QC
3%
LILIAN
VISCARRA
MOTTANA
IDENTIFICAÇÃO
DE FATORES DE
RISCO
PARA
NÁUSEAS
E
VÔMITOS
PÓS-OPERATÓRIOS
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
-SANTA CATARINA
1
LILIAN
VISCARRA
MOTTANA
IDENTIFICAÇÃO
DE FATORES DE
RISCO
PARA
NÁUSEAS
E
VOMITOS
PÓS-OPERATÓRIOS
Trabalho apresentado â Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador:
Prof. Dr.Edson
JoséCardoso
› « ~ - --«Orientador:
Prof.Dr.
Maria
CristinaSimões de Almeida
FLORIANÓPOLIS
_
SANTA CATARINA
O
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço
aosmeus
paisCARLOS EUGÊNIO
MOITANA
E
GRACIETTI
VISCARRA
MOTTANA
e àminha
irmã
MARTHA
BETTY
MOTTANA
pela força ecarinho
em
todos osmomentos
da
minha
vida.Agradeço a
minha
orientadora, a professora e doutoraMARIA
CRISTINA
SIMÕES DE
ALMEIDA
pela ajuda fundamental paraa
concretização destetrabalho.
Agradeço
também
o
professor e doutorPAULO FONTOURA
FREITAS
peladedicação e paciência necessária para análise estatística, indispensável para conclusão deste trabalho.
E
finalmente
agradeço aomeu
amigo
AILTON
RODRIGO
PETERMANN
pela1.
INTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVO
... .. 3.MÉToDos
... .. 4.REsULTADos
... _. 5.D1scUssÃo
... .. 6.CoNcLUsÃo
... .. 7.REFERÊNCIAS
.... ..NoRMAs
ADQTADAS
RESUMO
... ..SUMMARY
... ..APÊNDICE
... .. . - ‹ . . . - . .. . . . . . . ¢ . . . ¢ ¢ - › › - . -. ‹ ‹ . . . . z . ‹ - ‹ . - z ‹ - . - ¢ . ¢ z .â . . . . . z . . . .. . z › . . › › › . . - . ¢ . . ú - . › . . . .. ¢ . . . . . . . . . . . z. . . - ¢ . . z . . . ‹ . . . .. ~ . . . . ‹ | . - › ¢ . . .- . ¢ . . ‹ . « ‹ ‹ - - . . . z . ‹ . .- . . . . . . . « . . . . . . . . . .. . . . ..ÍNDICE
. . . -z . « . - - › . « - z - z z. . ‹ . z « z . . ‹ v › ‹ ‹ .. . . . 0. « › . z . . › . - - ¢ - .- ó - . . . . . .z › ‹ › . ¢ . . . « . . . .. ¢ ~ - . . . . - z. . z . . . ¢ . . . . .- . . . . . . . . .. . . . .-. .1.
INTRODUÇÃO
As
náuseas e vômitos pós-operatórios(NVPO)
sãouma
dasmais
comuns
complicações
em
pacientes internados,podendo
constituirum
problema que
repercute tantona
qualidadede
recuperação quantono
tempo
depermanência na
unidade
de
internação hospitalar. 1Apesar
dos avançosda
anestesiologia eda
cirurgia nos últimos tempos, eda
introdução de
novos
agentes anestésicos e antieméticos, a incidência deNVPO
pouco
foimodificada,
variandona
literaturade
20
a30
%.
1'2”3*4*5Embora
a etiologia dasNVPO
não
esteja aindacompletamente
esclarecida,sabe-se
que
englobaum
processo multifatorial,composto
por variáveis anestésicas, cirúrgicas, pós-operatórias edo
próprio paciente 2°3”6°7.Os
fatoresanestésicos incluem
o
tipode medicação
pré-anestésica ede
anestesia, os agentes anestésicos e as drogas adjuvantes utilizadas (anestésicos inalatórios e endovenosos, relaxantes musculares, agentesque
revertemo
bloqueioneuromuscular
e opióides) 3°8”9°1°. Dentreos
fatores cirúrgicosfiguram
0
tipode
procedimento e
o
tempo
de duraçãodo
mesmo
3”8”“, por exemplo, cirurgiasintra-abdominais
envolvendo
principalmente órgãoscomo
o
estômago
e a vesícula biliar, as ginecológicas, as otorrino-oftalmológicas e as laparoscópicas3”7°11.
Na
evolução pós-operatória contribuem paraNVPO,
a
presença de dor, tontura, ingestão
de
alimentos e adeambulação
precocedo
paciente 3°7.Por
último são reconhecidos parâmetros relacionados ao paciente,
como
sexo, idade,peso
ea
presençade vômitos
-em cirurgias prévias 3”7”“.A
análise dos fatores .mencionados .sugereque
os. profissionais envolvidoscom
o
pacientepossam
alterar a ocorrência dessa complicação, vistoque
.alguns desses fatores são passíveis de interferência. 75
As
conseqüências dasNVPO
envolvem não
só fatores debilitantesfisicamente
parao
paciente,mas também
fatoreseconômicos que
recaem
tantosobre
o
hospital quantoo
próprio paciente.[5,12]A
Famiacoeconomia
éuma
especialidade aplicável a todos os setoresda
Medicina, eem
um
cenárioonde
os custoscom
o
sistema de saúde estão setomando
cada vez mais
valorizados, tal complicação cirúrgicamerece
atenção1'13°14.
O
paciente
com
náuseas e vômitos experimentano
mínimo
um
desconforto, e
na
pior das hipóteses, complicaçõesque
variam desde a necessidadede
internação prolongada atéuma
pneumonite
aspirativa potencialmente fatal 7.Os
pacientespodem
apresentartambém
dor,hematoma
sob enxerto
de
pele, deiscênciade
sutura,sangramento
intra-ocular e estiramento muscular, entre outras complicaçõesque
comprometem
o
sucesso das suas cirurgias 345.No
caso particular das crianças, os vômitos severospodem
levar à desidratação e desequilíbrio eletrolítico 7.No
âmbitoeconômico,
os custospodem
ser consideradoscomo
diretos eindiretos.
Os
diretos incluem apermanência
em
tempo
superior ao habitualna
sala de recuperação pós-anestésica,
com
conseqüente custo de material (aspirador, sondas, oxigênio, antieméticos, etc) e de pessoal,além
demaior
tempo
de
hospitalização.Os
custos indiretosdizem
respeito à somatóriado
tempo
excessivo referente amaior permanência na
salade
recuperação pós- anestésicados
pacientesem
um
dia.Se
a maioria dos pacientes apresentassemNVPO,
haveriaum
menor
aproveitamento das salasde
operação,tempo
que
poderia ser aproveitado para realização deum
maior
número
de
procedimentos.O
maior
tempo
de hospitalização,em
decorrênciade
NVPO
severos,também
está incluído
nos
fatores indiretos, acarretandoum
gasto total significativo paraa
instituiçãoque
assiste ao paciente 1.A
fisiologiado
vômito
é run processomediado
pelacoordenação
centraldo
Centrodo Vômito,
localizadono
bulbo,próximo
ao Trato Solitário,que
ao ser6
estimulado inicia toda a seqüência de
mecanismos
que
levaao reflexo do
vômito.
O
Centrodo
Vômito
recebe aferênciasda
faringe,do
trato gastrintestinal,do
mediastino,de
centros corticais (centros visual, gustatório, olfatório e vestibular), de certas áreasdo
hipotálamo, eda
Zona
Desencadeadora
Quimiorreceptora, cuja localização se
dá
na
área póstremado
bulbo.A
Zona
Desencadeadora
é protegida pela Quimiorreceptoranão
barreirahematoencefálica, sendo exposta a certas substâncias presentes
no
sanguecomo:
morfina,
apomorfina
c derivados digitálicos; posteriormente gerando estímulosao
Centrodo
Vômito
16.A
atividadeda
Zona
Desencadeadora
Quimiorreceptoraé modificada por ativação de
uma
variedade de receptores, incluindo dopaminérgicos, histamínicos, muscarinicos e serotoninérgicos.A
maioria dos agentes antieméticostem
atividade antagonistaem
um
ou
mais
desses receptores1õ,17,1s,19
Os
antieméticospodem
ser administradosno
préou
trans-operatório para prevenir asNVPO,
ou
ainda,como
tratamento dosmesmos
4301122.Os
antieméticosmais
comumente
utilizados são: metoclopramida, droperidol e ondansetron 2349.A
metoclopramida
tem
urna ação centralcomo
antagonista de receptordopaminérgico
euma
ação periférica atravésdo aumento da
motilidade gástrica 2333.O
droperidol éum
potente neurolépticoque
também
tem
efeito antieméticomediado
por antagonismo de
receptores dopaminérgicos 23.O
ondansetron é
um
antagonista seletivo de receptor serotoninérgico 5-HT3, e por conseguinte, apresentamínimos
efeitos colaterais 2°3*18'24 _As
NVPO
ainda representamum
desafio
terapêuticona
anestesiologia.O
antiemético ideal capazde
reunir eficácia, baixo custo emínimos
efeitos colateraisnão
está disponívelno mercado
4.O
maior
obstáculona
resoluçãodo
problema
tem
sido a sua etiologia multifatorial.Além
disso, porserem inúmeros
fatores envolvidos e muitos deles inevitáveis,
há
necessidadede
um
enorme
7
agente antiemético isolado
tem
mostrado
eficácia, terapias multimodaistêm
sido propostas e obtido sucessoem
algtms estudos 4.Também
tem-se propostoterapêuticas altemativas
como
acupuntura e o uso de ervas medicinais 193536. Greif e cols. 27,em
um
estudo recente,experimentaram
terapiacom
oxigênio suplementarno
período de duas horas após a cirurgia encontrandouma
reduçãona
incidência deNVPO.
Alguns
estudostambém
propõem
uma
rotinade
profilaxia antieméticaem
populações
de
pacientesque
apresentammaior
riscode
desenvolver NVPO.3'14'2°As
NVPO
sãouma
complicação freqüenteno
pós-operatório e designificância
na
evoluçãodo
paciente.Apesar
dos esforços feitos até hoje, a solução aindapermanece
um
desafio.É
de
fundamental importância a identificação dos fatores de risco e a resolução daquelesque
estãono
controledo
médico,de
forma
a beneficiar a evolução clínicado
paciente.Dessa forma
justifica-seuma
pesquisano
nossomeio
que
vise justamentemapear
esses fatores de risco paraNVPO
e, posteriormente, instalaruma
terapêuticaeficaz
a esses gruposde
risco.2.
OBJETIVO
O
objetivo deste trabalho é identificar fatoresde
risco paraNVPO
e analisar a eficáciada
terapêutica antieméticano
pós-operatório de24
horas.3.
MÉTODOS
Após
aprovaçãodo
projeto de pesquisa pelaComissão
de Éticada
instituição, foi realizado
um
estudo descritivo, tranversal e prospectivono
Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de
São Thiago
(HU)
-
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC).
Após
a obtençãodo
consentimento informado, participaramdo
estudo328
pacientes
de
ambos
os sexos, maiores de dezoito anos, intemadosna Unidade
de Internação Cirúrgica,que foram
submetidos a cirurgias eletivasou
de urgência/emergência sob anestesia geral e/ou loco-regional,no
período de26
de setembro de
2000
à30
de abril de 2001.Foram
excluídosda
casuística: l) pacientes submetidos a cirurgias otorrinolaringológicas, neurológicas e oftalmológicas,ou na
vigência de doenças que,comprovadamente,
aumentam
a pressão intracraniana; 2) pacientescom
doisou mais
episódios devômitos
no
período de24
horas prévio à cirurgia; 3) pacientescom
intubação traqueal persistenteno
pós-operatório.Os
pacientesforam
submetidos a entrevista pertinente ao protocolo deste estudo, realizada pelo autor24
horas apóso
términoda
cirurgia.Na
entrevista realizada perguntou-se sobre hábitos e vícios relacionadoscom
etilismo e tabagismo e, se teve dor, náuseasou
vômitosno
pós-operatório. Considerou-se a presença de dor independentedo
tipo, intensidade, duração e localização, relacionadaou não
com
o
procedimento cirúrgico.A
presença de vômitos foiconsiderada
quando o
paciente referiaum
ou mais
episódios de expulsão de conteúdo gástrico, líquidoou
sólido e, de náuseasquando o
paciente10
Das
doenças prévias,foram
registradas apenas asque tinham
repercussão sistêmica eque não foram o motivo da
cirurgia.As
medicações
em
usoforam
consideradas aquelas
que o
paciente usava rotineiramenteem
seu domicílio. Registrou-seno
protocoloo
usode
metocloparamida, odansetron e droperidolna
sala de recuperação pós-anestésica_
incluindo os casosem
que
essas
medicações foram
administradasno
período trans-operatório-
ena
unidade
de
intemação.O
usode
oxigenoterapiana
sala de recuperaçãopós
anestésica foiconsiderado apenas
quando
referidono
prontuário.Para a análise estatística
foram
utilizados os softwaresEPI-INFO
versão 6.04 eSPSS
versão8.0.A
presençade
uma
associação estatística entre osdados
demográficos
e cirúrgicos eo
desfecho(NVPO)
foi avaliada pormeio
do
teste Qui-quadradopara
comparação de
duasou
mais
incidências, edo
teste tde
“student” e análisede variância
em
comparação
entre duasou
mais
médias,no
nível de significânciade
95%
(p<0,05).A
interação dealgumas
variáveis estatisticamente significativasforam
analisadas atravésde
mn
modelo
de análise multivariado utilizando-seo
método
de
regressão logística.4.
RESULTADQS
Excluiu-se
da
casuística 12 pacientes devido aos seguintes motivos:1) impossibilidade
de
realizar a entrevistapor
incapacidadede comunicação do
paciente
ou
por incapacidade de interpretaçãodo
mesmo
quanto aos próprios sintomas; 2) faltade
registrosmédicos
ou
da
enfermagem
no
prontuário; 3) falecimentono
trans-operatório e; 4)mudança
do
plano anestésico para anestesia local imediatamente antesda
cirurgia.Entre os
316
pacientes analisados, 176eram
do
sexo feminino e 140do
sexo masculino.Os
dados
demográficos
estão expostosna
tabela I.Não
houve
diferença estatística para
média
de peso, altura eIMC
conforme o
sexo.Tabela I. Idade (anos),
peso
(Kg), altura (m),IMC
(média
i
DP)
de acordocom
o
sexo. gO
Médias
Sexo Idade ___ Peso Altura ___
IMC*
,Masculino 50
É
is 71,31
14,7 1,69à
0,084 24,5Í
4,55 (is z 90) (46 a 112) (1,47 z 1,90) (17 z 39)Feminino 47
Í
15 65,9i
13,9 1,56Í
0,065 26,5Í
5,43 (is a 84) (36 a 121) (1,40 zt 1,77) (15 z 48)Fonte: HU-UFSC, 2000-2001. * IMC: índice de massa corporal; DP: desvio padrão.
A
análise de correlaçãoda
incidência deNVPO
de acordocom
o
sexo, idade eIMC
está apontadona
tabela II.As
mulheres tiveramum
risco4
vezes(OR =
4,17)maior de
apresentarNVPO
em
relação aoshomens
e os pacientes obesos,um
risco quase 2 vezes(OR =
1,89)maior
comparado
aos pacientesnão
obesos.12
Tabela II. Incidência
de
NVPO
conforme o
sexo, idade (anos) e indice demassa
corpórea (p<0,05) _ n
NVPO
(%)
Significância 9 Masculino 140 36 (25,7)5°”
Feminino 176 104 (59,-1) S<
65zm‹›$_ 255 116 (45,5) Idadez
65 am-,S 61 24 (39,3)NS
<
3o 249 102 (41)IMC
z
so 67 ss (56,7) S _.Fonte: HU-UFSC, 2000-2001. NS: não significativo estatisticamente, S: significativo estatisticamente
Na
tabela III,observamos
os pacientes agrupados quanto ao estado fisico,segundo
a classificaçãoda
SociedadeAmericana
de Anestesiologia(ASA).
A
análise estatística
não mostrou
relação entreNVPO
e essa variável.Tabela III. Incidência
de
NVPO
em
relação ao estado- fisico(ASA
-
American
Society
of
Anesthesiology). (p<0,05)n
NVPO
(%)
SignificânciaAsA
I/11 254 115 (453)ASA
111/Iv 62 25 (4o,s)NS
Fonte: HU-UFSC, 2000~2001. NS: não significativo estatisticamente.
A
maioria dos pacientesnão
apresentava doenças prévias enão usava
medicações,
conforme mostrado
respectivamente nasfiguras
l e 2.As
doençasprévias e as
medicações
utilizadas,bem
como
os hábitos dos pacientes relacionados aofumo
e usode
bebidas alcoólicas, e a incidênciade
NVPO
estãona
tabela IV.Os
pacientes tabagistas tiveramuma
menor
incidênciade
NVPO
(OR
=
0,41)quando comparados
aosnão
tabagistas e ex-tabagistas.A
presençade
doençasprévias e
o
usode
medicações, ao contrário dos hábitos,não mostraram
atuarna
13
I 117 (37%)
I
Com
Doença PréviaI
199 (63%)
I
Sem
Doença PréviaJ
J
dos pacientes conforme a presença de doenças prévias.
1 95 (3o,1%) fim' ^`^`_"""_^"" A" ' 1 l__4 _ _ _.
I
Com
medicaçao 1 221 (699%)I
Sem
medicaçaoFigura 2. Distribuição dos pacientes de acordo com o uso de medicações.
Tabela IV. Incidência de
NVPO
de
acordocom
o relato de hábitos/vícios, doenças prévias e usode
medicações. (p<0,05)n
NVPO
(%) Significânciasem hábitos/vícios 222 113 (5o,9) s
Hábitos/ Tabâgista ós 19 (27,9) S Vícios * Ex-tabagista 25 8 (32) NS Etilista crônico l 0 (0) NS Nenhuma 199 89 (44,7)
D
Hns_/Dac 77 34 (44,2) °°“Ça5 Disrmma 4 1(25) Prévifls**DBPOC
19 s(42.1› NS Diabetes mellitus 28 10 (35,7) Outras doenças 27 9 (33,3) Nenhuma 221 91 (412) Anti-hipérténsivo 59 29 (49,2)- - I-Ii icemiante e/ou insulina 16 6 37.5
M°d,:§Íç°°s Aziiigagrlnnmco 2 1((5Ó)) NS
Broncodilatador 5 2 (40)
Corticosteróide 8 4 (4)
Outros 43 22 (5 1,2)
Fonte:
HU
-UFSC, 2000-2001. HAS: hipertensão arterial sistêmica, DAC: doença arterial coronariana, DBPOC:doença broncopulmonar obstrutiva crônica, NS: não significativo estatisticamente, S: significativo
estatisticamente
* 94 pacientes apresentavam algum hábito isolado.
* * 117 pacientes apresentavam doenças prévias, podendo apresentar 2 ou mais doenças concomitantemente.
l4
As
especialidades cirúrgicas e as cirurgias realizadas, relacionadas àNVPO
podem
ser observadasna
tabela V.A
grande maioria dos pacientes estava incluída nas especialidades de cirurgia geral e ginecologia e obstetrícia.Apresentavam
a complicação,45,9%
e59,8%
dos pacientes nas duas especialidades, respectivamente.
Chama
a atenção o fato de as pacientesda
especialidade ginecologia e obstetrícia apresentarem duas vezes maisNVPO
quando comparadas
com
as outras especialidades cirúrgicas(OR =
2,1).Analisando a tabela V, observou-se
que
as cinlrgiascom
maior
número
de pacientes (tireoidectomias, cirurgias de vias biliares ehemiorrafias
com
82%,
60
%
e43
%)
coincidentemente apresentaram alta incidência deNVPO.
As
cirurgiascom
expressivonúmero
de pacientes seencontram
na figura
3.! ' 44,9% 10,8%
168%
I
Vias BíliaresI
HerniorrafiasI
Ginecologia e ObstetríciaI
Coloproctologia 0 8,9% 18”/°nom;
Figura 3. Distribuição das cinugiasimaisñireqüentesizz
Tabela V. lncidência de
NVPO
de acordocom
as cirurgias por especialidade cirúrgica(P<0,05)
Especialidade
Cirúrgica Cirurgias Realizadas Il
NVPO
(%) SignificânciaCirurgia Geral
Hemiorrafia
Cirurgia de vias biliares
Tireoidectomia Esplenectomia Cirurgia de estômago Cirurgia de intestino Cirurgia gastnntestinal Cirurgia hepatointestinal Esofagogastrofiindoplicatura Esvaziamento cervical Apendicectomia Toracotomia exploradora Laparotomia exploradora Outras Total 53 34 17 4 8 i-K $o«:r×›$\.››r×››-mw 23 (43,4) 19 (55,9) 14 (s2,4) 4 (100) 3 (37,5) 1 (50) 0 0 1 (50) 1 (333) 4 (30,s) 2 (100) 1 (9,1) 0 73 (45,9) s Cirurgia Vascular Bypass arterial Amputação de membro Cirurgia de varizes Simpatectomia lombar Desbridamento cirúrgico Total Jzi./u\O |fi›_l 21 2 (22,2) 3 (60) I (20) O O 6 (28,6) S Colo-proctologia Cirurgia orificial Cirurgia de intestino
Exérese de cisto sacrococcígeo Total 14 9 5 28 5 (35,7) 5 (55,6) l (20) ll (39,3) S Urologia Cirurgia de bexiga Cirurgia de ureter Cirurgia de próstata Cirurgia de uretra Cirurgia de testículo Total 'Ç¿',^w4>~r×›-|›o× 3 (50) 2(50) 0 1 (25) 0 6 (31,ó) S Ortopediae Traumatologia Artroplastia Aitrotomia Redução de fraturas Debridamento ósseo Outras Total 24:-`›4››-uz 1 (20) 0 0 2 (2s,ó) 2 (50) 5 (23,s) s Cirurgia Plástica Abdominoplastia Cirurgia de
mama
Outras Total \OL›)I\)-ã 0 2 (100) 2 (óó,7) 4 (44,4) s Ginecologia e Obstetrícia Laparotomia exploradora Colpoperineoplastia / anexectomia Cirurgia demama
Histerectomia/anexectomia Laqueadura tubária Outras Total u_u t`JUJ 9 20 ll 4 59 2 (óó,7) 10 (s3,3) 5 (55,ó) 15 (75) 2 (1s,2) 1 (25) 35 (s9,3) sló
O
tipo deprogramação
cirúrgica e otempo
de cinirgiaem
relação à incidência deNVPO
estão demonstradosna
tabelasVI
e VII, respectivamente. Observa-seque
a grande maioria das cirurgias foi de caráter eletivo.Não
houve
significância estatística
no que
tange ao tipo deprogramação
cirúrgica.Chama
a atençãoque
a incidência deNVPO
cresceu deforma
proporcional aotempo
de cirurgia.Tabela VI. Incidência de
NVPO
conforme
aprogramação da
cirurgia. (p<0,05)n
NVPO
(%)
SignificânciaEletiva 284 l3l (46,l)
Emergência 32 9 (28,1)
NS
Fonte: HU-UFSC, 2000-2001. NS: não significativo estatisticamente.
Tabela VII. Incidência de
NVPO
conforme
otempo
de duraçãoda
cirurgia.(p<0,05)
n
NVPO
(%) SignificânciaAbaixo de 1 hora 83 25 (30,1)
Entre 1 e 2 horas 109 48 (44) S
Acima
de 2 horas 124 67 (54)Fonte: HU-UFSC. 2000-2001. S: significativo estatisticamente
~
A
distribuiçao dos pacientesconforme o
tipo de anestesiapode
ser vistana
fi gura 4.
A
anestesia geralmostrou
um
risco 2 vezesmaior
de apresentarNVPO
em
relação às anestesias regional ecombinada
(OR =
2.06). Enfatiza-se opequeno
percentual dessa complicaçãona
anestesia combinada.17 ,f
mí'
" '”` `v' *""'Wíf
i zoo A = 4 *"' W "flè "^*^_mm;-"
_*“"_ " (56%) 64(38,8%) Â l5(35,7%)I
Número de pacientes]I
NVPO
tAnestesia Anestesia Anestesia
Geral Regional Combinada .___._zz+zz_ zé
"'“15igú¿l¿.`iii{¿i¿i¿=§z{¿âz ÿ"Nv1›o""m¿.É¿i£¿},¿¿¿Ê úÊ,ÊéiánÍ¿¿â¿Ê'zz__1âzzÊzÍ“
A
Na
tabela VIII pode-se observar os tipos de pré-anestésicos e de anestesia utilizados durante a anestesiacom
suas respectivas freqüências deNVPO.
Os
pré-anestésicos contidosna
tabelaforam
os mais freqüentemente utilizados.Nenhum
paciente recebeu meperidina, e 3 pacientesreceberam
antiácidos.Não
houve
significância estatística quanto ao uso de pré-anestésicosem
relação aospacientes
que não receberam
pré-medicação eNVPO.
A
anestesia inalatória e a administração de bloqueadores neuromusculares e opióides contribuíram deforma mais
expressiva para a ocorrência deNVPO. É
preciso esclarecerque
em
grande parte dos casos asmedicações
do
18
Tabela VIII. Incidência de
NVPO
de acordocom
o
pré-anestésico e o tipo de anestesia. (p<0,05) nNVPO
(%)
SignificânciaSem
pré-anestésico 132 50 (3 7,9) Pré- Diazepam 107 53 (49,5) ^“°S*éS¡°° ivfidzzelam 74 3ó(4s,ó)NS
Ambos
3 1(33,3) inelerória 135 69 (51,1) S Hipnóticos 260 121 (46,5)NS
Anestesia Opióides endovenosos/espinhais 258 128 (49,6) S
BNM
137 71 (51,s) sReversão de
BNM
58 28 (48,3)NS
Fonte: HU-UFSC, 2000-2001. NS: não significativo estatisticamente. BNM: bloqueio neuromuscular
Dentre as
medicações
anestésicas,o
uso dos opióides foi de interesseparticular, pois
aumentou
mais
de 3 vezes(OR =
3,77) a probabilidade deNVPO.
Na
figura
5há
uma
comparação
entre as vias de uso de opióidescom
a incidência deNVPO.
A
viaendovenosa
de administração de opióides evidenciou teruma
influênciamaior
em
relação às outras.2 I I
"Z"
"Í Í Ç __- _e___ n__e_-_; 1 Í Í A l _ 33,___.__ _.__ ,___.. 47 5% 36B
¿ 1 l 7 36,1% 1 l iz sem Opfófide opióidz Opióidz Opfióide
I
Número de peeiemes›
Endovenoso Espinhal Endovenoso
¡
, i
¢ Espinha! L.. _ E
19
Na
sala de recuperação pós-anestésica,receberam
metoclopramida, odansetron e droperidol, respectivamente,58,5%
(n=
185),2,5%
(n=
8) e0,6%
(n=
2), todos via endovenosa.Dos
pacientesmedicados
com
metoclopramida,47,6%
(n=
88) tiveramNVPO
na Unidade de
Intemação.Dos
pacientesmedicados
com
odansetron,75%
(n=
6) tiveramNVPO
na Unidade de
Intemação
e doscom
droperidol,nenhum
apresentou a complicação.Observa-se
que a
despeito deterem
recebidoo
antiemético metoclopramida,houve
um
percentual expressivo deNVPO
na Unidade
de Internação.A
análiseda
incidênciade
NVPO
nos pacientesque medicados
com
odansetron (n=
8) e droperidol (n=
2),deve
ser feitacom
cautela devidoao pequeno
número
de pacientesreceberam.
Na
tabelaIX
pode-se observar a relação entre presença de dor pós- operatória,o uso de
oxigenoterapia,de sonda
nasogástrica ede medicações
antieméticas e a incidência de
NVPO.
A
dor pós-operatória foi estatisticamente significativa (p<0.05).Os
pacientescom
dor apresentaramum
risco duas vezesmaior
(OR
=
2,12) deNVPO
em
relação aosque
não' referiram dor.Tabela D(. Incidência
de
NVPO
de acordocom
o
uso deSNG,
relato de dore administração de antieméticos e oxigenoterapiana Unidade
de Internação. (p<0,'05) _ nNVPO
(%)
Significância Sonda nasogástxica (SNG) 19 8 (42,1%)NS
Dor
178 93 (52,2%) S Metoclopramida 203 117 (57,6%) S Ondansetron 2 2 (100%)NS
Droperidol 1 1 (100%)NS
Oxigenoterapia 12 '7 (58,3%) ANS
20
Os
dados
referentes à dor, náuseas e vômitosna
SRPA
não
puderam
sercolhidos
na
pesquisa devido à ausência dosmesmos
no
prontuário médico,por
falha
de
preenchimento.Dessa forma não
foi possível associaro
tempo
depermanência na
SRPA
ea
presençade
SNG
àNVPO
nessemesmo
local.A
tabelaX
mostrao
resultadoda
análise de interação entre as variáveis estatisticamente significativasmais
importantes,ou
seja, a influênciaque
uma
variável
pode
exercer sobre as outras, alterando e ajustandoo
risco relativo(OR)
e a significância (p).Tabela X. Variáveis estatisticamente significativas controladas
em
modelo
de A análisemultivariada (Regressão Logística). V, _ Univariada , _1§×I_ultivariadà
OR
Fatores de Risco iOR
E
E
sexo ' 4,17 0,0000 3,32 0,0000IMC
-1,89 0,0212 1,32 0,3644 Tabagismø 0,41 0,0022 0,47 0,0237 Cirurgias gineco-obstétricas 2,11 0,0100 1,22 0,5593Uso
de opióides 3,77 0,0001 3,60 0,0006 Anestesia Geral 2,06 0,0025 1,44 0,1777 Dor ' 2,12 0,0012 00121 3, . 1,93 ,eFome: HU-UFsc,20o0-2001. on: oaaé Ram, IMcz"1nú¡‹ze de massa corporal
'
2
5.
DrscUssÃo
Neste
estudo,um
dado que
se destacou foio
número
expressivo deNVPO
nas pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas e obstétricas. Entretanto, após regressão logística observou-se que
o
risco relativo(OR)
dessa variável sofre influência das demais, principalmenteem
relação ao sexo feminino, o qualmanteve
um
risco relativo alto paraNVPO.
Sabe-seque
os pacientes incluídosnessa especialidade cirúrgica
tendem
a apresentaruma
alta frequência deNVPO,
principalmentequando
envolve procedimentos laparoscópicos 3115.Quando
se trata de pacientes submetidas a esse procedimento,o
percentualchega
a atingir77%
das mulheresem
contrastecom
15%
nas cirurgiasrealizadas
na
paredeabdominal
113839.As
pacientes deste estudo, apesar denão
terem realizado laparoscopias apresentaram
uma
alta freqüênciada
NVPO.
Outros fatores, tais
como
a técnica anestésica empregada,não
alteram a incidênciada
complicação 3.Embora
a razão para tal ocorrência aindanão
esteja
bem
definida, esse fato deve-se provavelmente àmaior
propensão das mulheresem
apresentarNVPO,
associada a outros fatores,como
a dor pélvicapós
operatória luõ.As
cirurgias de vias biliarestambém
mostraram
um
alto índice deNVPO,
aexemplo
de relatosda
literatura 1129.A
associação entreo
localda
cirurgia e aincidência e severidade das
NVPO
é ainda incerta,porém
vêm
surgindo evidências crescentes deque
realmente possa haveruma
correlação 11°”.Os
procedimentos intra-abdominaistendem
a terum
riscomaior
deNVPO
devido à estimulaçãode
aferências vagais durante amanipulação
gástrica.Da
mesma
22
quando
a cavidade peritoneal éinfiada
com
dióxido de carbono durante alaparoscopia U6.
Outros parâmetros
também
mostraram
significância estatística, dentre eles, ador pós-operatória e
o
uso de opióides.A
dor pós operatóriamostrou
grande influênciana
incidência deNVPO.
É
de
conhecimento
estabelecido que, particularmente as dores visceral e pélvica,tendem
a associar-sepredominantemente
a náuseasdo que
vômitos 18.Acredita-se
que
essemecanismo
decorrada
ativaçãode
vias nociceptorasviscerais,
que
por suavez
estimulariamo Núcleo do
Trato Solitário 16.Além
disso,
o
próprio tratamentoda
dorcom
opióidespode
causar a complicação,embora
existam trabalhosque
afirmem
o
oposto 3°8.Neste trabalho,
o uso
de opióides durante a anestesia foitambém
bastante significativona
ocorrênciado
problema,em
especial a via de administração endovenosa.NVPO
são freqüentes complicações decorrentesda
administração desses fármacosna
pré-medicação por via oralou
parenteral duranteou
imediatamente após a cirurgia 3”7.A
literatura mostraque
a incidênciade
NVPO
parece
não
variarcom
a via de administraçãodo
opióide 3, contrariamente aoque encontramos
no
nosso estudo.A
pré-medicaçãonão mostrou
correlaçãocom
NVPO, uma
vez que
nenhum
paciente desta casuística recebeu opióide nessa ocasião, a qual se restringiu a ansiolíticos/sedativos. Sugere-se
que
o uso dessefármaco
na
pré-medicação esteja relacionadocom
maior
freqüência deNVPO
9.O
uso de opióidespode
sensibilizar
o
sistema vestibular e acombinação
de opióides para controleda
dore
deambulação
precoce pós-operatória são especialmente emetogênicos 7.A
faixa etária dos pacientes, nessa casuística,não mostrou
serum
fator predisponente.Algtms
estudos,porém,
têm
relatadoum
decréscimona
23
adolescência a faixa etária mais suscetível a vômitos.
Na
realidade, nos vários estudos publicados, aindanão
está clara a relação entre idade eNVPO.
3132Dentre os parâmetros antropométricos e hábitos/vícios destacou-se a significância estatística para sexo, peso e tabagistas.
Este estudo, corroborando
com
a literatura, evidenciouque o
sexo femininoapresentou
mais
NVPO
em
relação ao masculino,com
um
risco quatro vezes maior.Conforme
a literatura pesquisada, as mulheres adultaspossuem
um
risco duas a quatro vezesmaior
de apresentar essa complicação,além
de seus sintomasserem mais
severos 89°”.Têm
sido sugeridoum
fatorhormonal
(gonadotrofina séricaou
progesterona)como
provável determinante dessa intercorrência 7. Outroargumento
a favor dessa hipótese é a ausência decorrelação entre
homens
e mulheresno
período pré-puberal e nos idosos 7.Houve
uma
correlação, neste estudo, entreNVPO
e obesidade(IMC
>
30).Uma
das explicações para esta relação éo
fato deo
tecido adiposo funcionarcomo
reservatório para os agentes anestésicos emetogênicos,que
por sua vezpermanecem
mais
tempo
na
circulação sangüínea,mesmo
apóso
ato anestésico3.Os
pacientes tabagistasmostraram
uma
menor
freqüência deNVPO.
Algims
autores publicaram resultados semelhantes , sugerindo
um
efeito antieméticocausado pelo
fumo
1553.A
teoria proposta baseia-sena
induçãode enzimas do
citocromo
p450
porcomponentes do
cigarro. Essas enzimas seriam responsáveis pela metabolização dos agentes anestésicos, diminuindo seus efeitos residuais 3°.Na
análisedo
tipo de anestesia e drogasempregadas
no
trans-anestésico e a relaçãocom
NVPO,
destacaram-se os agentes inalatórios, os bloqueadores neuromusculares, os opióides e a anestesia geral .Os
agentes inalatórios, nesse estudo, tiveram influênciana
êmese
pós- operatória.A
literatura relatao
efeito emetogênicodo
óxido nitroso, através de24
de pressão sobre a
membrana
timpânica 9. Outros agentes inalatórios de usorotineiro,
como
o
isoflurano eo
halotanotambém
possuem
uma
ação emética,embora
em
menor
escala 8.Foi observado
em
nossa casuísticauma
maior
incidência deNVPO
nos pacientesque receberam
bloqueadores neuromusculares.Os
relaxantes musculares, por si só,não
são considerados fatoresde
risco paraNVPO
7°8.Segundo
alguns estudos,o que
colabora para apercentagem maior
deNVPO
é ouso de agentes
que
revertemo
bloqueio neuromuscular 3132.Porém,
ao contrário de outros estudos,Hovorka
e cols. 33não
encontraram qualquer relação entre reversão de bloqueio neuromuscular eNVPO.
A
anestesia geral apresentou índices maiores deNVPO
quando comparada
à regional, devido aouso
demais medicações
anestésicas,além
de incluirbloqueadores neuromusculares
com
reversão de bloqueio e agentes inalatórios,que
já isoladamentepossuem
ação emética. 3°8.Houve
uma
menor
incidênciade
NVPO
nas anestesias combinadas, nesse trabalho.Dessa
forma, propõe-secomo
uma
alternativa para evitar a complicação, amaior
utilizaçãoda
técnica deanestesia
combinada
. ,A
duraçãoda
cirurgia foi outra variávelque
exerceu influênciano aumento
de
NVPO.
Esse fato já foi apontado por outros autores,que
apresentamcomo
explicaçãoo
fato deo
paciente recebermaior
quantidadede
agentes anestésicos, muitos deles potencialmente eméticos, para amanutenção da
anestesia 3”.A
metoclopramida
foio
antiemético. de eleiçãocomo
medicação
profiláticae terapêutica.
O
odansetron eo
droperidolforam
utilizados ocasionalmente, provavelmente devido a questões econômicas, vistoque
a diferença de preço entreambos
e ametoclopramida
é considerável.O
usoda
metoclopramida
como
medida
profilática foi aparentemente ineficiente, vistoque
a maioria dos pacientes apresentouNVPO.
O
usodo
odansetron edo
droperidolcomo
25
profiláticos
não
pôde
ser avaliadoadequadamente
devido aopequeno
número
de
pacientesmedicados
com
osmesmos.
A
literatura é bastante controversa quanto aomelhor
tratamento antieméticoou
associação de medicações.Também
não
estádefinido
seo melhor
tratamento é o profiláticoou o
sintomático 14°2°°22. Scuderi e cols. 22,em
seu estudo, utilizando droperidol e odansetronnão demostraram
melhores resultadosquando
esses
eram
administrados profilaticamenteem
comparação
à administração sintomática, embora, as duas formas tivessem obtidobons
resultadosna
diminuição
da
incidência deNVPO.
Gan
e cols. 34compararam
a eficáciado
Odansetron
com
Droperidol e placebona
prevenção deNVPO
e encontraramdiferença estatística entre os grupos,
mostrando
eficáciado
grupo dos antieméticos.Domino
e cols. 35,em
sua meta-análisedemonstraram que
a administração profilática de droperidol e odansetron eramais
efetivana
prevençãode
NVPO
do
que a metoclopramida.Apesar
denão
haverum
consenso terapêutico, a maioria dos estudos encontroubons
resultadosna
profilaxia e tratamento sintomático das
NVPO
principalmentecom
o
uso de antagonistas serotoninérgicos 3°”. Diferenças nos resultados de estudoscom
asmesmas
drogaspodem
ser relacionados à heterogeneicidade das populações depacientes estudadas 3_
Neste
estudo observou-seque
amedicação
prescritana
Unidade
deInternação
do
HU
era feita de duas formas, sobdemanda
(“se necessário”)ou
em
intervalos regulares.A
falta deuma
sistematização nas diferentes situações cirúrgicas prejudicaram a análise dessa variável.Assim
a incidência deNVPO
foi independente
da forma
de administração sintomática dos antieméticos, especialmente a metoclopramida.Uma
parte importanteda
entrevista pré-anestésica é identificar os pacientes suscetíveis a náuseas.Desse
modo,
o
anestesiologista estaria atento para consideraro
usode
antieméticos e/oumudar
a técnica anestésica, evitando por26
exemplo
a administraçãode
óxido nitroso e opióides,ou
ainda utilizandoanestesia
combinada ou
regional 2.Da
mesma
forma, preconiza-seque
oscirurgiões estejam atentos ao problema, principalmente
no que
diz respeito às cirurgias ginecológicas e obstétiicas,de
vias biliares, laparoscópicas ede
cavidade
abdominal
em
geral.A
profilaxia antiemética de rotinanão
se justifica, para alguns autores, por razões econômicas, pela possibilidade de efeitos colaterais desses fármacos e pela ausência deuma
maior
satisfaçãodo
paciente 36.No
entanto,uma
vez
identificados os parâmetrosque
estatisticamente contribuem para o aparecimentoda
complicação,embora
controversa 2036,o
sucesso seria a instalação de terapia profilática.A
respeito desse assunto, Fischer 37,em
artigoque
mereceu
recente editorial, preconizaque
“ àmedida que
a medicina baseadaem
evidência setomar
popular (decisões terapêuticasdeveriam
ser baseadasmais
em
evidênciasdo que na
impressão pessoal), osmédicos
serão fortementeforçados a usar antieméticos profilaticamente”.
A
reduçãoda
complicação, a partirda
interferênciamédica
nos fatores derisco, traz beneficios diretos ao paciente,
como
o
conforto e a rápida recuperação,bem
como
na
drástica redução dos gastos hospitalares.É
importanteque
todos os esforços estejam dirigidos para redução dasNVPO,
poiscomo
sabem
os profissionaisde
saúde, piordo que o
desconfortodo vômito
6.
CoNcLUsAo
Ao
final deste estudochegamos
às seguintes conclusões:Dentre os fatores de risco analisados, relacionaram-se para
uma
maior
incidência
de
NVPO,
os seguintes: sexo feminino; obesidade; cirurgias ginecológicas e obstétricas, ede
vias biliares;tempo
de cirurgia; uso deopióides, agentes inalatólios e bloqueadores neuromusculares; e dor pós-operatória.
Os
pacientes fumantes apresentaramuma
menor
incidência deNVPO.
A
maioria dos pacientes recebeumetoclopramida
com
doses e vias diferentesde
administração,que
mostrou-se insuficiente parao
controle7.
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RESUMO
O
objetivo desse estudo foi identificar fatores de risco para náuseas e/ouvômitos
pós-operatórios(NVPO)
e analisar a terapêutica empregada,em uma
população adulta.
Foi realizado
um
estudo transversal prospectivo,onde
analisou-se316
pacientes adultos submetidos a cirurgias eletivas
ou
de emergência, sob anestesia geral e/ou loco-regional, internadosno
Hospital Universitário-UFSC.Após
24
horasda
cirurgia,foram
avaliados e correlacionadoscom
NVPO,
asseguintes variáveis: sexo, idade, peso, estado fisico
ASA,
presença de doenças prévias e uso de medicações, pré-anestésico, hábitos/vícios, tipo etempo
decirurgia, tipo
de
anestesia, agentes inalatórios, opióides, hipnóticos, bloqueadores neuromusculares , antagonistas de bloqueadores neuromusculares,sonda
nasogástrica , oxigenoterapia, antieméticos (metoclopramida, odansetrone droperidol) e dor pós-operatória.
Foram
de significância estatística as variáveis: sexo feminino, obesidade,cirurgias ginecológicas e obstétricas e de vias biliares;
tempo
de cirurgia;anestesia geral; uso
de
opióides, agentes inalatórios e bloqueadores neuromusculares, e dor pós-operatória.Os
fumantes apresentarammenor
incidência de
NVPO.
Os
antieméticos usadoscomo
profilaxia e tratamento sintomáticoforam
a metoclopramida,o
odansetron eo
droperidol, administrados deforma
regularou
sobdemanda
.O
medicamento
mais prescritono
HU
foi a metoclopramida,seguido
de
odansetron e droperidol.A
maioria dos pacientesmedicados
Os
fatores de risco paraNVPO
encontrados nesse estudo foram: sexo feminino, obesidade, cirurgias ginecológicas e obstétricas e de vias biliares,anestesia geral, administração de opióides, agentes inalatórios, bloqueadores
neuromusculares e dor pós-operatória; e
que
a terapêutica antiemética (metoclopramida)não
semostrou eficaz
para a diminuição dasNVPO.
SUMMARY
The
aim of
this studywas
to identify risk factors for postoperative nauseaand
vomiting(PONV),
as well as assess the therapeuticsused
inan
adult population.A
prospectiveand
transversal studywas
performed
witha
groupof 316
in-patients at the Hospital Universitário-UFSC.
These
patientsunderwent
electiveor
emergency
surgeries, under general and/or regional anesthesia.The
followingvariables
were
evaluatedand
correlated toPONV
24
hours after surgery: gender, age,body
weight,ASA
physical status, presence of previous diseasesand
useof
medication, premedication, habits/addictions, type
and
timeof
surgery, anesthesia techniques, inhalation agents, opioids, hypnotics, neuromuscular blocking agents, antagonism of neuromuscular block, nasal gastric tube,oxygen
therapy, antiemetics ( Metoclopramide,Odansetron
and
Droperidol)and
postoperative pain.
The
following variableswere
statistically significant toPONV:
female gender, obesity, ginecologicaland
obstetric surgeries, gallblader surgeries, general anesthesia, opioids, inhalation agents,neuromuscular
blocking agents, antagonisnof
neuromuscular blockand
postoperative pain.The
smokers
presented a lower incidence
of
PONV.
The
antiemetics used profilaticallyand symptomatic
treatmentwere
Metoclopramide,
Odansetron
and
Droperidol, regularly oron demand.
The
medication
most
often prescribed atHU-UFSC
was
Metoclopramide, followedby
Odansetron
and
Droperidol.Most
pacients givenMetoclopramide
It is concluded that the risk factors for
PONV
found
in this studywere
female gender, obesity, ginecological
and
obstetric surgeries, gallblader surgeries, opioids, inhalation agents,neuromuscular
blocking agents, antagonisnof neuromuscular
blockand
postoperative pain;and
that the antiemetictherapeutic routine
was
notshown
tobe
efficacious to lower the incidenceof
Universidade Federal de Santa Catarina
N
<›_
ng-,\_
Departamento de clínica cirúrgica-CCS-HU
A
Trabalho de Conclusão de Curso
(MEDICINA/UFSC)
.Êii
Êšë em
M3
ACADÊMICOS;
Lilianvisczm
Mommz
1 « *
»
ORIENTADOR:
Prof. Dra Maria Cristina Simões de Almeida
PROTOCOLO:
Identificação das variáveis que interferem na incidência de náuseas/vômitospós-operatórios(
N Y
EO
).1.
NOME:
2.REGISTRO:
3.
SEXO:
I]M
I]F
4. D.NASCIMENTO:
___/___/___ 5.IDADE:
6.
PESO
(Kg): 7.ALTURA
(cm) 1s. D.
1›RocED1MENToz
_/___/__
9.AsAz
1.
DoENÇA(S)
1>REv1A(s)MED1cAÇÃo(s)
EM
Usoz
2.
PRE-ANEsTEs1coz
U
DizzepamU
ivfidzzoizmU
MepeúúinaEI Antiácido EI Outros El s/ Pré-anestésico 3 .
HÁB1Tosz
1:1 TzbagismU
Alzoólairz4.
CIRURGIA
REALIZADA:
U
Eletiva E1 Emergência/Urgência5.
TEMPO
DE
CIRURGIA
(MIN)
z1.
ANESTESIA
EJ Geral E1 RegionalU
InalatóriaU
OpióidesEV
E1 Opióides na colunaEI .I-Iipnóticos
U
Bloqueador Neuro Muscular(BNM)U
ReversãoBNM
vzúames
SRPA
UNIDADE
DE INTERNAÇÃO
V Pós-Operatório Imediato Pós-operatório tardio (24hs)
SNG
Dor
Náuseas Vômitos Metoclopramida Odansetron Droperidol OxigenoterapiaTempo
de Pennanência (min)Universidade Federal de Santa Catarina Hospital Universitário (Florianópolis.-SC)
Trabalho de Conclusão do Curso de Medicina
-
UFSC
- AnestesiologiaAcadêmicos: Lilian Viscarra Mottana
Consentimento Informado
Eu, _ ,declaro que
fui informado que participarei de
um
trabalho no qual, terei apenas que responderperguntas após a cirurgia.
As
perguntas estarãoem
um
questionário, que poderei ver antes de pemiitir minha participação no trabalho.Também
fui informado que não será usadonenhum
medicamento e não será feitonenhum
procedimento fora da rotina normal do hospital.Assinatura:
Nome: N°. Registro: Data: / /
TCC
UFSC
CC
0306 Ex.] NCÍWH- TCC UFSC CC 0306Autor: Mottana, Lilian Vi
Título: Identificação de fatores de risc
Ex.) UFSC BSCCSM