com alta liquidez de mercado, juntamente como acesso a outras fontes de liquidez; assegurar uma base de operações de captação (funding) adequadamente diversificada, que os níveis mínimos exigidos pelos requerimentos regulatórios sejam cumpridos.

(34)

34

Modelos utilizados para fins de monitoramento da liquidez diária:

 Fluxo de Caixa;

 Monitoramento do nível de liquidez;

 Mapa dos descasamentos por prazos e moedas;

 Mapa das carteiras individualizadas, por prazos e moedas;  Mapa da duration, dentre outros.

De modo a evitar valores negativos elevados nos gaps de liquidez nos intervalos de curto prazo, a instituição procura assegurar permanentemente uma eficiente gestão de tesouraria. Para fazer face às maturidades mais elevadas, especialmente as relacionadas ao crescimento do crédito concedido, a Instituição adota uma política de captação de diferentes tipos de recursos que se adéquam melhor ao equilíbrio entre os prazos de ativos e passivos e, simultaneamente, garantam uma maior estabilidade dos recursos de clientes, através do lançamento de produtos estruturados e de poupança.

A Instituição adota política de não gerar exposição relevante em moedas estrangeiras, e em ativos e passivos referenciados na variação cambial, limitando sua exposição em 5% do Patrimônio de Referência.

No âmbito de Contingência de Liquidez, a instituição tem como objetivo identificar antecipadamente e minimizar eventuais crises e seus potenciais efeitos na continuidade dos negócios. Os parâmetros utilizados para a identificação das situações de crises consistem numa gama de responsabilidades e de procedimentos a serem seguidos de modo a garantir a estabilidade do nível de liquidez requerido na posição diária.

b) Premissas utilizadas para o tratamento de liquidação antecipada de depósitos que não possuam vencimento definido.

Depósitos à vista: Dados históricos revelam que o Banrisul mantém o volume de depósito à vista em ascendência, demonstrando a capacidade da instituição em conservar um colchão de liquidez adequado aos movimentos de saques diários.

(35)

35

Depósitos em Poupança: A migração histórica de depósitos em poupança para a conta corrente não refletiu na redução do saldo em poupança, em montante equivalente ao incremento verificado em depósitos à vista, face ao efeito de ampliação da renda, sazonalidade característica de final de ano, e da tradicional preferência dos poupadores por essa modalidade de investimento.

3.2.3 Instrumentos Financeiros

No 3º trimestre de 2011, o Banrisul não contratou operações com instrumentos financeiros derivativos, realizadas por conta própria com e sem contraparte central, subdividas em realizadas no Brasil e no exterior ou outro tipo de derivativo alavancado, sendo que não estão previstas em suas políticas, operações que não objetivem hedge de suas posições ativas e passivas.

3.2.4 Comunicação Interna

Diariamente, relatórios são enviados à Tesouraria contendo as exposições por fator de risco, bem como as exposições abertas por vencimentos. Este procedimento garante um monitoramento tempestivo do risco de mercado e liquidez por todas as partes relacionadas.

(36)

36

4 RISCO OPERACIONAL

O risco operacional no Banrisul, em conformidade com a Resolução 3.380/06, do BACEN, define-se como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos, incluindo o risco legal.

4.1 Objetivos e Política

Em atendimento à Resolução nº 3.380/06, o Banrisul implementou a estrutura de gerenciamento do risco operacional, composta de políticas, métodos, processos, sistemas e responsabilidades, estando capacitada a identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco operacional.

A Política Institucional de Gerenciamento do Risco Operacional foi publicada através de resolução interna, em junho de 2008, e está consolidada em Instrução Normativa. Tem como objetivo prover o Banrisul de parâmetros, modelos e métodos para a identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação de riscos operacionais e a divulgação interna e externa dos níveis de exposição do Banrisul ao risco operacional. Visando, assim, a manutenção da confiança em todos os níveis do negócio, com a redução da exposição a riscos e de perdas efetivas.

Com o intuito de envolver todos os colaboradores do Grupo Banrisul, a política prevê uma participação compartilhada no controle do Risco Operacional: todos os empregados, estagiários e prestadores de serviços terceirizados do Banrisul são responsáveis pela prática de medidas comportamentais que evitem a exposição a riscos, no limite de suas atribuições. O documento atribui, também, responsabilidades para gestores, agentes de controles internos, comitês, Diretoria e Conselho de Administração. Destaca-se, neste contexto, a constituição do Comitê de Riscos Corporativos do Banrisul, ocorrida no terceiro trimestre de 2011, visando a fortalecer a estrutura de gerenciamento de riscos corporativos e a disseminação da cultura de riscos na instituição.

(37)

37

4.2 Modelo de Alocação de Capital

O Banrisul adotou, inicialmente, a metodologia de Abordagem do Indicador Básico (BIA), com o objetivo de apurar a parcela de capital para cobertura de Risco Operacional (Popr), conforme estabelecido pela Circular nº 3.383, de 30.04.2008, e Comunicado nº 16.913, de 20.05.2008, publicada pelo Banco Central do Brasil. A metodologia de Abordagem do Indicador Básico estabelece que o capital a ser alocado para riscos operacionais deve ser calculado semestralmente, considerados os últimos três períodos anuais. O Indicador de Exposição ao Risco Operacional (IE) corresponde, para cada período anual, à soma dos valores semestrais das receitas de intermediação financeira e das receitas com prestação de serviços, deduzidas as despesas de intermediação financeira. A todo este cálculo aplica-se um fator de alocação de capital (β) de 15%.

4.3 Processo de Gerenciamento

A metodologia adotada pelo Banco, fundamentada nas melhores práticas de mercado, em normas internacionais, nas recomendações do Novo Acordo de Capitais – Basileia II, e na regulamentação do BACEN, prevê a identificação e o tratamento dos riscos operacionais por meio do mapeamento de seus processos mais relevantes.

O gerenciamento adequado do risco operacional está diretamente relacionado ao conhecimento dos processos existentes na instituição. Todos os processos críticos devem ter seus riscos operacionais identificados, avaliados, monitorados e controlados. Os macroprocessos foram identificados, e, definidos seus níveis de relevância para a Instituição, referendados e priorizados pela Diretoria. A partir do mapeamento dos processos, são gerados documentos necessários para a identificação dos riscos. Relatórios de auditoria interna e externa, além de reportes de eventos de risco operacional identificados, constituem-se em insumos complementares à instrumentalização da análise dos macroprocessos.

(38)

38

A metodologia utilizada pelo Banrisul para realização de análises qualitativas consiste na avaliação, de maneira descentralizada e pela visão dos gestores dos processos do Banco, da efetividade dos controles e da potencialidade dos riscos, possibilitando a detecção de exposições indesejadas e a implementação de medidas corretivas.

As análises qualitativas de Risco Operacional são realizadas por meio da técnica CSA (Control Self-Assessment), a qual se baseia na aplicação de questionários (checklists) junto a gestores, para autoavaliação.

As informações coletadas geram a Matriz de Risco Operacional do Banrisul. O resultado da análise é encaminhado aos gestores com o objetivo de gerar planos de ação mitigadores do risco operacional.

A área de Compliance da Controladoria é responsável pelo acompanhamento da execução dos planos. Os planos de ação são encaminhados para conhecimento e aprovação das instâncias decisórias da organização (Comitês, Diretoria e Conselho de Administração).

No que se refere à análise quantitativa, está em processo de estruturação a Base de Dados de Perdas do Banrisul, que objetivará prover a instituição de informações referentes a eventos de perda e quase perdas ocorridos, de forma a conferir maior efetividade ao gerenciamento de riscos operacionais da organização e atender às normatizações pertinentes.

No terceiro trimestre de 2011, a PWC trabalhou junto ao Banrisul realizando consultoria para melhoria dos processos de gerenciamento de riscos na instituição. Com previsão de atuação até novembro do corrente ano, o início dos trabalhos se focou na realização de levantamento de dados e elaboração de diagnóstico acerca de aspectos de gerenciamento de riscos do Banco. Após, a consultoria elaborou planos de ação para o aperfeiçoamento da gestão de riscos operacionais na instituição. A execução destes planos foi iniciada no terceiro trimestre de 2011.

(39)

39

4.4 Gestão de Continuidade de Negócios

A estrutura de gerenciamento de riscos operacionais prevê a existência de plano de contingência, contendo as estratégias a serem adotadas para assegurar condições de continuidade das atividades e para limitar graves perdas decorrentes de risco operacional.

Em 2011, em atendimento a deliberação da Diretoria do Banrisul, um grupo de trabalho integrado foi criado com o objetivo de revisar e atualizar planos de continuidade de negócio instituídos. Também, está em andamento a definição de melhorias para o modelo de GCN do Banco, além da definição das necessidades para a criação de um Plano de Gerenciamento e Comunicação em Crise.

4.5 Comunicação e Informação

O processo de gerenciamento de riscos operacionais prevê a elaboração de relatórios que permitam a identificação e correção tempestiva das deficiências de controle e de gerenciamento do risco operacional.

Os relatórios são constituídos ao final de cada ciclo de avaliação de riscos operacionais, compreendendo os resultados da análise e os respectivos planos de ação elaborados pelos gestores para tratamento dos riscos inerentes aos processos. A matriz de riscos operacionais completa o relatório, que é submetido às alçadas superiores para análise e deliberação.

As atividades realizadas pela área de Gerenciamento do Risco Operacional são consolidadas em relatório e encaminhadas anualmente para a Diretoria e Conselho de Administração.

No terceiro trimestre de 2011, foi dado prosseguimento às análises de risco em andamento, além de iniciarem-se as tratativas com as áreas de negócios para início do próximo ciclo de avaliação. Além disso, foram criados grupos de trabalho para discussão de questões pontuais do Banco, nos quais a Unidade de Gestão de Riscos Corporativos teve participação.

(40)

40

5 Gestão de Capital

5.1 Novo Acordo de capital – Basileia II

O principal objetivo do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (Basel Committee On Banking Supervision), com a criação do Acordo de Basileia, foi desenvolver um sistema para mensuração e padronização dos requerimentos mínimos de capital, calculados a partir da ponderação de risco dos ativos. A exigência de capital é um dos instrumentos mais utilizados pelas autoridades reguladoras, para buscar a solidez e a estabilidade do sistema bancário internacional.

Desde a introdução da primeira versão do Acordo de Basileia, Basileia I, que visou à internacionalização de padrões de gerenciamento dos riscos na atividade bancária, ocorreram significativas mudanças no setor. A revisão do Acordo buscou desenvolver uma estrutura de capital significativamente mais sensível ao risco e ao mesmo tempo considerar as características particulares de cada banco e de cada sistema de supervisão e contabilidade de cada país.

Portanto, o Acordo de Basileia , também chamado de Novo Acordo de Capital – Basileia II (International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards: a Revised Framework) veio complementar a estrutura relacionada aos riscos considerados no cálculo da exigência de capital, que, além dos riscos de crédito e de mercado já considerados no acordo original, introduziu o risco operacional. Também passou a proporcionar maior flexibilidade às instituições, permitindo a utilização de modelos próprios para o gerenciamento e controles dos riscos. Em contrapartida, essa flexibilização deverá ser acompanhada por uma supervisão eficaz e maior disciplina de mercado.

O principal objetivo de Basileia II é fortalecer a estabilidade do sistema financeiro mundial por meio do aprimoramento das práticas de gestão e governança dos riscos nas instituições financeiras com o aperfeiçoamento do acordo anterior (Basileia I).

Referências

Documentos relacionados

No reservatório da UHE Canoas II, Médio Paranapanema, SP/PR, comparam-se granulometria, fósforo total (PT), carbono orgânico total (COT), nitrogênio Kjeldahl total (NKT),

Serviços de Segurança Social, os Coordenadores das Comissões Municipais de Protecção Civil dos concelhos abrangidos, sobre o nível de alerta emitido e o

Isabela de Lima Pereira Ester da Rocha Monteiro Camila Cristina Abreu Maria De La Ó Ramallo Verissimo Cuidado em Saúde e Promoção. do Desenvolvimento Infantil 01 Beatriz

O objetivo desse trabalho foi analisar a evolução do índice GVI com o tempo e relacioná-lo com a evolução da biomassa agrícola durante a estação de crescimento das culturas

primeira classe (sequenciais e associativos) POO para Redes de Computadores - COPPE-PEE/UFRJ Prof..

Nos casos em que a caracterização fenotípica não é eficaz, principalmente na identificação de isolados atípicos, o uso da análise da seqüência parcial do gene

de trabalho na categoria de Professor Auxiliar para a área científica disciplinar de História Nos termos do artigo 38.º e seguintes do Estatuto da Carreira Docente

- Dentro da área aeróbia, quanto mais baixa a intensidade do treinamento (mais próximo do 1ºLL) as adaptações serão mais metabólicas (musculares) e quanto mais alta (mais próximo