NATAN BATISTA
DIREITO FALIMENTAR E
RECUPERACIONAL
Resumo e Questões
Direito
Empresarial
Teoria Geral do Direito Falimentar e
Recuperacional
Página 1
1. Evolução do Direito Falimentar e Recuperacional
Página 12. Visão Introdutória
Página 13. Sistematizando
Página 44. Princípios
do
Direito
Falimentar
e
Recuperacional
Página 5
4.1. Sistematizando
Página 5Da Recuperação Judicial
Página 61. Conceito e Objetivo
Página 62. Fases da Recuperação Judicial
Página 63. Da Fase Postulatória (Do Pedido)
Página 63.1. Autor
Página 63.2. Requisitos
Página 63.3. Foro Competente
Página 73.4. Créditos Sujeitos à Recuperação Judicial
Página 73.5. Do Pedido
Página 73.6. Do Deferimento do Pedido
Página 73.7. Sistematizando
Página 94. Da Fase Deliberativa (Da Proposta)
Página 104.1. Da Apresentação do Plano de Recuperação Judicial
Página 104.2. Da Votação da Assembleia dos Credores
Página 114.3. Do Deferimento da Recuperação Judicial
Página 114.4. Sistematizando
Página 135. Da Fase Executória (Da Implementação)
Página 145.1. Do Encerramento da Recuperação Judicial
Página 145.2. Da Convolação em Falência
Página 155.3. Sistematizando
Página 166. Da Recuperação Judicial Especial
Página 17Teoria Geral do
Direito Falimentar e
Recuperacional
1. Evolução do Direito Falimentar e
Recuperacional
Basicamente, a evolução que se pode constatar no Direito Falimentar e Recuperacional é a primariedade da falência, período no qual, de forma incipiente, se destinava única e exclusivamente à punição dos devedores, deixando de lado os deveres dos credores.
Num segundo momento, nota-se uma alteração de pensamento e a criação e predominância, principalmente posterior ao ano de 2015, da recuperação das empresas, somente havendo sua falência nos casos em que sua permanência prejudicasse as atividades harmônicas do mercado.
2. Visão Introdutória
Nomenclatura. Há uma divergência entre a utilização das nomenclaturas
Direito Comercial ou Direito Empresarial. A primeira corrente se baseia na
originalidade deste ramo do Direito, bem como se atentam à teoria dos atos do
comércio e a ainda vigência do Código Comercial de 1850. A segunda, porém, leva em
consideração o surgimento da teoria da empresa, bem como a adoção do Código Civil de 2002 quanto à nomenclatura Direito de Empresa.
Cabe dizer que ambas as nomenclaturas estão corretas.
Falência ou Recuperação. É possível que se divida o período entre antes e após
a publicação da Lei 11.101/05 (Lei de Falência e Recuperação de Empresas).
Anteriormente a ela, era comum a adoção e prevalência da falência, sendo, em casos excepcionais, adotada a concordata.
Posteriormente passou a ser comum a adoção da recuperação de empresas, influenciada pelo princípio da função social da empresa e a manutenção do bom funcionamento da economia.
Legislação. Lei 11.101/05 – Lei de Falência e Recuperação de Empresas. São
201 artigos divididos entre: (1) Processo de recuperação judicial; (2) Processo de recuperação extrajudicial; (3) processo falimentar; (4) crimes falimentares; e (5) procedimentos penais.
Objetivo. O Direito Falimentar e Recuperacional tem como objetivo a criação e
utilização de mecanismos voltados à proteção do crédito, evitando e diminuindo os índices de inadimplência.
Em casos em que não há a possibilidade de evitar a dívida, cabe ao Direito Falimentar, através do princípio da viabilidade da empresa, identificar a dispensabilidade ou indispensabilidade da empresa em relação ao funcionamento do mercado.
Havendo inadimplência, caberá à empresa: (1) requerer a recuperação judicial; (2) negociar com credores o acordo de recuperação extrajudicial; (3) falir.
A quem se aplica a lei? A lei se aplicará aos (1) empresários e às (2) sociedades
empresárias.
1) Empresários:
Devem ser (1) profissionais; (2) exercer atividade econômica; (3) organizada; (4) voltada à produção/circulação de bens e serviços.
Além disso, deve reunir, enquanto pessoa física, (1) profissionalismo; (2) pessoalidade; e (3) monopólio das informações.
2) Sociedade empresária:
Devem reunir (1) capital; (2) insumos; (3) mão de obra; e (4) tecnologia.
A quem não se aplica a lei? 1) Não aplicação absoluta:
a. Empresa pública;
b. Sociedade de economia mista.
2) Aplicação subsidiária à lei regulamentadora: a. Instituição financeira (Lei 6.024/74); b. Cooperativa de crédito (Lei 5.764/74); c. Consórcio (Lei 6.404/76);
d. Entidade de previdência complementar – Lei Complementar 109/01; e. Sociedade operadora de plano de assistência à saúde – Lei 9.656/98; f. Sociedade seguradora – Decreto-Lei 73/66;
g. Sociedade de capitalização – Decreto-Lei 261/67;
h. Outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 3) Não aplicação até fato determinado:
a. Produtores rurais – até o registro na Junta Comercial;
c. Sociedades não personificadas – até o registro da Junta Comercial. i. Sociedade de fato;
ii. Sociedade irregular.
Foro competente para o pedido da falência. O foro competente é o do local do
principal estabelecimento do empresário. Segundo a teoria econômica – aceita pelo
Ordenamento Jurídico, principal estabelecimento será aquele em que se concentra o maior complexo de bens da empresa, bem como realiza um maior número de atividades.
São os elementos do principal estabelecimento, segundo o STJ: 1) Centro vital das principais atividades do devedor;
2) Local onde o devedor mantém suas atividades e seu principal estabelecimento; 3) Local onde a atividade se mantém centralizada.
4. Princípios do Direito Falimentar e
Recuperacional
Princípio da por creditio creditorum. É necessário estabelecimento de
execução especial que reúna todos os credores de determinada categoria, uma vez que
é função da empresa tratar os credores de uma mesma categoria de maneira igual.
Princípio da viabilidade da empresa. Modo segundo o qual as empresas
endividadas são avaliadas. Viáveis são submetidas ao processo de falência e recuperação de empresas, enquanto as não viáveis são extirpadas do mercado.
Princípio da prevalência do interesse de credores. É dever da empresa,
enquanto no processo de falência, atender aos interesses dos credores legítimos, satisfazendo suas pretensões creditícias.
Princípio da publicidade dos procedimentos. Além da publicidade, de fato, é
necessário que o procedimento seja transparente, claro e direto.
Princípio da conservação e maximização dos ativos. O processo de falência e
recuperação tem como objetivo, além de restaurar a atividade da empresa, manter ou valorizar seus ativos.
Da Recuperação
Judicial
1. Conceito e Objetivo
Trata-se de plano de restituição/restruturação da estabilidade econômica da empresa, através da execução de diversas medidas de ordem financeira e jurídica.
2. Fases da Recuperação Judicial
1) Fase postulatória/pedido: inicia-se com a petição inicial e tem por fim o
despacho do processamento do benefício;
2) Fase deliberativa/proposta: inicia-se com o despacho do processamento do
benefício e tem por fim a decisão que concede a recuperação judicial;
3) Fase executória/implementação: inicia-se com a decisão que concede a
recuperação judicial e tem por fim a decisão que encerra a recuperação judicial.
3. Da Fase Postulatória (Do Pedido)
3.1. Autor
Poderão requerer a recuperação judicial: 1) O próprio empresário individual;
2) A sociedade empresária; 3) O cônjuge sobrevivente; 4) Os herdeiros; 5) Os inventariantes; 6) O sócio remanescente.
3.2. Requisitos
Deverá haver a observância quanto a alguns requisitos:
1) Exercer atividade empresarial regularmente pelo período mínimo de 2 anos; 2) Não ter falido ou, se falido, que a falência tenha sido declarada extinta;
3) Não ter obtido concessão para recuperação judicial num período prévio de cinco anos, ainda que com base no plano especial para ME e EPP;
4) Não tenha sido condenado o empresário ou seus sócios pelos crimes falimentares.
3.3. Foro Competente
Trata-se da prevalência da teoria econômica, sendo o foro competente o local em que haja a maior concentração de bens da empresa.
3.4. Créditos Sujeitos à Recuperação
Judicial
Serão incluídos na recuperação judicial todos os créditos contraídos até a data do pedido, ainda que não estejam vencidos.
3.5. Do Pedido
Legislação. Art. 319 do CPC e art. 51 da LRE.
Elementos que deverão constar da petição inicial. São os elementos: 1) Causas concretas da situação patrimonial do devedor;
2) Demonstrações contábeis referentes aos três últimos exercícios sociais:
a. Balanço patrimonial;
b. Demonstração dos resultados acumulados;
c. Demonstração do resultado desde o último exercício social; d. Relatório gerencial do fluxo de caixa e de sua projeção.
3) Relação nominal completa dos credores; 4) Relação integral dos empregados;
5) Certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores; 6) Relação dos bens particulares dos sócios;
7) Extratos atualizados das contas bancárias; 8) Certidões dos cartórios de protestos;
9) Relação de todas as ações judiciais em que este figure como parte.
3.6. Do Deferimento do Pedido
Legislação. Art. 52 da LRE.
Deferimento do Processamento ≠ Deferimento da Recuperação. Medidas tomadas pelo juiz quando do deferimento. São as medidas: 1) Nomeará administrador judicial;
2) Determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas;
3) Ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, salvo ações referentes à(ao):
c. Execuções fiscais;
d. Adiantamento a contrato de câmbio para exportação; e. Credor proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis; f. Credor de arrendamento mercantil.
4) Determinará a apresentação de contas demonstrativas mensais;
5) Ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e todos os estados e municípios em que o devedor tiver estabelecimento.
Expedição de edital. Proferida a decisão, é necessário que o juiz profira edital
em que conste:
1) Resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação;
2) Relação nominal de credores com discriminação do valor; 3) Advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos.
Constituição da Assembleia Geral. Neste ponto, é possível que os credores
constituam a Assembleia de Credores que votará, posteriormente, o plano que deverá ser apresentado.
Desistência. Deferido o procedimento, somente poderá haver desistência com
4. Da Fase Deliberativa (Da Proposta)
4.1. Da Apresentação do Plano de
Recuperação Judicial
Legislação. Art. 53 da LRE.
Prazo. 60 dias da data do deferimento do procedimento. Elementos que constarão no plano. São eles:
1) Discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a serem empregados;
2) Demonstração da sua viabilidade econômica;
3) Laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor. Meios de recuperação judicial. São os meios:
1) Concessão de prazos e condições especiais para pagamento; 2) Alteração do comando da empresa em crise:
a. Cisão, incorporação, fusão e transformação da sociedade; b. Alteração do controle societário;
c. Substituição total/parcial dos administradores;
d. Concessão, aos credores, de direito de eleição em separado dos administradores;
e. Aumento do capital social;
f. Trespasse ou arrendamento do estabelecimento;
g. Usufruto da empresa/dos recursos que a empresa possui; h. Administração compartilhada.
3) Redução salarial, compensação de horários e redução de jornada; 4) Dação em pagamento ou novação das dívidas;
5) Constituição de sociedade de credores; 6) Venda parcial dos bens;
7) Equalização dos encargos financeiros; 8) Emissão de valores mobiliários;
9) Constituição de sociedade com propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
Dos créditos trabalhistas no plano de recuperação judicial. É a disposição: 1) Deverá haver o pagamento de cinco salários-mínimos pelos três últimos
meses trabalhados em, no máximo, um mês (30 dias);
2) Deverá haver o pagamento do restante das dívidas trabalhistas em até um ano.
1) Não havendo objeções: entende-se a aceitação tácita do plano de
recuperação;
2) Havendo objeções: convocar-se-á a Assembleia Geral em 150 dias para a
deliberação sobre o plano.
4.2. Da Votação da Assembleia dos
Credores
Da aprovação e quórum. As classes serão divididas da forma que se segue: 1) Credores titulares de créditos trabalhistas;
2) Credores titulares de créditos com garantia real;
3) Credores quirografários, com privilégio especial, geral ou subordinados; 4) Credores considerados ME ou EPP.
Segue a tabela que indica os quóruns:
Credores Quórum Titulares de créditos da legislação
trabalhista ou decorrentes de acidentes de trabalho
Maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu
crédito
Credores considerados microempresa ou empresa de pequeno porte
Credores com garantia real Aprovada por credores que representem
mais da metade do valor total dos
créditos presentes à assembleia e,
cumulativamente, pela maioria dos credores presentes
Possíveis decisões da Assembleia dos Credores. São elas: 1) Aprovação sem alterações;
2) Aprovação com alterações (com anuência do devedor); 3) Rejeição do plano e decretação da falência.
4.3. Do Deferimento da Recuperação
Judicial
Haverá o deferimento posteriormente à apresentação das certidões negativas
de débitos tributários por parte da empresa.
Do deferimento com aprovação dos credores. Havendo o atendimento a todos
Do deferimento sem aprovação dos credores. Respeitados os requisitos, ainda
que não haja aprovação dos credores em Assembleia Geral, poderá o juiz deferir a recuperação se presentes os seguintes elementos, cumulativamente:
1) Voto favorável de mais da metade do valor de todos os créditos presentes na Assembleia, independentemente das classes;
2) Aprovação de duas classes de credores, se houver três ou mais classes presentes, ou de apenas uma, se houver somente duas classes presentes; 3) Se, na classe que rejeitou o plano, houver aprovação de mais de 1/3.
Hipóteses em que há o deferimento da recuperação judicial. São elas: 1) Consentimento (tácito) dos credores quanto ao plano do devedor; 2) Aprovação do plano em assembleia-geral;
3) Quase aprovação do plano em assembleia, seguido do deferimento do juiz, atendidos os requisitos anteriormente expostos.
5. Da Fase Executória (Da Implementação)
Administração da empresa durante a fase executória. São as disposições: 1) Em regra: o devedor e os administradores permanecem no controle da
empresa;
2) Excepcionalmente: o juiz convoca assembleia para deliberação quanto a um
novo gestor. São as hipóteses:
a. Condenação do devedor em sentença penal transitada em julgado por crime cometido em recuperação judicial ou falência anteriores;
b. Condenação do devedor por crimes contra o patrimônio, a economia popular ou a ordem econômica;
c. Cometimento de qualquer dos crimes previstos na Lei de Falência; d. Ter agido com dolo, simulação ou fraude contra credores;
e. Ter praticado:
i. Gastos pessoais excessivos; ii. Despesas injustificáveis;
iii. Descapitalização injustificada da empresa;
iv. Operações prejudiciais ao funcionamento da empresa;
v. Simulação ou omissão em relação aos créditos que deveriam ser
constantes na petição inicial da recuperação judicial.
f. Negar-se a fornecer informações ao administrador judicial ou ao Comitê de Credores;
g. Tiver seu afastamento previsto no plano de recuperação.
Alienação de bens do ativo da empresa. Em regra, não é possível, salvo
quando do reconhecimento do juiz, após serem ouvidos o administrador judicial e o Comitê de Credores.
Desistência do plano. Após o deferimento do procedimento, somente poderá
ocorrer se com a anuência da Assembleia Geral.
Da classificação dos créditos contraídos. Serão considerados extraconcursais,
isto é, afastados dos créditos contabilizados na recuperação. Os créditos contraídos durante a recuperação judicial terão preferência em relação àqueles constantes no plano de recuperação.
5.1. Do Encerramento da Recuperação
Judicial
O encerramento da recuperação judicial se dará com o cumprimento dos elementos estabelecidos no plano de recuperação no prazo de 2 anos, a contar da data do deferimento da recuperação.
Passados os dois anos, o Poder Judiciário cessa o monitoramento. Apesar disso, o descumprimento de qualquer dos elementos gera efeitos. Nesta ocasião, cabe aos credores pedirem o cumprimento de execução específica ou a falência, visto que posteriormente aos dois anos não há o que se falar em convolação, uma vez que a recuperação já se encerrara.
5.2. Da Convolação em Falência
Haverá a convolação em falência nas seguintes situações:
1) Descumprimento dos elementos constantes no plano de recuperação judicial no período de 2 anos posteriores ao deferimento da recuperação;
2) Não aprovação da proposta pelos credores que representam mais da metade do valor total dos créditos presentes na Assembleia-Geral;
3) Não apresentação do plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias a contar da publicação da decisão que deferir o processamento de recuperação judicial;
4) Rejeição do plano de recuperação pela Assembleia de Credores;
5) Descumprimento de qualquer das obrigações estabelecidas no plano de recuperação judicial nos dois anos posteriores ao deferimento da recuperação judicial.
6. Da Recuperação Judicial Especial
Legislação. Arts. 70 a 72 da LRE.
Aplicação. ME (aufere valor igual ou inferior a R$360.000) e EPP (aufere de
R$360.000 a R$ 4.800.00).
Do pedido de recuperação judicial. É facultativo ao empresário escolher a
Recuperação Especial. Se a quiser, basta que a indique quando na petição inicial. Aqui, não há o que se falar em convocação da Assembleia Geral.
Da apresentação do plano. O plano deverá ser apresentado em até 60 dias da
data da publicação da decisão, constando:
1) Todos os créditos existentes na data do pedido, exceto os referentes ao fisco; 2) Parcelamento em até 36 meses, iguais ou sucessivas, acrescidas de juros, das
dívidas;
3) Previsão de pagamento da primeira parcela no prazo de até 180 dias, a contar da distribuição do pedido;
4) Estabelecimento da necessidade de autorização judicial, ouvidos o administrador judicial e o Comitê de Credores, para aumentar as despesas ou contratar empregado.
Novamente, não há convocação de Assembleia, cabendo o deferimento ao juiz.
Objeções. É possível que os credores apresentem objeções ao plano. Se mais
da metade dos credores apresentarem objeções, o juiz julgará improcedente o pedido de recuperação, declarando a falência da ME ou EPP.
Dos créditos abrangidos. Somente abrangerá os créditos quirografários. Divergências em relação à recuperação convencional. São as divergências: 1) Abrangerá exclusivamente créditos quirografários;
2) Haverá o parcelamento das dividas em até 36 prestações mensais, com valores iguais e sucessivos, corrigidos monetariamente e acrescidas de juros de 12% ao ano;
3) Apresentação de data do pagamento da primeira parcela no prazo de até 180 dias, contados da distribuição da petição inicial;
4) Somente poderá haver aumento nas despesas ou contratação de empregados através da aprovação judicial, uma vez ouvidos o administrador judicial e o Comitê de Credores;
5) Somente em relação aos créditos quirografários é que existirá a suspensão da prescrição das ações executórias, ou seja, não há suspensão da prescrição das ações executórias referentes aos demais créditos;
6) O juiz julgará improcedente o pedido de recuperação judicial, decretando a falência da microempresa e empresa de pequeno porte, se houver objeções