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Dr. em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial - PUC RS, prof. Coord. do curso de Esp. Implant. da ABCD-SC regional de Balneário Camboriú.

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Re la to d e c as o / C as e r ep or t

Utilização da técnica de tunelização para realização de

enxertia tipo onlay com osso homógeno.

Use of the tunnel technique for onlay type grafting with

homogenous bone.

Túlio Del Conte Valcanaia1 Gisele Luz Bustamante2 Ricardo Q. P. Machado3 Patrick Marlon Palhano4

Resumo

A reabilitação oral por meio de implantes dentários vem experimentando constantes avanços nas últimas duas décadas, acompanhando a evolução tecnológica na área das ciências biológicas. A despeito dessas grandes conquistas obtidas, a necessidade de disponibilidade óssea ainda persiste como um dos fatores limitantes à colocação de implantes. Atualmente, o implantodontista dispõe de uma grande quantidade de materiais de enxertia para reabilitar áreas atrófica, desde os tradicionais, osso autógeno, homógeno ou xenógeno, até as novas aquisições tecnológicas como o uso de biomateriais sintéticos associados a fatores de crescimento. O que persiste inalterado ao longo dos últimos anos são as técnicas cirúrgicas de colocação dos materiais de enxertia. Este artigo relata um caso clínico de enxertia em região posterior de mandíbula, segundo a técnica de tunelização proposta por Valcanaia et al.17 (2008). Esta técnica permite

o ganho de tecido ósseo em altura e espessura na região enxertada, com um mínimo de exposição teci-dual. A enxertia óssea foi feita em uma região considerada como uma das mais difíceis para ganho ósseo em altura, a região posterior de mandíbula.

Descritores: Enxerto ósseo, tunelização, osso homógeno.

Abstract

Oral rehabilitation with dental implants has been experienced constant advances in the last two decades, following the technological evolution in the field of biological sciences. Despite this major accomplish-ment achieved, the need for bone availability still persists as a major factor limiting the placeaccomplish-ment of implants. Currently the implantologist has a lot of grafting materials to rehabilitate atrophic areas, since the traditional autogenous bone, homogenous or heterologous until the new technology acquisitions as the use of synthetic biomaterials associated with growth factors. What remains unchanged over the past few years, it’s the surgical techniques for placement of graft materials. This article reports a clinical case of grafting in the posterior mandible, using the tunneling technique proposed by Valcanaia et al.17

(2008). This technique allows the gain of bone height and thickness in the region grafted with minimal tissue exposure. In this report, we describe a clinical case of bone grafting in the posterior mandible, a region regarded as one of the hardest to gain in bone height.

Descriptors: Bone graft, tunnel technique, homogenous bone.

1 Dr. em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial - PUC RS, prof. Coord. do curso de Esp. Implant. da ABCD-SC regional de Balneário Camboriú. 2 Ms. e Especialista em Implante Dentário. UFSC, profª do Curso Esp. Implantodontia da ABCD-SC regional de Balneário Camboriú. .

3 Mestrando em Biologia Oral - FOB/USP,prof. do Curso Esp. Implantodontia da ABCD-SC regional de Balneário Camboriú. 4 Ms. em Implantodontia, prof. do Curso Esp. Implantodontia da ABCD-SC regional de Balneário Camboriú.

Correspondência com o autor: ipgv@hotmail.com

Recebido para publicação: 08/10/2012

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Valcanaia TDC, Bustamante GL, Machado RQP

, Palhano PM.

Introdução

A presença de tecido ósseo remanescente em volume e altura suficientes é necessária para a cor-reta instalação dos implantes, promovendo as rea-bilitações funcional e estética. Patologias ósseas, trauma local e doenças periodontais podem ocasio-nar não somente a perda do elemento dental, como também do tecido ósseo remanescente, levando a formação de defeitos ósseos residuais que muitas vezes impossibilita a instalação dos implantes. Des-sa forma, a evolução da Implantodontia na última década trouxe consigo a necessidade da utilização de técnicas de aumento dos rebordos ósseos maxila-res, através de enxertos ósseos e procedimentos para sua expansão1. Dentre esses procedimentos visando

o ganho de tecido ósseo, em altura e espessura, o enxerto ósseo é o mais utilizado5,16.

Dentro desta problemática, a literatura descreve diversas técnicas cirúrgicas e materiais para recupe-rar o osso reabsorvido ou compensar a limitação que a falta desse tecido causa. Com o objetivo de rea-bilitar os pacientes com segurança e previsibilidade, inúmeras formas de captação e inserção óssea vêm sendo desenvolvidas ao longo dos anos.

O enxerto ósseo autógeno em bloco fixado so-bre o rebordo é a técnica mais usada. Na região pos-terior de mandíbula esta técnica ainda apresenta res-trições. A quantidade de osso a ser recuperada com essa técnica é limitada, o que contraindica este en-xerto para situações em que se planeja muito ganho ósseo. Outro fator a ser considerado é que o enxerto

onlay para ganho de altura na região posterior da

mandíbula apresenta um índice maior de deiscências de sutura e exposição do tecido enxertado, levando muitas vezes, ao fracasso do tratamento3.

Outro fator a ser considerado no planeja-mento de enxertias ósseas é o material a ser utili-zado. O uso de osso alógeno fresco congelado tem sido descrita nos procedimentos ortopédicos para re-construção de defeitos em coluna vertebral, recons-truções articulares, pseudo-artroses, artroplastias e na área da Oncologia para reconstruções extensas em pacientes portadores de osteomielites e tumores ósseos2,7.

Vários pesquisadores10 relataram em seus

trabalhos que os bancos de ossos existem no Brasil há várias décadas e praticamente todo hospital com algum volume de cirurgias ortopédicas já possuiu cabeças femorais armazenadas para serem usadas como enxerto.

Na Odontologia tal técnica vem sendo utilizada desde 1999, nas reconstruções bucomaxilofaciais e nas cirurgias reconstrutivas que antecedem a instala-ção de implantes osseointegráveis10.

Estudos12 relatam que, na área de cirurgia oral,

ausência de processo infeccioso durante a

repa-ração, baixa reabsorção do enxerto, volume ósseo adequado e boa densidade permite estabilidade pri-mária dos implantes e sucesso quando submetidos à carga funcional. Segundo relato dos autores, os melhores ossos para serem utilizados nesses procedi-mentos são aqueles oriundos da tíbia e fêmur, pelas corticais espessas e volumosas, facilitando o enxerto e a regeneração tecidual.

O osso homógeno congelado não é dotado de propriedades osteogênicas, já que não possui células viáveis, mas provê osteoindução e osteocondução. O congelamento, diferente da liofilização e esterili-zação, preserva essas duas propriedades8.

Relatam ainda que o emprego do osso homóge-no torhomóge-nou as cirurgias mais rápidas e mehomóge-nos traumá-ticas do que quando se utiliza osso autógeno, pois não há necessidade de acesso cirúrgico para remo-ção do osso de uma área doadora.

Em um estudo realizado em 200614, os autores

concluíram que o homoenxerto ósseo congelado é uma alternativa viável, segura e pouco traumática para o aumento ósseo e com finalidade reabilita-dora, embora haja a necessidade de pesquisas em longo prazo. Ainda relatam que os pacientes subme-tidos a este tipo de enxertia demostraram ausência de processo infeccioso durante a reparação, baixa reabsorção do enxerto, volume ósseo adequado e boa densidade, permitindo estabilidade primária dos implantes e sucesso quando submetidos à carga funcional. Com relação à biossegurança dos enxer-tos homógeno, os autores reportam que, atualmen-te, os exames de detecção de doenças são bastante precisos e que os protocolos de seleção de doadores bastante rígidos, tornando insignificante a possibili-dade de transmissão de doenças.

Outro trabalho publicado na mesma data10,

aler-ta para o fato de que o risco de transmissão de do-enças existe, mesmo após todos os princípios que regem a captação, processamento, estocagem e transporte desses tecidos. Os autores sugerem que todos os tecidos ósseos homólogos utilizados em procedimentos reconstrutivos devem ser provenien-tes de bancos de ossos credenciados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Em relação ao tempo necessário para ins-talar os implantes, um estudo de 20076, relata que,

quando os enxertos de osso humano fresco congela-do foram reabertos entre cinco e seis meses, o tecicongela-do não se apresentava totalmente remodelado e matu-ro, dificultando a preparação dos alvéolos devido a sua baixa densidade. Além da recomposição do pe-riósteo que ocorre de forma semelhante ao enxerto autógeno, no entanto, existe uma atividade imuno-lógica do organismo que interfere no processo, tor-nando-o mais lento. Nos casos em que os enxertos foram reabertos com mais de sete meses, demons-traram densidade compatível com osso autógeno

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ti-pos II ou III, proporcionando boa estabilidade inicial dos implantes. Os autores afirmaram que a utilização de osso humano fresco congelado é uma alternativa viável para reconstrução dos rebordos atróficos e en-xertos nos seios maxilares. Observaram ainda que os enxertos apresentaram capacidade de remodelação, incorporação e qualidade que permitem resistir às cargas funcionais quando da instalação de implantes osseointegráveis.

Os implantes colocados sob função em áreas enxertadas com osso homógeno, têm demonstrado bons resultados quanto à recepção de cargas masti-gatórias funcionais, corroborando os resultados de alguns autores12, de que o osso processado a

tempe-raturas de -70ºC a -80ºC não sofrem alterações de suas propriedades biomecânicas.

Nos maxilares, de modo geral, as indicações de enxerto tipo onlay, com bloco ósseo parafusado no remanescente alveolar, tem sido indicado com o ob-jetivo de aumentar a espessura óssea, sendo consi-derado o tratamento padrão para reconstrução ma-xilar13.

Em contra ponto, vários autores9,15 relataram

que os enxertos realizados na região posterior de mandíbula, principalmente para ganho de altura, apresentam alto índice de insucesso causado, prin-cipalmente, por deiscência de sutura.

A técnica de incisão tradicional sobre a crista com duas relaxantes, associada à presença do nervo mentual, dificulta o fechamento de grandes enxertos levando a uma exposição pós-operatória, não permi-tindo a instalação dos implantes do tamanho e/ou posição desejadas11.

Este trabalho descreve a técnica e um caso clíni-co, onde foi utilizado osso homógeno fresco conge-lado de banco de ossos, enxertado através da técni-ca de tunelização e posterior colotécni-cação de implantes osseointegráveis.

Técnica cirúrgica

A técnica de tunelização vem sendo descrita a mais de quatro décadas para enxerto em maxila com intuito de preenchimento e tratamento de pseudo--artroses de fraturas maxilares4.

Mais recentemente, está técnica foi modificada no intuito de adaptá-la para fins de enxertia maxilar17.

Preparo do bloco ósseo

O preparo do bloco ósseo inicia com a determi-nação e delimitação da área receptora do enxerto, com base em tomografia computadorizada e pro-totipagem. Determinado o tamanho dos blocos de osso cortical, estes são esculpidos sobre o protótipo, perfurados em toda a sua extensão e removidas to-das as arestas que possam influenciar em traumatis-mos durante o deslize do bloco no túnel infra perios-tal. Durante o preparo do bloco ósseo, o pó de osso

resultante do desgaste é coletado após decantar no fundo da cuba onde se realiza o desgaste. Tanto o bloco de osso como o pó do osso coletado são aglu-tinados com Rifamicina 150 mg.

Preparo do leito receptor

Na região receptora do enxerto, a cirurgia inicia com uma pequena incisão vertical sobre a face ves-tibular do rebordo alveolar, anteriormente à região que irá receber o enxerto. Sugere-se uma distância aproximada de 3 mm entre a incisão e a região de interesse. Segue com um descolamento do periósteo em toda a extensão do rebordo alveolar posterior, resultando em um túnel que comporte o bloco em comprimento e altura.

Inserção e estabilização do enxerto

A seguir, pó de osso é inserido dentro do túnel e, em seguida, o bloco de osso é inserido dentro do mesmo. O bloco é posicionado na posição planejada e deverá ficar estabilizado pelo periósteo da região receptora. Em seguida, é realizada a sutura da inci-são.

Após oito meses, a região é reaberta e os im-plantes são instalados pela técnica tradicional.

Relato de caso

Paciente de 65 anos, sexo feminino, foi avaliada para realização de cirurgia de enxerto ósseo em re-gião posterior de mandíbula bilateral.

A análise clínica e radiográfica inicial revelou pre-sença dos dentes incisivos e caninos e reabsorção do processo alveolar edêntulo no sentido vertical (Figu-ras 1a, 1b e 1c).

Foi sugerido à paciente a realização de enxertia óssea bilateral, com osso proveniente de banco de ossos e colocação pela técnica de tunelização. A pa-ciente aceitou o planejamento. Foi então realizada tomografia e prototipagem (Figura 2) e a cirurgia foi agendada.

Foram preparados inicialmente dois blocos de osso homógeno cortical, provenientes de banco de ossos de acordo com a necessidade do paciente. Ambos os blocos foram perfurados em toda a sua extensão (Figura 3). O pó de osso resultante das os-teotomias foi coletado para uso posterior (Figura 4). Tanto os blocos de osso como o pó do osso coletado foram aglutinados com Rifamicina 150 mg.

A cirurgia iniciou com uma pequena incisão ver-tical sobre o rebordo alveolar, em posição distal ao forame mentual e descolamento do periósteo em direção ao segundo molar, em toda a extensão do rebordo alveolar. Uma extençao anterior foi realiza-da para enxertia de um pequeno bloco anterior ao forame mentual.

A seguir, pó de osso foi inserido dentro do túnel

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e, em seguida, um bloco de osso foi inserido dentro do mesmo em direção posterior (Figura 5) e o bloco menor foi inserido em direção anterior. Os blocos foram posicionados e estabilizados pelo periósteo e realizada a sutura da incisão de entrada (Figura 6).

Seguindo o que é preconizado na literatura, a paciente foi submetida à proservação pelo período de sete meses, findo os quais nova tomografia foi

realizada. A análise tomográfica revelou perfeita in-tegração dos blocos ósseos ao osso hospedeiro (Fi-guras 7a e 7b) e nova intervenção cirúrgica foi agen-dada para colocação dos implantes.

Após os quatro meses de espera, a paciente foi submetida a uma nova radiografia. A avaliação clíni-ca (Figura 8) e radiográficlíni-ca (Figura 9) demonstrou a completa integração dos implantes.

Figura 1 A - Panorâmica inicial. Figura 1 B - Foto inicial, lado direito.

Figura 1 C - Foto inicial, lado esquerdo. Figura 2 - Prototipagem

Figura 3 - Escultura dos blocos ósseos. Figura 4 - Pó de osso coletado e aglutinado com rifocina. Valcanaia TDC, Bustamante GL, Machado RQP

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Figura 5 - Inserção do bloco ósseo distal. Figura 6 - Sutura da incisão de entrada.

Figura 7 A - Tomografia de controle após 7 meses. Figura 7 B - Corte tomográfico da região do enxerto - controle após 7

meses.

Figura 8 - Controle clínico dos implantes colocados. Figura 9 - Controle radiográfico dos implantes colocados.

Discussão

Apesar de alto índice de sucesso da técnica tra-dicional de enxertia em bloco parafusado, alguns au-tores15,18 apresentam como principal desvantagem a

limitação do ganho ósseo em quantidade, além do grande número de exposição do enxerto9.

Os enxertos realizados nessa região, principal-mente para ganho de altura, apresentam alto índice de insucesso causado, principalmente, por deiscên-cia de sutura9,15. A técnica de incisão tradicional

so-bre a crista com duas relaxantes, associada à pre-sença do nervo mentual, dificulta o fechamento de grandes enxertos11.

A manutenção da integridade do periósteo sobre a área enxertada é um dos fatores responsá-veis pelo sucesso obtido por esta técnica. A realiza-ção de uma pequena incisão, distante 3 mm da área enxerta e a manutenção da integridade do periósteo sobre o material enxertado permite uma melhor cir-culação sanguínea na área enxertada, pois não ocor-re a ruptura dos vasos sanguíneos do ocor-retalho sobocor-re ou em torno da área. As incisões em torno da área

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receptora ocasionam estase sanguínea nos primeiros dias, até que a micro circulação se restabeleça, geral-mente após o terceiro dia.

Outro fator a ser considerado é que a tex-tura elástica do periósteo mantém o bloco ósseo estabilizado sobre uma superfície sólida, no caso o rebordo ósseo hospedeiro, o que permite um reparo ósseo eficaz.

O pó de osso colocado dentro do túnel an-tes da inserção do bloco preenche os espaços vazios, também chamado de espaço morto. Isto permite uma diminuição da reação inflamatória por preen-cher um espaço que seria ocupado por coagulo e, consequentemente, por um grande número de célu-las de defesa presentes no sangue. Essas célucélu-las ao degenerar liberam suas enzimas proteolíticas, seus mediadores químicos e todo o seu conteúdo enzimá-tico pro-inflamatório, inclusive a Fosfolipase A2, pre-cursora das Prostaglandinas. Ao diminuir o número de células sanguíneas presentes nos espaços mortos, minimiza-se o processo inflamatório inicial e, con-sequentemente, os fenômenos resultantes, como a lentificação da circulação sanguínea, o edema e o desconforto pós-operatório.

A análise tomográfica de controle de sete meses demonstra perfeita integração do enxerto à superfície mandibular. Observa-se o remodelamento da cortical do osso hospedeiro e formação de uma camada de osso integrando o bloco enxertado ao osso mandibular.

Considerações finais

As técnicas de colocação de enxertos ósseos realizadas atualmente são de alta previsibilidade, principalmente quando utilizadas para aumento do rebordo em espessura. A adaptação da técnica de tunelização para fins de realização de enxerto homó-geno demonstrou resultado igualmente satisfatório, tendo como benefícios, a redução da morbidade, do tempo cirúrgico e aumento dos índices de pre-visibilidade para ganho em altura, principalmente na região de mandíbula posterior. Acredita-se que a preservação da integridade do periósteo sobre o enxerto seja responsável pela ótima integração do enxerto ósseo ao leito receptor.

O uso de osso homógeno proveniente de ban-co de ossos, depois de seguidos todos os protoban-colos exigidos, trouxe benefícios adicionais de diminuição da morbidade do ato cirúrgico, além de quantidade ilimitada para atender ao planejamento requerido para cada caso.

As vantagens a serem apontadas pelo desenvol-vimento dessa técnica são:

• Técnica cirúrgica simplificada, o que permite colocá-la na classificação de cirurgia mini-mamente invasiva.

• Pequena manipulação tecidual, acarretando um mínimo comprometimento da vascula-rização. A manutenção da integridade do periósteo sobre o enxerto diminui o risco de exposição do mesmo e permite maior ganho vertical com segurança.

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Valcanaia TDC, Bustamante GL, Machado RQP

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