NCPC
Decisão: "Defiro JG. Emende-se o valor da
causa, considerando
pedidos,
inclusive
a soma de todos os
a
declaração
de
inexistência do débito e a condenação em
honorários. Venha a emenda à inicial em
PEÇA ÚNICA E SUBSTITUTIVA, em 5 dias,
Decisão: "Especifiquem as partes quais
provas pretendem produzir, correlacionando
com os pontos controvertidos. Decorrido o,
PRAZO COMUM de quinze dias, conclusos
para decisão".
"AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COMPRA E VENDA DE SEMOVENTE. PROVA TESTEMUNHAL. ART. 401 DO CPC. APLICAÇÃO DA SÚMULA 83/STJ.
1.- 'Em interpretação edificante e evolutiva do artigo 401 do Código de Processo Civil, este Tribunal tem entendido que só não se permite a prova exclusivamente por depoimentos no que concerne à existência do contrato em si, não encontrando óbice legal, inclusive para evitar o enriquecimento sem causa, a demonstração, por testemunhas, dos fatos que envolveram os litigantes, bem como das
Súmula 7: como o STJ distingue reexame e revaloração da prova.
O reexame de prova é uma “reincursão no acervo fático probatório mediante a análise detalhada de documentos, testemunhos, contratos, perícias, dentre outros”. Nestes casos, o STJ não pode examinar mera questão de fato ou alegação de error facti in judicando (julgamento errôneo da prova).
1. Determinada a produção da prova de ofício pode o
juiz dela desistir?
2. Proferido o saneador não compartilhado, deferindo o
juiz a produção de dada prova e não havendo recurso,
pode o juiz retroceder, rejeitando-a?
3. Proferido o saneador não compartilhado com a
definição das provas a serem produzidos, está preclusa
a possibilidade de determinar a coleta de outras provas?
O art. 1.072, II, do CPC de 2015 revogou
expressamente alguns dispositivos do Código Civil. Das
disposições revogadas
podem ser agrupadas em
categorias, dentre elas: (i) disposições sobre provas
O primeiro dispositivo revogado é o art. 227,
assim redigido:
“Salvo
os
casos
expressos,
a
prova
exclusivamente testemunhal só se admite nos
negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o
décuplo do maior salário mínimo vigente no País
ao tempo em que foram celebrados”.
Consequência
disso
é
a
regra,
muito
mais
consentânea com a classificação dos negócios jurídicos,
por força da qual “nos casos em que a lei exigir prova
escrita
da
obrigação,
é
admissível
a
prova
testemunhal quando houver começo de prova por
Também é revogado expressamente o art. 229 do
Código Civil, por força do qual ninguém poderia ser
obrigado a depor sobre fato a cujo respeito, por
estado ou profissão, deva guardar segredo; a que
não possa responder sem desonra própria, de seu
cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo
íntimo; ou que o exponha, ou às pessoas referidas
Neste caso a revogação resulta, simplesmente, da existência, no novo CPC, do art. 388, por força do qual “[a] parte não é obrigada a depor sobre fatos: I – criminosos ou torpes que lhe forem imputados; II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; III –acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III”, assim como do art. 448 - “A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos: I – que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes
Outro dispositivo do Código Civil expressamente revogado é o art. 230, segundo o qual “[a]s presunções, que não as legais, não se
admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal”.
Este dispositivo, como destaca CÂMARA o ensinamento de Leonardo Greco, “vale apenas como uma recomendação ao juiz. Trata-se de restrição imposta para evitar a produção de provas supostamente suspeitas, mas que não pode constituir obstáculo à apuração da verdade, servindo apenas de advertência ao juiz da sua normal precariedade”
A ata notarial, portanto, ganha status de
meio típico de prova no NCPC, o que
corrobora a sua importância prática. No Código
de Processo Civil de 1973, a ata notarial é
elencada como prova atípica, ou seja, não está
estabelecida expressamente no texto legal.
Em linhas gerais, a ata notarial é um
instrumento público, lavrado por tabelião de
notas (Lei Federal nº 8.935/94, art. 7º, III) a
requerimento de pessoa interessada, que se
destina a atestar (através dos sentidos do
próprio notário) e documentar a existência ou o
modo de existir de algum fato jurídico.
Seção III
Da Ata Notarial
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
“Consiste o depoimento pessoal no testemunho da parte
em juízo. submetida,
contrária,
Por meio do interrogatório, a que é sobre os fatos alegados
e mesmo sobre os fatos por
pela parte
ela própria aduzidos em seus articulados, visa-se, por um lado, aclará-los, e, por outro, provocar a sua confissão. Esta segunda parte é a que caracteriza o depoimento pessoal que, em verdade, é instituto destinado a provocar a
confissão de parte, ou mesmo a proporcionar-lhe a
A finalidade desse meio de prova é dupla:
provocar
a
confissão
da
parte
e
esclarecer fatos discutidos na causa.
Consagração do princípio da oralidade.
Seção IV
Do Depoimento Pessoal
CPC 2015 CPC 1973
Art. 385 Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1oSe a parte, pessoalmente intimada para prestar
depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
§ 2oÉ vedado a quem ainda não depôs assistir ao
interrogatório da outra parte.
§ 3oO depoimento pessoal da parte que residir em
comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da
Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
Art. 343. Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parte requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na audiência de instrução e julgamento. § 1oA parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que se presumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou, comparecendo, se recuse a depor.
§ 2oSe a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor, o juiz Ihe aplicará a pena de confissão. Art. 344. A parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de testemunhas.
Parágrafo único. É defeso, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da outra parte.
– “O depoimento pessoal, na sua formulação tradicional, de prova
prestada pela parte a pedido da outra parte (que, em verdade, busca a
confissão, como se verifica do § 1º), foi mantido pelo novo CPC.
Também foi mantida a regra de que a parte que não prestou
depoimento não pode ouvir o da outra (§ 2º). Com relação à parte final
do caput, que admite que o juiz, de ofício, ordene o depoimento
pessoal da parte, cabe destacar o art. 139, VIII, que afasta, neste caso,
a pena de confissão, orientação extraível do NCPC. Novidade
importante
está na admissão de sua colheita
por meio de
– “A regra do art. 347 do CPC atual é mantida pelo art. 388, que
amplia, com as previsões dos incisos III e IV, os casos em que a parte
pode legitimamente deixar de depor. O parágrafo único do art. 388,
correspondente ao parágrafo único do art. 347 do CPC atual, traz
relevante ampliação dos casos em que as escusas admitidas pelos
dispositivos não se aplicam, fazendo expressa menção às ‘ações de
estado e de família’. Referencial do que sejam ‘ações de família’ para
este fim – e sem que sua lembrança possa ser considerada exaustiva –
pode ser encontrado no caput do art. 693: ‘processos contenciosos de
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
O NCPC traz sua natureza de prova e de
procedimento de índole cautelar.
Seção VI
Da Exibição de Documento ou Coisa
CPC 2015
CPC 1973
Art. 396 O juiz pode ordenar
que a parte exiba documento
ou coisa que se encontre em
seu poder.
Art. 355. O juiz pode ordenar
que a parte exiba documento
ou coisa, que se ache em seu
poder.
– “A Seção VI disciplina a exibição de documento ou coisa, iniciando o art.
396 com a indicação do que é passível de exibição pela parte. O art. 401 trata
da hipótese em que o pedido é dirigido a terceiro. Importa destacar que o novo
CPC amalgamou – e o fez muito bem – o que no CPC atual é tratado tanto
como meio de prova como ‘procedimento cautelar específico’ (arts. 844 e
845). Se a hipótese for de urgência, não há como negar a possibilidade de o
pedido de exibição ser formulado antes do processo, aplicando-se, para
tanto, o procedimento aqui analisado, subsidiado pelo que o novo CPC
chama de ‘produção antecipada de provas’ (art. 381), hipótese em que o réu
será necessariamente citado, não meramente intimado. É irrecusável,
outrossim, que o pedido possa assumir a feição de alguma tutela provisória
antecedente, seja ela de cunho antecipado (art. 303) ou cautelar (arts. 305 a
Abaixo os Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este artigo:
–
Enunciado n. 53 do FPPC: Na ação de exibição não cabe a fixação,
nem a manutenção de multa quando a exibição for reconhecida como
impossível.
– Enunciado n. 283 do FPPC: Aplicam-se os arts. 319, § 1º, 396 a 404
também quando o autor não dispuser de documentos indispensáveis à
CPC 2015
CPC 1973
Art. 397 O pedido formulado pela parte
conterá:
I.– a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II.– a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;
III.– as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da
Art. 356. O pedido formulado pela parte conterá:
I.– a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; II.– a finalidade da prova, indicando os
fatos que se relacionam com o
documento ou a coisa;
III.– as circunstâncias em que se funda o
requerente para afirmar que o
CPC 2015
CPC 1973
Art. 398. O requerido dará sua
resposta
nos
5
(cinco)
dias
subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único.
Se o requerido
afirmar que não possui o documento
ou a coisa, o juiz permitirá que o
requerente prove, por qualquer meio,
que a declaração não corresponde à
Art. 357. O requerido dará a sua
resposta
nos
5
(cinco)
dias
subsequentes à sua intimação. Se
afirmar
que
não
possui
o
documento ou a coisa, o juiz
permitirá que o requerente prove,
por
qualquer
meio,
que
a
declaração
não
corresponde
à
verdade.
CPC 2015 CPC 1973 Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
I.– o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II.– o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III.– o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 358. O juiz não admitirá a recusa: I.– se o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II.– se o requerido aludiu ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III.– se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
– “O art. 399 se ocupa, tanto quanto o art. 358 do CPC
atual, com as hipóteses em que o magistrado pode
rejeitar a justificativa de recusa do documento ou coisa,
dispositivo que merecer ser interpretado ao lado do art.
404, que trata das legítimas escusas de exibir”.
(Bueno,CPC 2015 CPC 1973
Art. 400 Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
I.– o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398;
II.– a recusa for havida por ilegítima.
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.
Art. 359. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar:
I.– se o requerido não efetuar a exibição, nem fizer qualquer declaração no prazo do art. 357;
Contrariando o teor do enunciado nº 372 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça (“Na ação de exibição de documentos, não cabe a aplicação de multa
cominatória”), o Novo Código deixa expresso que a presunção de veracidade não
impede que o juiz adote outras medidas coercitivas, indutivas, mandamentais ou sub-rogatórias, tal como a imposição de multa cominatória.
– “O novel dispositivo estabelece, corretamente, em seu parágrafo único a possibilidade de o
magistrado adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias para
viabilizar a exibição. Com isso, a regra vai além (e o faz pertinentemente) da Súmula 372 do STJ, que, em rigor, fica sem fundamento normativo. As palavras ‘indutivas, coercitivas e mandamentais’, que só surgira na versão final do novo CPC – ambos os Projetos, a este respeito,
De resto, tais técnicas derivam suficientemente do inciso IV do art. 139, que tem plena aplicação à hipótese aqui examinada. Assim, é lícito ao magistrado estimular por meios lícitos a
apresentação de documentos ou coisas para que ele próprio, examinando-os, forme sua convicção
a respeito dos fatos, afastando a presunção aceita pelo caput do dispositivo. O magistrado também poderá, para tanto, valer-se de meios sub-rogatórios – palavra que estava nos dois Projetos e que
foi preservada pela redação final do novo CPC -, que, em rigor, são aqueles em que a atuação
jurisdicional tende a substituir a vontade (mesmo que omissiva) daquele que tinha o dever da apresentação. O Projeto da Câmara, diferentemente do Projeto do Senado, previa o cabimento
do agravo de instrumento contra a decisão que resolvia o incidente antes da sentença (art. 407, §
2º). Embora a regra não tenha sobrevivido no formato daquele Projeto, ela subsiste no inciso VI do art. 1.015, que prevê o cabimento do agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre ‘exibição ou posse de documento ou coisa’. Se o pedido de exibição for resolvido apenas na sentença, a interpretação que se mostra mais acertada é a de que o recurso cabível é o de apelação, aplicando-se a regra geral do art. 1.009 ou, para quem preferir, a despeito de sua inconstitucionalidade formal, por força do § 3º daquele mesmo dispositivo.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno.
Abaixo
os
Enunciados
do
Fórum
Permanente
de
Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este artigo:
– Enunciado n. 54 do FPPC: Fica superado o enunciado 372 da
súmula do STJ (“Na ação de exibição de documentos, não cabe a
aplicação de multa cominatória”) após a entrada em vigor do CPC,
pela expressa possibilidade de fixação de multa de natureza
coercitiva na ação de exibição de documento.
CPC 2015
CPC 1973
Art. 401 Quando o documento ou a
coisa estiver em poder de terceiro, o
juiz
ordenará sua
citação
para
responder no prazo de 15 (quinze)
dias.
Art. 360. Quando o documento ou a
coisa estiver em poder de terceiro, o
juiz mandará citá-lo para responder
no prazo de 10 (dez) dias.
– “Em se tratando de exibição de documento ou coisa
dirigida a terceiro, há necessidade de que ele seja
citado. O prazo para resposta previsto pelo art. 401 é
aumentado de dez para quinze dias, sendo certo, ainda,
que, como prazo processual que é, ele só flui em dias
úteis (art. 219, caput)”.
(Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 286).CPC 2015
CPC 1973
Art. 402 Se o terceiro negar a
obrigação de exibir ou a posse do
documento ou da coisa, o juiz
designará
audiência
especial,
tomando-lhe
o
depoimento, bem
como o das partes e, se necessário, o
de
testemunhas,
e
em
seguida
proferirá decisão.
Art. 361. Se o terceiro negar a
obrigação de exibir, ou a posse do
documento ou da coisa, o juiz
designará
audiência
especial,
tomando-lhe o depoimento, bem
como o das partes e, se necessário,
de
testemunhas;
em
seguida
proferirá a sentença.
– “Cabe ao magistrado decidir o pedido na audiência, isto
é, decidir se o terceiro deve ou não exibir o documento ou
coisa. A decisão é sujeita a agravo de instrumento, aplicável
à espécie o dispositivo no inciso VI do art. 1.015, a despeito
do silêncio do dispositivo ora anotado, diferentemente do
que propunha o Projeto da Câmara.”.
(Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 287).CPC 2015 CPC 1973
Art. 404 A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:
I.– concernente a negócios da própria vida da
família;
II.– sua apresentação puder violar dever de
honra;
III.– sua publicidade redundar em desonra à
parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;
Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa:
I.– se concernente a negócios da própria vida
da família;
II.– se a sua apresentação puder violar dever
de honra;
III.– se a publicidade do documento redundar
em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a
seus parentes consangüíneos ou afins até o terceiro grau; ou lhes representar perigo de ação
V.– subsistirem outros motivos graves que,
segundo o prudente arbítrio do juiz,
justifiquem a recusa da exibição;
VI.– houver disposição legal que justifique a
recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.
IV.– se a exibição acarretar a divulgação de
fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo;
V.– se subsistirem outros motivos graves que,
segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem
a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os ns. I a V disserem respeito só a uma parte do conteúdo do documento, da outra se extrairá uma suma para ser apresentada em juízo.
PROVA DOCUMENTAL
Documento é toda o registro de um fato ou atestação escrita ou
gravada de um fato. Conceito ampliado. São os instrumentos
escritos, como também fotografias, filmes, gravações de sons e provas assemelhados. Também as gravações eletrônicas são
Elementos do documento
1 Autoria
do
documento:
autoria
material e intelectual. Quem é o autor do
documento? NCPC artigo 410.
2 Origem pública ou particular: (des)
necessidade.
a) documentos públicos (
fé pública e
presunção de autenticidade e de veracidade do
conteúdo do documento público
); a.1) o
forma
instrumento público como
solene do ato jurídico (
forma ad
b) documentos
particulares
(
em relação ao(s)
veracidade da declaração
signatário(s).
b.1) eficácia probatória
dos
documentos
testemunhais,
telegramas,
fac-símiles,
cartas,
Sobre as novidades trazidas no NCPC,
destacamos três tópicos importantes, quais
sejam:
arguição
documental; juntada
novos no processo;
de
falsidade
de documentos
e utilização de
documentos eletrônicos.
A arguição de falsidade documental
1deverá ser suscitada na contestação, réplica
ou no prazo de 15 dias contado a partir da
intimação
da
juntada
aos
autos
do
documento (NCPC, art. 430, caput).
1
Não confundir FALSIDADE com IRREGULARIDADE do documento. Essa
A outra parte terá também 15 dias para
resposta, findo o qual será determinada prova
pericial (art. 432). Além disso, a falsidade
será resolvida como questão incidental, salvo
se a parte requerer que o juiz a decida como
questão principal, ocasião na qual constará do
Pela redação do artigo 503, §1º, do NCPC,
a
questão
prejudicial
fará
coisa
julgada
“automaticamente”, desde que preenchidos os
seguintes
depender o
requisitos:
julgamento
I
–
dessaresolução
do mérito; II – a seu
respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo,
não se aplicando no caso de revelia; e III – o juízo
Quanto aos documentos eletrônicos, ensinam
Marinoni e Arenhart que documentos também devem ser
entendidos como todos aqueles “criados através das
tecnologias
modernas
da informação
e das
comunicações,
como os dados inseridos
na
memória do computador ou transmitidos através
de uma rede de informativa, e em geral os assim
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1070395 RJ 2008/0139817-0 (STJ) Data de publicação: 27/09/2010 Ementa: PROCESSUAL CIVIL. FASE RECURSAL. DOCUMENTOS QUE NÃO PODEM SER QUALIFICADOS COMO NOVOS OU RELACIONADOS A FATO SUPERVENIENTE. JUNTADA APÓS A SENTENÇA. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 397 DO CPC. ALÍNEA C. NÃO-DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA. 1. Controverte-se nos autos a possibilidade de juntada, em fase
recursal, de documentos que não ostentam condição de novos ou se refiram a fatos supervenientes. 2.
. 4. De todo modo, mantém-se obrigatória, após a juntada dos
documentos nesse contexto, a observância ao princípio do contraditório. 5. A divergência jurisprudencial deve ser comprovada, cabendo a quem recorre demonstrar as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fática e jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o
O STJ possui entendimento de que a interpretação do art. 397 do CPC não deve ser feita restritivamente. Dessa forma, à exceção dos documentos indispensáveis à propositura da ação, a mencionada regra deve ser flexibilizada. 3. O grau de relevância do conteúdo dos documentos que se pretende juntar após a sentença do juízo de 1º grau influi na formação do convencimento do órgão julgador, relacionando-se ao mérito do pedido. Por essa razão, não pode ser utilizado para justificar, de forma autônoma e independente, a decisão a respeito de sua inclusão nos autos
A pessoa é fonte de prova. A testemunha
declara o que viu. Exige-se capacidade para
testemunhar. Veja artigo 228 CC/2002.
Subseção II
Da Produção da Prova Testemunhal
Art. 450. O rol de testemunhas conterá, sempre que
possível, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho.
Art. 453. As testemunhas depõem, na audiência de instrução e julgamento, perante o juiz da causa, exceto:
I - as que prestam depoimento antecipadamente; II - as que são inquiridas por carta.
§ 1o A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser realizada por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência de instrução
Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
§ 1o A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento.
§ 2o A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente da intimação de que trata o § 1o, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de sua inquirição.
§ 3o A inércia na realização da intimação a que se refere o § 1o importa desistência da inquirição da testemunha.
II. - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;
III. - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
IV. - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V.- a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida.
§ 1o O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes.
§ 2o As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, não se lhes fazendo perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias.