MÉTODO
PARA
REGISTRO, ANÁLISE
E
CONTROLE
DE
FALHAS
HUMANAS
NA
MANUTENÇÃO,DE
CENTRAIS
HIDRELÉTRICAS.
.EDSON
LUIS
PEDRASSANI
|=|.oR|ANÓPo|_|s
MÉTODO
PARA
REGISTRO, ANÁLISE
E
CONTROLE
DE
FALHAS
HUMANAS
_. r
NA
MANUTENÇAO
DE
CENTRAIS HIDRELETRICAS
Dissertação
submetida
à Universidade Federalde Santa
Catarina para aobtenção
do
graude
Mestre
em
Engenharia.FLoR|ANÓPo|.|s
EDSON
LUIS
PEDRASSANI
Esta dissertação foi julgada
adequada
para obtençãodo
título de Mestreem
Engenharia, Especialidade Engenharia de Produção, e aprovadaem
sua forma finalpelo
Programa
de PósàGraduação.Prof. icar o M.
B
cia, PhD.Banca
Examinadora://
AC
ordenaoPrograma
~www'
Í
rofÍEu
enio o, r.\`
ientadorÊ/
; Y Ii Prof. samai, Dr. zProf.
Edson
Pache P
dini, Dr.Florianópolis, 09 de outubro de 2000.
com
-
À
Diretoria da Itaipu Binacional e à Superintendência de Manutenção, peladecisão de proporcionar a alguns engenheiros a oportunidade de cursar a pós- graduação
em
Engenhariade
Produção.-
Aos
professores da Universidade Federalde
Santa Catarina, pelo incentivo, peloapoio e pela exigência.
LISTA
DE
TABELAS
... ..XRESUMO
... ..XlABSTRACT
... ..Xll 1INTRODUÇÃO
... .. 1 1.1 Objetivos ... ..4
1.2 ResultadosEsperados
... _.4
1.3 Justificativa ... .. 5 1.4 Delimitaçãodo
estudo
... ..5 1.5 Metodologia ... ..6 1.6 Estruturado
Trabalho ... ..6 2FUNDAMENTAÇÃO
TEÓR|cA
... ._ s 2.1Manutenção
... ._ 9 2.1.1 Tiposde
manutenção
... .. 112.1.2 Etapas do processo
de manutenção
... ._ 16 2.1.3 Evolução Histórica daManutenção
... .. 182.2 Teoria Geral
de Sistemas
... .. 202.3 Erros
Humanos
... .. 262.3.1 Tipos
de
erroshumanos
... ..27
2.3.2 Por
que
as organizaçõestêm
dificuldadeem
aprendercom
os erroshumanos?
... ._ 31 2.4Motivação
... .. ... ._ 35 2.4.1A
hierarquia das necessidadesde Maslow
... _. 36 2.4.2 Teoria dos dois fatores de Herzberg ... .. 392.4.3 Teoria
X
eY
de McGregor
... _. 41 2.5 Trabalhoem
Equipe
... ..45
2.5.1 Técnicas de grupo para resolução
de
problemas ... ._45
2.6Comunicação
... ..47
2.8.1 Múltiplas habilidades ... ._
2.8.2 Aprendizagem, treinamento e desenvolvimento ... _.
2.9
Ferramentas da Qualidade
... ..2.9.1 Fluxograma ou gráfico
de
fluxo ... _.2.9.2 Diagrama de Pareto ... ... ._
2.9.3 Diagrama de causa-efeito (Ishikawa) ... ._
2.9.4 Diagrama de barras ou histograma ... ._
2.9.5 Diagrama de dispersão ... ..
2.9.6 Folha de verificaçao ... ._
2.9.7 Carta
de
controle ... ._ 3ESTUDO
DE
CASO
... ..3.1
Aspectos
particularesda
Itaipu Binacional ... .. 3.2Equipamentos da
Central Hidrelétrica ... .. 3.3A
áreade
manutenção
da
Itaipu Binacional ... .. 3.4Método
atualde
Controledas
FalhasHumanas.
... .. 3.5Ordens
de
Serviço ... ._-.~. ... ..3.6
Os
Relatóriosde Anomalias
existentes ... ..4
MODELO PROPOSTO
PARA
REGISTRO,
CONTROLE
E
ANÁLISE
4.1
Impacto sobre
ageração
etransmissão de
energia ... _. 4.2Danos
... ... .. 4.3 Tiposde
falhashumanas
... .. 4.4 Outras classificações ... .. 4.5 Potencialde
Acidente ... ..5
APLICAÇÃO
PRÁTICA
DO MODELO PROPOSTO
... ..5.1 Distribuição
de
falhasconforme o Impacto na
Geração
... .. 5.2 Distribuiçãode
falhas porDanos
... .. 5.3 Distribuiçãode
falhas por tipo ... ..5.6 Distribuição
de
falhas por diada
semana
... .. 985.7 Distribuição
de
falhas por divisão ... .. 99~ _. 6
CONCLUSOES
E
RECOMENDAÇOES
... .. 1016.1
Conclusões
... ..1016.2
Recomendações
para trabalhos futuros ... _. 103GLossÁR|o
... _. 105REFERÊNc|As
B|B|_|oGRÁ|=|cAs
... ..111B|B|.|oGRA|=|A ... ..11s B|B|.|oGRA|=|A
CQMPLEMENTAR
... .. 11aANEXO
1 -O
ACIDENTE
DE
CHERNOBYL
... ..f.'.`..i. ... .. 119ANEXO
2 -O
ACIDENTE DE
THREE
MILES
ISLAND
... ..124
ANEXO
3 -O
ACIDENTE DE
PIPER
ALPHA
... ... ..127ANEXO
4
-O
ACIDENTE
DO
CHALLENGER
... _. ... .. 135ANEXO
5 -NORMA
INTERNA
ATUAL
PARA
CONTROLE
DE
ERROS
... .. 143ANEXO
6 -RAS
DE
UM
ACIDENTE
TIPICO
(RAS
07/99) ... .. 149Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura
Figura 10 - Abrangência dos Requisitos
de
TreinamentoFigura 11 - Fases e simbologia utilizada
num
fluxograma 1 - Ciclode
vida da instalação e custos ... ._2-Tm
osde
Manutenção
... ._3
O
processo demanutençao
... ._4-Sis tema
homem-máquina
... ._5 Relaçao entre hardware, software e
humanware
6 - Taxinomia de erroshumanos
... _.7 - Pirâmide
de
Acidentes ... _. 8 - Hierarquia das necessidadesde
Maslow
9 - Diagrama Esquemático do processo
de comunicação
Figura 12 - Diagrama de Pareto ... _.
Figura 13 - Diagrama
de
Ishikawa ... __Figura 14 - Histograma ... _.
Figura 15 - Diagrama
de
Dispersão ... ..Figura 16 - Carta
de
Controle ... __Figura 17 - Carta
de
Controle ... _; ... ._Figura 18
A
uti izaçao das ferramentas básicas na resoluçaode
problemasFigura 19 -
Organograma
da Superintendência deManutenção
Figura 20 -
Organograma
do Departamentode
Manutenção
Figura 21 - Fluxograma Erro x Violaçao ... ._
Figura 22 - Flu Figura 23 - Fal Figura 24 - Fa Figura 25 - Fa Figura 26 - Fa Figura 27 -
Fa
Figura 28 - Fa Figura 29 - Faxograma Engano
x Distração x Lapsohas por Impacto na
Geração
e Transmissãode
Energia has conforme osdanos
ocasionados.has por tipo ... _.
has por função ... _. has por período
do
dia ... _. has por dia dasemana
... ._ has por divisao ... _.Tabe
a 2 - Erros e violações baseadosem
habilidades, regras e conhecimentos..30
Tabe
a 3 -Comparação de
erros e violações ... ._ 31Tabe
a 4 - Fatores Motivacionais e Fatores Higiênicos ... ._40
Tabe
a 5 - TeoriaX
e TeoriaY
... ..42
Tabe
a 6 -Quadro
de Técnicas deGrupo
para Soluçãode
Problemas ... _.46
Tabe
a _7 - Quantidades dos Principais Equipamentos da Central ... ._ 74 Tabela 8 - Solicitaçõesde
Sen/içoem
1998 ... ... ._ 80 Tabela 9 - Solicitaçõesde
Serviçoem
1999 ... ._ 80 Tabela 10 - Relatórios de 1998 ... ._ 81 Tabela 11 - Relatóriosde
1999 ... ._ 82 Tabela 12 - Impactos sobre capacidadede
geração ou transmissão ... _.83
Tabela 13 -Danos
... ... ._ 85 Tabela 14 - Tipos de falhas ... _. 86 Tabela 15 - Relatórios de 1998com
respectiva classificação ... ._ 94 Tabela 16 - Relatórios de 1999com
respectiva classificação ... _. 95RESUMO
Devido à importância da energia elétrica para nossa sociedade industrial, a função
manutenção, principal responsável pela confiabilidade
de
fornecimento destaenergia e pela disponibilidade dos equipamentos, é fundamental para a empresa.
Porém
a qualidade do sen/iço demanutenção
depende, nãoapenas de
equipamentos e métodos,
mas
também
do
elementohumano.
Um
simples errohumano
nesta áreapode
ocasionar perdas consideráveis para aempresa
e para acomunidade
em
geral. Este trabalho descreve os conceitosde manutenção
ede
erros
humanos
e propõeum
método
para registro, análise e controlede
falhashumanas
namanutenção de
uma
central hidrelétrica. Mediante a análisede
relatórios
de
anomalias duranteum
períodode
dois anos e a classificação das falhasconforme critérios existentes
em
bibliografia,-foi possível proporum
método
pararegistro e diagnóstico
de
erros humanos,com
_conseqüenteaumento do
controlegerencial
do
processo demanutenção
e possibilidade de ações preventivas.PALAVRAS-CHAVE
errohumano
falhahumana
ergonomiamanutençao
sistemahomem-máquina
xiDue
to the importance of electric energy to our industrial society, the maintenancefunction, main responsible by reliability of energy supply and by availability of
equipment, is fundamental for the company. But the quality of maintenance sen/ice
depends, not only on equipment and methods, but on
human
factors too.One
singlehuman
error in this area can cause great losses to thecompany
and
to thecommunity
too. This work describes the concepts of maintenance andhuman
errorsand proposes a
method
to record, to analyze and to control thehuman
errors inmaintenance of a hydroelectric
power
plant.By
mean
of analysis of non-conformityreports during a period of two years, it
was
possible to propose a method of recordingand diagnosis of
human
errors and consequently to increasemanagement
control ofmaintenance process and making possible preventive actions.
KEY-WORDS
human
errorhuman
failure ergonomicshuman
factors maintenancehuman-machine
system xii1 |NTRoDuçÃo
Desde
a Revolução industrial implantou-se a crença deque
oaumento da
produçãodependia
apenas de
mais e melhores máquinas. Taylor introduziu a preocupaçãocom
a tarefa e a padronização dosmétodos
e jogou toda a responsabilidade sobre agerência: “Tal aceleração
do
trabalho só poderá ser obtida por meioda
padronizaçao obrigatória dos métodos,
adoçao
obrigatória dos melhoresinstrumentos e condições
de
trabalho e cooperação obrigatórias.E
esta atribuiçãode
impor padrões e forçar a cooperaçãocompete
exclusivamente à gerência.”(Taylor, 1980, p.82).
Mais tarde Fayol,
com
sua ênfase na estrutura, iniciou a preocupaçaocom
oprocesso.
Somente
no final dadécada
de 20 e início dadécada
de 30, EltonMayo
viria a introduzira preocupação
com
a variávelhumana como
elemento critico noprocesso produtivo. Porém, passado mais
de
meio século das experiênciasde
Hawtorne (Chiavenato, 1987, p. 160-161) obser\/a-se
que
o aceleradodesenvolvimento tecnológico levou as gerências industriais a acreditarem que,
com
melhores e maismodernos
equipamentos,nada
poderia dar errado.Por outro lado, nossa civilização e nosso estilo de vida
dependem
deuma
basetecnológica na qual a energia elétrica
desempenha
um
papel básico e indispensável.As
fábricas,que
no início da revolução industrialeram
movidas pormáquinas
avapor, hoje são movidas,
quase
sem
exceção, por eletricidade. Mais doque
isto,criou-se
uma
necessidade de energia elétricaem
todos osmomentos
de nosso dia-a-dia: o microondas usado
em
nosso café damanhã,
o elevadorde
nosso edifício, osemáforo das ruas
em
nosso caminho ao trabalho, o ônibus ou trem elétrico, ocomputador de nossos escritórios, consultórios ou fábricas.
Com
taldemanda,
a indústria de energia elétrica desenvolveu-se até o pontoem
que
um
colapso no fornecimento traria conseqüências catastróficas,como
demonstrou oAo
longo dotempo
desenvolveu-se a consciênciade
que
nem
os melhores equipamentospodem
prescindir de manutenção.Os
especialistasem
equipamentosde todos os tipos
sabem
o sloganmaintenance
free (livrede
manutenção) éapenas
um
apelo de marketing. Exceto se são utilizados equipamentos tão baratosque
possam
ser descartados e substituídos por novos cada vezque
falhem. Porém,infelizmente não é o caso na indústria
de
energia elétrica,onde
os equipamentossão caros e produzidos
em
séries limitadas,quando não
específicos paradeterminada instalação. Assim, a necessidade de
um
processode manutenção
estabeleceu-se
como
algo inquestionável e, graças a isso, dispomos de instalaçõesquase
centenárias ainda produzindo energia.É
importante acompreensão
deque
na produção dobem
energia elétrica, o serviçode
manutenção ocupa
posição fundamental.Monchy
(1989, p. 4) definecomo
fundamental
a posição dos serviçosde
manutenção
nas centrais nucleares,empresas
de transporte (principalmentemetrôe
aeronáutica), nãoapenas
pelosvalores econômicos envolvidos,
mas
principalmente pelos profundos impactos navida de milhares de pessoas e
em
toda a economia.A
posição importante é resen/ada para asempresas de
processo (exemplo: petroquímica, devido à necessidadede
segurança), a posição secundária fica para asempresas
com
baixos custos
de
parada. Ainda paraMonchy
(1989, p.5)apenas
a indústriamanufatureira, devido à ausência da produção
em
série, pode optar pelaconservação
tradicional, isto é, a simples limpeza dos equipamentos e reparoapenas quando
quebrar. Deve-secompreender
que
Monchy
(1989, p.4) citaespecificamente as centrais nucleares, por ser esta a base da geração de energia
elétrica na França. Logo,
podemos
estender sua afirmação para as centrais elétricasem
geral,uma
vezque
é evidenteem
sua classificação a preocupaçãocom
oimpacto econômico e social da
queda
de produçao.O
termomanutenção, embora
já existisse na linguagem militarcom
significadoum
pouco
distinto, só apareceu na indústria americana por voltade
1950 (Monchy,1989, p. 3).
Assim
esta função essencial para asempresas
sócomeçou
a sersofisticada exige
uma
formação multidisciplinardo
profissional de manutenção, poisas fronteiras entre as diversas especialidades não são evidentes
em
muitosequipamentos, e as dificuldades
de
diagnóstico são grandes. (Monchy, 1989, p. 7)Como
todo sen/iço, o produtomanutenção
apresenta variações consideráveis cada vezque
é entregue.A
grande variedadede
equipamentos e suas interligações sãoum
elemento complicador adicional. Logo, a preocupaçãocom
a qualidadedeve
serestendida ao elemento
humano.
Nenhuma
indústria está livre de erros, oque
foi muito evidenciado pela questãodo
bug do
milênio: até a informática,uma
das tecnologias mais avançadas, geraprodutos
com
defeitoque
se revelaram anos depois.A
revista The Economist (1997, p.17)com
suamanchete
“Porque
grandes tecnologiascausam
grandes enganos”ressalta este aspecto.
Grandes
instalações, concebidas pelas tecnologias maisavançadas,
também
falham e, na raiz destas falhas, está o elementohumano.
Os
relatos dos acidentes nas usinas de Chernobyl,
em
1986 (Anexo 1) e Three MilesIsland ,
em
1979 (Anexo 2) deixam claro este aspecto.No
acidente de Chernobyloito falhas
humanas
foram claramente identificadas.O
que
se busca evidenciarneste trabalho é
que
os grandes acidentesem
geralacontecem
quando
ospequenos
acidentes emesmo
os quase-acidentes são negligenciados.O
relatode
Chernobyl evidencia
que
houve várias oportunidadesde
evitar o acidenteporém
mais e mais erros foram
sendo
cometidos até atingir-se o ponto crítico.O
acidentede Three Miles Island,
embora
menos
conhecidodo
público brasileiro, foi o maioracidente nuclear
da
história americana e, se medidas corretivas não tivessem sidotomadas, mais dois minutos o teriam transformado
numa
tragédia igual a Chernobyl (Kramz, 1999).Mas
como
evitar erroshumanos?
Os
dados
referentes a falhasem
sistemas ou equipamentos são dificeisde
obter e os arquivos de taisdados
são dificeisde
manter, informa LaSala (1998, p. 365). Assim, muitas vezes procura-se
uma
falha no1.1
Objetivos
O
objetivo geral deste trabalho é desenvolverum
método
para registro, controle eanálise
de
falhas humanas, acidentes e quase-acidentes namanutenção de
centraishidrelétricas.
Como
objetivos específicos temos:a) Determinar, mediante pesquisa bibliográfica sobre falhas
humanas
em
instalações industriais, quais fatores são relevantes para
compreensão
doevento.
b) Evidenciar a importância
do
registro falhashumanas,
incidentes e acidentes. c) Estabelecerum
método
de classificaçãode
falhas humanas.d) Estabelecer
um
método de
classificação dos impactos associados às falhashumanas.
1.2
Resultados
Esperados
Espera-se obter os seguintes resultados:
a) Identificar os tipos
de
erros ocorridos nas situações relatadasem
1998 e 1999.b) Evidenciar, para o corpo técnico e gerencial, os benefícios advindos da análise
sistemática de acidentes, ressaltando os
ganhos
potenciais que virao daeliminação do retrabalho conseqüente das falhas humanas.
c) Evidenciar, para o corpo técnico e gerencial,
que
as falhashumanas
somente
podem
ser minimizadas mediante análise permanente e sistemáticade
suascausas,
com
a participação ativa das pessoas diretamente envolvidas.d) Implantar
um
método de
controlede
falhashumanas
mais eficazque
oatualmente existente.
e) Tornar a prevenção
de
falhasum
objetivo permanente a ser buscado medianteatualização de manuais e planejamento de trabalhos.
f) Contribuir para desmistificar a questão das falhas humanas, deixando claro
que
1.3 Justificativa
No
decorrer deste trabalho é citado o impacto das falhashumanas
em
instalaçõesindustriais e,
em
particular, namanutenção de
Centrais Hidrelétricas. Porém, sãoraros os trabalhos referentes a este assunto.
Na
empresa
em
questão os relatóriosexistentes são poucos e seu estudo
não
era sistematizado.Em
muitasempresas da
área de energia elétrica,
nem
sequer existeum
registro deste tipo de falhas.Os
aspectos culturaisem
geralprovocam
uma
reação a qualquer tentativade
registrar e analisar falhas no
momento
que
começam
a surgir indíciosde que
aorigem foi
humana.
Se, porum
lado, isto representauma
dificuldade à elaboraçãodo
trabalho, por outro mostraque
existeum
vastocampo
inexploradode
pesquisade
causasde
falhas.Os
incidentesde
alta freqüência,porém
baixa gravidade,podem
levar a'aumentos
dos custos
de
produção, além de outros impactos negativos para a empresa, e porisso
devem
ser estudadoscom
amesma
atenção dedicada hoje a erros catastróficosque
sãode
freqüência muito baixa.Desta forma são evidenciados os benefícios tanto para a
empresa
quanto para ostrabalhadores, principalmente a questao
da
prevençao de acidentes.-1.4
Delimitaçao
do
estudo
Embora
aFundamentação
Teórica seja abrangente, a aplicação prática limita-se àsComunicações
de Ocorrências Técnicas(COT) do ano de
1998 e os Relatóriosde
Anomalias
em
Serviços (RAS) de 1999.Como
afirmado anteriormente, osdados
sãolimitados e este trabalho tem por objetivo estabelecer
um
método
que possibilite ocontrole e, desta forma, contribua para criar
uma
culturade
segurançaque
facilite aPorém,
mesmo
a quantidade limitadade
dados
possibilitauma
análise sistemática,que conduz
a conclusões sobre as causas, e desta forma possibilita estudar meiosde prevenção.
A
revisão bibliográfica abordou os aspectosde
Manutenção, Teoria Geralde
Sistemas, Erros
Humanos,
Motivação, Trabalhoem
Equipe, Comunicação, Cultura Organizacional, Treinamento e Ferramentasda
Qualidade. Outrostemas
também
importantes,
como
por exemplo os relacionados à psicologia e fisiologia, dentreoutros, não foram abordados por não fazerem parte
do escopo
do trabalho.1.5
Metodologia
A
pesquisa e documental e qualitativa.Os
dados
existentes nos citados relatóriosde anomalias são analisados utilizando critérios estabelecidos
com
base nabibliografia existente,
com
a finalidadede
obter-seuma
relaçãoide causa e efeitopara as falhas. Posteriormente os
dados
são tabulados utilizando planilhade
cálculoEXCEL
de
forma a determinar as causas básicascomunsra
todas as falhas.Mediante o estudo das causas é possível propor-se medidas para melhorar a
confiabilidade da performance
humana.
1Os
relatórios referentes a falhashumanas
estavam
disponíveis na empresa,porém
não havia
nenhum
método
de análise.Após
realização da pesquisa bibliográfica eestabelecimento de
um
critério, todos os relatórios disponíveis (35 no total) foramanalisados e enquadrados nas classificaçoes propostas.
1.6
Estrutura
do
Trabalho
O
capítulo 1 destaca a importância da energia elétrica para a sociedade industrial eNo
capitulo 2 é descrita a pesquisa bibliografia realizada sobre Manutenção, Teoria Geralde
Sistemas, ErrosHumanos,
Motivação, Trabalhoem
Equipe, Comunicação,Cultura Organizacional, Treinamento e Ferramentas da Qualidade.
No
Capítulo 3 é descrita a área demanutenção
da ltaipu Binacional.No
capitulo 4 é apresentado o Modelo Proposto para Registro, Análise e Controle de FalhasHumanas.
No
capítulo 5 é apresentada a aplicação práticado modelo
proposto.No
capítulo 6 são apresentadas as conclusões do trabalho e as sugestões para2
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓR|cA
A
fundamentação teórica deste trabalhotem
como
finalidade apresentar os estudosjá existentes na bibliografia referente a falhas
humanas
e seus relacionamentoscom
diversas áreas de conhecimento. Desta forma inicia-se
com
otema
Manutenção, porser esta a área
onde
se aplica a presente pesquisa. Depois passa-se à Teoria Geralde
Sistemas, indispensável paracompreensão
da interfacehomem-máquina
onde
ocorrem os Erros
Humanos, que
são abordados na seqüência.Para
aprofundar o estudo dos ErrosHumanos
é necessário o conhecimento de suascausas básicas, entre as quais está a Motivação.
Uma
vezque
amanutençao
é por naturezaum
trabalhoque
envolve muitasinterações entre pessoas e a solução
de
problemasdemanda-
o usode algumas
técnicasde
grupo para soluçãode
problemas-z.,estuda-se posteriormente o assunto Trabalho de Equipe.O
estudo daComunicaçao
é necessário, nao só para melhor entender as interfaceshomem-máquina,
como
também
paracompreender
a dinâmicado
trabalhoem
equipe característico da manutençao.
É
necessário reconhecerque
o simples estudo da questãode
erroshumanos
choca- secom uma
barreira cultural, de formaque
é importante acompreensao
de algunsaspectos de Cultura Organizacional.
No
item 2.7 (Cultura Organizacional) são mostradas as relações entre comunicações,tomada de
decisões soluçãode
conflitos, atitudes, motivação e liderança.
Como
é apresentado mais adiante, os erroshumanos
estão relacionados ao processamento de informaçoes e, desta forma, sao necessários alguns conceitosde
Treinamento.Além
disso,como
não existe,em
nenhum
nível,uma
formação escolarespecífica para manutenção, é tradicional a preocupação dos profissionais desta área
com
o treinamento para odesempenho
da função.Por fim, para a elaboração de relatórios
de
anomalias e para estudo e classificaçãodos seus dados, considera-se necessário o conhecimento
de
Ferramentasda
Qualidade. Estas
também
utilizadasem
várias situações do trabalhode
manutenção.2.1
Manutenção
As
organizações industriais existem para gerar lucros,usam
equipamentos eempregam
pessoas para converter matéria-prima brutade
valor relativamente baixoem
produtosacabados
de valor mais alto. (Kelly, 1989, p.1)Uma
maneira interessantede
considerar a lucratividade deuma
instalação érelacioná-Ia ao seu ciclo de vida, conforme indicado na figura 1.
Necessidade ' Especificação Desativação*
\
f
Projeto Avaliaçãodo
Substituição Investimento `\
Aquisição lnstalaçao*
ComissionamentoUso
Fonte: Kelly (1989, p.1)O
investimento ocorredesde
suaconcepçao
até sua colocaçaoem
serviço(usualmente
chamada
de
comissionamento).Em
condições normais, o retornodo
investimentocomeça
quando
a instalação inicia seu funcionamento e continua,normalmente por décadas, até sua desativação.
Esses
doismarcos
estão assinalados na figura 1 por estrelas. Para maximizar o lucro, otempo desde
suaconcepção
até o iníciode
funcionamento, ou uso, deve ser omenor
possível,enquanto a vida operacional, e conseqüentemente o retorno total, deve ser o maior
possível. '
Desta forma a disponibilidade, ou seja, a proporção
de tempo
que,em um
certo período, a instalação está apta a produzir (produzindo ou pronta a produzir) éum
dos fatores determinantes da lucratividade.
Por outro lado, é necessário
que
existaum
certo graude
certeza que,quando
existira
demanda,
a instalação funcione conforme concebida (ou, se possível; aindamelhor).
É
oque
se convencionouchamar
de confiabilidade. Para lida (1990, p.23)“a noção de confiabilidade (para os sistemas) coincide
com
o conceito popular depessoas confiáveis:
cumprem
os seus deveres,não
se atrasam nos seuscompromissos
e não apresentam desvio de comportamento."Estes dois parâmetros tornaram-se ainda mais importantes na indústria de energia
elétrica à medida
em
que,em
busca daeconomia de
escala, grupos depequenas
usinas foram substituídas por grandes usinas._ Confiabilidade e disponibilidade altas
são desejáveis
em
uma
pequena
usina,mas
são imprescindíveisem
uma
grandeinstalaçao. (Kelly, 1989, p.5)
O
termo manutenção,segundo
Monchy
(1989, p.3),provém
do vocabulário militarcom
o sentido de “manter, nas unidadesde
combate, o efetivo e o materialnum
nívelconstante”. Para a
Abraman
(Associação Brasileirade
Manutenção),manutenção
é “o conjunto de medidas ou açõesque
permitam manter ou restabelecer aum
A
manutenção
é o único meioeconomicamente
viável conhecido de, porum
ladoestender ao
máximo
a vida útilde
uma
instalação e, por outro, garantir altadisponibilidade e confiabilidade. Ainda que, paradoxalmente,
algumas
manutenções
exijam a retirada de serviço da instalação ou parte dela, produzindo, no curtíssimo prazo,
uma
menor
disponibilidade.Este paradoxo é
um
doscomponentes do
ambienteem
que
vive ohomem
de
manutençao
e voltará a ser abordado no item 2.4 (Motivaçao).2.1.1
Tipos
de
manutenção
As
definições de tipos demanutenção
sofrem variações conforme o autor consultado,porém
as distinções essenciais sãosempre
asmesmas.
A
classificaçaoque
apresentamos a seguir baseia se na classificaçaode
Monchy
(1989, p.15) e busca mostrar todas as variantes possíveisem
uma
mesma
classificação geral. 7 »
Considere-se inicialmente
um
equipamentoem
condições normais de
funcionamento. Este equipamento
pode
serum
aparelho de televisão ouum
geradorde
uma
usina.A
figura 2 mostra os diferentes tiposde
manutenção, conforme explicado na seqüência.¬.
- OcorridaManutenção
Corretiva Intervenção ProvisóriaManutençao
Paliativa Definitiva Equipamento PrevistaManutençao
Preventiva Conhecida Lei deDegradação
Desconhecida Supervisão Periódica Contí nua6
V
Manutenção
CurativaManutenção
Manutenção
deManutenção
Preditiva
Acompanhamento
L
SistemáticaFonte: Monchy (1989, p. 15) - adaptado
O
evento pelo qual se espera éuma
falha, ou seja, algoque
impeça o equipamentode desempenhar
suas funçoes. jSe
a falha ocorreu, e na seqüência háuma
intervenção da equipede
manutenção,diz-se
que
estásendo
realizadauma
manutenção
corretiva. Se, ao contrário afalha não ocorreu, está
sendo
realizadauma
manutenção
preventiva. Deve-seevidenciar
que
a ocorrênciade
um
defeito, ou sejaum
eventoque
nãoimpede
o equipamentode desempenhar
suas funçoes, nao caracteriza amanutençao que
osegue
como
corretiva,mas
simcomo
preventiva (neste caso aperiódica).Após
a ocorrênciada
falha, a inten/ençãopode
solucionar totalmente o problema, ocasiãoem
que
amanutenção
échamada
de definitiva. Pode,porém
solucioná-lo parcialmente,apenas
para permitirque
o equipamento volte adesempenhar
suafunção, ainda
que
precariamente, ocasiãoem
que
amanutenção
corretiva échamada
curativa. '*' VNão
tendo ocorrido a falha, amanutenção
é preventiva.A
manutenção
preventiva,em
sua forma mais simples é feita de forma periódica (tempo ou horas de serviço).Porém
esta forma só deveria ser utilizadaquando
seconhece
a lei de degradação,ou seja, a forma
como
o equipamento envelhece. Neste caso, amanutenção
preventiva é
chamada
de sistemática. .'
Caso não
se conheça a forma e velocidadecomo
o equipamento envelhece, ocorreto é utilizar algum sistema automático
de
supervisãoque
nos permita monitorar as suas condições.Se
esta supervisão for contínua, mediante algum sistemainstalado
permanentemente
no equipamento, tem-seuma
manutenção
preventiva preditiva.Caso
a supervisão não seja contínua, isto é, detempos
em
tempos
instala-se
um
instrumento ou sistemaque
permita avaliar as condiçõesdo
equipamento,
tem
seuma
manutençao de
acompanhamento.
Um
exemplo
simples para entender-se a questão da supervisão é ométodo
utilizadoconhecida, pois nao se sabe, para cada paciente, se e
quando
sua pressao ficaexcessivamente alta. Logo, utiliza-se algum sistema de supen/isão.
A
supervisão periódica é realizadacom
o aparelhocomum
de
medir pressãoque
os médicosutilizam durante as consultas. Naqueles casos mais críticos, a medicina
moderna
conta
com
os aparelhosque
são instalados na cintura do paciente e monitora sua pressãode forma
contínua, vinte e quatro horas por dia durante alguns dias.Em
uma
instalação industrial, para alguns equipamentos críticos, pode-se optar pelasupervisão (monitoramento) contínua.
Para
compreender
a classificaçãodevemos
primeirocompreender
a diferença entreos termos falha e defeito,
que
na áreade manutenção
apresentamuma
diferençaque
usualmente não é considerada na linguagem Ieiga.Adota-se, neste trabalho, os conceitos de falha e defeito,
bem como
dos váriostiposde manutenção, utilizados pela Associação Brasileira
de Manutenção
(Abraman),segundo
Branco Filho (1996, p. 26-67).Defeito:
Na área de manutenção industrial, é a alteração das condições de
um
item, máquina, sistemaoperacional, de importância suficiente para que sua função normal, ou razoavelmente
previsível, não seja satisfatória.
Um
defeito não torna a máquina indisponível, mas se nãoreparado ou não corrigido levará a máquina ou o item à falha e à conseqüente
indisponibilidade.
A
aceitação majoritária e consensual tem sido de que o reparo deum
defeito é sempre manutenção preventiva, pois a máquina não falhou.
P-or sua vez, falha é:
Perda da capacidade de
um
item para realizar sua função específica. Pode eqüivaler aotermo Avaria. É a diminuição total ou parcial da capacidade de uma peça, componente ou
máquina de desempenhar a sua função durante
um
período de tempo, onde o item deveráManutençao
Preventiva: ,É todo o serviço de manutenção realizado
em
máquinas que não estejam em falha, estandocom isso
em
condições operacionais, ouem
estado de defeito. Existe dentro deste tipo demanutenção, desta atividade, a manutenção sistemática que é prestada a inten/alos regulares
(quilômetros, horas de funcionamento, ciclos de operação, etc.), a inspeção, a preditiva, as
atividades de Iubrificação, etc.
Manutençao
Corretiva ê:Todo o trabalho de manutenção realizado
em
máquinas que estejamem
falha, para sanaresta falha.
A
manutenção corretiva pode ser planejada ou não planejada. Se a manutençãocorretiva deve ser feita imediatamente, porque graves conseqüências poderão advir, poderá
ser chamada de manutenção corretiva de emergência. [...] Atenção: por definição não existe
manutenção corretiva para reparar defeito. Note que existe uma interdependência entre
qualidade dos sen/iços e qualidade de produto. Se houver
um
abrandamento de qualidade oequipamento ainda pode ser considerado como bom para produzir.
Em
situações extremas,um
equipamento pode ser mantidoem
serviço apesar de não satisfazer a plenitude de suasfunções. Esta área é a área cinzenta entre a definição de corretiva e a definição de
preventiva.
Manutenção
Preditiva :São tarefas de manutenção preventiva que visam acompanhar a máquina ou as peças, por
monitoramento, por medições ou por controle estatístico para tentar "prever" ou “predizer” a
proximidade da ocorrência de uma falha. É uma tarefa enquadrada como Manutenção
Preventiva, pois deverá ser feita para que a máquina não falhe, feita com ela ainda
em
funcionamento ou
em
condições de funcionar para executar a tarefa para qual se destina.Assim a troca de
um
rolamento, que acompanhado por medições de ruido e de vibraçãos namáquina onde está instalado, é feita normalmente antes da falha, pois normalmente se pode
predizer quanto tempo o rolamento ainda suporta o trabalho. Programa-se a parada e
executa-se a troca, com a máquina ainda operando, com
um
problemaem
potencialconhecido e sob controle.
Manutençao
Sistemática consiste de:Tarefas de manutenção, normalmente preventivas e programadas, que são repetidas
periodicamente, a inten/alos conhecidos,
em
função da utilização das máquinas eequipamentos. Podem ser por hora de funcionamento, por quilômetro rodado, por hora de
2.1.2
Etapas
do
processo
de
manutenção
Para Campbell (1995, p. 46), o trabalho
de manutenção
realiza-seem
seis etapasbásicas.
O
processo inicia-secom
a identificaçãodo que
deve ser feito e terminacom
a análisedo que
deveria ser feitoem
primeiro lugar,passando
pelas etapasde
planejamento, programação, designação e execução, conforme mostrado na figura
3.
Identificar
. Fonte: Campbell,(1995, p. 46)
Figura 3 -
O
processo de manutenção .-A
identificação doque
deve ser feitopode
partir deuma
observação,como
no caso das manutenções' corretivas,mas
o ideal é determinar esta necessidade apartir de
um
programade
inspeções. Estepode
determinar a horade
intervir eajudar a decidir
em
que
lugar na filade
reparosuma
tarefa deve ser posicionada.A
etapa de planejamento destina-se a assegurarque
todos os recursos necessários para o trabalho estão disponíveis.As
tarefas mais elementaresde
planejamento são determinar oque
deve ser feito,em
que
seqüência, ecom
quais habilidades. Sobressalentes, materiais ecomponentes
são usualmente necessários e freqüentemente não estão imediatamente disponíveis.Algumas
vezes, itensextraordinários ou recursos sao necessários, incluindo
desenhos
de engenharia, contratação de terceiros, ferramentas especiais ou equipamentos móveis.Recomendações
de
segurança e regulamentostambém
podem
ser necessários.O
planejador deve seralguém
com
habilidades técnicas e experiência específica daquela instalação, para ter credibilidade junto àquelesque executam
os planos. Eledeve ter a habilidade de analisar os padrões prévios, para organizar o trabalho e estimar sua duração. Finalmente, deve calcular o custo aproximado da revisão,
permitindo projeções de fluxo
de
caixa e decisõesde
reparar ou substituir.A
etapa deprogramação,
em
última análise, éuma
questão de disponibilidade.Quando
o pessoalcom
as habilidades requeridas estará disponível?A
empresa tem
os sobressalentes?
A
equipede
execuçãotem
a liberaçãodo
equipamento pelaárea de operação? ›
Para programar o pessoal' capacitado, deve-se analisar toda a lista de pessoal e depois subtrair
quem
está doente,de
férias ouem
treinamento.Há
trabalhosque
devem
ter prioridade. Estes incluem amanutenção
preventiva, a carga normalde
trabalho de emergência e outros trabalhos planejados já iniciados.. VA
disponibilidade de sobressalentes éuma
questãode
verificar a situação dos estoques ou otempo
de entrega de itenscomprados
diretamente dos fornecedores.Em
muitos casos, háuma
diferença entre oque
os registros de estoque indicam e oque
está realmente disponível.A
confirmação visual é altamente recomendável atéque
os mantenedores dos estoques e seus sistemasde
controleganhem
a sua confiança.A
designação
do
trabalhodepende
da forma da organização. Equipes autônomas,autogerenciadas,
fazem
tudo exceto os diagnósticos e reparos mais especializados.Organizações mais tradicionais usualmente
delegam
a designação do trabalho diárioa pessoal de cada instalação ou a supervisores.
De
qualquer maneira, é recomendávelque
a equipe ou o supervisortenham
alguns diasde
trabalhoplanejado à frente. Isto permite flexibilidade para atender a emergências, trabalhos
não
planejados, ou variações da disponibilidade de mão-de-obra.A
execução
é a etapa mais visível. Equipesbem
treinadas e motivadasmantém
oprocesso
em
andamento. Elas adicionam o valor real-
qualidade, custo e sen/iço.É
nesta etapa
que
ocorre a maior parte dos erroshumanos.
A
análise é a etapa final,mas
naomenos
importante.A
análise das falhas e as decisõestomadas diminuem
as possibilidadesde
repetição dosmesmos
erros.Nenhum
trabalho demanutenção
está completosem
a etapade
análise.Estas etapas são a essência do processo
de
manutenção. Muitas organizações, porém,parecem
terapenas
a etapade
execuçao.O
trabalho de “apagar incêndio” éexcitante e as pessoas se sentem muito realizadas
quando
o “fogo é apagado”.Mas
este tipo
de
gerenciamento deixa muitopouco
tempo
para"um trabalho cuidadoso eplanejado. (Campbell, 1995, p.49)
2.1 .3
Evolução
Históricada
Manutenção
Embora
o próprio termomanutençao
fosse raramenteusado
no início,podemos
traçar a história desta disciplina gerencial deste os anos 30. Até a
época
daSegunda
Guerra Mundial,que Moubray
(2000, p.2)denomina
Primeira Geração, aindústria não era altamente mecanizada,
de
formaque
otempo de
indisponibilidadede
equipamentos não erauma
preocupação e conseqüentemente a prevençãode
falhasnao
erauma
prioridade nas mentes gerenciais.Além
disso, os equipamentosem
geraleram
simples e, muitas vezes, superdlmensionados. Isto os tornavaconfiáveis e fáceis
de
reparar.Como
conseqüência, não havia necessidade demanutenção
sistemática de qualquer espécie, além de limpeza e lubrificaçãoDurante a
Segunda
Guerra Mundial, cresceu ademanda
por mercadoriasde
todosos tipos, enquanto o suprimento de mão-de-obra caiu bruscamente. lsto levou a
uma
crescente mecanização. Por volta dos anos 50, as
máquinas
de todos os tipos jáeram
maisnumerosas
e mais complexas, de formaque
a indústria jácomeçava
adepender
delas.Começava,
para a Manutenção, oque
Moulbray (2000, p. 2)denomina
aSegunda
Geração.À
medida
em
que
esta dependência crescia, ostempos de
equipamento paradocomeçaram
a se tornartema
de preocupação. Isto levou à idéia deque
as falhasem
equipamentos podiam e deviam ser previstas, o
que
levou ao conceitode
Manutenção
Preventiva.Nos
anos 60, esta consistia principalmente a revisões geraisde
equipamentos feitas a intervalos regulares.Os
custosde
manutenção
começaram
a subirem
relação a outros custosoperacionais. Isto levou ao crescimento dos sistemas
de
planejamento e controle.Isto ajudou a manter a
manutençao
sob controle e agora está consolidadocomo
parte
da
práticade
manutençao. -Finalmente o grande capital investido
em
ativos fixos, juntocom
um
rápidocrescimento
do
custode
capital, levou à preocupaçãoem
buscar maneirasde
maximizar a vida útil dos equipamentos.
Nos anos
60, a processo de rápidamudança
nas indústrias acelerou-se culminandocom
achegada
da TerceiraGeração
nos anos 80.A
Terceira Geração significou ocrescimento da preocupação
com
mais alta disponibilidade e confiabilidade dainstalação, mais segurança, mais qualidade
do
produto,nenhum
dano
ao ambiente,mais longa vida dos equipamentos e custos sob controle.
A
tabela 1 mostra as- Tabela 1 - Expectativas e técnicas de manutenção ao longo da História
Primeira
Geração
Segunda Geração
TerceiraGeração
o Consertar
quando
o Maior disponibilidade da o Maior disponibilidadeequebrar instalação confiabilidade da instalação
o Mais longa vida útil
do
o Mais segurançaequipamento ú Mais qualidade
do
produto o Custos mais baixos oNenhum
dano
ao ambiente0 Maior vida útil do
equipamento
o Controle
de
custostat
vas
Expec
o Consertar
quando
o Revisões gerais o Monitoramento dasquebrar programadas condições
e Sistemas para o Projeto para confiabilidade
planejamento e controle e mantenibilidade
do trabalho o Estudos
de
riscos._ 0
Computadores
grandes oComputadores
rápidos ee lentos
pequenos
0ø Análise
de
Modos
e Efeitosdas Falhas ø Sistemas Especialistas o Multi-habilitação e trabalho
de
equipe Técn cas 1940-
1950 1960 - 1970 1980-1990-2000- Fonte: Moulbray (2000, p.3 e 5)- adaptado
Atualmente há
uma
explosao de novos conceitos e técnicas de manutençao. Centenas foram desenvolvidas nos últimos quinze anos e muitas ainda estãosurgindo.
'
2.2
Teoria Geral
de Sistemas
A
Teoria Geral de Sistemas (TGS) surgiu nadécada de
30,com
os trabalhosdo
biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy (ISSS, Internet, 2000).Quando
se consideram os objetos de estudocomo
sistemas, sejam físicos, químicos ou sociais,muitos princípios e conclusoes de
algumas
ciênciastêm
validade para outrasO
objetivo daTGS
não é solucionar problemas ou tentar soluções práticas,mas
produzir teorias e formulações conceituais
que
criem condiçõesde
aplicações narealidade empírica.
Os
princípios básicos daTGS
são:a) Existe
uma
nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais esociais.
b) Esta integração parece orientar-se
rumo
auma
teoria dos sistemas.c) Esta teoria dos sistemas
pode
seruma
maneira mais abrangente de estudar oscampos
não-físicosdo
conhecimento científico, especialmente as áreas sociais. d) Esta teoria dos sistemas, ao desenvolver principios unificadores que atravessamverticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas,
aproxima-se do objetivo da unidade da ciência. » ~
e) Isto
pode
levar auma
integração muito necessária naeducação
científica.As
propriedades dos sistemas,afirma
aTGS,
nãopodem
ser descritasadequadamente
com
o estudode
seus elementos separados.A
compreensão
somente
ocorrequando
os elementos sao estudados globalmente, incorporando asinterdependências dos seus subsistemas ou elementos.
Segundo
Berrienapud
Chiavenatto (1987, p.347), aTGS
baseia-seem
trêspremissas básicas: ,
a)
Os
sistemas existem dentrode
sistemas.Peças
dentrode
uma
máquina,moléculas dentro
de
células e assim por diante.b)
Os
sistemas são abertos.É
uma
conseqüência da premissa anterior.Cada
sistema analisado,
com
exceção do maior de todos edo
menor
de todos, recebe e transmitealguma
coisa aos demais,em
geral àqueles contíguos.Os
sistemas abertos estãoem um
processo infinitode
intercâmbiocom
o ambiente,que
sãooutros sistemas.
Se
o intercâmbio cessa, o sistema se desintegra, isto é, perdec)
As
funçõesde
um
sistemadependem
de
sua estrutura. Estaafirmação
é intuitivapara os sistemas biológicos e mecânicos.
De
particular interesse para este trabalho é a noção de sistemahomem-máquina
que
éum
dos conceitos básicos da Ergonomia (Moraes,1998,p.21).A
áreade
interface
entrehomem
e máquina,que
éonde
os erros ocorrem,merece
uma
atenção especial.
A
figura 4 mostra,de
forma esquemática,um
sistemahomem-
máquina.Retorno Muscular
Funções
cognitivasEntrada
Humana
SaidaHumana
Sistemas Sensores: IFunções
Motoras: .V rINTERFACE
HOMEM-MAQUINA
Mostradores: Controles:Saída da
máquina
Entrada damáquina
Mecanismos
da máquina:Desempenham
tarefa edeterminam estado
-
Fonte: Krantz (Internet)
Figura 4 - Sistema homem-máquina
Do
ladohomem,
as funções cognitivas representam o conhecimentohumano,
as funções motoras suas ações, os sistemas sensores seus Órgãos dos sentidos.Do
ladomáquina temos
os mostradores (displays)que
são a informaçãode
saída damáquina, os controles,
que
sao a informaçao de entrada damáquina
e osQuando
componentes, taiscomo
lâmpadas, relés e outros sao substituídosem
um
equipamento, são elementos
humanos
que
o fazem, paraque
o sistema continue funcionando. Portanto todos os sistemasde
equipamentos são sistemashomem-
máquina,embora
o grau interação varie muitode
um
sistema a outro. (Moraes,1998, p.21)
É
no ladohomem
desta interfaceque
se ocorre a maioria dos problemas, enão
nolado máquina.
No
ladohomem
incluem-se filosofia, estrutura organizacional,condições de trabalho, procedimentos, qualificação profissional e treinamento.
Existem evidências
de que
os erroshumanos
sejam responsáveis por50%
das
paradas forçadas
de
instalações (Castro,1996, p.118).Uma
Central Hidrelétrica é partede
um
sistema elétrico de potência. Este, por suavez, é
composto de
hardware, softwareehumanware. Hardware
são equipamentoscomo
transformadores, disjuntores e linhasde
transmissão.*”Software são osmétodos de
operação e manutenção, regrasde
operação e regrasde
manutenção.Humanware
são as pessoas trabalhando para o sistemade
potência, taiscomo
operadores, pessoal -de
manutenção
e engenheirosde
sistemas(Kawamura
etal,1994, p.1).
A
figura 5 mostra o inter-relacionamento entre estescomponentes do
Instalação Usina Subestação Linha de Transmissão
HARDWARE
fij
Operadores Pessoal de manutenção Despachantes Sistema de Controle Regras de Operação Regras de ManutençãoSOFTWARE
HUMANWARE
Fonte: Kawamura et ai. (1994, p.1)
Figura 5 - Relação entre hardware, software e humanware.
Para o estudo dos erros humanos, o conceito de sistemas traz as seguintes
premissas,
segundo
Proctor eVan
Zandtapud
Krantz (Internet): a)O
usuário ou operador é partedo
sistema.b)
Os
objetivosdo
sistema são conhecidos. c)Os
sistemas são usualmente hierárquicos.d) Tanto os sistemas
como
oscomponentes
têm entradas (inputs) e saídas (ouputs).e)
A
estrutura do sistema é conhecida.f) Deficiências no
desempenho do
sistema são resultados das deficiènciasde
um
ou mais componentes. V
Devem
ser consideradostambém
os niveisde
interaçãoem um
sistemahomem-
máquina
(Kantowitz e Sorkin apud Krantz, Internet): a)Pessoa
fornece força e controle:- Exemplo:
uma
pá-
O
sistemapermanece
inativosem
a pessoa usá-Io.b)
Máquina
fornece força; pessoa fornece o controle:- Exemplo: solda
O
equipamento operasem
o serhumano,
mas
nao vai realizar nada.-
Sem
o serhumano
o sistema é muito perigoso pela faltade
controle.c)
Máquina
fornece força e informação; pessoa ainda controla:- Exemplo: maioria das fábricas
-
O
sistemapode
funcionar até certo ponto por si próprio. Necessita constantemonitoramento
uma
vezque que não
possui controle.- Possui, então,
um
baixo nívelde
automação. Vd)
Máquina
fornece força, informação e controle; pessoa monitora:-E Exemplo: Boeing 757/767 e outras aeronaves avançadas
quando
o piloto. automático está ligado.
'
-'*
São
sistemas altamente automatizados.-
O
serhumano,
atuandoapenas
como
supervisorda
máquina,desempenha
um
papelde
detetorde
erros.-
Se
seu papel é muito pequeno, o serhumano
sente se irrelevante ounao
envolvido, e isto
pode
favorecer a ocorrênciade
erros humanos.Segundo
Li, Yiqun e Zhiliang (1996, p.21) é difícil daruma
definiçao apuradade
Sistemas
Complexos
Homem-Máquina
(ComplexMan-Machine Systems
- CMMS),
devido à sua diversidade,
porém
suas principais caracteristicaspodem
ser descritascomo:
a) complexidade da interface
homem-máquina:
uma
variedade de interfaceshomem-máquina;
tipos de pessoas variáveis (maiornúmero
ou maior variedade);b) complexidade das informações: variedade do
modo
de apresentaçãode
c) complexidade dinâmica: múltiplos níveis e relativa complexidade
do
sistema;combinação
e sobreposição de situações anormais; rápido retorno de operaçõesde
controle;d) complexidade ambiental; inclusive física; organizacional, social, psicológica;
ambiente externo e interno;
e) complexidade operacional: caracteristicas peculiares do sistema (monitoramento,
julgamento, controle); carga
de
operaçãode
emergência muito maiorque
a cargaem
estado normal. Centrais elétricas, instalações químicas modernas, aviões etrens sao típicos
CMMSs.
Li, Yiqun e Zhiliang (1996, p.21) informam
que
muitas pesquisas indicam que, àmedida
em
que
os equipamentos se tornam mais confiáveisnum
sistemahomem-
máquina, os erros
humanos
contribuem relativamente mais para os problemasde
sistemas.Da
mesma
forma, equipamentos mais complexostendem
a provocaraumento
nonúmero de
falhashumanas.
12.3
Erros
Humanos
Existem muitas definições para erro
humano.
A
seguir estão as mais significativasde
diferentes pontos
de
vista, conforme Li, Yiqun e Zhiliang (1996, p.21):a) Para a ergonomia, o erro
humano
é definidocomo
a falhado
homem em
desempenhar
sua função intrínseca, oque pode
reduzir as funçõesdo
sistemahomem-máquina.
'
b) Para a engenharia
de
confiabilidade, é definidocomo
a falhaem
desempenhar
suas funções e tarefas no
tempo
e condições prescritas.c) Para
Reason
apud Li, Yiqun e Zhiliang' (1996, p.21), erro é psicologicamentedefinido
como
o termo genéricoque
engloba todas as ocasiõesem
que
a falhanao
pode
ser atribuída à inten/ençaode algum
agente.Kantowitz e Sorkin (1983, p. 31)
definem
errocomo uma
açãoque
viola algunsassim
como
os limitesque
definem a ação correta e, portanto, aquilo que poderia serum
sério problemaem um
sistemapode
não causarnenhum
problemaem um
sistema melhor. Ressaltam ainda
que
o termo errohumano
não implicanada de
mau
sobre o executante do serviço.A
ocorrência deum
errohumano
não implicaque
o operador seja estúpido, preguiçoso ou descuidado.A
maioria dos erros são devidos a falhas do sistema e nao da pessoa.2.3.1
Tipos
de
erroshumanos
Existem muitas maneiras de organizar e classificar erros humanos.
Nenhuma
é
perfeita e todas obrigam a
alguma
decisão subjetiva.Porém
é necessáriaalguma
classificação para organizar os
dados de
forma a conseguir-secompreender
ecorrigir as fontes dos erros.
A
primeira classificação proposta por Kantowitz e Sorkin (1983, p. 32) divide os errosem: intencionais e não-intencionais.
Um
técnicoque
deliberadamente usaum
instrumentocom
uma
finalidade diferente da especificada cometeum
errointencional. Já o técnico
que
inadvertidaménte conecta o pino de teste -doinstrumento no plug errado
comete
um
erronão
intencional. ParaReason apud
Viller et al. (1999,p.671) isto seriachamado
de
erro e violação. V.
Mac
Donald et al (1997, p.58)usam
amesma
classificação e acrescentamuma
subdivisão das intencionais
em
culposas e dolosas. Culposa é aquelaem
que não
há intenção de causar
danos
e dolosa é aquelaonde
existe dolo ou intenção conscientede
causar dano.Reason apud
Mac
Donald et al (1997, p.58) usa ostermos violaçao e sabotagem. Este trabalho nao aborda a questao da sabotagem.
Existe
uma
aparente dificuldade inicialem
compreender que
um
erro (na nomenclatura de Reason,uma
violaçao) possa ser intencionalporém
sem
oobjetivo de provocar danos.Porém
em
tarefas complexasem
áreas industriais osprocedimentos são
também
complexos enem
sempre
bem
compreendidos ouque
é impraticável a absoluta conformidadecom
os procedimentos, eapenas
nasituação ideal o engenheiro
não
se desvia dos procedimentos e, presumivelmente, reduz as taxas de acidentes drasticamente.Na
realidade, acrescentamMac
Donald et al (1997, p.59), no ambiente de chãode
fábrica existem evidênciasde que
ocumprimento rigoroso dos procedimentos afeta negativamente a produtividade.
Ademais, existem situações
em
que
o pessoalde
comando
aprova tacitamente a não-conformidadecom
um
procedimento ou o seu abrandamento, especialmente sob pressoes comerciais,de tempo
ou de deficiência demao
de
obra." Paraque
aárea de
manutençao
execute sua funçao maiseconomicamente
em
relaçaoao
tempo, esforços e uso dos recursos materiais e financeiros, as organizações
requerem continuamente dos participantes a busca de pontos
onde
o trabalhoprático e os procedimentos
possam
ser melhorados. Por outro lado, a natureza legaldos procedimentos os torna altamente inflexiveis.
O
profissional é literalmenteproibido de usar sua habilidade profissional ou julgamento para seguir o procedimento ao pé da**letra, independente de sua praticidade. Estes são os
estreitos limites
onde
atua o profissionalde
manutençao. -Outra classificação proposta por Kantowitz e Sorkin (1983, p.32) refere-se aos
custos dos erros.
Porém
devido à grande variabilidade possivel, 'eles preferemsimplificar esta classificaçao considerando
apenas
duas categorias: errosrecuperáveis e erros ir-recuperáveis. Erro recuperável é aquele
que
tem o potencialde
causar danos, porém, devido à sorte ou aum
bom
projeto ergonômicoque
antecipe possíveis erros, nada sério acontece realmente. Erro irrecuperável é aquele
onde
não é possível evitar as sérias conseqüências.Os
errosrecuperáveisnão
devem
ser ignorados pois revelem inadequaçöes do projeto (do equipamento oudo
processo).O
erro recuperávelde
hojepode
ser o desastrede amanha.
Swain e Guttman apud Kantowitz e Sorkin (1983, p.32) dividem os erros
em
cinco categorias:a) erro por omissão;
b) erro por açao;