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Energias renováveis no setor aeroportuário brasileiro: um estudo investigativo a partir da perspectiva ambiental

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GLANDIO MAURENTE JUNIOR

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO SETOR AEROPORTUÁRIO BRASILEIRO: UM ESTUDO INVESTIGATIVO A PARTIR DA PERSPECTIVA AMBIENTAL

Palhoça 2019

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GLANDIO MAURENTE JUNIOR

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO SETOR AEROPORTUÁRIO BRASILEIRO: UM ESTUDO INVESTIGATIVO A PARTIR DA PERSPECTIVA AMBIENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas.

Profa. Dra. Conceição Aparecida Kindermann

Palhoça 2019

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GLANDIO MAURENTE JUNIOR

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO SETOR AEROPORTUÁRIO BRASILEIRO: UM ESTUDO INVESTIGATIVO A PARTIR DA PERSPECTIVA

AMBIENTAL

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Ciências Aeronáuticas da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 14 de novembro de 2019.

______________________________________________________ Profa. Orientadora Conceição Aparecida Kindermann, Dra.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. MSc. Cleo Marcus Garcia, titulação (Avaliador)

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Dedico este trabalho a todos que de alguma forma me apoiaram e me incentivaram a nunca desistir de alcançar meus objetivos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais que sempre me incentivaram a estudar, dando a mim total apoio e recursos para nunca desistir, agradeço minha irmã Gabriella Z. M. que junto a ela pude ter uma visão aberta para o crescimento e amadurecimento, sempre me auxiliando e instruindo quando necessário, pois sem eles jamais teria chegado aqui.

A todos amigos e conhecidos que fizeram parte do meu caminho até o momento. A todos os professores que eu tive a oportunidade de ter aula, dentro e fora da Unisul, em especial ao meu professor de inglês, que me acompanha há anos nessa trajetória.

À minha orientadora deste Trabalho de Conclusão de Curso, Professora Conceição Aparecida Kindermann.

Ademais, à universidade Unisul e todos seus colaboradores.

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“A sustentabilidade é a abertura para o futuro, caso fecharmos, não existirá futuro”. (Dias Diogo).

“Arriscar é voar alto e viver um sonho. Não arriscar é ver seu sonho voar e se perder”. (Luiza Gosuen).

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo compreender como o setor aeroportuário pode contribuir para um impacto positivo no meio ambiente, mediante a análises profundas acerca da sustentabilidade e a comparação de exemplos práticos, já em uso, no mercado aeronáutico. Em relação à metodologia utilizada, trata-se de uma pesquisa estratégica de forma descritiva, com abordagem qualitativa e, quanto aos procedimentos de coleta de dados, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental. A partir da análise dos dados, foi possível entender a importância do uso das energias renováveis no Brasil e, consequentemente, no mundo inteiro. O setor aeroportuário por sua vez, tendo um grande potencial de expansão no futuro, deve usufruir destas técnicas para que junto com o crescimento venha a sustentabilidade, incentivando também o setor econômico. Ademais, em face do exposto, o setor aeroportuário contribui para o impacto positivo no meio ambiente através do desenvolvimento tecnológico, otimizando as operações aeronáuticas e estimulando o uso do biocombustível, além da criação de projetos como o programa CORSIA, que promove o crescimento com carbono zero. Essas implementações fizeram o setor aeronáutico reduzir 80% das emissões oriundas de seus motores e, com isso, ele é, hoje, o primeiro modal a possuir padrões para CO2.

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ABSTRACT

This research aimed to understand how the airport sector can contribute to a positive impact on the environment through in-depth analysis of sustainability and comparison of practical examples already in use in the aeronautical market. Regarding the methodology used, it is a descriptive strategic research, with a qualitative approach and, regarding the data collection procedures, it is a bibliographical and documentary research. From the data analysis, it was possible to understand the importance of the use of renewable energies in Brazil and, consequently, worldwide. The airport sector, in turn, having a great potential for future expansion, should take advantage of these techniques so that along with growth comes sustainability, also encouraging the economic sector. In addition, given the above, the airport sector contributes to the positive impact on the environment through technological development, optimizing aeronautical operations and stimulating the use of biofuel, as well as the creation of projects such as the CORSIA program, that promotes zero carbon growth. These implementations have made the aeronautics sector reduce its engine emissions by 80% and, as such, it is today the first mode to have CO2 standards.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Caminhos da Sustentabilidade ... 19

Figura 2 - Cochin International Airport ... 23

Figura 3 - Potencial mundial para energia solar ... 24

Figura 4 - Funcionamento de uma Central Geotérmica ... 25

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Medidas de mercado para a aviação internacional... 20

Gráfico 2 – Recursos energéticos totais da Terra ... 24

Gráfico 3 - Matriz Elétrica Mundial - 2016 ... 28

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LISTA DE SIGLAS

ABAER. Associação Brasileira das Empresas Aéreas ANAC. Agência Nacional de Aviação Civil

ATAG. Air Transport Action Group

CORSIA. Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation EPE. Empresa de Pesquisa Energética

GEE. Gases do Efeito Estufa

ICAO. Organização da Aviação Civil Internacional MME. Ministério de Minas e Energia

NDC. Contribuição Nacionalmente Determinada ONU Organização das Nações Unidas

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 13 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ... 14 1.2 OBJETIVOS ... 14 1.2.1 Objetivo geral ... 14 1.2.2 Objetivos específicos ... 14 1.3 JUSTIFICATIVA ... 15 1.4 METODOLOGIA ... 16

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa ... 16

1.4.2 Materiais e métodos ... 16

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados... 16

1.4.4 Procedimentos de análise dos dados ... 16

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ... 17

2 AVIAÇÃO E MEIO AMBIENTE ... 18

2.1 OS TRÊS SETORES DA AVIAÇÃO CIVIL ... 18

2.2 CONTRIBUIÇÕES DO SETOR AERONÁUTICO AO MEIO AMBIENTE ... 20

3 TÉCNICAS DE SUSTENTABILIDADE ... 22 3.1 ENERGIA FOTOVOLTAICA ... 22 3.2 ENERGIA GEOTÉRMICA ... 25 3.3 ENERGIA EÓLICA ... 28 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30 REFERÊNCIAS... 32

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1 INTRODUÇÃO

Ao falar em energia renovável no setor da aviação é importante diferenciar dois aspectos: o avião e o setor de infraestrutura aeroportuária. No primeiro caso, a energia utilizada é a querosene de aviação (QAV-1). Já na outra parte, o recurso energético utilizado no setor aeroportuário para manter as operações é a energia elétrica. Conforme a matriz elétrica do Brasil 65,2% da produção elétrica é oriunda das hidrelétricas e somente 6,9% procedem da solar e da eólica (EPE, 2019). Segundo De Sousa (2000, p.22), apesar da hidroenergia ser limpa e renovável, ela causa muitos impactos ambientais relacionados a biodiversidade dos rios. Com isso, é viável olhar para outras fontes renováveis como a energia solar que é de extrema abundancia e totalmente limpa. Diante disso, esse trabalho terá como foco a análise da energia solar como uma importante ferramenta de impacto positivo no setor aeroportuário.

Atualmente, devido ao grande número de poluentes na atmosfera, o planeta está vivenciando uma crise no seu ecossistema pertinente à utilização desenfreada de energias não renováveis. Dentre os responsáveis, o setor aeronáutico é um dos causadores para esses níveis elevados de degradação da camada de ozônio. (COTTA, 2017).

Conforme dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABAER), em 2015, a indústria aeronáutica mantinha 3.883 aeroportos, operando no mundo inteiro, totalizando 53 mil rotas de atividades domésticas e internacionais com uma participação de US$ 2,7 tri na economia global. Por conta disso, de acordo com panorama da ABAER, a aviação civil mundial é responsável por cerca de 2% do total de emissão de gases do efeito estufa (GEE). No Brasil, o nível de CO2 causado pelo transporte aéreo comercial chega a corresponder 1,1% do total de emissão dos GEE. (ABAER, 2016).

Em vista disso, foi realizada, no ano de 2015 em Paris, a 21° Conferência das Partes (COP21), na qual ficou titulada como Acordo de Paris. Conforme o site do ministério do meio ambiente, no decorrer dessa conferência, foi designado pela UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) instigar todas as nações a exercer empenhos para mitigar os GEE, em responsabilidade com o crescimento sustentável. Sucessivamente, 195 países declararam-se em conformidade com o acordo e, através das iNDCs (Intended Nationally Determined Contribution), cada nação apresentou sua contribuição para esse acordo, dentre eles o Brasil. (BRASIL, 2015).

A NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), divulgada pelo Brasil, declara suas contribuições para o desenvolvimento sustentável de forma a garantir a redução dos gases

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do efeito estufa em 37% até 2025 e para 43% até 2030, tendo como base o ano de 2005. Ademais, até 2030, propõe-se reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, ampliar a participação da biomassa em torno de 18% e também fazer o uso de energias renováveis em cerca de 45% da participação total da matriz energética do Brasil (SASAKI, 2015).

Portando, através do programa CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), engajado pelas resoluções da COP 21 e aprovado pela ICAO em 2016, o setor aeroportuário busca um aprimoramento de suas fontes de energia para a redução do nível de CO2 através de energias renováveis como o uso de biocombustíveis e bioenergia. (COELHO, 2019).

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

Como o setor aeroportuário contribui para o impacto positivo no meio ambiente?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Compreender como o setor aeroportuário pode contribuir para um impacto positivo no meio ambiente.

1.2.2 Objetivos específicos

Descrever o nível atual de contribuição do setor aeroportuário para o meio ambiente;

Investigar as técnicas de sustentabilidade já em uso pelo setor aeroportuário; Estabelecer um prognóstico da situação sustentável na aviação.

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1.3 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a atual situação do nosso planeta, que se encontra ameaçado pela destruição da camada de ozônio, faz-se necessário buscar uma alternativa para as energias não renováveis no setor aeronáutico (AZEVEDO, 2007). Ademais, é preciso analisar a questão do reaproveitamento dos recursos já existentes, isto é, otimizar os processos que envolvem o setor aeronáutico.

Em face ao exposto, o relatório de Brundtland, feito em 1987 pela médica Gro Harlem Brundtland junto com a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, expõe aspectos sobre a devastação da camada de ozônio agarrado ao aquecimento global. Dentre os aspectos apresentados, é enfatizado a ameaça pelo uso hiperbólico dos recursos naturais. Desse modo, medidas foram propostas para alcançar os objetivos do relatório, assim, a médica afirma, “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. (PENSAMENTO VERDE, 2014).

Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia. No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos. Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas. (PENSAMENTO VERDE, 2014).

A autora explica a capacidade de viver em equilíbrio com o ecossistema, mostrando os caminhos a serem percorridos para um crescimento sustentável através de alternativas renováveis. Ademais, explorando recursos, investindo no avanço da tecnologia e com uma transformação organizacional, o futuro anseia por um desenvolvimento sustentável.

Em vista disso, este trabalho teve como inspiração os conteúdos estudados na disciplina de Gestão Ambiental através dos quais foi possível obter um novo ângulo de análise sobre o uso de energia. Tem-se, dessa forma, os prestadores de serviços aeronáuticos como o público alvo a ser atingido neste trabalho.

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1.4 METODOLOGIA

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa

Este trabalho está baseado em uma pesquisa básica estratégica de forma totalmente descritiva, através de uma abordagem qualitativa. Para essa pesquisa, foram utilizados procedimentos bibliográficos e documentais.

1.4.2 Materiais e métodos

Os materiais e métodos utilizados para a realização desta pesquisam foram bibliográficos e documentais. Através de documentos como a NDC do Brasil, referente ao Acordo de Paris; documentos da Agência Nacional da Aviação civil (ANAC) como o Plano de Ação do Brasil para a redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes da aviação entre outros.

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados

Os procedimentos técnicos de coleta de dados utilizados durante os estudos foram a pesquisa bibliográfica e a documental, com coleta e registro de dados relevantes, por meio de artigos, matérias de jornais e revistas, sites. A pesquisa bibliográfica, segundo Gil (2008, p. 6), é desenvolvida com fundamentos em um estudo já realizado. Em relação à pesquisa documental, para Gil (2008, p. 7), é quase igual a pesquisa bibliográfica, porém, o que diferencia é a origem das fontes. Dessa maneira, o material analisado ainda não recebeu uma abordagem analítica, ou seja, ainda não foi analisado para a pesquisa.

1.4.4 Procedimentos de análise dos dados

A análise dos dados desta pesquisa foi feita com base em resultados de estudos já realizados a respeito do assunto em questão e trazendo os já em uso para o contexto brasileiro. Ademais, a análise se deu a partir de exemplos práticos e teóricos com êxito, tendo como o fator principal de sustentabilidade para as próximas gerações.

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1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A presente pesquisa está dividida em 9 partes: introdução, problema da pesquisa e objetivos, justificativa, metodologia, capítulo 2, capítulo 3, considerações finais e referências. Na introdução, é abordado o foco do artigo junto com o embasamento teórico das leis existentes e objetivos alvitrados sobre a sustentabilidade. Na sequência, é apresentado o problema principal da pesquisa, seguido dos objetivos para compreender melhor o assunto. A justificativa descreve o porquê de trazer o tema à tona, enquanto a metodologia define a forma de abordagem e os procedimentos utilizados para buscar as fontes da pesquisa. Na fundamentação teórica, é discorrido e detalhado tudo a respeito do tema do artigo reunindo diversas convicções acerca da questão principal. No capítulo 2 é abordado sobre a evolução do setor aeronáutico junto com as técnicas atuais de sustentabilidade, mostrando junto o nível de contribuição que a aviação tem ao meio ambiente. No capítulo 3 é mostrado os modos de obter energias elétrica renovável, expondo as vantagens e desvantagens de cada um. Sucessivamente, as considerações finais versam a dificuldade para chegar aos objetivos almejados e definidos neste artigo. Por fim, as referências estão para comprovar a veracidade das informações a todos interessados em investigar mais aplicadamente.

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2 AVIAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Durante o decorrer dos anos e com a evolução do setor aeronáutico, junto com o setor econômico, fez-se necessário uma nova concepção a respeito dos procedimentos de desenvolvimento. Através de técnicas inovadoras de sustentabilidade e do aprimoramento na contribuição da aviação ao meio ambiente, muitos objetivos foram alcançados e outros ainda são almejados para o futuro. Ademais, os projetos para um desenvolvimento sustentável mantêm-se em progressão constante.

2.1 OS TRÊS SETORES DA AVIAÇÃO CIVIL

O setor aeronáutico brasileiro evoluiu muito ao longo dos anos desde o seu pioneirismo por Santos Dumont em 1901. Com o passar dos anos e com o crescimento gigantesco da aviação, tanto político quanto socioeconômico, a atividade teve um rumo controlado para uma evolução eficaz. No quesito aviação civil, conforme Pinto (2008, p.1), é importante definir os três setores em que se divide, sendo serviços aéreos, infraestrutura aeroportuária e infraestrutura aeronáutica.

Os serviços aéreos são a atividade-fim e abrangem desde o transporte regular de passageiros até os jatos executivos, o táxi aéreo e a aviação desportiva. A infraestrutura aeroportuária compõe-se de aeródromos, que nada mais são do que pistas de pouso e decolagem, e aeroportos, que são aeródromos dotados de terminais de passageiros. A infraestrutura aeronáutica é representada pelo controle de tráfego aéreo, que envolve a localização das aeronaves por meio de radares e a comunicação por rádio entre pilotos e controladores. (PINTO, 2008, p.1).

O fragmento acima esclarece o sistema no qual se definem os serviços aéreos, diferenciando cada um deles e explicando a importância de cada setor para a aviação. Dessa maneira é possivel entender a área de atividade com o intuito de conseguir alcançar os resultados pretendidos.

Analisando a diversidade de setores, é possível direcionar em que lugar se aplicam os conceitos de sustentabilidade na aviação através da perpestiva ambiental. Conforme Lucinda (2012, p. 73-74), para atingir os objeitvos de diminuição dos níveis de CO2, é necessário fundamentar-se em quatro pilares, compondo-se em tecnologia, melhora na infraestrutura, melhora nas operações e biocombustívies.

A implementação de técnicas mais eficientes de gestão de tráfego aéreo e de infraestrutura aeroportuária pode levar a reduções substanciais. No caso brasileiro, os investimentos em infraestrutura aeroportuária nos próximos anos também levarão a grandes reduções das emissões de gases de efeito estufa. As três medidas anteriores,

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todavia, não são suficientes para reverter a tendência de aumento nas emissões de CO2 para as próximas décadas, a menos que tenhamos inovações radicais e biocombustíveis. (LUCINDA, 2012, p. 73-74).

O autor explica que é necessário uma ação conjunta dos quatro pilares para que se torne possível alcançar os objetivos para a redução no nível de carbono. Porém, o mesmo enfatiza que a utilização de biocombustíveis e inovações radicais são o fator mais significativo para essa jornada em busca da sustentabilidade.

Figura 1 - Caminhos da Sustentabilidade

Conforme demostra a figura 1, podemos ver a ilustração dos caminhos a serem seguidos tais como avanços tecnológicos, melhorias operacionais, combustíveis sustentáveis alternativos e as medidas baseadas no mercado. Assim, é possível definir a ação conjunta a ser realizada para obter êxito em busca da alternativa sutentável.

Por conta disso, espera-se do setor aeronáutico que a Política Ambiental Nacional considere as medidas mitigadoras para que não seja necessário efetuar nenhuma providência de compensação (ABAER, 2016). Caso contrário, se nenhuma medida for tomada, segundo Soares e Cenamo (2018), os Gases do Efeito Estufa, na área da aviação, corresponderão a 22% das emissões mundiais.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC), em 2010, o setor de aviação doméstico e internacional foi responsável por aproximadamente 2% das emissões globais de CO2 geradas por atividades humanas. Apesar de significativos avanços tecnológicos e operacionais projetados para os próximos anos pelo setor da aviação civil visando a redução dessas emissões - como produção de aeronaves mais eficientes, otimização de rotas aéreas e utilização de biocombustíveis - existe uma projeção de aumento expressivo nas emissões deste setor nas próximas décadas. (SOARES; CENAMO, 2018).

O Autor explica o nível atual de emissão de poluentes atmosféricos vindos da aviação. Portanto, é possível ver a necessidade de implementar um meio sustentável, pois com o crescimento do setor aeronáutico, os níveis de poluentes irão aumentar significativamente nos anos seguintes, tendo em vista que o setor está em crescimento constante.

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2.2 CONTRIBUIÇÕES DO SETOR AERONÁUTICO AO MEIO AMBIENTE

Através de conferências e acordos, o Brasil entra na luta em prol do meio ambiente, seguindo os passos do Acordo de Paris, com metas estimadas para 2025 e 2030, embora somente em 2035 a 2050 se note os reais resultados do cenário ambiental. Visto que a taxa de crescimento por setor é muito maior caso não seja feita nenhuma intervenção, faz-se importante manter a continuidade de implemenação no setor de energias renováveis (LUCINDA, 2012, p. 74).

[...] as ações atuais do Brasil no combate global à mudança do clima representam um dos maiores esforços de um único país até hoje, tendo reduzido suas emissões em mais de 41% (GWP-100; IPCC SAR), em 2012, com relação aos níveis de 2005. 2 Não obstante, o Brasil está disposto a ampliar ainda mais sua contribuição para a consecução do objetivo da Convenção, no contexto do desenvolvimento sustentável. A iNDC do Brasil representa uma progressão em relação a suas ações atuais, tanto no que se refere ao tipo, quanto no que diz respeito ao nível de ambição, ao mesmo tempo em que se reconhece que as emissões crescerão com vistas a atender necessidades sociais e de desenvolvimento. (BRASIL, 2015, p. 5).

O documento elucida a atual situação do Brasil em relação aos níveis de contribuição com o meio ambiente. Ele projeta, inclusive, suas intenções e seus comprometimentos para o futuro em busca de desenvolvimento e qualidade de vida.

Gráfico 1 - Medidas de mercado para a aviação internacional

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O gráfico acima indica o nível de emissões provenientes do setor aeronáutico de 2005 até 2050. Além disso, mostra os parametros caso não seja tomada nenhuma medida corretiva, demonstrando junto à ação do programa de crescimento carbono zero, que através dele, estabiliza os níveis de CO2. Ademais, segundo Air Transport Action Group (2015), é importante “definir uma medida inovadora baseada no mercado que, permita que um setor global estabilize suas emissões a partir de 2020. É uma tarefa desafiadora. Mas é aquele ao qual a indústria da aviação está totalmente comprometida”.

Ademais, através da implementação de projetos como o citado programa CORSIA, além do estimulo do desenvolvimento tecnológico, a otimização das operações aeronáuticas e o fomento do biocombustível fazem o setor aeronáutico um contribuinte ao meio ambiente. Tais práticas, fizeram o setor aeronáutico reduzir 80% das emissões oriundas de seus motores e, com isso, hoje é o primeiro modal a possuir padrões para CO2. (ABAER, 2016).

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3 TÉCNICAS DE SUSTENTABILIDADE

O futuro do nosso planeta depende das consequências das nossas atitudes, isto é, do rumo que queremos dar a ele. Nesse sentido, existem técnicas a serem praticadas para que um futuro em que a espécie humana ainda esteja presente aconteça. Em vista isso, foi proposto pela ONU (Organizações das Nações Unidas) um programa para o desenvolvimento sustentável, objetivando marcar compromisso mundial em relação às mudanças climáticas. Dentre as metas propostas no programa, tem-se o incentivo ao investimento em energias renováveis no intuito de diminuir os Gases do Efeito Estufa (GEE). Em vista disso, a aviação está totalmente comprometida para a redução dos níveis de poluentes atmosféricos com estimativas de alcançar as metas propostas para o ano 2050 através de diversos projetos.

3.1 ENERGIA FOTOVOLTAICA

A energia fotovoltaica é oriunda da captação da luz solar. Durante o dia, a luz que incide nos painéis solares é absorvida, fazendo com que os fótons produzam uma corrente contínua de energia, esta então passa por um inversor e se transforma em corrente alternada para a partir daí ser utilizada nas indústrias ou residências. (BLUESOL, 2017).

De acordo com o estudo feito, a geração de energia fotovoltaica é muito promissora para o futuro, tanto financeiramente quanto sustentavelmente. Sabendo disso, temos a exemplo o primeiro aeroporto funcionando 100% com energia solar, o Aeroporto Internacional de

Cochin na Índia. (FALCÃO JÚNIOR; CARVALHO; SOUSA JÚNIOR, 2018).

No ano de 2013, o diretor-fundador V. J. Kurian do aeroporto de Cochin deu início ao pensamento de modificar o aeroporto e torná-lo auto sustentável. Levando em conta o aumento do tráfego aéreo local, foram estabelecidos prognósticos para o projeto, através desse, ficou constatado um investimento de US$ 10 milhões para a realização do projeto e o mesmo teria um retorno em menos de 5 anos. Em razão disso, dentre as 18 empresas concorrentes, a alemã Bosch assumiu a obra e, em apenas 4 meses, havia terminado, inaugurando no mesmo ano, o primeiro aeroporto verde do mundo, 100% sustentável, deixando de emitir nos próximos 25 anos 300 mil toneladas de dióxido de carbono, o equivalente a plantar 3 milhões de árvores (EFE, 2015).

Não obstante, a realização da obra ainda fez com que excedesse a demanda de

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três usinas solares em conjunto geramos um excedente diário de energia que poderíamos vender”. Como próximo passo, em um futuro, a empresa pretende investir no setor de reaproveitamento da água, através da implementação de um local de cultivo, reutilizando a água gasta para lavar os seus mais de 46 mil painéis solares. (MENEGUELLI, 2016).

Observando a figura acima, é possível ver todo o sistema de energia fotovoltaica de Cochin. Os painéis solares estão localizados nas áreas vagas do aeroporto aos arredores das instalações de apoio das aeronaves, passageiros e local de carga, estendendo-se também ao longo de todo o comprimento da pista.

Dessa maneira, espera-se que os outros aeroportos do mundo inteiro sigam o exemplo, para implementar esse sistema para que seja possível diminuir os níveis de poluentes na atmosfera, tornando um método totalmente sustentável para o meio ambiente e para as próprias empresas responsáveis, pois os benefícios vêm tanto economicamente quanto socialmente.

Ademais, destaca-se principalmente para essa mudança o Brasil que tem grande potencial geográfico, mas não o explora como deveria, além dos problemas já enfrentados pela demanda na infraestrutura de aeroportos mais sofisticados tecnologicamente e ecologicamente.

De 2003 a 2010, o PIB brasileiro teve um crescimento real de 36,8%. Como o movimento de passageiros cresceu 116,7% ao longo do mesmo período, isso representa uma elasticidade-renda da demanda por transporte aéreo de 3,17. Em outras palavras, se o PIB crescer 1%, isso significa que o movimento de passageiros crescerá 3,17% (SILVA NETO; SOUZA, 2011).

Assim, o autor explica o crescimento econômico do Brasil e a demanda futura das operações aéreas. Etretando, o setor sustentável entra junto nesse crescimento, no qual se faz

Fonte: Google Earth, 2019.

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necessário investir não somente em infraesturura, mas em uma infraestrutura sustentável, de maneira a não prejudicar o meio ambiente, pois essa é a luta que o planeta enfrenta atualmente. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil tem um grande potencial para a absorção da energia solar e, principalmente, na região nordeste. Em comparação com outros continentes como a Europa por exemplo, o Brasil está acima da média, ficando entre 1.200 e 2.400 kWh/m²/ano. (BRASIL, 2016, p. 4).

Conforme consta na imagem acima, o potencial mundial para energia solar varia entre as regiões conforme sua posição geográfica. O Brasil, por sua vez, encontra-se numa região favorável nesse quesito, podendo ser observado e entendido através da marcação por cores na figura apresentada.

No gráfico a seguir, temos a comparação da quantidade de todos os recursos energéticos disponíveis na Terra. É notável a diferença entre todos os meios quando em contraste com o que a humanidade necessita por ano.

Analisando outras fontes de energias renováveis é possível ver a diferença de potencial total entre elas. Essa discrepância torna fácil o entendimento do porquê comtemplar a energia solar.

Fonte: Ministério de Minas e Energia – MME, 2016, p. 4. Figura 3 - Potencial mundial para energia solar

Gráfico 2 – Recursos energéticos totais da Terra

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3.2 ENERGIA GEOTÉRMICA

A energia geotérmica é desenvolvida para aproveitar o calor natural da Terra. Através da perfuração do solo em até 64km de profundidade onde se encontra o magma terrestre, constituído de rochas derretidas, com temperaturas de até 6.000°C. Dessa forma, o calor vira vapor que movimenta as hélices das turbinas da central elétrica geotérmica, transformando energia térmica em energia mecânica para gerar a energia elétrica. Na figura 4 podemos ver o funcionamento completo da central geotérmica (FRANCISCO; DE CERQUEIRA, 2019).

A utilização desta fonte renovável traz muitas vantagens no setor sustentável. A emissão de dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2) é tão pequena que, em comparação com os combustíveis fósseis, não contribui para degradação da camada de ozônio. Além disso, utiliza um espaço relativamente pequeno em comparação com outras fontes Figura 4 - Funcionamento de uma Central Geotérmica

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renováveis, podendo suprir áreas pequenas e afastadas, conseguindo operar de forma incessante, não dependendo de nenhuma condição climática. (CAMPOS et al., 2017).

Em contrapartida, o rendimento é muito baixo com um custo altíssimo de instalação, podendo ser construída somente em locais específicos que correspondem 10% do planeta. Além do risco de deteriorar o campo geotérmico, aumenta a temperatura da região em que for instalada, causando o afundamento da terra entorno de 40cm por ano e também da emissão de H2S (Ácido sulfúrico), seriamente prejudicial à saúde e corrosivo. (CAMPOS et al., 2017).

A figura 5 mostrada anteriormente apresenta o potencial geotermal da América do Sul em MW/m². No Brasil, estes números ficam entre 80 e 100 MW/m². Contudo, apesar do potencial, a utilização de energia geotérmica no Brasil não é utilizada para geração elétrica,

Figura 5 - Mapa do Fluxo de Calor da América do Sul

Fonte: CAMPOS et al., 2017. Um panorama sobre a energia geotérmica no Brasil e no Mundo: Aspectos ambientais e econômicos.

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somente para fins recreativos Ademais, o país carece de um apoio de pesquisa e desenvolvimento para incentivar a indústria. (CAMPOS et al., 2017).

A energia geotérmica é uma fonte de energia alternativa que é encontrada em regiões especiais da superfície da terra, que necessita de muita pesquisa para melhor ser aproveitada, pois mesmo com os 94 anos que se passaram, da primeira tentativa de exploração, ocorrida em 1904 em Lardarello, na Toscana, o rendimento que se consegue é ainda muito baixo. O alto custo de construção das usinas, principalmente o da perfuração inviabiliza muitos projetos. (FREITAS; FREITAS, 1998).

O fragmento acima relata a problemática da implementação de um sistema de energia renovável geotérmico, abordando desde o seu descobrimento até a atualidade. Enfatiza, também, que mesmo ao longo de todos esses anos, essa é uma área ainda pouco explorada em virtude dos possíveis riscos ambientais e dos altos custos, o que a torna, portanto, inviável muitas vezes.

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3.3 ENERGIA EÓLICA

A energia eólica provém de um meio natural, o vento. As correntes de vento movem as hélices dos aerogeradores, transformando energia mecânica em energia elétrica. Desta forma, é produzida uma energia totalmente limpa, sustentável e natural. Apesar de utilizada em grande escala somente no século atual, este tipo de energia existe há mais de 3 mil anos desde a sua utilização em moinhos. (CASADOSVENTOS, 2019).

Apesar de ainda ser pouco utilizado, o potencial elétrico oriundo da energia eólica é capaz de suprir toda a efetiva demanda elétrica mundial, porém, ainda não chegamos nem perto de suprir o consumo somente com energia limpa. De acordo com o gráfico divulgado pela EPE (Empresa de pesquisa Energética), as energias solar, eólica e geotérmica totalizam menos de 5,6% da produção mundial, até mesmo no Brasil estes números não passam de 6,9%, indicando uma grande deficiência nesse setor. (EPE, 2019).

Os gráficos 3 e 4 abaixo mostram a matriz elétrica no mundo e no Brasil.

Gráfico 3 - Matriz Elétrica Mundial - 2016

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O Brasil, mesmo com o pioneirismo nas instalações de aerogeradores, não prosperou significativamente para seguir investindo nessa nova energia. Todavia, o potencial eólico brasileiro foi calculado em aproximadamente 300GW, com foco nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, em que melhor se aproveita estes recursos. Por conta disso, a energia eólica no Brasil traria muitas vantagens, sendo uma fonte geradora de energia limpa para um desenvolvimento sustentável, além de gerar empregos e incentivar o desenvolvimento econômico. (SIMAS; PACCA, 2013).

Gráfico 4 - Matriz Elétrica do Brasil - 2017

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo compreender de que maneira o setor aeroportuário pode contribuir para um impacto positivo no meio ambiente. Tem, portanto, o intuito de ajudar nosso planeta a cumprir com os deveres humanitários em prol da sustentabilidade.

Para atingir esse objetivo, utilizou-se a pesquisa do tipo descritiva, com abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos de análise dos dados, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental. Foram utilizados artigos e publicações como os da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e documentos oficiais do Brasil tal como a NDC referente ao Acordo de Paris e métodos já em uso no setor aeroportuário.

Quanto aos objetivos específicos,

a) Descrever o nível atual de contribuição do setor aeroportuário para o meio ambiente: foi possível compreender que o setor está seriamente preocupado em colaborar com as exigências da redução de poluentes atmosféricos, através de medidas como o programa CORSIA, que visa reduzir os níveis de emissão de carbono.

b) Investigar as técnicas de sustentabilidade já em uso pelo setor aeroportuário: verificou-se que, da mesma forma, a energia solar está sendo utilizada para gerar energia limpa e suprir toda a demanda elétrica de uma instalação aeroportuária como o exemplo de Cochin, na Índia. Além disso, os investimentos em avanços tecnológicos, melhorias operacionais, combustíveis sustentáveis alternativos integram estas técnicas.

c) Estabelecer um prognóstico da situação sustentável na aviação: foi possível ver a projeção do setor aeronáutico para as décadas seguintes. Conforme mostrado no gráfico 1, a implementação do programa CORSIA fez com que os níveis de emissão de dióxido de carbono se mantivessem iguais para as próximas décadas e diminuindo nas décadas posteriores, pois sem ele, a emissão continuaria crescendo de forma desenfreada.

Ademais, com o estudo aprofundado no uso das energias renováveis, pretende-se melhorar o investimento em sustentabilidade no setor aeronáutico. Muitos projetos já foram desenvolvidos baseados no uso de energia limpa.

Entende-se, com isso, que o setor aeroportuário, apesar de já estar contribuindo, pode aumentar a sua contribuição para a diminuição dos níveis de poluentes de forma a se tornar cada vez mais sustentável. Ademais, em face do exposto, o setor aeroportuário contribui para o impacto positivo no meio ambiente através do desenvolvimento tecnológico, otimizando as operações aeronáuticas e estimulando o uso do biocombustível, além da criação de projetos

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como o programa CORSIA, que promove o crescimento com carbono zero. Essas implementações fizeram o setor aeronáutico reduzir 80% das emissões oriundas de seus motores e, com isso, hoje é o primeiro modal a possuir padrões para CO2.

Conforme os estudos, existem diversos tipos de energias renováveis que podem ser aproveitadas no setor aeronáutico, porém nem todas são viáveis para qualquer circunstância, sendo necessários estudos e análises que permitam identificar as técnicas mais eficientes e eficazes para se obter um melhor aproveitamento sustentável e econômico.

Isto posto, voltamos para a energia solar, que além de ser a mais abundante na Terra, também é a mais viável em relação às demais, pois praticamente não oferece nenhum risco para o planeta, diferentemente de outras, que apesar de serem energias limpas, oferecem riscos ao meio ambiente muitas vezes irreversíveis.

Foi verificado, contudo, que apesar de existirem muitas técnicas sustentáveis no setor aeronáutico, há muitos espaços mal aproveitados que podem ser usados para tornar a atividade ainda mais sustentável e rentável. Foi incluído no estudo o uso do biocombustível que será muito promissor para o futuro. Existem, porém, outras técnicas para continuar reduzindo os níveis de CO2, como o uso da energia solar que é uma ótima opção, tanto no fator ecológico quando no fator econômico.

Seguindo o conceito de aeroporto verde, Cochin mostra uma excelente técnica sustentável. Apesar do projeto ter um custo altíssimo, o retorno compensa, pois quando se fala em energia limpa, o conceito de sustentabilidade vem logo atrás, seguindo de um investimento com total retorno do capital em um prazo relativamente curto.

Ainda existem muitos obstáculos para chegar ao êxito. No caso do Brasil, a infraestrutura aeroportuária acaba sendo, na maioria dos casos, precária, conforme dados do PIB, além disso, tampouco sustentável. Nessa situação, é relevante olhar novos horizontes em busca de alternativas para solucionar esse défice e cumprir com os objetivos propostos pelas autoridades competentes.

A fim de solucionar esse problema, pode-se começar pela ideologia do pensamento sustentável, pois através do prognóstico é possível escolher o caminho certo a seguir. Será possível chegar a esse patamar algum dia? Como fazer com que todos tenham esse pensamento? É possível que essa ideologia alcance outros setores econômicos? Para obter essas respostas será necessário a realização de outras pesquisas exploratórias de forma a aprofundar o assunto e obter resultados que contribuem com o setor aeroportuário e com a sustentabilidade.

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