• Nenhum resultado encontrado

Desafios do planejamento estratégico municipal: a busca pelo desenvolvimento social – uma análise do sistema de saúde do município de São Sebastião do Alto

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Desafios do planejamento estratégico municipal: a busca pelo desenvolvimento social – uma análise do sistema de saúde do município de São Sebastião do Alto"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

1

Desafios do Planejamento Estratégico Municipal: A Busca Pelo

Desenvolvimento Social – Uma análise do Sistema de Saúde do Município de

São Sebastião do Alto

Geizi Labandeira Alves – geizi.labandeira@hotmail.com – UFF/ICHS Larissa Ribeiro de Mello Miranda – larissaribeiro.93@hotmail.com – UFF/ICHS Leonardo dos Santos Soares – dossantossoaresleonardo@ymail.com – UFF/ICHS

Resumo

Este artigo tem como finalidade Analisar o processo de execução do Planejamento Estratégico Municipal de São Sebastião do Alto – RJ de modo a compreender como esta ferramenta é capaz de auxiliar a gestão pública no processo de desenvolvimento social. Para alcançar tal finalidade, adotou-se a metodologia bibliográfica, quantitativa e descritiva que permitiram, por meio de pesquisas em livros, artigos, e plano municipal, identificar como o Planejamento Estratégico é importante na esfera pública. Também será analisado, o desempenho do Sistema Único de Saúde local com relação à assistência em saúde oferecida à população, bem como as metas e indicadores da gestão de saúde do município, e sua relação com os objetivos da política nacional de saúde. A partir do conceito de Planejamento Estratégico Municipal, serão identificadas as necessidades da gestão municipal em saúde de São Sebastião do Alto - RJ, para que possam ser planejadas ações visando sua melhoria. No decorrer da pesquisa, o Planejamento Estratégico, apresenta-se ainda como um facilitador na detecção de possíveis problemas, e um potencializador de pontos fortes encontrados, funcionando como uma ferramenta essencial na excelência da gestão que visa o desenvolvimento social.

Palavras-chave: Planejamento Estratégico Municipal; Desenvolvimento Social.

1- Introdução

A presente pesquisa tem como objetivo principal Analisar o processo de execução do Planejamento Estratégico Municipal da cidade de São Sebastião do Alto – RJ de modo a compreender como esta ferramenta é capaz de auxiliar a gestão pública no processo de desenvolvimento social. Os constantes desafios sociais, financeiros e políticos dos municípios, buscam em seus gestores uma atuação de máxima excelência, para que seja possível a

(2)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

2 disponibilização e realização de serviços de melhor qualidade a população. Uma das formas de conseguir vencer esse desafio é através do Planejamento Estratégico.

O Planejamento Estratégico Municipal é uma função da administração indispensável ao gestor, pois é através desse planejamento que são vistas as questões a serem implantadas em busca do bem-estar dos munícipes (ANDRADE, et al., 2005, p. 22). A prática do Planejamento Estratégico além de facilitar a gestão municipal, visa modificar de forma positiva questões indesejáveis para a população local, remover problemas institucionais e corrigir imperfeições administrativas, não sendo esquecidas as variáveis socioambientais, onde se percebe a diversidade local e se prioriza a importância da função social.

Devido às grandes mudanças socioeconômicas, políticas e legais, as Administrações Públicas Municipais se veem diante de uma grande necessidade de aperfeiçoar seus procedimentos, visando o melhor uso dos recursos públicos para atender as demandas da comunidade.

O presente trabalho visa medidas positivas que possam ser tomadas pelas organizações públicas na utilização de recursos disponíveis, num processo mais flexível em que os administradores busquem o bom uso dos recursos públicos garantindo qualidade no serviço prestado à população.

Neste sentido a relevância deste estudo é compreendida pela utilização do Planejamento Estratégico como um instrumento norteador da qualificação dos serviços e recursos municipais do Município de São Sebastião do Alto - RJ, visando o bom uso desses recursos na busca pelo desenvolvimento social local.

Deste modo o problema dessa pesquisa pode ser sintetizado na seguinte pergunta: O Planejamento Estratégico com enfoque no desenvolvimento social pode ser usado como uma ferramenta para a melhoria da qualidade de vida da população municipal?

Diante do exposto, o objetivo geral deste trabalho é Analisar o processo de execução do Planejamento Estratégico Municipal da cidade de São Sebastião do Alto – RJ de modo a compreender como esta ferramenta é capaz de auxiliar a gestão pública no processo de desenvolvimento social. Para alcançar o objetivo geral, alguns objetivos específicos adotados foram: identificar práticas de atuação do sistema de saúde do município; analisar ações de

(3)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

3 desenvolvimento social voltadas ao sistema de saúde que têm sido realizadas; e verificar ações de planejamento estratégico social que podem ser implementadas.

2- Metodologia

A presente pesquisa é de cunho bibliográfico, quantitativo e descritivo. Na pesquisa bibliográfica tem-se a necessidade de conhecer o referencial teórico, aos quais apontam conceitos e visões que contribuem para o crescimento da pesquisa científica.

De acordo com Oliveira (2004, p. 19) “a pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno”.

Corroborando tal escolha, Severino (2007, p. 13) destaca a importância numa pesquisa já publicada para o pesquisador elaborar sua produção, ou seja, as (re) leituras deste material geram produção e promovem, significativamente, o crescimento da pesquisa necessário à sociedade atual.

A pesquisa quantitativa, por sua vez, busca medir a frequência de determinado objeto através de seu comportamento, funcionamento e motivações, buscando obter dados precisos e confiáveis a serem aplicados, uma vez que se baseia numa amostra estatisticamente comprovada.

Já a pesquisa descritiva se caracteriza pela descrição de um fenômeno. De acordo com Thomas e Nelson (2002, p. 280) “O estudo descritivo afirma que seu valor está baseado na premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio da observação, análise e descrição objetiva e completa”.

Para tanto, serão coletados dados de livros, artigos e do Plano Municipal de Controle, Avaliação e Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião do Alto – RJ.

Serão coletados dados de ações contempladas no Plano Municipal de Saúde no que diz respeito a metas, indicadores e índices comparativos, como o IDH local, que levem em conta a existência de um grupo de municípios com características similares (ou grupo de municípios homogêneos) no tocante à assistência em saúde oferecida a população, e por fim, serão exemplificados objetivos gerais da política nacional de regulação, controle e avaliação e sua relação com a gestão de saúde pública municipal.

(4)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

4 3- Referencial Teórico

Segundo Drucker (apud Chiavenato 2003, p. 46) o Planejamento Estratégico é um processo contínuo que permite obter um maior conhecimento do futuro, ajuda a tomar decisões que envolvem riscos; organizar metodicamente as atividades necessárias a execução dessas decisões e, através de um feedback organizado sistemático para medir o resultado dessas decisões e confrontá-las com as expectativas alimentadas.

A Constituição Brasileira de 1988 enfatiza a função de planejamento, quando introduz significativamente mudanças na forma de condução do processo orçamentário, pois alia o orçamento público ao planejamento. Apoiando o processo de planejamento municipal, a Constituição define as regras básicas da política urbana, destacando a necessidade de elaboração e aprovação do Plano Diretor, que é o instrumento norteador da política de desenvolvimento e expansão urbana. Esses planos diretores, “a partir da atuação dos movimentos sociais organizados e de planejadores mobilizados, fez emergir a ideia de planejamento politizado, o qual buscava reduzir as desigualdades sociais presentes nas cidades” (RIBEIRO & CARDOSO, 2003, p. 12). Porém, as suas competências técnicas e administrativas se mostraram limitadas diante das novas responsabilidades.

Segundo Pfeiffer (2000), com o advento da globalização, os instrumentos de planejamento urbano tradicionais já não eram suficientes para atender as demandas das cidades que se mantinham em grande crescimento, uma vez que esses instrumentos oferecem pouco suporte para tomar decisões cada vez mais complexas. Isso tornava a administração de alguns municípios mais lenta e burocrática, fazendo-se necessária uma mudança administrativa que trouxesse inovação não só de pensamento como também de atitude.

Diante desses fatores, o Planejamento Estratégico tem sido concebido como uma ferramenta que visa substituir o pensamento estático por um pensamento gerencial. Neste mesmo sentido, é adaptado aos mecanismos público-administrativos de nossas cidades, o Planejamento Estratégico municipal, que busca idéias inovadoras que satisfaçam as necessidades da população local.

De acordo com Castor (2005), o Planejamento Estratégico municipal é um processo dinâmico e interativo para determinação dos objetivos, estratégias e ações do município e da

(5)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

5 prefeitura. É elaborado por meio de diferentes e complementares técnicas administrativas com o total envolvimento dos atores sociais, ou seja, munícipes, gestores locais e demais interessados na cidade. É formalizado para articular políticas federais, estaduais e municipais visando produzir resultados no município e gerar qualidade de vida adequada aos seus munícipes.

O Planejamento Estratégico, nesse sentido é “mais que um documento estático, deve ser visto como um instrumento dinâmico de gestão, que contém decisões antecipadas sobre a linha de atuação a ser seguida pela organização no cumprimento de sua missão” (ALDAY, 2000, p. 15).

Todo planejamento possui um propósito, ou seja, um objetivo que deve ser atingido e como aponta Lacombe (2005, p. 28):

O Planejamento Estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da organização e à sua área de atuação, considerando não só os aspectos internos, mas também e principalmente o ambiente externo no qual ela está inserida. Não será defendido o Planejamento Estratégico como a solução dos problemas apresentados por uma empresa pública, mas sim como um meio de estruturar ações que sejam devidamente dirigidas em busca do resultado adequado. Para tanto o profissional deve organizar suas ideias e redirecionar suas atividades do dia-a-dia.

Nessa perspectiva, o Planejamento Estratégico deve envolver o cenário onde a organização está inserida, mas também os profissionais partícipes dessa organização, que devem buscar a implementação e o comprometimento de suas atividades laborais, como um meio para atingir os objetivos previstos no Planejamento Estratégico da organização a qual fazem parte.

Nesse ínterim Marques (2009, p. 9), discorre que:

O grande desafio será preparar os profissionais para fazer parte das estratégias da organização, assumindo um papel estratégico e de vanguarda em relação aos interesses das empresas, adicionando valor à organização por meio de ações integradas que possam atender às expectativas dos seus recursos humanos e do negócio, e construindo competências que possam suportar, otimizar e canalizar esforços para a superação de novos desafios organizacionais.

O Planejamento Estratégico é utilizado nas três esferas de governo – Federal Estadual e Municipal –, sendo respaldado pela constituição de 1988 (em seu artigo 174); pela Lei complementar 101 de 2000; e pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Como instrumento

(6)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

6 de política pública municipal, o Planejamento Estratégico, segundo Pfeiffer (2000), é um instrumento de gerenciamento que tem como objetivo central tornar o trabalho de uma cidade mais eficiente, diminuindo as indecisões e favorecendo as transformações tanto no âmbito econômico, quanto no âmbito político e social. Trata com coerência a multiplicidade de iniciativas que há no município e busca assentimento entre os múltiplos atores (inclusive o governo), além de ajudar os gestores municipais a cumprir as metas determinadas pela LRF, principalmente no tocante a limites de gastos, como folha de pagamento e gastos com saúde, por exemplo.

Diante disso, pode-se entender que o Planejamento Estratégico Municipal é um importante aliado ao exercício do desenvolvimento, uma vez que equilibra os interesses individuais com interesses da coletividade, causando assim um efeito de transformação e incentivo ao desenvolvimento das cidades, tanto em questões conceituais quanto em questões territoriais, tornando-se também um instrumento essencial no que diz respeito ao atendimento das necessidades da população municipal.

4- Resultados e Análises

O Município de São Sebastião do Alto, localizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro, possui cerca de 9.054 habitantes, estimados pelo IBGE em 2015, com uma extensão territorial de 397.898 km², e densidade demográfica de 22,35 hab/km². Seu Plano Municipal da Secretaria de Saúde dispõe de melhorias em sua gestão garças as ações de Planejamento Estratégico, voltadas á práticas de controle e avaliação que visam estimular a qualidade dos sistemas e dos serviços, com a finalidade de garantir informação alinhamento de conceitos que contribuam com as atividades prestadas. Para tanto foram avaliados dados referentes aos índices sociais do município.

A análise dos dados procura identificar práticas que melhoraram o desempenho do sistema. A análise comparativa dos resultados do índice deve levar em consideração a existência de grupo de municípios com características similares. São os chamados Grupos de Municípios Homogêneos. Assim, a formação dos Grupos Homogêneos, segundo as suas semelhanças ocorreu por meio da utilização de três índices: o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico

(7)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

7 (IDSE); o Índice de Condições de Saúde (ICS); e o Índice de Estrutura do Sistema de Saúde do Município (IESSM).

O Índice de Desempenho do SUS (IDSUS) é um indicador síntese, que faz uma aferição contextualizada do desempenho do Sistema de Único de Saúde (SUS) quanto ao acesso (potencial ou obtido) e à efetividade da Atenção Básica, das Atenções Ambulatoriais e Hospitalares e das Urgências e Emergências. São Sebastião do Alto está incluído no Grupo onde o IDSE, ICS e o IESSM são considerados médios.

No quadro a seguir pode-se observar que a avaliação do município obteve 3,88 na nota do IDSUS, ocupando 31ª posição, sendo esta a maior das últimas décadas. Esse indicativo permite identificar uma gestão razoável, mas que pode ser melhorada a partir do aprimoramento das ações elaboradas por um planejamento estratégico.

Quadro nº1 – Índice de Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (IDSUS).

MUNICÍPIO NOTA IDSUS

Rio das Flores 7,18

Paty do Alferes 6,03

Areal 5,94

Comendador Levy Gasparian 5,81

Macuco 5,76

Mendes 5,71

Engenheiro Paulo Frontin 5,68

Pinheral 5,42

Santa Maria Madalena 5,30

Aperibé 5,25

São José de Ubá 5,24

Cordoso Moreira 5,20

São João da Barra 5,19

Porto Real 5,18

Armação dos Búzios 5,14

Sumidouro 5,12 Sapucaia 5,03 Trajano de Moraes 4,99 Rio Claro 4,98 Arraial do Cabo 4,93 Conceição de Macabu 4,88 Quatis 4,86 Iguaba Grande 4,78 Cambuci 4,77 Varre-Sai 4,75 Mesquita 4,68 Carapebus 4,66

(8)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

8

Duas Barras 4,64

Tanguá 4,06

São Sebastião do Alto 3,88

Fonte: Plano Municipal de Controle, Avaliação e Regulação da Secretaria Municipal de Saúde do Município de São Sebastião do Alto.

O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) caracteriza a rede assistencial do município com base na descrição dos estabelecimentos de saúde existentes. São descritos sete estabelecimentos, considerando assistência básica, especializada e hospitalar. Quanto à natureza administrativa, são seis unidades públicas e uma privada.

A porta de entrada para o atendimento primário é a Unidade Básica de Saúde (UBS) e a Estratégia de Saúde Familiar (ESF) , se necessitar de consulta e exames especializados, o paciente é encaminhado para o Setor de Regulação, para posterior autorização e marcação. Quanto aos exames básicos como patologia clínica, raio X e eco cardiograma são agendados na própria Unidade de Saúde, conforme fluxo de atendimento e serviços de diagnose.

O município conta com um hospital de pequeno porte executando procedimentos de média e alta complexidade sendo administrado pela Associação Hospitalar São Sebastião. Esta unidade conta com 48 leitos para internação, realizam atendimentos ambulatoriais em diversas especialidades, cirurgias de média complexidade e exames de médio e alto custo.

A porta de entrada para urgência e emergência é o Hospital São Sebastião. O município também faz parte da Rede de Urgência e Emergência da Região Serrana e está em conjunto com os municípios da região se organizando para a implantação do Serviço Móvel de Urgência (SAMU). A Rede de Atenção às Urgências foi constituída considerando que o atendimento aos usuários com quadros agudos deva ser prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a resolução integral da demanda ou transferindo-a, responsavelmente, para um serviço de maior ou menor complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e regulado, organizado em redes regionais de atenção às urgências enquanto elos de uma rede de manutenção da vida em níveis crescentes de complexidade e responsabilidade. Estabelecimentos para referência de pacientes (encaminhados pela UBS / ESF):

Policlínica São Sebastião do Alto – Consultas com profissionais especialistas: Clinica Geral, Ultrassonografia, Cardiologia, Angiologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria,

(9)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

9 Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia, Psicologia, Enfermagem e Serviço Social.

CAPS – Referencia para pacientes com distúrbios psiquiátricos. Consultas com Neurologia, Psiquiatria e Psicologia.

Hospital São Sebastião – Atendimento de pacientes em casos de urgência, emergência, internação e realização de cirurgias.

Centro Municipal de Saúde Valão do Barro (2ª distrito) – Clínico Geral, Cardiologia, Ortopedia, Pediatria, Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia, Serviço Social e Enfermagem.

Rede Ambulatorial - Capacidade Instalada de Serviços Ambulatoriais: Hospital São Sebastião (filantrópico);

Policlínica Municipal de São Sebastião do Alto; Centro Médico do Valão do Barro (2º distrito);

Estratégia de Saúde da Família de Ipituna (3º distrito); Estratégia de Saúde de Família de São Sebastião do Alto; Estratégia de Saúde da Família de Valão do Barro (2º distrito); CAPS - Centro de Atenção Psicossocial - de São Sebastião do Alto.

O departamento responsável pela regulação, avaliação e controle, possui sua atribuição principal voltada para a coordenação e aprimoramento das metas e ações propostas pela Política Nacional de Regulação, Controle e Avaliação e ainda cuida de propiciar suporte financeiro para a implementação das ações e serviços de saúde e atenção básica do SUS, conforme estabelecido através do Pacto de Gestão.

Em relação às atribuições secundárias do departamento de regulação, avaliação e controle, destacam-se as seguintes ações:

(10)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

10 Implementar a cultura avaliativa nos sistemas e serviços de saúde como instrumento de apoio à Gestão do SUS;

Produzir conhecimento qualitativo da rede de serviços de saúde que incorpore as lógicas do usuário;

Possibilitar sistemas de monitoramento de indicadores de produção SIA/SIH para avaliação de serviços de saúde;

Permitir aos gestores a intervenção imediata nas oportunidades de melhoria;

Incorporar o conceito de padrão de qualidade aos serviços de saúde (ESTADO DA BAHIA, SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, 2007, p. 03).

Este é o setor que tem como atribuições as funções relativas à organização das portas de entrada do sistema, o estabelecimento de fluxos de referência, a integração da rede de serviços, a articulação com outros municípios para referências, a regulação e avaliação dos prestadores públicos e privados situados no município e análise e avaliação dos resultados das políticas municipais.

Considerado como setor de planejamento estratégico na gestão do SUS é a partir de sua organização que se estabelecem critérios e normas para garantir um acesso universal e de qualidade para todos os usuários. É também a partir de análises feitas neste setor, que se define a necessidade de contratualização de serviços complementares de prestação de serviços privados e seu permanente acompanhamento e avaliação, dentre eles:

Verificar a adequação, a resolubilidade e a qualidade dos procedimentos e serviços de saúde disponibilizados à população.

Monitorar e avaliar as ações e serviços de saúde a partir dos parâmetros nacionais de necessidade, gerando relatórios analíticos para subsidiar intervenções.

Coordenar e supervisionar o processo de cadastramento dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, independente da complexidade do serviço.

Acompanhar, controlar e avaliar a programação, a produção e o faturamento dos estabelecimentos de saúde, hospitalar e ambulatorial.

Apurar dados enviados pelo Ministério da Saúde referentes aos valores apurados no faturamento público e conveniado.

Elaborar Ficha de Programação Orçamentária – FPO das unidades de saúde a credenciadas.

Realizar a identificação dos usuários do SUS, com vistas à vinculação de clientela e à sistematização da oferta de serviços.

Avaliações múltiplas a partir de relatórios de faturamento enviados pelos conveniados atendendo às necessidades de quantificação de ações (ESTADO DA BAHIA, SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, 2007, p. 05).

No município de São Sebastião do Alto é feita uma avaliação quadrimestral onde são medidos os serviços prestados a população seja na área da saúde ou na área social, a partir

(11)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

11 da avaliação desses serviços consegue – se ter uma noção da qualidade e quantidade dos serviços prestados a população.

No quadro abaixo representa o eixo da Gestão em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião do Alto – RJ, onde estão descritos o objetivo que a gestão pretende alcançar, a diretriz de como alcançar os objetivos, as metas a serem alcançadas e os indicadores a serem atingidos.

A partir dos resultados obtidos conseguimos mediante a utilização do Planejamento Estratégico montar uma estrutura unificada que possibilita a identificação dos problemas dentro da organização, facilitando a tomada de decisão e visando o desenvolvimento social. Quadro nº3 - AÇÕES CONTEMPLADAS NO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

Eixo - Gestão em Saúde

Objetivo - Reorganizar a rede de atenção através da efetivação do complexo do sistema de regulação, controle, avaliação e acompanhamento dos serviços contratados e conveniados de média e alta complexidade. Estabelecer métodos, critérios e parâmetros para facilitar o acesso e a melhoria da qualidade da assistência do SUS do município.

Diretriz - Fortalecer as ações de regulação, controle e avaliação através da implantação de um complexo regulador e acompanhamento sistemático das ações firmadas na PPI

(Programação Pactuada Integrada).

Metas Indicadores

Aumentar o número de internações clínico-cirúrgicas de alta complexidade da população residente.

Número de internações clínico-cirúrgicas de alta complexidade da população residente.

Aumentar o número de procedimentos de alta complexidade selecionados para a população residente.

Número de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade da população residente.

Aumentar o percentual de internações de emergência supervisionadas pelo complexo regulador.

(12)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

12 Participar do mapeamento da Rede de

Serviços existente na região para prevenir doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração, cerebrovasculares, diabetes e doenças respiratórias.

Número de participantes presentes nas reuniões para elaboração do mapeamento.

Auxiliar, em âmbito municipal, o dimensionamento das necessidades de ampliação da rede com base nas linhas de cuidado.

Dimensionar as linhas de cuidado mapeadas no município.

Acompanhar a discussão para implantação do Centro Especializado em Reabilitação Regional.

Número de participantes presentes nos espaços de discussão do tema.

Auxiliar no mapeamento dos serviços de leitos hospitalares existentes na região: UTI Neonatal, UTI Adulto, pediátricos, cirúrgicos (principalmente traumato-ortopedia e cirurgia vascular).

Número de participantes presentes nas reuniões para elaboração do mapeamento.

Participar da realização da revisão global da PPI semestralmente.

Número de participantes presentes nas reuniões de revisão global da PPI

Auxiliar no mapeamento dos serviços existentes de consultas especializadas: pré-natal de alto risco, oftalmologia, neuropediatria, urologia, ortopedia, psiquiatria, e cardiologia vascular.

Número de participantes presentes nas reuniões sobre as consultas especializadas.

Implantar e supervisionar o Complexo Regulador Municipal.

01 Complexo Regulador Municipal implantado.

Auxiliar no mapeamento dos serviços de Terapia Renal Substitutiva existentes na região.

Número de pacientes que necessitam do serviço.

(13)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

13 Adotar e manter atualizados os protocolos de

regulação de acesso, em consonância com os protocolos e diretrizes estaduais, regionais e nacionais.

Número de protocolos implantados.

Garantir o atendimento das solicitações de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) da população Altense dentro das redes de atenção estabelecidas, assegurando transporte, hospedagem, e observando o laudo médico preconizado como necessidade.

Número de solicitações atendidas.

Garantir o pleno funcionamento dos sistemas: Estadual de Regulação (SER), Nacional de Regulação (SISREG), e de Informação em Saúde (SIS-PPI).

Qualificar os sistemas de regulação em funcionamento.

Fonte: Plano Municipal de Controle, Avaliação e Regulação da Secretaria Municipal de Saúde do Município de São Sebastião do Alto.

Segundo Matos (2014, p. 111) o Planejamento Estratégico “proporciona uma estrutura unificada que facilitará a identificação dos problemas da organização por parte dos gestores bem como a identificação de novas oportunidades, ou seja, forças a serem potencializadas e fraquezas a serem cuidadas”.

É preciso utilizar o Plano Estratégico como uma ferramenta efetiva na administração pública municipal, uma vez que este transforma intenções em ações, fixando metas e criando caminhos para que a organização alcance as finalidades propostas pelo plano.

O Planejamento deve ser visto, também, como uma ferramenta que possibilita reflexões e análises sobre possíveis acontecimentos futuros, ter uma visão mais abrangente sobre o ambiente em que se está inserido, além de propiciar preparação para possíveis mudanças ou antecipar-se a elas. Não deve ser visto apenas como sendo o único processo que garanta o sucesso da organização, mas como uma ferramenta que auxilia na identificação e operacionalização de estratégias que norteiam todos os níveis da organização (FASCINA, 2013, p. 19).

Nesse sentido, o Planejamento Estratégico, além de ser um instrumento de administração, busca facilitar e otimizar as interações da organização.

(14)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

14 5 – Conclusão

Ao finalizar o presente estudo, que teve como enfoque analisar o processo de execução do Planejamento Estratégico Municipal da cidade de São Sebastião do Alto – RJ de modo a compreender como esta ferramenta é capaz de auxiliar a gestão pública no processo de desenvolvimento social, pode-se notificar que o planejamento estratégico tem sido utilizado como uma ferramenta para a melhoria da qualidade de vida da população municipal. Sendo esta uma ferramenta útil, dinâmica e interativa, nota-se que através de medidas específicas, cultura avaliativa e sistemas de monitoramento, resultados relevantemente positivos foram alcançados.

Uma vez que o Planejamento Estratégico Municipal é um instrumento de gerenciamento que tem como objetivo central, tornar o trabalho de uma cidade mais eficiente, diminuindo as indecisões e favorecendo as transformações necessárias, se torna um importante aliado ao exercício do desenvolvimento, equilibrando os interesses individuais com os interesses da coletividade, causando incentivo ao desenvolvimento das cidades, e tornando-se também um instrumento essencial no que diz respeito ao atendimento das necessidades da população municipal. Nesse sentido, foi apresentado um crescimento gradativo dos planos voltados ao sistema de saúde local.

O formato de planejamento estudado, contribuiu para conduzir ações estratégicas no âmbito municipal, mediante a articulação de medidas que agregaram um valor democrático ao projeto do Sistema Único de Saúde, trazendo consigo princípios de regulação, avaliação e controle, garantindo um acesso universal e igualitário a todos os usuários locais.

Portanto, pode-se concluir que o processo de execução do Planejamento Estratégico consegue melhorar o uso dos recursos públicos, sendo um facilitador na detecção de possíveis problemas e um potencializador de pontos fortes encontrados, e que a presente pesquisa alcançou seu objetivo principal, através do qual se explica o desenvolvimento e a execução do Planejamento Estratégico na gestão municipal, como uma fermenta essencial na busca do desenvolvimento social.

(15)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

15 ALDAY, Herman E. Conteras. O Planejamento Estratégico dentro do Conceito de Administração Estratégica. Revista FAE, Curitiba, v.3, n.2, p.9-16, Mai/Ago. 2000.

ANDRADE, N. A. et al. Planejamento governamental para municípios: plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual. São Paulo: Atlas, 2005.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:

Senado Federal. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 28 set. 2015.

CASTOR, B. V. J. Planejamento estratégico municipal: empreendedorismo participativo nos municípios e prefeituras. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto; ARÃO, Sapiro. Planejamento Estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

ESTADO DA BAHIA, SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE. Diretoria de Controle das Ações e Serviços de Saúde – DICON. 2007. Disponível em: <http://www1.saude.ba.gov.br/regulasaude/Apresentações/oficina 2 apresentações/APRESENTAÇÃO DIA 30.08.07.ppt>. Acesso em: 20 de jan. de 2017.

_____. Controle e Avaliação dos Serviços em Saúde. 2007. Disponível em: <http://www.saude.ba.gov.br/dicon/APRESENTACAOCOCON.pdf>. Acesso em: 20 de jan. de 2017.

LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos humanos: princípios e tendências. 1ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2005.

MARQUES, Meire Helen da Silva. A influência do RH no Planejamento Estratégico. Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2009.

MATOS, Osvair Almeida. Gestão Estratégica em instituições de ensino superior: mapeamento das publicações científicas no período de 1997 a 2012. Revista GUAL. Florianópolis, v. 7, n.

(16)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

16 1, p. 106-127, jan. 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5007/1983-4535.2014v7n1p106. Acesso em: 03 out. 2015.

OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: Projetos de Pesquisa, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 2004.

PFEIFFER, P. Planejamento estratégico municipal no Brasil: uma nova abordagem. Brasília: Enap, out. 2000 (Texto para Discussão, n. 37).

RIBEIRO, L. & CARDOSO, A. Plano Diretor e Gestão Democrática da cidade. 2003.

SÃO SEBASTIÃO DO ALTO. Plano Municipal de Controle, Avaliação e Regulação. Secretaria Municipal de Saúde, 2015.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia da Pesquisa Científica. 21ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.

Referências

Documentos relacionados

Todas as outras estações registaram valores muito abaixo dos registados no Instituto Geofísico de Coimbra e de Paços de Ferreira e a totalidade dos registos

Por fim, na terceira parte, o artigo se propõe a apresentar uma perspectiva para o ensino de agroecologia, com aporte no marco teórico e epistemológico da abordagem

O Processo Seletivo Interno (PSI) mostra-se como uma das várias ações e medidas que vêm sendo implementadas pela atual gestão da Secretaria de Estado.. Importante

da equipe gestora com os PDT e os professores dos cursos técnicos. Planejamento da área Linguagens e Códigos. Planejamento da área Ciências Humanas. Planejamento da área

De acordo com resultados da pesquisa, para os AAGEs, a visita técnica não é realizada com a presença do AAGE. Quanto ao “ feedback ” ao AAGE sobre a visita técnica realizada

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Art. O currículo nas Escolas Municipais em Tempo Integral, respeitadas as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Política de Ensino da Rede, compreenderá

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar