• Nenhum resultado encontrado

Coleta e conservação de germoplasma de plantas ornamentais, com ênfase em Alstroemeriaceae e Araceae. - Portal Embrapa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Coleta e conservação de germoplasma de plantas ornamentais, com ênfase em Alstroemeriaceae e Araceae. - Portal Embrapa"

Copied!
16
1
0
Mostrar mais ( páginas)

Texto

(1)

C

ap

ítu

lo

17

Coleta e conservação

de germoplasma

de plantas ornamentais,

com ênfase em

Alstroemeriaceae

e Araceae

M arta C am argo de Assis

Cássia Mônica Sakuragui

(2)

C apítulo 17

1. In tro d u ç ã o

A

H olanda detém cerca de 6 0 % do m ercado m undial de flo ric u ltu ra . No e ntanto, no início do século XXI, a indústria de flores decorativas está sendo obrigada a ajustar-se à crescente co m p e tiçã o de preços dos p ro d u to re s da Á frica e dos países da A m érica Latina (G riffin 1995). A p ro d u ç ã o de flo re s c o n v e rte u -s e em sucesso nos países da Á fric a subsaariana, com o Q uênia e o Zim bábue à frente. Na A m érica Latina, as incursões colom bianas ao m ercado europeu têm aum entado desde a decisão da U nião Européia, to m a d a em 1993, de p ro m o ve r entre os a g ric u lto re s c o lo m b ia n o s a su b stitu içã o do cu ltiv o da coca pelo de rosas e cravos.

No Brasil, a flo ric u ltu ra , e n volve nd o flores de corte, flo re s de vaso, fo lh a g e n s o rn a m e n ta is e o u tro s itens, c o m o a tivid a d e e c o n ô m ic a de a g ricu ltu ra sem pre esteve à m argem da discussão p o r p u ro p re co n ce ito . Sujeito a altos e baixos, o setor vem crescendo rapidam ente p rin cip a lm e n te nas regiões sul e sudeste, to rn a n d o -s e hoje um a das m e lh o re s opções para qu em busca um in ve stim e n to na a g ric u ltu ra (A rru da e t al. 1996, K ãm pf 1997). Os valores exportad o s no p rim e iro bim estre de 2 0 0 3 , por exem plo, som aram US$ 2,9 m ilhões, 31 % a mais sobre o to ta l de vendas do m esm o p eríodo de 20 02 e quase 4 0 % sobre a m édia dos ú ltim o s q u a tro anos (Ib ra flo r 2003).

O p o te n c ia l da flo ric u ltu ra no Brasil é e n o rm e e a in d a p o u c o explorado. O país tem , p o r exem plo, potencial de m ercado para plantas com o helicônias, brom élias e antú rio s, que tê m o ch a m a riz de p ro d u to trop ica l (M a tsun a g a 1995). Lam entavelm ente, nota-se o e m p re g o m u ito reduzido de espécies nativas, seja p o r desin form a çã o , fa lta de pesquisa e/ ou divulgação, espécies estas que estão sob risco de d e sa p a re cim e n to (Lorenzi & Souza 1995).

As populações naturais que o correm ta n to na região am azônica com o no Cerrado, Pantanal e M ata A tlâ n tica vêm sofrendo erosão genética com as c o n s ta n te s am eaças p ro vo ca da s pela ação a n tró p ic a , c o m o expansão da a g ric u ltu ra e pecuária, extra tivism o p re d a tó rio , insta la çã o de hidrelétricas, ou m esm o pelo descontrole das queim adas, le vando a perdas de m aterial g e né tico de plantas com pote n cia l o rn a m e n ta l e para o u tro s usos ainda desconhecidos. No e n ta n to , as atividades de coleta e conservação de germ oplasm a de plantas ornam entais, apesar de serem im p o rta n te s para program as de m e lh o ra m e n to , ainda são m u ito reduzidas em v irtu d e da desinform ação.

(3)

C oleta e conservação de germoplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

Sendo o g ru p o de plantas o rn a m e n ta is m u ito vasto, com diferentes fam ílias, gêneros e espécies de interesse, vam os nos ater às experiências com os g ru p o s de alstroem érias e aráceas.

2. A ls tro e m é ria s

O g ê n e ro A ls tro e m e ria pertence à fam ília A lstroem eriaceae, sensu D ahlgren e t al. (1985), ou a Liliaceae, segundo C ro n q u ist (1988). Embora de o rig e m sul am ericana, sua g rande expansão h o rtic u ltu ra l o correu na Europa, o n d e fo i in tro d u z id o em m eados do século XVIII pelo barão de A lstro e m e r, um sueco que fo i h o m e n ag e a do com o no m e do gênero. In ic ia lm e n te levado à co rte sueca, ra p id a m e n te expandiu-se alcançando a Inglate rra e a H olanda, on de hoje se tra n s fo rm o u em um a cu ltu ra de g ra n d e expressão.

A fa m ília A lstroem eriaceae possui cerca de 190 espécies endêm icas dos n e o tró p ic o s , se n d o q u e , desse to ta l, 9 0 p e rte n c e m ao g ê n e ro

A ls tro e m e ria .

As A lstro e m e ria são ervas eretas, rizom atosas, fo rm a n d o , na m aioria das vezes, raízes de reserva alongadas. Os ram os vegetativos e reprodutivos apresentam -se separados. As folhas são resupinadas (torcidas na base), coriáceas, cartáceas ou m em branáceas, e apresentam -se distribuídas por to d o o ra m o , ou apenas no te rç o distai d o ram o. Sua inflorescência g eralm ente é uma cim eira um beliform e simples, ou com posta. As flores apresentam um padrão de pigm entação bem característico, principalm ente nas té pa la s internas.

No Brasil o correm cerca de 38 espécies desde a A m a zô n ia até o Rio G ra n d e d o Sul, nas m atas sem idecíduas, C a a tin ga , C errado, cam pos brejosos e a flo ra m e n to s rochosos. A m aioria das espécies floresce nos meses de n o v e m b ro a m arço e fru tific a de feve re iro a abril (Assis 2002). A pesar da am pla d istrib u iç ã o e a lto pote n cia l o rn a m e n ta l, as espécies brasileiras são m u ito p o u c o conhecidas e, p o rta n to , até agora po uco e x p lo ra d a s , apesar d o g ra n d e in teresse p o r p a rte dos fio ric u lto re s . A tu a lm e n te 9 0 % das espécies com ercializadas são híbridos de o rig e m c h ile n a , p rin c ip a lm e n te a p a rtir de A. a u re a G ra h a m , A . lig tu L. e

A . p e le g r in a L., s e n d o q u e a p e n a s d u a s e s p é c ie s b ra s ile ira s , a ,

A. ca ryophyllaea Jacq. e a A. p sitta cin a Lehm ., são utilizadas em canteiros d e n tro e fo ra do Brasil.

(4)

C apítulo 17

Destacando-se p o r suas flores vistosas, que no Brasil são conhecidas c o m o lírio-inca ou madressilvas, a tu a lm e n te o gênero está p o sicionado e n tre as dez flores mais com ercializadas do m u n d o , m o vim e n ta n d o um to ta l de cerca de US$ 3 5 ,2 6 3 ,0 0 0 .0 0 p o r ano (Bongers 1995).

3. Aráceas

As Araceae co n s titu e m um g ru p o de d istrib u iç ã o p rin c ip a lm e n te tropical, com cerca de 3 .0 0 0 espécies e 104 gêneros (M ayo et al. 1998). A região n e otropical abriga a p ro xim a d a m e n te 36 desses gêneros e o m a io r núm ero de espécies. Para o Brasil são referidas a p ro xim a d a m e n te 4 5 0 espécies distribuídas em 30 gêneros (Sakuragui 1994). A p ro x im a d a m e n te m etade das espécies está conce ntrad a em dois gêneros: A n th u riu m e

P hilodendron, am bos exclusivam ente neotropicais. A lém destes, o u tro s

gêneros nativos de im p o rtâ n cia o rn a m e n ta l são: M o n ste ra (costela-de- adão), S p athyphyllum (lírio-da-paz) e C aladium (tin h o rã o ). O utros gêneros são in tro d u z id o s e c u ltiv a d o s , e n tre os q u a is A lo c a s ia (a lo cá sia s),

A g la o n e m a (agalonem as) e Colocasia (inham e); E p ip re m n u m (jib óia); Typhonium , T yphonodorum e Z antedeschia (copo-de-leite). O u tro s são

endêm icos do Brasil, isto é, com d istrib u iç ã o geog rá fica m u ito restrita, com o D racontioides, da Bahia e Espírito Santo; G earum , do M a to G rosso e Tocantins; B ognera e Zom icarpella, da região am azônica; e Z o m ica rp a, do nordeste do país. Estes ú ltim o s são gêneros raros, m o rfo lo g ic a m e n te bastante interessantes, mas, até o m o m e n to , c o m e rc ia lm e n te p o u c o d ifu nd id o s.

C om base no tra b a lh o de M ayo et al. (1998), a fam ília p o d e ser descrita com o plantas dim inutas a gigantes, epífitas, hem iepífitas, terrestres, geófitas, litó fita s, heliófitas, raram ente flu tu a n te s (Pistia), ou aquáticas submersas. O caule po de apresentar-se escandente, ereto, re p ta n te ou s u b te rrâ n e o , v a ria n d o de tu b é rc u lo g lo b o s o a fo rm a s co m in te rn o s bastante alongados. A fo lh a bifacial, diferencia-se n u m pecíolo e num a lâ m in a e x p a n d id a , de fo rm a to s m u ito v a ria d o s , v e n a ç ã o p rim á ria , usualm ente pinada ou e strita m e n te paralela, venação fin a reticulada ou paralelinérvia. A in flo re scê n cia , g e ra lm e n te te rm in a l, po de ser um a ou m uitas, cada in flo re scê n cia co n s is tin d o num a espádice (espiga densa com flo re s sem brácteas, pequenas e sésseis), associada a um a espata (fo lh a m o d ific a d a ) u su a lm e n te especializada em fo rm a e cor. As flo re s p o de m ser m o n ó c lin a s ou díclinas, e, neste ú ltim o caso, co m flo re s

(5)

Coleta e conservação de germoplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

fe m in in a s fo rm a n d o um a zona basal e as flores m asculinas um a zona apical ou m ediana. O fru to é do tip o baga, usualm ente livre e num a espiga carnosa (Figura 1).

Figura 1. Araceae. A. Folha: pe - pecíolo; la - lâmina. B. Inflorescência de

A n th u riu m : ep - espata; ed - espádice. C. Inflorescência em início de

frutificação. D-l. Formas variadas de lâminas. J. Parte de caule: no - nó; in - internó. K. Inflorescência em Philodendron: ep - espata; ed - espádice. L-N. Tipos de flores. L. A nthurium . M-N. Philodendron: te - tépala; es - estame; gi- gineceu; ov - óvulo.

(6)

SJ

C apítulo 17

A fam ília Araceae apresenta relativa im p o rtâ n cia econôm ica, a p re ­ sentando, além das espécies com ercializadas co m o orn a m e n tais, espécies com estíveis, c o m o a ta io b a (X a n th o so m a s a g ittifo liu m (L.) S chott) e o inham e (Colocasia esculenta (L.) Schott), algum as espécies u tilizadas na m edicina p o p u la r (P h ilo d en d ro n sph alea rum S chott contra picadas de cobra) e ainda aquelas cultivadas p o r curiosidade, em fu n ç ã o da sua alta toxidade, com o é o caso do com igo-ninguém -pode (D ieffenbachia m aculata (Loddiges) G .D on) (C arneiro 1985).

Os gêneros o rn a m e n ta is mais conhecidos no Brasil são A locasia (alocásias), A n th u riu m (antúrios), D ie ffe n ba ch ia (c o m ig o -n in g u é m -p o d e ),

Epiprem num (jibóia), M onstera (costela-de-adão), Philodendron (filodendrons,

imbés), S p a th ip h yllu m (lírio-da-paz), S yngonium (singônio) e Z antedeschia (c o p o -d e -le ite ), sendo q ue destes, so m e n te A lo ca sia , E p ip re m n u m e

Zantedeschia não o co rre m n a tu ra lm e n te no país.

Dois tip o s de p ro d ução o rn a m e n ta l são realizados a tu a lm e n te no Brasil: a p ro d ução de flores para co rte e a pro d ução de vasos/m udas. Na p rim e ira d e sta ca m -se A n th u r iu m a n d re a n u m Linden (a n tú rio ) e

Z antedeschia a e th io p ica (L.) K. Sprengel, o co p o-d e-le ite . Na p ro d u ç ã o de

vasos, m udas, o u p la n ta s de fo lh a g e n s , d e stacam -se: P h ilo d e n d ro n

bipinnatifidum Schott ex Endlicher, Philodendron speciosum Shott ex Endlicher

(im bés), P h ilo d e n d ro n erubescens K. Koch & A u g u s tin ; P h ilo d e n d ro n

m a rtia n u m Engler; E piprem un p in n a tu m (L.) Engler (jibóia) e M o n s te ra deliciosa Liebm ann (costela-de-adão).

Poucas espécies n a tiv a s co m p o te n c ia l o rn a m e n ta l tê m sid o utilizadas. Do p o n to de vista b o tâ n ic o (trabalhos de florística e ta x o n o m ia d o g ru p o ) as Aráceas são po uco coletadas em fu n ç ã o , p rin cip a lm e n te , do p o rte a va n ta ja d o das fo lh a s ou da pla n ta , e p o r suas inflo re scê n cia s carnosas, m uitas vezes de difícil secagem em cam panhas de coleta para herbário. Estas características têm ocasionado relativa carência de materiais botâ n ico s nos herbários brasileiros, o que resulta no p o uco c o n h e c im e n to sobre a fam ília no Brasil. A pesar disto, um g ra n de esforço tem sido fe ito p o r parte de um g ru p o de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, no se n tid o de in te ns ifica r coletas e a u m e n ta r o c o n h e c im e n to sobre a fa m ília nos mais d iferentes aspectos. Dessa fo rm a , so m e n te nas últim as duas décadas, dezenas de novas espécies fo ra m reconhecidas e descritas co m o novas para a ciência, estando presentes nos tra b a lh o s de B u n tin g (19 8 7), G onçalves (1997), S akuragui & M ayo (1997, 1999) e N a d ru z-C o e lh o & M ayo (1998), S akuragui (2 0 0 0, 2001).

(7)

Coleta e conservação de germoplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

4. U tiliza ç ã o

As plantas o rn a m e n ta is d istin g u em -se pelas flores, pela fo rm a e c o lo rid o das fo lh a s ou pela fo rm a e aspecto geral da planta.

As plantas fo rm a m diversos gru p os relativos ao e fe ito que podem proporcionar. Um g ru p o é o das que p ro p o rcio n a m e fe ito pelas flores que pro d uzem e o u tro pela fo lh a g e m vistosa que apresentam . A m b o s são u tilizad o s na fo rm a ç ã o de co n ju n to s em canteiros, à meia som bra, ou a ple n o sol. Existem ainda aqueias que p ro d uzem e fe ito m isto, de flores e fo lh ag e n s. As plantas herbáceas ou arbustivas po de m ser adequadas para o p la n tio de bordaduras, fileiras de plantas g e ra lm e n te de p o rte baixo q ue m arcam os lim ites de um canteiro, cercas-vivas, forrações, e n q u a n to as trepadeiras servem para revestir m uros, paredes, arcos e pilares.

As alstroem érias são utilizadas pelo valor o rn a m e n ta l de suas flores elegantes, que p o de m ser de corte, cultivadas em canteiros ou em vasos. Já as Araceae são conhecidas p rin cip a lm e n te pelo a lto valor o rn a m e n ta l de suas fo lh a g e n s e inflorescências vistosas, sendo cultivadas ta n to em in te rio re s c o m o em a m bientes abertos, em fachadas e parques. Essas plantas são interessantes p o r apresentarem alta to le râ n cia clim ática e edáfica, p ro p o rc io n a n d o o cu ltivo das mesmas em locais diversos, servindo inclusive para h id ro c u ltu ra , isto é, o cu ltiv o das plantas sem solo, on de as raízes recebem um a solução nutritiva balanceada que co n tém água e todos os n u trie n te s essenciais ao desen vo lvim e n to da m esma.

Para a m b ie n te s a b e rto s de staca m -se ta n to espécies tre p a d e ira s c o m o te r r e s tr e s . E stas ú ltim a s m u ita s v e z e s tê m u m a s p e c to a rb o r e s c e n te (o u de u m a p e q u e n a á rv o re ), c o m o é o caso de

P h ilo d e n d ro n b ip in n a t if id u m S c h o tt ex E n d lic h e r, P h ilo d e n d ro n sp e c io s u m S h o tt ex E n d lich e r e P h ilo d e n d ro n u n d u la tu m Engler. As

tre p a d e ira s p o d e m o rn a m e n ta r p a redes e p ila re s, se n d o u tiliz a d a s m u ita s ve ze s p a ra p r o d u z ir c o rtin a s n a tu ra is c o m o é o caso de

E p ip re m n u m a u re u m (L.) N ic o ls o n (jib ó ia ) , a lg u m a s e sp é c ie s de P h ilo d e n d ro n , a lé m de espécies de S y n g o n iu m . Já nos in te rio re s ,

in c lu in d o casas, lo ja s , " s h o p p in g c e n te r s " e o u tr o s lo c a is o n d e p re d o m in a so m b ra ou luz a rtific ia l e in d ire ta , as aráceas são la rg a m e n te u tilizadas p o r co n se gu irem sobreviver com pouca luz n a tu ra l ou a rtificia l. E xem plos de espécies u tiliz a d a s para estes fin s são: S p a th ip h y llu m

w a llis ii Regei (lírio -d a -p a z ), Z a n te d e sch ia a e th io p ic a S preng. (c o p o -d e -

(8)

C apítulo 17

espécies de P h ilo d en d ro n . As aráceas são ta m b é m co m u n s em a rranjos o n d e p re d o m in a u m id a d e , co m o beira de fo n te s e lagos ou p ró x im o a quedas d 'á g u a . Essas plantas são interessantes p o r a p re se nta re m alta to le râ n c ia clim á tica e e dáfica, p o s s ib ilita n d o o c u ltiv o das mesm as em locais diversos, se rvind o inclusive para h id ro c u ltu ra .

Em regiões tem peradas, os gêneros tro p ica is são m u ito im p o rta n te s c o m o p la n ta s o rn a m e n ta is e são p ro d u z id o s e v e n d id o s em escala in d u stria l. De a co rd o com M a yo e t al. (1 9 9 8 ) p ra tic a m e n te em to d a residência na Europa há pelo m enos um a espécie de Araceae co m o planta o rn a m e n ta l. No Brasil, apesar de não haver ainda dados p u b lica do s, o q ue se p o d e d iz e r é q u e o q u a d ro deve ser b a s ta n te s e m e lh a n te , especialm ente q u a n d o incluím os aquelas aráceas que são cultivadas com o hid ro p ôn ic as, c o m o é o caso de E p ip re m n u m a u re u m (L.) N icolson e

S yn g o n iu m sp.

5. C o le ta d e g e rm o p la s m a

As prim eiras coletas de plantas o rn a m e n ta is no Brasil d a ta m do co m eço d o século XVII e fo ra m fe ita s p o r b o tâ n ico s euro pe u s. D evido à beleza das flo re s de alstro e m é rias e das fo lh a g e n s das aráceas, várias espécies passaram a ser m a n tid a s em c u ltiv o desde e n tã o , nos Jardins B otânicos de Kew, na In g late rra , e de S còebrunn, na H o la n d a, e n tre o u tro s ja rd in s da Europa.

C o n fo rm e já d is c u tid o nos C a p ítulos 4 e 6 deste livro, a coleta de m a te ria l po de ser a b o rda d a sob duas fre n te s : co le ta de m a te ria l para d e p ó s ito em h e rb á rio (" v o u c h e r" ) e coleta de m a te ria l para c u ltiv o , ou m a n u te n ç ã o em coleção viva. Um a série de aspectos ine re n tes à co le ta é fo rn e c id a a seguir, com ênfase aos g ru p o s de plan ta s o rn a m e n ta is aqui tra ta d o s , in icia n d o -se com a prospecção até a conservação dos m ateriais.

1) P rospecção: para q u e a c o le ta te n h a ê x ito , in ic ia lm e n te é necessário um le v a n ta m e n to b ib lio g rá fic o sobre a espécie-alvo. Em se g u id a , deve ser fe ito um le v a n ta m e n to de h e rb á rio , naqueles herb ário s representativos da espécie e da região-alvo, o n d e as in fo rm a ç õ e s sobre datas (época do a no) e locais de coleta p o d e rã o ser o b tid a s. Feito isso, pode-se tra ç a r um p la n o de c o le ta , o n d e se estabelece o ro te iro , d u ra çã o , e q u ip e e m a te ria l a ser levado na expedição. N o rm a lm e n te não se deve

(9)

Coleta e conservação de germoplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

exceder os v in te dias de coleta, pois, além de e xaustivo para os coletores, o g e rm o p la sm a o b tid o , n o rm a lm e n te na fo rm a de m udas, p o d e sofrer danos.

2) M a te ria l: para a coleta é necessário d isp o r de prensa, jo rn a is e papelões, um a estufa para secagem de exsicatas coletadas, sacos para m udas, sacos plásticos de diversos tam anhos, tesoura de poda, facão, pá de jardineiro, canivete, caderneta de anotações, vidros, álcool 7 0 % , lápis, além dos utensílios e m ateriais de uso pessoal.

3) E stratégias: parte das estratégias deve a te n ta r para os locais de ocorrência das plantas que se pretende coletar. As alstroemérias podem ser encontradas em cam pos brejosos, no cerrado (sentido re s trito ), em b e ira e in te rio r de m a ta s e e n tre rochas em a flo ra m e n to s . As aráceas são e n contradas mais fa c ilm e n te em lo c a is de m a ta c o m s o lo ú m id o , casos de A n th u r iu m e

P h ilo d en d ro n , os gêneros mais com uns no Brasil, mas podem

o c o rre r em p ra tic a m e n te to d o s os tip o s de h a b ita ts c o m o restingas, cerrados e cam pos rupestres, além de brejos, lagos e o utros. C o m o as plantas em geral são epífitas ou hem iepífitas, deve-se e s ta r a te n to ao fa to de q u e a lg u m a s p o d e m ser encontradas ta m b é m co m o plantas terrestres ou flu tu a n te s (p.ex.

Pistia). Estando em um local de m ata ú m ida, p ro cu ra r sobre

árvores, a floram entos de pedras d e n tro da m ata e perto de cursos d 'á g u a . M u ita s p lantas h e m ie p ífita s e tre p a de iras , casos de espécies de P hilodendron, M o n ste ra , R odospatha entre outros, possuem parte do corp o preso ao solo o que fa cilita m uitas vezes a localização e a coleta. Neste caso, a retirada de 4 ou 5 nós (ou aproxim adam ente 15 cm) a p artir do ápice representa uma porção da pla n ta m u ito possível de "p e g a r" em cu ltivo . Plantas epífitas ou hem iepífitas com in te rn o s m u ito curtos, co m o é o caso de

A n th u riu m , podem ser coletadas cortando-se toda a porção apical

do caule. O pedaço de caule restante é, na m aioria das vezes, s u ficie n te para a regeneração da planta na natureza. Os gêneros riz o m a to s o s ou b u lb o s o s c o m o é o caso de X a n th o s o m a ,

C aladium , S pathicarpa e Taccarum, entre outros, são mais difíceis

de reconhecer, pois m u ito s deles apresentam só as folhas ou só a inflorescência, ou m u ita s vezes n e n h u m a p a rte aérea está p rese n te . Estas p la n ta s necessitam te r a p a rte s u b te rrâ n e a rem ovida e dividida.

(10)

Capítulo 17

4) Coleta: no caso das alstroem érias, coleta-se a planta com um a pá pequena arred o nd a d a na p o nta , to m a n d o -s e m u ito c u id a d o com o rizom a para que este não se quebre. No saco de m udas deve-se colocar terra do local, e n te rra nd o o rizom a por co m p le to , m a n te nd o -se a terra úm ida (cuid a d o para não encharcar). Desta fo rm a , o g e rm oplasm a é co le ta d o co m o m uda. É co n v e n ie n te que seja tra n s p o rta d o em caixa de isopor para que não sofra m u ito com eventuais mudanças de tem peratura. Se a co le ta fo r por sementes, estas, secas, podem ser colocadas em um sa quinho de papel e guardadas em geladeira p o r um pe río do lo n g o (cerca de o ito anos).

Para as aráceas, co m o nos dem ais grupos, a estra té gia de coleta depende do m aterial a ser coletado. C o m o exposto acim a, cada g ênero pode apresentar particu la rid a d e s que devem ser respeitadas para que o m aterial co le ta d o possa ser da m e lh o r q u a lid a d e possíve l. U m a sín te s e de a lg u n s g ê n e ro s m ais fre q ü e n te s q u e p o d e m ser e n c o n tra d o s é a p re s e n ta d a na Tabela 1.

5) M a t e r ia l a s s e x u a d o : n o ca so de p la n ta s te r re s tr e s q u e apre se nte m rizom a , este deve ser re tira d o do local de o rig e m

Tabela 1. G êneros de Araceae e n con tra d o s com mais fre q ü ên cia .

Gênero Hábito Caule Parte coletada

Anthurium Epífita/hemiepífita/ rupícola/terrestre

internos curtos a longos

4-5 internós (ou 10- 20 cm) além do ápice ou toda a parte apical do caule

Caladium Terrestre bulboso Bulbo ou bulbo mais parte aérea

Dieffenbachia Terrestre rizomatoso Aproximadamente 10- 20 cm do rizoma

Monstera Hemiepífita/epífita internós curtos longos

4-5 internós além do ápice ou 10-20cm

Philodendron Epífita/hemiepífita/ rupícola/terrestre

internós curtos a longos

4-5 internós além do ápice ou 10-20 cm

Rodospatha Hemiepífita internós longos 4-5 internós além do ápice ou 10-20 cm

Spathiphyllum Terrestre rizomatoso Aproximadamente 10 cm do rizoma com ápice

Taccarum Terrestre bulboso Bulbo ou bulbo mais parte aérea

Xanthosoma Terrestre rizomatoso Aproximadamente 10-20 cm do rizoma com ápice

(11)

Coleta e conservação de germoplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

com to d o o cuidado, deixando o m a io r n úm ero possível de raízes intactas. No caso de plantas com b u lb o , em geral, to d a a planta é coletada. Q u a nd o a am ostra a ser coletada é de um a planta e p ífita , ou h e m ie p ífita , na am ostra deve haver pelo m enos uma parte do caule que co n ten h a o ápice. Neste ú ltim o caso, C roat (1 9 8 5 ) sugere re tira r no m ín im o três nós ou mais, isto é, a parte retirada da p la n ta deve c o n te r o ápice e mais 15 cm a 20 cm de caule. Sugere ainda rem over todas as folhas velhas e raízes mais lo n g a s , e n v o lv e n d o o m a te ria l em p a p e l ú m id o e co m o tra n s p o rte sendo fe ito d e n tro de sacos plásticos bem vedados. De m o d o a lte rn a tiv o , um pedaço da planta pode ser colocado d ire ta m e n te d e n tro de sacos plásticos bem vedados, com um p o u co de água, e este deve ser tra n s p o rta d o para o destino final em até cinco dias.

6) M a te ria ls e x u a d o : se a planta apresentar inflorescência, esta deve ser coletada e fixada em álcool 7 0 % com to d o o cu idado. Isto p o rq u e a inflorescência é um a e s tru tu ra que fo rn e c e m uitas in fo rm a çõ e s que ajudarão na p o ste rio r id e n tifica çã o da espécie à qual a pla n ta coletada pertence. Estas in fo rm a çõ e s são mais fáceis de serem acessadas se o m aterial estiver fix a d o em álcool 7 0 % . Por o u tro lado, a c o rre ta id e n tific a ç ã o dos m a te ria is coletados é de im p o rtâ n cia fu n d a m e n ta l para q u a lq u e r tip o de estudo: sistem ático, de b io lo g ia flo ra l, eco ló gico e a n a tô m ico , entre o u tro s. A n ota çõ e s sobre as cores presentes nas diversas partes da p la n ta devem ser feitas, pois estas in form ações são perdidas à m edida que o m aterial, no caso da herborização, é desid ra tad o . Em caso do cu ltivo , m uitas vezes a parte aérea é re m o v id a ou m u rcha d e po is de a lg u m te m p o . Em caso de encontrar-se infrutescências, as bagas devem ser coletadas para a p o ste rio r conservação das sem entes.

7) C onservação n o cam po: depois de co le ta d o o m aterial poderá ser a c o n d ic io n a d o de duas form as, de acordo com o te m p o de du ração da expedição de coleta. Na p rim e ira , para até um a sem ana, as a m o s tra s p o d e m ser a c o n d ic io n a d a s em sacos plásticos bem vedados, tal qual fo ra m retiradas do local de coleta, in serindo um a pequena q u a n tid a d e de água e os sacos devem ser abertos pelo m enos a cada dois dias "p a ra re sp ira r", sendo d e p o is fe c h a d o s n o v a m e n te . Na se g u n d a fo rm a , para m ais de um a sem ana, deve se re tira r to d a s as fo lh a s da p la n ta

(12)

C apítulo 17

o b tid a , com exceção de um a ou duas no ápice, e cada m aterial deve ser e n ro la d o em jo rn a l m o lh a d o . Todo o m aterial p o d e ser a c o n d ic io n a d o em sacos plásticos e, de te m p o em te m p o , os jorn a is devem ser trocados. A lgum as aráceas são p a rticu la rm en te resistentes e po de m ser m antidas em sacos plásticos fe ch ad o s ou não p o r até um mês, sem pre se conservando a um idade. No caso de tra n s p o rta r as partes coletadas p o r um p eríodo m aior, sugere-se u tiliz a r a segunda opção m encionada.

6. C u ltivo

A propagação das alstroem érias pode ser fe ita ta n to p o r m e io dos rizomas, arrancando-se a touceira e separando-a por partes, co m o através dos m eristem as (cultu ra in vitro), ou m esm o p o r sem entes. A sem eadura pode ser fe ita em canteiros ou em caixas, onde as sem entes são colocadas em sulcos rasos, em fileiras, ao ar livre, a meia som bra. Vale ressaltar que, 9 0 % das espécies utilizadas co m o o rn a m e n tais são flores de c o rte de origem chilena e que, até o m o m e n to , não existem tra b a lh os de c u ltiv o ex

situ ou in situ das espécies nativas do Brasil.

De fo rm a geral, as aráceas são plantas de fácil cu ltiv o e, em geral, não exigem cuidados especiais a não ser naquelas regiões mais secas. Isto em fu n ç ã o de, com exceção dos gêneros que necessitam de um p e río do de seca para dorm ência, a m aioria das aráceas necessitar de u m id a d e para se desenvolver. É assim para a m a io ria dos g ê ne ro s c ita d o s de im portância econôm ica. No caso específico do copo-de-leite (Zantedeschia

aethiopica Spreng.), p o r exem plo, o solo para cu ltivo deve ser bem ú m id o .

A incidência da luz direta, e n tre ta n to , deve ser co n tro la d a . A u tilizaçã o de so m b rite ou q u alqu e r m é to d o que im peça o sol d ire ta m e n te (com o sol direto, as espatas po de m fica r m anchadas) deve ser fe ita , bem c o m o não se deve regar fre q ü e n te m e n te , pois isto atrapalha o d e se n vo lv im e n to da espata.

G êneros q u e a p re s e n ta m tu b é rc u lo s o u rizo m a s não são tã o fre q ü e n te m e n te cultivados, co m o são os casos de C aladium , Taccarum e

X a n th o so m a . Estas plantas devem ser m a n tid a s "se ca s" d u ra n te seu

período de d orm ência e são m elhores cultivadas em vasos com c o m p o s to arenoso, com o o b je tiv o de m e lh o r c o n tro la r a um idade. São ju s ta m e n te os gêneros bulbosos que, fo ra do Brasil, tê m um a lto va lo r com ercial e n tre os colecionadores. Um b om e xem plo é A m o rp h o p h a llu s tita n u m Becc.,

(13)

Coleta e conservação de germ oplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

c o n s id e ra d o a m a io r " f lo r " d o m u n d o (de fa to um a in flo re s c ê n c ia gigantesca), co n h e cid o ta m b é m pelo cheiro m u ito desagradável que exala na antese. Os gêneros im p o rta n te s cultivados p o r sua fo lh a g e m ta m b é m ch a m a m a aten çã o e são alvo de inúm eras hibridações e ensaios com o o b je tiv o de m e lh o ra r sem pre o aspecto, variegação, b rilh o e c o n to rn o das fo lh as. Neste sentido, d e n tre as estufas de cultivo s com erciais que são co m u n s em m uitas partes do m u n d o , aquelas situadas nos Estados Unidos e na Dinam arca são provavelm ente as m aiores e as mais im po rta n te s.

7. Coleções

ex situ

e conservação

A p ro d u ç ã o e o c o m é rc io de p la n ta s o rn a m e n ta is vê m se m u ltip lic a n d o cada vez mais, mas fo i som ente a p a rtir da década de 1980 que os p ro d uto re s brasileiros passaram a utilizar te cn o lo g ia m oderna, com a utilizaçã o de estruturas especiais para o cu ltivo de determ inadas plantas. Essas estruturas são representadas principalm ente p o r estufas com controle a u to m á tic o de u m id a d e d o ar, da ilu m in a ção a rtificia l, de frig o rifica çã o , aliados à ilu m in a ção , p ro d u to s quím icos reguladores de crescim ento e pro p ag a çã o in vitro, e n tre outros.

Existem várias coleções de plantas o rn a m e n tais no m u n d o , sendo as m aiores localizadas na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil elas se c o n c e n tra m p rin c ip a lm e n te nas mãos de particulares, co m o coleções de orquídeas, brom élias e cactos e ta m b é m em instituições g o vernam entais c o m o nos ja rd in s b o tâ n ic o s . C o m o e x e m p lo s dessas in s titu iç õ e s g o ve rn a m e n ta is te m o s o In s titu to A g ro n ô m ic o de C am pinas (SP), que m a n té m o C o m p le x o M o n jo lin h o que fu n c io n a c o m o um ba nco de g e rm o p la sm a de o rn a m e n tais; o In s titu to de Botânica, que m a n té m o Jardim B otânico de São Paulo; e o Jardim B otânico do Rio de Janeiro, o n d e estudos são co n ce ntrad o s em espécies nativas, buscando novas opções para a flo ric u ltu ra e o paisagism o.

Para as a ls tro e m é ria s existe apenas um a p e q u e n a c o le çã o de g e rm oplasm a de algum as espécies nativas do Brasil, m antida pelo In stitu to A g ro n ô m ic o de C am pinas.

N o caso das aráceas, coleções im p o rta n te s fo ra m fo rm a d a s a p a rtir da iniciativa de pesquisadores botânicos, especialistas nesta fam ília, ou pessoas leigas p a rtic u la rm e n te interessadas nestas plantas. Neste ú ltim o caso, destaca-se a coleção iniciada p o r R oberto B urle-M arx, que está em

(14)

C apítulo 17

seu sítio que se localiza p ró xim o à cidade do Rio de Janeiro (RJ). A in d a neste Estado, existe um a coleção de ta m a n h o e diversidade razoáveis no jardim botânico. No Estado de M inas Gerais, há um a coleção representativa, estabelecida pelo b o tâ n ico Eduardo G onçalves em m eados da década de 1990, com cerca de 50 gêneros e mais de 2 0 0 espécies. A m ais co m p le ta coleção está provavelm ente no Estado de São Paulo, no In s titu to P lantarum de E studos da Flora, co m cerca de 6 0 gêne ro s (in c lu in d o B o g n e ra ,

Z om icarpella, U learum , Filarum , C hlorospatha, to d o s g ê n e ro s raros) e

a p ro xim a d a m e n te 180 espécies. Na A m a zô n ia , em M anaus, destaca-se a coleção do In s titu to de Pesquisas da A m a zô n ia (Inpa). Em Belém existem boas coleções, o que inclui a do H o rto da A lbrás A lu m ín io , c o m um a excelente am ostra g e m de espécies am azônicas. Existem ain d a coleções pontuais co m o as da U niversidade Federal de Pernam buco, em Recife, e a do In s titu to de Botânica, em São Paulo, além de o u tra s, p a rtic u la re s , distribuídas p o r to d o o Brasil. Inform ações sobre cu ltiv o e conservação podem ser adquiridas nas seguintes fo n te s: In te rn a tio n a l A r o id S ociety (w w w .a ro id .o rg ) e A ro id e a n a (revista de circulação m u n d ia l).

8. Referências

ARRUDA, S. T ; OLIVETTE, M . P. A .; CASTRO, C. E. F. D ia g n ó s tic o da flo ric u ltu ra do estado de São Paulo. R evista B rasileira d e H o rtic u ltu ra

O rn a m e n ta l, C am pinas, v. 2, n. 2, p. 1-18, 1996.

ASSIS, M. C. Novas espécies de A lstroem eria L. (Alstroem eriaceae) de M inas Gerais, Brasil. R evista B rasileira d e B otânica, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 177-182, 2002.

BONGERS, F. A e conom ia das flores. A g ro an aly s is, Rio de Janeiro, v. 15, n. 9, p. 1-4, 1995.

BUNTING, G. S. Two n e w species o f Brazilian P h ilo d e n d ro n (Araceae).

P h y to lo g ia, H untsville, TX, v. 61, n. 7, p. 4 4 1 -4 4 3 , 1987.

CARNEIRO, C. M . T. S. M e c a n is m o tó x ic o d e D ie f f e n b a c h ia p ic ta

(L ood.) S ch o tt (A rac e a e). 1985. 126 f. Dissertação (M e s tra d o ) - In s titu to

(15)

C oleta e conservação de germoplasma de plantas ornam entais, com ênfase em...

CROAT, T. C o lle c tin g and p reparing specim ens o f Araceae. A n n a ls o f th e

M is s o u ri B o ta n ica l G a rd e n , St. Louis, v. 72, p. 2 5 2 -2 5 8 , 1985.

CRONQUIST, A T h e e v o lu tio n an d c lassificatio n o f flo w e r in g p lan ts 2 nd ed. T he N e w York Botanical G arden, Bronx, NY, 1988. 555 p.

DAHLGREN, R. T. M .; CLIFFORD, H. T.; YEO, P. F. T h e fa m ilie s o f th e

m o n o c o ty le d o n s : stru ctu re , e vo lu tio n and taxonom y. Berlin: Springer-

Verlag, 1 9 85 . 3 8 0 p.

GONÇALVES, E. A n e w species o f P h ilo d en d ro n (Araceae) fo rm C entral Brazil. K e w B u lle tin , Kew, v. 52, n. 2, p. 4 9 9 -5 0 2 , 1997.

GRIFFIN, M . Problem as para as tulipas. A g ro an alysis, Rio de Janeiro, v. 15, n. 9, p. 1 2 -1 4 , 1995.

IBRAFLOR. R evista d o In s titu to B rasileiro d e F lo ric u ltu ra , v. 9, n. 39, p. 1, 2 0 0 3 .

KÄMPF, A. N. A flo ric u ltu ra brasileira em núm eros. R evista B rasileira de

H o rtic u ltu ra O rn a m e n ta l, C am pinas, v. 3, n. 1, p. 1-7, 1997.

LORENZI, H .; SO UZA, H. M . de. P la n ta s o r n a m e n ta is no B rasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa, SP: Ed. Plantarum , 1995. 7 36 p.

M A T SU N A G A , M. Potencial da flo ric u ltu ra brasileira. A g ro an aly s is, Rio de Janeiro, v. 15, n. 9, p. 56, 1995.

M AYO , S. J.; BOGNER, J.; BOYCE, P. T h e g e n e ra o f A ra c e ae . Surrey, UK: Royal B o tan ic G ardens, Kew. 1998. 3 70 p.

NADRUZ-COELHO, M . A.; M AYO , S. J. Novas espécies de P hilo d en d ro n (Araceae) da Reserva Ecológica de M acaé de C im a, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. B o le tim d e B otânica da U n iv e rs id a d e d e São Paulo. São Paulo, p. 1-28, 1998.

SAKURAG UI, C. M . A ra c e a e dos cam p o s ru p e s tre s d a C a d e ia do

Espinhaço e m M in a s G erais, Brasil. 1994. 156p. Dissertação (M estrado)

- In s titu to de Biociências, U niversidade de São Paulo, São Paulo.

SAKURAGUI, C. M . Araceae o f cam pos rupestres o f Cadeia do Espinhaço in M inas G erais state, Brazil. A ro id e a n a , Kew, v. 23, p. 5 6 -8 1, 2000.

(16)

0 Capítulo 17

SAKURAGUI, C. M. Two new species o f P hilodendron (Araceae) fro m Brazil.

N o v o n , St. Louis, v. 11, n. 1, p. 102-104, 2001.

SAKURAGUI, C. M .; M AYO , S. J. Three n e w species o f P h ilo d e n d ro n fro m S outh-eastern Brazil. K e w B u lle tin , Kew, v. 52, n. 3, p. 6 7 3 -6 8 2 , 1997.

SAKURAGUI, C. M .; M AYO , S. J. A n e w species o f A n th u riu m (A raceae) fro m S o u th -e a s te rn Brazil. Fed d es R e p e rto riu m , G erm an y, v. 110, n. 7-8, p. 5 3 5 -5 3 9 , 1999.

Referências

Documentos relacionados

Nas leituras de falhas efetuadas, foram obtidos códigos de anomalia por meio de dois diferentes protocolos de comunicação: o ISO 14230 KWP (2000) e o ISO 15765-4 CAN. A seguir, no

Para avaliar a eficiência da formulação utilizada para determinação das grandezas de interesse, foram analisados cinco exemplos. Uma vez que a integração analítica limita-se ao

Número médio de brotações em explantes de Bromeliaceae oriundos da conservação in vitro, independente da concentração dos sais MS, após 360 dias de cultivo.. Médias seguidas

The Geom is the collision forms that can be define to a body. A Geom can be associated with a Body or not. It is possible to create a rigid body without using a Body definition.

A referência a este documento processual é já feita nesta fase do estudo e não somente num capítulo mais avançado e dedicado inteiramente a processos e

No exercício das suas funções diárias, o farmacêutico no HMB é responsável pela validação diária da prescrição médica dos pacientes internados no hospital, pela

Assim, em Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) o farmacêutico deveria ter o cuidado de assegurar a dispensa de quantidades corretas de medicação (de acordo

Dada a maior probabilidade de ocorrência de erros na dispensa com este tipo de receitas, existem pontos que exigem a atenção do farmacêutico, como a especificação clara do utente,

Para excluir o efeito da perda de peso como causa do aumento dos níveis de incretinas, compararam-se os níveis de incretinas em pacientes diabéticos um mês depois do bypass

Aborda questões como disfunção sexual, sida, sexo seguro, sexo desprotegido, fatores de risco, satisfação sexual, sexualidade juvenil, relação entre sexo e outras questões

For a better performance comparison, and due to the difficulty in categorizing ML approaches in a simple way, we began by characterizing them in agreement with Caret’s

Figure 3: Performance of a majority vote classifier us- ing the top-n best performing systems (by accuracy), on the provided by-article-meta-training dataset.. Our final submission

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

Neste caso, embora possam existir nestes locais, forrageiras de alta qualidade, como o capim-de-capivara (Hymenachne amplexicaulis), a disponibilidade de recursos forrageiros vai

1 Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas 57072-900 Maceió-AL, Brazil Caminhadas quânticas (CQs) apresentam-se como uma ferramenta avançada para a construção de

Se por acaso nesta operação você cli- car duas vezes sobre o componente caracterizando um clique duplo uma caixa de diálogo se abre indicando as especificações do componente - não

Médias seguidas da mesma letra minúscula, em cada agrupamento de colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey 5% de probabilidade.. Médias mm do teste de comprimento das

Também, foram apresentadas as recomendações (Quadro 11), visando promover o acesso aberto imediato aos trabalhos finais da FACISA. Em um momento inicial,

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

Neste capítulo vamos estudar o que é germoplasma, quais são os diferentes tipos de germoplasma, os centros de origem de plantas cultivadas e a conservação da variabilidade

A Produção mais Limpa (P+L) permite melhorar internamente a sustentabilidade dos processos, a gestão de serviços é necessária para melhorar a compreensão

Nesses jardins, eram cultivados pomares e legumes para consumo; já as flores, destinadas aos deuses, não eram organizadas em canteiros, mas misturadas às demais plantas como se

• Emite o Auto de Infração com a penalidade de multa, assinado pelo agente fiscal e pelo Secretário municipal de Meio Ambiente, em 4 (quatro) vias: a primeira integrará o processo