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PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA PREFEITO MUNICIPAL: ODELMO LEÃO SECRETÁRIA DE CULTURA: MÔNICA DEBS DINIZ

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Academic year: 2021

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BENS IMÓVEIS IPAC Nº 4 / 2013 MUNICÍPIO: Uberlândia. DISTRITO: Sede.

DESIGNAÇÃO: Comércio.

ENDEREÇO: Rua Barão de Camargo, 614 -

Bairro Fundinho. USO ATUAL: Comércio (bar).

IMAGEM 01: Comércio R. Barão de Camargo, 604 – Bairro Fundinho. Fachada frontal e lateral direita. Uberlândia/MG. 12/11/2011. Fotógrafa: Clarice Costa Ferreira.

IMAGEM 02: Comércio Rua Barão de Camargo, 604 – Bairro Fundinho. Fachada frontal e lateral esquerda. Uberlândia/MG. 12/11/2011. Fotógrafa: Clarice Costa Ferreira.

IMAGEM 03: Comércio R. Barão de Camargo, 604 – Bairro Fundinho. Detalhe do acabamento da linha e guarda-pó. Uberlândia/MG. 12/11/2011. Fotógrafa: Clarice Costa Ferreira.

IMAGEM 04: Comércio R. Barão de Camargo, 604 – Bairro Fundinho. Detalhe do acabamento da linha, intervenções no telhado e instalações elétricas irregulares. Uberlândia/MG. 12/11/2011. Fotógrafa: Clarice Costa Ferreira.

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PROPRIEDADE/ SITUAÇÃO DE PROPRIEDADE: Privada; Ilca de Almeida. RESPONSÁVEL: Ilca de Almeida.

SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO: Alugada.

ANÁLISE DE ENTORNO: O imóvel integra o Bairro Fundinho, sendo a Rua Barão de Camargo um dos

arruamentos mais antigos da cidade. No entanto, esta é a única construção desta rua que ainda preserva resquícios de suas características originais. Encontra-se a uma quadra da Praça Clarimundo Carneiro, entre as Ruas General Osório e Avenida Nicomedes Alves dos Santos, duas vias de grande fluxo de veículos e pedestres. No bairro predomina o uso residencial unifamiliar, mas nas proximidades do imóvel já há outros estabelecimentos comerciais. Em frente ao imóvel, na esquina da Rua Barão de Camargo com a Avenida Nicomedes Alves dos Santos, foi construído um edifício residencial de gabarito alto, indicando a tendência à verticalização de seu entorno. A Rua Barão de Camargo é estreita, asfaltada, com largura para dois carros em mão única, apresentando intenso tráfego. A calçada é estreita – aproximadamente 1,00 m de largura. Tanto a rua quanto as calçadas apresentam bom estado de conservação. Em razão da pouca largura das calçadas e construções a partir do alinhamento predial, o ambiente de entorno não é arborizado ou ajardinado. A região de entorno, bem como a via em que se encontra o imóvel, possuem infraestruturas urbanas, as quais são fornecidas/mantidas pelas seguintes empresas/concessionárias/ órgãos: asfalto (Prefeitura Municipal - PMU); água potável encanada (Departamento Municipal de Água e Esgoto - DMAE - PMU); rede de drenagem pluvial (DMAE– PMU); rede de esgoto (DMAE – PMU); rede de energia elétrica (CEMIG); rede de telefonia (CTBC e outros); serviços de limpeza urbana (PMU); coleta de lixo (LIMPEBRAS – Engenharia Ambiental/PMU). Nota-se que o imóvel em questão e os imóveis do entorno estão condenados à substituição através da pressão imobiliária e da demanda por renovação urbana, todavia a legislação urbanística vigente assegura gabaritos baixos e usos restritos no Bairro Fundinho e outras Áreas de Diretrizes Especiais. O imóvel apresenta bom aspecto estético e se destaca positivamente no ambiente de entorno.

HISTÓRICO: Uberlândia integra o universo de cidades de porte médio no Brasil. Surgiu no século XIX e

experimentou rápida transformação nos seus aspectos urbanísticos em razão do crescimento econômico ocorrido nas últimas décadas. Compõe também o rol de cidades que, sintonizadas com idéias de desenvolvimento, tiveram seu patrimônio arquitetônico liquidado e substituído por edificações que, rompendo com o passado, eram associadas ao progresso e ao moderno.

O seu bairro mais antigo, o Fundinho, passou nas últimas décadas por acelerado processo de transformação e descaracterização. Entretanto, algumas construções resistem ao tempo e ficam ali como

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evidência do processo histórico, dos saberes, dos estilos e modos de vida experimentados na cidade. É o caso da construção situada à Rua Barão de Camargos n. 614. A edificação acompanhou o movimento da cidade e sobreviveu às investidas do tempo, constituindo um dos rastros mais antigos da formação da cidade. Ela é indício (assim como outros poucos imóveis na mesma região) da arquitetura praticada no final do século XIX e início do século XX. Constitui elemento residual no espaço urbano atual, informando sobre estilos tradicionais de construção que remontam ao período colonial.

Não existem informações seguras sobre a data de construção da casa, mas pode-se situá-la historicamente por meio do cruzamento de informações históricas referentes ao município – sobretudo documentos iconográficos disponíveis no Arquivo Público de Uberlândia – e dos materiais utilizados no imóvel. A julgar pelos materiais usados e as técnicas adotadas podemos situar essa construção no final do século XIX, momento em que as residências eram caracterizadas pelo emprego de estrutura autônoma em madeira, com vedação em adobe ou

pau-a-pique e cobertura com telhas de barro. As portas e janelas empregavam madeira, com vergas retas e folhas cegas, pintadas em cores que contrastavam com a alvenaria caiada (branco).

De acordo com informações prestadas pelo Sr. Joaquim de Almeida Filho a residência foi erguida no início do

século XX e adquirida por seu pai (Joaquim de Almeida e Silva) na década de 1920. Antes de sua venda o prédio abrigava o Fórum Municipal de Uberabinha. O imóvel, que tinha suas divisões internas feitas por estruturas de madeira, foi adquirido para uso residencial, mas, em um de seus cômodos, funcionou uma alfaiataria até aproximadamente 1930.

Segundo Orlando Naves Filho – que há mais de duas décadas aluga um imóvel anexo ao em questão, situado nos fundos e com acesso pela lateral direita – em data desconhecida o imóvel passou por reforma para substituir as paredes de pau-a-pique por outras de tijolos. Desde aproximadamente meados dos anos 1980 reformas aperiódicas adéquam as instalações para o funcionamento de estabelecimentos comerciais. Há aproximadamente quatro anos a proprietária do imóvel, Ilka de Almeida, faleceu. Desde então o imóvel se encontra em processo de inventário e, como não tinha filhos, o imóvel está sob a responsabilidade de seu irmão Joaquim de Almeida Filho até que se conclua o inventário.

Há pouco mais de um ano o imóvel passou por significativa reforma para abrigar o restaurante Bistrô Carioca, estabelecimento em funcionamento atualmente no imóvel da rua Barão de Camargos n. 614.

Rua Barão de Camargos à época da construção da residência do atual n. 614. Acervo João Quituba. CDHis.

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DESCRIÇÃO: O edifico encontra-se bastante descaracterizado, tanto interno como externamente,

entretanto, sua volumetria e as elevações ainda guardam os vestígios de suas características originais. Foi construído empregando estrutura autônoma de madeira, assentado sobre baldrame e alicerce de pedra tapiocanga, tecnologia usual da época. Encontra-se implantada no alinhamento frontal do lote, no nível da rua. Apresenta cobertura em quatro águas, com telha de fibrocimento; o beiral ainda conserva os cachorros e guarda-pós originais. A fachada conserva algumas janelas e portas originais de madeira, Não possui nenhum elemento ornamental. Os pisos variam entre cimento queimado e assoalho de tábua corrida. Alguns cômodos apresentam forros em lambril de madeira.

PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE: Nenhuma.

PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA: Inventário para registro documental. ESTADO DE CONSERVAÇÃO: Regular.

ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO: Encontram-se regularmente conservadas a fachada

principal, a estrutura autônoma de madeira, as esquadrias de madeira, as janelas e portas externas, as paredes externas e internas, as alvenarias, o reboco, a pintura, os pisos e os forros. Não há indícios de infiltrações. O telhado apresenta danos e a rede elétrica não obedece às normas técnicas vigentes.

FATORES DE DEGRADAÇÃO: Os principais fatores de degradação são as ações do tempo e clima e o

uso. Também contribuem com a degradação as formas de manutenção adotadas, a pouca freqüência de manutenções específicas para os problemas e o uso de material e técnica em melhorias, por vezes, inadequados.

MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: Executar projeto arquitetônico e complementares completos do objeto,

considerando as intervenções possíveis, com descrição detalhada dos procedimentos, materiais e técnica a serem adotadas, visando melhorias na durabilidade da construção e boas condições de habitabilidade do imóvel. Revisão das instalações elétrica e hidro-sanitária, das estruturas de madeira em geral para controle das condições dos materiais, da cobertura, inclusive do guarda-pó, das janelas e portas.

Os procedimentos deverão ser acompanhados por profissional especializado e utilizar produtos adequados para cada item da construção.

INTERVENÇÕES: Em 1946, as paredes de adobe foram substituídas por alvenaria de tijolos maciços, de

fabricação artesanal e maiores que os atuais. Aproximadamente em 1961, a parte dos fundos do imóvel ruiu, tornando-se necessário reconstruir as paredes externas; as telhas originais foram trocadas por telhas

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de fibrocimento. A cozinha, localizada no fundo, que ainda possuía paredes de adobe, não foi reconstruída. Em 1998, foi feita uma ampliação no fundo do imóvel, com acréscimo de um quarto, uma cozinha e um banheiro; utilizando janelas provenientes de demolição. O imóvel passa, constantemente, por pequenas alterações de adaptação ao tipo de comércio para o qual é alugado. Parte do quintal que existia na lateral foi transformado em estacionamento, com a retirada do muro frontal e revestimento do piso.

REFERÊNCIAS:

Pesquisas na internet.

www.uberlandia.mg.gov.br. Acesso em novembro de 2011: Lei do Plano Diretor do Município: Lei nº. 432/2006;

Lei de Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo: Lei Complementar nº. 525/2011; Lei nº. 10.686/2010 – Diretrizes do Sistema Viário do Município.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: No momento do levantamento de dados para a realização desta

ficha, o imóvel ora analisado se encontrava fechado.

FICHA TÉCNICA:

Levantamento (Nov/2011): Clarice Costa Ferreira (Engenheira Arquiteta Especialista em Gestão Ambiental) e Roberto C. de Oliveira (Historiador).

Elaboração (Nov/2011): Clarice Costa Ferreira (Engenheira Arquiteta Especialista em Gestão Ambiental) e Roberto C. de Oliveira (Historiador).

Revisão (Dez/2012): Equipe PAGINAR Editoração Ltda: Liliane Corrêa Mandraga (Historiadora - Mestranda em História pela UFRJ), Karine Guimarães Berbari (Arquiteta e Urbanista – Coordenadora PAGINAR) e Gisele Pinto de Vasconcelos Costa (Arquiteta e Urbanista – Diretora Geral PAGINAR).

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