• Nenhum resultado encontrado

Superior Tribunal de Justiça

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Superior Tribunal de Justiça"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 933.048 - RS (2007/0049376-0)

RELATOR : MINISTRO JOSÉ DELGADO

RECORRENTE : CONSTRUTORA PICCOLI CONSANDIER LTDA

ADVOGADO : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(S)

RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL

PROCURADOR : SIMONE ANACLETO LOPES E OUTRO(S)

EMENTA

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PENHORA DE DEBÊNTURE DA ELETROBRÁS COM A FINALIDADE DE GARANTIA DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI Nº 6.830/80). POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO. APLICAÇÃO DO ART. 11, VIII, DA LEF. PRECEDENTES.

1. Recurso especial contra acórdão que, em ação executiva fiscal, indeferiu a

nomeação à penhora de Títulos da Eletrobrás.

2. Entendimento deste Relator de que “as debêntures emitidas pela Eletrobrás não constituem títulos idôneos para o fim de garantir o crédito fiscal, uma vez que não possuem liquidez imediata, tampouco cotação em bolsa de valores” (REsp nº

701336/RS, DJ de 19/09/05).

3. Mudança na posição da 1ª Turma do STJ que, ao julgar o REsp nº 834885/RS, Rel.

eminente Min. Teori Albino Zavascki, decidiu que “dada a sua natureza de título de

crédito, as debêntures são bens penhoráveis. Tendo cotação em bolsa, a penhora se dá na gradação do art. 655, IV ('títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa'), que corresponde à do art. 11, II, da Lei 6.830/80; do contrário, são penhoráveis como créditos, na gradação do inciso X de mesmo artigo ('direitos e ações'), que corresponde à do inciso VIII do art. 11 da referida Lei, promovendo-se o ato executivo nos termos do art. 672 do CPC' .

4. Recurso especial provido para o fim de que possam as debêntures emitidas pela

Eletrobrás ser utilizadas como garantia de execução fiscal, nos termos da Lei nº 6.830/80.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Luiz Fux, Teori Albino Zavascki e Denise Arruda votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Falcão. Brasília (DF), 26 de junho de 2007 (Data do Julgamento)

MINISTRO JOSÉ DELGADO Relator

(2)

Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 933.048 - RS (2007/0049376-0)

RELATÓRIO

O SR. MINISTRO JOSÉ DELGADO (RELATOR): Cuida-se de recurso especial interposto pela CONSTRUTORA PICCOLI CONSANDIER LTDA. (art. 105, III, “a” e “c”, da CF/88), contra acórdão que, em ação executiva fiscal, indeferiu a nomeação à penhora de Títulos da Eletrobrás. A ementa consignou (fl. 160):

EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO À PENHORA. PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE. TÍTULOS DA ELETROBRÁS. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ. AGRAVO DE DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

- O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que somente garantem a execução fiscal os títulos ofertados à penhora com cotação em bolsa. Quanto aos títulos da ELETROBRÁS , por não terem liquidez, não podem ser utilizados como garantia das execuções fiscais, pois se fossem valiosos poderiam ser transacionados na Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão e, com o produto obtido, quitar os tributos devidos ou oferecê-lo em garantia.

- O princípio da menor onerosidade (artigo 620 do CPC) deve ser lido em consonância com o artigo 612 do CPC, que dispõe que a execução se processa no interesse do credor, devendo o feito ser realizado com celeridade, dentro do princípio da máxima utilidade da execução.

- O Código de Processo Civil, em seu artigo 557, autoriza o Relator a negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com a jurisprudência dominante do respectivo Tribunal ou de Tribunais. Opostos embargos de declaração, foram eles acolhidos apenas para fins de prequestionamento.

A recorrente alega ofensa aos arts. 620, 652, 655, 656 e 674 do CPC, 2º da Lei nº 5.073/66, 11, II, da LEF e 4º da Lei nº 4.156/02 e dissenso pretoriano. Argumenta que os títulos apresentados são aptos a serem negociados em bolsa de valores ou mercado de balcão, sendo plenamente válidos.

Oferecimento de contra-razões pela manutenção do decisum a quo.

(3)

Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 933.048 - RS (2007/0049376-0)

EMENTA

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PENHORA DE DEBÊNTURE DA ELETROBRÁS COM A FINALIDADE DE GARANTIA DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI Nº 6.830/80). POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO. APLICAÇÃO DO ART. 11, VIII, DA LEF. PRECEDENTES.

1. Recurso especial contra acórdão que, em ação executiva fiscal, indeferiu a

nomeação à penhora de Títulos da Eletrobrás.

2. Entendimento deste Relator de que “as debêntures emitidas pela Eletrobrás não constituem títulos idôneos para o fim de garantir o crédito fiscal, uma vez que não possuem liquidez imediata, tampouco cotação em bolsa de valores” (REsp nº

701336/RS, DJ de 19/09/05).

3. Mudança na posição da 1ª Turma do STJ que, ao julgar o REsp nº 834885/RS, Rel.

eminente Min. Teori Albino Zavascki, decidiu que “dada a sua natureza de título de

crédito, as debêntures são bens penhoráveis. Tendo cotação em bolsa, a penhora se dá na gradação do art. 655, IV ('títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa'), que corresponde à do art. 11, II, da Lei 6.830/80; do contrário, são penhoráveis como créditos, na gradação do inciso X de mesmo artigo ('direitos e ações'), que corresponde à do inciso VIII do art. 11 da referida Lei, promovendo-se o ato executivo nos termos do art. 672 do CPC' .

4. Recurso especial provido para o fim de que possam as debêntures emitidas pela

Eletrobrás ser utilizadas como garantia de execução fiscal, nos termos da Lei nº 6.830/80.

VOTO

O SR. MINISTRO JOSÉ DELGADO (RELATOR): A questão controversa se refere

à possibilidade de oferecimento à penhora de debêntures emitidas pela Eletrobrás.

Sobre esse assunto, vinha adotando a posição no sentido de que “as debêntures emitidas

pela Eletrobrás não constituem títulos idôneos para o fim de garantir o crédito fiscal, uma vez que não possuem liquidez imediata, tampouco cotação em bolsa de valores” (REsp 701336/RS,

DJ de 19/09/05).

Entretanto, recentemente, houve mudança no entendimento firmado por esta Primeira Turma do STJ, que, seguindo o voto do eminente Min. Teori Albino Zavascki no REsp n° 834885/RS, julgado no dia 20/06/2006, posicionou-se na linha de que as debêntures emitidas pela Eletrobrás possuem natureza de títulos de crédito e são bens passíveis de penhora para garantia da execução fiscal. O referido julgado inovador apresentou a seguinte fundamentação:

(4)

Superior Tribunal de Justiça

executivos extrajudiciais (CPC, art. 585, I), tive oportunidade de me manifestar em sede doutrinária nos seguintes termos:

A debênture, disciplinada pela Lei 6.404, de 15.12.1976, título emitido por sociedades por ações, representativos de fração de mútuo por ela tomado, confere aos seus titulares direito de crédito (art. 52), ao qual se agrega ou garantia real sobre determinado bem ou garantia flutuante (que assegura privilégio geral sobre todo o ativo da devedora), ou ambas (art. 58). Além de ser título executivo e titulo de crédito, a debênture é, também, título mobiliário apto a ser negociado em Bolsa de Valores ou no mercado de balcão, nos termos da legislação específica (Lei 6.385, de 07.12.1976, art. 2º), o que potencializa sobremodo sua aptidão como instrumento destinado a captar recursos pelas companhias emitentes (ZAVASCKI, Teori Albino. "Comentários ao Código de Processo Civil - v. 8", 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 206). Entendeu o Tribunal de origem que as debêntures da Eletrobrás são "inidôneas para o fim específico de garantir a dívida fiscal com a União, pois desprovidas de liquidez imediata, bem como de cotação em bolsa" (fl. 93). Em face disto, merece reparos o acórdão recorrido.

Embora não possuam cotação em bolsa - e, portanto, não se encontrem no elenco do inciso II do art. 11 da referida Lei, são títulos representativos de um crédito, e, em virtude disso, perfeitamente penhoráveis, por se enquadrarem no inciso VIII do dispositivo ("direitos e ações"). É assim também no sistema do CPC: tendo cotação em bolsa, as debêntures são bens penhoráveis com a gradação do art. 655, IV ("títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa"; do contrário, são penhoráveis como créditos, na gradação do inciso X ("direitos e ações"), promovendo-se a penhora nos termos do art. 672 do CPC.

2. Pelo exposto, dou provimento ao recurso especial para admitir a penhora de debêntures emitidas pela Eletrobrás.

Também nesse mesmo sentido, os recentes julgados pronunciados por esta Corte:

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.

PENHORA DE DEBÊNTURE DA ELETROBRÁS COM A FINALIDADE

DE GARANTIA DE EXECUÇÃO FISCAL ( LEI 6.830/80).

POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO. APLICAÇÃO DO ART. 11, VIII, DA LEI Nº 6.830/80. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

1. Cuida-se de recurso especial fundado nas alíneas "a" e "c" do permissivo constitucional, interposto Fratelli Zococoli Comércio e Distribuição Ltda - Microempresa, em sede de agravo de instrumento (originado em ação de execução fiscal movida pela União), com o objetivo de desconstituir acórdão que declarou a impossibilidade de que debêntures emitidas pela Eletrobrás, por não possuírem cotação em bolsa e liquidez, sejam penhoradas como garantia de execução fiscal. Em recurso especial alega-se, além de divergência jurisprudencial, violação dos artigos 4º da Lei nº 4.156/62, 2º da Lei nº 5.073/66, 52 da Lei nº 6.404/76, 11, II, da Lei nº 6.830/80 e 620 do Código de Processo Civil, defendendo que as debêntures da Eletrobrás não são títulos da dívida pública, mas sim títulos ao portador com cotação em bolsa.

2. Mudança no entendimento da 1ª Turma do STJ, que, no julgamento do Resp nº 834.885/RS de relatoria do eminente Ministro Teori Albino Zavascki, firmou-se no

(5)

Superior Tribunal de Justiça

sentido de que "Dada a sua natureza de título de crédito, as debêntures são bens penhoráveis. Tendo cotação em bolsa, a penhora se dá na gradação do art. 655, IV ("títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa"), que corresponde à do art. 11, II, da Lei 6.830/80; do contrário, são penhoráveis como créditos, na gradação do inciso X de mesmo artigo ("direitos e ações"), que corresponde à do inciso VIII do art. 11 da referida Lei, promovendo-se o ato executivo nos termos do art. 672 do CPC". 3. Recurso especial provido para o fim de que, desconstituído o acórdão recorrido, possam as debêntures emitidas pela Eletrobrás ser utilizadas como garantia de execução fiscal, nos termos da Lei 6.830/80.

(REsp nº 911153/RS, 1ª Turma, deste Relator, DJ de 10/05/2007)

PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. OBRIGAÇÃO DA

ELETROBRÁS. LIQUIDEZ E CERTEZA DUVIDOSAS.

INDEFERIMENTO DA NOMEAÇÃO. POSSIBILIDADE.

1. A ausência de debate, na instância recorrida, sobre os dispositivos legais cuja violação se alega no recurso especial atrai, por analogia, a incidência da Súmula 282 do STF.

2. As obrigações da Eletrobrás oferecidas à penhora representam crédito decorrente de empréstimo compulsório. Sua liquidez e certeza foram negadas pelas instâncias ordinárias, que as considera de "liquidação duvidosa". Assim, "os Títulos que consubstanciam obrigação da Eletrobrás revelam-se impróprios à garantia do processo de execução, posto de liquidação duvidosa" (AgRg no REsp 669.458/RS, Min. Luiz Fux, 1ª T., DJ 16.05.2005).

3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido.

(REsp nº 902641/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 19/04/2007)

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.

PENHORA DE DEBÊNTURE DA ELETROBRÁS. POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO. APLICAÇÃO DO ART. 11, VIII, DA LEI Nº 6.830/80. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu a nomeação de títulos da Eletrobrás para garantia de execução fiscal. O Tribunal a quo negou provimento ao recurso, entendendo que as obrigações ao portador emitidas pela Eletrobrás configuram títulos da dívida pública, sem cotação em bolsa de valores, que falecem da liquidez e certeza necessárias para garantir o débito exeqüendo. Recurso especial aponta, além de divergência jurisprudencial, violação dos artigos 4º da Lei nº 4.156/62, 2º da Lei nº 5.073/66, 52 da Lei nº 6.404/76, 11, II, da Lei nº 6.830/80 e 620 do Código de Processo Civil, defendendo que as debêntures da Eletrobrás não são títulos da dívida pública, mas sim títulos ao portador com cotação em bolsa.

2. Mudança no entendimento da 1ª Turma do STJ, que, no julgamento do Resp nº 834.885/RS de relatoria do eminente Ministro Teori Albino Zavascki, firmou-se no sentido de que "Dada a sua natureza de título de crédito, as debêntures são bens penhoráveis. Tendo cotação em bolsa, a penhora se dá na gradação do art. 655, IV ("títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa"), que corresponde à do art. 11, II, da Lei 6.830/80; do contrário, são penhoráveis como créditos, na gradação do inciso X de mesmo artigo ("direitos e ações"), que corresponde à do inciso VIII do art. 11 da referida Lei, promovendo-se o ato executivo nos termos do art. 672 do CPC".

(6)

Superior Tribunal de Justiça

(REsp nº 885087/RS, 1ª Turma, deste Relator, DJ de 01/02/2007)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.

PENHORA. DEBÊNTURES DA ELETROBRÁS. POSSIBILIDADE. ART. 11, INCISO VIII, DA LEI Nº 6.830/80. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA.

I - O Tribunal a quo realizou a prestação jurisdicional invocada, pronunciando-se sobre os temas propostos, tecendo considerações acerca da demanda, não havendo que se falar em omissão no aresto regional, tendo o Tribunal de origem se manifestado devidamente acerca da possibilidade de recusa de debêntures da ELETROBRÁS, argumentando, inclusive, que tais créditos não possuem liquidez. II - A Primeira Turma deste Sodalício, por meio do julgamento de diversos recursos, adotou novo posicionamento acerca do tema em debate, entendendo que é cabível a penhora de debêntures da ELETROBRÁS, porquanto, inobstante tais créditos não terem cotação na Bolsa de Valores, possuem natureza de título de crédito, enquadrando-se, com isso, na gradação legal prevista no inciso VIII, do art. 11, da Lei de Execução Fiscal, no título "direitos e ações". Precedente: REsp nº 857.043/RS, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 25/09/06.

III - Recurso especial provido.

(REsp nº 836.143/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 01/02/2007)

PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA

282/STF. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA DE

DEBÊNTURES EMITIDAS PELA ELETROBRÁS. TÍTULOS DE

CRÉDITO SEM COTAÇÃO EM BOLSA. POSSIBILIDADE.

APLICAÇÃO DO ART. 11, VIII, DA LEI 6.830/80.

1. (...)

2. A debênture, título executivo extrajudicial (CPC, art. 585, I), é emitida por sociedades por ações, sendo título representativo de fração de mútuo tomado pela companhia emitente. A debênture confere aos seus titulares um direito de crédito (Lei 6.404, de 15.12.1976, art. 52), ao qual se agrega garantia real sobre determinado bem e/ou garantia flutuante assegurando privilégio geral sobre todo o ativo da devedora (art. 58). É, igualmente, título mobiliário apto a ser negociado em Bolsa de Valores ou no mercado de balcão, nos termos da legislação específica (Lei 6.385, de 07.12.1976, art. 2º).

3. Dada a sua natureza de título de crédito, as debêntures são bens penhoráveis. Tendo cotação em bolsa, a penhora se dá na gradação do art. 655, IV ("títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa"), que corresponde à do art. 11, II, da Lei 6.830/80; do contrário, são penhoráveis como créditos, na gradação do inciso X de mesmo artigo ("direitos e ações"), que corresponde à do inciso VIII do art. 11 da referida Lei, promovendo-se o ato executivo nos termos do art. 672 do CPC.

4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido.

(REsp nº 857.043/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 20/09/2006) Destarte, em face da novel jurisprudência supracitada e buscando executar a missão desta Corte de zelar pela uniformização da interpretação da legislação federal infraconstitucional, tenho que há de se acolher a pretensão recursal em exame.

(7)

Superior Tribunal de Justiça

Ante o exposto, dou provimento ao recurso especial para o fim de que possam as debêntures emitidas pela Eletrobrás ser utilizadas como garantia de execução fiscal, nos termos da Lei nº 6.830/80.

(8)

Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA

Número Registro: 2007/0049376-0 REsp 933048 / RS

Números Origem: 200604000270121 200671130005776

PAUTA: 26/06/2007 JULGADO: 26/06/2007

Relator

Exmo. Sr. Ministro JOSÉ DELGADO Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI Subprocurador-Geral da República

Exmo. Sr. Dr. JOÃO FRANCISCO SOBRINHO Secretária

Bela. MARIA DO SOCORRO MELO

AUTUAÇÃO

RECORRENTE : CONSTRUTORA PICCOLI CONSANDIER LTDA

ADVOGADO : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(S)

RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL

PROCURADOR : SIMONE ANACLETO LOPES E OUTRO(S)

ASSUNTO: Execução Fiscal - Dívida Ativa

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Os Srs. Ministros Luiz Fux, Teori Albino Zavascki e Denise Arruda votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Falcão. Brasília, 26 de junho de 2007

MARIA DO SOCORRO MELO Secretária

Referências

Documentos relacionados

A cidade de Porto Seguro obteve, nesta dimensão, o índice de 63,6, abaixo da pontuação obtida pelo destino na primeira edição do estudo, como é possível conferir

Por esta razão, objetivamos analisar a política de expansão da Igreja Católica na Bahia, na década de 1950, e sua correlação com a criação do Primeiro Bispado em Vitória

No contexto em que a Arte é trabalhada como recurso didático-pedagógico na Educação Matemática (ZALESKI FILHO, 2013), pode-se conceber Performance matemática (PM) como

Os animais foram divididos aleatória e eqüitativamente em quatro grupos com cinco animais cada: grupo morfina (GM) administrada na dose de 0,1 mg/kg por via epidural; grupo

Convenio para desenvolvimento de servicos assistenciais de natureza continuada, para atendimento da populacao local em situacAo de vulnerabilidade, compreendidos na area

O procedimento de avaliação consistia em duas fases: uma entrevista inicial para avaliar o domínio do investigador e os seus hábitos de gestão de dados; e uma

Los alumnos a los que convencionalmente se dirige la educación especial son los niños y jóvenes con retraso mental, dificultades de aprendizaje, trastornos emocionales y

A metodologia de abordagens através da análise dos parâmetros críticos largamente empregada na determinação do impacto ambi^ ental de instalações nucleares esta sendo aplicada