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PANORAMA DOS 70 ANOS DE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS NA SOCIEDADE INTERNACIONAL

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PANORAMA DOS 70 ANOS DE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS

NAÇÕES UNIDAS NA SOCIEDADE INTERNACIONAL

Luciana Diniz Durães Pereira* RESUMO

O presente artigo apresenta um panorama histórico sobre a Organização das Nações Unidas (ONU) e busca refletir, no oportuno momento em que esta já alcançou mais de setenta anos de sua fundação, sobre sua atuação junto à sociedade internacional e, neste sentido, expor quais foram, nas últimas décadas, suas principais agendas de trabalho em prol da humanidade. PALAVRAS-CHAVE

Organização das Nações Unidas. Direito Internacional Público. História.

OVERVIEW OF THE UNITED NATIONS’ 70 YEARS OF ACTION OF ORGANIZATION IN THE INTERNATIONAL SOCIETY

ABSTRACT

This article presents a historical overview of the United Nations (UN) and seeks to reflect, in the opportune moment in which it has already reached more than 70 years of its foundation, on its work with international society and, about its main work agendas for humanity in the last decades.

KEYWORDS

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“The 70th anniversary of the United Nations is an opportunity to reflect, to look back on the UN’s history and take stock of its enduring achievements. It is also an opportunity to spotlight where the UN – and the international community as a whole – needs to redouble its efforts to meet current and future challenges across the three pillars of its work: peace and security, development, and human rights”. Ban Ki-moon1

1 INTRODUÇÃO

Há mais de setenta anos atrás, em 26 de junho de 1945, antes mesmo do encerramento formal da II Guerra Mundial (ocorrido em 02 de setembro de 1945, quando da cerimônia oficial de rendição do Japão aos Estados Unidos da América2), era adotada e assinada, na cidade estadunidense de São Francisco, a Carta das Nações Unidas (CNU)3.

Este tratado multilateral complexo e constitutivo daquela que é, hoje, a mais importante Organização Internacional (OI) intergovernamental do planeta, foi fruto de uma longa negociação iniciada ainda em junho de 1941, com a célebre “Declaração do Palácio de

Saint James”4, e que culminou, quatro anos depois, no encontro de cinquenta e uma delegações diplomáticas na Califórnia, entre 25 de abril e 26 de junho de 1945.

1 Parte da mensagem oficial do então Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, o sul-coreano Ban

Ki-* Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); University of Oxford Alumni (Oxford Refugee Studies Centre – 2015 International Summer School in Forced Migration); Mestre em Direito Público com ênfase em Direito Internacional pela Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (FMD PUC Minas); Especialista em Direito Internacional pelas Faculdades Milton Campos (FMC); Graduada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (FDUFMG); Graduada em História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Pesquisadora do Centro de Direito Internacional (CEDIN); Pesquisadora do Diretório Nacional do Grupo de Pesquisa “Direitos Humanos e Vulnerabilidade” da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS); Assistente Judiciária do TJMG; Estagiária e Pesquisadora do Programa de Capacitação em Direitos Humanos da Missão Diplomática do Brasil junto à Organização das Nações Unidas em Genebra/Suíça (DELBRASGEN/ONU/2009) e; Professora Universitária dos Cursos de Graduação em Direito do Centro Universitário UNA e da Universidade FUMEC.

2 Maiores e detalhadas informações sobre o final do conflito em STAFFORD, David. Fim de Jogo, 1945 – O Capítulo que Faltava da Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2012.

3 A CNU estrutura-se por um preâmbulo, cento e onze artigos distribuídos ao longo de dezenove capítulos e,

anexo à Carta, está o Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ). Disponível em: <http://www.un.org./en/sections/un-charter/index4658.html?page=2> Acesso em: 21 ago. 2015.

4 O texto da Carta foi redigido e negociado pelos Estados não participantes do Eixo, em especial pela China,

Estados Unidos da América, França, Reino Unido e ex-URSS, em diferentes momentos ao longo da II Guerra, sendo os mais relevantes os seguintes: Declaração do Palácio de Saint James (junho de 1941); Carta do Atlântico (agosto de 1941); Declaração das Nações Unidas (janeiro de 1942); Conferência de Moscou (outubro de 1943); Conferência de Teerã (dezembro de 1943); Conversações de Dumbarton Oaks (agosto de 1944); Conferência de Yalta (fevereiro de 1945) e, finalmente; Conferência de São Francisco (abril-junho de 1945). UNITED NATIONS. Charter of the United Nations. New York: United Nations Publications, 2015, p. iv.

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A Carta, que havia sido adotada por unanimidade entre os Estados presentes, entre estes o Brasil (que é, portanto, membro originário da Organização)5, entrou em vigência no dia 24 de outubro de 1945, quando China, Estados Unidos da América, França, Reino Unido, ex-URSS e outros países depositaram seus respectivos instrumentos de ratificação ao tratado.

Daquele então até o tempo presente, além de ter se expandido em número de Estados membros, atualmente na cifra de cento e noventa e três com a entrada, em 2011, do Sudão do Sul, a Organização também cresceu em termos da sua atuação internacional, ramificando-se, a partir da estrutura dos seus órgãos originais, quais sejam, a Assembleia Geral (AG), o Conselho de Segurança (CS), o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), o Conselho de Tutela (CT), o Secretariado (S) e a Corte Internacional de Justiça (CIJ)6, em diferentes e diversos órgãos e agências especializadas, cada qual com um mandato e/ou agenda específica de trabalho.

Todavia, o que não se alterou nestas últimas sete décadas foram os principais objetivos e propósitos da ONU que, uma vez dispostos no artigo 1 da Carta7, se configuram nos três grandes pilares da Organização: paz e segurança internacionais, desenvolvimento sustentável e proteção dos direitos humanos. Além destes, relevante salientar outros dois importantes e correlatos escopos de atuação cotidiana da Organização que são a defesa do Direito Internacional e a prestação de assistência humanitária em dimensão universal8.

Resolveu-se, então, por estruturar o presente texto a partir da análise destes cinco campos de atuação da entidade. Buscar-se-á, assim, realizar um panorama histórico específico, porém sucinto, dos principais acontecimentos, desenvolvimentos e desafios futuros da multifacetada e complexa agenda das Nações Unidas.

5 Disponível em: <http://www.un.org/en/members/growth.shtml> Acesso em: 21 ago. 2015.

6 Maiores informações sobre os principais órgãos da ONU estão em sua webpage. Disponível em:

<http://www.un.org./en/sections/about-un/main-organs/index.html>. Acesso em: 21 ago. 2015. Sobre a CIJ, principal órgão jurisdicional ligado à Organização desde sua criação, consultar a página da Corte. Disponível em: <http://www.icj-cij.org/>. Acesso em: 21 ago. 2015.

7 Artigo 1 da Carta da ONU. “1. To maintain international peace and security, and to that end: to take effective

collective measures for the prevention and removal of threats to the peace, and for the suppression of acts of aggression or other breaches of the peace, and to bring about by peaceful means, and in conformity with the principles of justice and international law, adjustment or settlement of international disputes or situations which might lead to a breach of the peace; 2. To develop friendly relations among nations based on respect for the principle of equal rights and self-determination of peoples, and to take other appropriate measures to strengthen universal peace; 3. To achieve international co-operation in solving international problems of an economic, social, cultural, or humanitarian character, and in promoting and encouraging respect for human rights and for fundamental freedoms for all without distinction as to race, sex, language, or religion and; 4. To be a centre for harmonizing the actions of nations in the attainment of these common ends”. CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS. UNITED NATIONS CHARTER. Disponível em: <http://www.un.org./en/sections/un-charter/index4658.html?page=2> Acesso em: 21 ago. 2015.

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2 PAZ E SEGURANÇA INTERNACIONAIS

O Conselho de Segurança da ONU (CS) é composto por quinze Estados que fazem parte da Organização, sendo dez não permanentes9, isto é, eleitos pela Assembleia Geral (AG) para um mandato de dois anos, e cinco permanentes e com poder de veto10, quais sejam, China, França, Federação Russa, Reino Unido e Estados Unidos da América. Destaca-se que a presidência do Conselho é de rotatividade mensal11, visando dar efetiva oportunidade de atuação aos membros não permanentes quando no exercício de suas atividades junto ao órgão.

O CS possui suas funções e atribuições definidas pelos artigos 24, 25 e 26 do tratado constitutivo da ONU. Detém como principal prerrogativa a responsabilidade de atuar para assegurar e manter a paz e a segurança internacionais, utilizando-se, para o efetivo êxito de suas ações e intervenções, dos meios dispostos nos Capítulos VI e VII da Carta. Teoricamente, as competências dispostas nestes Capítulos são distintas12. Porém, no que tange a manutenção da paz, elas são igualmente aplicáveis pelo Conselho. Neste sentido, destacam-se as palavras do internacionalista Alain Pellet:

...elas podem igualmente ser aplicadas em matéria de resolução pacífica de controvérsias, pois o Conselho de Segurança não dissocia os seus poderes a título de uma ou outra competência – ao ponto de evitar fazer referência nas suas resoluções aos diferentes Capítulos que respeitam estas duas competências (...) O Capítulo VI para a resolução pacífica e o Capítulo VII para a manutenção da paz13.

Por ser um órgão de competência especializada, a constatação de que o Conselho detém a responsabilidade institucional principal em relação às matérias de paz e segurança da ONU é uma verdade, apesar da AG também poder, nos termos dos artigos 10, 11, 12, 14 e 35,

9 São membros não permanentes atuais do CS os seguintes Estados: Angola (até 2016), Chade (até 2015), Chile

(até 2015), Jordânia (até 2015), Lituânia (até 2015), Malásia (até 2016), Nova Zelândia (até 2016), Nigéria (até 2015), Espanha (até 2016) e República Bolivariana da Venezuela (até 2016). A escolha destes membros pela AG obedece à regra geográfica de distribuição dos eleitos entre três Estados da África, dois da Ásia, um Estado da Europa Oriental, dois da América Latina e dois da Europa Ocidental e outros países. Disponível em: <http://www.un.org/en/sc/members/> Acesso em: 22 set. 2015.

10 O direito ao veto atesta a relação entre o Direito Internacional clássico e as relações políticas de poder em um

claro reconhecimento de seu desenho realista e pouco preocupado com um Direito Internacional voltado à busca da justiça. Uma das críticas mais feitas a este modelo reside no fato de que os membros permanentes do CS possuem, segundo o disposto no artigo 27 da Carta, poder de veto às questões não processuais, ou seja, àquelas que são praticamente todas as questões de relevância em sua agenda, o que só demonstra o poder hegemônico dos cinco Estados em matéria de paz e segurança internacionais.

11 Disponível em: <http://www.un.org/en/sc/presidency/> Acesso em: 22 set. 2015.

12 O Capítulo VI trata da “Solução Pacífica de Controvérsias” pelo Conselho, tendo como dispositivo central o

artigo 33, enquanto o Capítulo VII, no qual se destacam os artigos 41 e 42, determina o campo de atuação do órgão em relação à “Ação Relativa a Ameaças à Paz, Ruptura da Paz e Atos de Agressão”.

13 PELLET, Alain; DAILLIER, Patrick; DINH, Nguyen Quoc. Direito Internacional Público. 2ª. ed. Lisboa:

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§1º da Carta, ser acionada por qualquer membro da Organização, ou mesmo pelo próprio CS, a respeito de uma controvérsia ou situação passível de ameaçar a manutenção da paz ou a segurança internacionais. Assim sendo, a AG pode, nos termos do artigo 14 de Carta, fazer recomendações sobre essas questões. Todavia, e na realidade, a Carta não coloca a Assembleia e o Conselho em pé de igualdade em relação a esta matéria, como fazia o Pacto da Sociedade das Nações (S.d.N.), Organização antecessora das Nações Unidas14. Pelo contrário, o tratado constitutivo em vigência consagra e organiza a primazia do órgão restrito sobre o órgão pleno15, conferindo à Assembleia Geral “senão um papel subsidiário e reduzido em termos de manutenção da paz”16.

Neste sentido, são exemplos de atuações históricas do Conselho, ou então de momentos que demonstraram sua fragilidade e inconsistência política internacional, as seguintes situações/agendas: criação do Estado de Israel, resoluções referentes ao conflito Israel x Palestina, Guerra Fria, Movimentos de Independência e de Descolonização, sobretudo na África e na Ásia17, Queda do Muro de Berlim e conseqüente desmembramento da ex-URSS, Guerra Civil na ex-Iugoslávia, Guerra Civil em Ruanda, massacre e Movimento de Independência do Timor Leste, atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, Invasões do Iraque e do Afeganistão, Primavera Árabe, Guerra Civil na Síria e surgimento do Estado Islâmico.

Hoje, além destas nobres e precípuas funções para as quais foi criado, o Conselho de Segurança desenvolve e coordena, a partir de seus órgãos subsidiários18, outras importantes tarefas dentro da estrutura da ONU, entre estas: i) conter o terrorismo e a proliferação de

14 Em virtude dos acontecimentos trágicos que marcaram a Europa durante a I Guerra Mundial (1914-1918), a

S.d.N. (ou Liga das Nações) foi implementada em 28 de junho de 1919, por ocasião da assinatura do Tratado de Versalhes que colocou fim àquele conflito. Em vigor a partir de 10 de janeiro de 1920, o tratado constitutivo desta primeira grande Organização de cunho universal tinha como objetivo específico o resguardo da paz e da segurança internacionais. De acordo com o § 2º do artigo 11 deste tratado, “Todos os membros da Sociedade têm o direito, a título amistoso, de acionar a Assembleia Geral ou o Conselho de Segurança sobre qualquer circunstância passível de afetar as relações internacionais e que ameacem, conseqüentemente, a paz ou a boa-fé entre nações, da qual a paz depende”.

15 “A busca pela eficácia não é a única razão de tal primazia. Os autores da Carta quiseram institucionalizar a

preponderância das grandes potências” que compõem o CS a título permanente. PELLET, Alain; DAILLIER, Patrick; DINH, Nguyen Quoc. Direito Internacional Público. 2ª. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004, p. 807.

16 PELLET, Alain; DAILLIER, Patrick; DINH, Nguyen Quoc. Direito Internacional Público. 2ª. ed. Lisboa:

Calouste Gulbenkian, 2004, p. 865.

17 Destaca-se a atuação do Conselho de Tutela da ONU (artigos 86 a 91 do tratado) no auxílio a muitos destes

Estados, em especial aos que, quando da entrada em vigor da Carta, estavam sob a administração de outros países e não possuíam governo próprio. No entanto, após mais de quarenta anos de atividade, em 1º de novembro de 1994, o Conselho de Tutela suspendeu suas atividades, tornando-se inoperante e sem expressão alguma dentro da Organização. Tal fato se deu em decorrência da independência do ex-território de Palau, no Pacífico, último território tutelado pelo órgão. Não restando, portanto, objeto que justifique sua existência no atual organograma das Nações Unidas, a expectativa é de que este deixe de existir formalmente em uma eventual Emenda à Carta.

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armas de destruição em massa, químicas e/ou nucleares (Comitê Contra o Terrorismo e de Não-Proliferação)19; ii) organização e gestão militar da Organização (Comitê Militar); iii) estabelecimento de sanções (Comitê de Sanções)20; iv) condução das Missões de Paz das Nações Unidas21, atualmente em número de 16 (dezesseis) pelo mundo22; vi) gestão e manutenção, até que suas atividades jurisdicionais encerrem-se, dos Tribunais Internacionais

ad hoc para a ex-Iugoslávia23 e Ruanda24 e, finalmente; vii) condução das ações de consolidação e manutenção da paz através da Comissão de Peacebuilding25.

3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A melhoria das condições de vida humana é um dos maiores goals das Nações Unidas. Neste sentido, a Organização acredita que, apenas amparada em modelos de desenvolvimento sustentável e com foco na proteção ao meio-ambiente, será possível a manutenção e crescimento do bem estar e da qualidade de vida de todos os habitantes do planeta. Por assim ser, respalda suas atividades nesta área em quatro grandes pilares/programas, a saber: (i) Agenda de Desenvolvimento Sustentável; (ii) Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; (iii) Agenda de Mudanças Climáticas e; (iv) Redução dos Riscos de Desastres.

A Agenda de Desenvolvimento Sustentável é materializada na existência de um portal intitulado 2015 Time for Global Action for People and Planet26 e neste estão dispostas as

metas de desenvolvimento sustentável previstas no 2015 Sustainable Development Summit, resultado do trabalho dos países membros da ONU em um encontro ocorrido em setembro de 2015. Basicamente, o que se procura é conscientizar e obrigar os Estados a se comprometerem com a erradicação da pobreza, com a promoção da prosperidade e bem estar de todos, com a proteção ambiental e com a agenda das mudanças climáticas27.

19 Disponível em: <http://www.un.org/en/sc/ctc/> e <http://www.un.org/en/sc/1540/> Acesso em: 23 set. 2015. 20 Disponível em: <http://www.un.org/en/sc/subsidiary/> Acesso em: 23 set. 2015

21 Disponível em: <http://www.un.org/en/peacekeeping/operations/> Acesso em: 23 set. 2015.

22 As atuais Missões de Paz da ONU são: MINURSO (Saara Ocidental); MINUSCA (República Central

Africana); MINUSMA (Mali); MINUSTAH (Haiti); MONUSCO (República Democrática do Congo); UNAMID (Darfur); UNDOF (Golã); UNFICYP (Chipre); UNIFIL (Líbano); UNISFA (Região Abyei, Sudão); UNMIK (Kosovo); UNMIL (Libéria); UNMISS (Sudão do Sul); UNMOGIP (Índia e Paquistão); UNOCI (Costa do Marfim) e UNTSO (Oriente Médio). Disponível em: <http://www.un.org/en/peacekeeping/operations/current.shtml> Acesso em: 23 set. 2015.

23 Disponível em: <http://www.icty.org/> Acesso em: 23 set. 2015. 24 Disponível em: <http://www.unictr.org/en> Acesso em: 23 set. 2015.

25 Disponível em: <http://www.un.org/en/peacebuilding/> Acesso em: 23 set. 2015. 26 Disponível em: <http://www.un.org/sustainabledevelopment/> Acesso em 23 set. 2015. 27 Disponível em: <http://www.un.org/sustainabledevelopment/#> Acesso em: 23 set. 2015.

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No tocante aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, previstos no célebre documento adotado pela AG em 18 de setembro de 200028, os objetivos de eliminação da extrema pobreza, de prover educação primária de qualidade para todos e de diminuição dos casos de HIV/AIDS no planeta, são nobres às Nações Unidas e por esta Organização perquiridos, desde que sejam materializados pelos Estados através de programas que sejam econômica e ambientalmente sustentáveis. Neste sentido, por exemplo, os programas Zero

Hunger Challenge29 e Every Woman, Every Child30.

Toda a Agenda de Mudanças Climáticas da ONU, por sua vez, está nas mãos, ou melhor, no trabalho cotidiano do Intergovernmental Panel on Climate Change, universalmente conhecido como IPCC31. O órgão, que periodicamente lança seus relatórios climáticos para a humanidade, sendo o último datado de 201432, lida com a conscientização dos Estados e da humanidade em relação à urgência de se encontrar soluções duradouras para as alterações climáticas globais, alertando, tanto diplomaticamente como cientificamente, para os problemas já vivenciados, como o aumento do nível das águas dos mares, o desgelo das geleiras e calotas polares, o aumento das temperaturas, a desertificação do solo, entre outros. Programas como o Sustainable Energy for All33, o Global Pact for the Environment34, assim como o apoio das Nações Unidas ao sucesso da Conferência do Clima de Paris (COP21)35, ocorrida em dezembro de 2015, são evidências da preocupação da Organização com o desenvolvimento sustentável e a importância deste na diminuição/erradicação dos efeitos maléficos das mudanças climáticas ao planeta e aos seres humanos.

No âmbito da Redução dos Riscos de Desastres, as Nações Unidas possuem um escritório especial intitulado The United Nations Office for Disaster Risk Reduction36 cujo

mandato foi criado por diversas resoluções da AG, em especial a de número UNGA 56/195. O escritório atua fornecendo informações, expertise em gestão de crises e coordenando atividades de campanhas dentro da Organização e junto a Estados membros, sejam eles os mais vulneráveis ou os que foram (ou forem) afetados por situações de desastres, buscando evitar ou amenizar a ocorrência de desastres naturais, provocados ou não pelo homem.

28 Disponível em: <http://www.un.org/en/ga/search/view_doc.asp?symbol=A/RES/55/2> Acesso em: 23 set.

2015.

29 Disponível em: http://www.un.org/en/zerohunger/#&panel1-1 Acesso em: 23 set. 2015. 30 Disponível em: http://www.everywomaneverychild.org/ Acesso em: 23 set. 2015. 31 Disponível em: <http://www.ipcc.ch/> Acesso em: 23 set. 2015.

32 Disponível em: <http://www.ipcc.ch/publications_and_data/publications_and_data_reports.shtml> Acesso em:

23 set. 2015.

33 Disponível em: <http://www.se4all.org/> Acesso em: 23 set. 2015. 34 Disponível em: <http://pactenvironment.org/> Acesso em: 09 jan. 2017.

35 Disponível em: <http://www.france.fr/pt/instituicoes-e-valores/cop21.html> Acesso em: 23 set. 2015. 36 Disponível em: <http://www.unisdr.org/> Acesso em: 23 set. 2015.

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4 PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

A partir do surgimento contemporâneo dos Direitos Humanos em perspectiva global, com a adoção, em 1948, da histórica resolução 217 AIII da AG, mormente conhecida como Declaração Univesal dos Direitos Humanos (DUDH)37, e, a posteriori, com a adoção de diversos outros documentos internacionais38 de proteção específica à pessoa humana – sendo que alguns destes estabeleceram, inclusive, órgãos jurisdicionais de defesa dos direitos humanos-fundamentais dos indivíduos e/ou grupos de indivíduos39 – a humanização do Direito Internacional40, tanto em relação às conquistas formais e materiais de proteção alcançadas, quanto em se tratando da elevação dos seres humanos ao status de sujeitos de direito na esfera internacional41, é uma vitória para a humanidade, vitória esta especialmente alavancada pela atuação das Nações Unidas ao longo das últimas décadas. Uma destas evidências foi a adoção da Declaração e Programa de Ação de Viena, em 199342, quando a sociedade internacional reafirmou a importância dos direitos humanos, categorizando-os e qualificando-os como direitos “universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados”43, não deixando espaço para dúvidas acerca de sua dimensão central, tanto valorativa como interpretativa e teleológica, para o Direito e as relações internacionais contemporâneas.

É neste sentido, por exemplo, que autores como o brasileiro Antônio Augusto Cançado Trindade, ex-juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e, na atualidade, juiz

37 Informações históricas sobre a confecção da Declaração Universal dos Direitos Humanos estão disponíveis na

página da ONU na internet, inclusive com um relevante acervo de fotos e documentos para pesquisa. Disponível em: <http://www.un.org/en/documents/udhr/history.shtml> Acesso em: 24 set. 2015.

38 A exemplo, o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (1966); seu I Protocolo Adicional (1966);

seu II Protocolo Adicional destinado à Abolição da Pena de Morte (1989), o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966); a Convenção contra a Tortura, e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (1984); a Convenção Internacional sobre todas as Formas de Discriminação Racial (1965); a Convenção sobre o Direito ao Desenvolvimento (1986); a Convenção para a Prevenção e Repressão ao Crime de Genocídio (1948); a Convenção sobres os Direitos das Crianças (1989) e a Convenção sobre todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (1979).

39 Por exemplo, a Convenção Europeia de Direitos Humanos de 1950 (Corte Europeia de Direitos Humanos), a

Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969, conhecida como Pacto de San José da Costa Rica (Corte Interamericana de Direitos Humanos) e o Protocolo Adicional de 1998 à Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos ou Carta de Banjul (Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos).

40 TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. A Humanização do Direito Internacional. Belo Horizonte: Del

Rey, 2006.

41 Alguns poucos pensadores do Direito Internacional ainda afirmam que os indivíduos não são sujeitos do

Direito Internacional por lhes faltar a principal expressão da capacidade jurídica internacional, qual seja, o treaty making power. REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 10ª. ed. São Paulo: Saravia, 2005.

42 Foi adotada no plenário da Conferência Mundial de Direitos Humanos, em 25 de junho de 1993, em Viena, na

Áustria.

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da Corte Internacional de Justiça (CIJ)44, afirmam que a proteção nacional e internacional da pessoa humana, amparadas pelas normas que compõem o ramo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, só poderá ser realmente efetiva e concreta quando se admitir a interação entre este campo do Direito Internacional Público (DIP) com outros dois, quais sejam, o Direito Internacional dos Refugiados (DIR) e o Direito Internacional Humanitário (DIH). Estes últimos, apesar de se constituírem como ramos distintos e autônomos do DIP45 em decorrência do propósito e objeto específico que possuem, isto é, a finalidade precípua de proteção à pessoa humana em toda e qualquer circunstância, tendo-a, conseqüentemente, como destinatário final de suas normas processuais e substantivas, são considerados vertentes complementares e convergentes. Desse modo, são ramos não estanques e não compartimentados na luta pela proteção, dignidade e bem-estar dos seres humanos no cenário internacional46. Aproximam-se, também, no tocante à natureza de suas fontes, pois muitas de suas normas são, na atualidade, e segundo o exposto no artigo 53 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (CVDT), de 1969, reconhecidas como normas de jus cogens47.

Assim sendo, o chamado Sistema Universal de Proteção à Pessoa Humana, de titularidade da ONU, nascido sob seus auspícios e presente em sua estrutura orgânica, é hoje formado, em larga escala, por toda a estrutura da Organização ligada à proteção dos seres humanos em perspectiva global, desde órgãos vinculados à AG até mesmo à atuação jurisdicional da CIJ quando da emissão de decisões e pareceres consultivos sobre a matéria48. Porém, tal sistema desenvolve suas ações práticas protetivas através do trabalho cotidiano de seis grandes órgãos/mecanismos das Nações Unidas, os quais serão, abaixo, expostos.

44 O Curriculum Vitae do autor está publicado na Plataforma Lattes do CNPq. Disponível em:

<http://lattes.cnpq.br/3240337461206908> Acesso em: 24 set. 2015.

45 São campos que possuem autonomia em relação ao Direito Internacional Público, pois, apesar de com este

guardarem zelo pelos mesmos princípios clássicos, fundamentos e história, detém, ainda assim, institutos e objetos próprios, limitados e precisos.

46 TRINDADE, Antônio Augusto Cançado; PEYTRIGNET, Gérard; RUIZ DE SANTIAGO, Jaime;

INSTITUTO INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS; COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA; ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS. As Três Vertentes

da Proteção Internacional dos Direitos da Pessoa Humana: Direitos Humanos, Direito Humanitário e Direito dos Refugiados. San José; Brasília: ACNUR: CICV: IIDH, 1996. p. 30.

47 Artigo 53 da CVDT de 1969: “É nulo todo o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma

norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral de mesma natureza”.

48 A exemplo, a Opinião Consultiva da CIJ emitida em 2003 intitulada “Conseqüências Legais da Construção de

um Muro nos Territórios Ocupados Palestinos”. Disponível em: <http://www.icj-cij.org/docket/index.php?p1=3&p2=4&code=mwp&case=131&k=5a&p3=0> Acesso em: 24 set. 2015.

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O institucionalização do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos

Humanos (ACNUDH)49 iniciou-se há quase sessenta anos atrás, mais precisamente na segunda metade da década de 1940, com o estabelecimento de uma pequena Divisão de Direitos Humanos na sede da Organização, em Nova York50. Posteriormente, na década de 1980, devido à importância do trabalho realizado, a Divisão mudou-se para Genebra, sendo elevada à condição de Centro de Direitos Humanos. Em 1993, durante a Conferência Mundial de Direitos Humanos, a AG da ONU decidiu, através da resolução 48/14151, pela criação do ACNUDH.

Sua sede, de acordo com o artigo 6 da citada resolução, ficou estabelecida na cidade diplomática de Genebra, na Suíça, mais precisamente no Palais Wilson, porém com a obrigatoriedade de possuir o órgão, igualmente, um escritório em Nova York, nos Estados Unidos da América. A estrutura do Alto Comissariado, contudo, não se limita a suas representações e instalações físicas nestas duas cidades. O ACNUDH possui presença em 13 países52, 1253 escritórios regionais espalhados pelo mundo e uma força tarefa de 689 funcionários (do seu total de 1085 colaboradores, montante documentado em 31 de dezembro de 2013) trabalhando em Missões de Paz ou em Missões Políticas estabelecidas pelas Nações Unidas54.

Para financiar o trabalho de toda a sua estrutura e, sobretudo, as funções para as quais possui mandato, quais sejam, a liderança global na luta pelos direitos humanos e a ação preventiva e punitiva a violações destes direitos55, o Alto Comissariado conta com uma fonte

49 ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA DIREITOS HUMANOS. THE OFFICE OF THE

UNITED NATIONS HIGH COMMISSIONER FOR HUMAN RIGHTS. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/Pages/WelcomePage.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

50 Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/AboutUs/Pages/BriefHistory.aspx> Acesso em: 24 set. 2015. 51 A/RES/48/141 de 20 de dezembro de 1993.

52 Bolívia, Camboja, Colômbia, Guatemala, Guiné, Mauritânia, México, Territórios Ocupados da Palestina,

Kosovo, Togo, Tunísia, Uganda e Iêmen. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/Countries/Pages/WorkInField.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

53 Adis Abeba (Leste da África), Pretória (África do Sul), Dakar (Oeste da África), Cidade do Panamá (América

Central), Santiago (América do Sul), Bruxelas (Europa), Bisqueque (Ásia Central), Bancoc (Ásia do Sul), Suva (Pacífico), Beirute (Oriente Médio e Norte da África), Yaoundé (África Central) e Doha (Ásia do Oeste e Arábia). Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/Countries/Pages/WorkInField.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

54 Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/AboutUs/Pages/WhoWeAre.aspx> Acesso em: 24 set. 2015. 55 Neste sentido, o ACNUDH desenvolve, sobremaneira, as seguintes atividades em esfera global: (i) promover

espaços e fóruns de identificação, discussão e desenvolvimento de respostas aos desafios atuais dos direitos humanos; (ii) atuar como o centro do sistema ONU para a pesquisa, educação, monitoramento, informação pública e realização de advocacy activities na área dos direitos humanos; (iii) auxiliar os países (já que são estes os responsáveis primeiros pela promoção e salvaguarda dos direitos humanos a partir da realização de programas de cooperação técnica, jurídica, informacional, dentre outras medidas) em áreas como as de administração da justiça, processo eleitoral, implementação de standards mínimos de proteção à pessoa humana e reforma/adequação legislativa na área dos direitos humanos; (iv) auxiliar entidades privadas e públicas que

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dupla de financiamento: (i) o repasse de verbas ao órgão pela própria ONU, correspondente, para o biênio de 2014/2015, ao valor de US$173,5 milhões de dólares, ou seja, 3% de toda a

budget da Organização e, também, (ii) doações voluntárias de Estados membros das Nações

Unidas, bem como de organizações intergovernamentais, ONGs, fundações e, até mesmo, doações de pessoas físicas, em caráter individual56.

No tocante ao comando do Alto Comissariado, segundo o disposto no artigo 2 da resolução que o criou, este pertence àquele que ocupa o cargo de Alto Comissário, mediante aprovação prévia da AG, ou seja, a um indivíduo responsável pela chefia e coordenação dos trabalhos, visando, sempre, a promoção e proteção de todos os direitos humanos. Este deve ser alguém que, além da expertise técnica e política necessária às atividades inerentes ao cargo, detenha as qualidades de ser uma pessoa íntegra, moral e de conduta ilibada57.

Por sua vez, e vinculado à estrutura da AG, está o Conselho de Direitos Humanos (ConDH)58, órgão que veio a substituir, a partir de 15 de março de 2006, a extinta Comissão de Direitos Humanos (CDH) que, desde de 1946 e até aquele então, era parte integrante do ECOSOC e principal organismo das Nações Unidas nas ações de assistência à proteção internacional dos direitos humanos e, igualmente, de recebimento de denúncias de violações de direitos humanos pelas vítimas ou por seus parentes.

O ConDH, com sede em Genebra, na Suíça, reúne-se em, no mínimo, três sessões anuais regulares (com não menos de 10 semanas de trabalho as três)59, sendo que cada uma delas possui uma agenda específica de trabalho, criada pelo bureau do Conselho, coordenado por seu Presidente60. Durante as sessões, que podem acontecer também em caráter extraordinário61, os mecanismos e os procedimentos do Conselho são colocados em funcionamento, visando possibilitar, cada qual a seu modo, a promoção e proteção dos direitos humanos em âmbito universal e em consonância com o disposto na Carta da ONU e na DUDH. Entre estes, os mais importantes são: (i) o Mecanismo de Revisão Periódica

trabalham com direitos humanos, tanto as de direito interno como as de internacional, na execução de seus fins, visando, dessa maneira, a realização plena dos direitos dos indivíduos por elas protegidos ou orientados.

56 Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/AboutUs/Pages/FundingBudget.aspx> Acesso em: 24 set. 2015. 57 Atualmente, e desde 01 de setembro de 2014, o cargo de Alto Comissário é ocupado pelo jordaniano Zeid

Ra’ad Al Hussein57. Ocuparam o cargo antes dele a sul-africana Navanethem Pillay (2008-2014), a canadense

Louise Arbour (2004-2008), o guianense Bertrand Ramcharan (2003-2004), o brasileiro Sérgio Vieira de Mello (2002-2003), a irlandesa Mary Robinson (1997-2002) e o equatoriano José Ayala-Lasso (1994-1997)57. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/AboutUs/Pages/HighCommissioner.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

58 CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS. HUMAN RIGHTS COUNCIL. Disponível em:

<http://www.ohchr.org/en/hrbodies/hrc/pages/hrcindex.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

59 Regra de Procedimento número 2 da Resolução 5/1 de 18 de junho de 2007. Atualmente, o Conselho já está

em sua 30ª sessão regular e em sua 23ª sessão extraordinária de trabalho. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/HRC/Pages/Sessions.aspx> Acesso em 24. set. 2015.

60 Regras de Procedimento números 8 e 10 da Resolução 5/1 de 18 de junho de 2007. 61 Regras de Procedimento números 5 e 6 da Resolução 5/1 de 18 de junho de 2007.

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Universal, ou UPR Mechanism62; (ii) o Mecanismo de Queixas63; (iii) o Fórum Social64 e; (iv) os Procedimentos Especiais.

Pela relevância de suas ações, os Procedimentos Especiais (Special Procedures ou

Human Rights Experts)65 possuem destaque dentro da sistemática de proteção aos direitos humanos da ONU, configurando-se no terceiro grande pilar de atuação da Organização em matéria de direitos humanos. Consistem nos trabalhos de grandes experts internacionais que, a partir do mandato dado a eles pelo ConDH, irão aconselhar e advertir o Conselho, seja em grandes temas, seja em situações específicas de alguns países, sobre violações ou ameaças de violações a direitos humanos. Até o dia 27 de março de 2015, existiam quarenta e um Procedimentos Especiais temáticos e quatorze ligados ao monitoramento de situações em países. Como tal listagem é enorme e sua exposição em muito desvirtuaria o presente artigo de sua problemática central, interessante o acesso às páginas do Conselho que os apresentam de forma pormenorizada66.

De forma semelhante, outros três importantes mecanismos da ONU ligados à promoção e prevenção de violação de direitos humanos existem, sendo estes os Comitês dos

Tratados de Direitos Humanos ou Human Rights Treaty Bodies67, os Consultores Especiais

para a Prevenção de Genocídio e para Responsabilidade de Proteger ou Special Advisers on

62 O UPR é um mecanismo de revisão periódica da situação de respeito e promoção de direitos humanos de todos

os Estados membros da ONU, ou seja, periodicamente todos os cento e noventa e três Estados são monitorados em termos de suas respectivas agendas/proteção de direitos humanos. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/UPR/Pages/UPRMain.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

63 O Mecanismo de Queixas ou Complaint Procedure consiste no envio ao Conselho, pela pessoa (ou grupo de

pessoas) que sofreu uma violação de direitos humanos (desde que esgotados os recursos internos de petição em seu país de origem e, igualmente, desde que não haja exclusivamente motivação política envolvida na reclamação), de uma queixa devidamente documentada a qual será analisada pelo Grupo de Trabalho especialmente criado para tanto, o qual irá chamar o Estado reclamado para esclarecimentos e, até mesmo, para posterior punição a sua conduta. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/HRC/ComplaintProcedure/Pages/HRCComplaintProcedureInde.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

64 Com um encontro anual, o Fórum Social é um espaço dentro do ConDH destinado exclusivamente ao

encontro, e conseqüente diálogo, entre os países, as entidades da sociedade civil organizada e as organizações intergovernamentais em matéria de promoção e proteção dos direitos humanos. Originou-se em 1997, nos trabalhos da antiga Subcomissão para a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos, Resolução 2001/24, órgão da extinta Comissão de Direitos Humanos. A reunião inaugural do Fórum Social ocorreu em 2002 e, em 2006, na ocasião do encerramento dos trabalhos da Comissão, foi mantido por designo da Resolução A/HRC/6/13. Quem preside a sessão é sempre um representante diplomático de um Estado. Esta terá duração de três dias e uma agenda ligada aos pontos que estão na pauta do Conselho. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/Issues/Poverty/SForum/Pages/SForumIndex.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

65 Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/SP/Pages/Welcomepage.aspx> Acesso em 24 set. 2015. 66 Procedimentos Especiais temáticos. Disponível em:

<http://spinternet.ohchr.org/_Layouts/SpecialProceduresInternet/ViewAllCountryMandates.aspx?Type=TM> Acesso em: 24 set. 2015. Procedimentos Especiais sobre países ou country mandates. Disponível em: <http://spinternet.ohchr.org/_Layouts/SpecialProceduresInternet/ViewAllCountryMandates.aspx> Acesso em: 24 set. 2015.

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the Prevention of Genocide and the Responsibility to Protect68, e o Grupo de Trabalho do

Grupo de Desenvolvimento dos Direitos Humanos das Nações Unidas ou UN Development

Group’s Human Rights Working Group (UNDG-HRWG)69.

Os Comitês dos Tratados de Direitos Humanos compõem-se por diversos comitês de

experts independentes, os quais possuem mandato das Nações Unidas para serem os

responsáveis pelo monitoramento da implementação dos principais tratados de Direitos Humanos celebrados sob os auspícios do Sistema ONU, tratados estes que são reconhecidos como o core da proteção internacional da pessoa humana, isto é, o núcleo central das normas do DIP no campo dos Direitos Humanos. Estes comitês, que hoje existem em número de dez (de Direitos Civis e Políticos; de Direitos Sociais, Econômicos e Culturais; de Eliminação da Discriminação Racial; de Eliminação da Discriminação das Mulheres; Contra a Tortura; dos Direitos das Crianças; dos Trabalhadores Migrantes; das Pessoas com Deficiência; dos Desaparecimentos Forçados e; para a Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Punições Cruéis, Não-Humanas e Degradantes), se reúnem periodicamente na sede da ONU, em Genebra, na Suíça, e são auxiliados pelo staff do ACNUDH.

Já os Consultores Especiais para a Prevenção de Genocídio e para Responsabilidade

de Proteger possuem mandatos distintos, mas complementares, pois ambos visam alertar e

prevenir eventuais atores e Estados sobre o risco da ocorrência de genocídio, crimes de guerra, atos de limpeza étnica e crimes contra a humanidade e, assim, visam auxiliar as Nações Unidas em possíveis ações preventivas70. A atuação do consultor para a Prevenção de Genocídio remonta aos atrozes genocídios de Ruanda e da ex-Iugoslávia e iniciou-se em 2004, a pedido do então Secretário Geral Kofi Annan. Desde 2012, o senegalês Adama Dieng é o responsável pela pasta. A consultoria de Responsabilidade de Proteger, ou R2P, é de responsabilidade atual de Jennifer Welsh e foi criada em 2007, dois anos depois da edição do

2005 World Summit, documento no qual os chefes de governos e Estados da ONU, com o

apoio do Secretário Geral, reconheceram a responsabilidade que todos possuem, individualmente e enquanto sociedade internacional, na responsabilidade de proteger seus cidadãos e, de forma correlata, toda a humanidade, contra os crimes supracitados71. Assim, a

68 Disponível em: <http://www.un.org/en/preventgenocide/adviser/> Acesso em: 25 set. 2015.

69 Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/NewYork/Pages/MainstreamingHR.aspx> Acesso em: 25 set.

2015.

70 Disponível em: <http://www.un.org/en/ga/search/view_doc.asp?symbol=S/2004/567> Acesso em: 25 set.

2015

71 Dispositivos 138 e 139 do 2005 World Summit. Disponível em:

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consultoria em R2P trabalha na construção deste conceito de proteção, bem como junto aos Estados e stakeholders nos passos futuros de sua implementação.

Finalmente, mas não menos importantes, são as ações do Grupo de Trabalho do

Grupo de Desenvolvimento dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Criado em 2009, a

pedido do Secretário Geral da ONU, o Grupo de Trabalho detém como função avançar no desenvolvimento das redes e esforços das Nações Unidas no tocante ao seu sistema de proteção aos Direitos Humanos. Desenvolvendo suas atividades a partir da sede da Organização, em Nova Iorque, e tendo como presidente dos trabalhos o ACNUDH, o papel do Grupo é proporcionar mais força institucional e política às respostas e auxílio da ONU a seus Estados membros no que tange o real comprometimento destes com as obrigações e compromissos internacionais assumidos em sede de direitos e garantias à pessoa humana. Assim, busca auxiliar as agências especializadas e órgãos da Organização na implementação de ações, em national and regional level72, na área dos Direitos Humanos.

5 DEFESA DO DIREITO INTERNACIONAL

A Carta da ONU, em seu preâmbulo, estabelece que um dos principais objetivos da Organização é “to establish conditions under which justice and respect for the obligations

arising from treaties and other sources of international law can be maintained”73, ou seja, que a justiça exista em perspectiva internacional e que os Estados resolvam suas controvérsias de modo pacífico, entre estes por meio da via jurisdicional74, e que respeitem os tratados e as obrigações internacionais destes oriundas.

Assim, é órgão originário da ONU, com seu Estatuto previsto no anexo à Carta, a Corte Internacional de Justiça (CIJ)75. Dotada de competência contenciosa e consultiva, a CIJ, cuja sede é a cidade de Haia, na Holanda, pode dirimir controvérsias entre os Estados, membros ou não das Nações Unidas76.

Além da CIJ, integram esta perspectiva da ONU de respeito e desenvolvimento das relações internacionais a partir do Direito Internacional, os já mencionados tribunais penais ad

hoc que compõem a estrutura do Conselho de Segurança, isto é, o Tribunal Internacional

72 Disponível em: <https://undg.org/home/undg-mechanisms/undg-hrm/> Acesso em: 25 set. 2015. 73 UNITED NATIONS. Charter of the United Nations. New York: United Nations Publications, 2015. 74 Artigo 33 da Carta das Nações Unidas.

75 Disponível em: <http://www.icj-cij.org/> Acesso em 26 set. 2015.

76 Ver artigos 34 a 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Disponível em:

<http://www.icj-cij.org/documents/index.php?p1=4&p2=2&p3=0> Acesso em 26 set. 2015. Ainda, para maiores informações sobre a CIJ, consultar BRANT, Leonardo Nemer Caldeira (Org.). A Corte Internacional de Justiça e a

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Penal para a ex-Iugoslávia e Tribunal Internacional Penal para Ruanda77; os órgãos judiciais extraordinários para os Estados do Camboja78, Líbano79 e Serra Leoa80 e; os tribunais especializados que foram criados a partir do trabalho diplomático e jurídico das Nações Unidas (no sentido das negociações multilaterais prévias e da redação dos drafts de seus tratados constitutivos), quais sejam, o Tribunal Internacional do Direito do Mar81 e o Tribunal Penal Internacional82.

6 ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA

A assistência humanitária a todos os indivíduos e grupos de indivíduos que desta prescindam é um dos principais pontos de atuação da ONU no mundo. Infelizmente, e por inúmeras razões como, por exemplo, a ocorrência de conflitos armados (internos ou internacionais), desastres naturais e crises político-econômicas internas aos Estados, seres humanos encontram-se em situações de sofrimento extremo e de necessidades emergenciais a serem supridas.

Na intenção, portanto, de oferecer auxílio humanitário de qualidade, quando e onde este for necessário, as Nações Unidas trabalham em uma sistemática de multitarefas a serem executadas por seus diferentes órgãos e Agências Especializadas, protegendo, sobremaneira; os refugiados, deslocados internos e apátridas que estão sob a proteção do mandato do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR)83; as crianças, sob a tutela do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)84; as pessoas em estado de extrema fome e pobreza, através da atuação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)85 e do World Food Programme (WFP)86 e, finalmente; os doentes e necessitados de atendimento médico-hospitalar, através do trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS)87. Coordenando toda esta rede está o Escritório de Coordenação de Assuntos

77 Ver notas 23 e 24.

78 Disponível em: <http://www.eccc.gov.kh/en> Acesso em 26 set. 2015. 79 Disponível em: <http://www.stl-tsl.org/en/> Acesso em 26 set. 2015. 80 Disponível em: <http://www.rscsl.org/> Acesso em 26 set. 2015.

81 Institucionalizado a partir da Convenção de Montego Bay, de 1982. Disponível em: <https://www.itlos.org/>

Acesso em 26 set. 2015.

82 Institucionalizado a partir do Estatuto de Roma para o Tribunal Penal Internacional, de 1998. Disponível em:

<http://www.icc-cpi.int/> Acesso em 26 set. 2015.

83 Disponível em: <http://www.unhcr.org/cgi-bin/texis/vtx/home> Acesso em 26 set. 2015. 84 Disponível em: <http://www.unicef.org/> Acesso em 26 set. 2015.

85 Disponível em: <https://www.fao.org.br/> Acesso em 26 set. 2015. 86 Disponível em: <http://www.wfp.org/> Acesso em 26 set. 2015. 87 Disponível em: <http://www.who.int/en/> Acesso em 26 set. 2015.

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Humanitários ou Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA)88 vinculado ao

Secretariado da Organização. O órgão possui, ainda, uma central especial de resposta praticamente imediata a situações de necessidade humanitárias extremas, a Central

Emergency Response Fund (CERF)89.

7 CONCLUSÃO

Depois de mais de setenta anos de sua criação e atuação junto à sociedade internacional, a Organização das Nações Unidas consolidou-se como a maior e mais importante OI intergovernamental do planeta. Composta por cento e noventa e três Estados é, atualmente, o grande foro e espaço de discussão e tomada de decisões multilaterais a respeito das mais importantes agendas do planeta. Além disso, trabalha, em análoga perspectiva lege

ferenda, com os desafios futuros globais, isto é, com as demandas que impactarão as relações

internacionais e o bem-estar da humanidade nas próximas décadas, especialmente a questão ambiental, os deslocamentos forçados, o desenvolvimento econômico sustentável, o terrorismo, a segurança internacional e a garantia e gozo dos direitos humanos em perspectiva universal.

Organização respeitada e de legitimidade internacional incontestável, a ONU urge, todavia, por uma reforma de sua própria estrutura institucional, visto que as disposições orgânicas da Carta, em muito, não correspondem mais às expectativas das forças e dos atores políticos do mundo atual por estarem formalmente e juridicamente engessadas no contexto histórico do pós-guerra. Neste sentido, e dentre outras medidas, impõem-se a reforma do CS, a expansão de algumas competências do Secretário Geral, o reconhecimento do Estado da Palestina e sua respectiva entrada na Organização, o avanço e a concretização das Metas do Milênio e a melhoria e recrudescimento das ações humanitárias e das Operações de Paz.

Assim, espera-se que as ponderadas e sábias palavras que abriram este ensaio, proferidas pelo ex-Secretário Geral da Organização, Ban Ki-moon, quando da celebração do septuagésimo aniversário da Organização, em 2015, possam, de fato, ecoar pelos confins da Terra e fazer valer, para sempre, os ideais de universalidade, paz, felicidade e desenvolvimento humano das Nações Unidas.

88 Disponível em: <http://www.unocha.org/> Acesso em 26 set. 2015. 89 Disponível em: <http://www.unocha.org/cerf/> Acesso em 26 set. 2015.

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