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Internações Sensíveis à Atenção Básica no Brasil

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Academic year: 2021

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(1)

Internações Sensíveis à

Atenção Básica no Brasil

James Macinko, New York University

Inês Dourado, Instituto de Saúde Coletiva

Veneza Berenice Oliveira, NESCON/UFMG

(2)

Apresentação

|

Definição das ISAB

|

Relação com atenção básica

|

Desenvolvimento da lista Brasileira das

ISAB

|

Alguns resultados preliminares

|

Limitações e próximas etapas

(3)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

3

Definição

Condições pelas quais a internação

hospitalar deveria ser evitável se os

serviços de atenção básica fossem

efetivos e acessíveis.

Desenvolvido por John Billings em 1990

como corolário do conceito de mortes

evitáveis.

(4)

Porquê estudar as internações

sensíveis à atenção básica?

|

Identificar problemas

z

De acesso aos serviços de atenção básica

(geográficos, organizacionais, financeiros, culturais)

z

De qualidade dos serviços (por exemplo, controle

inadequado de doenças crônicas)

|

Desenvolver e “target” programas especiais

|

Avaliar políticas/reformas específicos do sistemas

de saúde (por exemplo, expansão do PSF)

|

Usar como um indicador “genérico” para monitorar

o desempenho (efetividade) do sistema de atenção

básica

(5)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

5

Para que uma pessoa estaria

internada?

|

Trauma severo, agravos, outras necessidades

urgentes;

|

Necessidade de cirurgia, diagnósticos

complexos, outros serviços que precisam de

hospitalização;

¾

Complicações não controladas de uma

doença crônica ou outras condições

¾

Condições relacionadas com falta de acesso

(6)

Marco Conceitual

Paciente

Atenção

básica

Internação

para

condição

sensível à

atenção

básica

Pronto

socorro/

emergência

Consulta

especialista

A

B

B

C

D

A

A. Seqüência

desejada

B. Falta de acesso à AB ou

uso inapropriado de AE

C. AB

insuficiente

ou tarde

D. Não uso de

AB

(7)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

7

Não uso de serviços de AB

ƒ

Características do paciente

ƒ

Demográficos

ƒ

Opinião do SS e AB

ƒ

Preferências pessoais

ƒ

Características da AB

ƒ

Problemas geográficos de acesso

ƒ

Tempo de espera

ƒ

Horas de funcionamento

ƒ

Características da AE

ƒ

Fácil acesso à atenção especializada, pronto

socorro, sala de emergências

, para condições

(8)

Insuficiência ou Má Qualidade

da Atenção Básica

|

AB incapaz de resolver os problemas de

saúde dos clientes

z

Baixa

qualidade técnica

z

Baixa

efetividade/resolutividade

z

Baixa

continuidade da atenção

(vinculo)

z

Variações

de práticas entre

médicos/unidades

z

Baixa

coordenação

entre níveis ou outros

serviços

(9)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

9

Experiências Internacionais

|

Nova Zelândia

z

De todas as internações em 2003

*Fonte: Crampton 2004

70%

20%

10%

não evitáveis

sensíveis à AB

(10)

Tendências ISAB/1.000

(11)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

11

Nova Zelândia, ISAB, Mulheres,

por nível de ingresso, 1996-97

Age 15–24 years

Age 25–44 years

Age 45–64 years

Ambulatory

sensitive

hospitalisation

rate per 10,000

NZDep96 decile

1 = least deprived

10 = most deprived

Maori ethnic group

European & Other ethnic groups

0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 100 200 300 400 500 600 700 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

(12)

Etapas da Construção da Lista

Brasileira (2005-2008)

1.

Desenvolvimento de um marco conceitual

2.

Levantamento sistemático da literatura

3.

Análise das outras listas ISAB (nacionais e

internacionais)

4.

2+ reuniões de “experts” (2005, 2006)

5.

Consulta com SBMF (2007)

6.

Consulta publica pelo MS (2007)

7.

Revisão final da lista

(13)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

13

Critérios para identificar ISAB

1.

Existência de pesquisas prévias mostrando a relação

entre a condição e a AB.

2.

Uma definição clara da condição (é fácil ou difícil

diagnosticar corretamente?)

3.

A condição tem que estar codificada (usando CID9/10)

claramente e consistentemente.

4.

Tem que ser um problema de saúde “importante” (não um

evento raro).

5.

A atenção básica tem que ser capaz de ter resolvido o

problema e/ou prevenido as complicações que causaram

a necessidade de internação.

6.

A internação é necessária quando a pessoa tiver a

condição.

7.

Os códigos diagnósticos NÃO devem ser excessivamente

sensíveis/influenciados pelos incentivos financeiros/de

reembolso, etc.

(14)
(15)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

15

Consistência entre listas ISAB

61,2

77,1

19 Total 20,8 55,5 D. pré-natal e parto 19. 75,0 0,0 Úlcera gastrointestinal 18. 48,0 66,7

Doença inflamatória Órgãos pélvicas. Fem. 17.

37,5 55,6

Infecções da Pele e tecido. Sub. 16.

41,7 44,5

Infecções do Rim e trato urinário 15. 75,0 100,0 Epilepsias 14. 83,3 100,0 Diabetes mellitus 13. 25,0 33,3 Doenças cerebrovasculares 12. 81,2 83,3 Insuficiência cardíaca 11. 87,5 100,0 Angina 10. 100,0 100,0 Hipertensão 9. 84,0 90,5 Doenças pulmonares 8. 100,0 100,0 Asma 7. 75,0 100,0 Pneumonias bacterianas 6. 64,3 90,5

Infecções de ouvido, nariz, garganta 5. 62,5 100,0 Deficiências nutricionais 4. 50,0 100,0 Anemia 3. 31,2 100,0

Gastroenterites infecciosas e complicações 2.

41 60

Doenças imunizáveis evitáveis 1

%Internacional %Nacional

Nome Grupos

(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

23

Taxas para menores de 1 ano no eixo à direita, em escala diferente.

Taxa de internação por 100.000 habitantes - doenças preveníveis

por imunização e condições

Brasil

0 5 10 15 20 25 30 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Ta

x

a

0 15 30 45 60 75 90 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 0 a 19 anos Menor de 1 ano

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Datasus/MS

Grupo 1 - Doenças preveníveis por

(24)

Taxa de internação por 100.000 habitantes - asma

15 a 19 anos

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Ta

x

a

Região Norte Região Nordeste Região Sudeste Região Sul Região Centro-Oeste Brasil

Grupo 7 – Asma

(25)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

25

Diagnóstico PSF 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

1. Doenças preveníveis p/ imunização e condições 59,4 83,0 76,0 20,4 37,9 35,8 39,9 29,6 24,1 ⇓

1.1 Coqueluche 5,1 15,1 26,9 10,1 6,0 22,3 28,3 21,9 17,8 ⇑

1.3 Tétano 2,8 1,7 1,8 0,9 1,0 1,3 0,6 0,7 0,5 ⇓

1.6 Sarampo 0,8 1,0 0,6 0,7 0,2 0,1 0,1 0,0 0,0 ⇓

1.17 Sífilis 40,3 53,2 38,2 1,4 19,8 0,1 0,1 0,0 0,0 ⇓

2. Gastroenterites infecciosas e complicações 7.546,5 7.137,5 6.193,5 5.949,2 5.823,9 5.400,8 4.867,9 4.589,7 4.076,4 ⇓ 2.1 Desidratação 484,4 464,0 361,7 340,1 418,4 389,0 311,7 299,7 273,3 ⇓ 2.2 Gastroenterites 7.062,1 6.673,5 5.831,8 5.609,2 5.405,5 5.011,8 4.556,2 4.290,0 3.803,1 ⇓

3. Anemia 43,8 36,7 36,1 30,7 39,4 42,7 33,4 32,6 29,8 ⇓

3.1 Anemia por deficiência de ferro 43,8 36,7 36,1 30,7 39,4 42,7 33,4 32,6 29,8 ⇓ 4. Deficiências nutricionais 575,3 484,2 347,0 338,5 366,0 380,0 283,6 236,9 165,6 ⇓ 4.1 Kwashiokor e outras formas de desnutrição 466,5 399,3 313,0 308,3 350,0 350,4 247,1 204,3 132,3 ⇓ 4.2 Outras deficiências nutricionais 108,7 84,8 34,0 30,1 16,0 29,6 36,5 32,6 33,4 ⇓ 5. Infecções de ouvido, nariz e garganta 16,1 26,2 21,8 27,4 13,8 25,4 25,3 28,8 25,7 ⇑ 5.6 Infecção aguda das vias aéreas superiores 6,8 14,7 12,1 16,4 4,5 15,9 16,9 20,0 16,1 ⇑ 6. Pneumonias bacterianas 4.690,6 5.027,3 4.694,9 4.022,1 2.252,8 2.149,4 1.898,1 1.641,9 1.452,1 ⇓ 7.1 Asma 764,1 931,8 1.117,6 1.040,6 1.228,2 1.162,3 1.030,1 863,2 821,8 ⇑ 8. Doenças pulmonares 346,3 388,3 438,4 424,1 404,7 374,1 377,8 473,5 417,5 ⇑ 8.1 Bronquite aguda 329,6 373,2 422,2 400,0 388,4 364,9 369,0 465,0 407,2 ⇑ 8.2 Bronquite não especif como aguda ou crônica 5,3 7,3 7,2 9,5 2,8 0,0 0,0 0,0 0,0 ⇓ 8.3 Bronquite crônica simples e a mucopurulenta 1,0 0,8 1,0 1,3 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 ⇓ 8.4 Bronquite crônica não especificada 5,0 2,7 4,9 6,7 1,1 0,3 0,1 0,0 0,0 ⇓ 16. Infecção da pele e tecido subcutâneo 61,6 62,2 62,7 45,9 44,9 66,9 63,5 56,5 75,8 ⇑

16.2 Impetigo 1,8 0,7 1,2 1,6 2,8 6,9 6,0 3,8 3,2 ⇑

16.3 Abscesso cutâneo furúnculo e carbúnculo 24,4 19,3 17,5 5,6 10,3 3,4 6,6 8,0 8,9 ⇓ 16.6 Outras infec localiz pele e tecido subcutâneo 10,2 12,1 9,4 9,2 3,6 5,0 4,6 3,1 3,4 ⇓ 19.2 Sífilis congênita 25,3 27,9 49,9 125,6 80,1 105,2 118,4 154,0 147,3 ⇑ Total 24.452,2 24.250,2 23.316,5 22.002,1 21.430,7 20.748,0 18.867,4 18.291,9 16.539,7 ⇓

Taxa de internação de menores de 1 ano por 100.000 habitantes,

segundo diagnósticos sensíveis à atenção básica selecionados, por

ano, região Nordeste, 1998 a 2006

Tendência decrescente (⇓) ou crescente (⇑) no período - assinalada à direita.Fonte: Sistema

de Informações Hospitalares do SUS. Datasus/MS)

(26)

TOTAL DE RECURSOS PAGOS (R$1,00) AOS

HOSPITAIS PELAS INTERNAÇÕES, POR ANO

(27)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

27

Limitações

|

Características exógenas à AB (e.g. do paciente,

do problema de saúde, etc.) estão entre os

determinantes mais importantes de internação.

|

Acesso a AB pode mudar a prevalência de ISABs,

mas o tamanho da mudança depende da

distribuição das ISAB (algumas são mais

controláveis do que outras)

|

ISABs dependem das informações hospitalares.

Mortes ou outras complicações que não

acontecem nos hospitais não são refletidas.

|

Pode levar anos para detectar problemas em

áreas pequenas

|

Pode levar anos para detectar mudanças

(28)

Etapas para a validação da lista Brasileira

|

As taxas ainda não estão padronizadas por

idade;observar mudanças na pirâmide

populacional que pode influenciar a direção da

tendência estimada pelas taxas brutas;

|

Observamos uma tendência de queda em vários

grupos de ISAB. Por outro lado, ainda não

sabemos se ISAB total, demonstra o mesmo

comportamento (p.ex.:numero absoluto por

grupos de diagnósticos, denominadores etc.)

|

Ainda não sabemos se a tendência de queda das

ISAB é devido ao PSF, ou a uma tendência de

queda das internações como um todo. Será

(29)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

29

|

Ainda não conhecemos o comportamento da

lista; a sensibilidade e especificidade da

mesma- é algo novo; estamos começando a

conhecer a “realidade”;

|

É possível ter diferentes interpretações da

análise de tendências de ISAB. Assim, um

produto importante da pesquisa será o

desenvolvimento de um “guia” metodológico

para construção, análise e interpretação da

lista ISAB

Limites da análise preliminar e

etapas para a validação

(30)

Integrantes das equipes

|

Elmira Alfradique, Rosana Arquino,

Palmira Bonolo, Inês Dourado, Maria

Fernanda Lima-Costa, James Macinko,

Eduardo Mota, Veneza Berenice Oliveira,

Maria Turci

(31)

12/19/2007 J. Macinko, 2007

31

Agradecimentos

|

MS/DAB

z

Luis Fernando Rolim Sampaio,

Claunara Schilling Mendonça,

Carmen De Simoni

|

RECIFE

|

VOCES!

Referências

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(2010), que objetivou analisar as tendências das principais causas de internações hospitalares entre aquelas sensíveis à Atenção primária no Brasil no pe- ríodo de 1999 a

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