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Educação em saúde : uma prática inerente ao cuidado de enfermagem - aplicada a clientes cirúrgicos

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(1)

Elisete S.

Dlugokenski

Maristela D. Pereira

Patrícia

de

Souza

EDucAÇAo EM

sAÚDEz

UMA

PRÁTICA INERENTE

Ao

cu|DADo

DE

ENFERMAGEM

-

APLICADA

A

cL|ENrEs

c|RuRG|cos

3

ii

...lí

Hií

í

í

uma pra c 493 '-1

ENF 030

E

se saúde A c. 24

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UFSC gokenski Educação em 972492329 sc Bsccsivi ccsM TC .-‹

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D

u Tí u o: Ex U ‹›-› '- CCSM TCC UFSC ENF 0301 Ex.

Trabalho

de

conclusão

da

disciplina:

INT

Enfermagem

Assistencial Aplicada, VIII

Unidade

Curricular,

Curso

de Graduação

em

Enfermagem, Departamento de

Enfermagem,

Centro

de

Ciências

da

Saúde,

UFSC.

Orientadora: Prof* Maria

de Lourdes

Silva

Cardoso

Supervisora: Enf* Paula Stela Leite

Florianópolis,

Julho

1997.

(2)

RESUMO

Trata

do

relato

de

uma

prática assistencial realizada por

um

grupo

de

três

acadêmicas da

última fase

do Curso de

Enfermagem-UFSC, que

prestou assistência

de Enfermagem,

enfatizando a

Educação

em

Saúde

com

clientes cirúrgicos

na

Unidade

de

Internação Cirúrgica II -

HU

-

UFSC.

`l'eve

como

referencial teórico os princípios

da

teoria

de

Wanda

de

Aguiar Horta,

fundamentada nas Necessidades

Humanas

Básicas e,

em uma

visão

de

complementariedade

à área

de

educação

em

saúde,

onde

foram utilizados

os

principios norteadores

da

teoria

pedagógica

de

Paulo Freire.

O

estudo

foi

desenvolvido

no

período

de

março

a junho

de

1997. Nesta prática procurou-se prestar cuidados a clientes cirúrgicos

nas suas necessidades

humanas

básicas afetadas, juntamente

com

a equipe

de enfermagem, enfocando

a

educação

em

saúde

de forma

libertadora-participativa.

A

prática educativa foi desenvolvida

com

os clientes e equipe através

de

oficinas, palestras e encontros informais e

também

durante a prestação

do

cuidado

de

enfermagem

de

modo

a envolver o

(3)

processo saúde-doença, trocando informações, esclarecendo dúvidas, repadronizando conceitos,

e

de

uma

forma geral,

ampliando

conhecimentos.

Concluímos

que educação

em

saúde

é

uma

prática inerente

ao

cuidado

de

enfermagem,

devendo

ser estimulada e praticada

nas

diversas áreas

de atuação

da enfermagem.

(4)

Õâçoor suas z'a'é1'as e sorzbos díarzfe

dopooo

é arriscar-se a ser cbamado de ingênuo. ..

Õsperar é arriscar-¬se ao desespero e eàperír/zenfar é arríscar~se ao fracasso. ..

gfias

os riscos Íêm a'e ser corrícfos, pozís o maior risco na o1'a'a é não arriscar a nada. ..

¶queÍe que não se arrisca

pode

eoilar o sofrímenfo e a irísieza,

mas

rzãopode

aprender, serzfír, moa'§¡ícar~se, crescer,

amar

e viver...

(5)

AGRADECIMENTOS

A

Deus, por ter-nos colocado neste

mundo

encantado

para

sermos

felizes

e

apreciarmos a vida.

Aos

nossos

pais

e

familiares,

que

mesmo

distantes

nos

apoiaram, transmitindo-nos todo o

seu

otimismo e

dando-nos

a certeza

de

que

venceriamos

mais

esta etapa

de nossas

vidas.

À

Professora, Enfermeira Maria

de Lourdes

Silva Cardoso, pela disponibilidade, companheirismo, dedicação, incentivo, transmissão

de

conhecimentos

e,

acima

de

tudo, pela

amizade

e carinho

com

que

nos

acompanhou.

À

Supervisora Paula Stela Leite, por

permanecer ao nosso

lado, compartilhando

conosco seu

espaço, tempo, alegrias, frustrações e

entusiasmo

no

trabalho.

Aos

nossos

amigos: “Existem

no

mundo

várias formas

de

riquezas e

inúmeros

tesouros, o

mais

valioso e eterno é a verdadeira amizade.” (autor desconhecido).

À

equipe interdisciplinar

da UIC

ll -

HU

-

UFSC,

nossos

agradecimentos

pela receptividade, apoio

e

incentivo.

A

todos os pacientes

que

possibilitaram o desenvolvimento

do

projeto.

A

nós..."Entramos

na

vida

como

quem

abre

um

livro

no

meio,

sem

(6)

SUMÁRIO

I

-INTRODUÇÃO

... .. II -

CONTEXTUALIZAÇAO

DO

CAMPO

... .. III -

OBJETIVOS

... .. 3.1

OBJETIVO

GERAL

..¿ ... _. 3.2

OBJETIVOS

ESPECIFICOS

... ..

3.3

OBJETIVO

NAO

PLANEJADO

E

ALCANÇADO

... _.

3 5

Looooo

oo

IV -

REVISAO

DE

LITERATURA

... ..

10

4.1

A

EDUCAÇÃOE

SAÚDE NA

ENFERMAGEM

... ._ 10 4.2

CLIENTE

CIRURGICO

... ..

13

V

-

REFERENCIAL

TEÓRIOO

... ..1a 5.1

CONCEITOS

... ..21

5.2

PROCES_SO DE

ENFERMAGEM

... .._. ... ..23

5.3

REFLEXOES

ACERCA

DA

APLICAÇAO

DO

REFERENCIAL

... ..27

VI-

METODOLOGIA

... ..29

6.1

DIMENSÃO

ÉTICA

DO

TRABALHO

... ..29

6.2

PLANEJAMENTO DAS

AÇÕES

... ..3o 6.3

CRONOGRAMA

GERAL.,

... ..

37

6.4

CRONOGRAMA

DE ESTAGIO

... ..

as

VII-

RELATO

E

ANÁLISE

DA

OPERACIONALIZAÇÃO

DOS

OBJETIVOS

... ..39

7.1

OBJETIVO

N°1

...

.B9

7.2

OBJETIVO N°2

... ..4ô 7.3

OBJETIVO N°3

... ..4B 7.4

OBJETIVO N°4

... ..

54

7.5

OBJETIVO N°5

... ..õ5 7.6

OBJETIVO

S

... ..

59

7.7

OBJETIVO

NÃO

PLANEJADO

E

ALCANÇADO

... ..õ1

(7)

ANEXOS

... ..

ANEXO

1 -

INSTRUMENTO

... ..

ANEXO

2 -

ÔRGANOGRAMA

DO

SERVIÇO DE

ENFERMAGEM

DA

U|C

H ... ..

ANEXO

3 -

ORGANOGRAMA

DA

D|RETOR|A

DE

ENFERMAGEM

... ..

ANEXO

4

-

PLANTA

FíS|cA

DA

UNIDADE

... ._

ANEXO

5 -

RELATÓR|O

DE

V|S|TA

AO

SERv|çO DE

EDUO.

EM

SAÚDE

-

HRSJ

ANEXO

6

-

“MORRE

O

MESTRE PAULO

FRE|RE” - D|ÁR|o

CATARINENSE

... ._

ANEXO

7 -

AS

7

TESES

DA

EDUCAÇÃO

E

SAÚDE

... _.

ANEXO

8 -

POSTER:

A

ENFERMAGEM TRABALHANDO NA SAÚDE DO

HOMEM

_.

ANEXO

9

-

RESUMO

DA

AULA

SOBRE

cu|DADOS

DO

PAc|ENTE ORTOPÉDIOO..

ANEXO

10 -

ROTE|RO

SOBRE PREPARO

PRÉ-OPERATÓR|O

E

OR|ENTAçóES

..

ANEXO

11 -

MODELO

DOS

H|STÓR|OOS

DE

ENFERMAGEM

E

PREScR|çöEs

ANEXO

12 -

MOMENTOS

... ._

(8)

3

| -

|NTRoDuçÃo

Buscando

a concretização

dos conhecimentos

teóricos e práticos adquiridos durante o decorrer

do

Curso

de

Graduação

em

Enfermagem

da

UFSC,

o qual

propõe

ao

aluno

que

desenvolva,

no

último semestre,

um

projeto

de

enfermagem

assistencial,

onde

o

acadêmico passa

pela transição entre aluno e

profissional, a fim

de

adquirir maior autonomia,

além de

ter a liberdade

de

escolher o

campo

de atuação

e colocar

em

prática

ações

assistenciais

que

façam

parte

do

seu

maior interesse e afinidade.

Este relatório foi desenvolvido a partir

da execução

de

um

projeto previamente elaborado pelas

acadêmicas

Elisete S. Dlugokenski, Maristela D. Pereira e Patrícia

de

Souza, tendo

como

orientadora a professora Maria

de

Lourdes

Silva Cardoso, professora

do Departamento

de Enfermagem

-

UFSC

e

como

supervisora Paula Stela Leite , enfermeira

da

UIC

ll -

HU

-

UFSC.

A

enfermeira Cirene

da

Costa,

com

previsão

em

nosso

projeto

de

ser supervisora, por motivos

de

incompatibilidade

de

horário

com

nosso

cronograma, e por ter tido

um

mês

de

férias,

não pode

exercer a função.

Escolhemos

trabalhar

com

clientes cirúrgicos prestando cuidados

com

vistas à

educação

em

saúde

de

forma libertadora - participativa, juntamente

com

(9)

4

a equipe

de enfermagem

instrumentalizando-a para tal.

Acreditamos

que

esta

metodologia possibilite

um

maior crescimento e desenvolvimento

da

interação entre

o

cliente e equipe

de enfermagem.

Trabalhamos

com

a teoria

de

Wanda

de

Aguiar Horta por ser `o referencial já desenvolvido

no

HU

-

UFSC

e para consubstanciá-Ia

no

que

diz

respeito à

educação

em

saúde

nos

ancoramos

em

alguns conceitos

da

teoria

pedagógica

de

Paulo Freire.

Pensamos

em

cuidar

com

enfoque

em

educação

pois acreditamos

que

o

profissional verdadeiramente

comprometido

é aquele

que

preocupa-se

com

uma

aprendizagem

significativa

dos

indivíduos, seja ela a nível

de

prevenção,

promoção

ou

manutenção

da

saúde.

Aprendizagem

significativa seria

no

dizer

de

Alonso

(1994, p. 171),

quando

afirma que:

“Enquanto

uma

educadora

em

saúde [...], se faz necessário que a enfer-

meira procure desenvolver

com

profundidade seu auto- conhecimento, refletindo

sobre sua própria visão de mundo, procurando estabelecer

com

os indivíduos e/ou grupos de trabalho, relações interpessoais autênticas, estar e demonstrar- se comprometida

com

as reais necessidades de saúde e

com

a libertação dos

indivíduos, contextualizando estes

com

sua cultura e sociedade."

Desta forma

cuidamos do

cliente cirúrgico

nas suas necessidades

humanas

básicas e

enfocando

junto dele e

da

equipe

de

enfermagem

a

educação

em

saúde de

forma

libertadora-participativa.

O

período

de

estágio ficou

compreendido

entre os dias 31/03/97

à

17/06/97,

com

50

dias úteis e

uma

carga horária

de

5

horas

de

atividades diárias.

(10)

5

II -

CONTEXTUALIZAÇAO

DO

CAMPO

A

prática assistencial deste trabalho foi desenvolvida

na Unidade

de

Internação Cirúrgica ll, situada

no

quarto

andar

do

Hospital Universitário

da

Universidade Federal

de Santa

Catarina.

O

Hospital Universitário foi inaugurado

em

1980,

estando

vinculado

diretamente

ao

Reitor,

sendo

constituído por

um

Conselho

Diretor, Direção Geral

e

Vice-Direção Geral e quatro diretorias: Administração,

Apoio

Assistencial,

Enfermagem

e Medicina.

“O

HU

é

uma

instituição

de saúde

onde

se

desenvolve

assistência a

nível primário (ambulatório) e secundário (internação).

A

assistência à

população

caracteriza-se por trabalho multidisciplinar e a realização

pressupõe

o trabalho

em

equipe”

(HU/UFSC,

1980). Presta serviços à

comunidade,

oferece

campo

de

estágio

aos

acadêmicos da

UFSC

e

de

outros órgãos.

Serve

de

fonte

de

pesquisas

e

projetos, assiste a

uma gama

de

pacientes provenientes

não

somente

da

Grande

Florianópolis,

mas

de

todo o Estado.

O

projeto inicial

do

HU

visava o atendimento a

350

leitos

nas

diversas especialidades.

No

presente

momento,

oferece cerca

de

236

leitos, distribuídos

(11)

6

tratamento dialítico e maternidade. Possui

também

serviço

de

laboratórios

de

patologia clínica e

anatomia

patológica, hemoterapia e informações toxicológicas.

Atualmente,

vem

se

mantendo

com

os

recursos financeiros vindos

do

Ministério

da

Educação

e Cultura e

do

Ministério

da

Assistência e Previdência Social, através

do

Instituto Nacional

de Seguridade

Social (INSS), tendo

em

vista

a

sua

participação

no

Sistema Unificado

de

Saúde

(SUS).

A

Unidade de

Internação Cirúrgica II, possui

30

leitos,

sendo

16 para

internações masculina e

14

internações feminina.

a) Ortopedia:

O2

leitos para internação feminina e

O2

leitos para internação masculina;

b) Vascular:

O4

leitos para internação feminina e

O5

leitos para internação masculina;

c) Plástica:

02

leitos;

d) Urologia:

O2

leitos para internação feminina e

05

leitos para internação masculina;

H

e) Proctologia:

04

leitospara internação feminina e

04

leitos para internação masculina;

Existem 9 quartos

com

2 leitos e 3 quartos

com

4

leitos,

conforme

planta

física

em

anexo

4.

A

divisão

do

número

de

leitos entre feminino e masculino

pode

variar

dependendo

da necessidade

e

de cada

especialidade. V

Fazem

parte

da

equipe

de

enfermagem

na Unidade de

Internação Cirúrgica ll,

07

enfermeiros, 15 técnicos

de enfermagem, O6

auxiliares

de

enfermagem, O4

auxiliares

de

saúde

e 01 escriturária,

conforme

organograma do

(12)

7

A

equipe

médica

é

composta de 03

ortopedistas,

O4

angiologistas,

O2

cirurgiões plásticos,

04

uroiogistas e

O3

proctologistas.

_

O

organograma

da

diretoria

de

enfermagem

é

composto

pela diretoria

de

enfermagem, comissão

de educação

em

serviço, seguida pela divisão

de

pacientes internos e externos

com

suas

respectivas coordenadorias em serviços

(13)

8

III -

OBJETIVOS

3.1

OBJETIVO

GERAL

Prestar cuidados a clientes cirúrgicos

nas suas necessidades

humanas

básicas afetadas juntamente

com

a equipe

de

enfermagem

enfocando

a

educação

em

saúde

de

forma Iibertadora-participativa,

na Unidade de

Internação Cirúrgica ll

do

HU-UFSC.

3.2

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS

E>

Prestar o cuidado

de

enfermagem

a 15 clientes cirúrgicos

com

ênfase

na

educação

em

saúde

aplicando o processo

de enfermagem;

®Propor

um

método

de

cuidado

com

ênfase

na educação

em

saúde

de

forma libertadora-participativa;

E>Subsidiar a equipe

de

enfermagem

na

prestação

do

cuidado

ao

cliente

no

que

diz respeito à

educação

em

saúde

com

base

em

uma

pedagogia

libertadora-

participativa;

l.`>3>AuxiIiar a equipe

de

enfermagem

na execução dos

cuidados

aos

clientes,

(14)

9

®Fazer

reflexões periódicas sobre a

nossa

prática

de

cuidado visando a apropriação

e ampliação do conhecimento de

educação

em

saúde

e

feed

back

das ações

propostas;

E>Visitar o serviço

de

educação

em

saúde do

Instituto

de

Cardiologia

do

Hospital Regional

de

São

José,

Homero

de Miranda

Gomes.

3.3

OBJETIVO

NÃO

PLANEJADO

E

ALCANÇADO

l2>Executar atividades administrativas, visando o

gerenciamento da

assistência

de enfermagem.

(15)

10

IV

-

REVISÃO

DE

LITERATURA

Apresentamos agora

uma

revisão teórica a respeito

de

assuntos

que

consideramos

essenciais

ao

trabalho

e

que

nos

auxiliaram

no

desenvolvimento

de

nossos

objetivos teórico-práticos

com

vistas à

educação

em

saúde

a clientes cirúrgicos.

4.1

A EDucAçÃo

E

SAÚDE NA

ENFERMAGEM

Conforme

Alonso

(1994, p. 13),

“A educação

em

saúde tem sido compreendida e desenvolvida, por

uma

grande maioria dos profissionais desta área,

como

um

trabalho planejado e

formal que oferece informações especialmente técnicas,

em um

momento

preciso e oportuno, na perspectiva dos profissionais, para transmitir

conhecimento e levar os indivíduos e/ou grupos a desenvolverem comportamentos mais

adequados

em

relação a sua saúde.”

Este tipo

de

prática é defendida por Freire (1983, p. 98),

como

“educação

bancária".

A

educação

em

saúde

é realizada por profissionais desta área

em

cumprimento de programas

pré-estabelecidos pelos

órgãos

e/ou instituições dirigentes, através

de

palestras, orientações e distribuição

de

material impresso

(16)

.ll

Diante deste quadro,

concordamos

com

Alonso

(1992, p. 4),

quando

questiona:

“Como

é

possível

educar

sem

conhecer profundamente

o

educando?”

Freire (1981, p. 10) coloca que:

"[...] não podemos, a não ser ingenuamente, esperar resultados positivos

de

um

programa, seja educativo

num

sentido mais técnico ou de ação política se, desrespeitando a particular visão do

mundo

que tinha ou esteja tendo o povo, se constitui

numa

espécie de 'invasão cultural”, ainda que feita

com

a melhor das intenções.”

Ainda

sobre este aspecto,

de acordo

com

Dilly

e Jesus

(1995, p. 14),

“Muito do fracasso do processo educativo de ensino-aprendizagem é devido à inadequação de

um

planejamento que desconsidera as peculiaridades de cada grupo, o que o torna inútil e às vezes inviável, pois não

existe projeto que sirva para todas as situações, indistintamente.”

Acreditamos

que

o ser

humano

é

um

ser participante

capaz de

ser sujeito

no seu

próprio processo

de

cuidado. Dilly e

Jesus

(1995, p.20) refere que:

“O ser

humano

é marcado pela necessidade essencial de construir sua

compreensão

da realidade e a sua forma de atuação nessa realidade.

E

necessário que haja

um

encontro de seu

mundo

interior

com

o exterior e isto

se dá através de processos cognitivos e perceptivos [...] o comportamento

humano

é aprendido e através da capacidade de aprendizagem o

homem

consegue captar a realidade, compreendê-Ia e transformá-Ia.”

O(a) enfermeiro(a) é

capaz

de, através

de

uma

educação

libertadora, colaborar

na formação de

cidadãos e

sociedade

mais

livre

e

participativa,

independente

da

especificidade

de seu

trabalho

ou

área

de

atuação, pois

segundo

Alonso

(1994, p. 13) “na essência

da sua

prática profissional se encontra

sempre

e

em

qualquer circunstância o ser

humano numa

situação assistencial."

O

diálogo é

um

instrumento fundamental

de

um

educador. Freire

apud

Heidemann

(1994, p. 24), diz

que

o “diálogo é

uma

exigência existencial, é o encontro

em

que

se solidarizam o refletir

e

o agir

de seus

sujeitos

endereçados

ao

mundo

a ser transformado [...]”.

(17)

12

Neste

sentido,

Alonso

(1992, p. 15), avalia que:

“É necessário conviver dialogicamente

com

as pessoas para conhecë-las realmente e comunicar-se

num

fluxo continuo

com

elas.

O

relacionamento humano, a credibilidade, a confiança e a atitude paciente de ouvir, ver e observar o educador é de fundamental importância para que se estabeleça o

diálogo, encorajando as pessoas a falarem de si

mesmas

e discutirem sua

situação de saúde e de vida.”

Este tipo

de educação

Iibertadora-participativa a

que

hoje

nos

reportamos,

tem base na

“semente” plantada pelo

educador

Paulo Freire

que

é

contrário à

“educação

bancária"

e

propôs

um

método

para a alfabetização

de

adultos que,

segundo

Brandão

(1987, p. 8), “não só

um

novo

método, mas, através dele,

um

novo

sentimento

do Mundo,

uma

nova

experiência

de

Homem.

Uma

nova

crença,

também, no

valor

e no poder da

Educaçâo."

Também

Brandão

(1987, p. 21),

ao

esclarecer o

método

enfatiza que:

“Um

dos pressupostos do método é a idéia de

que

ninguém educa

ninguém e ninguém se educa sozinho.

A

educação deve ser

um

ato coletivo,

solidário -

um

ato de amor, prá pensar

sem

susto - não

pode

ser imposta.

Porque educar é

uma

tarefa de troca entre as pessoas [...], de

um

lado e do

outro do trabalho

em

que se ensina-e-aprende, há

sempre

educadores- educandos e educandos-educadores.

De

lado a lado se ensino.

De

lado a lado se aprende.”

A

enfermagem

tem

percebido

que

é necessário investir

em

educação

em

saúde,

mas

uma

educação

diferente

daquela

proposta pelos programas.

Uma

educação que

leve

em

consideração os determinantes sócio-culturais

do

ser

humano

a ser assistido e nesta linha

de pensamento

têm

utilizado o

método de

Paulo Freire,

como podemos

perceber

em

muitos trabalhos

de

graduandos

e pós-

graduandos, por ser este

um

método

libertador

e

que

possibilita adaptações.

Novamente, Brandão

(1987, p. 68) reforça este

pensamento quando

afirma que: “Nada precisa ser rígido no método [...] ele serve a cada situação.

O

mes-

mo

trabalho coletivo de construir o método, a cada vez, deve ser

também

o trabalho de ajudar, inovar e criar a partir dele [...].

uma

proposta de

(18)

13

Além do

trabalho educativo

com

a clientela, é

de

responsabilidade

do

enfermeiro participar

na

capacitação

da

equipe

de

enfermagem

no ambiente de

trabalho.

Também

vale lembrar

que

a disciplina “Didática Aplicada à

Enfermagem”

foi incluída

no

currículo

de graduação

em

enfermagem

da

UFSC,

com

o objetivo

de

capacitar

o

enfermeiro para exercer

uma

de suas

atividades

privativas,

que

é

a

educação

à

saúde

da

população,

conforme

o

que

determina

a

Lei 7.498/86,

em

seu

Artigo 11°, inciso II, alínea

que

dispõe sobre a

Regulamentação do

Exercício

da

Enfermagem.

O

papel

de

educador

exige do(a) enfermeiro(a),

conforme Alonso

(1994,

p. 173), “paciência, habilidade perceptiva,

um

suporte teórico

bem

fundamentado

[...]”.

Além

disso, o

mesmo

autor conclui que:

“É imprescindível que esse profissional tenha clareza dos seus princi-

pios éticos, utilize,

sempre

que necessário, o seu

bom

senso e seja norteado

por

um

marco teórico claro, flexível, que fundamente teoricamente as situações

práticas e cotidianos do trabalho” (p. 178).

Sabemos

que

muitas dificuldades

no

campo

de atuação

aparecem

e

podem

vir a

comprometer o

processo educativo

em

saúde,

como

por exemplo,

carga horária limitada, falta

de

recursos

humanos,

etc.

Porém,

diante

da

importância desta prática,

devemos

estar atentos à solução

das

dificuldades, para

que possamos

desenvolver,

em

sua

plenitude, o cuidado

de enfermagem.

4.2

cL|ENTE

c|RúRGico

Entendemos que

cliente cirúrgico é o ser

humano

que

se encontra

em

situação

de

intercorrência cirúrgica.

(19)

14

Du Gas

apud Hass

e

Santos

(1991, p. 4),

ao

escrever sobre assistência

pós

operatória, refere que:

“O trauma cirúrgico dá origem a inúmeros distúrbios fisiopatológicos

que se relacionam de muitos métodos

como

o estresse que por sua vez se expressa por inúmeras alterações neuro-endócrinas, incluindo ansiedade, dor,

lesão tecidual, perda de sangue, anóxia e

uma

variedade de efeitos

relacionados

com

a anestesia, carência nutricional, imobilização, medicação e

infecção.

Em

vista das muitas ramificações do estresse,

uma

assistência de

enfermagem

nos períodos pré e pós operatório, deve ter

como

objetivo a redução do estresse físico e psicológico e seus efeitos nocivos à saúde.”

Neste

sentido

é de

fundamental importância

que

este cliente participe efetivamente

no seu

processo

de

cuidado e a

enfermagem

deve

incentivar esta participação através

de

um

processo educativo.

A

cirurgia envolve a alteração deliberada e planejada

das

estruturas

anatômicas de

uma

pessoa,

de

forma

a interromper

um

processo patológico,

aliviá-lo

ou

erradicá-lo.

Pode

ser efetuada

de

urgência

ou de

emergência,

caso

a

patologia esteja

ameaçando,

seriamente, a

saúde da

pessoa.

ainda a cirurgia opcional.

Alguns

tipos

de

cirurgia

são

logo evidentes para os pacientes, outras

que

envolvam

estruturas

mais

internas

não

se evidenciam imediatamente e geralmente

são

estas as

que

determinam

maiores dúvidas

na

clientela. Todavia,

conforme

Noronha

(1986, p. 36) a

enfermagem

“deve mobilizar a consciência

crítica

dos

clientes a partir

de seus

próprios

problemas de

saúde

[...], para

que

estes utilizem

o

próprio potencial,

com

fins

de

cuidado

com

a saúde, a partir

da

busca

de

transformação

em

que

vivem",

no caso do

cliente cirúrgico

independentemente do

tipo

de

cirurgia a

que venha

a ser submetido.

Toda

cirurgia constitui

uma

agressão

ao

organismo, afetando a

(20)

15

Algumas

funções

do

organismo são mais

perturbadas

que

outras.

As

necessidades

estão intimamente interrelacionadas,

uma

vez

que

fazem

parte

do

todo,

são

comuns

a todos os seres

humanos

variando

apenas

a

sua

manifestação e a

maneira

de

satisfazê-lo.

Relacionando

as

Necessidades

Humanas

Básicas

com

a situação

cirúrgica,

encontramos

em

Du Gas

apud

Hass

e

Santos

(1991), as seguintes

informações,

as

quais

passaremos

a transcrever:

“Necessidades

de Oz

As

necessidades de Oz, são primárias e

devem

representar

uma

preocupação prioritária de toda a equipe de saúde

que

esteja cuidando do paciente. Durante a anestesia geral, o sistema nervoso central é deprimido e a musculatura relaxada [...],

aumento

da secreção

mucosa

da orofaringe [...],

deficiência do tônus muscular para expelir o muco.

Sob

narcose o paciente é

incapaz de evitar que sua língua caia para trás e oclua a via aérea.

Regulação da Temperatura

Muitos anestésicos gerais

causam

vasodilatação e

uma

conseqüente perda da temperatura corpórea [...],

aumentada

pela exposição cirúrgica.

Em

conseqüência disso, a reação orgânica pós operatória é o calafrio [...] e

aumento

do metabolismo.

Mecanismo

Hídrico e Eletrolítico

A

cirurgia resulta

sempre

em uma

perda de líquidos orgânicos [...]

durante o ato cirúrgico, os

mecanismos

de conservação da

água

no organismo

arregimentados e caracteristicamente, tanto a água

como

o sódio, são retidos

no pós operatório.

Com

a cirurgia ocorre

também

a perda do potássio [...],

um

dos sinais

de hipotassemia é a diminuição da atividade muscular.

Mecanismos

Nutricionais

Qualquer tipo de lesão orgânica, incluindo-se a cirúrgica, resulta no

aumento

do índice metabólico, a medida que o organismo mobiliza suas forças para reparar o tecido lesado.

A

proteína tecidual [...] é metabolizada

como

fonte de energia, sendo o deslocamento de gordura o que se torna a principal

fonte de energia, no período do pós-operatório imediato. _

Mecanismo

de

Eliminações

A

perda de líquidos orgânicos durante a cirurgia estimula a secreção do hormônio antidiurético [...], a retenção de sódio ajuda

também

a reter liquido

nos tecidos orgânicos, contribuindo ainda mais para a diminuição de diurese.

Uma

oligúria relativa, é assim

comum

nos pacientes

em

pós-operatório durante

os primeiros 2 a 3 dias. Geralmente, a eliminação do trato gastrointestinal; é afetada pela cirurgia. Inicialmente, existe

uma

falta de ingestão alimentar [...]

durante 0 preparo para a cirurgia e

em

geral durante alguns dias após a operação de forma que não existe

um

volume suficiente para estimular os

intestinos.

As

restrições impostas às atividades após a cirurgia, contribuem

(21)

16

Mecanismo

de

Conforto,

Repouso

e

Sono

Devido ao traumatismo dos tecidos orgânicos, o paciente geralmente apresenta dor após a cirurgia, a dor perturba seu conforto e pode interferir

em

seu repouso e sono.

Mecanismo

de

Movimentação

e Exercício

O

paciente cirúrgico geralmente tem sua mobilidade restrita. Durante

a fase operatória caso haja recebido anestesia geral, ele estará inconsciente e incapaz de movimentar-se.

A

dor pós-operatória é

um

grande fator de limitação

da mobilidade do individuo.

O

tecido lesado requer grande

tempo

para ser reparado e a dor na área operada constitui

um

lembrete para que o indivíduo

poupe

os tecidos

em

fase de cicatrização.

Mecanismos

Sensoriais

Os

anestésicos gerais

deprimem

todas as sensações e a pessoa é mantida

em

estado de inconsciência durante o

tempo

que dure a cirurgia.

A

percepção sensorial é

também

prejudicada pela administração de sedativos e analgésicos, tanto antes quanto após a cirurgia. Essas medicações resultam às vezes

em

confusão, respostas deficientes e desequilíbrios nos pacientes.

Mecanismos

de

Proteção e

Segurança

Enquanto o paciente estiver sob influência de medicações ou agentes anestésicos que bloqueiam ou distorcem a percepção, ele estará incapaz de cuidar da sua própria segurança. Assim, é necessário

que

todos os

profissionais da saúde (particularmente a

enfermagem

que

permanece

mais

tempo

com

ele)

assumam

a responsabilidade de protegê-lo de todos os riscos.

Mecanismo

de Segurança

e Auto-Estima

A

cirurgia representa, quase que invariavelmente,

uma

ameaça

da

pessoa e põe

em

risco sua auto-estima.

A

ansiedade é

um

acompanhante

comum

da cirurgia.

A

pessoa preocupa-se

com

a hipótese de morrer na

mesa

cirúrgica, de ficar mutilada, ou desfigurada

em

conseqüência da cirurgia, que o

cirurgião encontre sinais de malignidade, que o problema seja muito mais

grave que pareça.”

Todos

estes aspectos sobre as

NHBs

devem

estar

bem

entendidos pela equipe

de

enfermagem

para

que

possam

manter

um

diálogo participativo

com

o

cliente

de

modo

a

favorecer a troca

de

informações sobre

sua

saúde-doença

e as possiveis intercorrências pré e

pós

cirúrgicas.

Outra

questão

importante é reforçada

em

Brunner e Sudarth (1994, p.347),

quando

afirma que:

“Para

que

possa operar é necessário que o cirurgião obtenha o con-

(22)

17

enfermeiro(a) consiste

em

assegurar de

que

foi obtido

um

consentimento

voluntário de

uma

pessoa informada e esclarecida.”

Os

objetivos

da ação de

enfermagem

nos

cuidados

aos

clientes cirúrgicos, consiste

em

tornar a experiência cirúrgica tão segura e confortável

quanto

possível para o cliente,

em

prevenir,

no

que

esteja

ao

alcance

da

enfermagem,

o

aparecimento

de

complicações

pós-operatórias, e

em

ajudar

o

cliente a recuperar-se

do

estresse

provocado

pela cirurgia.

(23)

18

V

-

REFERENCIAL TEÓRICO

Trentini

apud

Guido

(1996, p.59), refere

marco

conceitual

como

“um

conjunto

de

definições e conceitos inter-relacionados,

com

a finalidade

de

apresentar

maneiras

globais e

de

perceber

um

fenômeno

e

de

guiar a prática

de

uma

maneira

exigente".

Neste

trabalho,

seguimos

os princípios elaborados por

Wanda

de

Aguiar Horta,

em

sua

Teoria

das Necessidades

Humanas

Básicas e,

em

uma

visão

de

complementaridade

à área

de

educação

em

saúde

utilizamos os princípios norteadores

da

teoria

pedagógica

de

Paulo Freire.

Horta (1979) refere que: .

“A

enfermagem

como

parte integrante da equipe de saúde implementa estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e reverte desequilíbrios

em

equilibrio pela assistência ao ser

humano

no atendimento de suas

necessidades básicas: procura sempre reconduzi-Io à situação de equilíbrio

dinâmico no

tempo

e espaço"

Refere

também

que

“assistir

em

enfermagem

é fazer pelo ser

humano

aquilo

que

ele

não

pode

fazer por si

mesmo,

ajudar

ou

auxiliar

quando

parcialmente impossibilitado

de

se autocuidar, orientar

ou

ensinar*, supervisionar

e encaminhar

a outros profissionais” (Horta, 1979, p. 30).

(24)

19

A

partir destes conceitos a autora infere

algumas

proposições:

“-As funções da(o) enfermeira(o)

podem

ser consideradas

em

três áreas

ou

campos de

ação

distintos.

a)

Área

específica: assistir o ser

humano

no

atendimento

de suas

necessidades

básicas

e

torná-Io independente desta assistência,

quando

possível, pelo ensino

do

auto cuidado.

b)

Área

de

interdependência

ou de

colaboração: a

sua

atividade

na

equipe

de

saúde

nos

aspectos

de manutenção,

promoção

e

recuperação

da

saúde.

c)

Área

social: dentro

de sua atuação

como

um

profissional a serviço

da

sociedade, função

de

pesquisa, ensino, administração, responsabilidade legal

e

de

participação

na

associação

de

classe.”

Destacamos

alguns princípios

com

base

em

nosso

referencial:

V'-“A

enfermagem

respeita e

mantém

a

unicidade, autenticidade e individualidade

do

ser

humano"

(Horta, 1979, p. 31).

V'-“A

enfermagem

é prestada

ao

ser

humano

e

não

á

sua

doença

ou

desequiIíbrio" (Horta, 1979, p. 31).

›è -“Todo

o

cuidado

de enfermagem

é preventivo, curativo

e de

reabilitação” (Horta, 1979, p. 31).

.ii-“A

enfermagem

reconhece

o ser

humano como

elemento

participante

ativo

no seu

auto-cuidado” (Horta, 1979, p. 31).

</l-

O

ato

de educar

é inerente

ao

cuidado

de

enfermagem.

> -

O

ensino

aprendizagem

é

um

processo

em

que

cliente e profissional

de

enfermagem

desenvolvem suas

potencialidades.

,“-

Para

que

a

enfermagem

atue eficientemente, necessita desenvolver

(25)

20

metodo

de

atuação

da

enfermagem

é

denominado

processo

de enfermagem"

(Horta 1979, p. 31).

Heidemann(1994,

p. 23), escreve

que

“As

obras de Paulo Freire têm

como

pano

de fundo o processo peda- gógico Iibertador. Pedagógico porque estabelece a 'educação'

como

o

processo possível ao partilhamento do conhecimento vivenciado

com

o

mundo

e do

mundo

entre os homens, não só pela troca objetiva de conhecer o

cognicível,

mas também

pela transcendência

que

este conhecer permite.

Libertador porque o conhecer o cognicível implica

também

em

consciência

crítica deste.

Na

medida que os

homens

criticizam, libertam-se na

transformação e construção de si

mesmos

e do mundo.

A

não partilha do

conhecimento do

mundo

condiciona diferenças e contradições entre os homens, na medida

em

que uns interpretam e reproduzem o 'seu mundo'

em

detrimento e negação do 'mundo do outro”,

em

suma, nega-se o diálogo enquanto

momento

de partilha e

comunhão

do mundo. “

Novamente,

Freire

apud Heidemann

(1994, p. 24), afirma

que

o

“diálogo

e

uma

exigência existencial, é

o

encontro

em

que

se solidarizam

o

refletir

e

o agir

de

seus

sujeitos

endereçados ao

mundo

a ser transformado [...]”. “

Enquanto atos de criação, o diálogo é

também

instrumento de con-

quista do

mundo

para libertação dos homens.

O

diálogo não só é palavra dita

mas

palavra-ação, à medida que sua essência é a própria expressão da

'práxis' transformadora dos

homens

e

com

eles, do

mundo”

(Heidemann,

1994, p. 24).

Freire (1981, p. 98),

argumenta

ainda que:

A

educação autentica não se faz de 'A' para 'B' ou de 'A' sobre 'B',

mas

de 'A'

com

'B',, mediatizados pelo

mundo

. [...].O que importa, realmente,

ao ajudar-se.[...].

E

fazê-Io agente de sua própria recuperação.

E

pô-Io

numa

(26)

21

5.1

CONCEITOS

Utilizamos os seguintes conceitos:

Ser

Humano

“Ser

que

se distingue

dos

demais

seres

do

universo por

sua capacidade

de

reflexão, por ser

dotado

do

poder

de

imaginação

e simbolização

e poder

unir presente,

passado

e futuro” (Horta, 1979, p. 28).

O

ser

humano

é

dotado de

um

conhecimento

próprio, potencialidades,

grande capacidade

de

aprendizagem

e criticidade, individualidade e

necessidade

de

interagir

com

outros seres, características estas

que

tem

como

base sua

cultura e o

seu

ambiente. Ele é

um

ser participante

capaz de

ser o sujeito

de seu

próprio processo

de

cuidado.

Ambiente

É

entendido

como

conjunto

de

condições geográficas, históricas, sociais,

econômicas e

políticas,

em

que

o

homem

está inserido

e

em

contínua e recíproca evolução e transformação.

Nas

múltiplas relações sociais, o ser

humano

(também

o cliente cirúrgico), se integra, participa e

toma

consciência

da

realidade

que

o

cerca e

da sua

própria realidade (Martins, 1995- adaptado).

(27)

22

Enfermagem

É

a ciência e a arte de assistir o ser

humano

no atendimento de

suas necessidades

humanas

básicas (NHB), de torná-lo independente desta assistência

quando

possível, pelo ensino do auto-cuidado, de recuperar, manter, promover a saúde

em

colaboração

com

outros

profissionais “(Horta, 1979).

Assistir

em

enfermagem

é entendido

como

cuidar

educando.

"A

enfermagem

utiliza a

educação

em

saúde

no seu processo

de

cuidar para concretizar-se

enquanto

prática social" (Martins, 1995).

Saúde-doença

É

a relação dinâmica

de

equilíbrio/desequilíbrio

do

ser

humano

em

suas

dimensões

biopsicossociais e culturais

que

refletem

em

sua

capacidade/incapacidade para realizar

suas

atividades cotidianas.

Consideramos

a

saúde

um

direito

de

cidadania

que

deve

ser conquistada.

Conforme

Horta (1979), estar

com

saúde

é estar

em

equilíbrio dinâmico

no

tempo

e

no

espaço.

Os

desequilíbrios

geram

no

homem,

necessidades

que

se caracterizam por estados

de

tensão

conscientesou

não quelo levam

a buscar satisfação.

Quando

não

atendidas

ou

atendidas

inadequadamente

trazem desconforto,

que quando

prolongado é

causa

de

doença.

Prática

Educativa

É

um

processo participativo

de

ensino/aprendizagem

que

se

propõe

levar

o

indivíduo a refletir criticamente sobre a

sua

realidade, contextualizando-a

e identificando

seus

potenciais e limitações, visando a

sua

transformação e a

do

ambiente. (Freire - adaptado).

(28)

23

Cuidado

Refere-se à intervenção profissional

da

equipe

de

enfermagem

com

o cliente ocorrendo

de

forma participativa

que

envolve disponibilidade,

comprometimento,

autenticidade, diálogo, valorização, confiança, individualidade, visando

sempre

resultados positivos para enfermeira e cliente (Patricio, 1990-

Adaptado).

Cliente Cirúrgico

Ser

humano

que

se encontra

em

situação

de

intercorrência cirúrgica.

5.2

PROCESSO

DE

ENFERMAGEM

“O

processo

de

enfermagem

(PE),

pode

ser definido

como

uma

atividade

intelectual deliberada, por

meio da

qual a prática

da

enfermagem

é

abordada

de

uma

maneira

ordenada

e sistemática” (George, 1993, p.24).

Para

Horta (1979, p. 35), o “processo

de

enfermagem

é a dinâmica

das

ações

sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência

ao

ser

humano”.

Utilizamos o processo

de

enfermagem

do

HU-UFSC

que

tem

como

base

a teoria

das Necessidades

Humanas

Básicas

de

Wanda

de

Aguiar Horta, enfatizando

educação

em

saúde

a qual

consubstanciamos

com

a

concepção

pedagógica

de

Paulo Freire. Utilizamos a

forma

de

Registro

Weed

que

será descrito

detalhadamente na

seqüência.

(29)

24

Histórico

de

Enfermagem

É

o

roteiro sistematizado para levantamento

de dados

do

ser

humano

-

significativos para o(a) enfermeiro(a),

que

tornam

possível a identificação

de suas

situações saúde-doença. (Horta, 1979, adaptado).

'

Trata-se

da

primeira fase

do

processo

de

enfermagem

(PE).

Os

dados

foram obtidos através de: entrevistas semi-estruturadas

conforme

anexo

1

(com

cliente, familiares, amigos);

exame

físico (ausculta, palpação, percussão)

e observação

(do paciente e

do

ambiente).

O

enfermeiro

ou

estudante

de

enfermagem

ao

preencher o “histórico

de

saúde”,

deve

observar as seguintes orientações:

Q

Utilizar o “Roteiro para Histórico

de Enfermagem”,

que

orienta e sistematiza a

coleta

de

dados, direcionando os cuidados

ao

cliente cirúrgico

no

pré

e

pós- operatório.

=> Orientar-se pelos

“Padrões de Enfermagem”,

relacionando

ao

método

de

assistência proposto.

=f> Consultar

o

“Roteiro

de

Observações”,

que

se constitui

em

documento

no

qual

os

problemas, relacionados às

Necessidades

Humanas

Básicas estão

amplamente

apresentados.

Diagnóstico

de

Enfermagem

Segundo George

(1993, p. 28):

“O diagnóstico do profissional de

enfermagem

pode ser definido

como

a identificação das respostas

humanas

e limitações de recursos do cliente,

com

o objetivo geral de identificar e direcionar os cuidados do profissional de

enfermagem.

A

formulação do diagnóstico identifica o problema de saúde

real ou potencial,

uma

deficiência ou preocupação do cliente que

podem

ser

(30)

(25

O

diagnóstico

de

enfermagem

é

a

segunda

fase

do

PE,

onde

identificamos as potencialidades e limitações

que

necessitaram intervenções

nas

suas

NHB's

e

em

educação

em

saúde.

O

diagnóstico

de

enfermagem

conforme

NANDA

(North

American

Nursing Diagnosis Association) é :

"Um

julgamento clinico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde atuais ou

potenciais, os quais

fomecem

a base para a seleção das intervenções de

enfermagem, para atingir resultados, pelos quais o enfermeiro é responsável

(Farias, 1990, p. 26).”

O

diagnóstico foi registrado logo a seguir

ao

histórico e

na

falha

de

evolução diária

no

item “A”

do

SOAP

(Método de

Registro

Weed).

Planejamento

“O planejamento constitui a terceira fase do processo de enfermagem.

O

plano para estabelecer cuidados de

enfermagem pode

ser descrito

como

a determinação daquilo que pode ser feito para auxiliar o cliente, e envolver o

estabelecimento mútuo de objetivos e metas, o julgamento de prioridades e a elaboração de métodos para a solução de problemas reais ou potenciais”

(George, 1993, p. 33).

O

planejamento representa a(s) decisão(ões) para

tomar

conduta(s) específica(s)

baseada

no

diagnóstico.

O

plano

de ações

está

contemplado na

etapa

do

planejamento

e

representa a operacionalização

dos

cuidados

de

enfermagem, obedecendo-se

uma

escala

de

prioridades, sobre as situações

saúde-doença

identificados

no

(31)

26

Evolução

É

a última fase

do

processo

de enfermagem.

George

(1993, p. 34) define

como

“a apreciação

das

mudanças

comportamentais

do

cliente,

em

face

da ação

do

profissional

de

enfermagem".

Os

dados

da

evolução

são

obtidos pelo enfermeiro através

da

visita

diária

ao

paciente;

da observação

direta;

da

entrevista

com

familiares;

de

informações obtidas

de

outros profissionais;

do

prontuário;

da

passagem

de

plantão e/ou

das

informações contidas

nas "Observações

Complementares

de

Enfermagem”.

O

registro foi feito através

do

sistema

Weed,

organizado

sob

a

forma

de

SOAP

(dados

subjetivos

e

objetivos, análise e plano).

Dados

subjetivos

são

as informações e

observações do

cliente (família,

amigos ou

responsáveis), sobre ele

mesmo,

ou

seja: o

que

o

cliente sente,

observa

e/ou acredita ser. .

Dados

objetivos

são observações ou

dados

mensuráveis, obtidos por

elementos

da

equipe

de

saúde

e/ou

enfermagem,

tais

como

observações

clínicas

(sinais, sintomas), resultados

de

exames que

requerem ações de enfermagem,

resultados

de

execução de

cuidados, tratamentos, orientações.

A

análise explica e interpreta o significado

dos

dados

objetivos e subjetivos,

ou

seja, faz

o

"Diagnóstico

de Enfermagem”.

Aqui o profissional registra a

sua

opinião sobre

como

definir o

problema

num

grau

de

maior precisão. Avalia

ao

mesmo

tempo

a evolução

da conduta

adotada

e a identificação

de

novos

problemas.

Devem

estar incluídas as razões para manter,

mudar

ou

abandonar

uma

conduta.

(32)

27

O

plano representa a decisão para

tomar

uma

conduta especifica

baseada

em

novos dados

e

na

análise. O(a) enfermeiro(a) prescreve e evolui sobre o cliente

como

um

todo.

5.3

REFLEXOES

ACERCA

DA APLICAÇAO

DO

REFERENCIAL

A

utilização

da

Teoria

das Necessidades

Humanas

Básicas

de

Wanda

de

Aguiar Horta

em

nosso

trabalho, foi

um

componente

facilitador, tendo

em

vista

que

este já é

o

referencial teórico desenvolvido

no

HU-UFSC,

há mais de

15 anos.

A

implementação dos

conceitos pedagógicos,

de

Paulo Freire, veio reforçar a prática educativa já prevista

no

referencial

de

Horta.

Acreditamos

que

a prática educativa é inerente

ao

cuidar

em

enfermagem

e trabalhar a metodologia

de

Paulo Freire trouxe

conhecimento e

crescimento junto

ao

cliente cirúrgico.

V

A

educação

em

saúde

é

um

processo

onde

o individuo

tem

a oportunidade

de

buscar a

sua

plena cidadania e

conseqüente

melhoria

de suas

condições

de

vida e saúde.

Pensamos

que

isto faz parte

do

cuidado

de

enfermagem,

onde

nós

como

enfermeiras

devemos

fazer pelo ser

humano

aquilo

que

ele

não pode

fazer por si

mesmo;

ajudar

ou

auxiliar

quando

parcialmente

impossibilitado

de

se auto cuidar, orientar

ou

ensinar, supervisionar e

encaminhar

a outros profissionais,

com

base no

que

refere Horta (1979).

Então, desta forma,

prestamos

um

cuidado

de

enfermagem

ao

ser

humano,

buscando

resgatar

suas

potencialidades através

da

prática educativa.

(33)

28

Hoje,

em

nosso

trabalho

de

conclusão

de

curso

buscamos

um

saber

científico e Paulo Freire

pregou

que

para se

chegar

ao

saber científico,

é

preciso

ser levado

em

conta o saber popular,

ou

seja, o

que

cada pessoa

traz consigo,

como

refere Doroti Martins

em

entrevista

ao

Diário Catarinense

um

dia

após a

morte

de

Paulo Freire (anexo 6).

(34)

29

VI-

METODOLOGIA

~ 1

6.1

DIMENSAO

ETICA

DO TRABALHO

A

partir

do

momento

que

selecionávamos

os clientes,

segundo

os

critérios previamente estabelecidos, estes foram esclarecidos

quanto

aos

seguintes pontos:

o

Apresentação das

acadêmicas,

onde

ficou claro a

nossa

condição

de

estudantes

de

enfermagem

sem

vinculo empregatício

com

a Instituição;

z Explicação à equipe

de

saúde

sobre a importância

da

participação

do

cliente

no

trabalho e

do porque da sua

escolha,

bem

como

a

forma

como

se daria a participação;

o Possibilidade

de

experimentar

uma

forma

diferente

de

trabalhar a

educação

em

saúde

com

clientes cirúrgicos;

o

Explanação

ao

cliente e à equipe

de

saúde

acerca

do

trabalho

que

estava

sendo

desenvolvido

e dos

objetivos deste;

o Informação quanto à liberdade

de

participar

ou

não do

trabalho,

ou

de

declinar,

sem

que

isto trouxesse prejuízos

ou

benefícios extras, por parte

da

Instituição,

(35)

30

o

Garantimos ao

cliente o anonimato, o respeito e sigilo acerca

dos

dados

levantados; «

0

Garantimos

ao

cliente participante

do

trabalho, a possibilidade

de

solicitar

qualquer informação

eesclarecimento

a respeito

do

que

estava

sendo

registrado sobre ele,

bem

como

de

expressar

suas

opiniões,

reclamações e

sugestões

frente

ao

cuidado prestado e

no

trabalho

que

estava

sendo

realizado;

'

o

Em

todas

as

fases

do

estudo, foram respeitados os direitos autorais

dos

documentos,

artigos, livros

e

outras publicações consultadas.

Tendo

conhecimento de

todos estes itens,

deixamos

claro, ainda,

que

só iriamos

começar

com

o trabalho a partir

do

momento

que

tivéssemos

o

consentimento

do

cliente,

sendo

esta

uma

decisão exclusiva

do

mesmo.

assim

o incluímos

em

nossa

clientela.

6.2

PLANEJAMENTO

DAS

AÇOES

Entendemos que

planejamento é o trabalho

de preparação

para o alcance

de

determinada

situação almejada

que

tenha

um

modo

mais

efetivo e

eficiente,

com

a melhor concentração

de

esforços e recursos pela Instituição.

Segundo

Kurcgant

apud

Jacob

e

Santos

(1995, p. 17), “o planejamento

envolve, portanto, raciocínio, reflexão e análise sobre a

maneira

de

realizar

determinadas

tarefas,

bem

como

a

sua

abrangência".

A

descrição

dos

objetivos, operacionalização e avaliação

das ações ou

atividades

do

presente trabalho, estão

sumarizadas nos quadros

a seguir:

(36)

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