O
PAPELDOS
THINKTANKSCONSERVADORESNA
LEGITIMAÇÃODA
POLÍTICAEXTERNA DOS
ESTADOSUNIDOSDURANTEO
GOVERNODE
DONALD TRUMP
(2016-2019)ALFONSO, Mariana Dias1
1 Graduandaem RelaçõesInternacionais pela Universidade Federal de Uberlândia.
Orientador: Dr. Filipe Almeida do Prado Mendonça
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar os documentos, relatórios e opiniões de três Think Tanks conservadores: Heritage Foundation, American Enterprise Institute e Hudson Institute, levando em consideração três temas chaves de grande debate: as relações com a China, a imigração e os Direitos Humanos. Além disso será exposto como o presidente Donald Trump lida com a maioria das sugestões desses Think Tanks e como isso é incorporado ao governo.
Palavras-chave: Think Tank; Conservador; Donald Trump; American Enterprise Institute; The Heritage Foundation; Hudson Institute.
Abstract: This article aims to analyze the documents, reports and opinions of three conservative Think Tanks: Heritage Foundation, American Enterprise Institute e Hudson Institute, considering three key issues of great debate: relations with China, immigration and Human Rights. Also, will be exposed how President Donald Trump deals with most of the suggestions of these Think Tanks and how this is incorporated into the government.
Keywords: Think Tanks; Conservative; Donald Trump; American Enterprise Institute; The Heritage Foundation; Hudson Institute.
I. Introdução
O conservadorismo estadunidense, da
forma
como
conhecemos hoje,remete a
ummodo
de pensarcriado
antesmesmo
daprópria
independência dopaís
em relaçãoà coroa
inglesa.Os ideais
dosEstados
Unidos,sua cultura, suas
crenças,tradições,
acabaram por formar umasociedade
emque
o conservadorismotivesse espaço
paraflorescer e se
desenvolver, mesmoque com
diferentes intensidades
ao longo datrajetória histórica.
(KARNAL,2007)Esses ideais baseiam-se
principalmente na crença da superioridade democráticados
Estados Unidosfrente
aoutros
países,assim como
oorgulho
nacionalque permeia
namente
de grandeparcela
da população.Tal
superioridade tem raízes noperíodo
de descolonização,onde
os
colonoscolocavam
seus
interesses
à frente aos da metrópole,visto
que
se sentiam injustiçadoscom
asleis abusivas
as quais eramsubmetidos.
O
que
acabou
por gerar vários episódiosde
atrito entreosdois territórios, como por exemplo,
oepisódio
do Cháde Boston,onde os
colonos, possuídospelo
aumentoabusivo
do preço dochá (monopólio inglês), na
noite
do dia 16de dezembro
de1773
saquearam 3 naviosingleses
lotados dechá
e arremessaramo
produto
aomar.
Até
hoje
esse acontecimentoé
muito
importante na históriados
Estados Unidos,
principalmente emrelação
ao conservadorismo eas vertentes
que
acabaramporsurgir desse
pensamento.(KARNAL,
2007:67)Pecequilo
(2003)
vai maisfundo
echama
depadrão americano
(de1776 a
1945)elementos
que
estãosempre
presentes naformulação
da políticaexterna
dopaís,
sendoeles:
experimentoamericano, fundado nos ideais
dosPais
Fundadores,ondepregam
aliberdade
ea igualdade, e mais doque isso,
onde
o
modode
vida estadunidense levaria a
democracia;
a expansãodas
fronteiras; e oDestino
Manifesto. São trêspilares que colocam
os Estados Unidos como excepcional, ondea
expansão
ea
busca
por novosterritórios não
apenas
lheé
digno,mas também
aprovado e concedido porDeus.
Na
contextualizaçãohistórica do
conservadorismo,podemos perceber
grandepresença
da religiãoe
preceitos puritanos, que
acabaram por darvoz
a
muitas
posturas epolíticas que
hoje são
comuns e aceitáveispelos
conservadorese seus
movimentos.(TEIXEIRA,2007:60)Odualismo
presente
nasociedade estadunidense permite que
aomesmotempoque se
promove oFreedom of
speech, também exista
controle pormeio
dadisciplina imposta pela
religião. Éo
paísque
tema
maiorriqueza
domundo,
masque
aomesmo
tempo apresenta grandedesigualdadesocial. Além disso,
apesardeseruma
sociedadeheterogênea,tendea se
unificar pelos pilares
játratados
acima,que fortificam
maisainda
onacionalismo do
país. (TEIXEIRA,2007:64)O
livro
Conservative
Mind deRussel
Kirk (1953)
é importantepara
entender
o
conservadorismo contemporâneoe
as complexidadesque a
ideologiapode apresentar. Tal
livro
foiimportante para
darbase e despertar
umgrupo que não
seviamais
tãorepresentadopolítica e socialmente a partir
de1930. As
ideiasabordadasnesse livro provêm
deumfilósofo irlandês, Edmund Burke,que
Kirk cita ativamente em suaobra.
Burkedefendia
os pensamentos conservadores, sendomuitas vezes
colocadocomo
ofundador do
conservadorismo.Ele
apontacomo
as revoluçõesdeveriam
serpautadas
na tradição, repudiandoasformas
de revoluçãoque quebraram totalmente com a estrutura
antespresente, apontandouma
grande
conexãocom
oliberalismo.
Burke
foi
alvo
de críticasdaqueles
que
defendiamuma sociedade mais igualitária.
(GOTTFRIED,2007)Como forma
deencontrar
representatividade políticae
social, os
conservadores passaram a atuarde
formaque
seus interesses
pudessemserlegitimados e passados a diante.A sociedade estadunidense buscou e ainda busca formas
decolocar seus interesses
nosistema decisório.Desse modo,
podemosassociar
o conservadorismoestadunidense
com o
desenvolvimentode Think
Tanks
embasados empreceitos
conservadores.
Aqui serão
colocadoscomo objeto
deanálisetrêsThink
Tanksque
servirãocomo exemplo
deinstituições conservadoras:Heritage
Foundation,American Enterprise
Institute (AEI)e Hudson
Institute,
afim
demostrar como
serelacionamcom
assuntoscontemporâneos.Serãoanalisados3temas
chavesemcadaumadessas
instituições,sendo eles:
asrelaçõescom a China, a imigração
eosDireitos
Humanos.II.
Os Think Tanks conservadores e a Política Externa
Think
Tanks
são instituiçõesque podem
serdefinidas
basicamentecomo centros de
pesquisae
estãopresentes
emvárias
áreas,como
política,economia,
relações
internacionais, segurança,meio ambiente,
entreoutras.
Segundo orelatório, Global
Goto
ThinkTank2 de
2016, háhoje
nosEstados Unidos cerca
de1.835
instituições,sendo que
um quartodelas
estão estabelecidas em WashingtonD.C.
A
relevância
dosThink Tanks
é tãogrande para o
país que
onúmero
maisque dobrou após 1980. Os
ThinkTanks
conservadoresrelacionados
apolítica estadunidense buscam oferecer
umrespaldocientífico para o poder
decisóriodopaís,
paraque assim possam
exercere legitimar
sua influência.A tabela a seguir, coletada
do•
•
3relatório
GlobalGo
to
Think
Tank3 doano
de2018,
mostra
como
os
Estados Unidosé
líder
na quantidadedessas
instituições,
com
mais de1.300
instituições
a
maisdo
que
o paísque
ocupaosegundolugar:
3 Disponível em: https://repository.upenn.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1017&context=think_tanks Tabela 1
- Ranking
depaíses
deacordocom número
deThinkTanks
Ranking País Número deThinkTanks
1 EstadosUnidos 1871 2 Índia 509 3 China 507 4 ReinoUnido 321 5 Argentina 227 6 Alemanha 218 7 Rússia 215 8 França 203 9 Japão 128 10 Itália 114 11 Brasil 103
Fonte: GlobalGo toThink Tank Index report 2018
A
história
edesenvolvimento dessas
instituiçõespodem ser
divididas em quatrofases.
A
primeira (1900-1945)delas
éconhecida como Era Progressista
e trazo surgimento
do Think TankBrookings
Instituition. Nessa fase
ressalta-se
o papel das
instituiçõesvoltadas
essencialmentepara
apesquisa,
funcionando até mesmo como uma “universidade sem
alunos”,
comocoloca Tatiana Teixeira
(2007).Dessa forma, buscavam aplicar o
conhecimento científico adquiridopela
pesquisana esfera pública,
deforma que
aimparcialidade
desseconhecimento
conseguisse gerar frutospara
obem-estar
dos Estados
Unidos. O papel dessasinstituições
passou a setornar
cadavez
maisrelevante
para aspolíticas
públicas
estadunidenses,como
exemplotemos o
NewDeal, uma
política
abordada
e
analisada por
Think
Tanksdesse
período, emespecial
pelo BrookingsInstitution.
O
diferencial dessa
fase
é
a imparcialidadedas
pesquisas, nãoestabelecendo
vínculos
com partidos(SU,
2016). Nessafase
asinstituições
estavammuito
maiscomprometidas
com
odebate
detemas
que
pudessem
melhorar o poderdecisório dos
Estados
Unidos
(ABELSON,2016).
A segunda
fase
(1946-1970)configura-se
durante aSegundaGuerra Mundial
eGuerra Fria,quando
asinstituições se mostram
mais engajadas comos acontecimentos
aoredor
domundo.
Fez-se a necessidade
deapontar
umpessoal que entendesse as
mudançasque
estavam ocorrendo,assim
como
oferecer formas
deprosperar
nocontexto
do
período. ARAND
Corporationéum ThinkTank que surgiu
duranteessa fase
e focouemoferecer análises
para oDepartamentode Defesados
Estados Unidos.A
instituiçãocontou com
oenvolvimentode
engenheiros,biólogos, físicos, analistas,
entreoutros,
oque
fezcom que
a gestãopública
estadunidensese
desenvolvesse deforma
inovadora durante o período. (SU,
2016; TEIXEIRA,2007)
Foitambém
durante
afase
doisque
se desenvolveu oHudson
Institute, ThinkTankdecaráter
conservadorque será estudado
deformamais
profundanestetrabalho.Essa
instituiçãonasceu com
opropósito
dedesenvolver
pesquisas nas áreas econômicas e sociais,afim
de diagnosticar problemas anível
nacional.
Apenas no
ano
de2004 o
Hudson Institutese
estabeleceunacapital dos
EstadosUnidos
paraque assim pudesse
desempenharda
melhorforma assuntos relacionados a defesa e segurança
dopaís.(HUDSON,
2016)A
terceira
fase(1971-1989) traz
umnovo
conceitodeThinkTanks,
conhecidos comoadvocacy Think Tanks.
Esse termo é
comumente aplicadopara
se
referir ainstituições
que
passarama
levar em consideração a elaboração deideias
que pudessem
ser relevantes e chamar a atenção dos tomadores de decisão, deforma
a secolocarem namáquina
do Estado dealguma
forma.Os Estados
Unidospassavam
porumperíododelicado, tanto
nacionalmente quandointernacionalmentecom
aGuerra do
Vietnãe
aGuerra Fria, que
acabouporaflorar as
discussõespolíticas dentro
dopaís.
Énessa fase
que
osThink
Tanks,
segundoTatiana
Teixeira
(2007), procuram influenciaros
elementos
considerados maispoderosos,
deforma
que
avisãoeaideologiadecada
instituição passassema
impactarcada vez mais a tomada de
decisõesdopaís.
Énessafase que a
pesquisasetorna
politicamenteenviesada, abrindo espaço
para a incorporação deideias
dospróprios
integrantesdos Think
Tanks,
suas convicções e julgamentosdo que
seriamelhorounão
paraosEstados
Unidos (TEIXEIRA,2007).O Think
TankTheHeritage
Foundationfoicriado
noano
de1973,
noinício
daterceira fase e é
umdos
principaisexemplos de
ThinkTanks com caráter
advocacy. (ABELSON,
2016)A quarta (1990-2015) e
última
fase
que
marca
a
trajetória
dessasinstituições
foi
evidenciadacom
osurgimento dos chamados
vanityThinkTanks. Essas instituições
focamno
legado dealgum
político ou
figuraimportante que
passou
pelos Estados Unidos. Como exemplotemos
oCarterCentere
oNixon Center,
essasinstituições
têmcomo papel
principal desenvolver o legado deixado pelosseus
fundadores, levando em consideraçãosuas
ideologias.Além
disso,muitas
vezes
sãousamos
como
ThinkTanks
de "aposentadoria", emque
aoinvésdeinserirempessoal
napolítica, acabam
porretirar.Enxergam neles uma
formade
atuar
indiretamente, focando
empesquisas que
melhorema credibilidade
dessas instituições.Hoje, esse
tipo de atuaçãonão é
mais tão reconhecidapelo
poderdecisório
e acabaque não são
consultadoscom a mesma
frequênciaque os
ThinkTanks com
maiornível deadvocacy.
(ABELSON,2016)Os
trêsThink Tanks aqui analisados foram escolhidos
por sua relevânciae voz no
cenário estadunidense.Essas
três instituições têmcaráter advocacy,
ouseja,
aspesquisas,
relatóriose
documentosnão são imparciais e
apresentamviésideológico.Donald
E.Abelson (2006), fazuma analogia interessante sobre os Think Tanks
esuas formas
deatuarem na
política,oschamandodeMakertplaceof
ideas4,
issodáaideia
deque
aspesquisas,políticas
e posicionamentosestão
emuma
espécie
de“vitrine
”,
de ondeserá
tirado
apenas
aquilo
que
mais
interessa aogoverno
naquele momento. Com isso podemosperceber
como
as
relações
dogoverno com essas instituições é próxima.
SegundoAbelson(2006):4 Marketplacedeideias,em português.
5 Texto original, segundo Abelson: “Think Tanks (...),cannolonger be perceived asdetachedobserversof AmericanPolitics. On the contrary,they haveavested interest inparticipating,directlyand indirectly, in the conversations taking place between power-brokeson Capitol Hill,in the WhiteHouse, and in the sterile
Os Think Tanks não podem mais ser considerados meros observadores da Política Americana. Pelo contrário, eles têm investido interesse em participar, direta e indiretamente das conversações que acontecem entre os corretoresde poder no Capitol Hill, na Casa Branca e nos estéreis corredores da burocracia, departamentos e agências.
(traduzidopela autora,texto original norodapé5)
As formas encontradas
por
essas instituiçõespara
conseguirem cadavez
mais
relevância estámuito associada com
opróprio
EstadosUnidos, onde a
sociedade,desde o
início,
procuravaexpressar suas
necessidadese
muitasvezes
juntar-se
eminstituições ou
gruposorganizados
paraconseguiremque
suasvozesfossem
ouvidas.OsThink Tanks
podem atendermembros do Congresso,
fornecendo respaldocientífico
epesquisas
para embasaras
colocações feitas poresses
membros,
dandoassim
maiorlegitimidade aos projetos.
(ABELSON,2006)Além disso, a cultura presente
nasociedadeestadunidenseé
consideradaumsolo
fértil paraodesenvolvimentodessas
instituições.Isso porque
adescentralizaçãodosistema
políticodos Estados Unidos permite que
osThink Tanks
ajudem
amoldar a opinião pública e o
sistema decisório.
Como
não
acontece
emmuitos
países,
a sociedade estadunidensesempre
buscouter
umpapel
ativo
napolítica
dopaís,
procurando ummodo
deatuar,
mesmoque
deforma
indireta. Esses
sãoalguns dos
motivosque
tornam os
EstadosUnidos
referência quando oassunto
éThink
Tanks
(ABELSON, 2006).O
poder
financeiro
e o
grande número demembros não
é o principalponto
que
leva
alguns dosThink Tanks estadunidenses
a chamarematenção,
massim
aproximidade que
elestem dopoderdecisório e
damáquina do
Estado.(ABELSON,2016)Outro
fenômenorelevante
que acontece
comos Think Tanks
estadunidenses éconhecido
comorevolving
door, a
oportunidadeque
osmembros
dessasinstituições
têmdese
envolveremdiretamente
no governo.Essefenômeno é
percebidoprincipalmente
quando háa instalação de uma nova presidência, onde opresidente
temque
montar seu timeque
irá
comporonovo
governo.(ABELSON,2016).
Umexemplopráticodesse fenômeno
aconteceu recentementecom a posse
deDonaldTrump,
ondeoThink
TankHeritage
Foundationfezumplano
comsugestõesdepolíticas, além disso,
tambémsugeriuumpessoalque
deacordo
com aagenda
conservadora
parapreencher
oscargos
de governo.O plano seintitulouProject
to RestoreAmerica.(NYTIMES,2018)A
partir desses fatos
conseguimosentender como os
ThinkTanks
encontraramnos
Estados Unidos um local paraprosperarem.
Os
Estados Unidos
possuem
uma
sociedade
que
busca engajamento na políticado
país,políticos que
procuram por auxílioe
apoio para
suas decisõesbaseadasnos ideais
doseupartidoouideologia.Além
detudo,os
ThinkTanks
têmo
apoio
damídia, que
oscolocam
emfoco,
ou seja,além
de auxiliarem opoderdecisório
com
pesquisasemembrospara
ogoverno,também trabalham
opróprio
marketing,buscandocada
vez
maislegitimidade
e
visibilidadetanto
em questõesinternas
quanto
externas do país. (ABELSON,2016)III.
Os três temas de debate
Os
ThinkTanks
em atividadenos
Estados Unidos englobamvários
temas
nos quais desenvolvem pesquisas, opiniõese
embasamento parapolíticas.
Para deixara análise mais
clarae perceptível,
vamos analisar
trêstemas
de debateque
são
relevantespara
essas instituiçõese que
geram documentos.A
partir
daí épossível
entender
a abrangência desses documentose
a
influência deles
napolítica
trabalhada
pelo
atual
presidente
DonaldTrump.
Além disso,
olhando para osThink Tanks
conservadores, serápossível estudar como
seus posicionamentos podem ounão
ser parecidos.A partir
decomentários,
relatórios edocumentosdesenvolvidos
pelos Think
Tanksemanálise,disponibilizadosprincipalmente
emseus
próprios sites, podemosdiscutir
mais
profundamente essestrês
importantes
tópicos, sendoeles: as
relaçõescom
aChina,aimigração e os Direitos
Humanos.1. As
relaçõescom
aChina
Na
discussão dasrelações dos
EstadosUnidos
com a China, podemos
ressaltar principalmente as questões econômicasque
envolvem osdois
países, eas questões de
segurançanacional.
Levaremos emconta os
tópicos
maisproblematizados
ediscutidos por
essasinstituições,navisão
deseus membros
eideologias.1.1
The Heritage
FoundationEm
relatório recente,
deabril
de2019,
RileyWalters
colocacomo
os
EstadosUnidos
teriammais
vantagem emabaixar
as
tarifas
deimportação
colocadas emprodutos
chinesespelo
governo. Esseponto
de vista é defendidopois a guerra comercial com
aChina e as
elevaçõestarifárias
impostas
pelo
governoTrump
aumentamartificialmente
opreço
das mercadoriasimportadas dos asiáticos,
aumentando opreço das
importações para os consumidores norte-americanos. OHeritage
Foundation fazuma sugestão nesse
relatório,
de
que
astarifas
com
a China
devem ser cortadas o quantoantes,
pois
elasnão
levam
em consideraçãocomo
as
importações
chinesas
são essenciais para aeconomia
dos EstadosUnidos
(WALTERS, 2019).Em
umrelatório
deFevereiro de 2019, Bakst, Beaumont-smith e Walters (2019)vão
maisfundo
nessa
disputa
comercial entre aChina
e entreos
Estados
Unidos,
alegando que
o aumentodas
taxas dos produtos chinesesinterfere
emtoda
aeconomia estadunidense,
inclusiveno setor
da agricultura, que
vem
sofrendoretaliações
por parteda
China, fazendocom
queos produtores estadunidenses
percam mercado.(BAKST;
BEAUMONT-SMITH;
WALTERS, 2019)
Em relatório
de maio, Walters (2019)defende
como adisputa
comercialcom a
China tende a
prejudicaro
consumidorestadunidense,
segundo
ele:O Escritório do Representante de Comércio dos EUA recentemente iniciou o processo de colocar tarifas adicionais de 25% sobre os bens que os americanos compram da China, no valor de US $300 bilhões, elevando o valor total de mercadorias da Chinapara cercade US $550 bilhões. Essas tarifasafetarão tudo o queosamericanos compram do país, de produtos eletrônicos,bens de consumo a brinquedos.
(Traduzido pela autora,texto original no Rodapé6)
Com relação a segurança cibernética,
umdos
assuntosmais
comentados noano
de2019
atéentão
foi
o
casoda empresa Huawei.
A empresachinesa
detém monopólioda
tecnologia5Ge aspira
levá-la
paraos
Estados Unidos.A questão colocada
pelosintelectuais doHeritage
Foundationé
como
essaempresa
chinesa,segundo
elesacusada
de
não
ter
posturaséticas,
vai lidarcom
todos os dadosque
circularão
poressa
rede. Oponto
principal apontadopela
instituiçãoé
desegurança:
Comoosdadosdos Estados
Unidose outros
países do mundo realmente estarão protegidos?O Heritage
Foundation alegaque a
Huawei tem grandeproximidadecom
ogoverno chinês,
oque gera suspeita
decomo
o governousaessas informações.(ROGERS,2019)
1.2 American
Enterprise Institute
O Think
Tank
American
EnterpriseInstitute
(AEI)
traz parao
debate
osgrandes
investimentos chinesesque
vem
acontecendoa
redor
do mundo.Vários
documentos são liberadossobreo Belt
and
Road
Project,
onde
a Chinafinancia
vários
projetos
empaíses
da
Europa,África e América Latina.
OAEI
apontaissocomo uma forma
deconseguircadavez
mais
influênciamundo
afora,
fazendo
inclusive
a associaçãodesse
projeto
com
oPlano
Marshall,
promovidoem1947
pelosEstadosUnidos
comouma
formaderecuperar os
países daEuropa eÁsiapós Segunda GuerraMundial.
OAEI
utilizaumrelatório
feitopelo
Center forAmerican
NewSecurity,
para dar sugestões,respaldos e
informaçõesmais
precisassobre
esseprojeto
chinês,segundo
a visão dainstituição. (
KLIMAN, 2019)A
tabela
aseguir
mostrar alguns
dessesprojetoschineses,
focados
em6partes:
Quadro 1 - Panorama global
- projetos
deinfraestrutura
chinesesRegião Projetos Desafios
América Latina Represa hidrelétricaCocaCodoSinclair,Equador 6 desafios
América do Sul ComplexoEspacial, Argentina 4 desafios
Europa Ferrovia de Budapeste-Belgrado,Hungria 3 desafios
África Projeto de reconhecimento facial, Zimbábue 4 desafios
OrienteMédio Porto deHaifa, Israel 3 desafios
Ásia Centrale Sul Extração de carvão,Paquistão; 9 desafios
6“TheOfficeof the U.S. Trade Representative(USTR) recentlybegan the process of placing additional 25 percent tariffs on $300 billionworth of goodsthat Americansbuy from China,bringing the totalvalueof goods from Chinato be taxed toroughly $550 billion. These tariffs will affect everythingAmericans buy fromChina, from consumer electronics totoys.” (Walters, 2019)
Fonte:Center for a New American Security (2019)
Região Projetos Desafios
Oleoduto chinês-Turcomeno D, Tadjisquistão Sudeste Asiático Porto de Kyaukpyu,Birmânia;
Ferrovia de alta velocidadeJakarta-Bandung,Indonésia 10desafios
Segundo esse relatório,
o Center
forAmerican New Security levanta
alguns pontosque
devem serlevados
emconta
pelos
países
assistidos pelo Belt
and
Road
Project,
sendoeles: Riscos a soberania nacional, falta
de transparência, riscos financeiros,riscos
geopolíticos,negligênciaàsnecessidades
econômicasdaregião, impactos ambientais e
grande potencial paracorrupção.
Segundoa
instituição, ospaíses
envolvidosnesse
projeto deverão prestaratenção
nesses7 pontoscolocados.A
preocupaçãodos Estados
Unidos emrelaçãoao
Belt
and
Road
é orisco
geopolíticoque
a presençachinesa
pode
gerar nessespaíses.
Alémdisso,
algunspaíses não
estãoconseguindopagar
oempréstimo
feitopela China,
oque chama
ainda
maisaatençãodos Think Tanks
estadunidenses,ementender
amotivaçãodoschinesescom esse projeto,
jáque
aparentementeelenão é financeiro. (THE
GUARDIAN,2019)1.3
Hudson Institute
Podemos
perceber grande ligação
deseus
intelectuaiscom
ocanal
conservador Fox News,onde
váriosdeles aproveitam o espaço
para poderem darsuas alegações.
Para isso utilizamos devárias
reportagens ecomentários
dopessoal filiado
aoHudson
Institute,
alémdos
documentosencontradosnosite
doThinkTank.
No
casodaChina,
MichaelPillsburyé
especialistanoassunto
efiliadoaoThink Tank
HudsonInstitute, além
deserassessor
naadministraçãodeTrump. Em entrevista
àFoxNews, emabril
de2019
faloudas
negociaçõescomerciais
daChina
edos EstadosUnidos,
decomo
os
países
temfeito
essas negociações deforma secreta. O
que
Pillsbury
consegueafirmar
écomo
ostratos
comerciais são delongo prazo, chegando
até mesmoa
2025.Além
disso colocacomoaestratégiados Estados
Unidoshoje
ébaseadanatentativa
deconciliaçãocom
aChina,
passando
por cima das alegações eacusações
de máconduta.
As
negociações com aChina feitas nesse primeiro semestre
de2019
encontram osdois países
maisabertos
a negociar. Porém, emcomunicado
de MichaelPence, vice-presidente,
feito emoutubro
de2018
noHudson
Institute,Pence demonstra como
osEstados Unidos estão
ligadosnaposição
daChina
nomundo
hoje
ecomo
a
gigante
oriental
vem
avançando para conseguir aumentarcada vez mais
seupoderdeinfluência.
(PILLSBURY,2019)
Em entrevistas
mais
recentes,
emmaio
de2019,
Pillsbury
relata
àFox
Newsos
desdobramentosdas
negociaçõesentre Estados
Unidose China. Os impasses presentes no
acordo secreto entre os doispaíses
envolvemprincipalmente
oassunto
espionagem. Alémdisso, segundo Pillsbury,
aChina não
estádisposta a aceitar vários termos do
acordo,e
talvez nuncaesteja.
O posicionamentodo
HudsonInstitute,
segundo Pillsburymostra
que
o
acordodeve acontecer,
a disputa
comercial
com
a
Chinanesse
momento
é acoisa certa a
se fazer, apesardetodascomplicaçõesatéentão.Pillsburgy (2019) comenta que
oacordo secreto
está 90% definido,porém,
segundo rumores,os
últimos
10% envolvem assuntosmais
sensíveis,
como
observânciadas leis
e outras
medidas.Os
EstadosUnidos
jávêm
aplicandotarifas
de 25% em cima de produtos chineses, oque é apontado
por Pillsburyé a
possibilidadeque
aChina
tem decolocar
tarifasretaliatórias contra os Estados
Unidosmuito
em breve. (PILLSBURY,2019)William Schneider
em seurelatório para Hudson
Institute em 8 de maio de 2019, trabalhao assunto Huawei
ea influência chinesa
nomundo.
Segundosuas
palavras: Essaé
a aspiraçãodaChinaemsuabusca
dedomínio
econtrole
dainfraestrutura
deinformaçãoglobal
-a
“estrada
digital”.
“Componente
de suaInfraestrutura
Belt-and-Road7
(SCHNEIDER, 2019).Alémdisso,emseurelatório Schneider comenta como
o5Gémaisdoque apenas uma
conexãorápida, implica
emuma
sériedemudanças e benefícios
paraogoverno Chinês, sendo
eles: 1-Tecnologia de
comunicação;2-
Navegação de temporizaçãoe
precisão(PNT);
3-Ciênciados dados;
4-Serviços
financeiros
e 5- Tecnologiasautônomas.
(SCHNEIDER,2019)
7 Traduzido pela autora. Texto original:Such atleast is the aspiration of Chinainitspursuit of dominanceand control of the global information infrastructure— the“digitalroad” component of its Belt-and-Road- Infrastructure (BRI). (SCHNEIDER, 2019)
2.
ImigraçãoA
questão
migratória
foi um dos assuntos mais comentados noinício
dogoverno
Trump
edurante
a suaeleição.
Quando as negociaçõespara tentar
umganha-ganha
entre democratase
republicanos
nopolêmico
assunto
daconstrução
de ummuro
não
deram
certo,
Trump declarou emergência
nacionalnafronteira sul
dopaís. Isso quer
dizerque
oorçamentomilitar poderá
serrevisto e
muitosprogramasnão receberão
omesmoorçamento, sendo que o
mesmo poderá serdesviado para
a
construção domuro
nafronteira
Sul.
Enquanto
todo esse
tramite
acontece, o orçamento ficaparado devido
a quantidade de processosjudiciais. A
batalha
deTrump
paratentar realizar a construção
domuro,
tãocomentado
durantea sua
corrida
presidencial élonga
eainda enfrentará
grandesresistência.
(EAGLEN,BERGER
-2019)
2.1
The Heritage
FoundationDepois de mais de dois anos de governo, o Heritage Foundation coloca
como
a questão daimigração
nos Estados Unidos é narealidade
uma
crise
que
seencontracada
vez
mais
caótica.
A faltade
apoio
do Congresso pormedidas
mais
agressivas
emrelação
a fronteiraSul dos Estados
Unidos,
acaba
porcriar
umimpasse
dentrodo
governo, gerandoo
episódio do “Shut down”
que
aconteceu
em dezembro de2018
edurou
meses. OHeritage
Foundationaconselha
opresidente
Trump
atomar
algumasmedidas
emrelação
a crise imigratóriapresente, mesmo com
abatalha
entreoCongressoe
opoder
executivo.Asopções englobam: fechar a fronteira;cortar
oapoio
financeiro
naAmérica
Central;colocar
alguém paraadministrar
afronteira;eporúltimo
tornarasleis mais
rígidascom os
imigrantesilegais.
(CARAFANO,2019)Além dessas
medidasparaadministrar a
criseimigratória,oHeritage
Foundationainda
recomenda algumasmedidas para
serem tomadascom
osimigrantes ilegais
ou até mesmocom
aquelesimigrantes que aspiram
entrar
nosEstados
Unidos de forma legal. Oque
tem acontecido, segundo James JayCarafano
(2019)
emseu
comentário nosite
do
Heritage Foundation,é que
o povo conservador norte americanodeseja
colocar mais
restrições
para aquelesque desejam adentrar
osEstados Unidos como
imigrantes,possibilitandoa imigração
apenasdaqueles que
játiveremumserviço
préacordadoouque estejam
sendocontratado por
alguma empresa.Além
disso, ainda
coloca como as
leis
devem ser mais rígidas paraos
imigrantesilegais, não
possibilitandonem
mesmooestudo
emuma
universidade.O
objetivo principal doHeritage
Foundationaqui
écriar respaldo
paraque
aimigração no
país seja observada de forma mais cuidadosa, a ponto detrazer para
“dentro” dos Estados Unidos apenaspessoas
que tenham
algo
a oferecer
para
o funcionamento danação.
(CARAFANO,2019)
Em
comentário
demaio
de2019,
Carafano
aponta
como
o presidenteDonald
Trumppode superar os obstáculos
ese
tornar
opresidente
daimigração
eda segurança
nafronteira.O ponto chave,
segundoCarafano,
seriaapostar naqueles
assuntosque
amaioria
dasociedade estadunidenseconcorda,pontosque tendem
adeixar a fronteira
maissegura, indo menos
para ocaminho
polêmico,massimpelo
caminhodaimigraçãobaseadano
mérito,bem
vistatantopor
republicanosquanto
por democratas. Dessa forma o autoraponta que
o
presidente tenderiaa alcançar
osucesso
nessaesfera.
(CARAFANO,2019)
2.2 American
Enterprise Institute
Marc
A.
Thiessen,
em seurelatório
publicado no AEI emjaneiro
de
2019,
aponta aatitude
deTrump
emrelação
aoshutdown
do governo noinício
do ano.O
Congresso se recusou a aprovar oorçamento
para aconstrução
domuro. Durante
oinício
do shutdowno
presidente DonaldTrump tentou
negociaçõescom
os democratas,porém sem
sucesso (THIESSEN,2019).O
AEIse posiciona afavor
daconstrução
domuro,
porémquestiona os
meios nos
quais o presidente DonaldTrump
temusado
parachegar
aseu
objetivo. Thiessen apontacomo
osEstados
Unidos
precisa
da presença de imigrantes,principalmente
para preencherempregosque vem
sobrandonopaís, ou seja,
acontençãodeimigrantes ilegais
porTrump
é válida,porém o
paísprecisa
dessaspessoas
e dessamão
de
obra
para seguir crescendo,já
que
onúmero
de trabalhadoresnascidos
nosEstados Unidos
não
é osuficiente
parasuprir toda
ademanda
(THIESSEN,2019).
Em
relatório
de abril de 2019Thiessen insiste
napresença
deimigrantes
no país, segundoeleénecessário que
osEstadosUnidos contem
comimigrantes legais
poisopaís, ao
contrário doque Trump
prega,não está
cheio. Segundo ele onúmero
de Afro-americanos, Hispânicose
Americanos semdiploma
que
estão desempregadosabaixou consideravelmentedevido a
administraçãoTrump.
Thiessen, menciona a reportagem do WallStreet
Journal (2019)prareforçar ainda mais
seuargumento:Trabalhadores são tãoescassosque, em muitas partes dopaís, empregos de baixa especialização estão sendo dados para qualquer um que estiver disposto. Os trabalhadores com mais especialização estão mais raros ainda de se encontrar. Todos os tipos de pessoas que antigamentetinha problemasem encontrarum trabalho estão achando agora. Minorias raciais, pessoas com pouca educação e pessoas que trabalham em empregosque ganham menos estão ganhando mais hoje,emalguns casos, experenciando a menor taxa de desemprego já vista por esses grupos.
(Traduzido pela autora,texto originalno rodapé8.)
8 Texto original:Workers areso scarce that, in many partsofthe country,low-skilljobs are beinghanded to pretty muchanyone willing to take them-andhigh-skilled workers are in even shorter supply. All sortsofpeople who have previously had trouble landing a job are now findingwork. Racial minorities,those withless education and people working in the lowest-paying jobsaregettingbigger pay raises and, in many cases, experiencingthe lowest unemployment rate ever recordedfortheir groups. (WSJ, 2019)
O
AEI
reforça
a
necessidade
da rigidezdas leis
migratóriase da construção do muro deferroqueTrump tanto
defende.Porém
apontaas
implicações econômicasdafalta debons imigrantespara
os Estados
Unidos
e para
obem-estar
da população estadunidense. Segundoele,
os
imigrantes
são necessários paraque a população não
entre emdeclínio
epara que
o pagamento deimpostos
poressa
parcela dapopulação
possibiliteque vários programas do
governofuncionemdamelhor
maneira.(THIESSEN,2019)
2.3
Hudson Institute
Quandoo
assunto
éimigração,oThink
TankHudson Institute coloca
osbenefíciosda
imigraçãopara
asociedade dos
EstadosUnidos.Ainda
apontaque
oprincipal ponto que deve
seranalisado
éa
qualidade dessas imigrações. Parao Hudson Institute acrise
migratória que
acontecenafronteira com
oMéxico
envolvea
entrada
demuitos
imigrantes ilegais
e muitas
vezes
facilita
onarcotráfico.
O que
é sugerido por Irwin M.Stelzer,
em artigo demarço
de 2017,é que a imigração
sejamelhor selecionada. Ele ainda
coloca algumasregras que o
governo de Donald Trump podeadotar
para
melhorara
situaçãoimigratória
do
país,
sendo
elas:
Limitar umnúmero
total deimigrantes
porano
eselecionar
imigrantesque
podem melhoraro bem-estar
dosnativosde alguma forma. (STELZER,
2017)SegundoWalterRussel
Mead
emseuartigode7deagosto
de2017,aimigração legal
é importantepara os Estados Unidos.
Aqui,o mesmo
ponto de vista defendidopelo
pessoal doAEIé
tambémdefendido pelo
Hudson.A imigração ilegal estadunidense acaba
porofuscaros
benefíciosque
aimigração
legal
traz para o país.Mead
(2017)
aponta como os
Estados Unidos foi um paísformado principalmente
por imigrantes eque
a falta delespode
comprometer odinamismo
ea
produtividade dasempresas norte-americanas.
Noentanto
apostura assumida pelo
paíshoje tende a
desafiaressa
visãoe
a geraruma
sociedadeque
condenaimigrantes. (MEAD,
2017)3.
Direitos
HumanosOs
Direitos
Humanos
é
outrotópico
relevante para
ogoverno deDonald Trump
isso porqueas
colocações do presidente sobre oassunto
causam controvérsia,principalmente emrelação
asaída
dos
Estados
Unidos doConselho
de DireitosHumanos
daONU (CDH).
Os
ThinkTanks
mostram-se
ativos
em apresentar documentos erelatórios
sobre
esse
tema,contendo sugestões de posturas
governamentais
e apaziguamentos paraaqueles que
se mostramcontra essa postura
dopresidente.3.1
The Heritage
FoundationEm um
relatório
demarço
de 2017,próximo
aoinício
do governo deTrump, Brett
Schaefer,pesquisador
em assuntos internacionaise
membro
doHeritage
Foundation, fez algumas sugestões decomo
o governodeveria
agir
emrelação
aoConselho
de Direitos Humanos daONU. O
principalponto
apresentado
porSchaefer
écomo
oConselho
tem focado emquestões
relacionadas
aIsrael, muitas
vezes
sem condenarviolações
de direitos humanosmuito
sérias.
Schaefer ainda apontacomoessa
atitude
fazcom
que
oCDH perca asua
relevância emtratar
das violações dedireitos
humanos, ecomo
a
presençados
Estados Unidos noConselho
não
consegue porsi
só
lidarcom esses
pontos
edirecionar
a
visão dos
outros membros. A
sugestãocolocadapelo Heritage
Foundationseria a
reformanoCDH,
isso levandoemconsideraçãosecompensariao
gastodeenergia e tempo para
oaprimoramentodo Conselho, ou sea
administração de Trump teriacoisas mais importantes
aserem
cuidadas. (SCHAEFER,2017)A
partir do
relatório
de2017 podemos analisar
orelatório de junho
de2018,
tambémfeito
por Schaefer.
Umano
apóssua
colocaçãopodemos
ver oapoio
aopresidente
Trump
à retiradados Estados Unidos
doConselho
deDireitos
Humanos.Os mesmos
problemas colocados porSchaefer
em2017
persistiram, segundo ele a administraçãoObama
não
conseguiu solucionaros
problemas doCDH,
ea
administraçãoTrump
optou
porfinalizar
os esforçospara "consertar"
o Conselho.O
pesquisadorainda afirma que a
fixaçãodoConselho emtratar
de Israelé
enorme, deixando delado questões referentes
a guerra na Síria, por exemplo,o que
acabapordiminuir a
credibilidadedo
Conselho.(SCHAEFER,
2018)Em
comentário mais recente de
setembrode2018,
arepresentantedos Estados
Unidosnas
Nações Unidas, NikkiHaley, expõe
seuponto
de vista emuma audiência
no Heritage Foundation.Paraa autora
a saídadosEstadosUnidos
doConselho
deDireitos
Humanosnão
significaque
opaísnão defenderá
maisacausa. O
principalapontamento é como
oConselho temo papel
defuncionar
como uma
capa para osmaiores
problemas deDireitos
Humanos, focandoprincipalmente
emIsraelenasviolaçõespresentes
lá.Haley
(2018)
completa:Os Estados Unidos devem usar o poder da sua voz para defender os Direitos Humanos. Vai continuar a fazerisso,masnão como um membro do Conselho que protege países que abusam dosDireitos Humanos.
(Traduçãoda autora, textooriginal no rodapé.9)
9 Texto original:The U.S. must use the power ofits voice to defendhuman rights. It willcontinue to do so, but not as amemberof a council that protects humanrights abusers. (HALEY, 2018)
10 Texto completodisponível em: http://www.aei.org/publication/conservatives-can-fix-the-united-nations/ 3.2 American
Enterprise Institute
Assim
como
trata
oThink
TankHeritageFoundation,
oAEI
nãovê combons olhos
o
trabalho
que oConselho
deDireitosHumanos desempenha no
mundo.Segundo Rubin
emseu
relatório
para o AEI em2018
o
ponto focal
do debateé
aobsessão
do CDHcom
Israel,tampando os
olhos
paraoutros problemas considerados
absurdos.Rubin
ainda trabalha emseu
relatório como o CDH
vemperdendo
sua
credibilidadena
formacomo
trata
dos
assuntos.
Ele
expõe como
o Conselho
tendeu
a
condenar
Israel pelaquestão
palestina, poucoprestando
atenção aogrupoterrorista
Hamas.(RUBIN,
2018)Em artigo
dejaneiro de 2019,Michael
Rubinlevanta
mais argumentos que, segundo ele, apontam para a ineficiência doConselho,
bemcomo
sua condescendência
emassuntos
queferem tal
direito.Em
suas palavras:A ONU facilita ocinismo do Congresso: Arábia Saudita, Qatar, Paquistão, Egito, China e Eritreia participam Do Conselhode DireitosHumanos da ONU. A UNRWA emprega membros de grupos terroristas, abraçaincitação em suas salas de aula e permite que suas escolas sejam usadas como depósitos de armas. A UNIFIL reconhece que túneis ilegais foram cavados sob sua vigilância, mas se recusa a apontar o Hezbollah. A Coreia do Norte,enquanto isso,presidiu a Conferência das Nações Unidassobredesarmamento.(...) AONU lança a retórica sobre asmulheres, mas impedeque as esposas divorciadasde diplomatasda ONU colhamuma parte das pensões de seu ex-marido, deixando-as, muitas vezes, desamparadas. E, enquanto a ONU fala sobre a mudança climática, suas conferências produzem pouco maisdo que ar quentee suas descobertas notoriamente não resistem ao teste do tempo; em vez disso, parece queo propósito deseus organizadorestem mais a ver com a expansão dos controles governamentais sobre a economia do que com o clima.
(Traduzido pela autora,texto original no rodapé.)10
No
fim deseu artigo Rubin
(2019)finalizacom
acolocação
de que aadministração
de DonaldTrump
foicorreta
em sair doConselho de
DireitosHumanos
e da UNESCO.A
nãoparticipação
nessas frentes
daONUnão torna o
paísumnão praticante
dosDireitosHumanos
edosbonscostumes.
(RUBIN,2019)3.3
Hudson Institute
Hudson Institute
temumposicionamentoparecido
comasoutras instituições
quandoo
assunto
éDireitos Humanos
ecomo os Estados Unidos vem lidando com esse
tema. Pelo menoséo que escreve
Walter Russel
Mead emdezembro
de2018
para oWall
StreetJornal, representandoo
HudsonInstitute.O
que
tem acontecido éque
a
questão deDireitos
Humanosno
Conselho
não
temse
mostrado
tão efetivaa ponto que valha a
pena opleno
envolvimentodos Estados
Unidos.Países com posturas
violentas econdenatóriasnão recebem
adevida
atenção,segundo
Mead, oque acaba que medidas
desanção
colocadaspelo
EstadosUnidos não tenham
amesma
força, já que,como aponta
oautor, países como
Rússiae
China
normalmentenão
apoiam essasdecisões. Mead
aindausao
slogandacampanhadeTrump,America first,
paradarmais
peso ao seu argumento.O que
vinha
acontecendoaolongo
dos
anos era o envolvimentodos
EstadosUnidos
em
assuntos
relacionados aosDireitos
Humanos, com o direcionamento detropas
estadunidenses e deorçamento militar,
oque não
gerou oretorno
esperadoe
nem mesmomelhorouconsideravelmentea situação
dasregiões afetadas.
(MEAD,2018)
No fim
deseuartigo Mead
chama aatenção
paraa estruturaçãodeuma
formaefetiva
deagir em denúncias
de violação deDireitos
Humanosempaíses como
China,
Venezuela
e Rússia,como
forma de honrar omeio
estadunidense deviver democraticamente.
(MEAD,2018)
Em
uma discussão
feitadentrodoHudson
Institute,JonLener, Kevin Moley
eKristen Silverbergdiscutemarelação dos
EstadosUnidoscom
IsraelnaeraTrumpecomo
asNações Unidasvem lidando
comesse fato.
É colocado paradebate como a
administração Trumpparece mais
envolvida em atendero
que
opovo
estadunidenserealmente
quer e oque ele
pensa sobreesse assunto,
ao invés de buscaraceitação e
posicionamentoda
Europa.
Silverberg(2019)
apontaainda como
asrelações dosEstados Unidos com
Israelaumentaramcom a
administraçãoTrump
e a
mudança daembaixada
dosEUA para Jerusalém. A
permanência dosEstados Unidos no Conselho
deDireitos Humanos já não
vinha gerandofrutos positivos
para o país desde ogoverno
Obama
e naadministração
Trump
mostrou-se menoseficienteainda,
segundoos
debatedores.(LENER,
MOLEY,SILVERBERG, 2019)
IV. Análise das recomendações dos Think Tanks no governo de Donald Trump
(2016-2019)
Analisando os Think
Tanks
abordadosnesse estudo, percebe-se a convergência de
opiniõesque
elestendem a
ter emrelação
aos assuntos-chave apresentados.Isso
sedeve
principalmente ao fato deseguirem
a mesmalinha
conservadora.Além disso,
ocaráter
advocacy dessesThink
Tanks
fazcom
que suas
ideologiassejam
passadas
pormeio
de suas sugestões depolíticas, relatórios
etc.
O
poder
que
essasinstituições
tem deformar opinião
é indiscutível nosEstados
Unidos,como bem nos mostra Tatiana
Teixeira
(2007)e Abelson
(2002,2006, 2016).
Durante
acorrida presidencial
de 2016,alguns Think Tanks
conservadoresse
colocaram contraas
políticas
deTrump e
outrostemiam as
consequências em trazer umoutsider
paraa máquina
do
Estado.Em
reportagem de 18 de janeirode
2017,Josh
Rogin apontacomo
nogoverno deTrump
opapel dos
ThinkTanks é questionado.
Começandopelo fato deque a
transiçãodo
governo Obamapara
ogoverno
Trumpnão
promoveu a
revolving doorque normalmente acontece
nas
transições.
Militares,
assimcomo homens
de negócios, foraminseridos
na administração, enquanto muitosmembros
deThink
Tanks
ficaram
na
periferia. Umexemplo
é JamesCarafano, vice-presidente depolítica externa e
de defesado
HeritageFoundation,que
ficouenvolvidonatransiçãodogovernoTrump,
masnão
conseguiu umcargo relevante
naadministração. Carafano
aindadizque
otrabalho dos
ThinkTanks
vai muitoalém
deatenderaopoder
executivo,estandomuito
presentenas decisões
doCongresso
e instituiçõesinternacionais,
se
a opção dopresidente
Trump fordeixar
delado
opapel dos
Think Tanksda
formacomo
é,
issonão
implica
nofim
enem
no enfraquecimento das instituições,segundoele.(ROGIN,2017)Segundo Rogin, o
Think
TankAEI
seapresentou contra as
propostas
deTrump
durantea
corrida
presidencial ehoje
parece"dançar
conforme
amúsica"
emrelação
ao governo de Trump. Dos três ThinkTanks analisados
aqui, o Heritage Foundationé
o que, segundo amídia,
mais
apoia e influencia ogoverno
Trump
com
suas
sugestõese que não
se
posicionoucontra o presidente durante o
período deincerteza que rondou as eleições
em 2016.Logo
apósa
vitória deTrump,
oHeritage
Foundation elaborou um documentointitulado Mandate for
Leadership, onde
estãoestabelecidas algumas
sugestõese
guiasde
políticas
paraonovo
governo. Desde oinício
domandato
essainstituiçãoaproveitou para
se
aproximar do governoe
exercer
suainfluência
damelhor
forma, levando em consideração a mudançadecenários. (KOPAN, 2016)
O
Mandate for Leadership é
constituídoem
quatro partes, que foram
passadasao
Congressodos Estados Unidos,
ao presidente e seu time aolongo
doano
de2016.
Essaspartes são: 1-Blueprint for balance;
2-A Federal Budgetfor 2017; 3
-Blueprintfor Reform:
A Comprehensive PolicyAgenda for
a NewAdministration in 2017 e 4
-Blueprintfor
a New Administration:Prioritiesfor
thePresident. Esses
documentospromovem
recomendaçõesde
políticas
parao
presidente
e parao congresso.
As
recomendaçõesvão desde a
melhor administração doorçamento,
até formas deimplantar
políticas
delongo
prazo.
Além disso,
também coloca possíveis
dificuldadesque Trump poderia enfrentar
comonovopresidentedos
EstadosUnidos
11.
(HERITAGE,2016)
Em janeiro de 2018, depois de um
ano
de governo, emuma
publicação
feita
no
próprio site
doHeritage
Foundation,a
instituiçãoaponta como o
Mandatefor
Leadershipfoi
aceito
porTrump.
As
principais
medidassugeridas se referiam
a
livre mercado, Estadomínimo,
liberdadeindividual,
aospreceitos tradicionais
norte
americanose
afortesegurança nacional.Dentro desse mesmo
relatório, ainstituição coloca
algumasdasrecomendaçõesque
foram adotadaspelo governo
de DonaldTrump,
sendo algumasdelas: Saída
do acordo deParis, aumento
do gastomilitar,
saída da UNESCO, recolocação dosexo
comoforma de
definir
ogênero, rejeição
aoObamacare, reforço
dasleis
daimigração
erejeição das medidas
feitas pelo executivo
nogoverno Obama,
entreoutras.
Odocumentocompletoconta com 334
recomendações,sendo que 215
delasforam
implementadaspor Donald Trump,
resultandoem
um total de 64% deaderência.
(HERITAGE,2016) A
seguira tabela
resumidamostra 50
recomendaçõespropostas
pelo
Heritage Foundationque
foram
implementadaspelo
governo
Trump,a tabela completa
daspolíticas
doMandate
forLeadershipconsta
no linkpresenteno rodapé12.
Quadro
2
- Recomendações do
Mandatefor
LeadershipRecomendação Status Departamento
ONU: Término do financiamento eparticipação dos
Estados Unidos noAcordo de Paris Implementada Departamento de Estado
ONU: Interromper o financiamento aoFundoGlobal de
Assistência ao Clima Implementada Departamento de Estado ONU: Restringir a 25% o apoiodosEstados Unidos à Implementada Departamento de Estado
11Disponívelem: https://www.heritage.org/conservatism/report/blueprint-new-administration-priorities-the-president
12 Tabela completa comasmedidas do Mandate for Leadership, disponível na integra em:
Recomendação Status Departamento manutenção depazpromovidapela ONU.
ONU:Terminar o financiamentodos EstadosUnidos ao
fundo de População das NaçõesUnidas Implementada Departamento de Estado Colocartodooprograma de assistência econômicae de
desenvolvimentosob o controle do departamento do Estado.Revisar ovalor de cada programa.
Implementada Departamento de Estado
Reforma dosImpostosdosEstadosUnidos:Adiantamento
da reforma tributária fundamentaldosEstados Unidos Implementada TesouroNacional Eliminar o Programa NacionaldeInvestimento em Infra Implementada Transporte Reduzir o papel federal nosgastosrodoviários; transferir a
responsabilidade de financiamento detransporteparaos Estados
Implementada Transporte
Reverter a Agenda de SustentabilidadedaAdministração
Obama Implementada Transporte
Expandir oacesso a contasdepoupançadeeducaçãopara
alunosque frequentam escolasindígenas(BIE) Implementada Educação Eliminar o perdão ao empréstimofederal Implementada Educação Rescindir orientação redefinindo sexoparasignificar
identidadedegênero Implementada Educação
Eliminar ossubsídiosfederais à habitação; capacitar
estadose municípios para assumir essepapel Implementada
Habitação e DesenvolvimentoUrbano Eliminar as atividadesdehabitaçãoTribal Implementada Habitação e
DesenvolvimentoUrbano Revogar e substituiroObamaCare Implementada SaúdeeServiços Humanos Eliminar bolsa de prevençãodegravidez na adolescência Implementada SaúdeeServiços Humanos
Adotar uma medida mais precisa dainflação Implementada Trabalho Eliminar o financiamento paraassuntosinternacionaisdo
trabalho(ILAB) Implementada Trabalho
Reverteras açõesexecutivas no assuntoImigração;impor
leismigratórias Implementada Segurança Nacional Reformar a verificação dosindivíduosque procuram
entrarnosEUA Implementada Segurança Nacional
Fortalecera segurança nas fronteiras: reformar oWilliam Wilberforce- Lei de Reautorizaçãoda Proteção às
Vítimas do Tráfico
Implementada Segurança Nacional
Expandir os programas de viagem confiáveleoPrograma
Recomendação Status Departamento Melhorar a segurançacibernéticadeforma mais
intencionaleexplícita Implementada Segurança Nacional Acabar com o Programa Nacional de Segurocontra
Inundações(NFIP) Implementada Segurança Nacional
Eliminar o financiamento do Woodrow Wilson International Center
For Scholars
Implementada
Woodrow Wilson InternationalCenter for
Scholars Eliminar o Centro de Política ePromoção deNutrição
(CNPP)
Implementadoem
parte Agricultura
Opor-se à rotulagemobrigatória de alimentos
geneticamente modificados Implementada Agricultura
Aumentar Modernização (Capacidade) Modernizaras ForçasArmadasincluindoarmasnuclearese defesa contra
mísseis
Implementada Defesa
Produzirum plano para abordar as lacunasatuaisna
segurançanacional Implementada Defesa
Cortargastosnão relacionados adefesa do orçamento do Departamentode Defesa
Implementada Defesa
Reformar oPlanodeSaúdeMilitar Implementada Defesa
Retornar asagênciasdedefesa ao nívelde2011 Implementadaem
partes Defesa
Reforma do subsídio básico parahabitação Implementada Defesa Nomear um subsecretárioparaeliminarescritórios
desnecessários Implementada Energia
Permitir que a AdministraçãoNacionaldeSegurança
Nuclear opere comoAgência Autônoma Implementada Energia
Eliminar ou privatizar a Administração de Informações
sobre Energia (EIA) Implementada Energia
Cortar drasticamenteou eliminar oDOE Biological eo Programade Pesquisa Ambiental emudar osprogramas
remanescentesparaoEscritório de Ciência
Implementada Energia
Revogara ordem executivasobreoaquecimentoglobale
osmandatosdeenergia verde paraagênciasfederais Implementada Ordem Executivapor Energia
Eliminar nove programas climáticos Implementada Agênciadeproteção ambiental
Fonte: Feita porautora, original produzida porTheHeritageFoundation(2018),tabelana íntegra no rodapé.
Recomendação Status Departamento
Eliminar o Fundode Conservaçãode Terra eÁgua
(LWCF) Implementada Interior
Eliminar oFundode Conservaçãode Espécies Ameaçadas
e GestãodeEspéciesAmeaçadas Implementada Interior Acesso Aberto à Exploração de Energiaem Terras
Federais Implementada Interior
Permitir odesenvolvimentoderecursosnaturais
Implementada Interior
Eliminar restrições à concorrêncianosnegócios postais Implementada CorreiosdosEstados Unidos
Acabar com afiliação dosEstados Unidos na UNESCO Implementada Departamento de Estado Analisar todos os programas deassistênciainternacional
dosEstadosUnidos Implementada Departamento de Estado Reforma dosprogramasde assistênciaalimentar dosEUA Implementada Departamento de Estado
MBDA: Eliminar o desenvolvimentodaAgência de
NegóciosMinoritários. ($32m) Implementada Comércio Incentivar o foco do questionário do Censo 2020em
“origem”aoinvésdegrupos pan-étnicos Implementada CensosdosEstadosUnidos