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Demonstrações Financeiras. BHG S/A Brazil Hospitality Group

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Academic year: 2021

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Demonstrações Financeiras

BHG S/A – Brazil Hospitality Group

31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009

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ii Índice

Relatório da Administração ... 1

Relatório dos Auditores Independentes ... 9

Demonstrações Financeiras Auditadas Balanços patrimoniais ... 12

Demonstrações dos resultados ... 13

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ... 14

Demonstrações dos fluxos de caixa ... 15

Demonstrações do valor adicionado... .. 16

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2010 BHG S.A. – BRAZIL HOSPITALITY GROUP

A Administração da BHG S.A. – Brazil Hospitality Group (“BHG” ou “Companhia”), em conformidade com as disposições legais e estatutárias, submete à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, acompanhadas do parecer dos Auditores Independentes.

MENSAGEM DO PRESIDENTE SENHORES ACIONISTAS,

A BHG tem como objetivo ser a escolha preferida nos segmentos hoteleiros e de segunda residência. Queremos liderar o setor, gerar resultados com eficiência e proporcionar satisfação e retorno a clientes, colaboradores e investidores.

Trago, com muito orgulho, as principais informações sobre 2010, ano coroado por muitas conquistas para nossa Companhia: além da mudança de marca, adicionamos 1.505m novos quartos para nossa carteira hoteleira. Conseguimos nos posicionar, definitivamente, como a terceira maior rede do setor hoteleiro no país graças à estratégia de crescimento adotada, focada em administração, aquisição e construção de hotéis.

A BHG destaca-se entre as empresas brasileiras que operam no segmento de Real Estate Hoteleira pois é orientada principalmente para o turismo de negócios e única empresa do segmento de hotelaria listada na categoria Novo Mercado da BM&F BOVESPA.

A Companhia surgiu após a operação societária de incorporação envolvendo Invest Tur Brasil e Latin America Hotels (LAHotels), realizada em fevereiro de 2009. Em 12 de janeiro

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A AGE também aprovou a negociação das ações da Companhia através de lotes fracionários e a alteração do lote padrão. Com essa medida, melhoramos a liquidez dos papéis, além de beneficiar os investidores com o aumento de valor da BHG.

Em 2010 conseguimos padronizar processos e métodos, sempre preservando o alinhamento de interesses. A meritocracia, adotada como política de gente e remuneração, foi fundamental para o processo de fortalecimento de nossa empresa. Temos hoje uma equipe motivada e ética, perseverante, criativa, otimista; somos guiados por objetivos claros, com padrões e critérios de nível internacional.

A Receita Operacional Líquida (ROL) atingiu R$ 123,7 milhões em 2010, com um crescimento de 60,8% em relação a 2009, acrescentando uma receita líquida adicional de R$ 46,7 milhões no período. No 4T10, a ROL atingiu R$ 37,2 milhões, com um crescimento de 74,6% sobre o 4T09 e de 5,3% em relação ao 3T10.

O EBITDA hoteleiro totalizou R$ 34,8 milhões em 2010, atingindo a margem EBITDA das operações hoteleiras de 28,2%. No 4T10, o EBITDA foi R$ 11,3 milhões, com margem EBITDA de 30,4%.

O EBITDA da Companhia totalizou R$ 10,7 milhões positivos em 2010, atingindo a margem EBITDA de 8,6%, sendo R$ 21,5 milhões superior à 2009 que fechou negativo em R$ 10,9 milhões.

Além de consolidação da marca, em 2010 conseguimos maior reconhecimento do mercado. A BHG tornou-se reconhecida por um perfil comercialmente agressivo, por ser uma empresa que busca eficiência em custos e excelência em serviços. Por essa razão valorizamos a simplicidade e a agilidade. Queremos crescimento rápido, mas sustentável, com produtos bem localizados e atualizados, valorizando sempre o nosso “cliente”.

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(dois hotéis no Rio de Janeiro e 1 hotel em Porto Alegre); assinatura de promessa irrevogável e irretratável para compra do Hotel Rio Palace (Sofitel Copacabana), empreendimento com 388 quartos, entre a orla de Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro; aquisição de dois hotéis em Belém do Pará, o Tulip Inn Batista Campos e o Tulip Inn Nazaré, adicionando 190 quartos para a Companhia; assinatura de promessa irrevogável e irretratável de aquisição das ações representativas do capital social da Brascan Imobiliária Hotelaria e Turismo S.A., denominado “Hotel Intercontinental”, em São Conrado – Rio de Janeiro, com 418 apartamentos (a negociação foi finalizada em Março de 2011).

Ainda em 2010, a Companhia passou para uma nova etapa de seu projeto de crescimento e agregou à sua estratégia o negócio de construção de hotéis econômicos, chamados de ‘limited services’. Esse projeto faz parte de um plano ambicioso de desenvolvimento e construção nos próximos 5 anos de mais de 4.000 quartos em 40 cidades que apresentam forte demanda e potencial de crescimento do turismo de negócios. Com isso, reiteramos nossa estratégia para conquistar a liderança e consolidar o setor, ainda bastante fragmentado em nosso país. Os dois primeiros projetos foram anunciados no último trimestre do ano e serão desenvolvidos em Itaguaí e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Atualmente, a BHG possui 35 hotéis em seu portfólio distribuídos nas principais regiões do país, o que representa cerca de 6.000 quartos administrados, dos quais são 3.000 próprios. Isso nos credencia como a terceira maior empresa do ramo hoteleiro brasileiro. Além disso, temos um banco com 16 terrenos herdados da Invest Tur, que serão monetizados. Em 2010, assinamos a permuta financeira do terreno localizado na região da Avenida Faria Lima, em São Paulo. A negociação resultou em um contrato de adiantamento dos recebíveis relacionados ao terreno, concluída em Janeiro de 2011 e que rendeu à Companhia R$ 52,4 milhões, que está sendo pago em 5 parcelas mensais, iguais e consecutivas. O processo de desinvestimento no landbank tem como objetivo fortalecer nosso ativo principal, hotéis urbanos focados em turismo de negócios.

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S.A. O empreendimento será composto por 132 unidades hoteleiras implantadas em um terreno de 530.000 m², ocupando apenas 6,6% da área e preservando todo o restante.

Prosseguindo com o plano de investir em hotéis urbanos com foco no turismo de negócios, a BHG anunciou, no início de 2011, a assinatura de memorando de entendimento para venda de ações do Txai Itacaré e da marca Txai. A Companhia continuará administrando o hotel pelos próximos 10 anos, e mantém o direito de utilizar a marca para o desenvolvimento de futuros lançamentos do landbank, se necessário. Com isso, a BHG desmobiliza o investimento no hotel e passa a fazer puramente a gestão do ativo, recebendo para tanto as taxas de administração e de incentivo usuais nos negócios de administração hoteleira.

Recentemente, em reunião realizada em 04 de fevereiro de 2011, o Conselho de Administração aprovou o aumento do capital social da Companhia em aproximadamente R$ 85 milhões, através da emissão de 4.594.594 ações ordinárias, elevando o capital social da BHG para R$ 725.774.759,16. O valor captado será destinado para aquisições de hotéis, já que temos uma meta ambiciosa de conquistar ao menos 1500 novos quartos em 2011.

Por fim, gostaria de reafirmar que seguiremos com o mesmo ritmo de crescimento em 2011, e encontrando novas oportunidades vamos crescer de forma sustentável e robusta. O Brasil está vivendo um ótimo momento e o setor hoteleiro vai se beneficiar significativamente do crescimento de PIB e da distribuição de renda.

Sempre tivemos um foco muito grande na área de custos, porque entendemos que a empresa tem de ser robusta. Só assim podemos ter um bom desempenho tanto com uma economia forte quanto com um cenário de redução no crédito. Temos a competência e capacidade para administrar uma vasta rede de hotéis. Com isso, reafirmamos nossa posição de “unique play” do mercado.

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5 O MODELO DE NEGÓCIO DA BHG

O foco da BHG pe atuar no mercado de turismo de negócios (hotéis 3 e 4 estrelas, ou seletivamente 5 estrelas) em regiões de grande atividade econômica. O crescimento da Companhia será feito através de aquisições, novas administrações e desenvolvimento de hotéis econômicos, em cidades com bom potencial de crescimento econômico e onde não haja oferta. A BHG busca um mix ideal de hotéis próprios (escala de resultado) e administrados (retorno sobre capital empregado), não privilegiando um em detrimento do outro. É muito importante para a Companhia ter os dois em seu portfólio, pois isso significa ganhos de escala e sinergia.

Já no segmento de desenvolvimento imobiliário, a BHG pretende monetizar seus terrenos através da venda, permuta ou de valorização com licenciamentos e/ou parcerias para financiar o crescimento da empresa. A Companhia pretende desenvolver os projetos de segundas residências em destinos já consolidados e alavancar a marca “TXAI” nos desenvolvimentos dos terrenos que já se encontram em nosso Landbank.

O SETOR DE TURISMO E A INDÚSTRIA HOTELEIRA NO BRASIL

Com o avanço da classe média brasileira, o turismo passou a ser um dos setores mais beneficiados da economia. Não se pode esquecer fatores como a valorização da moeda, o acesso ao crédito, a concorrência entre as companhias aéreas e o cenário econômico do Brasil como sendo de fundamental importância para o crescimento do setor. Algumas pesquisas apontam a viagem a turismo como sendo o terceiro sonho de consumo do brasileiro. Aliado a isso, o crescimento do PIB do Brasil impulsiona o turismo de negócios, tanto em viagens nacionais como em desembarques de estrangeiros no país.

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A indústria hoteleira brasileira é muito fragmentada. Segundo estudo da consultoria Jones Lang LaSalle, cerca de 60% dos 7.000 hotéis e pousadas espalhadas pelo país não estão nas mãos de grandes redes. Esse é um cenário que cria oportunidades para uma consolidação do setor, principalmente pelo fato de que muitos hotéis familiares têm problemas, isto é, o fundador consegue viver bem com a renda dos hotéis, mas depois vêm filhos e netos que também precisam viver bem com a renda desses hotéis. Isso gera retirada de caixa do hotel e não reinvestimento em manutenção e modernização como deveria ser feito.

PARCERIAS ESTRATÉGICAS

A BHG vem selecionando parceiros experientes e conceituados para a condução dos negócios.

A Companhia possui um acordo de exclusividade com a Golden Tulip permitindo acesso a uma rede de distribuição internacional e garantindo um padrão operacional em seus hotéis. Este acordo traz diversos benefícios para a BHG, tais como: exclusividade para explorar marcas Golden Tulip na América do Sul, benefícios nas taxas de Royalty e Marketing Internacional, acesso a uma rede de distribuição internacional e call centers espalhados pelo mundo, uso dos Value Drivers (ferramentas comerciais Golden Tulip), acesso a rede de milhagem da Golden Tulip (programa Flavours), dentre outros.

RESULTADO DO EXERCÍCIO

A BHG apresenta suas demonstrações financeiras do ano de 2010, em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida Provisória nº 449/08, nas normas estabelecidas pela CVM, e nos pronunciamentos, orientações e interpretações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

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No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a BHG apresentou prejuízo líquido de R$6.172mil.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

A BHG realizou sua Oferta Pública Inicial de Ações em 16 de julho de 2007, quando aderiu ao Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BMF&BOVESPA”), se compromentendo com os mais altos padrões de governança corporativa.

Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía um Conselho de Administração formado por 7 membros, dos quais 2 eram independentes, sendo eles: Antonio Carlos A. Ribeiro Bonchristiano (presidente do conselho), Fersen Lamas Lambranho (membro do conselho), Horácio Lafer Piva (membro independente), Ricardo Abecassis Espírito Santo (membro independente), Francisco Ribeiro de Magalhães Filho (membro do conselho), Octavio Cortes Pereira Lopes (membro do conselho) e Carlo Padovano (membro do conselho). Além deles, há um membro suplente independente, Miguel Garcia Rugeroni Ahlers.

Mais informações sobre a formação e experiência profissional dos membros do conselho estão disponíveis no website de relações com investidores da BHG (www.bhg.net/ri).

RECURSOS HUMANOS

No final de 2010, a Companhia possuía 2.802 colaboradores considerando o Corporativo e todos os hotéis da Rede. O corporativo da BHG possui uma equipe reduzida e altamente

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A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante do seu Estatuto Social.

SERVIÇOS DE AUDITORIA INDEPENDENTE

A BHG utiliza os serviços de Auditoria Independente da Ernst & Young Auditores Independentes S/S. No decorrer do exercício, não foram contratados, da empresa, quaisquer serviços não-relacionados à auditoria contábil, reforçando a impossibilidade de ocorrência de algum tipo de conflito de interesses.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Revimos, discutimos e concordamos com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes referentes às demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, datado de 14 de março de 2011.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Revimos, discutimos e concordamos com as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010.

AGRADECIMENTOS

Finalizando, agradecemos a confiança e o apoio dos acionistas, bem como a dedicação e o empenho de todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para a gestão neste exercício.

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Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da BHG S/A (anteriormente denominada INVEST TUR Brasil Desenvolvimento Imobiliário Turístico S.A.) (“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

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Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da BHG S/A em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Ênfases

Demonstrações financeiras individuais

Conforme descrito na nota explicativa 3, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da BHG S/A, essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo.

Transações com partes relacionadas

Conforme divulgado na Nota 14, em janeiro de 2009, a Companhia renegociou o contrato de prestação de serviços celebrado, em 25 de junho de 2007, com empresa pertencente a acionistas, no valor total de R$15.5 milhões, com alteração na forma de pagamento do contrato original. As obrigações referentes a este contrato foram totalmente liquidadas durante o exercício de 2010, de acordo com as condições descritas na referida nota explicativa às demonstrações financeiras. O montante reconhecido no resultado do exercício de 2010 foi de R$ 7.75 milhões (7.75 milhões em 2009). O contrato, dada a sua natureza, era único e exclusivo

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Auditoria dos valores correspondentes aos exercícios anteriores

Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008 foram examinadas pela Terco Grant Thornton Auditores Independentes (Terco), entidade separada legalmente da Ernst & Young Auditores Independentes S.S., que emitiu relatório em 20 de março de 2009 com uma opinião sem modificação. Em 1 de outubro de 2010, a Terco foi incorporada pela Ernst &

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11 Mauro Moreira

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ATIVO 644.001 643.785 716.373 801.340 757.463 744.386 Ativo Circulante 150.864 231.264 500.697 203.469 267.990 505.028

Caixa e equivalentes de caixa 100.876 227.860 500.579 121.708 246.304 503.789 Caixa/Bancos 242 297 364 6.423 2.916 2.669 Aplicações Financeiras 100.634 227.563 500.215 115.285 243.388 501.120

Clientes e outras contas a receber 49.988 3.404 118 79.888 20.644 838

Clientes - 873 - 24.981 15.349 163

Créditos diversos 49.988 2.531 118 54.907 5.295 675

Depósitos vinculados 2.234 2.128 - 2.303 2.128 -Recebíveis por alienação de investimento 45.370 - - 45.370 - -Adiantamentos 1.863 353 - 6.269 3.028 570

Despesas antecipadas 521 50 - 965 92 84

Outros - - 118 - 47 21

Estoques - - - 1.873 1.042 401

Ativo Não Circulante 493.137 412.521 215.676 597.871 489.473 239.358 Clientes - - - 460 -

-créditos diversos 172.465 156.844 108.187 21.572 59.961 10.734 Recebíveis por alienação de investimento 352 45.370 - 352 45.370 -Depósitos judiciais - - - 1.487 1.273 -Impostos a recuperar 10.503 10.188 10.518 14.814 12.849 10.734 Empréstimo - - - 4.919 469

-Adiantamento para futuro aumento de capital 161.610 101.286 97.669 - - -Créditos com pessoas ligadas 9.773 7.229 8.076 1.163 1.219 3.171 Estoque de imóveis a comercializar 40.765 38.041 42.412 157.679 157.093 200.540 Investimentos 242.637 201.285 50.026 4.320 - -Investimentos registrados a custo - - - 4.320 - -Participações em controladas 221.521 193.744 42.485 - - -Participações em controladas - ágio 21.116 7.541 7.541 - - -Imobilizado 20.894 1.858 2.443 359.553 226.343 10.627 Intangível 6.603 7.264 4.532 53.124 44.857 14.286 ágio 3.045 3.045 3.045 44.910 40.416 12.786 softwares 3.558 4.219 1.487 8.214 4.441 1.500 Controladora Consolidado Em 1º de janeiro de Em 1º de janeiro de 2010 2009 2009 2010 2009 2009 Reapresentado Reapresentado PASSIVO 644.001 643.785 716.373 801.340 757.463 744.386 Passivo Circulante 15.784 11.142 25.448 67.256 52.519 46.744 Fornecedores 5.654 1.387 101 16.534 9.973 376 Empréstimos - - - 19.903 4.415 1.664 Adiantamentos - - - - 501

-Impostos, taxas e contribuições 76 316 285 7.158 5.114 782

Débitos com sociedades ligadas - 1.937 2.539 - 2.000 2.539 Contas a pagar por aquisição de investimentos 5.310 - 7.740 13.290 17.383 25.206 Obrigações sociais, trabalhistas e previdenciárias 489 4.433 2.595 5.631 9.422 3.142 Outros 4.255 3.069 5 4.740 3.711 852

Debêntures - - 12.183 - - 12.183 Passivo não circulante - - 51 95.885 64.581 3.817 Empréstimos - - - 94.803 59.494 1.675 Contas a pagar por aquisição de investimentos - - - - - 2.000 Adiantamento para futuro aumento de capital - - - 896 4.607 -Passivos Contingentes - - - 186 480 -Outros - - 51 - - 142 Patrimônio Líquido 628.217 632.643 690.874 638.199 640.363 693.825 Capital social 640.775 640.775 945.101 640.775 640.775 945.101 Reserva de capital 90.649 90.312 - 90.649 90.312 -Ações em tesouraria (9.756) (9.906) - (9.756) (9.906) -Opções outorgadas 2.515 1.256 - 2.515 1.256 -Prejuizos Acumulados (95.966) (89.794) (254.227) (95.966) (89.794) (254.227) Participação de não controladores - - - 9.982 7.720 2.951

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2010 2009 2010 2009

Reapresentado Reapresentado

Receita bruta de venda e serviços - - 137.364 84.874

Deduções da receita bruta - - (12.861) (7.981)

Receita líquida de venda e serviços - - 124.503 76.893

Custo de bens e/ou serviços vendidos - - (55.154) (40.940)

Resultado bruto - - 69.349 35.953

Receitas (despesas) operacionais (6.172) 5.521 (73.704) (29.652) Gerais e administrativas (26.795) (43.368) (78.847) (83.936) Despesas administrativas (25.688) (41.711) (58.927) (64.355) Despesas comerciais - - (7.317) (4.824) Impostos e taxas (72) (188) (474) (955) Depreciações e amortizações (1.035) (1.469) (12.129) (13.802) Financeiras 17.192 38.564 5.143 30.306 Receitas financeiras 17.636 38.733 17.654 39.756 Despesas financeiras (444) (169) (12.511) (9.450) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas - 8.785 - 8.785

Provisão complementar de debêntures - 129 - 129 Provisão para perda por redução ao valor de recuperação - 8.656 - 8.656 Resultado da equivalência patrimonial 3.431 1.276 - 14.875 Resultado da equivalência patrimonial 3.431 (13.599) - -Resultado em investimento descontinuado - 14.875 - 14.875 Resultado na alienação de ativos - 264 - 318

Resultado antes de tributação/participações (6.172) 5.521 (4.355) 6.301

Imposto de renda e contribuição social - (2.885) (3.408) (4.633)

Não controladores - - 1.591 968

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Redução de capital (300.000) - - - - - (300.000) Debêntures convertidas em ações 51 - - - - - 51 Recompra de ações da companhia - - (29.599) - - - (29.599) Cancelamento de ações - (19.693) 19.693 - - - -Opções outorgadas - - - 1.256 - - 1.256 Redução de capital com compensação de prejuízo (160.244) - - - 160.244 - -Ajuste de convergência - - - - 3.557 - 3.557 Lucro líquido do exercício - - - - 2.636 - 2.636 Participação de não controladores - - - - - 7.720 7.720

Em 31 de dezembro de 2009 (reapresentado) 640.775 90.312 (9.906) 1.256 (89.794) 7.720 640.363

Opções exercidas - 336 715 - - - 1.051 Recompra de ações da companhia - - (564) - - - (564) Plano de Opções - - - 1.259 - - 1.259 Prejuizo do exercício - - - - (6.172) - (6.172) Participação de não controladores - - - - - 2.262 2.262

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2010 2009 2010 2009

Reapresentado Reapresentado

Fluxos de caixa das atividades operacionais (2.467) 2.270 (10.539) 92 caixa gerado nas operações (7.165) 7.175 9.610 6.689 Lucro liquido (prejuízo) antes do IR e CS (6.172) 5.521 (4.355) 6.301 Depreciação e amortização 1.035 1.469 12.129 13.802 Baixa de imobilizado 144 205 577 205 Opções outorgadas 1.259 1.256 1.259 1.256 Resultado da equivalência patrimonial (3.431) (1.276) - -Resultado em investimento descontinuado - - - (14.875) variações nos ativos e passivos 4.698 (2.255) (16.741) (1.827) Clientes 873 (873) (10.092) (6.570) Depósitos vinculados (106) (2.128) (175) (2.128) Estoques - - (831) (255) Impostos a recuperar (315) 508 (1.965) (2.115) Depósitos judiciais - - (214) (1.273) Demais ativos (2.333) (269) (4.419) (808) Fornecedores 4.267 1.286 6.561 7.128 Impostos, taxas e contribuições (240) (521) 2.044 (488) Contas a pagar por aquisição de investimentos 5.310 - (4.093) -Obrigações sociais, trabalhistas e previdenciárias (3.944) (350) (3.791) 5.977 Demais passivos 1.186 92 234 (1.295) IR e CS pagos - (2.650) (3.408) (4.770) Fluxo de caixa das atividades de investimento (119.472) (68.682) (166.199) (43.624) Empréstimos - - (7.060) (2.248) Juros recebidos - - 2.610 1.779 Aquisição de bens do ativo imobilizado (20.215) (620) (145.916) (48.036) Aquisições de intangível (exceto ágio) 661 (2.521) (3.773) (2.097) Aquisição de investimentos/ágios (37.921) (54.177) (8.814) (4.037) Adiantamento para futuro aumento de capital (60.324) (7.995) (3.711) 4.609 Estoque de imóveis a comercializar (2.724) 4.371 (586) 14.877 Bônus recebidos outorga de opções 1.051 - 1.051 -Pagamento de aquisição de terrenos - (7.740) - (8.471) Fluxo de caixa das atividades de financiamento (5.045) (206.307) 48.289 (213.240) Créditos com pessoas ligadas (2.544) 20.990 56 1.952

Empréstimos - - 59.570 12.301

Juros pagos - - (8.773) (7.176) Débitos com pessoas ligadas (1.937) (782) (2.000) (5.491) Liquidação de debêntures - (12.285) - (12.085) Caixa e equivalentes de caixa de incorporada - 115.487 - 126.807 Redução de capital - (300.000) - (300.000) Repactuação de debêntures - 51 - 51 Recompra de ações - (29.599) - (29.599) Ações em tesouraria (564) - (564) -Outras transações de capital - (169) - -Interesses minoritários - - 3.853 (713) Aumento (redução) de caixa e equivalentes (126.984) (272.719) (124.596) (257.485) Saldo inicial de caixa e equivalentes 227.860 500.579 246.304 503.789 Saldo final de caixa e equivalentes 100.876 227.860 121.708 246.304

(18)

2010 2009 2010 2009

Reapresentado Reapresentado

Receitas - - 124.503 76.893 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços - - 137.364 84.874 Deduções da receita bruta - - (12.861) (7.981) Insumos adquiridos de terceiros (21.889) (31.778) (93.512) (79.646) Custos das Mercadorias, Produtos e Serviços vendidos - - (55.154) (40.940) Materiais-Energia-Serviços de terceiros-Outros (14.470) (41.538) (50.504) (60.865) Perda/Recuperação de valores ativos - 8.656 - 8.656 Outros (7.419) 1.104 12.146 13.503

Valor Adicionado Bruto (21.889) (31.778) 30.991 (2.753)

Retenções (1.035) (1.469) (12.129) (13.802) Depreciação, Amortização e Exaustão (1.035) (1.469) (12.129) (13.802)

Valor Adicionado Líquido Produzido (22.924) (33.247) 18.862 (16.555)

Valor Adicionado Recebido em Transferência 23.767 40.009 21.126 54.631

Reversão de provisões operacionais 2.700 - 3.472 -Resultado de Equivalência Patrimonial 3.431 1.276 - -Resultado em investimento descontinuado - - - 14.875 Receitas Financeiras 17.636 38.733 17.654 39.756

Valor adicionado Total a Distribuir 843 6.762 39.988 38.076

Distribuição do Valor Adicionado 843 6.762 39.988 38.076

Pessoal 6.562 - 29.359 18.622 Remuneração Direta 6.398 - 27.766 17.469 FGTS 164 - 1.593 1.153 Impostos, Taxas e Contribuições 96 3.078 5.614 7.236 Federais 72 3.053 3.427 5.532 Estaduais - - - -Municipais 24 25 2.187 1.704 Remuneração de Capitais de Terceiros 357 1.048 12.778 10.550 Juros 17 11 11.216 7.738 Aluguéis 340 1.037 1.562 2.812 Remuneração de Capitais Próprios (6.172) 2.636 (7.763) 1.668 Lucros retidos / Prejuízo do exercício (6.172) 2.636 (6.172) 2.636 Participação de minoritários - - (1.591) (968)

(19)

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando expressamente mencionado em contrário)

17

1.

Contexto operacional

A BHG S.A. – Brazil Hospitality Group (ou “Companhia” ou “BHG”), anteriormente denominada INVEST TUR BRASIL - Desenvolvimento Imobiliário Turístico S.A., cuja alteração de nome se deu através da Assembléia Geral Extraordinária de 12 de janeiro de 2010, foi constituída em 14 de março de 2007 por meio de Assembléia Geral de Constituição e iniciou suas atividades em agosto de 2007, com a conclusão do processo de oferta pública de distribuição primária de ações.

A Companhia tem como objetivo o planejamento, incorporação, desenvolvimento e exploração de empreendimentos imobiliários no ramo de turismo de lazer e de negócios; o investimento na aquisição de propriedades, terrenos, edificações e imóveis em áreas rurais e/ou urbanas dedicados ao turismo e atividades relacionadas para fins de venda, exploração ou locação; e a participação, como sócia, em outras sociedades, simples ou empresárias, e em empreendimentos comerciais de qualquer natureza, no Brasil e/ou no exterior, relacionados direta ou indiretamente aos

objetivos descritos.

2. Reorganização societária

Em 18 de fevereiro de 2009, conforme Assembléia Geral Extraordinária (“AGE de Incorporação”) foi aprovada a incorporação da LAHotels S.A. (“LAHotels”) pela Companhia nos termos do Protocolo e Justificação de Incorporação. A Incorporação está inserida em um projeto de associação estratégica entre a Companhia e a LAHotels para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários turísticos e a gestão de hotéis próprios e de terceiros. Como resultado da incorporação, a

LAHotelsfoi extinta de pleno direito e a Companhia tornou-se sua sucessora, sendo as principais condições precedentes à negociação, já plenamente atendidas, como segue:

(i) Aumento do capital social da LAHotels com a emissão de 114.544.160 novas ações ordinárias e/ou preferenciais, de forma que, após o referido aumento de capital, a LAHotels apresentava disponibilidades no montante mínimo de R$ 119.000, confirmado conforme AGE da LAHotels e balanço de incorporação, respectivamente;

(20)

contrário)

18

(ii) Aprovação da redução do capital social da Companhia, por ser julgado excessivo, sem alteração no número de ações de emissão da Companhia, no valor de R$ 300.000, mediante distribuição de recursos a seus acionistas, na proporção das respectivas participações no capital social da Companhia, redução esta que estava condicionada à efetiva aprovação da Incorporação pelos acionistas de LAHotels e da Companhia, a qual foi confirmada na AGE de Incorporação e na AGE da LAHotels realizada na mesma data. O pagamento da redução de capital ocorreu no dia 29 de abril de 2009;

(iii) Aprovação, pela Assembléia Geral de acionistas da Companhia, nos prazos e condições a serem submetidos à deliberação da Assembléia Geral: (a) da alteração do Instrumento Particular de Escritura da 1ª Emissão das Debêntures, para possibilitar a transferência das Debêntures para sociedades controladas pelos Debenturistas; e (b) da alteração da fórmula e das condições de conversão das Debêntures, observado o previsto no item (iv) abaixo, a qual foi aprovada na AGE de Integração;

(iv) Aprovação da redução de capital da Companhia mencionada no item (ii) pela maioria dos Debenturistas, reunidos em Assembléia de Debenturistas, nos termos do art. 174, §3º da Lei nº 6.404/76, realizada na mesma data da AGE de Incorporação.”

(v) Alteração do Instrumento Particular de Escritura da 1ª Emissão das Debêntures, dentre outras mudanças, para prever a possibilidade de a Companhia quitar as Debêntures, quando do exercício das respectivas opções de conversão pelos Debenturistas, (1) mediante a emissão de ações de emissão da Companhia ou (2) mediante o pagamento de valor correspondente a R$407,93 (quatrocentos e sete reais e noventa e três centavos) (que é preço por ação de emissão da Companhia estabelecido para os fins da relação de troca) multiplicado pelo número de ações objeto da respectiva opção de conversão. Imediatamente após a distribuição dos recursos decorrentes da redução de capital da Companhia de que trata o item (ii) acima: (1) 51% das Debêntures seriam convertidas pelos Debenturistas em ações ordinárias da Companhia, representativas de 3,0% do capital social da Companhia após a Incorporação, as quais têm as mesmas características e condições e gozam dos mesmos direitos e vantagens das demais ações de emissão da Companhia, salvo que tais ações não conferirem aos seus titulares o direito de participar da distribuição de recursos decorrente da redução de capital da

Companhia de que trata o item (ii) acima; e (2) 49% das Debêntures deveriam ser quitadas pela Companhia mediante a cessão em pagamento aos Debenturistas: (a) da participação da Companhia de quotas representativas de 100% do capital social da Salvador Downtown Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda. (“Itaigara”), por seu valor contábil (Vide Nota 9) e (b) de quotas, representativas de 38% do capital social da Conde Residence Empreendimento Imobiliário SPE

Ltda.(“Conduru”), por seu valor contábil (Vide Nota 9), sendo que essas

(21)

contrário)

19

valor de R$4.000 ao capital social da Itaigara e R$1.000 ao capital social da Conduru.

Critérios de avaliação do patrimônio da LAHotels e da Companhia e tratamento das variações patrimoniais:

O patrimônio líquido da LAHotels foi avaliado, com base no valor contábil, em 30 de setembro de 2008 (“Data-Base”) pelo montante de R$ 155.867, conforme Laudo Contábil da empresa especializada Apsis Consultoria Empresarial Ltda. Abaixo apresentamos o acervo avaliado:

Sumário do balanço

Ativo circulante 12.078

Ativo não circulante 146.027

Total do ativo 158.105

Passivo circulante 249

Passivo não circulante 1.989

Total do passivo 2.238

Acervo líquido avaliado 155.867

A relação de troca de ações da incorporação foi determinada pelas Administrações das Companhias, prevista no item 4 do Protocolo e Justificação da Incorporação, suportada por uma análise econômico-financeira acerca do valor econômico da Companhia e da LAHotels, preparada pelo Banco Merrill Lynch de Investimentos S.A. (“Merrill Lynch”). O Merrill Lynch avaliou, na Data-Base, a Companhia e a LAHotels com base em critérios e datas idênticas, conforme se depreende no Relatório de Avaliação.

Uma vez que o Relatório de Avaliação fornecia faixas de relação de substituição das ações, as administrações de ambas as companhias, considerando as faixas de relação de substituição assim fornecidas, entenderam que a relação de substituição proposta constituía um parâmetro justo e eqüitativo de determinação da relação entre os valores econômicos das companhias. As variações patrimoniais apuradas a partir da Data-Base e até a data da Incorporação (18 de fevereiro de 2009) foram

apropriadas pela Companhia, sendo apresentado o seguinte acervo incorporado naquela data:

(22)

contrário)

20

Sumário do balanço

Ativo circulante 115.155

Ativo não circulante 154.935

Total do ativo 270.090

Passivo circulante 4.575

Passivo não circulante 1.647

Total do passivo 6.222

Acervo líquido incorporado 263.868

O acervo foi incorporado no patrimônio da Companhia da seguinte forma:

Capital social (correspondente ao acervo líquido avaliado em 30.09.09) 155.867

Reserva de capital 110.005

Prejuízos acumulados (2.004)

Total do ativo 263.868

Relação de substituição, número e espécie das ações atribuídas aos acionistas da LAHotels e direitos conferidos pelas novas ações:

Foram atribuídas aos acionistas da LAHotels, proporcionalmente às respectivas participações no capital da LAHotels, 3,293762 ações ordinárias da Companhia para cada mil ações ordinárias ou preferenciais da LAHotels, com a emissão, pela

Companhia, de um total de 915.852 novas ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal.

A relação de substituição já reflete os efeitos da redução de capital da Companhia e o aumento de capital da LAHotels.

Os acionistas titulares de ações preferenciais da LAHotels não receberam ações preferenciais da Companhia porque as Administrações da Companhia e da LAHotels pretenderam que a Companhia permanecesse como uma companhia aberta com ações negociadas no Novo Mercado da Bovespa, cujo Regulamento exige que as companhias listadas tenham seu capital social dividido exclusivamente em ações ordinárias.

Aumento e composição do capital social da Companhia após a Incorporação:

O valor contábil do patrimônio líquido da LAHotels objeto de aumento de capital social da Companhia é de R$ 155.867, de acordo com o Laudo Patrimonial Contábil. Na data da incorporação (18 de fevereiro de 2009), a variação patrimonial entre 01 de outubro de 2008 a 18 de fevereiro de 2009 foi apurada e incorporada ao patrimônio

(23)

contrário)

21

líquido da Companhia, sendo R$110.055 como reserva de capital e R$(2.004) como adição aos prejuízos acumulados.

A Incorporação do patrimônio líquido da LAHotels resultou em um aumento do capital social da Companhia no mesmo valor referido no parágrafo anterior. Dessa forma, o capital social da Companhia passou de R$ 945.101, para R$ 1.100.968, mediante a emissão, pela Companhia, de 915.852 ações ordinárias, escriturais, sem valor nominal, que foram integralmente atribuídas aos acionistas da LAHotels. Adicionalmente, o capital social sofreu o aumento no montante de R$ 51 em

decorrência do exercício das debêntures conversíveis em ação, conforme comentado no item (b-iv). As ações emitidas foram integralizadas com a absorção do patrimônio líquido da LAHotels, na forma do art. 227, §1º da Lei nº 6.404/76.

Os valores referentes ao aumento de capital social da LAHotels foram vertidos à conta de reserva de capital da Companhia e tiveram sua destinação na forma do art. 200 da Lei nº 6.404/76, incluindo o saldo remanescente de variação patrimonial que foi incorporado à conta de prejuízos acumulados.

3. Políticas Contábeis

As Demonstrações Financeiras da controladora para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1 de janeiro de 2009 foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e as demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB.

As demonstrações financeiras da controladora e consolidada foram elaboradas de acordo com diversas bases de avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da

administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua

recuperabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método de ajuste a valor presente, análise do risco de crédito para determinação

(24)

contrário)

22

da provisão para devedores duvidosos, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências.

(25)

contrário)

23

A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissa periodicamente, não superior a um ano. Vide nota 3.17, com os detalhes das estimativas.

A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas e interpretações emitidas pelo Comitê de pronunciamentos contábeis (CPC), pelo IASB e órgãos reguladores que estavam em vigor em 31/12/2010. As demonstrações financeiras foram

preparadas utilizando o custo histórico como base de valor, exceto pela valorização de certos ativos e passivos como instrumentos financeiros, os quais são mensurados pelo valor justo.

3.1. Bases de Consolidação

As Demonstrações Financeiras consolidadas incluem as operações da Companhia e das seguintes empresas controladas, cuja participação percentual na data do balanço é assim resumida:

% de participação

Razão Social 2010 2009

BHG Participações Ltda 99,90% 99,90%

Tx Empreendimento Imobiliário SPE S.A. 100% 100%

Onda Azul Empreendimento Hoteleiro Ltda 99,90% 99,90%

Tx Santa Catarina SPE Empreendimento Turístico Ltda. 100% 100%

BHG Centro-oeste Empreendimentos Ltda. 100% 100%

Nossa Senhora da Vitória Empreendimento Hoteleiro Ltda. 100% 100%

Kino Empreendimento Hoteleiro Ltda. 100% 100%

Salvador Downtown Empreendimentos Hoteleiros Ltda. 100% 100%

Ilha de Canavieiras Empreendimentos S.A. 70% 70%

Ilha de Canavieiras Resort S.A. 70% 70%

Nossa Senhora da Vitória Empreendimentos Turísticos e Imobiliários S.A. 100% 100% Camocim Empreendimentos Turísticos e Imobiliários S.A. 66,67% 66,67%

Marsala Incorporações SPE S.A. 50% 66,50%

Praia da Ponta Empreendimento Imobiliário SPE Ltda. 100% 100%

Tx Paraty SPE Empreendimentos Imobiliários Ltda 100% 100%

Carro Quebrado SPE Empreendimentos Turísticos e Imobiliários Ltda. 100% 100% Deep Beach SPE Empreendimentos Turísticos e Imobiliários Ltda. 100% 100%

Tx Salvador SPE Empreendimentos Turísticos Ltda. 100% 100%

(26)

contrário)

24

Tucurui Empreendimentos Imobiliários S.A. 49% 49%

Tx Salvador SPE Empreendimentos Imobiliários Ltda. 100% 100%

% de participação

Razão Social 2010 2009

Port Beach Empreendimento Turístico e Imobiliário Ltda. 100% 100%

Onda Azul Empreendimentos Imobiliários Ltda. 99,90% 99,90%

Onda Azul Empreendimentos Turísticos Ltda. 99,90% 99,90%

Tx Onda Azul Empreendimento Imobiliário Ltda. 99,90% 99,90%

TxOnda Azul Empreendimentos Turísticos Ltda 99,90% 99,90%

Conde Residence Empreendimento Imobiliário SPE Ltda. 62% 62%

Terravista Investimentos S.A. 87,80% 87,80%

Wind Beach Empreendimentos Turísticos e Imobiliários Ltda. 100% 100%

Camaragibe Empreendimento Imobiliário Ltda. 99,90% 99,90%

Marina Camaragibe Empreendimento Náutico Ltda. 99,90% 99,90%

LAHotels Empreendimentos 1 Ltda. 100% 100%

Hotel Della Volpe Ltda. 100% 100%

LAHotels Serviços Ltda. 100% 100%

LAHotels Nordeste Ltda. 100% 100%

LAHotels Sul Ltda. 100% 100%

Melongena Participações Ltda. 100% 100%

Merak Empreendimentos e Participações Ltda. 100% 100%

BHG Mato Grosso Empreendimento Hoteleiro Ltda. 100% -

BHG Norte Empreendimento Hoteleiro Ltda. 100% -

Collezioni Participações Ltda. (a) 100% 100%

Tx Agropecuária e Turismo S.A. (a) 70,62% 70,62%

Tx Assessoria e Gerenciamento de Hotéis S.A. (a) 30,01% 30,01%

Conduru Empreendimentos Imobiliários S.A. (a) 94% 94%

Bonaparte Hotéis Ltda. (a) 100% 100%

Terravista Boutique Empreendimento Imobiliário SPE S.A. (a) 82,06% 82,06%

BT Salvador Empreendimentos Ltda. (a) 100% 100%

(a) Participação Indireta.

Os resultados das subsidiárias adquiridas/incorporadas durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2010 e 2009 estão incluídos nas

demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição/combinação. Dessa forma, para fins de comparação dos resultados da controladora e

(27)

contrário)

25

consolidado entre 2010 e 2009, devem ser consideradas as datas de aquisição e incorporação dos resultados de cada subsidiária.

Os exercícios sociais das controladas incluídas na consolidação são

coincidentes com os da controladora e as práticas e políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme nas empresas consolidadas e são consistentes com aquelas utilizadas no exercício anterior. Todos os saldos e transações entre as empresas foram eliminados na consolidação. As transações entre a controladora e as empresas controladas são realizadas em condições e preços estabelecidos entre as partes.

3.2. Moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras A moeda funcional da Companhia e de suas controladas é o Real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações financeiras da Companhia e consolidadas.

3.3. Caixa e equivalentes de caixa

Inclui caixa, saldos em conta movimento, aplicações financeiras resgatáveis no prazo de até 90 dias das datas das transações e com risco insignificante de mudança de seu valor de mercado. As aplicações financeiras incluídas nos equivalentes de caixa, em sua maioria, são classificadas na categoria “ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado”. A abertura dessas aplicações por tipo de classificação está apresentada na Nota 6.

3.4. Contas a receber de clientes

Estão apresentadas a valores de realização. Foi constituída provisão em montante considerado suficiente pela Administração para os créditos cuja recuperação é considerada duvidosa, com base na avaliação individual de cada cliente com parcelas em atraso.

3.5 Estoques de imóveis a comercializar

Representados por terrenos destinados ao desenvolvimento de projetos imobiliários, os quais são registrados pelo custo histórico de aquisição das

propriedades, acrescidas dos gastos incorridos diretamente vinculados, que sejam mensuráveis e contribuam para o desenvolvimento dos projetos. Periodicamente é analisado custo histórico em relação ao valor de mercado, sendo mantido dos dois o menor.

(28)

contrário)

26

Os investimentos da Companhia em suas controladas são avaliados com base no método da equivalência patrimonial, conforme CPC 18 (IAS 28), para fins de demonstrações financeiras da controladora.

Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento em controladas e coligadas é contabilizado no balanço patrimonial da controladora ao custo,

adicionado das mudanças após a aquisição da participação societária na controlada ou coligada. O ágio relacionado com a investida é incluído no valor contábil do investimento, não sendo amortizado por estar fundamentado em rentabilidade futura (goodwill). Referido ágio por integrar o valor contábil do investimento na investida (não é reconhecido separadamente), não é testado separadamente em relação ao seu valor recuperável.

A participação societária na investida é apresentada na demonstração do resultado da controladora como equivalência patrimonial, representando o lucro líquido ou prejuízo atribuível aos acionistas.

As demonstrações financeiras das investidas são elaboradas para o mesmo período de divulgação que a Companhia.

Quando necessário, são efetuados ajustes para que as políticas contábeis estejam de acordo com as adotadas pela Companhia.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial para fins de demonstrações financeiras da controladora, a Companhia determina se é

necessário reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento da Companhia em sua investida. A Companhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de que os

investimentos sofreram perdas por redução ao valor recuperável. Se assim for, a Companhia calcula o montante da perda por redução ao valor recuperável como a diferença entre o valor recuperável do investimento e o valor contábil e reconhece o montante na demonstração do resultado da controladora.

3.7 Combinações de negócios

Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, avaliada com base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Para cada combinação de negócio, a adquirente mensura a participação de não controladores na adquirida pelo valor justo ou com base na sua participação nos ativos líquidos identificados

(29)

contrário)

27

na adquirida. Custos diretamente atribuíveis à aquisição são contabilizados como despesa quando incorridos.

Ao adquirir um negócio, a Companhia avalia os ativos e passivos financeiros assumidos com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as circunstâncias econômicas e as condições pertinentes na data de aquisição, o que inclui a segregação, por parte da adquirida, de derivativos embutidos existentes em contratos hospedeiros na adquirida.

Se a combinação de negócios for realizada em estágios, o valor justo na data de aquisição da participação societária previamente detida no capital da adquirida é reavaliado a valor justo na data de aquisição, sendo os impactos reconhecidos na demonstração do resultado.

Qualquer contraprestação contingente a ser transferida pela adquirente será reconhecida a valor justo na data de aquisição. Alterações subseqüentes no valor justo da contraprestação contingente considerada como um ativo ou como um passivo serão reconhecidas de acordo com o CPC 38 (IAS 39) na demonstração do resultado ou em outros resultados abrangentes. Se a contraprestação

contingente for classificada como patrimônio, não deverá ser reavaliada até que seja finalmente liquidada no patrimônio.

Inicialmente, o ágio é mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferida em relação aos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis

adquiridos líquidos e dos passivos assumidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, a diferença será reconhecida como ganho na demonstração do resultado.

Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio adquirido em uma combinação de negócios é, a partir da data de aquisição, alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa da

Companhia que se espera sejam beneficiadas pelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos da adquirida serem atribuídos a essas unidades.

Quando um ágio fizer parte de uma unidade geradora de caixa e uma parcela dessa unidade for alienada, o ágio associado à parcela alienada será incluído no custo da operação ao apurar-se o ganho ou a perda na alienação. O ágio alienado nessas circunstâncias é apurado com base nos valores proporcionais da parcela alienada em relação à unidade geradora de caixa mantida.

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contrário)

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Ágios e outros ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados, porém a perda de valor recuperável é testada pelo menos anualmente. 3.8. Imobilizado

Registrado ao custo de aquisição. A depreciação dos bens é calculada pelo método linear e leva em consideração o tempo de vida útil-econômica estimada dos bens.

Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) são incluídos na demonstração do resultado, no exercício em que o ativo é baixado.

O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos no encerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.

Em função da mudança da prática contábil brasileira para plena aderência ao processo de convergência às práticas internacionais, na adoção inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 27 (IAS 16) e CPC 28 (IAS 40), há a opção de proceder a ajustes nos saldos iniciais à semelhança do que é permitido pelas normas internacionais de contabilidade, com a utilização do conceito de custo atribuído (deemed cost), conforme previsto nos Pronunciamentos Técnicos CPC 37 (IFRS 1) e 43.

A Companhia optou por não avaliar o seu ativo imobilizado pelo valor justo como custo atribuído considerando que: (i) o método de custo, deduzido de provisão para perdas, é o melhor método para avaliar os ativos imobilizados da Companhia; (ii) o ativo imobilizado da Companhia é segregado em classes bem definidas e relacionadas à sua atividade operacional que é a prestação de serviços hoteleiros; (iii) a Companhia possui controles eficazes sobre os bens do ativo imobilizado que possibilitam a identificação de perdas e mudanças de estimativa de vida útil dos bens.

As taxas de depreciação também foram revisadas, sendo o principal impacto no grupo de edificações do ativo imobilizado (vide nota 10).

3.9. Intangível

Os ativos intangíveis estão representados substancialmente por: softwares, e por ágios gerados em função da expectativa de lucratividade e receitas incrementais

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contrário)

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esperadas no futuro, vinculados a combinações de negócios da Companhia e de suas controladas.

Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas, mensuradas pelo seu custo, e amortizadas de forma linear ao longo de sua vida útil, estimada em 5 anos.

Os ágios por rentabilidade futura são testados anualmente em relação a perdas por redução ao valor recuperável, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa. A avaliação de vida útil indefinida é revisada anualmente para determinar se essa avaliação continua a ser justificável. Caso contrário, a mudança na vida útil, de indefinida para definida, é feita de forma prospectiva.

3.10. Provisão para redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas, e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

Quando aplicável, o valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos, que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por

despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

3.11. Outros ativos e passivos

Um ativo é reconhecido no balanço quando se trata de recurso controlado pela Companhia decorrente de eventos passados e do qual se espera que resultem em benefícios econômicos futuros.

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contrário)

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Um passivo é reconhecido no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo.

Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação é provável que ocorra nos próximos doze meses. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes.

3.12. Contas a pagar e adiantamento de clientes por aquisição de imóveis Nas operações de aquisições de imóveis os compromissos podem ser assumidos para pagamento em espécie ou com a entrega de futuras unidades imobiliárias, no caso de desenvolvimento imobiliário dos terrenos.

3.13. Tributação

Impostos sobre vendas e serviços

As receitas de vendas e serviços estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas:

• Programa de Integração Social (PIS) 0,65% e 3,00%;

• Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 3,0% e 7,65%;

• Imposto sobre Serviços (ISS) de 2% a 5%.

Esses encargos são apresentados como deduções de vendas na demonstração do resultado.

Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS/COFINS são apresentados dedutivamente das despesas e receitas operacionais na demonstração do

resultado. Os débitos decorrentes das receitas financeiras e os créditos

decorrentes das despesas financeiras estão apresentados dedutivamente nessas próprias linhas na demonstração do resultado.

Imposto de renda e contribuição social – correntes

A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social. O imposto de renda é computado sobre o lucro tributável na alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10% para os lucros que excederem R$ 240 no período de 12 meses, enquanto que contribuição social é calculada à alíquota de 9% sobre o lucro tributável reconhecido pelo regime de competência, portanto as inclusões ao lucro contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, consideradas para apuração do lucro

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contrário)

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tributável corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos. As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização.

3.14. Transações envolvendo pagamentos em ações

A Companhia outorgou aos administradores e empregados da Companhia ou outras sociedades sob seu controle, eleitos como participantes do programa, opções de compras de ações liquidável em ações, às quais somente poderão ser exercidas após prazos específicos de carência.

O custo de transações com funcionários liquidadas com instrumentos patrimoniais, outorgados, é mensurado com base no valor justo na data em que foram

outorgados. Para determinar o valor justo, a Companhia utiliza o método de valorização binomial.

O custo de transações liquidadas com títulos patrimoniais é reconhecido, em conjunto com um correspondente aumento no patrimônio líquido, ao longo do período em que a performance e/ou condição de serviço são cumpridos, com término na data em que o funcionário adquire o direito completo ao prêmio (data de aquisição). A despesa acumulada reconhecida para as transações liquidadas com instrumentos patrimoniais em cada data-base até a data de aquisição reflete a extensão em que o período de aquisição tenha expirado e a melhor estimativa da Companhia do número de títulos patrimoniais que serão adquiridos. A despesa ou crédito na demonstração do resultado do período é registrado em “despesas de pessoal” e representa a movimentação em despesa acumulada reconhecida no início e fim daquele período.

3.15. Outros benefícios a empregados

Os benefícios concedidos a empregados e administradores da Companhia

incluem, em adição a remuneração fixa (salários e contribuições para a seguridade social (INSS), férias, 13º salário), remunerações variáveis como participação nos lucros e bônus.

Esses benefícios são registrados no resultado do exercício quando a Companhia tem uma obrigação com base em regime de competência, à medida que são incorridos.

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contrário)

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Os ativos e passivos monetários de longo prazo e os de curto prazo, quando o efeito é considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto, são ajustados pelo seu valor presente.

O ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Dessa forma, os juros embutidos nas receitas, despesas e custos associados a esses ativos e passivos são descontados com o intuito de reconhecê-los em conformidade com o regime de competência de exercícios. Posteriormente, esses juros são realocados nas linhas de despesas e receitas financeiras no resultado por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros em relação aos fluxos de caixa contratuais. As taxas de juros implícitas aplicadas foram determinadas com base em premissas e são consideradas estimativas contábeis.

3.17. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas

O processo de elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração faça uso de julgamentos, estimativas e premissas que afetam os valores de receitas,

despesas, ativos e passivos reportados nas demonstrações financeiras e suas notas explicativas.

Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a vida útil econômica e o valor residual do imobilizado, recuperabilidade de ativos, provisão para contingências, valor justo dos instrumentos financeiros, dentre outros. O uso de estimativas e julgamentos é complexo e considera diversas premissas e projeções futuras e, por isso, a liquidação das transações pode resultar em valores diferentes das estimativas. A Companhia revisa suas estimativas e premissas ao menos anualmente.

3.18. Provisões

Provisões são reconhecidas quando há uma obrigação presente (legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativa

confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando a Companhia espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, no todo ou em parte, o reembolso é reconhecido como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente certo. A despesa relativa a qualquer provisão é registrada no resultado, líquida de qualquer reembolso.

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