As uniões consensuais no Estado do Rio de Janeiro em 2000: Um estudo utilizando regressão logística

(1)

As uniões consensuais no Estado do Rio de Janeiro em 2000:

Um estudo utilizando regressão logística

∗

Aída C.G. Verdugo Lazo♣ José Rodrigo de Moraes♦

Resumo

Um dos principais fenômenos demográficos observados nas últimas décadas no Brasil é a “explosão” das uniões consensuais. Nesse estudo serão analisadas as uniões consensuais no Estado do Rio de Janeiro. Nesse Estado. quase 35% dos casais estavam em união consensual.

O objetivo deste trabalho é estudar as principais variáveis demográficas e socio-econômicas associadas às uniões consensuais.

Será utilizado um modelo de regressão logística para identificar o tipo de relação entre essas variáveis e a ocorrência de uniões consensuais.

A fonte de dados são os micro-dados da amostra do Censo-2000.

∗_{Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú-}

MG – Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004.

♣_ENCE-IBGE. ♦_ENCE-IBGE.

(2)

As uniões consensuais no Estado do Rio de Janeiro em 2000:

Um estudo utilizando regressão logística

∗

Aída C.G. Verdugo Lazo♣ José Rodrigo de Moraes♦

Introdução

Na sociedade contemporânea, poucas tendências tem apresentado mudanças tão rápidas e constantes como o crescimento da uniões consensuais (Spanier, 1985).

Em 2000, aproximadamente dois milhões de pessoas viviam com um parceiro do sexo oposto sem ter formalizado a união legalmente, no estado do Rio de Janeiro.

Esse valor pode não parecer muito elevado numa população, de quase 14,4 milhões de pessoas, mas a união consensual geralmente envolve pessoas que poderiam fazer parte de uma importante transição (o casamento legal) ou ter vivido uma outra transição crítica, como o divórcio, por exemplo. Portanto, o estudo das características do casamento implica, ao menos, algum estudo sobre uniões consensuais (Spanier, 1985).

Por definição, considera-se como união consensual quando uma pessoa vive em companhia do cônjuge, sem ter contraído casamento civil ou religioso.

Os dados utilizados nesta análise consistem num arquivo de casais criado a partir das informações disponíveis na amostra do Censo Demográfico 2000.

A metodologia utilizada na análise das uniões consensuais foi um modelo de regressão logística, onde a variável resposta do modelo (Y) é uma variável binária que indica se o casal vive ou não em união consensual. Quando a variável assume o valor 1 indica que o casal vive em união consensual, e quando assume o valor 0 indica que o casal não vive em união consensual, ou seja, vive outro tipo de união: só casamento religioso, só casamento civil, ou casamento civil e religioso.

A distribuição percentual dos casais segundo a natureza da união é apresentada graficamente abaixo (Gráfico 1):

∗_{Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú-}

MG – Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004.

♣_ENCE-IBGE. ♦_ENCE-IBGE.

(3)

Verifica-se que a união consensual é o segundo tipo de união de maior predomínio no Estado, correspondendo a 34,32% dos casais. As uniões consensuais apenas perdem para o casamento civil e religioso, que ainda é a tipo de união mais freqüente, correspondendo a 44,06% dos casais residentes no Estado do Rio de Janeiro.

Principais variáveis associadas às uniões consensuais1

Embora os casais em união consensual estão constituídos de pessoas de todas as idades (10 anos ou mais), o fenômeno continua envolvendo pessoas mais jovens numa proporção muito elevada (Spannier, 1986; Lazo, 1991; Cherlin, 1996). Assim, se considerarmos o Gráfico 1b, quanto mais jovem é a coorte de nascimento do homem maior o percentual de casais que vivem em união consensual e, menor o percentual de casais em casamento civil e religioso. Verifica-se que entre os casais onde o homem nasceu na década de 80 a 90 (coorte mais jovem) 84,4% vivem em união consensual, enquanto apenas 8,2% contraíram casamento civil e religioso.

1_{A listagem dessas variáveis constam no Anexo I.}

Gráfico 1 - Distribuição percentual dos casais segundo a natureza da união. Estado do RJ. Ano

2000. casamento civil e religioso 44,06% uniao consensual 34,32% somente casamento civil 20,81% somente casamento religioso 0,81%

(4)

Gráfico 1b - Distribuições dos casais segundo a natureza da união da casal, uma para cada coorte de nascimento do homem. Estado do RJ. Ano 2000

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% década de 30 ou < década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte de nascimento do homem

% d e ca sa is

casamento civil e religioso somente casamento civil somente casamento religioso uniao consensual

Também observam-se maiores proporções de uniões consensuais quanto maior a diferença de idade entre os cônjuges (Lazo, 1991). O Gráfico 2b mostra que no caso da mulher ser mais velha do que o marido, quanto maior essa diferença, maior é o percentual de casais unidos consensualmente e, menor o percentual de casais que contraíram casamento civil e religioso. Assim, verifica-se que entre os casais onde a mulher tem pelo menos 4 anos de idade a mais que o marido (M >= 4 a +), 55% deles estão unidos consensualmente e 26,5% estão casados no civil e religioso. No caso do marido ser mais velho do que a mulher, também observa-se que quanto maior a diferença de idade entre eles, maior é o percentual de casais unidos consensualmente e, menor o percentual de casais em casamento civil e religioso. Entre os casais onde o homem tem pelo menos 8 anos de idade a mais que a mulher (H>= 8 a +), verifica-se que 43,2% estão unidos consensualmente, enquanto 35,17% estão casados no civil e religioso.

Gráfico 2b - Distribuições dos casais segundo a natureza da união do casal, uma para cada diferença de idade entre os cônjuges. Estado do RJ. Ano 2000.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% nenhuma diferença M 1 a + M 2 ou 3 a + M >= 4 a + H 1 a 3 a + H 4 a 7 a + H >= 8 a + Diferença de idade entre os cônjuges

%

d

e cas

ai

s

casamento civil e religioso somente casamento civil somente casamento religioso união consensual

(5)

A variável religião também apresenta uma forte associação com a natureza da união. O Gráfico 3b ilustra essa relação e pode-se verificar que os casais declarados sem religião são os que apresentam a maior percentagem de uniões consensuais (60,3%), enquanto que os casais evangélicos estão no extremo oposto, com apenas 18,6% nesse tipo de união. Relação inversa observa-se nas uniões civil e religiosas: entre os casais sem religião, apenas 17,6% estão casados no civil e religioso; enquanto que entre os casais evangélicos, 56,2% contraíram casamento civil e religioso.

Os casais onde os cônjuges tem religião diferente, situam-se numa posição intermediária: 40,3% estão unidos consensualmente, enquanto 33,6% contraíram casamento civil e religioso. Já entre os casais onde ambos são católicos, 33,59% estão unidos consensualmente, enquanto 48,32% contraíram casamento civil e religioso.

Por último, entre os casais com outra religião (mas com religiões iguais), 26,2% estão unidos consensualmente, enquanto 48% contraíram casamento civil e religioso.

Gráfico 3b - Distribuições dos casais segundo a natureza da união, uma para cada religião do casal. Estado do RJ. Ano 2000.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

católicos evangélicos sem religião outra religião igual religiões diferentes Religiao do casal % d e casa is

Outra variável associada às uniões consensuais é a cor dos cônjuges (Lazo, 1990 e 1991; Petruccelli, 1999; Silva, 1987). Em geral casais não brancos estão em união consensual em maior proporção que casais brancos. Também observa-se no Gráfico 4b que quando os cônjuges tem cor diferente, independente de ser brancos ou não brancos, a percentagem de casais em união consensual é maior. Assim, entre os casais não brancos e de cor diferente, 49,5% estão unidos consensualmente, enquanto apenas 29% estão casados no civil e religioso. Já entre os casais onde ambos são não brancos mas de mesma cor, 40,8% estão unidos consensualmente, e 35,9% contraíram casamento civil e religioso. Entre os casais onde somente um deles é branco, 40,2% estão unidos consensualmente, enquanto 36,8% contraíram casamento civil e religioso. E por último, entre os casais onde ambos são brancos, 24,77% estão unidos consensualmente, enquanto 55,42% contraíram casamento civil e religioso.

(6)

Gráfico 4b - Distribuições dos casais segundo a natureza da união do casal, uma para cada cor do casal. Estado do RJ. Ano 2000.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

brancos não brancos iguais somente 1 branco não brancos diferentes Cor do casal % d

e casais casamento civil e religioso

somente casamento civil somente casamento religioso união consensual

Há evidências, também, da associação entre a natureza da união do casal e o nível de escolaridade dos cônjuges (Spannier, 1986; Lazo, 1991; Cherlin, 1996). No Estado do Rio de Janeiro, em 2000, observa-se um menor número de casais em união consensual quando o homem tem escolaridade mais elevada, ou seja, 35,8% dos casais vivem em união consensual quando o marido tem 8 anos de estudo e 26,6% quando tem pelo menos 9 anos de estudo. Em relação aos casais onde o homem apresenta os outros níveis de escolaridade considerados (sem instrução ou menos de 1 ano, 1 a 3 anos, e 4 a 7 anos), observa-se que aproximadamente 40% vivem em união consensual.

Quanto ao casamento civil e religioso, verifica-se que quanto maior a escolaridade do homem, maior o percentual de casais em casamento civil e religioso. Assim, entre os casais onde o homem tem pelo menos 9 anos de estudo, 54,6% estão em união civil e religiosa.

Gráfico 5b - Distribuições dos casais segundo a natureza da união do casal, uma para cada escolaridade do homem. Estado do RJ. Ano 2000.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% s/inst. ou <1ano

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou + Escolaridade do homem % d e ca sai s

Por outro lado, observa-se que existem menos casais vivendo em união consensual quando a mulher tem escolaridade mais elevada (pelo menos 8 anos de estudo). O Gráfico 6b mostra que entre os casais onde a mulher tem 8 anos de estudo e 9 anos ou mais, 34,2% e

(7)

25,9% deles vivem em união consensual, respectivamente. Em relação aos casais onde a mulher apresenta os outros níveis de escolaridade considerados (sem instrução ou menos de um ano, 1 a 3 anos, 4 a 7 anos), observa-se que aproximadamente 40% vivem em união consensual.

Quanto ao casamento civil e religioso, verifica-se, da mesma forma, quanto maior a escolaridade da mulher, maior o percentual de casais que contraíram casamento civil e religioso. Assim, entre os casais onde a mulher tem pelo menos 9 anos de estudo, 55,7% contraíram casamento civil e religioso.

Gráfico 6b - Distribuições dos casais segundo a natureza da união do casal, uma para cada escolaridade da mulher. Estado do RJ. Ano 2000.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% s/ inst. ou <1 ano

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou + Escolaridade da mulher

%

d

e casai

s

Ajuste do modelo de regressão logística

Para poder verificar, estatisticamente, a associação das variáveis descritas anteriormente com a incidência de uniões consensuais, utilizou-se um modelo de regressão logística (Dobson, 1996; Kleinbaum,1994). Esse modelo permite descrever como a vantagem de um casal viver em união consensual está associada a essas variáveis explicativas introduzidas no modelo, possibilitando assim estimar a probabilidade de um casal viver em união consensual, a partir das características a eles associadas.

O modelo ajustado é um modelo simples, pois apenas foram considerados os efeitos principais das variáveis explicativas. O modelo de regressão logística ajustado representa-se a seguir: n m l k j i ijklmn ijklmn

p

φ

ξ

δ

γ

β

α

µ

+

=













−

1 ln

_{, onde:} µ - intercepto do modelo

(8)

i

α - efeito principal do i-ésimo nível do fator coorte de nascimento do homem i= 1, 2, ..., 6

j

β - efeito principal do j-ésimo nível do fator diferencial de idade j= 1, 2, … , 7

k

γ - efeito principal do k-ésimo nível do fator cor / raça do casal k= 1, 2, ..., 4

l

δ - efeito principal do l-ésimo nível do fator religião do casal l= 1, 2,..., 5

m

ξ - efeito principal do m-ésimo nível do fator escolaridade do homem m= 1, 2,..., 5

n

φ - efeito principal do n-ésimo nível do fator escolaridade da mulher n= 1, 2,..., 5













−

_ijklmn ijklmn

p

1 ln

_{- logaritmo da vantagem do casal viver em união consensual para o i-ésimo}

nível do fator coorte de nascimento do homem, j-ésimo nível do fator diferencial de idade, k-ésimo nível do fator cor/raça do casal, l-k-ésimo nível do fator religião do casal, m-k-ésimo nível do fator escolaridade do homem e n-ésimo nível do fator escolaridade da mulher.

ijklmn

p

- probabilidade do casal viver em união consensual para o i-ésimo nível do fator coorte de nascimento do homem, j-ésimo nível do fator diferencial de idade, k-ésimo nível do fator cor / raça do casal, l-ésimo nível do fator religião do casal, m-ésimo nível do fator escolaridade do homem e n-ésimo nível do fator escolaridade da mulher

Com o ajuste do modelo, obtém-se uma medida de como as variáveis explicativas, descritas anteriormente, estão associadas à união consensual. Essa medida, conhecida como razão de vantagem, indica quanto um casal com determinada característica tem de vantagem de viver em união consensual em relação a um outro casal com característica diferente.

Primeiramente, percebe-se que todos os parâmetros do modelo são significativamente diferentes de zero, ao nível de significância de 5% (ver Tabela 1). Ao analisar os efeitos principais dos níveis da variável coorte de nascimento do homem, percebe-se que quanto mais jovem é a coorte de nascimento do homem, maior a vantagem do casal viver em união consensual. Cabe destacar que os casais onde o homem nasceu na década de 80 a 90, têm vantagem 44,4 vezes maior de viver em união consensual do que os casais onde o homem nasceu na década de 30 ou anterior.

Em relação a variável diferencia de idade entre os cônjuges, pode-se dizer que quanto maior a idade do homem em relação a sua mulher, maior a vantagem do casal viver em união consensual. Os casais onde o homem tem pelo menos 8 anos de idade a mais do que a

(9)

mulher, possuem uma vantagem 3,18 vezes maior de viver em união consensual do que os casais onde o homem e a mulher tem a mesma idade.

O mesmo pode-se dizer quando a mulher têm idade maior do que homem, ou seja, quanto maior for essa diferença maior será a vantagem do casal viver em união consensual. Os casais onde a mulher tem pelo menos 4 anos de idade a mais que o homem, possuem uma vantagem 2,58 vezes maior de viver em união consensual do que os casais onde o homem e a mulher tem a mesma idade. Para que a vantagem de um casal viver em união consensual supere à dos casais da mesma idade, é preciso que o homem tenha pelo menos 4 anos de idade a mais que a mulher, ou que a mulher tenha pelo menos 1 ano a mais do que o homem.

Com relação à variável religião, verifica-se que os casais onde ambos (o homem e a mulher) não possuem religião e os casais com religiões diferentes, possuem maior vantagem de viver em união consensual do que os casais onde ambos são católicos. A vantagem dos casais onde, tanto o homem quanto a mulher não possuem religião, é 1,85 vezes maior que a dos casais onde ambos são católicos; enquanto que a vantagem dos casais com religiões diferentes é 1,17 vezes maior que a dois casais onde ambos são católicos. A situação se inverte quando se compara o casais católicos em relação aos casais evangélicos e aos casais com outra religião, mas com religiões iguais. Neste caso, verifica-se que os casais evangélicos têm uma vantagem inferior à dos católicos de viverem em união consensual. O mesmo se observa para os casais com outra religião, mas com religiões iguais.

Quanto a variável cor/raça, pode-se observar que os casais onde ambos são não brancos e de cores diferentes, possuem uma vantagem 2,15 vezes maior de viver em união consensual do que os casais onde ambos são brancos. Já os casais onde somente um dos cônjuges é branco, têm vantagem 1,59 vezes maior de viver em união consensual do que os casais onde ambos são brancos. No caso dos casais onde ambos são não brancos e de cor igual, verifica-se que possuem uma vantagem 1,56 vezes maior de viver em união consensual do que os casais onde ambos são brancos.

(10)

Tabela 1. Estimativas dos parâmetros do modelo de regressão logística. Variável resposta binária: 1 (o casal vive em união consensual) ou 0 (o casal não vive em união consensual, ou seja, vive outro tipo de união). Estado do Rio de Janeiro, 2000.

Variáveis Estimativa P-valor Razão de Vantagem

Intercepto -1,8407 <,0001 0,16

Coorte de nascimento do homem

década de 90 a 80 3,7986 <,0001 44,64 década de 70 2,3438 <,0001 10,42 década de 60 1,5632 <,0001 4,77 década de 50 1,0661 <,0001 2,90 década de 40 0,5811 <,0001 1,79 década de 30 ou menos - - -Diferencial de Idade nenhuma diferença - -

-mulher 1 ano a mais 0,1209 <,0001 1,13 mulher 2 ou 3 anos a mais 0,3235 <,0001 1,38 mulher pelo menos 4 anos a mais 0,9490 <,0001 2,58 homem 1 a 3 anos a mais -0,1569 <,0001 0,86 homem 4 a 7 anos a mais 0,0272 <,0001 1,03 homem pelo menos 8 anos a mais 1,1568 <,0001 3,18

Religião do casal

católicos - -

-evangélicos -1,1886 <,0001 0,31

sem religião 0,6152 <,0001 1,85

outra religião igual -0,1622 <,0001 0,85 religiões diferentes 0,1545 <,0001 1,17

Cor / raça do casal

brancos - -

-não brancos iguais 0,4507 <,0001 1,57

somente 1 branco 0,4655 <,0001 1,59

não brancos diferentes 0,7654 <,0001 2,15

Escolaridade do Homem

sem instrução ou < 1 ano - -

-de 1 a 3 anos -0,0721 <,0001 0,93

de 4 a 7 anos -0,1152 <,0001 0,89

8 anos -0,1692 <,0001 0,84

de 9 anos ou mais -0,3177 <,0001 0,73

Escolaridade da Mulher

sem instrução ou < 1 ano - -

-de 1 a 3 anos -0,1418 <,0001 0,87

de 4 a 7 anos -0,3099 <,0001 0,73

8 anos -0,5372 <,0001 0,58

9 anos ou mais -0,8530 <,0001 0,43

Por último, quando se analisa a variável escolaridade, percebe-se que quanto maior o nível de escolaridade do homem, menor a vantagem de um casal viver em união consensual.

(11)

O mesmo observa-se no caso das mulheres, ou seja, quanto maior o nível de escolaridade da mulher, menor a vantagem de um casal viver em união consensual.

Análise gráfica das probabilidades dos casais viverem em união consensual para alguns grupos de casais selecionados

Com base no modelo ajustado é possível estimar as probabilidades de casais com diferentes características viverem em união consensual. Considerando que existem milhares de combinações possíveis, foram escolhidas apenas algumas para explicar o fenômeno em estudo.

Foram privilegiadas as categorias que apresentavam elevadas razões de vantagem, mas ao mesmo tempo, de modo a ser possível efetuar comparações entre grupos representados em gráficos diferentes.

Os Gráficos 1 e 2 fornecem a probabilidade de união consensual para os casais não brancos (de cor diferente no Gráfico 1 e de mesma cor no Gráfico 2, onde ambos os cônjuges tem 4 a 7 anos de estudo e o homem tem 1 a 3 anos de idade a mais que a mulher), segundo a coorte de nascimento do homem e a religião do casal.

Com base nestes gráficos verifica-se que, quanto mais jovem é a coorte de nascimento do homem, maior a probabilidade do casal viver em união consensual; entretanto o nível dessas probabilidades varia dos evangélicos (com as menores probabilidades) aos casais sem religião (com as maiores probabilidades). Os católicos ficam num nível intermediário. Cabe destacar que, embora os casais evangélicos possuam as menores probabilidades de viver em união consensual, esta ultrapassa 70% quando a coorte de nascimento do marido é a década de 80 a 90 e a cor do casal é diferente (ver Gráfico 1) e 65% quando a cor do casal é a mesma (ver Gráfico 2).

Gráfico 1 - Casais não brancos e de cor diferente, onde a mulher e o hom em tem 4 a 7 anos de estudo e o homem tem 1 a 3 anos de

idade a mais que a m ulher - Estado do RJ.

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem Católicos Evangélicos Sem religião Outra religião igual Religiões diferentes

(12)

Gráfico 2 -Casais não brancos m as de m esm a cor, onde a m ulher e o homem tem 4 a 7 anos de estudo e o homem tem 1 a 3 anos de

idade a mais que a m ulher - Estado do RJ.

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem Católicos Evangélicos Sem religião Outra religião igual Religiões diferentes

Os Gráficos 3 e 4 fornecem a probabilidade de união consensual para os casais evangélicos, onde a mulher e o homem tem 1 a 3 anos de estudo (Gráfico 3) ou 4 a 7 anos de estudo (Gráfico 4) e o homem tem 1 a 3 anos de idade a mais do que a mulher, segundo a coorte de nascimento do homem e a cor do casal.

Verifica-se novamente que quanto mais jovem é a coorte de nascimento do homem maior a probabilidade do casal viver em união consensual; contudo essa probabilidade varia dependendo da cor do casal. Os casais onde ambos são brancos, têm a menor probabilidade de viver em união consensual. No extremo oposto estão os casais não brancos e de cor diferente. (Ver Gráficos 3 e 4)

Ao considerar-se a escolaridade do casal, os casais em que ambos tem 4 a 7 anos de estudos, possuem uma probabilidade um pouco mais baixa de viver em união consensual do que os casais com um nível de escolaridade entre 1 a 3 anos de estudo. Esse fato indica que o aumento nos níveis de escolaridade do homem e da mulher está associado a uma menor probabilidade de união consensual. (Ver Gráficos 3 e 4)

(13)

Gráfico 3 - Casais evangélicos, onde a m ulher e o hom em tem 1 a 3 anos de estudo e o homem tem 1 a 3 anos de idade a mais que a

mulher - Estado do RJ. 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem brancos

não brancos iguais só 1 branco

não brancos diferentes

Gráfico 4 - Casais evangélicos, onde a m ulher e o homem tem 4 a 7 anos de estudo e o homem tem 1 a 3 anos de idade a m ais que a

(14)

O Gráfico 5 fornece a probabilidade de união consensual para os casais sem religião, onde a mulher e o homem tem 1 a 3 anos de estudo e o homem tem 1 a 3 anos de idade a mais que a mulher, segundo a coorte de nascimento do homem e a cor do casal.

Ao fixar a categoria sem religião (Gráfico 5) ao invés da categoria evangélicos (Gráfico 3), verifica-se um aumento significativo da probabilidade do casal viver em união consensual a medida que a coorte do homem é mais jovem. Em todas as coortes de nascimento do homem, os casais onde ambos são não brancos e de cor diferente possuem maior probabilidade de viver em união consensual, enquanto que os casais onde ambos são brancos possuem menor probabilidade. Já os casais onde apenas um é branco (o homem ou a mulher) possuem probabilidade de união consensual bem próximas a dos casais onde ambos são brancos.

Ao comparar os Gráficos 3 e 5, pode-se observar a forte influência do tipo de religião do casal na ocorrência de união consensual. Os casais sem religião possuem probabilidade muito mais elevada de viver em união consensual do que os casais evangélicos, em todos os níveis da coorte de nascimento do homem e da cor do casal.

Gráfico 5 - Casais sem religião, onde a m ulher e o homem tem 1 a 3 anos de estudo e o hom em tem 1 a 3 anos de idade a mais que a

não brancos diferentes

Os Gráfico 6 e 7 fornecem a probabilidade de união consensual para os casais sem religião, não brancos e de cor diferente (Gráfico 6) e mesma cor (Gráfico 7), onde a mulher e o homem tem 1 a 3 anos de estudo, segundo a coorte de nascimento do homem e o diferencial de idade.

Ambos gráficos mostram que quanto mais jovem é a coorte de nascimento do homem maior a probabilidade do casal viver em união consensual, com magnitude variando

(15)

conforme a diferença de idade entre o casal. Também pode-se observar que para todas as coortes de nascimento do homem, quando este possui pelo menos 8 anos de idade a mais do que a mulher, têm maior probabilidade de viver em união consensual, seguido do caso em que a mulher tem pelo menos 4 anos de idade a mais que o homem. Ou seja, confirma o fato observado na análise descritiva inicial, que mostrava quanto maior a diferença de idade entre os cônjuges, maior a proporção em união consensual.

No extremo oposto encontram-se os casais onde o homem tem 1 a 3 anos de idade a mais do que a mulher, com as menores probabilidades de viver em união consensual (ver Gráficos 6 e 7).

Além disso, comparando os gráficos 6 e 7 é possível perceber que os casais não brancos mas de mesma cor têm probabilidade mais baixa de viver em união consensual do que os casais onde ambos são não brancos e de cor diferente, em todos os níveis da coorte de nascimento do homem e da diferença de idade do homem e da mulher.

Gráfico 6 - Casais sem religião, não brancos e de cor diferente, onde a mulher e o homem tem 1 a 3 anos de estudo - Estado do RJ.

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem Nenhuma diferença Mulher 1 ano a + Mulher 2 ou 3 ano + Mulher >= 4 ano a + Homem 1 a 3 anos a + Homem 4 a 7 anos a + Homem >= 8 anos a +

(16)

Gráfico 7 - Casais sem religião, não brancos mas de mesma cor, onde a mulher e o homem tem 1 a 3 anos de estudo - Estado do RJ.

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem Nenhuma diferença Mulher 1 ano a + Mulher 2 ou 3 ano + Mulher >= 4 ano a + Homem 1 a 3 anos a + Homem 4 a 7 anos a + Homem >= 8 anos a +

Os gráficos 8 e 9 fornecem a probabilidade de união consensual para os casais com religião diferente, ambos brancos, onde a mulher (Gráfico 8) ou o homem (Gráfico 9) tem 4 a 7 anos de estudo e a mulher tem 2 ou 3 anos de idade a mais do que o marido, segundo a coorte de nascimento do homem e a escolaridade do homem (Gráfico 8) e a escolaridade da mulher (Gráfico 9).

Com base nestes gráficos, verifica-se que quanto mais jovem é a coorte de nascimento do homem e menor o seu nível de escolaridade (tanto do homem quanto da mulher), maior a probabilidade do casal viver em união consensual. No entanto, cabe destacar que em todas as coortes de nascimento do homem, ao aumentar o seu nível de escolaridade apenas ocorre um leve decréscimo da probabilidade de união consensual (ver Gráfico 8). Esse decréscimo é mais evidente com o aumento no nível de escolaridade das mulheres (ver Gráfico 9). Logo a escolaridade feminina, apesar de ter um efeito menor na probabilidade do casal se unir consensualmente, permite uma maior discriminação nessa probabilidade.

(17)

Gráfico 8 - Casais com religião diferente, ambos brancos, onde a m ulher tem 4 a 7 anos de estudo e 2 ou 3 anos de idade a m ais que

o homem - Estado do RJ. 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem s/ inst. ou < 1 ano 1a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou mais

Gráfico 9 - Casais com religião diferente, am bos brancos, onde o homem tem 4 a 7 anos de estudo e a mulher tem 2 ou 3 anos de

idade a mais que o homem - Estado do RJ

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 década < ou = 30 década de 40 década de 50 década de 60 década de 70 década de 80 a 90 Coorte do homem s/ inst. ou < 1 ano 1a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou mais

(18)

Os gráficos 10 e 11 fornecem a probabilidade de união consensual para os casais evangélicos, ambos não brancos mas de mesma cor, onde o homem nasceu na década de 40 (Gráfico 10) ou na década de 60 (Gráfico 11) e tem pelo menos 8 anos de idade a mais do que a mulher, segundo a escolaridade do homem e da mulher.

Com base nesses gráficos, observa-se que quanto maior o nível de escolaridade do homem ou da mulher, menor a probabilidade do casal viver em união consensual. Assim, para todos os níveis de escolaridade da mulher, verifica-se que os casais onde o homem tem 9 anos ou mais de estudo, possuem menor probabilidade de viver em união consensual; enquanto que os casais onde o homem não tem instrução ou menos de 1 ano de estudo, possuem maior probabilidade de união consensual (ver Gráficos 10 e 11).

O gráfico 11 fornece a probabilidade de união consensual para os casais evangélicos, ambos não brancos mas de mesma cor, onde o homem nasceu na década de 60 e tem pelo menos 8 anos de idade a mais que a mulher, segundo a escolaridade do homem e da mulher.

Ao fixar-se a década de 60 (Gráfico 11) para a coorte de nascimento do homem ao invés da década de 40, como no Gráfico 10, observam-se comportamentos semelhantes, mas a probabilidade do casal viver em união consensual é bem mais elevada no primeiro caso, para todos os níveis de escolaridade do homem e da mulher. Esse fato indica a forte influência da coorte de nascimento do homem na probabilidade de união consensual, ou reafirmando, coortes mais jovens estão associadas a maiores probabilidades de união consensual.

Gráfico 10 - Casais evangélicos, am bos não brancos mas de mesm a cor, onde o homem nasceu na década de 40 e tem pelo m enos 8 anos de idade a mais que a

m ulher - Estado do RJ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 s/ inst. ou < 1 ano

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou + Escolaridade da mulher s/ inst. ou < 1 ano 1a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou +

(19)

Gráfico 11 - Casais evangélicos, ambos não brancos mas de mesm a cor, onde o hom em nasceu na década de 60 e tem pelo menos 8 anos de idade a mais que a

mulher - Estado do RJ. 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 s/ inst. ou < 1 ano

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou + Escolaridade da mulher s/ inst. ou < 1 ano 1a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou +

O Gráfico 12 fornece a probabilidade de união consensual para os casais católicos, ambos não brancos mas de mesma cor, onde o homem nasceu na década de 40 e tem pelo menos 8 anos de idade a mais do que a mulher, segundo a escolaridade do homem e da mulher.

Ao fixar a categoria ambos católicos (Gráfico 12) para a religião do casal ao invés de ambos evangélicos (Gráfico 10), verifica-se também um comportamento análogo, ou seja, quanto maior o nível de escolaridade do homem e da mulher, menor a probabilidade do casal viver em união consensual. No entanto é possível observar que os casais católicos possuem uma probabilidade bem mais elevada de viver em união consensual do que os casais evangélicos, considerando todos os níveis de escolaridade dos cônjuges. Esse fato indica que os católicos possuem maiores probabilidades de união consensual do que os evangélicos.

(20)

Gráfico 12 - Casais católicos, ambos não brancos m as de m esma cor, onde o hom em nasceu na década de 40 e tem pelo menos 8 anos de idade a m ais que a

mulher - Estado do RJ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 s/ inst. ou < 1 ano

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou + Escolaridade da mulher s/ inst. ou < 1 ano 1a 3 anos 4 a 7 anos 8 anos 9 anos ou + Considerações Finais

O ajuste do modelo de regressão logística permitiu verificar a significância estatística de diversas variáveis já apontadas como relevantes em outros estudos sobre o nível das uniões consensuais, como coorte de nascimento, nível de escolaridade, cor, diferença de idade entre os cônjuges, entre outras. Além disso, possibilitou determinar as probabilidades de casais com diferentes características viverem em união consensual.

Estes resultados são o início de uma série de estudos sobre as uniões consensuais no Brasil, com o objetivo de verificar os diferenciais e tendências futuras.

Bibliografia

DOBSON, A. (1996). An Introduction to Generalized Linear Models. Chapman & Hall. GREENE, M. E, RAO, V. The marriage squeeze and the rise in informal marriage in Brazil. Social Biology, v.42, n. 1-2, p.65-82, 1995.

KLEINBAUM, D.G. (1994). Logistic Regression – A Self Learning Text. Springer. LAZO, A. C. G. V. A endogamia dos casais: Estado de São Paulo - 1984. Anais de VII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Caxambu, MG, 1990.

LAZO, A. C. G. V. Nupcialidade em São Paulo: um estudo por corte e coorte. Campinas: Unicamp, 1990 (Tese de Doutorado).

(21)

PETRUCCELLI, J. L. Casamento e cor no Brasil atual: a reprodução das diferenças. In: CNPD I e II. Concurso Nacional de Monografias sobre População e Desenvolvimento. CNPD, Brasília, 1999.

SILVA, N. do V. Distância social e casamento inter-racial no Brasil. Estudos Afro- Asiáticos, n.14, 1987.

SPANIER, G.B. (1985) Cohabitation in the 1980. Recent Changes in the United States. In: Davis, K. (ed.) Contemporary Marriage Comparative Perspectives on a Changing

Institution. Russel Sage Foundation, New York. Pgs 91 – 111.

ANEXO 1

Variáveis Explicativas Introduzidas no Modelo e Consideradas na Análise Descritiva • Coorte de nascimento do homem

1. década de 80 e 90: o homem nasceu na década de 80 a 90 2. década de 70: o homem nasceu na década de 70

3. década de 60: o homem nasceu na década de 60 4. década de 50: o homem nasceu na década de 50 5. década de 40: o homem nasceu na década de 40

6. décadas de 30 ou menos: o homem nasceu na década de 30 ou em décadas anteriores a década de 30

• Diferença de idade entre os cônjuges

1. nenhuma diferença: os cônjuges tem a mesma idade

2. M 1 a + : a mulher tem 1 ano a mais de idade que o cônjuge

3. M 2 ou 3 a +: a mulher tem 2 ou 3 anos a mais de idade que o cônjuge 4. M >= 4 a +: a mulher tem pelo menos 4 anos a mais de idade que o cônjuge 5. H 1 a +: o homem tem 1 ano de idade a mais que o cônjuge

6. H 2 ou 3 a +: o homem tem 2 ou 3 anos a mais que o cônjuge 7. H 4 a 7 a +: o homem tem 4 a 7 anos a mais que o cônjuge

8. H >=8 a +: o homem tem pelo menos 8 anos a mais que o cônjuge • Cor ou raça do casal

1. brancos: casais onde ambos (o homem e a mulher) são brancos

2. não brancos iguais: casais onde ambos (o homem e a mulher) são não brancos, mas de mesma cor

3. somente 1 branco: casais onde o homem ou a mulher é de cor branca

4. não brancos diferentes: casais onde ambos (o homem e a mulher) são não brancos e de cor diferente.

(22)

• Religião do casal

1. católicos: casais onde ambos (o homem e a mulher) são católicos 2. evangélicos: casais onde ambos (o homem e a mulher) são evangélicos 3. sem religião: casais onde ambos (o homem e a mulher) não tem religião

4. outra religião igual: casais onde ambos (o homem e a mulher) tem outra religião mas igual

5. religiões diferentes: casais onde o homem e a mulher tem religião diferente

• Escolaridade do homem

1. s/ inst. ou < 1 ano: o homem não tem instrução ou menos de 1 ano de estudo 2. 1 a 3 anos: o homem tem 1 a 3 anos de estudo

3. 4 a 7 anos: o homem tem 4 a 7 anos de estudo 4. 8 anos: o homem tem 8 anos de estudo

5. 9 anos ou +: o homem tem pelo menos 9 anos de estudo • Escolaridade da mulher

1. s/ inst. ou < 1 ano: a mulher não tem instrução ou menos de 1 ano de estudo 2. de 1 a 3 anos: a mulher tem 1 a 3 anos de estudo

3. de 4 a 7 anos: a mulher tem 4 a 7 anos de estudo 4. 8 anos: a mulher tem 8 anos de estudo

5. de 9 anos ou +: a mulher tem pelo menos 9 anos de estudo

Agradecimentos

Os autores agradecem a colaboração da Sala de Uso Público da ENCE pelo fornecimento do arquivo de casais.