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Fontes para a história das confrarias: algumas linhas de orientação para uma pesquisa na Torre do Tombo

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Academic year: 2021

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FONTES PARA A HISTÓRIA DAS C O N F R A R I A S :

A L G U M A S LINHAS DE ORIENTAÇÃO

PARA UMA PESQUISA NA T O R R E DO T O M B O

P E D R O P E N T E A D O *

1. Nota prévia

No E n c o n t r o « C o n f r a r i a s na S o c i e d a d e P o r t u g u e s a » , r e a l i z a d o pelo C e n t r o de E s t u d o s de História Religiosa ( C E H R ) em Março de

1994, f o r a m i d e n t i f i c a d o s alguns obstáculos à investigação histórica do m o v i m e n t o c o n f r a t e r n a l p o r t u g u ê s . Um deles consiste no

desco-nhecimento dos materiais arquivísticos e x i s t e n t e s no país com

im-portância para a História das c o n f r a r i a s e i r m a n d a d e s . Para este des-c o n h e des-c i m e n t o des-c o n t r i b u e m a ausêndes-cia de t r a t a m e n t o a r q u i v í s t i des-c o e i d e n t i f i c a ç ã o de d o c u m e n t o s que o c o r r e em muitos arquivos p ú b l i c o s e privados, a dispersão da i n f o r m a ç ã o nos catálogos e inventários e x i s t e n t e s , a f a l t a de p u b l i c a ç ã o de i n s t r u m e n t o s de d e s c r i ç ã o documental ( I D D ' s ) e a falta de sistemas i n f o r m a t i z a d o s e normali-zados que p e r m i t a m r e c u p e r a r toda a i n f o r m a ç ã o sobre o assunto existente em d i v e r s o s a r q u i v o s . Esta situação c o n j u g a - s e com a falta de i n s t r u m e n t o s de p e s q u i s a t e m á t i c o s , a qual parece ser outra das causas do p r o b l e m a . Existe, pois, todo um c a m i n h o a percorrer no sentido de i d e n t i f i c a r as fontes r e l e v a n t e s para um maior conheci-mento do p a s s a d o das c o n f r a r i a s '. " T é c n i c o S u p e r i o r d o s A r q u i v o s N a c i o n a i s / T o r r e d o T o m b o . D i v i s ã o d e C o m u n i c a ç ã o ( S e r v i ç o d e R e f e r ê n c i a ) . 1 S o b r e o r e f e r i d o e n c o n t r o . A n d r é F e r r a n d de A l m e i d a , « C o n f r a r i a s n a S o c i e d a d e P o r t u g u e s a » . Lusitania Sacra, 2" s é r i e , T o m o V I , 1 9 9 4 , p p . 4 3 1 - 4 3 3 . P e d r o P e n t e a d o , « C o n f r a r i a s P o r t u g u e s a s d a É p o c a M o d e r n a : S i t u a ç ã o H i s t o r i o -g r á f i c a e D e s a f i o s A r q u i v í s t i c o s » ( n o p r e l o , r e v i s t a d o s A r q u i v o s N a c i o n a i s / T o r r e d o T o m b o ) .

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O texto que se segue pretende ser um m o d e s t o c o n t r i b u t o para a d e f i n i ç ã o de alguns d o s r e f e r i d o s materiais arquivísticos, dos seus c o n t e ú d o s e das f o r m a s de lhes aceder. O p t á m o s por f a z e r incidir o nosso t r a b a l h o sobre a Torre do T o m b o , principal arquivo público do país, p e l o qual passam quase todas as i n v e s t i g a ç õ e s sobre o tema. Fizémo-lo com o o b j e c t i v o de a j u d a r a superar as d i f i c u l d a d e s que se colocam num e s p a ç o t r a d i c i o n a l m e n t e labiríntico c o m o é o Arquivo Nacional 2. C o n t u d o , é preciso dizê-lo desde j á , a multiplicidade de

fontes e o estado dos i n s t r u m e n t o s de d e s c r i ç ã o não permitem uma a p r o x i m a ç ã o sistemática ou isenta de limitações. As mais f r e q u e n -tes são as que d e c o r r e m da q u a l i d a d e muito desigual dos I D D ' s e da sua existência ou ausência. Uma segunda restrição a esta incursão no d o m í n i o dos a r q u i v o s prende-se com a i m p o s s i b i l i d a d e de escla-recer a l g u m a s das d ú v i d a s e p r o b l e m a s levantados pelos inventários, através da consulta dos próprios m a n u s c r i t o s . Isso d e v e - s e , em grande parte, ao escasso t e m p o c o l o c a d o à nossa d i s p o s i ç ã o para a p r e s e n t e recolha, a qual j u s t i f i c a , entre outros, a l g u m a diversidade de descri-ções para um m e s m o tipo de d o c u m e n t o s .

Em c o n c l u s ã o , o presente texto f u n c i o n a apenas c o m o uma primeira base de trabalho, a a p e r f e i ç o a r , no s e n t i d o de estabelecer os materiais p e r t i n e n t e s para uma pesquisa temática e estratégias de investigação mais e f i c a z e s . E é nesse s e n t i d o que deve ser en-tendido

2. F u n d o s de c o n f r a r i a s e c o l e c ç õ e s t e m á t i c a s e s p e c i a l i z a d a s

Não são m u i t o s os f u n d o s arquivísticos de c o n f r a r i a s e irman-d a irman-d e s que o i n v e s t i g a irman-d o r poirman-de e n c o n t r a r no interior irman-da imensi-dão d o c u m e n t a l à guarda do A r q u i v o N a c i o n a l 4. O m e s m o não se

2 S o b r e o A r q u i v o N a c i o n a l , a s u a H i s t ó r i a e o s s e u s f u n d o s , c f . P e d r o d e A z e v e d o e A n t ó n i o B a i ã o , O Arquivo da Torre do Tombo. Sua História, Corpos que

o Compõem e Organização. L i s b o a : A N T T / H o r i z o n t e , 1 9 8 9 ( 2a e d . , a u m e n t a d a ) . •' N e s t e t e x t o n ã o f o r n e c e m o s i n f o r m a ç õ e s r e l a t i v a s à s i r m a n d a d e s de M i s e -r i c ó -r d i a c o m o i n t u i t o d e n ã o e s t e n d e -r e x c e s s i v a m e n t e a -r e c o l h a . P o -r o u t -r o l a d o , d e m o s p r i m a z i a à s f o n t e s r e l a t i v a s à s É p o c a s M o d e r n a e C o n t e m p o r â n e a d a H i s t ó -r i a d e P o -r t u g a l . ' P o r f u n d o o u n ú c l e o e n t e n d e m o s o « C o n j u n t o d e d o c u m e n t o s d e a r q u i v o de u m a ú n i c a p r o v e n i ê n c i a » ou d e u m a ú n i c a e n t i d a d e p r o d u t o r a d e a r q u i v o

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poderá dizer da restante d o c u m e n t a ç ã o com interesse para a história destas a s s o c i a ç õ e s r e l i g i o s a s , a qual prolifera, c o m o d e m o n s t r a r e -mos adiante.

O guia geral do a r q u i v o , p r o d u z i d o pela D i v i s ã o de Arquivística e Inventário, individualiza a p e n a s os s e g u i n t e s f u n d o s , inseridos no grupo de arquivos das «Instituições Eclesiásticas»: C o n f r a r i a de Nossa Senhora de A g o s t o e São Bom H o m e m do Porto, C o n f r a r i a de Santo Elói de Lisboa, C o n f r a r i a de São Pedro de Miragaia do Porto, I r m a n d a d e das C h a g a s de M a r v ã o e I r m a n d a d e de Nossa Senhora Mãe S a n t í s s i m a d o C a r m o de Braga. Para além destes, inclui ainda, d e n t r o das «Instituições E c l e s i á s t i c a s » , no f u n d o da C o m i s s ã o Ge-ral da Terra Santa, d o c u m e n t a ç ã o da I r m a n d a d e dos Santos Lugares d e Jerusalém 5.

Dois destes f u n d o s vieram da Biblioteca N a c i o n a l de Lisboa, do c o n j u n t o dos cartórios r e c o l h i d o s em 1912. E o caso da C o n f r a r i a de Nossa Senhora de A g o s t o e São Bom H o m e m , de que se guardam na Torre do T o m b o a l g u m a s certidões de c u m p r i m e n t o de obrigações de missas para o p e r í o d o entre 1821 e 1825, e da C o n f r a r i a de São Pedro de M i r a g a i a , da qual se c o n s e r v a m os estatutos do ano de 1766, além de r e q u e r i m e n t o s 6.

Por seu lado, a d o c u m e n t a ç ã o da C o n f r a r i a de Santo Elói de Lisboa, que se e n c o n t r a v a no Arquivo H i s t ó r i c o do Ministério das Finanças, deu entrada no e d i f í c i o da T o r r e do T o m b o em 1990, d u r a n t e a t r a n s f e r ê n c i a d a q u e l e A r q u i v o H i s t ó r i c o , i n t e g r a d o p o s t e r i o r m e n t e no A r q u i v o N a c i o n a l , em 2 de J u l h o de 1992. Esta c o n f r a r i a possui inventário, em f a s e de r e f o r m u l a ç ã o , o qual d e s c r e -ve os p a p é i s do cartório da C o n f r a r i a de Santo Elói e de Nossa Se-nhora da A s s u n ç ã o dos O u r i v e s da Prata e da sua s u c e s s o r a , a A s s o c i a ç ã o dos O u r i v e s da Prata L i s b o n e n s e s . A d o c u m e n t a ç ã o cobre o p e r í o d o que medeia entre 1750 e 1954 e a mais antiga inclui

5 O Guia de Núcleos e Colecções da Torre do Tombo. I Parte ( L i s b o a , 1 9 9 3 ) , i n s t r u m e n t o d e t r a b a l h o f u n d a m e n t a l , p o r p u b l i c a r , é d a r e s p o n s a b i l i d a d e d a D r a . M a r i a d o C a r m o D i a s F a r i n h a , D i r e c t o r a d e S e r v i ç o s d e A r q u i v í s t i c a e I n v e n -t á r i o . A s i n f o r m a ç õ e s c o n s -t a n -t e s d e s -t e g u i a p o d e m s e r s o l i c i -t a d a s n o S e r v i ç o de R e f e r ê n c i a d o s A r q u i v o s N a c i o n a i s / T o r r e d o T o m b o . P a r a s a b e r q u a i s o s l D D ' s d i s p o n í v e i s p a r a c a d a f u n d o , o i n v e s t i g a d o r d e v e r á c o n s u l t a r n a á r e a d e R e f e r ê n c i a o p e q u e n o l i v r o Instrumentos de Descrição Documental. L i s b o a , 1 9 9 3 ( c o m v e r s ã o a c t u a l i z a d a , d e 1 9 9 4 ) .

6 P a r a o s c a r t ó r i o s r e c o l h i d o s n a B i b l i o t e c a N a c i o n a l d e L i s b o a e m 1 9 1 2 , c f . o I D D L - 2 8 3 .

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o c o m p r o m i s s o de 1750, matrículas dos aprendizes e c o n f r a d e s , elei-ções d o s mesários, d e l i b e r a ç õ e s da mesa, inventários, p a g a m e n t o s a c a p e l ã e s , despesas com obras na e r m i d a da c o n f r a r i a , etc 7.

Quanto à I r m a n d a d e dos Santos L u g a r e s ou da T e r r a Santa, aqui se e n c o n t r a m os assentos das a n u i d a d e s d o s irmãos das f r e g u e s i a s do Priorado do Crato ( 1 8 0 2 - 1 8 2 9 ) e registos de irmãos das f r e g u e s i a s de Santos e da E n c a r n a ç ã o de Lisboa 8. C o n t u d o , um dos mais recentes

i n s t r u m e n t o s de t r a b a l h o disponíveis no Serviço de R e f e r ê n c i a dos A N / T T acrescenta ainda a esta lista os f u n d o s ou núcleos da C o n -f r a r i a de S a n t a Luzia da Sé do Porto, c o m p o s t o de estatutos, reque-r i m e n t o s e tereque-rmos de c o n f i reque-r m a ç ã o e a p reque-r o v a ç ã o das a u t o reque-r i d a d e s ecle-siásticas ( 1 7 2 7 - 1 8 1 5 ) , da C o n f r a r i a de São João de B r a s f e m e s e da I r m a n d a d e d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o de São L o u r e n ç o de Carnide, com livros de despesa da fábrica da I r m a n d a d e ( 1 7 5 6 - 1 8 4 3 ) , despesa do tesoureiro (1757-1836), receita ( 1 7 5 7 - 1 8 3 6 ) , a s s e n t o s de irmãos ( 1 7 4 0 - 1 8 7 2 ) e livros da p r e s i d ê n c i a ( 1 8 5 3 - 1 8 7 3 ) 9. Por outro lado, o

c o n j u n t o dos cartórios recolhidos da Biblioteca N a c i o n a l em 1912 incluía ainda outras c o n f r a r i a s , c o m o s e j a m a C o n f r a r i a d o s D e f u n -tos da Igreja de São João da Quinta (Estatu-tos e contas, 1683-1712) e a C o n f r a r i a do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o erecta na Igreja de São Mar-t i n h o de Frazão (EsMar-taMar-tuMar-tos e noMar-tícias de legados com o b r i g a ç õ e s de missas, séc. XVIII).

Mas o maior n ú m e r o de d o c u m e n t o s destas a s s o c i a ç õ e s religio-sas e n c o n t r a - s e numa colecção do A r q u i v o Distrital de Lisboa inti-tulada « C o n f r a r i a s , I r m a n d a d e s e M o r d o m i a s » l0. Esta c o l e c ç ã o foi

7 O t r a t a m e n t o d o c u m e n t a l d e s t e n ú c l e o e s t e v e a c a r g o d a s D r a s . P a u l a L o m e l i n o e M a r i a d e L u r d e s H e n r i q u e s . E n c o n t r a m s e m i c r o f i l m a d o s d o i s m a n u s -c r i t o s d e s t a -c o n f r a r i a . T r a t a - s e d o l i v r o 2 1 0 B « D i r e -c t ó r i o p r á t i -c o » ( 1 7 9 3 ) e d o « I n v e n t á r i o d o c a r t ó r i o » , d e J o s é d a S i l v a G o m e s ( 1 7 9 3 ) . 8 D u r a n t e m u i t o t e m p o e s t e s m a t e r i a i s f o r a m c o n h e c i d o s c o m o p e r t e n c e n t e s ao « H o s p í c i o d a T e r r a S a n t a d e L i s b o a » . S o b r e a I r m a n d a d e d o s S a n t o s L u g a r e s o u d a T e r r a S a n t a , c f . o s I D D ' s C - 3 8 8 e L - 2 8 3 . 9 R e f e r i m o - n o s à s e g u n d a e d i ç ã o d o l i v r o Instrumentos de Descrição Documental. L i s b o a , 1 9 9 4 , o q u a l r e m e t e p a r a o s I D D ' s q u e d e s c r e v e m e s t e s f u n -d o s , n o m e a -d a m e n t e o L - 2 8 3 . 10 O A r q u i v o D i s t r i t a l d e L i s b o a e n c o n t r a - s e s e d i a d o n o e d i f í c i o d a T o r r e d o T o m b o , s o b a r e s p o n s a b i l i d a d e d a D r a . M a n u e l a N u n e s . S o b r e a c o l e c ç ã o , c f . o c a t á l o g o d e N a t á l i a N u n e s , Confrarias. Irmandades e Mordomias. L i s b o a : B A D , 1 9 7 6 , b a s t a n t e m a i s c o m p l e t o d o q u e o s d a d o s q u e a q u i a p r e s e n t a m o s . I n c l u i m a -n u s c r i t o s l i g a d o s à s O r d e -n s M i l i t a r e s .

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constituída com os materiais a r q u i v í s t i c o s e x i s t e n t e s em 1953 no então d e n o m i n a d o « A r q u i v o dos Registos Paroquiais de Lisboa». Apesar da d e s i g n a ç ã o , ela inclui, entre outros, livros de c r i s m a d o s , róis de c o n f e s s a d o s , livros de visitas pastorais, os quais d e v e r i a m integrar os f u n d o s paroquiais que i n g r e s s a r a m na Torre do T o m b o . S a l i e n t a m o s que os livros de visitas c o n t ê m , n o r m a l m e n t e , p r e c i o s a s indicações quanto às i r m a n d a d e s e x i s t e n t e s n u m a p a r ó q u i a . No que c o n c e r n e à d o c u m e n t a ç ã o das c o n f r a r i a s p r o p r i a m e n t e ditas, ela po-de-se sintetizar na s e g u i n t e listagem:

A) Irmandade/Confraria do Santíssimo Sacramento de:

- Igreja de São Miguel d e Alcainça (Autos cíveis, séc. XVIII); - I g r e j a paroquial do Salvador de A l d e i a do Bispo (Sabugal) ( I n v e n t á r i o de bens, séc. XVIII);

- Igreja paroquial d o Espírito Santo de Azinhal (Castro Marim) ( C o n f i r m a ç ã o de escrituras, 1773);

- Igreja paroquial de Nossa Senhora das N e v e s da C o r u j e i r a (Receita e despesa, 1672 e 1680);

- I g r e j a de Nossa S e n h o r a da C o n c e i ç ã o de Peraboa (Covilhã) ( O r ç a m e n t o diário de receita e despesa, 1887-1888);

- I g r e j a paroquial de São S e b a s t i ã o de Q u e l f e s (Olhão) (Receita e despesa, 1811-1812 e 1869)

B) Irmandade/Confraria das Almas de:

- Igreja paroquial do Salvador de A l d e i a do Bispo (Sabugal) (Contas, 1753-1779 e Entradas de irmãos, 1767-1778);

- Igreja paroquial de Nossa S e n h o r a da P u r i f i c a ç ã o de Bucelas (Entradas de irmãos, 1711-1779 e Receita e d e s p e s a , 1713-1755);

- Igreja paroquial de São M a r t i n h o de Estoi (Faro) ( C o b r a n ç a s dos cabidos e missas, 1742-1783 l2; Escritura, 1772 e Entrada de

no-vos c o n f r a d e s , 1775-1781);

- Igreja paroquial de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o de Faia (Guar-da) (Receita e despesa, 1771-1800);

- Igreja paroquiai de São M a t e u s de Junceira ( T o m a r ) (Com-p r o m i s s o , 1741 e Receita e des(Com-pesa, 1802-1832);

" C f . J . F e r n a n d e s M a s c a r e n h a s , Acerca da Antiguidade das Freguesias de

Quelfes e Pechão e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Olhão e suas Primi-tivas Confrarias. Subsídios. O l h ã o , 1 9 8 7 .

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- Igreja de São Sebastião de Mata de Lobos (Figueira de Cas-telo Rodrigo) (Estatutos, 1685-1700 e Receita e despesa, 1685-1700);

- Igreja de Nossa Senhora da Luz (termo de L a g o s ) (Receita e despesa, 1716-1789);

- Igreja paroquial de São S e b a s t i ã o de Q u e l f e s ( O l h ã o ) (Receita e despesa, 1803-1861).

C) Irmandade/Confraria de Nossa Senhora do Rosário de:

- Igreja paroquial de Olhão (Receita e despesa, 1660-1664); - Igreja paroquial do Espírito Santo de Azinhal (Castro Marim) ( C o n f i r m a ç ã o de escritura, 1773);

- Igreja paroquial de São Salvador de Coina ( B a r r e i r o ) (Receita e despesa, 1726-1770);

- Igreja paroquial de São Martinho de Estoi (Faro) ( A s s e n t o de irmãos, 1696-1767);

- Igreja paroquial de São Mateus de Junceira ( T o m a r ) (Receita e despesa, 1777-1796, 1808, 1813 e 1894 );

- Igreja paroquial de São Sebastião de Q u e l f e s (Olhão) (Inven-tário de alfais e móveis, 1824-1834);

- Igreja paroquial de São Sebastião de Rendo ( S a b u g a l ) (Receita e despesa, 1685-1686 e 1793-1796).

D) Irmandades/Confrarias com outras invocações marianas:

- I r m a n d a d e d e N o s s a S e n h o r a da N a z a r é de F o n t e G r a d a d ' A q u é m (Torres Vedras) (Contas, 1593-1727);

- C o n f r a r i a de Nossa S e n h o r a da C o n c e i ç ã o da I g r e j a paroquial de São M a t e u s de Junceira ( T o m a r ) (Receita e despesa, 1803-1862); - C o n f r a r i a de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o da Igreja paroquial da Nave (Sabugal) ( D e s p e s a , 1686-1728);

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o da Igreja paroquial de São Sebastião de Q u e l f e s (Olhão) (Receita e despesa, 1664-1665 e 1718);

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora das C a n d e i a s da Igreja de São Sebastião de Mata de L o b o s (Figueira de C a s t e l o R o d r i g o ) (Receita e despesa, 1700-1825);

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora da A s s u n ç ã o de C a s t e l o Bom (Al-meida) (Receita e despesa, 1697-1713);

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora d o ó da Igreja Nova do D i v i n o Es-pírito Santo de Sobral (Receita e despesa, 1746-1760).

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E) Irmandades/Confrarias de invocação cristológica:

- C o n f r a r i a do Santo N o m e de Jesus da Igreja paroquial d o Es-pírito Santo de Azinhal (Castro Marim) 11 (Receita e despesa,

1665-- 1 6 8 9 ) ;

- C o n f r a r i a do Senhor Jesus da Igreja paroquial de São M a r t i n h o de Estoi (Faro) (Receita e despesa, 1717-1761);

- C o n f r a r i a do Senhor Jesus da Igreja paroquial de São M a t e u s de Junceira ( T o m a r ) (Contas, 1780-1797; Receita e despesa, 1833-1883 e T o m b o , 1775-1869);

- Irmandade dos Santos Passos da Igreja de Nossa Senhora dos A n j o s de A l m e n d r a (Assentos de irmãos, 1796-1818);

- C o n f r a r i a d o S e n h o r dos Montes da f r e g u e s i a de São M a t e u s de Junceira ( T o m a r ) (Receita e despesa, 1828-1834).

F) Irmandades/Confrarias de invocação de santos:

- C o n f r a r i a de São Luís da Igreja paroquial d o Espírito Santo de Azinhal (Castro Marim) (Receita e despesa, 16651759 e C o n f i r m a -ção de escrituras, 1773);

- C o n f r a r i a de Santo A n t ó n i o da Igreja paroquial do Espírito Santo de Azinhal (Castro M a r i m ) (Contas, 1635-1689);

- C o n f r a r i a de Santo A n t ó n i o da Igreja paroquial do S a n t í s s i m o Salvador do Bilhó ( M o n d i m de Basto) (Contas, 1744-1824);

- Irmandade de Santo A n t ó n i o da Igreja de São Pedro do J a r m e l o ( O r ç a m e n t o , 1868-1869);

- C o n f r a r i a de Santo A n t ó n i o da Igreja paroquial de São M a t e u s de Junceira ( T o m a r ) (Receita e d e s p e s a , 1803-1859);

- C o n f r a r i a de Santo A n t ó n i o da Igreja Paroquial de São Sebas-tião de Q u e l f e s (Olhão) (Receita e despesa, 1681-1737) l4;

- C o n f r a r i a de São Bento da Igreja paroquial de São M a r t i n h o de Estoi (Faro) (Receita e despesa, 1754-1831);

- C o n f r a r i a de São Vicente da f r e g u e s i a de São M a r t i n h o de Estoi (Faro) (Receita e despesa, 1717-1796);

- C o n f r a r i a de São Sebastião da Igreja paroquial de São M a t e u s de Junceira (Tomar) (Receita e despesa, 1802-1859 e 1865);

" P a r a o A z i n h a l , a l é m d a s c o n f r a r i a s r e f e r i d a s , e x i s t e u m a r e f e r ê n c i a à s C o n f r a r i a s d a I g r e j a p a r o q u i a l d o E s p í r i t o S a n t o de A z i n h a l e à M o r d o m i a d e S a n t a B á r b a r a .

(8)

- C o n f r a r i a de São Sebastião de O l e i r o s (Contas, 1802-1803 e 1845);

- C o n f r a r i a de São Simão da Igreja paroquial de São M a t e u s de Junceira ( T o m a r ) (Receita e despesa, 1813-1824);

- C o n f r a r i a de Santa Catarina da Igreja paroquial de São Sebas-tião de Q u e l f e s (Olhão) (Receita e despesa, 1679-1733).

G) Outras irmandades e/ou confrarias:

- Irmandade do Espírito Santo da Igreja paroquial de São Mateus de Junceira ( T o m a r ) (Cópia d o c o m p r o m i s s o velho e acórdãos, 1774--1765 e 1821; Receita e despesa, 1832-1859 e T o m b o , 1775-1867);

- I r m a n d a d e da Igreja paroquial de Santa C r u z do Barreiro (Ofí-cios e s u f r á g i o s , 1749-1774) " ;

- C o n f r a r i a s da f r e g u e s i a de São Jorge de Paradança ( M o n d i m de Basto) (Contas do j u i z d o subsino e c o n f r a r i a s , 1853-1858);

- C o n f r a r i a s a cargo da Junta da Paróquia da Junceira ( T o m a r ) (Receita e despesa, 1851-1880);

- C o n f r a r i a s da Igreja paroquial do S a n t í s s i m o S a l v a d o r do Bi-lhó ( M o n d i m de Basto) (Contas, 1805-1918; Receita, 1723-1803 e C o n t a s dos legados, 1736-1835).

3. Outros f u n d o s com interesse para a História das C o n f r a r i a s

Esgotada a lista das colecções e d o s f u n d o s e s p e c í f i c o s de con-f r a r i a s existentes nos A r q u i v o s N a c i o n a i s / T o r r e d o T o m b o , a maior parte deles de natureza paroquial, com d o c u m e n t a ç ã o pouco diver-sificada, o i n v e s t i g a d o r deve voltar-se para outros núcleos onde se possam e n c o n t r a r f o n t e s destas a s s o c i a ç õ e s religiosas.

Assim, os f u n d o s que, n u m a segunda linha, apresentam grande q u a n t i d a d e de d o c u m e n t a ç ã o relativa a c o n f r a r i a s são os de natureza c o n v e n t u a l . Neste c a s o se incluem os m a n u s c r i t o s de irmandades sediadas nos mosteiros e c o n v e n t o s do país e que, à data da extinção e/ou da i n c o r p o r a ç ã o dos seus arquivos na Torre do T o m b o , se e n c o n t r a v a m j u n t o com os p e r g a m i n h o s e papéis das O r d e n s Religio-sas e, por tal motivo, aqui f o r a m i n c o r p o r a d a s c o m o p e r t e n c e n d o a esses cartórios. C o n s t i t u e m um c o n j u n t o de d o c u m e n t a ç ã o mais rica que a a n t e r i o r m e n t e descrita e ainda p o u c o trabalhada pelos

histo-15 C f . a i n d a o l i v r o d e o b r i g a ç õ e s d e m i s s a s p e l o s i r m ã o s d e f u n t o s d a s i r m a n d a d e s d a I g r e j a d e S a n t a C r u z d o B a r r e i r o .

(9)

riadores. B a s e a n d o - n o s nos i n s t r u m e n t o s de d e s c r i ç ã o existentes, e n q u a n t o não p o s s u í m o s inventários a c t u a l i z a d o s , p r o c u r á m o s esta-belecer um quadro genérico desta d o c u m e n t a ç ã o .

Nos f u n d o s de c o n v e n t o s de Lisboa, m e r e c e m destaque:

Convento de Nossa Senhora da Penha de França 16 (Ordem dos

E r e m i t a s de Santo A g o s t i n h o ) : C o n t é m d o c u m e n t o s r e l a t i v o s à Irmandade dos E s c r a v o s da Cadeia e à I r m a n d a d e de Nossa Senhora da Penha de França;

Convento de São Domingos de Lisboa (Ordem de São

Domin-gos): C o n t é m d o c u m e n t o s da C o n f r a r i a de Nossa Senhora do Rosá-rio, como sejam o livro de certidões de óbito dos irmãos (1826) e a relação dos privilégios daquela a s s o c i a ç ã o religiosa; e da C o n f r a r i a do C o r d ã o de São Francisco de Paula, com o livro onde se assentam os irmãos d o cordão e b e n t i n h o s de São F r a n c i s c o de Paula;

Convento de São Francisco de Lisboa: C o n t é m d o c u m e n t o s da

I r m a n d a d e de Santo António, n o m e a d a m e n t e um tombo de bens l7.

No que diz respeito aos f u n d o s c o n v e n t u a i s do resto d o país l8,

veja-se: A R O U C A

Mosteiro de Santa Maria de Arouca 19

- C o n f r a r i a do Senhor de Meio do C o r o / Senhor da Misericór-16 N e s t a s e q u ê n c i a , o s f u n d o s e s t ã o a s s i n a l a d o s a i t á l i c o . 17 N a d o c u m e n t a ç ã o d e c a s a s s e d i a d a s e m L i s b o a , o f u n d o d o C o n v e n t o d o C o r p u s C h r i s t o , d a s C a r m e l i t a s D e s c a l ç a s , c o n t é m u m l i v r o d e a s s e n t o s d o M o n -t e p i o . 18 N a l i s t a q u e s e s e g u e a p r e s e n t a m o s s o m e n t e o s f u n d o s c o n v e n t u a i s c o m d o c u m e n t o s e s p e c í f i c o s de c o n f r a r i a s . C o n v é m , n o e n t a n t o , s u b l i n h a r q u e n o s p r ó -p r i o s m a n u s c r i t o s d o s c o n v e n t o s -p o d e m s u r g i r r e f e r ê n c i a s i m -p o r t a n t e s . V e j a - s e , p o r e x e m p l o , a s i n f o r m a ç õ e s a p r e s e n t a d a s p o r S a ú l G o m e s n o s e u e s t u d o « A P r o -p ó s i t o d o H o s -p i t a l d e S a n t a M a r i a d a V i t ó r i a ( B a t a l h a ) n o S é c u l o X V » (Revista Portuguesa de História, T . X X V I I . C o i m b r a . 1 9 9 2 . p p , 4 3 - 6 2 ) , a p a r t i r d o n ú c l e o d o M o s t e i r o d e A l c o b a ç a . T a m b é m as O r d e n s R e l i g i o s a s c o m j u r i s d i ç ã o s o b r e d e t e r m i n a d a s p a r ó q u i a s p o d e m r e c e b e r r e q u e r i m e n t o s e o u t r o s d o c u m e n t o s d e c o n -f r a r i a s a l i s e d i a d a s , c o m o se c o n s t a t a n o n ú c l e o d o M o s t e i r o d e S a n t a C r u z d e C o i m b r a c o m a c o n f r a r i a d e S ã o J o ã o d e S a n t a C r u z ( c f . . p o r e x e m p l o , o m ç . 4 , c x . 7). " A m a i o r p a r t e d o s d o c u m e n t o s i n d i c a d o s n a l i s t a q u e s e s e g u e v ê m d e s -c r i t o s n o I D D L - 2 8 3 .

(10)

dia: D o c u m e n t o s administrativos ( 1 7 8 4 - 1 7 9 6 ) ;

- C o n f r a r i a das Almas: Rol d o s irmãos (séc. XVIII) 20;

CÓS

Convento de Santa Maria de Cós ( A l c o b a ç a )

- C o n f r a r i a d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o : A s s e n t o do d i n h e i r o em-prestado a j u r o s ( 1 8 2 6 - 3 2 ) 2I;

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora d o Rosário: A s s e n t o de c o n f r a d e s ( 1 6 5 4 - 1 7 8 3 ) ;

E L V A S

Convento de São Domingos ou de Nossa Senhora dos Mártires de Elvas

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora das M e r c ê s : Receita ( 1 6 8 2 - 1 7 7 3 ) ; G U I M A R Ã E S

Mosteiro de Santa Clara de Guimarães

- Irmandade das A l m a s : Receita e despesa e Entradas e óbitos de irmãos ( 1 6 7 6 - 1 7 8 4 ) ;

M O N F O R T E

Mosteiro do Bom Jesus de Monforte

- C o n f r a r i a dos S a n t í s s i m o s C o r a ç õ e s de Jesus e Maria: Registo de c o n f r a d e s e anuais, c o n t e n d o m e m ó r i a s sobre a f u n d a ç ã o e indul-gências ( 1 7 6 3 - 1 8 1 2 ) ;

P O R T O

Mosteiro de Santa Clara do Porto

- C o n f r a r i a d o A m o r Divino: C a d e r n o de c o b r a n ç a de j u r o s 2(1 C f . t a m b é m o s m a t e r i a i s r e f e r e n t e s à M o r d o m i a d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o n o L - 2 8 3 e o u t r o s d o c u m e n t o s d e s c r i t o s e m C - 1 0 8 7 - 1 1 0 2 , a e x e m p l o d u m a d o a c ç ã o à C o n f r a r i a d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o d o M o s t e i r o , d a t a d a d e 1 7 8 2 ( G a v e t a 8 , A v u l s o 15). 21 S o b r e e s t a c o n f r a r i a e o s e u c o m p r o m i s s o , c f . P e d r o P e n t e a d o , « A V i d a R e l i g i o s a n o s C o u t o s d e A l c o b a ç a . S é c u l o s X V I - X V I I I » . In: Arte Sacra nos

Anti-gos Coutos de Alcobaça. L i s b o a : I P P A R , 1 9 9 5 , p p . 1 6 9 - 1 9 9 e P. P e n t e a d o e

C . E r e i o , « O C o m p r o m i s s o d a C o n f r a r i a d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o d e C ó s n o C o n t e x t o d o C u l t o E u c a r í s t i c o S i s c e n t i s t a » ( N o p r e l o , r e v i s t a Espaços, r e v i s t a d a A D E P A , A l c o b a ç a ) .

(11)

( 1 7 5 1 - 1 8 0 5 ) ; Registo de irmãos (séc. X I X ? ) e C o b r a n ç a das quotas anuais ( 1 7 2 7 - 1 7 4 1 ) ;

- C o n f r a r i a de São João M a r c o s : E s t a t u t o s (séc. XVIII); T e r m o s de eleições para c a r g o s , entrega de o b j e c t o s de culto, livros e o u t r o s (1731-1.762) e Receita e Despesa ( 1 7 3 1 - 1 7 6 2 ) ;

- C o n f r a r i a do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o : Registo da entrada de ir-mãos (1700-1792) e Registo de óbitos de irir-mãos e l a n ç a m e n t o de cer-tidões de missas pelas suas almas ( 1 7 2 9 - 1 7 9 1 ) ;

Convento de São Domingos do Porto

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora do Rosário: Registo de c o n f r a d e s (1800);

Convento de São Francisco do Porto

- C o n f r a r i a de Nossa S e n h o r a do R o s á r i o e São Benedito: Re-f o r m a dos estatutos (1781); I n v e n t á r i o de bens e assento de e s m o l a s ( 1 7 3 9 - 1 7 7 8 ) ; Registo de certidão das missas dos irmãos f a l e c i d o s (1719-1811) e Certidão das missas r e z a d a s ( 1 7 5 2 - 1 7 7 7 ) ;

Convento de São João Novo do Porto

- C o n f r a r i a de Santa Rita: Receita e despesa (1770-1819); - Irmandade de Nossa Senhora da C o r r e i a : Receita e despesa (1809-1832);

Convento de São José das Carmelitas Descalças do Porto

- C o n f r a r i a do S e n h o r do Calvário: Certidões de missas de irmãos d e f u n t o s e de missas do Natal ( 1 7 4 1 - 1 7 7 6 ) ;

S A N T A R É M

Convento de São Domingos das Donas de Santarém

- Irmandade de São José: Receita e d e s p e s a ( 1 7 4 5 - 1 8 2 4 ) ;

Convento de São Bento de Santarém

- C o n f r a r i a do Senhor Jesus da P a s t o r i n h a : Registo de c o n f r a d e s de fora da vila (1743) e Eleições da mesa (1740-1754) 22;

S E M I D E

Mosteiro de Santa Maria de Semide

- C o n f r a r i a d o C o r a ç ã o de Jesus: Estatutos e bulas de indulgên-cias, entradas de irmãos ( 1 7 3 7 - 1 8 7 4 ) ;

- C o n f r a r i a das O n z e Mil Virgens: D o c u m e n t o s sobre a institui-ção da C o n f r a r i a e lista de irmãos (1733);

22 J o s é M a t t o s o , A Documentação Beneditina da Torre do Tombo. L i s b o a , 1 9 7 0 ( S e p . d e « L u s i t a n i a S a c r a » , T o m o V I I I ) , p. 2 6 9 ( c o r r e s p o n d e a o I D D L - 2 8 5 A ) .

(12)

T E N T Ú G A L

Convento de Nossa Senhora do Carmo de Tentúgal

- C o n f r a r i a da Madre de Deus do Monte d o Carmo: Inventário dos bens ( 1 6 1 8 - 1 6 3 8 ) ;

V I A N A DO A L E N T E J O 23

Mosteiro do Bom Jesus de Viana do Alentejo

- C o n f r a r i a do S e n h o r d o s Passos: Estatutos e s u m á r i o de indul-gências c o n c e d i d a s ( 1 7 0 7 - 1 7 0 8 ) e Assento de entrada de irmãs (1708-- 1 8 8 9 ) ;

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora do Rosário: Registo de irmãos e de quotas ( 1 6 0 4 - 1 8 8 5 ) ;

VILA NOVA DE G A I A

Mosteiro do Corpo de Cristo

- C o n f r a r i a d o S a n t í s s i m o C o r a ç ã o de Jesus: Entradas de irmãos, a n u i d a d e s pagas e resultado de eleições ( 1 7 3 8 - 1 8 1 5 ) ;

- C o n f r a r i a de Santa C r u z e C i n c o C h a g a s : Estatutos (1755) e Re-gisto de nomes de i r m ã o s e q u a n t i a s s u b s c r i p t a s ( 1 7 5 5 - 1 8 0 0 ) ;

- C o n f r a r i a de São J o a q u i m : T e r m o s de eleições para os cargos da C o n f r a r i a ( 1 7 5 2 - 1 7 5 3 ) e A n u i d a d e s pagas pelos irmãos

(1753--1816);

- C o n f r a r i a dos Santos L u g a r e s de J e r u s a l é m : A s s e n t o de nomes de irmãos e a n u i d a d e s p a g a s ( 1 7 6 9 - 1 8 0 5 ) ;

- C o n f r a r i a dos Santos Mártires de M a r r o c o s : A s s e n t o s dos no-mes de religiosas, educandas e servas d o mosteiro que pertenciam à C o n f r a r i a ( 1 7 3 8 - 1 8 1 7 ) ;

- C o n f r a r i a de N o s s a S e n h o r a do Rosário: R e n d a s e f o r o s legados à c o n f r a r i a e r e s p e c t i v a s o b r i g a ç õ e s (1693); T e r m o s de entradas de irmãos ( 1 6 7 2 - 1 7 6 7 ) e T e r m o s de eleições d o j u i z e oficiais com os inventários anuais dos o b j e c t o s e livros r e c e b i d o s ( 1 7 4 1 - 1 7 6 9 ) ;

- C o n f r a r i a não i d e n t i f i c a d a : A n u i d a d e s pegas p e l o s irmãos (séc. XVIII).

V I S E U

Mosteiro de Jesus de Viseu

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora d o Socorro: Rol de irmãos (1671-- 1 7 5 5 ) ;

" V e j a - s e t a m b é m a d o c u m e n t a ç ã o d o c é l e b r e C o n v e n t o d o V a r a t o j o . q u e i n c l u i r e f e r ê n c i a s a O r d e n s T e r c e i r a s ( c f . I D D L - 2 8 3 ) .

(13)

- C o n f r a r i a do Santo N o m e de Jesus: Q u o t a s a n u a i s pagas pelos c o n f r a d e s ( 1 6 9 1 - 1 7 2 8 ) 24.

A i n d a no c o n j u n t o da d o c u m e n t a ç ã o de « I n s t i t u i ç õ e s Ecle-siásticas», não p o d e r ã o ser e s q u e c i d o s os m a n u s c r i t o s inseridos nos f u n d o s de colégios, paróquias, colegiadas e cabidos p o r t u g u e s e s . Nes-se Nes-sentido, c o n s u l t e m - s e os materiais do C o l é g i o de São L o u r e n ç o do Porto, com registos de receita e despesa da C o n f r a r i a de São C o s m e e São D a m i ã o ( 1 7 3 6 - 1 7 6 7 ) . V e j a - s e t a m b é m o C a r t ó r i o Paroquial da Igreja do S o c o r r o (Lisboa), c o m 24 maços que entraram no A N T T em J a n e i r o de 1951. Ali se e n c o n t r a m muitos p a p é i s da I r m a n d a d e d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o (Certidões de missas e patentes de admis-são), da I r m a n d a d e do Senhor Jesus da C o m p a i x ã o ( R e q u e r i m e n t o s e receitas e d e s p e s a s ) , da I r m a n d a d e das A l m a s (Certidões de missas e despesas) e da I r m a n d a d e de Nossa S e n h o r a da Igreja d o S o c o r r o (Assentos das o b r i g a ç õ e s de missas nas c a p e l a n i a s ) , todos r e f e r e n t e s aos séculos XVIII e XIX, e ainda por tratar d o ponto de vista arqui-vístico 25.

As c o l e g i a d a s p o d e m f o r n e c e r indicações preciosas para o estudo das c o n f r a r i a s , e m b o r a nem s e m p r e os i n s t r u m e n t o s de descrição dis-poníveis s e j a m claros q u a n t o à p r e s e n ç a de dados relevantes. Assim sucede com a Colegiada da Igreja de São D o m i n g o s de R e g u e n g o Grande, no que c o n c e r n e às C o n f r a r i a s de São Sebastião, S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o e Nossa S e n h o r a dos R e m é d i o s , com a C o l e g i a d a da Alcáçova ou do C a s t e l o de S a n t a r é m e a sua I r m a n d a d e de Santa Catarina 26 e com a C o l e g i a d a de Santa Maria do Castelo de Lisboa,

que contém d o c u m e n t o s das C o n f r a r i a s de Vera C r u z e dos Clérigos Pobres de Lisboa. A d o c u m e n t a ç ã o da C o l e g i a d a de São M a r t i n h o de Sintra c o n t é m um livro da C o n f r a r i a dos Fiéis de Deus (1526--1554), um t o m b o das f a z e n d a s da I r m a n d a d e de Santo André e Al-mas ( 1 7 4 0 - 1 7 8 7 ) e um livro da C o n f r a r i a de São M a m e d e da igreja de São Martinho( 1714-1843) 27.

24 J o s é M a t t o s o , op. cit., p. 3 0 3 r e f e r e d o c u m e n t a ç ã o d e s t a c o n f r a r i a p a r a o s a n o s d e 1 8 0 2 - 1 8 6 1 , a l é m d u m a C o n f r a r i a d e S ã o B e n t o ( 1 7 6 0 - 1 8 1 3 ) .

25 S o b r e a d o c u m e n t a ç ã o d e s t a i n c o r p o r a ç ã o , c f . J o e l S e r r ã o . Roteiro de

Fon-tes da História Portuguesa Contemporânea. L i s b o a , 1 9 8 4 , v o l . I, p p . 1 2 4 - 1 2 5 . O s 2 4

m a ç o s a s s i n a l a d o s n e s t a o b r a f o r a m d e s d o b r a d o s h á p o u c o s a n o s . 2 6 C f . o s I D D ' s C - 2 6 9 e L - 2 8 8 A .

(14)

P a s s e m o s agora aos arquivos d i o c e s a n o s , c o m e ç a n d o pelo f u n d o da Sé de L a m e g o onde e n c o n t r a m o s representadas várias c o n f r a r i a s 28:

a) C o n f r a r i a do S e n h o r Jesus da Sé de L a m e g o : Eleições (1751-- 1 8 0 5 ) e Receita e Despesa ( 1 7 6 3 (1751-- 1 8 0 5 ) ;

b) C o n f r a r i a de Nossa S e n h o r a d o Rosário de Castro de Aire: Eleições e c o n t a s ( 1 6 8 4 - 1 7 2 8 ) ;

c) C o n f r a r i a do Santíssimo S a c r a m e n t o : Foros e R e n d i m e n t o s ( 1 6 0 9 - 1 6 5 0 ) ;

d) C o n f r a r i a de Nossa Senhora dos Meninos de L a m e g o : Contas ( 1 7 0 0 - 1 7 8 0 ) ;

e) Irmandade de São Pedro da Igreja de Santa Maria de Lalim: C o b r a n ç a s e e n c a r g o s ( 1 7 3 0 - 1 7 8 6 ) ;

f) C o n f r a r i a do Espírito Santo da f r e g u e s i a da Várzea: C o n t a s ( 1 7 2 8 - 1 7 5 1 ) ;

g) Irmandade das Almas do Purgatório da Igreja de Nossa Se-nhora da C o n c e i ç ã o do lugar de Arnas, B i s p a d o de L a m e g o : Estatu-tos (S.d.).

Mais rico é o núcleo do C a b i d o da Sé do Funchal 29. Ele inclui

livros manuscritos da C o n f r a r i a de São Miguel e dos Santos Cris -pim e Crispiano, «erecta pelos o f i c i a i s de sapateiro em 26 de A g o s t o de 1572 e aumentada pelos oficiais de serradores, c u r t i d o r e s e cor-d e i r o s » ( n o m e a cor-d a m e n t e a r e f o r m a cor-do antigo c o m p r o m i s s o cor-de 1572, e f e c t u a d a em 1819); da C o n f r a r i a de São Jorge ( A d m i s s õ e s de irmãos e traslado do livro da instituição da c o n f r a r i a de 1562, de 1667-1724; Quitações das missas de irmãos d e f u n t o s , 1744-1785; Receita e des-pesa, de 1745-1792 e Inventários de o r n a m e n t o s ) ; da C o n f r a r i a de Jesus (Foros e j u r o s , 1738-1774 e Receita e Despesa 1683-1646,

1683-1754 e 1755-1790); de Nossa Senhora do A m p a r o (Receita e D e s p e s a , 1726-1791); de Nossa S e n h o r a da C o n c e i ç ã o ; de Nossa Senhora do Rosário (Receita e D e s p e s a , 1617-1647) e da C o n f r a r i a das Almas da Sé ( A d m i s s ã o de irmãos, 1713-1789, Eleições e Contas, 1713-1741 e 1766-1797). Na d o c u m e n t a ç ã o avulsa, s o b r e t u d o nos maços 19 a 22, e n c o n t r a m - s e indulgências, inventários de bens, listas de f o r o s , sentenças, escrituras, relações de irmãos, receitas e despesas e r e q u e r i m e n t o s de várias c o n f r a r i a s , entre as quais, além das j á

indi-2 8 C f . o I D D L 2 9 5 . U m t r a b a l h o d e i d e n t i f i c a ç ã o m a i s a p u r a d o f o i , e n t r e -t a n -t o . l e v a d o a c a b o p e l a D r a . M a r i a J o s é M e x i a B. C h o r ã o , d o s A N / T T .

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cadas, a de Santa A n a , a do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o , Santo António, São Roque da C a l h e t a , Nossa Senhora da A s c e n s ã o da Sé, Nossa Senhora do Calhau das Chagas, Nossa Senhora da Boa Morte de São Pedro e São João Baptista da Ribeira. Merecem destaque os com-p r o m i s s o s das C o n f r a r i a s do S a n t í s s i m o (1687), de Santo A n t ó n i o da Sé (1702) e de Nossa Senhora da Piedade ( 1749).

Para f i n a l i z a r esta i n c u r s ã o nas «Instituições Eclesiásticas», não e s q u e c e r o d e s i g n a d o « A r q u i v o das C o n g r e g a ç õ e s » , criado pelo de-creto de 28 de S e t e m b r o de 1917, integrado na Torre do T o m b o em

1930, e ainda não t o t a l m e n t e tratado do ponto de vista arquivís-tico. Possui d o c u m e n t o s das c o n f r a r i a s e a r q u i c o n f r a r i a s que exis-tiam nas várias casas religiosas, s o b r e t u d o para os s é c u l o s XIX e XX: no C o n v e n t o de São José de São D o m i n g o s de B e n f i c a , a Irman-dade de Santa Cecília (Actas das sessões, 1882-1909); no C o n v e n t o da Visitação de Santa Maria de Lisboa, t a m b é m c o n h e c i d o por C o n v e n t o das Salésias, a Irmandade das Horas do S a n t í s s i m o Cora-ç ã o de Jesus; no C o n v e n t o d o S a l v a d o r ou Igreja do Rei Salvador da Mata, na parte oriental de Lisboa, a C o n f r a r i a de Nossa Senhora do Rosário ( C o m p r o m i s s o , 1858; Actas, 1894-1910; Receita e Despesa,

1860-1908, entre outros); na Igreja de Santa Brígida do Quelhas, a Irmandade do S a g r a d o C o r a ç ã o de Jesus (Matrícula de irmãos, 1901--1910); na C o n f r a r i a do C o r a ç ã o de Jesus da Capela da Boavista d o Porto (Receita e despesa); no C o n v e n t o das Trinas, a A r q u i c o n f r a r i a do S a g r a d o C o r a ç ã o de Jesus (Lista de irmãs a s s o c i a d a s ) e o Mon-tepio da I r m a n d a d e do S a n t í s s i m o ; no C o l é g i o de São Vicente de Paulo de F e l g u e i r a s , a A r q u i c o n f r a r i a das M ã e s Cristãs (Actas, 1904-1908); na Casa d o Louriçal, a A r q u i c o n f r a r i a do S a n t í s s i m o e Imaculado C o r a ç ã o de Maria (Registo de associados) e a C o n f r a r i a de São J o s é ; na Igreja do C o r a ç ã o A g o n i z a n t e de Jesus da Póvoa, a Irmandade de Nossa Senhora de L o u r d e s e na Casa do Varatojo, a A r q u i c o n f r a r i a d o C o r a ç ã o de São F r a n c i s c o de Assis (Registo de irmãos, 1886-1894) 30.

4. F o n t e s d i s p e r s a s

Até aqui, c o n s t a t á m o s a existência de duas etapas da pesquisa. A primeira d e s e n r o l o u - s e nos f u n d o s de c o n f r a r i a s e colecções

temá-3 0 P a r a o A r q u i v o d a s C o n g r e g a ç õ e s , c f . o s l D D ' s C - l 1 1 3 - 1 1 1 6 p a r a o s l i v r o s . E x i s t e m a i n d a m u i t o s m a ç o s s e m q u a l q u e r t i p o d e d e s c r i ç ã o a r q u i v í s t i c a .

(16)

ticas e s p e c i a l i z a d a s e, a s e g u n d a , nos núcleos de i n s t i t u i ç õ e s que acolhiam irmandades. P r o p o m o s agora um terceiro m o m e n t o , no qual o p e s q u i s a d o r deve passar, entre outros, pela d o c u m e n t a ç ã o do antigo cartório da Casa da Coroa, que esteve na b a s e da f o r m a ç ã o do Arquivo Nacional da Torre do T o m b o , e d o s arquivos de outras instituições de «origem pública».

A investigação torna-se agora mais dispersa, o b r i g a n d o o utili-zador dos A N / T T a procurar em múltiplos f u n d o s os traços das rela-ções entre irmandades e instituirela-ções oficiais, n o m e a d a m e n t e aquelas que se e n c o n t r a v a m ligadas ao «poder central». Nem s e m p r e esta etapa é percorrida com g r a n d e sucesso r e l a t i v a m e n t e às c o n f r a r i a s de que p r o c u r a m o s i n f o r m a ç ã o . Por outro lado, a extensão da pes-quisa pode variar c o n s o a n t e a importância das i r m a n d a d e s e da re-gião e época que se estudam.

Não nos é possível aqui traçar um q u a d r o c o m p l e t o . P r o c u r á m o s apenas sugerir alguns dos principais núcleos a percorrer nesta etapa. Para p r o c u r a r respostas r e l a t i v a m e n t e às e s p e c i f i c i d a d e s de cada investigação, o utilizador poderá recorrer ao apoio do Serviço de Referência.

Eis uma lista dos principais núcleos e c o l e c ç õ e s a p e s q u i s a r :

Casa do I n f a n t a d o - T r a t a - s e de um f u n d o onde o e s t a d o dos

I D D ' s disponíveis nem s e m p r e permite r e s p o n d e r a n e c e s s i d a d e s da p e s q u i s a . Possui d o c u m e n t a ç ã o r e f e r e n t e ao C í r i o / C o n f r a r i a de Nossa Senhora do Cabo, à sua ligação à Casa do I n f a n t a d o e às f e s t a s realizadas nos f i n a i s do século XVIII e inícios do s é c u l o XIX 3 I.

Casa das R a i n h a s - No que c o n c e r n e a esta Casa, é possível que

o investigador venha a ter, dentro de algum t e m p o , um I D D mais a p r o f u n d a d o do que os catálogos a c t u a l m e n t e d i s p o n í v e i s . A sua consulta será c e r t a m e n t e indispensável. Só assim p o d e r ã o ser reve-ladas a l g u m a s f o n t e s , h o j e quase d e s c o n h e c i d a s , para a História das c o n f r a r i a s situadas em terras da Rainha, c o m o sucedia com a Con-fraria do Espírito Santo de A l e n q u e r 32.

C h a n c e l a r i a s R é g i a s - Na C h a n c e l a r i a e s t ã o r e g i s t a d a s as

c o n c e s s õ e s feitas pela Coroa às i r m a n d a d e s . Para as localizar, t e m o s de procurar nos I D D ' s c o r r e s p o n d e n t e s aos reinados que nos

inte-" C f . o I D D C - 7 B ( C a s a d o I n f a n t a d o / Q u i n t a d e Q u e l u z ) . , 2 C f . m a ç o 3 8 0 , c a i x a 4 1 5 ( r e f e r e n t e a 1 7 7 8 - 1 8 3 2 )

(17)

ressam, n o m e a d a m e n t e nos «índices de C o m u n s » (índices o r g a n i z a -dos a l f a b e t i c a m e n t e com «entradas descritivas» por c a r g o s , locali-d a locali-d e s , instituições ou t e m á t i c a s ) locali-das C h a n c e l a r i a s . E x e m p l o : No L-51 ( « C o m u n s » da C h a n c e l a r i a de D. João III, O f í c i o s ) , na e n t r a d a « I r m a n d a d e » e n c o n t r a m - s e diversas r e f e r ê n c i a s a cartas de D. João III a autorizar a realização de f e s t a s e bodos, a c o m p r a de bens de raiz, isenções de p a g a m e n t o s de sisas nas e s m o l a s c o b r a d a s em nome de a l g u m a s c o n f r a r i a s , c o n f i r m a ç õ e s de c o m p r o m i s s o s , privilégios de e s c o l h a s de j u í z e s para e x e c u ç õ e s das dívidas às irmandades, regu-l a m e n t o s de procissões, etc G r o s s o modo, todas as regiões do país e n c o n t r a m aqui um i m p o r t a n t e material de e s t u d o . Mas um dos p r o b l e m a s deste tipo de índices, mais antigos, é que não nos forne-cem a cronologia exacta da p r o d u ç ã o d o s d o c u m e n t o s .

C o n f i r m a ç õ e s G e r a i s A lista de c o n f i r m a ç õ e s de m e r c ê s c o n

-cedidas pela M o n a r q u i a p o r t u g u e s a a i r m a n d a d e s inclui as s e g u i n t e s associações religiosas:

C o n f r a r i a s do Bom Jesus e d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da Igreja de São D o m i n g o s de Lisboa; do Espírito Santo de São Miguel de A l f a m a dos P e s c a d o r e s ; de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o d e Vila Viçosa; de Nossa Senhora da C o n c ó r d i a da C a p a r i c a ; de Nossa Se-nhora da Pureza da Igreja da C o n c e i ç ã o ; do Rei Salvador da Mata, do C o n v e n t o de religiosas da mesma i n v o c a ç ã o ; de Santa Ana de Leiria; de Santa Cruz de Braga; de Santo A n t ó n i o do C o n v e n t o de São Francisco de Lisboa; de São E s t e v ã o de A l f a m a ; d o Santo N o m e de Jesus dos M a r e a n t e s e P e s c a d o r e s de Viana do Castelo; de São Valentim da Igreja de Santa Justa de Lisboa; do S a n t í s s i m o Sacra-mento da f r e g u e s i a de São C r i s t ó v ã o de Lisboa; do S a n t í s s i m o da Sé de C o i m b r a e d o Santíssimo, Nossa Senhora da E n c a r n a ç ã o e São João Baptista da f r e g u e s i a de São João da Praça de Lisboa.

C o n s e l h o da Fazenda - Neste núcleo, na R e p a r t i ç ã o das C a p e l a s

da C o r o a , e x i s t e m v á r i o s m a n u s c r i t o s r e f e r e n t e s a h o s p i t a i s , " E n t r e o u t r a s , r e f e r ê n c i a s à s C o n f r a r i a s d e B o m J e s u s d e V i a n a ; d o s C l é r i -g o s R i c o s d e L i s b o a ; d a C o n c e i ç ã o d e L i s b o a : d o C o r p o d e D e u s d a C a r v o e i r a , d e S ã o P e d r o d e D o i s P o r t o s e d e C ó s ; d o C o r p o S a n t o d a c a p e l a d o E s p í r i t o S a n t o d e S e t ú b a l , d e L a g o s e d e T a v i r a ; d a C o n f r a r i a d a C o r t e ; d a s C o n f r a r i a s d o E s p í r i t o S a n t o d a A l c á ç o v a d e L i s b o a , d o C r a t o , d a I g r e j a d e V i a n a d o C a s t e l o , d a M a i o r g a e d e N i z a e d a s C o n f r a r i a s d o s p e s c a d o r e s d o S a l v a d o r d e L i s b o a , d e S ã o P e d r o d e A l f a m a , d e P o r t a l e g r e e d e S a n t a r é m .

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misericórdias e capelas. Na série de « T o m b o s e títulos de bens de capelas» encontra-se o treslado d o t o m b o d o s bens da capelas da Irmandade de Nossa Senhora da A j u d a de Belém (1612) 34.

C o r p o C r o n o l ó g i c o - Esta c o l e c ç ã o reúne mais de 82.000

docu-mentos, a maior parte deles do século XVI e relativos às instituições que giravam na órbita da Casa da Coroa. Muitos apenas possuem descrições parciais e outros nem s e q u e r se e n c o n t r a m registados nos I D D ' s . Estes e n c o n t r a m - s e dispersos, são de valor desigual e de difí-cil consulta. O Arquivo iniciou há algum t e m p o o p r o c e s s o de in-f o r m a t i z a ç ã o das d e s c r i ç õ e s da c o l e c ç ã o . C o n t u d o , não é ainda pos-sível a c e d e r às bases de dados a u t o m a t i z a d a s . Para além dos docu-mentos r e f e r e n t e s a m i s e r i c ó r d i a s e h o s p i t a i s , aqui p o d e r ã o ser e n c o n t r a d a s as cartas enviadas pelos d i v e r s o s o f i c i a i s das c o n f r a r i a s do Reino e das possessões ultramarinas para a Coroa. Muitas são elu-cidativas das relações e s t a b e l e c i d a s entre o poder régio e estas associações religiosas no século XVI, quer ao nível j u r i s d i c i o n a l , quer nas c o n c e s s õ e s de privilégios e m e r c ê s 3S.

D e s e m b a r g o do P a ç o - No c o n j u n t o d o s cartórios das

institui-ções de Antigo Regime, um dos mais i m p o r t a n t e s é o do D e s e m b a r g o do Paço, por onde passavam muitos dos assuntos relativos às c o n f r a -rias p o r t u g u e s a s . A maior parte dos m a t e r i a i s c o n s e r v a d o s são pos-teriores ao terramoto e anpos-teriores a 1833.

O i n v e s t i g a d o r d e v e r á p r o c u r a r s o b r e t u d o nos índices temáticos das Repartições que dizem respeito às regiões que lhe interessa estu-dar, c o m o sejam: Corte, Estremadura e Ilhas, A l e n t e j o e Algarve,

Bei-34 C o r r e s p o n d e a o l i v r o 4 9 0 . C f . o I D D L - 5 6 0 , d a r e s p o n s a b i l i d a d e d o D r . A n t ó n i o F r a z ã o . 35 A t í t u l o de e x e m p l o , a c a r t a d o s c o n f r a d e s d a C o n f r a r i a d e N o s s a S e n h o r a d o R o s á r i o d e C o u l ã o a g r a d e c e n d o à r a i n h a t e r a s s e n t e s e u f i l h o p o r c o n f r a d e ( 4 d e J a n e i r o d e 1 5 6 2 - P a r t e I, M a ç o 105, D o e . 8 0 ) ; a c a r t a d e J o r g e G o m e s , v i g á r i o e m o r d o m o d a C o n f r a r i a d e N o s s a S e n h o r a d o R o s á r i o d e G o a , p e d i n d o u m r e t á -b u l o p a r a a c a p e l a - m o r d a s u a i g r e j a ( 2 2 d e N o v e m -b r o d e 1548 - P a r t e I, M a ç o 8 1 , D o e . 8 9 ) , a c a r t a d a C o n f r a r i a d a C o n s e r v a ç ã o d a F é d e G o a a o r e i p e d i n d o q u e p a t r o c i o n a s s e o c o m p r o m i s s o r e m e t i d o ao P a p a ( 1 4 d e D e z e m b r o 1541 P a r -te I. M a ç o 7 1 , D o e . 3 1 ) ; a c a r t a d a C o n f r a r i a de N o s s a S e n h o r a d a A n u n c i a d a d e S e t ú b a l a o r e i a g r a d e c e n d o - l h e t e r m a n d a d o v i s i t a r a c a s a p e l o P r i o r d e P a l m e l a ( 3 0 d e N o v e m b r o de 1 5 5 3 P a r t e I, M a ç o 9 1 , D o e . 7 6 ) ; o u a c a r t a d o j u i z e m o r d o -m o s d a C o n f r a r i a d e N o s s a S e n h o r a d a M e r c e a n a a D . J o ã o III p a r a s ó o s -m o r a d o r e s d a f r e g u e s i a s e r e m a d m i t i d o s c o m o i r m ã o s ( 3 d e A g o s t o de 1 5 3 2 - P a r t e I I , M a ç o 7 8 . D o e . 17).

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ra e Minho e T r á s - o s - M o n t e s . A p e s a r da i m e n s i d a d e de r e f e r ê n c i a s , m u i t a s v e z e s os í n d i c e s não d i s p e n s a m a c o n s u l t a do p r ó p r i o d o c u m e n t o , pois só o c a s i o n a l m e n t e indicam os assuntos que estão associados aos processos. Aqui se e n c o n t r a m , entre outros, importan-tes consultas sobre c o n f i r m a ç õ e s de c o m p r o m i s s o s pela Coroa.

Fora destas Repartições, r e v e l a - s e de especial interesse a série « C o r p o r a ç õ e s de m ã o morta» ( 1 7 6 9 - 7 0 ) de Diversas Secretarias , 6.

Veja-se a lista de i r m a n d a d e s que para aqui e n v i a r a m relações de bens patrimoniais. A maior parte p e r t e n c e m a igrejas paroquiais das comarcas da Feira e de C o i m b r a . Da capital e suas p r o x i m i d a d e s , existem as relações de bens da I r m a n d a d e de Nossa Senhora do Rosário do C o n v e n t o de Nossa Senhora da Piedade dos Religiosos de São D o m i n g o s de Azeitão e as listas que dizem respeito às irman-dades do Bairro d o Castelo de Lisboa, c o m o sejam, as I r m a n d a d e s e C o n f r a r i a s de: Nossa S e n h o r a da Pérsia, no C o n v e n t o da G r a ç a ; de Nossa Senhora da Penha de França, dos Escravos, de Nossa Senhora do L i v r a m e n t o e de São João Baptista, (todas no C o n v e n t o de Nossa Senhora da Penha de França); do Senhor d o P e n e d o , na Igreja de São T o m é ; do Rei Salvador, na igreja do m e s m o n o m e ; do Senhor J e s u s da Pia, na Igreja de C a m a r a t e ; de Nossa Senhora do Rosário, na Igreja de São T i a g o de C a m a r a t e ; de Nossa Senhora d o Vale, no C o n v e n t o de Santo Elói; de Nossa Senhora da A s s u n ç ã o na Igreja de São Sal-vador; de Nossa Senhora do Rosário dos H o m e n s Pretos, na Igreja do Salvador. Além destas, as I r m a n d a d e s de São Miguel e A l m a s , na Igreja de Santa Cruz do Castelo; de Nossa S e n h o r a dos R e m é d i o s , na Igreja d o Salvador da Boa Morte; de Santa Ana do M e n i n o Deus, na Casa da Ordem Terceira de São F r a n c i s c o de X a b r e g a s ; de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o d o C o n v e n t o da Praça e da C r u z e Passos de Cristo do C o n v e n t o da Graça de Lisboa. F i n a l m e n t e , as i r m a n d a d e s e c o n f r a r i a s d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o das igrejas de São T i a g o de Camarate, São Silvestre de U n h o s , São T o m é de Lisboa, Santo A n d r é de Lisboa, Santa Cruz do Castelo e São S a t u r n i n o de Fanhões.

E r á r i o Régio - O f u n d o do E r á r i o R é g i o s o f r e u r e c e n t e m e n t e

a l g u m a s alterações. No antigo I D D L - 5 1 2 (para «Núcleos e x t r a í d o s

3 6 P a r a a c o m p i l a ç ã o d e d a d o s b a s e á m o - n o s e m Desembargo do Paço.

Diver-sas Secretarias. Inventário e Relação dos Documentos da Série Corporações de Mão Morta. L i s b o a , 1 9 9 4 ( t r a b a l h o d a D r a . A n a M a r i a R o d r i g u e s , d a D i r e c ç ã o d e

(20)

do C o n s e l h o da Fazenda e d o Real Erário»), vem indicada, na docu-m e n t a ç ã o da Junta dos T r ê s Estados, a série Juros de Novos Direi-tos, os quais têm j u n t o a l g u m a s f o l h a s r e s p e i t a n t e s a uma Irmandade do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o (1761). E na c o l e c ç ã o « I m p o s t o s » , p o d e m --se e n c o n t r a r dados r e f e r e n t e s aos terços das capelas do c o n c e l h o e das c o n f r a r i a s e i r m a n d a d e s de Sintra ( 1 8 1 4 )3 7.

Feitos F i n d o s - Sobre esta d e s i g n a ç ã o estão vários núcleos de

instituições j u d i c i a i s pelas quais p a s s a r a m as causas r e f e r e n t e s a con-f r a r i a s e i r m a n d a d e s . No Fundo Geral e n c o n t r a m - s e os processos que e n v o l v e r a m estas associações religiosas. Na parte dos d o c u m e n t o s relativos ao J u í z o Privativo d a s C a u s a s da Misericórdia de Lisboa também existem a l g u m a s f o n t e s c o m interesse para a história da c o n f l i t u o s i d a d e entre este tipo de organizações. E o caso das acções de libelo e sentenças setecentistas contra as C o n f r a r i a s da C h a g a s e C o r d ã o de São Francisco, a C o n f r a r i a de Jesus Maria José, a dade do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da f r e g u e s i a da M a d a l e n a e a Irman-dade do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o d o S a l v a d o r 38.

G a v e t a s - As G a v e t a s são uma das mais antigas colecções da

Tor-re d o T o m b o medieval, a qual c o n t i n u a nos nossos dias a Tor-receber e integrar manuscritos. Para c o n h e c e r o seu c o n t e ú d o , d e v e m - s e pesquisar os antigos índices, bem c o m o o seu s u p l e m e n t o , n o m e a d a -mente os «Comuns». Aqui se localizam, entre outros, o i n v e n t á r i o das peças de prata e o r n a m e n t o s da C o n f r a r i a da Corte (1557) e o c o m p r o m i s s o da I r m a n d a d e da Boa V i a g e m da I g r e j a de São Paulo de Lisboa, a p r o v a d o por provisão de 2 0 de Maio de 1718, entre d o c u m e n t o s de e m p r a z a m e n t o e privilégios.

Leis - A maior parte das r e f e r ê n c i a s que aqui se e n c o n t r a m para

os séculos XVII e XVIII dizem respeito a alvarás régios que obriga-vam à r e a l i z a ç ã o de t o m b o s d o p a t r i m ó n i o que pertencia às irman-dades. Eis a lista das a s s o c i a ç õ e s religiosas para q u e m os r e f e r i d o s alvarás f o r a m e m i t i d o s :

C o n f r a r i a s de São João do Souto de Braga ( 1 6 3 9 ) , dos Clérigos Pobres da C i d a d e de C o i m b r a (1643), dos Clérigos Pobres da C i d a d e

5 7 C f . o I D D L - 5 1 0 .

, s C f . o s I D D ' s C - 1 0 8 1 - 1 0 8 3 . P a r a m a i s i n f o r m a ç õ e s s o b r e e s t e « a r q u i v o » , c f . T e r e s a S a r a i v a , « O A r q u i v o d o s F e i t o s F i n d o s » , Memória, 1, A b r i l 1 9 8 9 . p p . 1 8 3 - 1 8 8 .

(21)

de Lisboa (1644), do lugar de Sá, termo de Í l h a v o (1646), d o Hospital do Anjo - G u a r d a (1688), do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o d o Funchal (1689), de Santo A n t ó n i o de T a v i r a (1699), do S a n t í s s i m o m e n t o da Igreja de São Pedro de Faro (1699), do S a n t í s s i m o Sacra-m e n t o de Barcelos (1703), de Nossa S e n h o r a - a - B r a n c a de Braga (1704), do Espírito Santo de Leiria ( 1 7 0 5 ) , do Espírito Santo do Crato (1707), do Hospital de G u i m a r ã e s (1688), de São Martinho de Arrifana de Sousa (1699) e de São Miguel de Santarém (1636).

Leitura Nova - A Leitura Nova inclui c ó p i a s de muitos

docu-mentos m e d i e v a i s do cartório da Casa da Coroa, m a n d a d a s fazer por D. M a n u e l , t r a b a l h o que se d e s e n v o l v e u de 1504 a 1522. Vários autores, c o m o a P r o f e s s o r a Maria H e l e n a C o e l h o , a P r o f e s s o r a Maria José F e r r o T a v a r e s ou o Padre A n t ó n i o Brásio serviram-se destes códices para estudos sobre as c o n f r a r i a s m e d i e v a i s Para aceder aos d o c u m e n t o s que aqui e s t ã o r e g i s t a d o s , deve-se p r o c u r a r nos «índices dos C o m u n s » das C h a n c e l a r i a s Régias as «entradas descritivas» que nos interessam, pois elas remetem f r e q u e n t e m e n t e para a Leitura Nova. Por e x e m p l o , se p r o c u r a r m o s r e f e r ê n c i a s à I r m a n d a d e de Santa Catarina de Ribamar, nos « C o m u n s da C h a n c e -laria de D. A f o n s o V, e n c o n t r a m o s uma indicação da carta de con-f i r m a ç ã o d o seu c o m p r o m i s s o , a qual se e n c o n t r a registada simul-t a n e a m e n simul-t e na C h a n c e l a r i a d a q u e l e m o n a r c a (Lv. 35, fl. 55) e na Leitura Nova, no livro 8 da E s t r e m a d u r a , f l . 6 3 v° 40.

M a n u s c r i t o s da Livraria - Nesta importante colecção

encontra--se bom número de c o m p r o m i s s o s e estatutos de irmandades, a saber: - C o n f r a r i a de Santa Luzia de Nossa S e n h o r a da Rosa, termo de Almada, 1728;

- C o n f r a r i a d o S a n t í s s i m o Rosário da Igreja Matriz da vila de Castro Verde, 1697;

- C o n f r a r i a d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da I g r e j a M a t r i z de Nossa Senhora d o Rosário das Russas, 1747;

39 C f . a e x c e l e n t e s í n t e s e d e M a r i a H e l e n a d a C r u z C o e l h o . « A s C o n f r a r i a s M e d i e v a i s P o r t u g u e s a s : E s p a ç o s d e S o l i d a r i e d a d e n a V i d a e na M o r t e » . In:

Cofra-días. Grémios, Solidariedades en la Europa Medieval. XIX Semana de Estúdios Medievales. E s t e l l a , 1 9 9 2 , p p . 1 4 9 - 1 8 3 .

" ' E s t e c o m p r o m i s s o f o i p u b l i c a d o p e l a D r a . M a r i a J o s é M e x i a B. C h o r ã o , « C o n f r a r i a d e S t a . C a t a r i n a d e M o n t e S i n a i . D e R i b a m a r a L i s b o a . D o s L e t r a d o s a o s L i v r e i r o s » . Memória, 1, A b r i l 1 9 8 9 , p p . 6 9 - 9 0 .

(22)

- Irmandade de Nossa Senhora da A j u d a de Belém;

I r m a n d a d e de Cristo C r u c i f i c a d o , sita no C o n v e n t o dos T e a -tinos de São C a e t a n o de Lisboa, 1684;

- I r m a n d a d e de Nossa Senhora da Boa Morte, A s c e n s ã o , São Miguel e A l m a s , sita no C o n v e n t o de Nossa Senhora d o Monte d o C a r m o de Lisboa, 1780 4 I;

- I r m a n d a d e de Nossa Senhora das N e c e s s i d a d e s do M o s t e i r o de São Vicente 42;

- Irmandade dos E s c r a v o s do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o , sita na Igreja de Nossa Senhora da C o n s o l a ç ã o do C a s t e l o de S e s i m b r a , 1747;

- Irmandade dos E s c r a v o s d o S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o , sita na Sé de Olinda, 1773;

- Irmandade de Santo A n t ó n i o de Lisboa 43;

- Irmandade do G l o r i o s o São M i g u e l , erecta na Igreja de São Miguel, em Lisboa, 1780 44;

- Irmandade de São G o n ç a l o da Igreja Matriz de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o de Vila Rica, 1725;

- I r m a n d a d e de São José, sita na Igreja de Santo A n t ó n i o da Vila de Borba, 1727;

- I r m a n d a d e de Nossa Senhora de Monte da Virgem, sita na Igreja Paroquial de São Bartolomeu de Borba, 1869 45.

Para além destes, nas m i s c e l â n e a s da colecção, v e j a m - s e alguns outros manuscritos. Sobre a antiguidade da C o n f r a r i a da Correa, o n° 1823 (fl. 17); s o b r e a C o n f r a r i a d o s E s c r a v o s da S e n h o r a da Cadeia ou do Pilar, o n° 1124 (fl. 156); sobre a C o n f r a r i a dos S o l d a d o s do Rio de Janeiro ( n o m e a d a m e n t e a resposta do p r o c u r a d o r da Coroa sobre o c o m p r o m i s s o desta c o n f r a r i a ) , o n° 1156, (fl. 313) e sobre o e s t a b e l e c i m e n t o d u m a I r m a n d a d e de São F r a n c i s c o Xavier (1654), o n " 1104, fl. 323 46. Na parte dos m a n u s c r i t o s que se r e f e r e m ao

Bra-4 1 M a n u s c r i t o 6 2 8 , m i c r o f i l m a d o ( r o l o 8 1 0 ) . 42 M a n u s c r i t o 5 9 9 . m i c r o f i l m a d o ( r o l o 8 0 6 ) . 4 1 M a n u s c r i t o 5 0 5 , m i c r o f i l m a d o ( r o l o 8 0 9 ) . 44 M a n u s c r i t o 4 4 6 , m i c r o f i l m a d o ( r o l o 8 0 5 ) . 45 C f . t a m b é m o « L i v r o d a f a z e n d a e d i n h e i r o d a d o s a r a z ã o d e j u r o n a t e s o u r a r i a d e f o r a d a I r m a n d a d e d a s A l m a s d e S a n t a M a r t a d a c i d a d e d e É v o r a » ( O u t u b r o d e 1 7 8 4 ) . C o r r e s p o n d e a o m a n u s c r i t o 2 7 2 2 . 4 6 A s r e f e r i d a s m i s c e l â n e a s s ã o c o n h e c i d a s c o m o « M i s c e l â n e a s M a n u s c r i -t a s » . V e j a - s e o I D D C - 5 3 1 .

(23)

sil, consulte-se o c o m p r o m i s s o da I r m a n d a d e de São B e n e d i t o do M a r a n h ã o (1737) 47.

M e m ó r i a s P a r o q u i a i s - T a m b é m c o n h e c i d o por « D i c i o n á r i o

G e o g r á f i c o do Padre Luís C a r d o s o » , as M e m ó r i a s Paroquiais cor-respondem às respostas e n v i a d a s p e l o s párocos de todo o país para a Secretaria de Estado dos N e g ó c i o s do R e i n o em 1758-1759, na sequência dum inquérito m a n d a d o e f e c t u a r pelo M a r q u ê s de Pombal após o t e r r a m o t o . A t e n t e - s e s o b r e t u d o nos dados que p r o c u r a m satisfazer a pergunta 7, relativa às igrejas paroquiais — «Qual he o seo O r a g o , quantos altares tem, e de que sanctos, quantas N a v e s tem: se tem Irmandades: q u a n t a s , e de que s a n c t o s ? » . Contudo, estas i n f o r mações n e c e s s i t a m , muitas vezes, de serem a f e r i d a s e c o m p l e m e n -tadas 48.

M i n i s t é r i o dos N e g ó c i o s E s t r a n g e i r o s - Na d o c u m e n t a ç ã o de

â m b i t o ministerial a p a r e c e m f r e q u e n t e m e n t e várias fontes com inte-resse. O Ministério d o s Negócios E s t r a n g e i r o s , por exemplo, na parte do C o n s u l a d o de Portugal em B a n g u e c o q u e , c o n t é m material sobre a C o n f r a r i a d o Rosário do Sião ( 1 7 6 - 1 9 1 4 ) , o qual se e n c o n t r a m i c r o f i l m a d o , p e r m i t i n d o mais fácil consulta e rápida r e p r o d u ç ã o 49.

M i n i s t é r i o dos N e g ó c i o s E c l e s i á s t i c o s e da Justiça - Este f u n d o

interessa s o b r e t u d o aos i n v e s t i g a d o r e s de História R e l i g i o s a d o século XIX. P o n t u a l m e n t e , podem nele a p a r e c e r d o c u m e n t o s perti-nentes, c o m o sucede, por e x e m p l o com o c o n j u n t o de materiais rela-tivos à entrega da Igreja do C o n v e n t o das M ó n i c a s à Irmandade de Santa Cruz e Paixão 50.

M i n i s t é r i o do R e i n o - T r a t a - s e de um núcleo que conserva

alg-uns estatutos e c o m p r o m i s s o s de i r m a n d a d e s , c o m o sejam:

- I r m a n d a d e de Nossa S e n h o r a da Boa Hora e Almas da Igreja de Santa Marinha de Lisboa, 1773;

47 C f . o m a n u s c r i t o 2 1 b i s , d e s c r i t o n o I D D C - 2 .

48 M a r i a J o s é M e x i a , Inquéritos Promovidos pela Coroa no Século XVIII. L i s b o a , 1987 ( S e p . d a « R e v i s t a d e H i s t ó r i a E c o n ó m i c a e S o c i a l » , n° 2 1 ) . P a r a c o n h e c e r o t e o r d o i n q u é r i t o , F e r n a n d o P o r t u g a l e o u t r o . Lisboa em 1758. L i s b o a ,

1 9 7 4 , p p . 2 1 - 2 5 .

4 9 M i c r o f i l m a d o c o m o n ú m e r o d e r o l o 3 4 8 . 50 C f . m a ç o 2 1 , m a c e t e 4 , c a i x a 4 2 .

(24)

- C o n f r a r i a das A l m a s , Igreja de São Pedro d ' A z u r e y , n o termo de G u i m a r ã e s , c o m p r o m i s s o r e f o r m a d o em 1866;

- I r m a n d a d e de São José da Igreja paroquial de São S e b a s t i ã o , G u i m a r ã e s , estatutos r e p r o v a d o s em 1865;

- Irmandade do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da Igreja paroquial de Santo Aleixo do Beco, b i s p a d o de C o i m b r a , 1704 e 1792;

- I r m a n d a d e do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da Igreja paroquial de Santa M a r i n h a de Vila Marim, c o n c e l h o de Vila Real, 1865;

- I r m a n d a d e do Senhor São Roque erecta na sua ermida da vila do Barreiro, 1781;

- C o n f r a r i a de Santo Elói e Nossa Senhora da A s s u n ç ã o dos ouri-ves da Prata, c o m p r o m i s s o r e f o r m a d o em 1793;

- C o n f r a r i a de Nossa Senhora de Monserrate do lugar de Meia Via, termo de Torres N o v a s (1761);

- C o n f r a r i a do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da f r e g u e s i a de C o v a s do D o u r o , estatutos r e f o r m a d o s em 1850;

- C o n f r a r i a do S a n t í s s i m o S a c r a m e n t o da capela do S e n h o r Jesus da Pedra da f r e g u e s i a de G o l p i l h a r e s , termo do Porto, 1797;

- I r m a n d a d e das Almas da f r e g u e s i a da B e m p o s t a , 1854;

- Irmandade das A l m a s da vila de Ferreira, bispado de C o i m b r a , cópia, 1796;

- I r m a n d a d e dos E s c r a v o s e E s c r a v a s de Santa Ana da Igreja de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o da C o n g r e g a ç ã o do Oratório de Estre-moz, 1712;

- Irmandade de Nossa Senhora da A p r e s e n t a ç ã o e Santa Cecília da Igreja d o Real R e c o l h i m e n t o da Rainha Santa Isabel do Porto,

1771 e 1791;

- I r m a n d a d e de Nossa S e n h o r a da A s s u n ç ã o , São Miguel e Almas da Igreja paroquial de São Jorge de Lisboa, 1762;

- I r m a n d a d e de Nossa Senhora das C a n d e i a s e S a n t o Bom Ho-mem da Igreja paroquial de São Julião de Lisboa, cópia de 1757;

- I r m a n d a d e de Nossa Senhora da C o n c e i ç ã o da Igreja paroquial de São C r i s t ó v ã o de Lisboa, 1780;

- I r m a n d a d e d e Nossa S e n h o r a da Guia da ermida de São Vicente da Mouraria, Lisboa, 1766;

- I r m a n d a d e de Nossa Senhora da L e m b r a n ç a do Salitre, Lisboa, 1759;

- Real I r m a n d a d e de Nossa Senhora das Sete Dores d o Palácio Real, Lisboa, 1720;

Referências

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