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ABSTRACT. Key words: Functional Training; Fibromyalgia; Body composition; Sleep.

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EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL NA COMPOSIÇÃO CORPORAL, PARÂMETROS DO SONO E CAPACIDADES FUNCIONAIS DE UMA IDOSA COM FIBROMIALGIA: UM ESTUDO DE CASO Amanda Trajano da Silva Ferreira

Jennifer Ariely Sales Suassuna

RESUMO

Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de treinamento funcional na composição corporal, qualidade do sono e capacidades funcionais em uma idosa com fibromialgia. Métodos: Este estudo foi conduzido no ano de 2018 com uma idosa de 62 anos, hipertensa e portadora de Fibromialgia da cidade de João Pessoa-PB. Ela participou de um programa de treinamento funcional com duração de três vezes semanais, com a característica principal em todas capacidades funcionais, foram avaliadas: composição corporal (InBody 720); capacidades funcionais (Bateria de Rikle Jones) e qualidade do sono (Questionário de Pittsburgh, Epworth e Berlin), essas variáveis foram mensuradas no período pré e pós 32 semanas de intervenção. Resultados: Na composição corporal foi encontrada redução da massa corporal de (-1,1 kg), redução da massa gorda (-1,1 kg), redução de gordura visceral (-4,1 cm²). Nas capacidades funcionais, aumento no número Flexão de Braço (+4 rep.), no teste Sentado Alcançar foram (+8 cm) de ganho na flexibilidade dos membros inferiores, na Caminhada de 2,44 reduziu (-5 seg.) e Alcançar Atrás das Costas (-4 cm). Em ralação ao sono os resultados mostraram redução da Latência Pura do Sono (-20 seg.), a Eficiência do sono teve um ganho de (+3,5%), os Distúrbios do Sono reduziram (-5 n), obtendo uma redução de (-3 soma) no Escore Global. Conclusão: O programa de treinamento funcional com duração de 32 semanas, voltado para a idosa com Fibromialgia se mostrou satisfatório na melhoria e manutenção da composição corporal, qualidade do sono e capacidades funcionais, se tornando um excelente método a ser utilizado para o público em questão. A soma dessas melhorias podem convergir para uma significativa melhora na qualidade de vida da idosa.

Palavras Chave: Treinamento Funcional; Fibromialgia; Composição Corporal; Sono.

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ABSTRACT

Objective: To evaluate the effect of a functional training program on body composition, sleep quality and functional abilities in an elderly woman with fibromyalgia. Methods: This study was conducted in 2018 with a 62 year old woman, hypertensive and with Fibromyalgia from the city of João Pessoa-PB. She participated in a functional training program lasting three times a week, with the main characteristic in all functional capacities, were evaluated:

body composition (InBody 720); functional capabilities (Bateria de Rikle Jones) and sleep quality (Questionário de Pittsburgh, Epworth e Berlin), these variables were measured before and after 32 weeks of intervention. Results: Body composition showed a reduction in body mass of (-1.1 kg), reduction of fat mass (-1.1 kg), visceral fat reduction (-4.1 cm²). In functional capacities, increase in the number of Flexion of Arms (+4 rep.), in the Sitting Reach test were (+8 cm), gain in flexibility of the lower limbs, 2.44 Walk reduced (-5 sec) and Reach Behind Back (-4 cm), Sleep Efficiency had a gain of (+ 3.5%), Sleep Disorders decreased (-5 n), obtaining a reduction of (-3 sum) in the Global Score. Conclusion: The 32-week functional training program, aimed at the elderly with Fibromyalgia proved to be satisfactory in improving and maintaining body composition, quality of sleep and functional capabilities, becoming an excellent method to be used for the public in question. The sum of these improvements can converge to a significant improvement in the elderly woman's quality of life.

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INTRODUÇÃO

Fibromialgia (FM) é uma doença idiopática, na qual a pessoa tem como principal sintoma dores no corpo principalmente no esqueleto axial bilateralmente. Junto com a dor, a fibromialgia também causa outros distúrbios, fadiga, distúrbios do sono, dor de cabeça, depressão e ansiedade. (WOLFE et al., 1990) Estudos apontam outros sintomas relacionados a FM, como disfunções gastrointestinais, distúrbios do sono, depressão, alterações cardiovasculares, entre outros também estão relacionados. Sua etiologia ainda é desconhecida, mas já são apontados alguns fatores como: genética, doenças autoimunes, trauma físico ou mental; que podem estar relacionada com esta patologia. (DA CUNHA RIBEIRO et al., 2011)

Diante dos dados apontados se torna de fundamental importância analisar esses sintomas da FM em pessoas idosas, tendo em vista o que o envelhecimento por si só já traz para esta população. Onde pode ser observado a associação das doenças oriundas da velhice como hipertensão, diabetes, entre outras aos sintomas da FM. (WOLFE et al., 1990); (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2018).

Pacientes com FM tendem a lhe dar com uma série de distúrbios associados à ela, como, depressão, síndrome da fadiga crônica, distúrbios do sono, entre outras. Quando isso é somado ao envelhecimento pode ser altamente desgastante, ao fato dele já trazer algumas comorbidades aos indivíduos. Neste ponto se faz de suma importância minimizar esses efeitos para que essa população tenha uma qualidade de vida mais estável possível. (FIELDING et al., 2017; GRABSKI; WÓJCIK; NAPORA, 2014)

Junto com o envelhecimento também vem a perda das capacidades funcionais, além de algumas doenças, essa perda contribui para uma dependência física dos idosos. Quando essa condição é somada à FM é ainda mais preocupante se essa população não praticar exercícios físicos, pois a FM traz consigo um nível de fadiga física que já limita seu portador e isso em idosos tende a se agravar, já se é comprovado que exercício físico diminui o

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grau de dependência física dos idosos e também o nível de fadiga que a FM traz. (FIGUEROA et al., 2008; MORA; VALENCIA, 2018)

Além de diminuir os níveis de fadiga e a dependência física, o exercício físico também é de suma importância para manter uma boa qualidade do sono e melhorar os níveis de dor nessa população. Levando em consideração aos constantes gatilhos dolorosos que o paciente com FM tem, se faz necessária a permanência na pratica de exercícios físicos. Tendo em vista que os idosos tem perda de massa muscular considerável, massa mineral óssea, entre outras complicações sendo nessa fase da vida essencial que essa população mantenha uma prática de exercícios regular. (CADENAS-SÁNCHEZ; RUIZ- RUIZ, 2014; LEITÃO; LEITÃO; LOURO, 2019; YANG et al., 2012)

O treinamento funcional vem sendo recomendado para a população idosa devido sua abrangência, tendo em vista que essa população precisa trabalhar várias competências, sendo recomentado exercícios aeróbicos, de flexibilidade, fortalecimento muscular, entre outros. Onde esta modalidade abrange todas as variáveis recomendadas, sendo um programa de treinamento bem estruturado o treinamento funcional pode trazer significativos ganhos para esta população. (CHODZKO-ZAJKO et al., 2009; MORA; VALENCIA, 2018)

De acordo com as evidencias, já se pode afirmar que o Treinamento Funcional atua como tratamento não farmacológico no tratamento de doenças acometidas no envelhecimento e melhora da qualidade de vida (NÓBREGA et al.,

1999). Este é um estudo de caso que teve como objetivo Avaliar o efeito de um

programa de treinamento funcional na composição corporal, qualidade do sono e capacidades funcionais em uma idosa com fibromialgia. O estudo foi realizado durante trinta e duas semanas no Centro Universitário de João Pessoa- UNIPÊ.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Participantes

A idosa em questão tem 62 anos de idade e faz uso contínuo dos fármacos, Losartana e Anlodipino, para o tratamento de hipertensão. Com fibromialgia a 20 anos, tem 6 hérnias de disco, sendo 3 cervicais e 3 lombares, artrite e artrose. Viúva, mora sozinha e é aposentada por invalidez.

A avaliada assinou o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). O projeto foi submetido e aprovado pelo CEP do Unipê com o número do CAAE- 31747620.5.0000.5176, que atendeu aos critérios para a pesquisa com seres humanos da resolução 466/12 do CNS.

Protocolo do Estudo

Avaliação da Composição Corporal- InBody 702

A composição corporal foi avaliada por meio do Sistema InBody 720 que utiliza a tecnologia da bioimpedância (BIA). Tal instrumento analisa a composição corporal através de uma corrente elétrica muito leve que irá passar pelo corpo do avaliado. Assim a impedância será calculada pela medição da corrente e a voltagem seguindo a Lei de Ohm (V=RxI) (GIBSON et al., 2008)

Foram analisados os dados referentes à Massa Corporal, massa de músculos esqueléticos; Massa livre de gordura e Massa de gordura corporal e visceral e Densidade mineral óssea.

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A bateria de teste desenvolvida para avaliar a capacidade funcional do idoso a realizar atividades básicas de forma segura evitando uma fadiga indevida e de forma independente. O teste foi aplicado por 7 atividades que dão suporte para os posicionamentos necessários de realizar tarefas do dia-a-dia como capacidade aeróbia, agilidade/equilíbrio dinâmico, força dos membros superiores e inferiores, índice de massa corporal e flexibilidade (RIKLI; JONES, 1999).

Pittsburgh Sleep Quality Index

O Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) avalia a qualidade do sono em relação ao último mês (BUYSSE et al., 1989). O questionário consiste de 19 questões auto administráveis e cinco questões respondidas pelo pesquisador responsável. Estas últimas são utilizadas somente para informação clínica. As 19 questões são agrupadas em sete componentes, com pesos distribuídos numa escala de 0 a 3. Estes componentes do PSQI, são a qualidade subjetiva do sono, a latência para o sono, a duração do sono, a eficiência habitual do sono, os transtornos do sono, o uso de medicamentos para dormir e a disfunção diurna. As pontuações destes componentes foram somadas para produzirem um escore global, que varia de 0 a 21, onde, quanto maior a pontuação, pior a qualidade do sono. Um escore global do PSQI maior que 5 indica que o indivíduo está apresentando grandes dificuldades em pelo menos 2 componentes, ou dificuldades moderadas em mais de 3 componentes.

Escala de Sonolência de Epworth (ESE)

Para a avaliação da sonolência diurna excessiva (SDE), foi utilizada a ESE. Estudos clínicos com polissonografia, padrão-ouro para o diagnóstico dos distúrbios do sono, demonstraram que medidas na escala de Epworth acima de 10 estão associadas a distúrbios do sono. A escala contém instruções para pontuação das situações indagadas. Resultados entre 0 e 10 pontos indicam ausência de sonolência; entre 10 e 16 pontos, sonolência leve; entre 16 e 20 pontos, sonolência moderada; e entre 20 e 24 pontos, sonolência severa.

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Questionário de Berlin

O Questionário de Berlin aponta fatores de risco para a Apneia do Sono a partir do comportamento do ronco, da sonolência excessiva diurna ou fadiga e da presença de obesidade ou hipertensão. O instrumento dispõe-se de uma questão introdutória de gênero, de mensuração antropométrica e de percepção subjetiva de autoimagem e segue por 3 categorias que equivalem à pontuação final. A categoria 1 (questões 2-6) refere-se ao ronco; a categoria 2 retrata a sonolência diurna (questões 7-9), sendo que uma sub-pergunta retrata a sonolência ao volante; a terceira e última categoria aborda a prevalência de HAS seguida do cálculo do IMC. Ao final, na contagem dos escores de todas as categorias, se duas ou mais categorias apontarem 2 ou mais respostas positivas para as alternativas destacadas em cinza há indicação de alta probabilidade de apneia do sono (NETZER; et al., 1999).

Protocolo do Treinamento Multifuncional

O programa de treinamento multifuncional foi feito baseado nas VII diretrizes brasileiras de hipertensão (MALACHIAS et al., 2016) e nas diretrizes do Colegio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2018). O treinamento foi feito sob as recomendações do CORE 360º (D´ELIA, 2016), durante 3 tias semanais com duração variável em cada sessão e foi baseado nos padrões de movimentos (empurrar na vertical e na horizontal, puxar na vertical e horizontal, dominância de quadril e dominância de joelho), capacidades físicas (resistência, força, velocidade e flexibilidade) e habilidades motoras (agilidade, coordenação, potência e equilíbrio). O treino foi dividido em 3 partes, aquecimento, parte principal, e trabalho do Core. O aquecimento ocorreu de forma leve, em torno de 5 minutos, com movimentos similares ao treinamento, ativação do core, alongamentos dinâmicos de cadeia anterior e posterior e ativação neuromuscular. Em seguida, tinha início a parte principal, com uma média de 8 a 10 estações, divididas nos padrões de movimento, seguindo as recomendações de treino, focando as principais necessidades. Ao final de cada sessão de treino, era realizada uma volta a calma seguida de um alongamento

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estático. A progressão do treino aconteceu a cada quatro semanas, de acordo com a duração dos exercícios, tempo de execução, e nível de dificuldade dos exercícios como apresentado no quadro 1. A intensidade foi monitorada pela escala de percepção subjetiva de esforço (BORG, 1998).

Quadro 1 - Progressão do treino

Semana Progressão das

cargas Nº de Estação Tempo de execução Intervalo entre rodadas Nº de rodadas Tempo de estabilização ventral/dorsal

1ª 2ª Treino de base inicial

8 30 segundos 1 min e 30 segundos 3 20 segundos

3ª 4ª Treino do core 30 segundos

5ª 6ª Carga nos exercícios multiarticulares 8 30 segundos 1 min e 30 segundos 3 40 segundos 7ª 8ª 50 segundos 9ª 10ª Exercícios multiarticulares de resistência muscular localizada 8 45 segundos 1 min e 30 segundos 3 40 segundos 11ª 12ª 50 segundos 13ª 14ª Nível de dificuldade dos exercícios de resistência muscular localizada 10 45 segundos 1 min e 30 segundos 3 40 segundos 15ª 16ª 50 segundos 17ª 18ª Força unilateral x agilidade e velocidade 10 60 segundos 1 min e 30 segundos 3 40 segundos 19ª 20ª 50 segundos 21ª 22ª Força unilateral x agilidade e velocidade 10 60 segundos 1 min e 30 segundos 3 50 segundos 23ª 24ª 60 segundos 25ª 26ª Movimentos integrados x Potência 10 80 segundos 2 min e 30 segundos 3 30 segundos 27ª 28ª 40 segundos 29ª 30ª

Maior dificuldade nos movimentos integrados x Potência 10 80 segundos 2 min e 30 segundos 3 40 segundos 31ª 32ª 50 segundos

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Os dados estão expressos em valores absolutos e apresentados de forma descritiva.

RESULTADOS

A idosa em questão tem 62 anos de idade e faz uso contínuo dos fármacos, Losartana e Anlodipino, para o tratamento de hipertensão. Com fibromialgia a 20 anos, tem 6 hérnias de disco, sendo 3 cervicais e 3 lombares, artrite e artrose. Viúva, mora sozinha e é aposentada por invalidez. Os dados apresentados estão expressos na tabela 1.

Tabela 1 – Caracterização da Amostra

Variáveis

Idade, n 62

Altura, cm 143,7

Massa Corporal, kg 64,9

Hipertensão Sim

Medicamentos Losartana e Anlodipino

n: números; cm: centímetros; kg: quilograma.

Os achados na composição corporal da idosa no que tange ás variáveis apresentadas houve destaque na massa mineral óssea onde obteve manutenção em suas taxas pré e pós, levando em consideração a idade da participante, onde nesta fase da vida é natural a perda da massa óssea e neste caso ela conseguiu manter essa taxa. Os dados apresentados estão expressos na tabela 2.

Tabela 2 – Parâmetros da composição corporal nos momentos pré e após 32 semanas de treinamento funcional

COMPOSIÇÃO CORPORAL Massa Corporal, kg PRÉ 64,9 PÓS 63,8 Massa Magra, kg 35,8 35,8 Massa Gorda, kg 27,0 25,9 Gordura Visceral, cm² 94,1 90,0

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RCQ, kg 0,86 0,84

Água Intra Celular, L 17,2 17,2

Água Extra Celular, L 10,7 10,7

Massa Mineral Óssea, kg 2,13 2,14

kg: quilograma; cm²: centímetro quadrado; L: latência.

Nas capacidades funcionais destaca-se o alto ganho na flexibilidade do teste sentado alcançar onde a mesma saiu de uma parâmetro negativo e conseguiu ir para um resultado muito favorável para sua faixa etária. Os dados apresentados estão expressos na tabela 3.

Tabela 3 – Bateria de capacidades funcionais nos momentos pré e após 32 semanas de treinamento funcional

VARIÁVEIS PRÉ PÓS

Sentar e Levantar da Cadeira, rep. 20 18

Flexão Antebraço, rep. 20 24

Sentado Alcançar, cm -2 6

Caminhar 2,44, seg. 10 5

Alcançar Atrás das Costas, cm -12 -8

Andar 6 min, seg. 657,5 575

rep.: repetições; cm: centímetros; seg.: segundos.

Em ralação ao sono os resultados mostram uma melhoria considerável, tendo diminuído os distúrbios do sono e melhorando sua eficiência, devido a essa redução o sono consegue ter um maior efeito reparador. Os dados apresentados estão expressos na tabela 4.

Tabela 4 – Parâmetros da qualidade do sono nos momentos pré e após 32 semanas de treinamento funcional

VARIÁVEIS PRÉ PÓS

Latência pura do sono, min. 40 20

Duração, seg. 470 430

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Distúrbios do sono, n 9 4

Uso de medicação para dormir, m 0 0

Escore Global, soma 7 4

Risco de Apneia, soma 1 0

Sonolência, soma 0 1

min.: minutos; seg.: segundo; %: percentual; n: números; m: medicação; soma: somatório.

DISCUSSÃO

Os dados obtidos nessa pesquisa mostram que o programa de treinamento funcional foi fundamental na melhoria dos parâmetros avaliados. A composição corporal da participante melhorou com a diminuição da massa corporal (-1,1 kg), massa gorda (-1,1 kg), gordura visceral (-4,1 cm²). Já na capacidades funcionais houve ganhos, na flexibilidade dos membros inferiores (+8 cm), como também na força dos membros superiores (+4 rep.), houve melhora na agilidade de 50% em relação aos dados pré. No que diz respeito ao sono, foi melhorou a Latência Pura do sono em (-20 min.), a Eficiência (-3,5%), os Distúrbios do sono (-5 n) reduzindo assim o Escore Global em (-3 soma).

É de suma importância o estudo dessa população, devido às suas peculiaridades, pois uma pessoa jovem portadora de fibromialgia tem muitas perdas, tanto pessoal, profissional como também físicas. Segundo (FALK et al., 2014), a qualidade de vida dos fibromiálgicos é reduzida quando comparada com outras patologias, sendo o exercício um tratamento não farmacológico eficaz para esses indivíduos.

Segundo (ALEXANDRO C. DE LIMA; CARLOS M. OTANI;, 2016), eles observaram em seu estudo que a diminuição dos percentuais de gordura em pessoas com fibromialgia melhorou os aspectos globais da doença sendo um treinamento em circuito, corroborando com o que Mônica M. Abreu achou em seu estudo quando analisou com treinamento de força. Assim mostrando que nossa pesquisa vai de encontro com os achados científicos pois que mostrou que o programa de treinamento funcional foi capaz de reduzir a massa de gordura, como também outros parâmetros avaliados.

Estudos mostram que 70% a 90% da população com FM apresentam de má qualidade no sono e que o exercício físico melhora substancialmente essa

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condição. No estudo de (PEIXOTO RUTHES et al., 2017) foi encontrado uma associação entre a qualidade do sono com a composição corporal, onde o aumento do percentual de gordura acompanhou a piora da qualidade do sono, fortalecendo nossos resultados onde foram achados a redução do percentual de gordura e a melhora da qualidade do sono da participante. Este estudo corrobora com a literatura, mostrando que um programa de Treinamento Funcional proporciona uma redução significativa nos escores relacionados à qualidade do sono.

Estudos apontam que essas capacidades devem ser trabalhadas em pacientes com FM pois esses resultados satisfatórios trazem melhoria nos quadro de dor e sono, fora que pôr a participante ser idosa, deve-se levar em consideração que o envelhecimento contribui reversivelmente para esse ganho e que o treinamento nesta população traz ganhos circunstanciais para uma melhor qualidade de vida. Segundo (MORA; VALENCIA, 2018) observaram que as capacidades funcionais de mulheres com fibromialgia tem um escore bem inferior ao de mulheres que não tem a síndrome, e que essa variável se faz de fundamental importância, pois está correlacionada com a diminuição dos níveis de dor, que é o principal mal da doença além da qualidade de vida das participantes. O que vai ao encontro dos nossos achados.

Segundo (CHUNG et al., 2019), numa pesquisa com mais de 300 participantes que fazem uso de opióides para dor crônica apresentaram apneia do sono, tanto apneia obstrutiva, central, como apneia indeterminada do sono. Este estudo mostrou os efeitos de um programa de treinamento funcional na qualidade do sono da participante, mesmo ela não fazendo uso de medicamentos desta natureza, o treinamento melhorou substancialmente a qualidade do sono, e reduzindo assim os riscos de apneia de acordo com os questionários.

Uma das limitações desse estudo foi devido a amostra da pesquisa ter sido altamente reduzida para um único caso, mas isso não interfere no que diz respeito a relevância do estudo, tendo em vista aos resultados encontrados, serem de grande importância essas informações, evidenciando a eficácia e eficiência de um programa de treinamento funcional dentro das variáveis abordadas neste estudo. Sugere-se mais estudos nesta linha de pesquisa para

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fortalecer os dados aqui encontrados no intuído de trazer melhoria à qualidade de vida desta população.

CONCLUSÃO

O programa de treinamento funcional com duração de 32 semanas, voltado para a idosa com FM se mostrou satisfatório na melhoria e manutenção da composição corporal, qualidade do sono e capacidades funcionais, se tornando um excelente método a ser utilizado para o público em questão. A soma dessas melhorias podem convergir para uma significativa melhora na qualidade de vida da idosa.

REFERÊNCIAS

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