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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Processo N° 0030661-88.2014.4.01.3400 - 5ª VARA FEDERAL

Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128

Processo nº 30661-88.2014.4.01.3900

Mandado de Segurança Individual

Impetrante: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO COMÉRCIO

FARMACÊUTICO – ABCFARMA

Impetrado:

COORDENADOR GERAL DE GESTÃO DO

DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E

INSUMOS ESTRATÉGICOS DA SECRETARIA DE

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS

DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – DAF/SCTTE/MS

SENTENÇA

Trata-se de mandado de segurança impetrado pela ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO – ABCFARMA em face de ato

imputado ao COORDENADOR GERAL DE GESTÃO DO DEPARTAMENTO DE

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DA

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO

MINISTÉRIO DA SAÚDE – DAF/SCTTE/MS, objetivando afastar a exigência

supostamente ilegal imposta aos associados da impetrante para a concessão e

renovação de cadastro perante o Programa Farmácia Popular do Brasil – PFFB,

programa criado pela Lei nº 10.858/2004.

Ocorre que a Portaria que atualmente disciplina o Programa Farmácia

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Processo N° 0030661-88.2014.4.01.3400 - 5ª VARA FEDERAL

Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128

Popular condiciona a habilitação de Farmácias e Drogarias interessadas em se

habilitar ou renovar seu credenciamento ao Programa à apresentação de Certificado

de Regularidade Técnica – CRT, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia – CRF

do Estado em que se encontra a matriz da empresa, nos termos do art. 10 da Portaria

971, de 15/05/2012; exigência imposta ao arrepio de previsão legal.

A impetrante informa o ajuizamento de ação própria contra o Conselho

Federal de Farmácia – CFF, na qual se busca a desconstituição da exigência criada, a

despeito de previsão legal, por meio da Resolução nº 579/13, editada pelo Conselho

Federal de Farmácia, processo nº 17898-55.2014.4.01.3400, em trâmite também nesta

5ª Vara Federal/DF. Esclarece que na referida ação foi deferido o pedido de

antecipação de tutela, reconhecendo a ilegalidade do art. 3º da Resolução nº 579/13

do Conselho Federal de Farmácia – CFF.

Em que pese estar em vigor a decisão em amparo à pretensão das

associadas da impetrante (proferida na ação nº 17898-55.2014.4.01.3400), ao pleitear

a habilitação/renovação do cadastro no Programa Farmácia Popular do Brasil –

PFPB, a autoridade impetrada vem exigindo o Certificado de Regularidade Técnica –

CRT, cujo custo pode chegar a R$ 128,00.

A impetrante formula pedido de liminar para obrigar a autoridade

impetrada a deixar de exigir o Certificado de Regularidade Técnica – CRT como

condição para a habilitação/renovação do credenciamento de suas associadas no

Programa Farmácia Popular do Brasil – CRT.

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Processo N° 0030661-88.2014.4.01.3400 - 5ª VARA FEDERAL

Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128

Decisão proferida pelo Juízo da 8ª Vara Federal desta Seção Judiciária,

determinando a distribuição deste Mandado de Segurança por dependência ao

Processo nº 17898-55.2014.4.01.3400.

Com a redistribuição a este Juízo, foi proferido despacho para ser ouvido o

representante judicial da União sobre o pedido de liminar, em 72 (setenta e duas)

horas.

A União apresentou manifestação pelo indeferimento da liminar.

O pedido de liminar foi deferido.

Informações prestadas pela autoridade impetrada, alegando inadequação da

via eleita, diante da ausência de direito líquido e certo a amparar a pretensão da

impetrante.

No mérito, defende a legitimidade do ato impugnado.

A União noticia a interposição de Agravo de Instrumento.

Intimado a se manifestar, o Ministério Público Federal opinou pela

concessão da segurança.

É o relatório. Decido.

A pretensão da impetrante versa sobre a indevida exigência de Certificado

de Regularidade Técnica – CRT para fins de concessão da habilitação/renovação do

credenciamento no Programa Farmácia Popular.

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Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128

- Inadequação da via eleita

Entendo que a via é adequada à pretensão, pois não depende de dilação

probatória, já que se refere à discussão eminentemente de direito, que permite

conhecimento por parte do magistrado e manifestação positiva ou negativa quanto ao

pleito da impetrante.

Na verdade, a preliminar levantada confunde-se com a análise de fundo,

pois consubstanciada na inexistência de direito líquido e certo.

Afasto, assim, a sustentada inadequação da via eleita.

- Mérito

Entendo que se configura a ilegalidade do ato administrativo a ensejar a

concessão da segurança, na medida em que a pretensão da impetrante encontra-se

amparada por decisão judicial que teria reconhecido a ilegalidade da instituição da

Certidão de Regularidade Técnica – CRT por parte do Conselho Federal de Farmácia,

discussão esta que se encontra sob apreciação em outro processo, de nº

17898-55.2014.4.01.3400.

Naquele processo, foi proferida decisão pelo Dr. Paulo Ricardo de Souza

Cruz, então Juiz Federal Substituto desta 5ª Vara Federal/DF, vazada nos seguintes

termos:

Trata-se de ação ordinária ajuizada pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Processo N° 0030661-88.2014.4.01.3400 - 5ª VARA FEDERAL

Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128

COMÉRCIO FARMACÊUTICO - ABCFARMA E OUTROS contra o CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA com pedido de antecipação dos efeitos da tutela objetivando seja declarada a inexistência do dever legal das empresas representadas pelos autores, de seguirem as disposições contidas na Resolução nº 579/2013, relativamente à apresentação de Certidão de Regularidade Técnica para atividades de farmácias e drogarias.

Sustentam que tal exigência não está prevista em lei, sendo que a resolução citada extrapola seus limites ao proceder a esta exigência.

Juntaram procurações e documentos. Decido.

Os requisitos para antecipação dos efeitos da tutela, que pode ser total ou parcial, estão previstos no artigo 273 do Código de Processo Civil - CPC, que estabelece a necessidade da existência de prova inequívoca que convença o juiz da verossimilhança do alegado e haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

Quanto ao risco da demora, o mesmo está presente, uma vez que, sem decisão judicial em sentido contrário, as associadas dos autores terão de se sujeitar a pedir a certidão de regularidade técnica periodicamente, pagando as taxas exigidas, ou serem consideradas irregulares, arcando com punições administrativas.

Quanto à verossimilhança do alegado, vejamos.

O objetivo pretendido pela certidão de regularidade consta do § 1º do artigo 3º da Resolução nº 579, de 26 de julho de 2013:

Art. 3º .... ....

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§ 1º - A certidão de regularidade é o documento expedido pelo Conselho Regional de Farmácia, com valor probante de ausência de impedimento ou suspeição do profissional farmacêutico, para exercer a função de diretor técnico ou responsável técnico ou farmacêutico assistente técnico ou farmacêutico substituto, o exercício da responsabilidade técnica, respeitando os princípios legais, éticos e sanitários pelo profissional e pela empresa ou estabelecimento.

....

Pois bem, é certo que a Lei nº 5.991/73 obriga a presença de técnico responsável nas farmácias e drogarias, durante todo o seu funcionamento.

E, como órgão de fiscalização da profissão, é certo que os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia podem fiscalizar os profissionais indicados pelas farmácias como responsáveis técnicos.

Todavia, numa análise inicial, única passível de ser feita no presente momento, isso não implica em que o Conselho Federal de Farmácia, possa, sem amparo em lei, instituir uma certidão que faça com que, ao invés dos conselhos de farmácia tenham de fiscalizar os profissionais a eles associados, as farmácias que contratem essas profissionais tenham de periodicamente, pedir uma certidão de que esses profissionais estão regulares perante o Conselho e, ainda por cima, exigindo uma taxa não instituída por lei e que contraria o artigo 5º, XXXIV, “b”, da Constituição.

De fato, se o objetivo da certidão de regularidade é permitir a demonstração de que o profissional que pretende ser responsável técnico por uma farmácia não tem impedimentos, o Conselho Federal de Farmácia poderia até instituir uma tal certidão, que os profissionais poderiam pedir para apresentarem aos seus empregadores (se os empregadores quisessem verificar a situação do profissional), mas essa certidão teria de ser fornecida aos profissionais e não aos empregadores e gratuitamente.

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De fato, estabelece o artigo 5º, XXXIV, da Constituição: Art. 5º ....

...

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

....

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

....

Assim, se um profissional farmacêutico tem o interesse em obter uma certidão de regularidade profissional, ele tem o direito de pedir essa certidão ao Conselho Regional de Farmácia e o Conselho Regional tem o dever de lhe fornecer essa certidão gratuitamente.

Mas, para que fosse exigido das farmácias que, ao contratar um profissional como responsável técnico ou toda vez que houvesse alteração na situação desse profissional, fosse necessária uma certidão de regularidade emitida pelo Conselho Regional de Farmácia, essa exigência teria de vir prevista em lei.

De fato, a exigência dessa certidão representaria o exercício de poder de polícia pelos Conselhos de Farmácia, pode de polícia esse que sempre decorre de lei, nos termos do artigo 5º, II, da Constituição:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Nesse sentido, ainda, o artigo 78 do Código Tributário Nacional, que trata do poder de polícia de maneira que não diz respeito apenas às questões tributárias:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública

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que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia

quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade

que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Assim, os Conselhos de Farmácia só poderiam exigir das empresas que pedissem uma certidão de regularidade dos seus farmacêuticos responsáveis se houvesse lei nesse sentido.

E a cobrança por essa certidão representaria taxa pelo exercício do poder de polícia, nos termos do artigo 77 do Código Tributário Nacional.

E, sendo um tributo (artigo 145, II, da Constituição), a taxa só poderia ser cobrada com base em lei que a autorizasse e fixasse o seu valor, nos termos do artigo 150, I, da Constituição:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

....

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

....

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

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Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128 ....

Portanto, numa análise inicial, a exigência da certidão de regularidade das farmácias é ilegal e a cobrança de taxa pela sua emissão represente uma segunda ilegalidade.

Situações como a demonstrada pelo documento de fl. 695, em que a certidão, ainda por cima, é desvirtuada para permitir que os Conselhos de Farmácia possam ser fiscais de tudo quanto diga respeito às farmácias para representar um abuso adicional, mas, em princípio, esse vício não contaminaria a existência da certidão, já que o caso indicaria um desvirtuamento de sua finalidade.

Todavia, somente a questão de não ter amparo em lei e de ser exigida uma taxa (tributo) sem previsão legal já são fundamentos suficientes para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela.

Ressalvo que nada impede que os Conselhos de Farmácia mantenham a emissão de certidões de regularidade para os profissionais que queiram pedi-las, mas essas devem ser emitidas para os profissionais (e não para as empresas) e de graça, como exigido pelo artigo 5º, XXXIV, “b”, da Constituição

Ante o exposto, DEFIRO A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA para desobrigar todos os estabelecimentos associados de um ou mais dos autores de requerem/possuírem a Certidão de Regularidade Técnica criada pela Resolução nº 579/2013 do Conselho Federal de Farmácia.

Intime-se o Conselho Federal de Farmácia para que cumpra a presente decisão, devendo comunicá-la a todos os Conselhos Regionais de Farmácia, que deverão se abster de impor qualquer sanção aos associados dos autores por não possuírem a referida certidão.

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Cite-se o Conselho Federal de Farmácia. Publique-se.

Como se vê, o pedido de liminar foi deferido para desobrigar todos os

estabelecimentos associados de requererem/possuírem a indigitada Certidão de

Regularidade Técnica criada pela Resolução nº 579/2013 pelo Conselho Federal de

Farmácia.

Como conseqüência inerente desta mesma decisão, não poderia a

autoridade impetrada condicionar a habilitação/renovação do credenciamento de

farmácias/drogarias à esta mesma Certidão de Regularidade Técnica, cuja instituição

foi feita ao arrepio de previsão legal.

Em reforço às razões de decidir, acrescento que ao proferir a decisão

liminar embasei o acolhimento da pretensão na decisão que deferiu o pedido de tutela

antecipada no Processo nº 17898-55.2014.4.01.3400, que inclusive teve seus termos

confirmados em sede de recurso, ao ser indeferido o pedido de suspensão da

antecipação (Suspensão de Liminar ou Antecipação de Tutela n.

0014970-49.2014.4.01.0000/DF), em 28/03/2014. Mantenho o mesmo entendimento outrora

exposto, que não restou desconstituído com o processamento desta ação

mandamental.

Essa foi a mesma compreensão a que chegou o Ministério Público Federal

ao opinar pela concessão da segurança.

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Nº de registro e-CVD 00579.2016.00053400.1.00089/00128

Ante o exposto, CONCEDO A SEGURANÇA para reconhecer a

ilegalidade da exigência de Certidão de Regularidade Técnica – CRT para a

habilitação/renovação do credenciamento das associadas da Impetrante no Programa

Farmácia Popular – PFPB, enquanto vigente a tutela antecipada concedida na Ação

Ordinária nº 17898-55.2014.4.01.3400, no qual se questiona a ilegalidade da

instituição da referida Certidão pelo Conselho Federal de Farmácia CFF, mediante a

edição da Resolução nº 579, de 17.08.13.

Sem condenação em honorários advocatícios (artigo 25 da Lei nº

12.016/2009).

Publique-se.

Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição, nos termos do art. 14, § 1º, da

Lei nº 12.016/2009.

Brasília, 19 de outubro de 2016

Daniele Maranhão Costa

Juíza Federal da 5ª Vara – SJ/DF

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