• Nenhum resultado encontrado

RESUMO. os diâmetros das crateras de desgaste das. viscosidade semelhante à do óleo base da. massa, contaminados ou não.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RESUMO. os diâmetros das crateras de desgaste das. viscosidade semelhante à do óleo base da. massa, contaminados ou não."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

análise dos lubrtficantes por ferrografia com esferas.

1. INTRODUÇÃO

As técnicas de controlo da condição são cada vez mais utilizadas por forma a conseguir aumentar o tempo de funcionamento dos equipamentos. A análise do lubrificante é, cada vez mais adoptada, por ser reconhecida como uma das técnicas mais eficientes na detecção do início de avarias e no controlo da progressão das mesmas [1, 2, 3].

O estudo do comportamento, em termos de desgaste, de um orgão mecânico lubrificado, quando o lubrificante contém contaminantes, permite prever o efeito da presença desses contaminantes,[4, 5]. A realização de ensaios em condições controladas é uma das formas de avaliar os efeitos da contaminação no lubrificante.

2. LUBRIFICANTES

Como lubrificantes foram utilizados uma massa lubrificante com aditivos extrema pressão (EP) e um óleo de

viscosidade semelhante à do óleo base da massa, contaminados ou não.

Os ensaios realizados com lubrificantes não contaminados foram tomados como uma referência de controlo dos ensaios realizados com lubrificantes contaminados. As características dos lubrificantes utilizados estão resumidas na tabela 1.

Tabela 1—Características dos lubrificantes Característica Massa EP Óleo

Graduação NLGI 2

-Tipo de sabão Lítio

-Ponto de gota (°C) 177 -Viscosidade Cm. Óleo 230 -base(Cst a 40°C) Percentagem sabão 10 % -Graduação 150 VG - 220 Viscosidade Cm. (Cst a - 220 40°C) Viscosidade Ci (Cst a - 18.5 100°C) Massa específica a - 910 15°C(KgIm3) aditivos EP

-DESGASTE E CONTAMINAÇÃO NUM CONTACTO

EHD

LUBRIFICADO COM MASSA

Neves

Graça

Seabra

j•(3)

DEM/I$EP, Instituto Superior de Engenharia do Porto (2)

INEGI, CETRIB, Leça do Balio, Portugal

•(3)

DEMEGI/FEUP, Faculdade de Engenharia da Universidadedo Porto

RESUMO.

Neste trabalho descrevem-se os resultados de ensaios realizados numa máquina de 4 esferas utilizando como lubrificantes óleo e massa contaminados com pó de ferro e carboneto de silício, em diferentes percentagens de contaminação. São comparados os resultados da os diâmetros das crateras de desgaste das

(2)

3. CONTAMINAÇÃO

os

LUBRIFI

CANTES

Algumas propriedades dos contaminantes utilizados são apresentadas na tabela 2.

Tabela 2— Características dos contaminantes

. .

Contaminante

Caractenstica

Fe

SiC

Densidade

mássica

7 800

2 900

(Kg.m)

Granulometna Qim)

5

- 90 2 -40

Para preparar as misturas de lubrificante e contaminante utilizados’ nos ensaios foram seguidos os procedimentos indicados na tabela 3 [61.

Tabela 3—Procedimentos de mistura de lubrificantes com contaminantes.

. . . Processo de Tipo de lubnficante mistura Aquecimento em estufa a 50 °C, Oleo+ durante 30

contaminante minutos, seguido de agitação manual.

Circulação entre

Massa+ duas seringas

contaminante à temperatura ambiente.

4. ENSAIOS NA

MÁQUINA

DE 4

ESFERAS.

Os ensaios foram realizados numa máquina de 4 esferas, em escorregamento puro.

A máquina de 4 esferas utilizada para realização destes ensaids é da marca Plint & Cameron.

Fundamentalmente, uma máquina deste tipo é constituída por uma estrutura de suporte, um elemento motor, uma unidade de suporte e fixação das esferas, um

sistema de aplicação de carga e pela unidade de controlo, como se mostra na figura 1.

Todos os ensaios foram realizados nas mesmas. condições:

• carga aplicada • velocidade • pressão média

• pressão máxima Hertz • temperatura

As contaminações foram estabelecidas em percentagem ponderal.

Para cada nível de contaminação e lubrificante foram realizados ensaios com diferentes número de ciclos.

As tabelas 4 e 5 resumem os níveis de contaminação e a duração dos ensaios realizados com óleo e com massa, respectivamente.

Como

partículas carboneto

contaminantes foram usadas de pó de ferro (Fe) e de de Silicio (SiC).

Fig 1— Fotografia da máquina de 4 esferas e unidade de comando. 20 Kgf 1500 rpm 1.82 Gpa 2.73 Gpa livre

-Tabela 4— Ensaios realizados com óleo

Contaminante Dção_(minutos)____

- 1 2 5 20

2%Fe 1 2 5 10 20

2%$iC 1 2 5 10 20

Tabela 5— Ensaios realizados com massa

Contaminante Dção(minutos’) - 1 2 5 20 2%Fe 1 2 5 10 20 5%Fe 1 2 5 10 20 2%SiC 1 2 5 10 20 5%$iC 1 2 5 10 20

(3)

Em todos os ensaios foram medidas as crateras de desgaste nas três esferas

estacionárias, sendo o resultado

apresentado a média dessas medições. Nos ensaios de maior duração os lubrificantes foram analisados por

ferrografia de leitura directa (ferrometria) e ferrografia analítica (ferrogramas).

5. RESULTADOS DOS ENSAIOS COM

LBRWiCNTE NÃO

CONTA1VII-NADOS.

Na figura 2 podem observar-se os

resultados, expressos em termos de diâmetro das crateras de desgaste, dos ensaios realizados com lubrificantes não contaminados.

ao ensaio com óleo base e a da direita ao ensaio massa EP.

Fig 3—Aspecto das crateras de desgaste ensaios. duração 20minutos lubrificantes não contaminados

A análise das superfícies de desgaste mostra que o desgaste ocorrido com o lubrificante óleo origina uma superfície de maior rugosidade do que no caso da massa.

50

O

0 10 20 30

Tempo (mm) ——massaEP ——óleo

Ffg2—Diâmetrodas crateras ensaios com lubrifi cantes não contaminados.

A análise da figura 2 mostra que o diâmetro da cratera (e o correspondente volume de desgaste) é menor quando o lubrificante utilizado é a massa, o que traduz o efeito de protecção dos aditivos EP da mesma. A figura mostra ainda que o diâmetro das crateras quando o tempo de ensaio também aumenta, como seria

expectável.

Na figura 3 podem observar-se, as superfícies das crateras de desgaste, correspondentes aos ensaios de duração 20 minutos. A imagem da esquerda refere-se

6. RESULTADOS DOS ENSAIOS COM.

LUEPIFICANTES CONTAMINADOS

Na figura 4 estão representados os resultados, expressos em termos de diâmetro das crateras de desgaste, dos ensaios realizados com o contaminante ferro (Fe).

É

evidente o efeito da adição do contaminante, o que se traduz no aumentó das crateras de desgaste, qualquer que seja o lubrificante, ocorrendo um maior desgaste quando o lubrificante utilizado é o óleo. a) C.) o o (C 500 450 400 350 l285

1

220 150 191 — 100 .i---.--.—-——-600 500 - 400 a) a) o o ‘a, 300 200 100 O O 5 10 15 20 Tempo (mm)

——-ÓIeo2%Fe ——Massa E? 2%fe

—Á— Massa EP 5%Fe

Fig 4—Evolução do diâmetro das crateras de desgaste ensaios realizados com contaminante fe

(4)

Na figura 5 estão representados os resultados, expressos em termos de diâmetro das crateras de desgaste, dos ensaios realizados com o contaminante carboneto de silício (SiC).

Tal corno acontecia

contaminante Fe a adição lubrificantes provoca um desgaste.

—-—Óleo 2 % SiC ——Massa EP2%SiCl

—Ã-—MassaEP5 %SiC

Fig5—Evolução do diâmetro das crateras de dsegaste ensaios realizados com contaminante SiC

Qualquer que seja o contaminante utilizado o aumento da concentração do mesmo conduz a um maior desgaste.

Pode verificar-se, nas figuras 4 e 5 que, tal como nos ensaios realizados com lubrificantes não contaminados, o tempo acentua o desgaste.

7. VALORES DAFERROMETRIA

Para permitir urna comparação realista entre os índices de concentração de partículas, CPUC e de severidade de

desgaste, ISUC calculados para os

diferentes ensaios realizados, esta deve ser feita para um mesmo lubrificante.

Nas figuras 6 e 7 são apresentados os resultados dos ensaios com duração de 20

minutos, realizados com massa EP e óleo, respectivamente. Diâmetro crateras I$Uc- cPUc l.00E+0$ l.00E+07 l.00E+06 a O\a

Fig 6—Resumo resultados dos ensaios de 20 minutos realizados com massa EP

fi5âmetro crateras IsUc- cPUc l,OOE+08 l,OOE+07 -l,OOE+06 l,OOE+05 -l,OOE+04 l,OOE+03 l,OOE+02 l,OOE+0l — 1 OOE+00 --Óleo Óleo 2% •ISUCCPUCE1p

fig 7—Resumo resultados dos ensaios de 20 minutos realizados com óleo com de $iC aumento o aos do 1400 1200 1000 800 1 .00E+05 1 .00E+04 1 .00E+03 1 .00E+02 1 .00E+0 1 1 .00E+00 ca a) c.) 600 a) 400 200 O O 5 10 15 20 Tempo (mm) Óleo 2% Fe SiC

(5)

Da observação destas figuras pode verificar-se a boa correlação existente entre os diâmetros das crateras de desgaste e dos índices de ferrometria. Pode ainda concluir-se que o contaminante $iC origina maior desgaste qualquer que seja o lubrificante considerado.

8. CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE

DESGASTE

Como foi referido no ponto 4 realizaram-se ferrogramas dos lubrificantes utilizados nos ensaios com duração de 20 minutos: As figuras $ e 9 são fotografias do núcleo dos ferrogramas correspondentes aos ensaios realizados para contaminante SiC com óleo e massa, respectivamente.

Na figura 10 pode ver-se o aspecto de uma partícula de desgaste existentes no núcleo do ferrograma realizado com o lubrificante massa EP contaminada com Fe.

O aspecto das partículas observadas nos ferrogramas realizados permite concluir [7J que os mecanismos de desgaste

predominantes são:

• os fenómenos de adesão associados ao escorregamento puro entre as superfícies, no caso da contaminação com Fe.

• a abrasão das superfícies provocada pelas partículas de $iC no interior do contacto, no caso da contaminação com $iC.

9. CONCLUSÕES

Os resultados obtidos permitem concluir:

• A existência de contaminantes no

lubrificante aumenta

significativamente o desgaste; • O nível de desgaste aumenta com o

aumento da concentração de contaminante presente no lubrificante;

.‘ O nível de desgaste é maior quanto

maior for a duzeza do contaminante independentemante do lubrificante utilizado;

• A ferrografia é um processo fiável para avaliar o desgaste que ocorre em mecanismos lubrificados com massa, desde que o processo de preparação da amostra seja

Fig 10— Núcleo ferrograma massa EP contaminada fe no ensaio de 20 minutos (500X).

Fig 8 — Núcleo fenograma do óleo contaminado $iC no ensaio de 20 minutos (100X).

Fig 9— Núcleo ferrograma da massa EP contami nada SiC no ensaio de 20 minutos (100X).

(6)

• adequado, sobretudo no que respeita à separação entre o sabão e

o óleo base..

REFERÊNCIAS:

[1] Raymond 1. Dalley “Fenographic Analysis

of Grease Lubricated Systems in a

Helicopter Gear Box” NLGI Spokesman, Agosto 1990

[3] James K. Maslach “Ferrographic Analysis

of Grease Lubricated Systems: An

Analysis of Greases In Rolier Bearings”, ASLE Lubrication Engineering, Setembro

1996, Volume 52, 9 pg 662-666

[41

Lars Kahlman and lan M. Hutchings

“Effect of Particulate Contamination in

Grease-Lubricated Hibrid Rolling

Bearings”, ASLE Lubrication Engineering, Volume 42, 4 pg 842-850

12-19

[61 Peter Anderson, “Monitoring of

Contaminants in Lubricating Greases”,

Presentation at COST/GRIT Conference, Maio, 1997

[7] Sohio, “Wear Particle Atlas”, Predictive

Maintenance Services, Cleveland, Ohio, USA

[5] C. P. Lonsdale and M.

“Locomotive Traction Motor

Bearing Life Study”, STLE,

Lubrication Engineering, Agosto

[2] M. Hertzlinger “Analysis of Filled

Using Homogeneous Solution”

Spokesman, 1969, Volume 33, 6 206 L. Lutz, Armature Joumal 1997, Pg Greases NLGI pg

Referências

Documentos relacionados

A partir da junção da proposta teórica de Frank Esser (ESSER apud ZIPSER, 2002) e Christiane Nord (1991), passamos, então, a considerar o texto jornalístico como

Por meio destes jogos, o professor ainda pode diagnosticar melhor suas fragilidades (ou potencialidades). E, ainda, o próprio aluno pode aumentar a sua percepção quanto

Para a análise do Heat Map, em cada período foi feito a contagem da quantidade de vezes de como as correlações foram classificadas, por exemplo, a correlação entre a entropia e

Para tal, iremos: a Mapear e descrever as identidades de gênero que emergem entre os estudantes da graduação de Letras Língua Portuguesa, campus I; b Selecionar, entre esses

To measure the horizontal and resultant lower limbs external kinetics at backstroke starting, researchers have used one force plate, while for ventral starts one and two force

a) Termo de rescisão do último contrato de trabalho e das parcelas do seguro desemprego; b) OU Declaração de Pessoa sem Renda – ANEXO VI. c) Carteira de Trabalho e Previdência

MECANISMOS E INCENTIVOS FINANCEIROS AO MFS LINHAS DE FINANCIAMENTO FOMENTO FLORESTAL FUNDOS de APOIO à CONSERVAÇÃO INSTRUMENTOS LEGAIS MECANISMOS FINANCEIROS DIVERSOS E

O presente trabalho foi desenvolvido objetivando inventariar um fragmento florestal e indicar espécies arbóreas para a recuperação das áreas de reserva legal e