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Plano de Proteção ao Emprego deverá ser aprovado sem atender o empresário

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Boletim 861/2015 – Ano VII – 27/10/2015

Plano de Proteção ao Emprego deverá ser aprovado sem

atender o empresário

Entidades que representam o empresariado brasileiro reivindicam a redução na burocracia, que inclui fim de banco de hora e acertos com o fisco para o ingresso no programa lançado em junho

Brasília - O texto final da Medida Provisória (MP) 680/2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), deverá ser aprovado nesta semana, concluindo tramitação no Congresso, sem atender às principais demandas das empresas em relação ao tema. Na pauta do Senado, a matéria precisa ser aprovada sem alterações sob pena de voltar à Câmara e não haver tempo para ser votada até o dia 3 de novembro, quando a MP perde a validade.

Entidades empresariais contestam o acesso burocratizado ao Programa e em especial a necessidade de regularidade fiscal - o que impede as empresas que estão com atraso no pagamento de tributos e de salários de acesso aos benefícios oferecidos pelo governo. As empresas querem também que o programa seja permanente.

A insatisfação dos empresários é tamanha que, mesmo depois de ter sido aprovada na Câmara, a Medida foi atropelada por 111 acordos coletivos fechados em todo o País à revelia do projeto do governo.

Apenas 22 empresas aderiram ao programa, a começar pela Volkswagen. Todos os pontos de discordância dos empresários, exceto o fato de a MP passar a incluir também aos micro e pequenas empresas, foram atendidos na Câmara.

O tempo é curto. Os senadores podem alterar ou suprimir as emendas já apresentadas - mas não acrescentar emendas novas. Se fizerem alterações, o texto ainda retorna mais uma vez para reavaliação dos deputados.

Todavia, a votação está trancando a pauta do Senado, e por isso deverá receber toda a atenção dos parlamentares. Além disso, senadores e deputados já teriam se acertado em relação às emendas da Medida na Comissão Mista criada para debater as propostas.

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Menos jornada e salários

O PPE permite às empresas em dificuldade financeira diminuir a remuneração e a jornada de trabalho de seus empregados em até 30%, mediante o compromisso de não demiti-los sem justa causa. Nesses casos, o governo paga até metade da parcela do salário que o trabalhador deixar de receber, limitada a 65% do teto do seguro-desemprego - o que corresponde a R$ 900,85, em valores atuais. Para isso, utiliza os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O governo estima que gastará R$ 97,6 milhões de recursos do FAT com o programa. A justificativa é de que a medida não só possibilitará preservar empregos como também reduzirá os custos das empresas. A maior economia virá da eliminação de custos que as empresas teriam com indenizações trabalhistas e, futuramente, com a contratação e o treinamento dos profissionais que precisarão ser incorporados aos seus quadros quando o país voltar a crescer. O texto aprovado pela Câmara amplia de 12 para 24 meses o tempo que as empresas habilitadas podem permanecer no programa. A MP atenderá somente àquelas empresas que consigam comprovar dificuldade econômico-financeira, regularidade fiscal, previdenciária e conformidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ou seja, as

empresas que enfrentam problemas para pagar os salários dos funcionários, mas também vivenciam complicações fiscais, não serão atendidas pelo PPE. A Câmara estendeu também o prazo final de adesão ao PPE, de 31 de dezembro de 2015 para 31 de

dezembro de 2016. O programa tem caráter temporário, e sua extinção deve ocorrer em 31 de dezembro de 2017.

Câmara vota repatriação

Outro projeto do ajuste fiscal do governo está na pauta da Câmara desta semana. O projeto de lei sobre repatriação de recursos (PL 2960/15) também será destaque nessa terça-feira, só que no Plenário da Câmara dos Deputados. O projeto já conta com um substitutivo da comissão especial, de autoria do deputado Manoel Junior (PMDB-PB), que estendeu a anistia para quem já havia se desfeito dos bens antes de 31 de dezembro de 2014. Pela proposta, brasileiros e estrangeiros residentes no País poderão declarar ao governo todo o patrimônio lícito mantido fora do Brasil, ou já repatriado, mas ainda não declarado, existente até 31 de dezembro de 2014. Haverá regularização importará em anistia para os crimes de sonegação fiscal e evasão de divisas, desde que não haja decisão final da Justiça contra o declarante. Haverá, no entanto, cobrança de Imposto de Renda e de multa sobre o valor do ativo, totalizando 35% do valor declarado no projeto original. Na Câmara, a alíquota ficou em 15%. O relatório aprovado inclui mais seis crimes na lista de anistia da proposta.

Abnor Gondim

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Fábrica de extintor corta 40% dos funcionários

Empresa alega queda de pedidos depois que o Contran acabou com a obrigatoriedade do equipamento, diz o Sindicato dos Metalúrgicos

CLEIDE SILVA - O ESTADO DE S.PAULO

A fábrica de extintores de incêndio Resil, de Diadema, no ABC paulista, demitiu nesta segunda-feira, 26, 350 funcionários, o equivalente a 40% do seu quadro de funcionários. A empresa alega a suspensão de pedidos, em especial das montadoras, após a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que acabou com a obrigatoriedade do equipamento nos automóveis.

A decisão que torna o uso facultativo foi anunciada no dia 17 de setembro. A obrigatoriedade dos extintores estava em vigor no País desde 1970.

O Contran havia determinado a substituição de todos os equipamentos pelo tipo ABC, que é mais eficiente, até 1º de outubro. Após provocar uma corrida de consumidores às lojas (a medida já havia sido adiada quatro vezes), a decisão também foi revogada.

"As empresas investiram para dar conta desse aumento de demanda. A Resil contratou trabalhadores e ampliou sua estrutura. Agora vem essa decisão que surpreendeu a todos", disse o coordenador da regional Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, David Carvalho. "É preciso debater a obrigatoriedade ou não com o governo, empresas e o movimento sindical, já que o equipamento gera postos de trabalho e salva vidas."

Manifestação. Nesta terça-feira, 27, o sindicato realizará manifestação em frente à Resil,

a partir das 8h, e depois os trabalhadores seguirão em passeata até a Rodovia dos Imigrantes. Segundo Carvalho, novas demissões podem ocorrer na empresa. Nenhum representante da Resil foi localizado nesta segunda-feira para comentar o assunto.

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é de extintores para carros de passeio. A obrigatoriedade do equipamento foi mantida para veículos comerciais.

O sindicato defende que a resolução seja revista. "Estamos nos articulando em Brasília para que a medida seja revogada e que se faça uma discussão com toda a sociedade. Por trás de uma decisão burocrática, existem empregos em jogo", afirmou Carvalho.

Segundo ele, a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos contra Incêndio (Abiex) estima que a medida pode gerar a perda de até 10 mil empregos no setor em todo País.

Já há um decreto legislativo do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) tramitando na Câmara que pede a anulação da medida. O deputado Vicente Cândido (PT-SP) apresentou requerimento pedindo urgência para apreciação do decreto.

Bancários aceitam reajuste salarial de 10% e terminam greve

Em São Paulo, categoria volta ao trabalho já nesta terça-feira, após 21 dias de paralisação; apenas os trabalhadores de Mato Grosso e de Roraima continuam em greve

AGÊNCIA BRASIL E ANDRÉ ÍTALO ROCHA, DA AGÊNCIA ESTADO - O ESTADO DE S. PAULO

Os bancários da maior parte do país encerraram nessa segunda-feira, 26, a greve da categoria, que durou 21 dias. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Ramo Financeiro (Confraf), 60% das agências estavam paradas desde o dia 6 de outubro. Os trabalhadores dos Estados de Mato Grosso e de Roraima decidiram continuar em greve.

A maior parte dos bancários, em assembleias na noite de ontem, aceitou o acordo

proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu reajuste de 10% sobre os salários, a participação nos lucros e resultados (PLR) e o piso da categoria. Com o reajuste de 10 % sobre a PLR, os bancários garantiram que a parcela adicional será de

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2,2% do valor do lucro líquido, distribuído linearmente. Também foi proposto um reajuste de 14% para os vales-refeição e alimentação.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, com esse índice, em 12 anos, será possível acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. Para ela, esta paralisação “foi uma das mais fortes dos últimos anos e a conquista foi consequência da nossa luta e mobilização”.

Além de São Paulo, a greve também foi encerrada em 78 cidades de vários estados, entre as quais, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba. Alguns sindicatos

promovem assembleias nesta terça-feira, 27, para decidir sobre o retorno às atividades.

São Paulo. Após os bancos oferecerem um reajuste salarial de 10%, os bancários

decidiram na noite desta segunda-feira. A decisão foi tomada em assembleia realizada na capital paulista, com a participação de cerca de seis mil trabalhadores. A categoria volta ao trabalho já na terça-feira.

O reajuste de 10% representa ganho real de 0,11% e também é válido para a Participação nos Lucros e Resultado (PLR). Além disso, a proposta dos bancos inclui abono de 72% dos dias em que houve paralisação e aumento de 14% no refeição e no vale-alimentação, que hoje são de R$ 572 e R$ 431,16, respectivamente.

Os bancários entraram em greve após cinco rodadas de negociações sem sucesso. Inicialmente, os bancos ofereceram reajuste de 5,5%, sob a justificativa de que essa era a projeção para a inflação nos próximos 12 meses. A proposta chegou a ser ampliada para 7,5% e 8,75%, mas as duas foram rejeitadas pelos trabalhadores. Até que, na sexta-feira passada, houve nova elevação, dessa vez para 10%, superando a inflação do período.

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Referências

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