Técnicas retrospectivas

(1)

PATRIMÔNIO

- patrimônio histórico. - patrimônio histórico. - patrimônio arquitetônico. - patrimônio arquitetônico. “Patrimônio

“Patrimôniocultural constitui-se como todos os bens de natureza materialcultural constitui-se como todos os bens de natureza material e imaterial referentes a identidade de uma nação, estando aí incluídos, e imaterial referentes a identidade de uma nação, estando aí incluídos, além das obras, objetos, documentos, edificações, conjuntos urbanos e além das obras, objetos, documentos, edificações, conjuntos urbanos e sí

sítitios os de de vvalalor or histhistóróricicoo, , papaisisagagísístiticcoo, , arartítísstiticcoo, , ararququeoeolólógigiccoo,, paleontológico, ecológico e cientifico, também as formas de expressão, os paleontológico, ecológico e cientifico, também as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver de um

modos de criar, fazer e viver de um povo”povo”. Prudêncio e Ribeiro.. Prudêncio e Ribeiro. - patrimônio material (bens móveis/imóveis) e imaterial.

- patrimônio material (bens móveis/imóveis) e imaterial. - as primeiras posturas em relação

- as primeiras posturas em relação ao restauro surgem no século XIX.ao restauro surgem no século XIX. - a partir da

- a partir da Revolução Francesa todos os bens da Revolução Francesa todos os bens da nobreza e da igreja foramnobreza e da igreja foram

teóricos e história da intervenção

(2)

VIOLLET LE

VIOLLET LE DUC (1814-1879)

DUC (1814-1879)

A INTRODUÇÃO DO MÉTODO DO RESTAURO

- arquiteto francês , um dos

- arquiteto francês , um dos primeiros teóricos do restauro.primeiros teóricos do restauro. - tinha gosto pelo Gótico em relação ao classicismo.

- tinha gosto pelo Gótico em relação ao classicismo.

- importância dada à dimensão social e econômica da arquitetura. - importância dada à dimensão social e econômica da arquitetura.

-intenção de refazer uma obra incompleta, a fim de conferir coerência e -intenção de refazer uma obra incompleta, a fim de conferir coerência e lógica ao organismo.

lógica ao organismo.

- restaurar o estilo (gótico). - restaurar o estilo (gótico).

- restaurar um monumento significa dar um valor histórico ao edifício. - restaurar um monumento significa dar um valor histórico ao edifício. “Restaurar

“Restaurar um edifício não um edifício não significa conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, massignifica conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, mas sim repor na totalidade a sua forma antiga, mesmo que nunca tenha sido sim repor na totalidade a sua forma antiga, mesmo que nunca tenha sido assim. (

assim. (……) é necessário situarmo-nos no lugar do arquiteto primitivo e) é necessário situarmo-nos no lugar do arquiteto primitivo e supor o que ele faria se voltasse ao mundo e tivesse diante de si o

supor o que ele faria se voltasse ao mundo e tivesse diante de si o mesmomesmo problema.

problema.”” Viollet Le Duc.Viollet Le Duc.

- este princípio defendido por Le Duc revelar-se-ia, porém, bastante falível, - este princípio defendido por Le Duc revelar-se-ia, porém, bastante falível, na medida em que muitos arquitetos facilmente cairiam em excessos na na medida em que muitos arquitetos facilmente cairiam em excessos na sua procura dos planos teoricamente imaginados.

sua procura dos planos teoricamente imaginados. --

rest

restauro

auro esti

estilísti

lístico

co

..

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(3)

JOHN RUSKIN (1819- 1900)

O ANTI

O ANTI-RESTA

-RESTAURO

URO

-critíco de arte inglês. -critíco de arte inglês.

- combate as idéias de Viollet le Duc. - combate as idéias de Viollet le Duc.

- defesa da arquitetura como elo de ligação ao passado, sendo este o modo - defesa da arquitetura como elo de ligação ao passado, sendo este o modo de assegurar a identidade de um povo

de assegurar a identidade de um povo – – esta fonte histórica que nãoesta fonte histórica que não poderia ser tocada sob o perigo de ser corrompida;

poderia ser tocada sob o perigo de ser corrompida;

- monumentos são tidos como parte integrante da Natureza, defendendo - monumentos são tidos como parte integrante da Natureza, defendendo que o homem apenas poderia admirar o conjunto sem intervir;

que o homem apenas poderia admirar o conjunto sem intervir;

- a sua visão fatalista é equilibrada com a admissão de uma possível - a sua visão fatalista é equilibrada com a admissão de uma possível intervenção desde que invisível, reconhecendo a necessidade de impedir a intervenção desde que invisível, reconhecendo a necessidade de impedir a degradação dos monumentos à escala internacional e a lançar a noção de degradação dos monumentos à escala internacional e a lançar a noção de “bem

“bem euroeuropeu”peu”..

- não devemos fazer nada nos edifício

- não devemos fazer nada nos edifícios, restauro=destruição.s, restauro=destruição. --

restauro

restauro romântico.

romântico.

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(4)

CAMILO BOITO (1835-1914)

O RESTAURO CIENTÍFICO

- arquiteto e engenheiro italiano. - arquiteto e engenheiro italiano. -

- desdesenenvolvolvimvimentento o do do priprincíncípio pio da da conconservservaçãação o com com basbase e em em divdiverersossos instrumentos técnicos e modernas tecnologias construtivas - pioneiro do instrumentos técnicos e modernas tecnologias construtivas - pioneiro do ““

restauro

restauro científico

científico

””..

- defesa da perspectiva da anterioridade colhida no monumento e perigo - defesa da perspectiva da anterioridade colhida no monumento e perigo de corrupção da

de corrupção da História levantado pela História levantado pela intervenção do restauradorintervenção do restaurador.. -

- prpropooposta sta de de uma uma intintervervençenção ão mínmínima ima rerestastaururadoadora, ra, admadmitinitindo do novnovasas adições apenas como medida extrema de consolidação e exigindo que adições apenas como medida extrema de consolidação e exigindo que es

estatas s pepermrmananeçeçam am popor r cocompmpleleto to didiffererenenciciáváveieis s da da obobra ra anantitigga a ee reconhecidas como acrescentos modernos.

reconhecidas como acrescentos modernos. -tr

-três ês tipotipos s de de intintervervençenção: ão: o o rerestastaururo o arqarqueoueológilógico co (co(consernservavação ção dede ruínas), o restauro pictórico (edifícios medievais mantido como aspecto) e ruínas), o restauro pictórico (edifícios medievais mantido como aspecto) e o restauro arquitetônico (de obras a partir do

o restauro arquitetônico (de obras a partir do renascimento).renascimento).

- assegura a importância de conservar o aspecto artístico e pictórico da - assegura a importância de conservar o aspecto artístico e pictórico da obra (a pátina).

obra (a pátina).

- de fato, as teorias boitianas trouxeram consigo conseqüências positivas, a - de fato, as teorias boitianas trouxeram consigo conseqüências positivas, a partir de estudos históricos e artísticos do monumento.

partir de estudos históricos e artísticos do monumento.

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(5)

LUCA BELTRAMI (1854-1933)

A EVOLUÇÃO DO

A EVOLUÇÃO DO REST

RESTAURO HISTÓRICO

AURO HISTÓRICO

- arquiteto italiano e historiador da arte. - arquiteto italiano e historiador da arte. - reabilitação de monumentos de

- reabilitação de monumentos de outras épocas (exceto os medievais);outras épocas (exceto os medievais); -

- cconontetesstataçção ão da da ututililizizaçação ão dde e crcrititérérioios s ggereraiais, s, rreieivivindndicicanando do aa individualidade de cada intervenção.

individualidade de cada intervenção.

- contraposição da busca de modelos ideais a um rigoroso conhecimento - contraposição da busca de modelos ideais a um rigoroso conhecimento documental, a par de uma análise profunda da obra a intervir;

documental, a par de uma análise profunda da obra a intervir;

- subjetividade presente nas suas intervenções, feita com base em más - subjetividade presente nas suas intervenções, feita com base em más interpretações críticas das fontes consultadas.

interpretações críticas das fontes consultadas. -

- cocontntududo, o, o o rereststauaurro o hihiststóróricico o rrepepreresesentntou ou um um imimpoportrtanante te sasaltltoo qua

qualitalitativtivo, o, facface e à à rereintintegregraçãação o estestilísilístictica a e e à à prprocuocura ra de de um um modemodelolo medieval ideal e utópico, prefigurado na individualidade de cada obra a medieval ideal e utópico, prefigurado na individualidade de cada obra a restaurar

restaurar, exigindo a , exigindo a compilação de documentos para o compilação de documentos para o total conhecimentototal conhecimento da história e da vivência dos monumentos.

da história e da vivência dos monumentos. --

rest

restauro

auro hist

históric

órico

o

..

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(6)

ALOIS RIEGL (1858-1905)

O CULTO MODERNO DOS MONUMENTOS

Historiador da arte austríaco. Historiador da arte austríaco. - contribuição para a definição e

- contribuição para a definição e distinção entre monumento e monumentodistinção entre monumento e monumento histórico;

histórico;

- procura da análise nos

- procura da análise nos monumentos dos seus monumentos dos seus diferendiferentes valores,tes valores, considerando duas categorias de valor:

considerando duas categorias de valor:

-- os de os de “rememo“rememoração” ou evocativos (passado) –ração” ou evocativos (passado) – onde distingue 3 tipos deonde distingue 3 tipos de valor:

valor:

valor da antiguidade - o qual defende como uma continuidade ordenada valor da antiguidade - o qual defende como uma continuidade ordenada (numa visão menos fatalista que Ruskin);

(numa visão menos fatalista que Ruskin); valor histórico - que reside na

valor histórico - que reside na representrepresentação de uma ação de uma fase precisa da criaçãofase precisa da criação humana e manifesta-se como valor mais

humana e manifesta-se como valor mais puro, de carácter documental,puro, de carácter documental, perdendo significado com o percurso natural do tempo; este valor “será perdendo significado com o percurso natural do tempo; este valor “será tanto maior quanto menor seja a alteração sofrida no seu estado

tanto maior quanto menor seja a alteração sofrida no seu estado “encerr

“encerrado” ado” original”;original”;

valor evocativo intencionado

-valor evocativo intencionado - tem “o firme propósito de não permitir quetem “o firme propósito de não permitir que esse monumento se converta jamais em passado, que se mantenha sempre esse monumento se converta jamais em passado, que se mantenha sempre presente e vivo na

presente e vivo na consciência da consciência da posteridade”posteridade”. Como valor . Como valor intermédiointermédio entre os

entre os acima referacima referidos, aspira ao eterno presente e pridos, aspira ao eterno presente e preconiza umaeconiza uma prática interventiva no edifício.

prática interventiva no edifício.

--os de “contemporaneidade” (presente);os de “contemporaneidade” (presente); --

restauro moderno.

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teóricos e história da intervenção

(7)

GUST

GUSTAVO

AVO GIOVANONNI

GIOVANONNI (1873-1947)

(1873-1947)

A EVOLUÇÃO DO MONUMENTO HISTÓRICO

- arquiteto e historiador da arte italiano. - arquiteto e historiador da arte italiano. -

- didivivide de os os momonunumementntos os em em trtrês ês grgrupuposos: : sesegugundndo o seseu u esestatado do dede co

consnserervavaçãção o (m(morortotos/vs/vivivos)os), , momonunumementntos os segsegununda da a a imimpoportrtânânciciaa (maior

(maiores/mees/menoresnores), ), e e intervintervençõeenções s (res(restaurtauração ação de de consoliconsolidamentdamento, o, dede recomposição, de liberação, de complemento e de inovação).

recomposição, de liberação, de complemento e de inovação). - oferece uma receita, um conjunto de regras;

- oferece uma receita, um conjunto de regras;

- entrou em crise pós-segunda guerra mundial, devido a quantidade de - entrou em crise pós-segunda guerra mundial, devido a quantidade de monumentos e alto grau de destruição de cidades.

monumentos e alto grau de destruição de cidades.

- as intervenções menores tinham que ser realizadas de forma simplificada - as intervenções menores tinham que ser realizadas de forma simplificada (neutral), em edifícios importantes deveria ser respaldada por documentos (neutral), em edifícios importantes deveria ser respaldada por documentos (analogia do passado).

(analogia do passado). -

- concontritribui bui com com algualguns ns prproceocedimdimententos os utilutilizizadoados s hoje hoje em em dia, dia, comcomo o aa prospecção de paredes, para indicar a cor original, o uso de fotografias. prospecção de paredes, para indicar a cor original, o uso de fotografias. --

restauro científico

..

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(8)

CESARE BRANDI (1906-1988)

RESTAURO CRIATIVO

- critico de arte e professor de história da arte, italiano, pai do restauro - critico de arte e professor de história da arte, italiano, pai do restauro contemporâneo.

contemporâneo. -

- debate a cultura atual, debate a cultura atual, inserindo a obra no prinserindo a obra no presente.esente. - constitui realmente uma teoria

- constitui realmente uma teoria do restauro.do restauro. - cada caso é um caso.

- cada caso é um caso.

- dois momentos do restauro: o do reconhecimento da obra de arte e a - dois momentos do restauro: o do reconhecimento da obra de arte e a prática do restauro propriamente dita.

prática do restauro propriamente dita. - obras de arte são

- obras de arte são diferentdiferentes de oes de objetos manufaturados.bjetos manufaturados. - obje

- objetos tos manufmanufaturaturados ados devedevem m ser ser repareparados, restituídrados, restituídos os ao ao seu aspectoseu aspecto primitivo = função.

primitivo = função. -

- nanas s obobraras s de de ararte te a a funfunciciononalialidaddade e é é cocolalateteraral l ou ou secsecunundádáriria, a, e e éé imprescindível a sua restauração.

imprescindível a sua restauração.

- duas instancias: estética e a história, devem ser equalizadas. - duas instancias: estética e a história, devem ser equalizadas. - só se restaura matéria.

- só se restaura matéria. - tudo deve pertencer a um

- tudo deve pertencer a um contexto.contexto. - as reintegrações devem ser

- as reintegrações devem ser reconhecíveis.reconhecíveis.

- as lacunas devem ser tratadas caso a caso, para atuarem como fundo da - as lacunas devem ser tratadas caso a caso, para atuarem como fundo da obra que é figura.

obra que é figura.

-- os acréscimos e reconstruções devem ser respeitadas, respeitando a -- os acréscimos e reconstruções devem ser respeitadas, respeitando a unidade da obra de arte.

unidade da obra de arte. --

rest

restauro

auro criat

criativo.

ivo.

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teóricos e história da intervenção

(9)

LEWIS MUMFORD (1895-1990)

A MORTE DO MONUMENTO

- historiador americano. - historiador americano.

- constatação de que um dos mais importantes atributos de um ambiente - constatação de que um dos mais importantes atributos de um ambiente urbano vital reside na capacidade de renovação, encarando a noção de urbano vital reside na capacidade de renovação, encarando a noção de monumento moderno como uma contradição por se afastar da crença na monumento moderno como uma contradição por se afastar da crença na renovação e se desenquadrar das necessidades

renovação e se desenquadrar das necessidades contemporâneas.contemporâneas. “(…

“(…) se é um monumento então não é moderno, se é moderno não pode) se é um monumento então não é moderno, se é moderno não pode ser um monumento.

ser um monumento.”” MumfordMumford

- admitindo a durabilidade de uma estrutura no futuro, salienta que a - admitindo a durabilidade de uma estrutura no futuro, salienta que a questão primordial reside na capacidade de resposta ao programa que lhe questão primordial reside na capacidade de resposta ao programa que lhe é inerente como um legado de vida para com as gerações futuras e não no é inerente como um legado de vida para com as gerações futuras e não no culto metafísico da imortalidade.

culto metafísico da imortalidade.

- considera que as cidades não devem ser

- considera que as cidades não devem ser “monumentos“monumentos mas organismosmas organismos

auto-auto-regeneráveis”,regeneráveis”,os quais enquadra os quais enquadra como verdadeiras obras de arte.como verdadeiras obras de arte.

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(10)

ALDO ROSSI (1931-1997)

A ARQUITETURA DA CIDADE

- arquiteto italiano. - arquiteto italiano.

- Rossi revela um estudo muito útil para a análise da cidade e teorias de - Rossi revela um estudo muito útil para a análise da cidade e teorias de intervenção.

intervenção.

- análise morfológica que se fundamenta na geografia e na história e - análise morfológica que se fundamenta na geografia e na história e conseqüentemente na arquitetura;

conseqüentemente na arquitetura;

- distinção de dois fatos principais na cidade: a área da residência e os fato - distinção de dois fatos principais na cidade: a área da residência e os fato primários (fatos urbanos definidos que formam a história e a idéia de primários (fatos urbanos definidos que formam a história e a idéia de cidade) - os monumentos vão ser os pontos fixos desta dinâmica urbana cidade) - os monumentos vão ser os pontos fixos desta dinâmica urbana em torno dos quais se ag

em torno dos quais se agregam edifícios;regam edifícios; -

- cicidadade de anantitiga ga vivista como sta como umuma a obrobra a de de ararte te em em quque e os os elelememenentotoss primários e perenes assumem um papel fundamental - este entendimento primários e perenes assumem um papel fundamental - este entendimento da cidade aproxima-se em parte do de monumento, na compreensão dos da cidade aproxima-se em parte do de monumento, na compreensão dos seus valores estruturais.

seus valores estruturais.

- a conservação de elementos como os conjuntos residenciais opõe-se ao - a conservação de elementos como os conjuntos residenciais opõe-se ao processo dinâmico de transformação da cidade e por isso o fenômeno de processo dinâmico de transformação da cidade e por isso o fenômeno de transformação está ligado à decadência de certas zonas

transformação está ligado à decadência de certas zonas “ambientais”,“ambientais”, asas “ár

“áreaseas patopatológiclógicas”as”..

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

(11)

OS 4 OS 4R’sR’s RESTAURAR RESTAURAR - implica

- implica restabelrestabelecer a unidade da edificaecer a unidade da edificaçãoção na sua concepçãona sua concepção e legibilide legibilidade origiade originais, relanais, relativastivas a uma dada época;a uma dada época; -- “respeito“respeito pela obra histórpela obra históricaica e artísticae artística do passado sem banido passado sem banir o estilo de nenhumar o estilo de nenhuma época”época”;;

- preservação baseada numa profunda investigação e análise histórica do bem cultural a restaurar e das técnicas que estiveram na origem da sua - preservação baseada numa profunda investigação e análise histórica do bem cultural a restaurar e das técnicas que estiveram na origem da sua criação;

criação;

- esta conservaçã

- esta conservaçãoo preventipreventiva correspondva corresponde às açõese às ações de manutençãode manutenção que deverão ocorrer com reguque deverão ocorrer com regularidlaridade;ade; RECONVERTER

RECONVERTER - conjun

- conjuntoto de operaçõesde operações que vão alque vão além da simém da simplesples conservaçconservaçãoão de um edifde um edifício;ício; - intençã

- intenção de modernio de modernizaçãozação e adaptaçãe adaptaçãoo a novasa novas funções, funções, o que implico que implicaa introduintroduçãoção de melhoriade melhoriass a nível estra nível estrutural e fuutural e funcionalncional;; - acontece

- acontece quando se pretenquando se pretende adaptade adaptar um imóvelr um imóvel para uma nova funpara uma nova função ou uso;ção ou uso; - introdução

- introdução de novosde novos elementoselementos na apropriana apropriação do espaço subvertção do espaço subvertendo por vezes a configuraendo por vezes a configuraçãoção espaciaespacial original original;l; REABILITAR

REABILITAR

- conjunto de operações destinadas a aumentar os níveis de qualidade de um edifício de modo a responder a exigências mais funcionais que as - conjunto de operações destinadas a aumentar os níveis de qualidade de um edifício de modo a responder a exigências mais funcionais que as originais;

originais;

- inclui uma ampla diversidade de critérios

- inclui uma ampla diversidade de critérios de atuação sobre o patrimônio existente: vde atuação sobre o patrimônio existente: v ai desde a introdução de pequenos ai desde a introdução de pequenos elementos novos até à quaseelementos novos até à quase total

total substitsubstituiçãouição da estrutura pré-exisda estrutura pré-existente;tente; - freqüenteme

- freqüentementente inclui obrinclui obras deas de “adaptação”“adaptação” ou deou de “reconversão”“reconversão” funcional;funcional; - a idéia geral da

- a idéia geral da “intervenção”“intervenção” é a de introduzir algé a de introduzir algo totalmento totalmentee novo e atual, que estanovo e atual, que estabeleçabeleça um diálogoum diálogo com o antigocom o antigo REQUALIFICAR

REQUALIFICAR -

- geralgeralmente aplica-se quando falamos de mente aplica-se quando falamos de interveintervenções em nções em tecidtecidos os urbanurbanos os (his(histórictóricos ou os ou não) que não) que se se encontencontram carenciadoram carenciados s de de infra-infra-estrutestruturas,uras, equipam

equipamentosentos e ese espaçospaços públicpúblicos;os;

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teóricos e história da intervenção

(12)

DESTAQUES

-Vi

-Violleollet t le le Duc Duc desdestactaca-sa-se e por por suasuas s exexausaustivtivas as docdocumeumentntaçõações es e e rigrigoror científico.

científico.

- Ruskin destacou-se por sua admiração pelas marcas do tempo (a pátina). - Ruskin destacou-se por sua admiração pelas marcas do tempo (a pátina). - Riegl contribui enfatizando o valor da antiguidade e a espacialidade dos - Riegl contribui enfatizando o valor da antiguidade e a espacialidade dos monumentos.

monumentos.

- Boito e Giovanonni com

- Boito e Giovanonni com suas tentativas de sissuas tentativas de sistematizar o restauro.tematizar o restauro. - Brandi trata o restauro como um processo criativo e

- Brandi trata o restauro como um processo criativo e crítico.crítico. Referências:

Referências: BRANDI, Cesare.

BRANDI, Cesare.TTeoria da eoria da Restauração.Restauração.São Paulo: Ateliê, 2005.São Paulo: Ateliê, 2005. CHOA

CHOAYY, , Françoise.Françoise. A A alalegegororia ia do do papatrtrimimônônioio.. SãSão o PaPaululo: o: EsEstataçãçãoo Liberdade/UNESP, 2001.

Liberdade/UNESP, 2001.

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

teóricos e história da intervenção

T

TEMEMÁTÁTIICA CA ANANTITIGGA A TETEMÁMÁTTICICA A ATATUAUALL P

Peennssaar r oobbjjeettoo. . PPeennssaar r ccoolleeççããoo.. Focar um compartimento

Focar um compartimento uma peça.

uma peça.

F

Fooccaar r o o eeddiiffíícciioo,, cond

condiçõições es ambambienientais tais ee á

árreea a eexxtteerrnna a ddee influencia.

influencia. C

Coommbbaatteer r o o aag eg ennttee ag

agreressssor or e e regregenenererar ar oo local do ataque.

local do ataque.

Co

Combmbatater er a a agagreressãssão o ee a

avvaalliiaar r eeffeeiittooss sup

superperpostostos os a a parpartir tir dada identificação das causas. identificação das causas. Treinar homens para cada

Treinar homens para cada serviço.

serviço.

Treina

Treinamento de mento de equipeequipess por atividades afins. por atividades afins. In

Intetervrvir ir sosob b reregimgime e dede emergência, manutenção. emergência, manutenção.

Ant

Antecipecipar ar proprovidvidencenciasias por meio de manutenção por meio de manutenção preventiva. preventiva. Ações de Ações de desenvolvimento desenvolvimento elitizadas, voltadas para elitizadas, voltadas para especialistas e especialistas e aficionados. aficionados. Ações de Ações de desenvolvimento, desenvolvimento, voltadas para o público, voltadas para o público, buscando a satisfação do buscando a satisfação do usuário, e envolver a usuário, e envolver a sociedade em parcerias. sociedade em parcerias. A comunicação focados A comunicação focados em COMO. em COMO. A comunicação focada em A comunicação focada em POR QUE. POR QUE.

(13)

CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE AVEIRO

PORTUGAL

http://www.av.it.pt/aveirocidade/pt/congressos/

- antiga Fábrica Jerônimo Pereir

- antiga Fábrica Jerônimo Pereira, de azulejos e a, de azulejos e olaria.olaria.

- localizada na zona central da cidade, mas abandonada por vários anos - localizada na zona central da cidade, mas abandonada por vários anos .. - prédio grandioso, construído por volta

- prédio grandioso, construído por volta de 1915-1917.de 1915-1917. - cercado de pequenas construções.

- cercado de pequenas construções.

- abandonada por problemas financeiros desde 1976. - abandonada por problemas financeiros desde 1976. - a remodelação feita pelo arquiteto

- a remodelação feita pelo arquiteto

António Carlos Osório

permitiu depermitiu de novo, em 1995, o funcionamento do espaço, constituído pelo IEFP e pelo novo, em 1995, o funcionamento do espaço, constituído pelo IEFP e pelo Centro de Congressos da cidade.

Centro de Congressos da cidade.

- por ser grande demais resolveu-se tempos depois trazer a camara de - por ser grande demais resolveu-se tempos depois trazer a camara de vereadores para o segundo piso do local, desta vez realizado pelo arquiteto vereadores para o segundo piso do local, desta vez realizado pelo arquiteto

João

João Ferr

Ferreir

eiraa

..

- imagem exterior resguardada como imagem da

- imagem exterior resguardada como imagem da cidade.cidade.

- volumetria é composta por 1 prédio monumental com grande vão. Que já - volumetria é composta por 1 prédio monumental com grande vão. Que já

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

estudos de caso

(14)

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

estudos de caso

(15)

CASTELO DE

CASTELO DE MONTEMOR-O-VEL

MONTEMOR-O-VELHO

HO

PORTUGAL

- intervenção do arquiteto

João Mendes Ribeiro

nas ruínas do Castelo denas ruínas do Castelo de Montemor-o-velho,

Montemor-o-velho, período período romano, romano, idade-média.idade-média.

- funções originais militares, precisava ser valorizado pela cidade, visto que - funções originais militares, precisava ser valorizado pela cidade, visto que é avistado por todos por estar localizado no alto de uma colina.

é avistado por todos por estar localizado no alto de uma colina. - ruínas consolidadas nos anos 90, não tinha adições.

- ruínas consolidadas nos anos 90, não tinha adições.

- o arquiteto propõe então uma adição não agressiva (leve), mas possível - o arquiteto propõe então uma adição não agressiva (leve), mas possível de interação cultural e turístico.

de interação cultural e turístico.

- inserção de uma casa de chá, integrada as ruínas. - inserção de uma casa de chá, integrada as ruínas.

- contraste evidente entre preexistências e o novo, buscando um espaço - contraste evidente entre preexistências e o novo, buscando um espaço interior de contemplação das ruínas e da cidade.

interior de contemplação das ruínas e da cidade. - implantação em plataforma flutuante.

- implantação em plataforma flutuante. - se aproxima e se afasta da

- se aproxima e se afasta da ruína.ruína. - volume simples (caixa), uso

- volume simples (caixa), uso de vidro e estrutura metálica/madeira.de vidro e estrutura metálica/madeira.

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

estudos de caso

(16)

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

estudos de caso

(17)

POUSADA DE SANTA MARIA DO BOURO

PORTUGAL

- revitalização

- revitalização, iniciada , iniciada em 1989, do arquitetoem 1989, do arquiteto

Eduardo

Eduardo Souto

Souto Moura

Moura

.. - antigo é antigo, novo é novo.

- antigo é antigo, novo é novo.

- utiliza uma linguagem minimalista. - utiliza uma linguagem minimalista. - antigo mosteiro, datado de 1198, que

- antigo mosteiro, datado de 1198, que é transformado em pousada.é transformado em pousada. - abandonado desde 1834.

- abandonado desde 1834.

- constituído de uma igreja e alguns edifícios. - constituído de uma igreja e alguns edifícios.

- mantém a igreja e transforma a estrutura do mosteiro (tipo hotel) em - mantém a igreja e transforma a estrutura do mosteiro (tipo hotel) em pousada.

pousada.

- utiliza novos materiais de forma singela, ressaltando as grandes alvenarias - utiliza novos materiais de forma singela, ressaltando as grandes alvenarias de pedra.

de pedra.

- humildade que esconde a grande transformação do edifício. - humildade que esconde a grande transformação do edifício. - invisibilidade de intervenções (instalações, caixilharia, etc.). - invisibilidade de intervenções (instalações, caixilharia, etc.). - a ruína como protagonista.

- a ruína como protagonista.

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

estudos de caso

(18)

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

estudos de caso

(19)

ARQUIVO HISTÓRICO DO PORTO/CASA DO INFANTE

PORTUGAL

- localizado no centro da cidade histórica . - localizado no centro da cidade histórica . -

- didifífícil cil exexececuçução ão pelpela a zozona na em em quque e se se enencocontntra ra seser r mumuitito o dedensnsa a ee historicamente importante.

historicamente importante.

- fachadas de acordo com o entorno

- fachadas de acordo com o entorno envolvente e interior modernizado.envolvente e interior modernizado. - edifício discreto em harmonia com a cidade.

- edifício discreto em harmonia com a cidade. - obra do arquiteto

- obra do arquiteto

Albe

Alberto

rto Carne

Carneiro

iro

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- edifício acolhe o arquivo municipal e o museu

- edifício acolhe o arquivo municipal e o museu da cidade.da cidade. - rampas e escadas expostas ao olhar do publico.

- rampas e escadas expostas ao olhar do publico. - construir espaços dentro de espaços.

- construir espaços dentro de espaços. - uso do metal, e de novas esquadrias. - uso do metal, e de novas esquadrias. - projeto voltado para a tipologia de pátio. - projeto voltado para a tipologia de pátio. - clara diferenciação entre novo e antigo. - clara diferenciação entre novo e antigo. - uso de janelas didáticas.