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Definir e caracterizar os cabos, as tubagens, equipamentos e os materiais a utilizar, bem como o seu dimensionamento;

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Academic year: 2021

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4 PROJECTO

4.1 OBJECTIVO

O presente capítulo destina-se a estabelecer algumas regras de elaboração dos projectos ITED. Estas regras devem ser consideradas como mínimas, sem prejuízo da utilização de soluções tecnicamente mais elaboradas.

A finalidade do projecto das ITED é:

• Definir a arquitectura da rede e os percursos;

• Definir e caracterizar os cabos, as tubagens, equipamentos e os materiais a utilizar, bem como o seu dimensionamento;

• Permitir a instalação das redes de tubagens, cabos e equipamentos, com clareza, para não suscitar dúvidas aos técnicos instaladores.

O projecto ITED deve contemplar as:

• Redes colectivas e individuais de tubagens e de cabos, no caso de edifícios com mais de uma fracção autónoma;

• Redes individuais de tubagens e de cabos, para as moradias unifamiliares;

• Tipos de cabos, equipamentos e materiais a utilizar.

4.2 GENERALIDADES

O projecto deverá ter em conta o estabelecido no DL 59/2000, artigo 40º, número 2. No caso do requisito contemplado na alínea a), número 2, do referido artigo, deverá o projectista ter em conta as especificações das interfaces das redes públicas de telecomunicações, nos termos do artigo 30º do Decreto Lei 192/2000, de 18 de Agosto.

O projecto da instalação das ITED deve contemplar obrigatoriamente os pontos terminais a servir por linhas de rede, os pontos terminais para a distribuição dos sinais sonoros e televisivos e os pontos terminais de equipamentos suplementares e acessórios.

Quanto aos equipamentos terminais de cliente, é desejável que o projecto inicial defina o tipo, a capacidade, a quantidade e a localização desses equipamentos.

No caso especial de alterações a um projecto já existente, dever-se-ão utilizar critérios de representação que identifiquem claramente as referidas alterações. Poder-se-á utilizar a seguinte nomenclatura, ou outra que não a contrarie:

• A instalar, a traço fino e/ou cor vermelha;

• A retirar, a traço fino e cruzes (xxx) e/ou cor amarela;

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4.3 REGRAS DE PROJECTO DA REDE DE CABOS

4.3.1 GENERALIDADES

A elaboração do projecto da rede de cabos do edifício deve indicar:

• A localização da coluna montante e da entrada de cabos;

• A localização dos equipamentos terminais de cliente que deve servir;

• Os esquemas de interligação dos equipamentos terminais de cliente;

• O esquema das terras de protecção;

• O projecto da instalação eléctrica necessária às ITED.

Nos edifícios com uma grande densidade de fracções autónomas, o projectista considerará cabos directos para ligação a distribuidores, situados a diferentes níveis do edifício.

Projectos de cinemas, teatros, superfícies comerciais, parques industriais e de produção, fábricas, hospitais, depósitos, armazéns, hotéis ou outros de carácter específico, serão objecto de um estudo específico, adequado a cada caso, devendo o projectista justificar convenientemente o dimensionamento adoptado.

4.3.2 DIMENSIONAMENTO DO ATE, DOS RG E LIGAÇÃO ÀS REDES PÚBLICAS DE TELECOMUNICAÇÕES

A constituição genérica do ATE e dos RG está descrita no ponto 3.5.

Cada um dos RG vai interligar as redes de operador com a rede de cabos do edifício.

O ATE e os RG deverão estar providos de legendas indeléveis, inscritas nas estruturas convenientes, de modo a que os trabalhos de execução das ligações e posterior exploração e conservação seja feita de forma fácil e inequívoca (ver o ponto 5.3.3).

O dimensionamento e montagem dos cabos de entrada e das interligações aos secundários é da responsabilidade dos operadores.

Dimensionamento do ATE

O ATE é o ponto de confluência das redes dos operadores, sejam elas em par de cobre, em cabo coaxial ou em fibra óptica.

O ATE disponibiliza espaço suficiente para o acesso de, no mínimo, 4 operadores de telecomunicações (exemplo: 2 operadores em par de cobre e 2 de CATV).

O ATE é um local de acesso restrito (armário, caixa metálica, ou outros), que disponibiliza o espaço suficiente para alojar os diversos RG.

Embora o ATE possa ser uma caixa única, em edifícios de alguma dimensão poderá ser mais vantajoso o uso de 2 caixas, por exemplo duas C4 interligadas: uma para o RG-PC e outra para o RG-CC. No outro extremo situa-se o exemplo de uma vivenda unifamiliar, onde o ATE será constituído pelo conjunto de 2 caixas, uma IE e uma I3, de acesso restrito.

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O ATE contém pelo menos dois RG, o RG-PC (par de cobre) e o RG-CC (cabo coaxial). Poderá existir ou não um RG-FO (fibra óptica). Cada um deles vai permitir a interligação dos vários operadores às redes do edifício.

O ATE situa-se de uma forma geral no ETI, apesar de em casos especiais também se poder localizar no ETS.

Ao ATE são ligados os cabos de entrada aérea e subterrânea.

Dimensionamento do Repartidor Geral de Par de Cobre (RG-PC)

O fornecimento e montagem das unidades modulares que constituem o primário e o secundário do RG-PC, é da responsabilidade do dono da obra.

Os primários deverão ser de acesso restrito. A segurança adequada deverá ser da responsabilidade dos vários operadores, que irão assim proteger (única e exclusivamente) as unidades modulares onde estão ligados os seus cabos de entrada (ver o exemplo ilustrado no Anexo 5, figura 32). Os primários localizam-se normalmente do lado esquerdo do respectivo RG. Quando for necessária a utilização de órgãos de protecção, estes são colocados nas unidades modulares destinadas aos operadores que constituem os primários.

As unidades modulares do secundário localizam-se normalmente do lado direito, ou na retaguarda, do respectivo RG-PC.

O secundário do RG-PC é o resultado do somatório dos pares distribuídos pelas várias fracções autónomas, usando os critérios do ponto 4.3.3 para redes colectivas ou os critérios do ponto 4.3.5 para redes individuais.

Após o cálculo do número de unidades modulares que constituem o secundário, dimensiona-se o primário do RG-PC com base no seguinte critério:

Ö nº de unidades modulares do primário é igual a 1,5 vezes o nº de unidades modulares do secundário. Consegue-se assim espaço suficiente para os operadores instalarem os seus pares, com uma manobra facilitada dos cabos e a possibilidade de dimensionamentos variáveis. Proporciona uma margem confortável para a separação de operadores.

De modo a garantir o direito dos operadores e prestadores de serviços de telecomunicações acederem às ITED em condições de igualdade (artº 30º do DL 59/2000), deverá ser seguido o seguinte critério:

Ö Os operadores baseiam-se no número de clientes contratados, ou que tenham manifestado explicitamente essa intenção, para ocuparem as unidades modulares do primário. É assim calculado o número de pares de cobre, a ligar ao primário, que o operador vai necessitar. Esse número assim calculado pode ser multiplicado por 1,2 (+20%), obtendo-se assim o número máximo de pares que cada operador pode ligar ao primário. Este número máximo assim calculado tem sempre de ser mantido e recalculado, face a possíveis desistências do serviço, por parte dos clientes.

A folga de 20% anteriormente referida vai facilitar a ligação rápida a novos clientes, com um mínimo de intervenção. Nesse sentido os operadores deverão providenciar uma escolha criteriosa das unidades modulares do primário ocupadas, de maneira a facilitar ao máximo a ocupação por outros possíveis operadores.

Os operadores escolhem o tipo de entrada que pretendem utilizar, aérea ou subterrânea, de acordo com as características das redes públicas de telecomunicações.

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Dimensionamento do Repartidor Geral de Cabo Coaxial (RG-CC)

O RG-CC contém espaço suficiente para os operadores alojarem os seus cabos de entrada e eventuais dispositivos.

A ligação do RG-CC ao edifício é constituída pela parte terminal do cabo coaxial, ou cabos, fazendo parte da rede do edifício. Poderá ser uma simples união ou um repartidor, consoante o número de cabos coaxiais em questão.

O RG-CC contém uma indicação escrita, dirigida fundamentalmente aos operadores, com os parâmetros de sinal que melhor se adaptam à rede coaxial do edifício. Devem ser tidos em consideração os níveis de sinal, o C/N e outros parâmetros importantes, para garantir, nas tomadas de utilizador, o sinal com as características indicadas no ponto 6.6.4.

Dimensionamento do Repartidor Geral de Fibra Óptica (RG-FO)

À parte as diferentes tecnologias em questão, deverá ser seguida uma metodologia idêntica à do RG-CC.

4.3.3 DIMENSIONAMENTO DA REDE COLECTIVA DE CABOS DE PARES DE COBRE

Para dimensionamento dos cabos de pares de cobre da rede colectiva, o projecto deverá ter em conta o seguinte dimensionamento mínimo:

Apartamentos: 2 pares de cobre por apartamento até T3, ou 3 pares para apartamentos T3 ou superior;

Escritórios: 1 par de cobre por posto de trabalho ou 1 par de cobre por cada 10 m2 de área útil, em número nunca inferior a 3 pares;

Lojas: 3 pares de cobre por loja.

O sobre-dimensionamento é importante, prevendo assim necessidades acrescidas ou avarias. Nesse sentido o dimensionamento mínimo anteriormente descrito deverá ser multiplicado por 1,2 (equivalente a +20%), o que conduzirá a um determinado número mínimo de pares.

Obtido este número mínimo de pares, utilizar-se-ão cabos normalizados de capacidade igual ou imediatamente superior (3, 4, 6, 10, 20, 30, 50, 100, 200 e 300 pares).

Os pares não utilizados (pares de reserva) devem ficar distribuídos ao longo do edifício nas caixas de derivação e no secundário do RG-PC.

É permitida a ligação parcial de condutores de um cabo em dispositivos de derivação. Os pares não utilizados (mortos), serão sempre devidamente assinalados nas fichas das caixas de derivação.

O número de unidades modulares que constitui o secundário ou saída do RG-PC, resulta assim do número total de pares distribuídos no edifício, incluindo reservas.

Em novas instalações só é permitida a execução de juntas directas e de derivação quando se utilizam cabos de capacidade superior a 100 pares. O projecto deverá ter este ponto em consideração.

Na rede colectiva de cabos devem ser utilizados cabos blindados (TVHV, TEG1HE ou outros com características idênticas ou superiores) e os diâmetros dos condutores serão de 0,5 ou 0,6mm. Os dispositivos de derivação a utilizar são os definidos no ponto 3.4.1.

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4.3.4 DIMENSIONAMENTO DA REDE COLECTIVA DE CABOS COAXIAIS

As redes de cabos coaxiais ou fibra óptica, nomeadamente para a distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva dos tipos A e B , a instalar no âmbito das ITED, devem utilizar uma topologia mista. As redes de cabo coaxial, nomeadamente para a distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva do tipo A e das RDC (CATV), deve ser constituída por cabo coaxial flexível RG11, RG7 ou RG6 e devem ter-se em conta os valores das atenuações referidos na tabela 7 de modo a garantir os níveis de sinal referidos na tabela 9. Podem ser utilizados cabos coaxiais de características iguais ou superiores, com repartição ao longo da coluna montante.

Utilizam-se dispositivos de derivação apropriados a frequências até 1 GHz para alimentar as entradas das redes individuais de cada fracção autónoma.

Em casos específicos pode-se usar o cabo C500 de maior blindagem e menor atenuação, sendo as atenuações de 0,019 dB/m aos 65 MHz e 0,069 dB/m aos 750 MHz. Neste caso sugere-se o uso de TAP’S exteriores na coluna montante, evitando-se o uso de adaptadores para fichas “F”.

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Bandas Via de retorno (5 - 65 MHz) Via directa (85-862 MHz) Tipo de cabo RG59 RG6 RG7 RG11 RG59 RG6 RG7 RG11 Frequências (MHz) 65 65 65 65 85 750 85 750 85 750 85 750 Comprimento (m) Atenuações (dB) 1 0,067 0,054 0,045 0,035 0,076 0,222 0,062 0,18 0,049 0,150 0,04 0,117 10 0,67 0,54 0,45 0,35 0,76 2,22 0,62 1,80 0,49 1,50 0,40 1,17 20 1,33 1,08 0,90 0,70 1,52 4,44 1,23 3,60 0,98 3,00 0,80 2,34 50 3,33 2,69 2,24 1,74 3,81 11,10 3,08 9,00 2,47 7,50 1,99 5,85 100 6,65 5,38 4,48 3,48 7,61 22,20 6,15 18,00 4,93 15,01 3,98 11,70

Tabela 7 - Atenuações típicas dos cabos coaxiais utilizados na distribuição de sinais até 1 GHz

No caso da distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva do tipo B a distribuição é idêntica, utilizando-se cabos e dispositivos apropriados a frequências até 2150 MHz, e devem ter-se em conta os valores das atenuações referidos na tabela 8 de modo a garantir os níveis de sinal referidos na tabela 9.

Bandas Banda FI (862 - 2150 MHz) Tipo de cabo RG59 RG6 RG7 RG11 Frequências (MHz) 1000 2150 1000 2150 1000 2150 1000 2150 Comprimento (m) Atenuações (dB) 1 0,29 0,43 0,21 0,28 0,16 0,25 0,13 0,21 10 2,88 4,28 2,16 2,88 1,62 2,46 1,34 2,13 20 5,76 8,56 4,32 5,76 3,25 4,92 2,68 4,26 50 14,44 21,39 10,81 14,43 8,11 12,29 6,71 10,64 100 28,87 42,78 21,62 28,86 16,21 24,57 13,42 21,28

Tabela 8 - Atenuações típicas dos cabos coaxiais utilizados na distribuição de sinais até 2150 MHz

(7)

Para outras frequências a atenuação poderá ser calculada pela fórmula seguinte:

Fx

F

A

A

Fx F 1 1

×

=

Sendo: Fx

A

- atenuação que se quer calcular, na frequência desejada (

Fx

), em dB;

1

F

A

- atenuação conhecida, numa frequência inferior (

F

1) e próxima de

Fx

, em dB;

1

F

- frequência próxima e inferior a

Fx

(MHz); x

F

- frequência para a qual se quer calcular a atenuação (MHz).

Para o acesso às infra-estruturas existentes no edifício considera-se:

1. Utilização da cablagem existente, por vários operadores. Esta situação não está suficientemente desenvolvida para se apontarem, neste momento, soluções tecnicamente viáveis, embora ela deva (se possível) ser utilizada;

2. Utilização das tubagens de reserva, para lançamento de novos cabos.

4.3.5 DIMENSIONAMENTO DA REDE INDIVIDUAL DE CABOS DE PARES DE COBRE

Em fracções autónomas residenciais considerar-se-á o seguinte:

• 1 tomada por quarto ou sala, sugerindo-se um máximo de 8 por fracção autónoma. Os respectivos cabos de 6 condutores do tipo TVV 3x2x0,5, interligam as tomadas em duas ou mais séries em cascata, com o máximo de 5 tomadas por cascata. As cascatas são ligadas ao BPC sem protecção, dado estarem interligados aos RG-PC, onde existem as protecções.

Nos casos dos edifícios constituídos por uma só fracção autónoma (moradia unifamiliar), considerar-se-á o seguinte:

2 pares de cobre para moradias até T3, ou 3 pares para moradias T3 ou superior;

• Num projecto onde se preveja somente a ligação até 3 pares, o RG-PC pode ser substituído pelo dispositivo de derivação/transição (BPC), com ou sem protecção, conforme o necessário;

• A rede individual de cabos deve ter capacidade para servir todos os equipamentos terminais de cliente;

• O número máximo de tomadas a instalar é de 8, com o máximo de 5 em cada cascata.

No caso de uma moradia unifamiliar e uma entrada de cabos aérea, a altura mínima da referida entrada é de 2,5 m em relação ao solo.

Para a ligação do BPC à primeira tomada pode utilizar-se o cabo TVV (1x3x0,5), sendo a ligação entre tomadas realizada em TVV ou TVHV(3x2x0,5) de 3 pares.

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Para circuitos de dados (banda larga) devem usar-se cabos dos tipos UTP, STP, FTP e tomadas de 8 contactos.

4.3.6 DIMENSIONAMENTO DA REDE INDIVIDUAL DE CABOS COAXIAIS

Para a distribuição em cabo coaxial, nomeadamente para os sinais de radiodifusão sonora e televisiva do tipo A e CATV, prevê-se uma distribuição em estrela a partir do TAP DE CLIENTE situado na caixa IE, no mínimo de 2 tomadas e no máximo sugerido de 8.

A referida distribuição será realizada em cabo RG59, RG6 ou RG7 e devem ter-se em conta as atenuações referidas nas tabelas 7 e 8 de modo a garantir os níveis de sinal referidos na tabela 9. Poderá utilizar-se RG11 nos casos em que se justifique.

Nos casos em que se utilize amplificador de cliente, deve ter-se em consideração no projecto que o amplificador provoca um aumento do factor de ruído com a consequente degradação do C/N, sendo esta degradação variável com o ganho e o tipo de amplificador.

Os níveis das portadoras de sinal de radiodifusão sonora e televisiva, baseados na EN 50083-7, devem ser os seguintes (em dBµV):

BII BI e BIII BIV BV BL FI

Mínimo 50 60 57 57 47 57

Máximo 70 80 80 80 77 77

Nível

recomendado 60 61 a 64 61 a 64 61 a 64

*

*

Tabela 9 - Níveis da portadora de sinal, máximos e mínimos, para as tomadas de TV e radio (dBµV)

* - Devido às diferenças de níveis de sinal para os vários tipos de modulação, sugere-se a consulta da

norma EN 50083-7/A1.

Caso se utilizem conversores de frequência para sinais de TV ou Rádio, a saída destes deve estar dentro das bandas de frequência normalizadas:

BI - canais 2 a 4 (VHF I, 47 a 68MHz, canal a 7MHz) BII - 87,5MHz a 108MHz (radiodifusão sonora FM)

BIII - canais 5 a 12 (VHF III, 174 a 230MHz, canal a 7MHz) BIV - canais 21 a 37 (UHF IV, 470 a 606MHz, canal a 8MHz)

BV - canais 38 a 69 (UHF V, 606 a 862MHz, canal a 8MHz) Canais Especiais - S1 a S20

FI - Frequência Intermédia de Satélites (862 a 2150MHz) BL - Banda digital L (1450 a 1560MHz)

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Os níveis de sinal na entrada do RG-CC deverão estar entre 75 e 100 dBµV, de modo a garantir os níveis de sinal na tomada terminal referidos na tabela 9.

Nas tomadas terminais o “Tilt” será tão nivelado quanto possível (± 1 dB). Na entrada do RG-CC o “Tilt” deverá ser menor ou igual a 8 dB. Por “Tilt” entende-se a diferença, expressa em dB, do nível de sinal medido nas duas frequências piloto de 90 e 750MHz.

A relação C/N deverá ser sempre maior ou igual a 46dB.

4.4 REGRAS DE PROJECTO DA REDE DE TUBAGENS

4.4.1 GENERALIDADES

A elaboração do projecto da rede de tubagens do edifício deve ter por base o projecto da respectiva rede de cabos. A rede de tubagens do edifício deve ficar, preferencialmente, embebida nas paredes. Podem-se utilizar no entanto calhas técnicas ou, em casos específicos, a tubagem ficar à vista.

Qualquer parte da rede colectiva ou individual de tubagens, localizada em zona de acesso público, destinada à interligação de equipamentos pertencentes a uma mesma rede individual de cabos, deve ser objecto de autorização específica dos proprietários dos edifícios e ficar claramente indicada no projecto. Os cabos a utilizar nestas circunstâncias têm de ser blindados. A instalação e utilização de infra-estruturas para uso colectivo é preferente relativamente à de infra-estruturas para uso individual, conforme o disposto nos Artigos 6º e 20º do DL 59/2000.

A autorização referida no parágrafo anterior tem em consideração vários critérios, dos quais se destaca a necessidade de criar facilidades de conservação das partes de instalação individual de cliente situada em zonas colectivas e o custo de instalação da mesma.

A rede colectiva de tubagens e a rede individual são constituídas por tubos ou calhas destinados a diferentes serviços da rede , interligados por caixas independentes (caso dos tubos).

O percurso da tubagem deve ser tanto quanto possível rectilíneo, colocado na horizontal ou na vertical e de modo a que o seu trajecto seja facilmente localizável.

O comprimento máximo da tubagem entre duas caixas deve ser de 12m quando o percurso for rectilíneo e horizontal. O número máximo de curvas na tubagem, entre caixas, é de duas. O comprimento atrás referido será, neste caso, reduzido de 3m por cada curva. No caso do uso de calhas estas caixas não são necessárias.

Os tubos à vista devem ser fixados às paredes com braçadeiras. O espaçamento entre braçadeiras não deve ser superior a 50cm. As calhas serão fixadas às paredes com buchas ou colagem apropriadas. A rede de tubagens do edifício deve ser projectada de modo que os condutores que servem um cliente não sejam acessíveis a um outro cliente ou entidade estranha.

As tubagens devem ser instaladas de forma a que assegurem as seguintes distâncias mínimas em relação às infra-estruturas de energia eléctrica, gás, águas, etc.

y Pontos de cruzamento: 5cm y Percursos paralelos: 20cm

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4.4.2 DIMENSIONAMENTO DA REDE COLECTIVA DE TUBAGENS

A localização do ETI e do ETS deverá ter em consideração a localização da coluna ou colunas montantes. O ETI pode ser coincidente com a caixa principal de coluna, a caixa de entrada de cabos, ou com o ATE. Quando pelas dimensões e planta do edifício for aconselhável o desdobramento da coluna montante, na vertical ou na horizontal, as colunas resultantes estarão ligadas entre si.

A coluna montante deve ser rectilínea e ter capacidade para servir todo o imóvel. Nas colunas montantes, quando o número de fracções autónomas por piso for superior a 2, devem existir caixas de derivação do tipo C em todos os pisos, não sendo admissível mais de 1 piso sem caixa de derivação.

No caso em que o número de fracções autónomas por piso seja superior a 8, a coluna montante deve ser desdobrada na vertical ou na horizontal, conforme o projectista achar adequado.

As derivações colectivas devem ter capacidade que permita o acesso à coluna montante, de todas as redes individuais que serve.

O diâmetro mínimo (interno) dos tubos das colunas montantes (referidas no ponto 2.3) será de 40mm. O número de tubos, ou calhas e o diâmetro acima referido, deverão ser considerados como grandezas mínimas. O projectista deve ter em consideração a capacidade e o número de cabos para satisfazer os diversos serviços, podendo propor outras dimensões, superiores ao diâmetro mínimo, existindo sempre 1 tubo de reserva em cada uma das colunas.

Da entrada ou coluna montante até às caixas I3 e IE, deverão ir 2 tubos de diâmetro 25mm, um para cada caixa e estas estarem interligadas entre si por 1 tubo de igual diâmetro.

O diâmetro mínimo (interno) dos tubos para os sistemas de videoportaria e televigilância (referidos no ponto 2.3) será de 32 mm.

O acesso a todas as caixas da rede colectiva deve ser directo e estas devem estar em zonas colectivas do edifício. Todas as caixas, excepto as dos RG, quando existam, devem ser instaladas de modo a que o seu topo esteja a uma altura de 2,5m, para pés-direitos superiores a 3m, ou a 0,50m do tecto, para pés-direitos inferiores a 3m.

A localização das caixas de derivação na coluna montante deve ter em conta a melhor distribuição dos cabos, pelo que devem ser colocadas de modo a que exista o mínimo de cruzamentos e curvas, nos tubos da coluna montante e nas entradas das fracções autónomas.

Os tubos de ligação das caixas pertencentes à coluna montante não podem ficar salientes no interior das mesmas, devem terminar sem arestas vivas, com bucin ou moldados e estar colocados por forma a que exista uma distância mínima de 5cm entre o tubo e cada face lateral.

Existindo caixa de entrada antes do ATE, para a passagem de cabos, toda a tubagem até à caixa de entrada e desta até ao ATE obedece ao definido no ponto 4.4.4.

O ATE será calculado de acordo com os RG a instalar no seu interior. De notar que as dimensões do ATE poderão tornar insuficiente mesmo a maior caixa considerada (C7). Nesse caso poder-se-á projectar a existência de mais de uma caixa, devidamente interligadas, que no seu conjunto será o ATE.

Poderão existir situações onde seja conveniente a separação do RG-PC e do RG-CC. Nesse caso utilizar-se-ão caixas separadas, embora interligadas por tubo, tal como definido no ponto 2.3.

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Caixas de derivação Pares de cobre

distribuídos ATE para o RG-PC Na coluna

montante Fora da coluna montante Passagem de Cabos Até 20 C1 C1 C1 C1 21 a 50 C2 C2 C1 C1 51 a 100 C3 C3 C2 C2 101 a 200 C4 C4 C3 C2 201 a 300 C4 C4 C4 C2

Acima de 300 C5 a C7 ou propostas pelo projectista

Exemplo: um armário encastrado, colocado no hall de entrada, construído a partir do pavimento, com o mesmo revestimento das paredes e de dimensões

ajustadas às necessidades. Tabela 10 - Relação entre o tipo de caixa a utilizar e o número de pares de cobre distribuídos

Caixas de Derivação N.º cabos coaxiais na coluna montante N.º de cabos coaxiais destinados à rede individual ATE para o RG-CC Na coluna montante Fora da coluna montante Passagem de Cabos ≤ 3 ≤ 8 C1 C1 C1 C1 4 ou 5 9 a 12 C2 C2 C2 C1 6 ou 7 13 a 16 C3 C2 C2 C2

Nos casos em que se usem amplificadores na base da coluna montante, tem que se optar, no mínimo, pela caixa C5 dada a profundidade exigida. De notar a necessidade da existência de uma porta ventilada, sem madeira no suporte do amplificador.

Tabela 11- Relação entre o tipo de caixa a utilizar e o número de cabos coaxiais

Em instalações onde seja necessário dimensionar o diâmetro da tubagem, conhecendo o número de cabos e o diâmetro de cada um deles, usar-se-á a seguinte fórmula:

2 2 2 2 1

...

6

.

1

n TUBO

d

d

d

D

×

+

+

+

sendo:

- DTUBO – diâmetro interno mínimo, do tubo que se pretende calcular, em milímetros (mm); - d1, d2 , dn – diâmetro de cada um dos cabos que se pretendem utilizar, em milímetros (mm); - n – número de cabos a utilizar.

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O resultado obtido para o diâmetro mínimo do tubo será arredondado para o diâmetro imediatamente superior, de medida normalizada, existente no mercado.

Em instalações com calhas não são necessárias as caixas para passagem de cabos. Para o dimensionamento das calhas, a separação dos cabos realizar-se-á segundo a atribuição seguida em cada caso com os tubos e considerando cada compartimento da calha como um espaço independente, equivalente a um tubo.

Assim sendo a secção útil de cada calha de secção rectangular (Si), determinar-se-á de acordo com a seguinte fórmula:

Si 2 x Sj

sendo:

- Sj=Soma das secções dos cabos que se instalam nesse espaço; - As secções têm todas a mesma unidade.

Para seleccionar a calha ou calhas a instalar, ter-se-á em conta que a menor dimensão de cada espaço seja 1,2 vezes o diâmetro do cabo maior a instalar nesse mesmo espaço.

4.4.3 DIMENSIONAMENTO DA REDE INDIVIDUAL DE TUBAGENS

A rede individual de tubagens deve comportar, no mínimo, em fracções autónomas (residenciais ou não residenciais):

y Uma caixa do tipo I3 ligada à caixa de derivação da coluna montante, destinada a alojar o BPC. Localizar-se-á em local conveniente na entrada da fracção autónoma e a 2,20m do pavimento, ou a 0,30m do tecto para pés-direitos inferiores a 2,5m.

Da caixa I3 sairão os tubos para as caixas I2 (caixas de passagem) se existirem e para as I1 (caixas de aparelhagem) onde se encontram alojadas as tomadas. As caixas I1 devem ser instaladas a uma altura de 30 cm do pavimento.

A tubagem usada na rede individual deve ser montada de maneira que os cabos possam ser passados ou substituídos sem dificuldade, devendo ser respeitados os raios de curvatura mínimos dos cabos (definidos pelo fabricante) e sempre com ângulos superiores ou iguais a 90º. No caso em que exista a necessidade de fazer curvas a menos de 90º, devem ser usadas caixas de passagem do tipo I2.

Os projectistas poderão prever, consoante as características da rede de cliente, a instalação de tubagem para passagem de condutor de terra, até ao BPC.

As caixas a utilizar na rede individual de tubagens estão definidas em 3.9.1 (Caixas do tipo I).

Para o dimensionamento do tipo de caixa a utilizar, quando for necessário empregar dispositivos de ligação e distribuição (DDS e DDE), deve ser seguido o que está definido em 4.4.2. No entanto, a caixa do tipo I3 pode ser utilizada para a colocação de 1 régua de 10 pares de cobre.

As caixas do tipo I2 e I3 podem ser utilizadas como caixas de passagem de cabos até 20 pares de cobre. Nas redes individuais, as tampas das caixas não necessitam de ser providas de fechadura.

Mesmo desconhecendo o equipamento terminal a instalar numa fracção autónoma não residencial, poderá o projectista definir uma rede individual de tubagens a partir da caixa onde estão localizados os dispositivos terminais.

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Na rede individual, os diâmetros internos dos tubos em cada troço serão de acordo com:

• Os tubos entre as caixas de entrada de cliente (I3 e IE) e as caixas de passagem (I2), devem ter um diâmetro ≥ 20mm;

• Os tubos das caixas de entrada de cliente (I3 e IE) directos à caixa de aparelhagem (I1), bem como entre caixas I1, devem ter um diâmetro ≥ 16mm;

• Deve prever-se 1 tubo de diâmetro ≥ 16mm, da caixa IE destinado ao equipamento terminal para videoportaria e televigilância junto da porta de entrada da fracção autónoma.

• Deve prever-se 1 tubo de diâmetro ≥ 16mm ligado ao quadro geral de energia eléctrica, para alimentação da tomada existente na caixa IE.

Para casos de aplicações não residenciais, o dimensionamento dos tubos deverá obedecer ao tipo de cabo e respectiva capacidade. Como exemplo: cabo TVV 10X2X0,5, tubo de 20mm; cabo TVV 20X2X0,5, tubo de 25mm, sendo as repartições efectuadas em caixas do tipo I3.

Quando forem utilizadas calhas, dever-se-ão seguir princípios idênticos.

4.4.4 RECOMENDAÇÃO PARA A LIGAÇÃO ÀS REDES PÚBLICAS DE TELECOMUNICAÇÕES Se a entrada de cabos é subterrânea, recomenda-se a instalação, como mínimo para o acesso às redes públicas de telecomunicações, dos tubos da tabela seguinte:

Tubos de entrada subterrânea Número de tubos Diâmetros mínimos (mm) Finalidade

1 50 Cabos de pares de cobre

Moradia unifamiliar

1 50 Cabos coaxiais e fibras

ópticas

1 75 Cabos de pares de cobre

1 75 Cabos coaxiais e fibras

ópticas

Até 8 fracções autónomas

1 75 Reserva

2 90 Cabos de pares de cobre

1 90 Cabos coaxiais e fibras

ópticas

De 8 a 32 fracções autónomas

1 90 Reserva

3 100 Cabos de pares de cobre

2 100 Cabos coaxiais e fibras

ópticas

Mais de 32 fracções autónomas

1 100 Reserva

Tabela 12 - Número e dimensão dos tubos a utilizar para ligação à rede pública de telecomunicações quando a entrada é subterrânea

(14)

Deverá ter-se em conta o seguinte, na ligação à rede pública, considerando uma entrada aérea ao nível do piso térreo:

• No caso da moradia unifamiliar, o mínimo de 1 tubo de 25mm de diâmetro ligado a cada caixa de entrada, I3 e IE, que poderão ficar na parede da moradia ou no muro limite da propriedade, de acordo com o proprietário. Estas caixas devem ficar interligadas por tubo de igual dimensão;

• Em casos excepcionais de mais de 1 fracção autónoma com entrada aérea ou onde exista transição da rede subterrânea para a aérea, pelo exterior, a qual deve ser feita em tubo metálico, na vertical.

Deverão ser respeitadas as dimensões constantes da tabela seguinte:

Tubos de aço para a transição Número de pares Diâmetro do cabo (mm) tubos na entrada aérea Diâmetro mínimo dos

(mm) polegadas mm Até 20 15 25 1 25,4 Até 50 20 32 1,25 31,75 Até 100 25 40 2 50,8 Até 200 35 50 2,25 57,15

Tabela 13 - Dimensão do tubo a utilizar para a ligação à rede pública de telecomunicações quando a entrada é aérea

Para cabos coaxiais flexíveis (do tipo RG11) e fibras ópticas, a tubagem é equivalente à definida para cabos de pares de cobre até 20 pares.

NOTA: O acesso às ITED deverá ser assegurado em condições de igualdade aos operadores e prestadores de serviços de telecomunicações, ao abrigo dos artigos 30º e 38º do DL 59/2000. Em edifícios construídos ao abrigo de antigos regimes o proprietário do edifício poderá aconselhar-se junto de operadores ou entidades certificadoras, para decidir quanto ao uso do espaço existente nos tubos de entrada de cabos, ou solicitar a substituição de um cabo que esteja sobredimensionado, ou ainda promover a divisão do antigo RGE aí existente, de modo a permitir o acesso dos diversos operadores. Para a ligação das tubagens às redes públicas de telecomunicações, nomeadamente nas câmaras de visita de operador, o proprietário do edifício deverá solicitar a autorização à respectiva concessionária da rede pública.

4.5 METODOLOGIA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO

4.5.1 PROCESSO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

O projecto técnico deve incluir os elementos previstos no artigo 12º do DL 59/2000.

O projecto da instalação da rede de cliente obedece às seguintes fases do processo técnico-administrativo:

1ª Fase - Obtenção das seguintes informações preliminares:

• Localização exacta do edifício;

(15)

• Número e características das fracções autónomas;

• Especificação técnica do interface de redes;

• Contacto com o dono da obra e eventualmente com os operadores, para a obtenção das informações indispensáveis ao desenvolvimento do projecto, nomeadamente quanto à localização e tipo da entrada de cabos;

• Nos casos em que a complexidade do projecto o justifique poderá efectuar-se, nesta fase, a aproximação de uma entidade certificadora.

2ª Fase - Elaboração do projecto conforme o descrito no ponto 4.5.7.

Nesta situação a entidade certificadora poderá emitir recomendações técnicas, de modo a garantir a desejada conformidade do projecto com as prescrições e instruções técnicas aplicáveis.

3ª Fase – Elaboração de um termo de responsabilidade, conforme o previsto no artigo 8º do DL 59/2000.

4.5.2 FICHAS TÉCNICAS

Apresentam-se, no Anexo 6 deste Manual, as fichas técnicas necessárias.

As fichas técnicas das ITED devem ser sempre elaboradas mesmo que a instalação seja provisória. Para moradias unifamiliares, o projecto pode ter por base, as fichas técnicas, tomando como referência o modelo de projecto apresentado no Anexo 7.

4.5.3 LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS TERMINAIS DE CLIENTE

A indicação da localização dos equipamentos terminais de cliente, nas plantas dos edifícios, é sempre desejável, porque permite a elaboração de um projecto de instalação adequado às necessidades dos utilizadores.

Quando o projecto define a ligação de equipamentos terminais não terminados em tomada, devem ser desejavelmente apresentados, juntamente com a documentação que constitui o processo do projecto, os esquemas de ligação dos equipamentos terminais, de preferência os fornecidos pelos respectivos fabricantes.

4.5.4 LOCALIZAÇÃO DAS ANTENAS

O projecto deverá contemplar a localização das antenas previstas para o edifício.

O projecto deverá ter em conta o tipo de suporte das antenas, a estrutura do edifício que servirá de base ao referido suporte e a ligação necessária ao respectivo RG.

4.5.5 LOCALIZAÇÃO DO EDIFÍCIO

Deve ser apresentada a planta de localização do edifício à escala adequada (igual ou maior a 1:5000) para permitir identificar a localização do cabo de entrada das ITED.

(16)

4.5.6 ELABORAÇÃO DA MEMÓRIA DESCRITIVA / QUADRO DE DIMENSIONAMENTO

A memória descritiva deverá conter todas as informações e esclarecimentos necessários à interpretação do projecto, nomeadamente quanto à sua concepção, natureza, importância, função, quantidades utilizadas, níveis de sinal, materiais a empregar e protecção das pessoas e instalações.

A memória descritiva deverá apresentar os cálculos, devidamente sintetizados, de dimensionamento dos cabos (de pares de cobre, coaxiais e fibras ópticas), redes de tubagens, dispositivos de derivação da coluna montante e das derivações colectivas e individuais.

Quando o projecto preveja a utilização da rede colectiva para a passagem de cabos destinados à utilização individual, além das fichas técnicas, a memória descritiva também deverá contemplar a ocupação proposta para esse fim dos dispositivos, dos equipamentos, dos cabos e das tubagens da rede colectiva, devendo ser acompanhados dos esquemas específicos.

Os quadros de dimensionamento fazem parte das fichas técnicas e são apresentados no Anexo 6 deste Manual.

Os quadros de dimensionamento devem ser complementados, na memória descritiva, com todas as informações necessárias e suficientes que permitam a correcta interpretação sobre:

• A configuração da coluna montante e das derivações colectivas;

• Tipo de distribuição no interior de cada fracção autónoma para os diferentes serviços;

• Todos os cálculos necessários, nomeadamente para as quantidades a utilizar e os níveis mínimos de sinal.

4.5.7 ELABORAÇÃO DO PROJECTO

Os documentos constituintes do projecto são os seguintes:

• Fichas Técnicas;

• Memória descritiva;

• Planta topográfica de localização do edifício;

• Plantas de cada um dos pisos que constituem o edifício, com o traçado das redes e localização das tomadas de utilizador, tomando em consideração a local de instalação dos equipamentos terminais de cliente;

• Desenho, nessas mesmas plantas, da localização das caixas de passagem, de derivação, de saída e do respectivo traçado de interligação;

• Inscrição nos esquemas das capacidades dos dispositivos e dos cabos, da dimensão da tubagem e do tipo das caixas. Em locais com riscos especiais, nas plantas e em cada uma das divisões com dispositivos, deverá ser inscrito o tipo de ambiente a que a respectiva divisão está sujeita;

• Esquema da rede de tubagens;

• Esquemas das redes de cabos de pares de cobre, coaxiais e redes de fibras ópticas (caso existam);

(17)

• Quadro de dimensionamento para os cabos de pares de cobre;

• Quadro de dimensionamento para os cabos coaxiais;

• Quadro de dimensionamento para os cabos de fibras ópticas (caso existam);

• Ficha do RG-PC;

• Fichas para as caixas de derivação e fichas de encaminhamento para os cabos de pares de cobre;

• Fichas para as caixas de derivação e fichas de encaminhamento para os cabos coaxiais;

• Cálculo dos níveis de sinal na rede de cabo coaxial e sua distribuição;

• Termo de responsabilidade.

A escala mínima das plantas para a elaboração dos desenhos deverá ser de 1:100 e as mesmas serão eventualmente ampliadas, sempre que se justifique, pela sua complexidade ou inteligibilidade.

No esquema da rede de tubagens é necessário representar a caixa e a entrada de cabos, respectivo dimensionamento e símbolos. Para a rede de cabos de pares de cobre são registadas, na ficha do RG-PC, as correspondências de numeração dos pares que ali terminam, com indicação das fracções autónomas onde se localizam os respectivos dispositivos terminais.

Para a rede de cabos coaxiais ou de fibras ópticas, deverão ser indicadas nos esquemas e no respectivo quadro de dimensionamento, as fracções autónomas onde se localizam os dispositivos terminais, os níveis de sinal e as relações sinal ruído (S/N) à saída dos RG respectivos. Indicar-se-ão também a chegada à tomada da fracção autónoma e os materiais a aplicar. Os esquemas deverão ainda conter as antenas para a recepção de sinais do tipo A e mastros a instalar, como parte integrante destas redes.

Se o projectista julgar conveniente, poderão ser entregues outros documentos complementares.

4.6 CASOS PARTICULARES

4.6.1 PROJECTO DE UM EDIFÍCIO UNIFAMILIAR

Nos projectos de dimensões reduzidas, nomeadamente para edifícios unifamiliares, a memória descritiva e os esquemas de dimensionamento das redes de cabos e tubagens poderão ser inscritos nas próprias fichas técnicas, acompanhados de:

• Termo de responsabilidade;

• Planta topográfica para a localização do edifício.

Os esquemas, que podem ser desenhados nas próprias fichas técnicas, são os das redes de cabos e de tubagens. Quando o espaço não for suficiente, deverão ser anexados os documentos convenientes. Poderão os esquemas ser substituídos pelas plantas dos pisos com os traçados das redes.

Quando o projecto definir a ligação de postos principais com comutação automática (PPCA), devem ser apresentados juntamente com a documentação definida, os esquemas de ligação deste às tomadas.

(18)

4.6.2 PROJECTOS DE ITED AMPLIADAS OU ALTERADAS

A elaboração de projectos de ITED de ampliações ou alterações, devem ser feitos por um projectista ITED e deve ter em conta o projecto técnico da infra-estrutura instalada, quando exista, segundo o artigo 15º do DL 59/2000.

Deve ser incluída a documentação geral de um projecto.

No caso em que exista aproveitamento de estruturas, estas devem ter em conta o ATE e as infra-estruturas existentes, respeitando o código de cores constante na tabela 4.

4.6.3 PROJECTO EM LOCAIS ESPECIAIS

Os Locais Especiais são todos aqueles que devido às suas características próprias, podem afectar o funcionamento normal das ITED, ou seja, que têm um efeito eventualmente perturbador ao nível da qualidade e das condições de segurança de funcionamento, tanto nos materiais como eventualmente nas pessoas.

Os Locais Especiais, no âmbito destas Prescrições e Instruções Técnicas são classificados em:

• Locais de potenciais interferências;

• Locais de ambientes especiais.

Os locais de potenciais interferências são os susceptíveis de exercerem ou provocarem perturbações nas condições de transmissão da instalação, nomeadamente por interferências electromagnéticas e por elevado gradiente de diferenças de potencial ao solo.

Alguns exemplos de locais de potenciais interferências:

• Centrais de Energia Eléctrica;

• Subestações de Energia Eléctrica;

• Estações de rádio e TV;

• Radares;

• Gares e estações de caminho de ferro servidas por tracção eléctrica.

Os locais de potenciais interferências, além de no projecto e instalação terem de obedecer ao que é definido no presente Manual, deverão tomar em consideração a localização dos dispositivos de ligação dos equipamentos terminais. Todos os cabos a instalar têm de ser blindados.

Os projectos e instalações em locais de potenciais interferências deverão ter em consideração o definido nas recomendações da UIT com o título "DIRECTIVES CONCERNANT LA PROTECTION DES LIGNES DE TELECOMUNICATION CONTRE LES ACTIONS NUISIBLES DES LIGNES ELECTRIQUES", capítulos XX, XXI e XXII e

publicadas pela UIT.

Os locais de ambientes especiais são aqueles que, devido as condições ambientais, podem potencialmente deteriorar as instalações e influenciar as condições de segurança das pessoas e dos materiais.

Os locais de ambientes especiais, além de no projecto e instalação terem de obedecer ao que é definido no presente Manual, deverão tomar em consideração a localização dos dispositivos de ligação dos

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equipamentos terminais. Os cabos a instalar deverão ter em consideração a natureza do local. Assim sendo:

• Para locais húmidos ou molhados devem ser usados cabos de geleia;

• Para locais de risco de incêndio ou explosão, o revestimento exterior do cabo deve ser incombustível (PVC), ou usar-se tubagem metálica;

• Para locais poeirentos deverá usar-se calha técnica nas redes de tubagens que servem de alojamento aos cabos, para uma manutenção facilitada;

• Para locais corrosivos devem usar-se cabos de geleia, ou outros que o projectista considere mais adequados;

• Para locais sujeitos a acções mecânicas intensas, tais como as pontes ou elevadores, devem usar-se cabos flexíveis com folga em forma de lacete.

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