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Relatório da Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC)

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Relatório da Quarta Sessão da Conferência das

Partes da Agência Capacidade Africana de Risco

(ARC)

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Quarta Sessão da Conferência das Partes da ARC

22-23 de Janeiro de 2016

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2 Relatório da Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC) Discurso de Abertura

1. A Quarta Sessão da Conferência das Partes foi convocada pelo Director-Geral da Agência Capacidade Africana de Risco (Agência ARC), em nome do Presidente da Terceira Sessão da Conferência das Partes (o Governo da República da Guiné), na sede da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. A selecção do mesmo local por dois anos consecutivos foi motivada pelo impacto positivo que a Terceira Sessão da Conferência das Partes teve no fortalecimento dos vínculos entre a Agência ARC e a União Africana. A reunião que teve lugar a 22 e 23 de Janeiro de 2016, registou a participação dos seguintes Estados-membros da Agência ARC: Burkina Faso, Burundi, Chade, Djibuti, Gabão, Gâmbia, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Moçambique, Níger, Nigéria, Ruanda, República Árabe Sarauí Democrática, Senegal e Zimbabwe; e dos seguintes Estados-membros da União Africana, na qualidade de observadores: Líbia1 e Zâmbia. Uma lista dos participantes é anexo como anexo 1.

2. A Conferência das Partes foi formalmente aberta por Sua Excelência a Embaixadora Sidibe Fatoumata Kaba, em nome do Governo da Guiné, Presidente da Terceira Sessão da Conferência das Partes. A Sra. Sidibe manifestou a sua gratidão e profundo apreço à Conferência das Partes por confiar à Guiné a honra de presidir a Conferência das Partes em 2015. A Sra. Sidibe destacou que a chegada do Sr. Mohamed Beavogui, primeiro Director-Geral com mandato regular da Agência ARC, marcou uma fase de maturação da instituição e que a Guiné orgulha-se em contribuir para essa transição com um dos seus cidadãos. Afirmou ainda que a Guiné aguarda ansiosamente pela evolução da ARC para uma instituição pan-africana líder, especialmente neste período em que o continente africano é fortemente afectado por calamidades naturais e especialmente a seca. Citando a história de sucesso da ARC durante os seus primeiros anos de funcionamento, a Sra. Sidibe convidou o Director-Geral a informar à Conferência das Partes sobre o desenvolvimento do produto de seguro contra surtos e epidemias solicitado pela Conferência das Partes, durante a sua Terceira Sessão.

3. Em nome do Director Executivo do Programa Alimentar Mundial (PAM), a Sra. Ertharin Cousin, o Sr. Thomas Yanga, Representante do PAM junto da Comissão da União Africana e da Comissão Económica das Nações Unidas para África, dirigiu-se à Conferência das Partes, recordando o enorme aumento no custo global de respostas de emergência em 2015 e notando que menos de 50% das necessidades foram satisfeitas. Manifestou-se bastante orgulhoso como africano pela criação da ARC, uma instituição inovadora que aproveita os recursos domésticos limitados de África de forma efectiva para satisfazer às necessidades das pessoas vulneráveis, afectadas pela seca actualmente, e em breve, por inundações, ciclones e epidemias. O Sr. Yanga informou à Conferência das Partes da apresentação conjunta que a ARC e o PAM irão fazer durante a Cimeira Mundial sobre Ajuda humanitária em Maio, em Istambul, sobre o sucesso da Agência ARC, com o objectivo de incentivar outras regiões a replicar o que África alcançou. Mencionou ainda a iniciativa de Réplica de Cobertura através da qual os Escritórios do PAM nos países serão capazes de igualar as apólices de seguro dos Membros da Companhia de Seguros Capacidade

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3 Africana de Risco, Limitada (ARC, Limitada). Tal iniciativa irá duplicar o número de pessoas assistidas por meio de intervenções prévias financiadas pela ARC, e começar a trazer as principais agências de ajuda humanitária mundiais para o sistema de gestão do risco de calamidades de liderança africana. Finalmente, o Sr. Yanga manifestou a esperança de que a experiência positiva do PAM com a União Africana na concepção e criação da ARC irão incentivar outras organizações da ONU na redefinição das suas relações com o órgão continental e seus Estados-membros, não só nas questões humanitárias, mas igualmente no desenvolvimento económico geral em todos os sectores.

4. O Dr. Lars Thunell, Presidente do Conselho de Administração da ARC, Limitada, deu as boas-vindas e felicitou o novo Director-Geral da Agência ARC, Sr. Mohamed Beavogui, por assumir as responsabilidades e complexidades de liderar uma importante agência da União Africana. Expressou o quão privilegiado se sentiu por ter prestado serviço como o Director fundador da ARC, Limitada, e informou à Conferência das Partes a composição completa do Conselho de Administração da ARC, Limitada, com a chegada de quatro novos Administradores: o Sr. Amadou Diallo do Senegal; o Sr. Dele Babade da Nigéria; o Sr. Vincent Rague do Quénia; e o Dr. Richard Wilcox, antigo Director-Geral Interino da Agência ARC. O Dr. Thunell fez uma apresentação resumida sobre os dois anos inaugurais de sucesso das actividades da ARC, Limitada, incluindo o primeiro grupo de risco com quatro países segurados contra a seca e três pagamentos e o segundo grupo de risco com três países adicionais cobertos contra a seca. Destacou ainda brevemente sobre o progresso da ARC rumo ao desenvolvimento de produtos para novos perigos, e serviços destinados a reforçar a capacidade da ARC, Limitada, para servir as necessidades e solicitações dos Estados-membros. O Dr. Thunell afirmou que a cobertura de alto-nível pela imprensa e o interesse na ARC, expresso pela comunidade de desenvolvimento, particularmente durante a 21ª Conferência das Partes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CoP21), cria um impulso essencial e uma oportunidade única para a ARC alavancar o apoio de financiamento e cooperação com outras organizações internacionais. Mencionando o seu entusiasmo pela reunião conjunta dos Conselhos de Administração da Agência ARC e da ARC, Limitada, que ocorreria no dia seguinte, o Dr. Thunell salientou que essa reunião constitui uma oportunidade importante para reforçar a interacção e cooperação entre as duas entidades.

5. O novo Director-Geral da Agência ARC, Sr. Mohamed Beavogui, manifestou a sua gratidão pela confiança que a Conferência das Partes concedida-lhe para liderar a ARC. Comprometeu-se a obter resultados para os países africanos e pediu o apoio dos Estados-membros na condução da transformação de África na gestão das calamidades naturais. O Sr. Beavogui reconheceu as funções excepcionais desempenhadas pelo seu antecessor, o Dr. Richard Wilcox e a Chefe do Gabinete da Agência ARC, Sra. Fatima Kassam, quem irão embarcar em novas experiências, bem como do pessoal da ARC que iniciaram esta viagem para transformar uma visão do continente, em realidade. O Director-Geral elogiou os países que deram o salto e adquiriram seguro no primeiro ano de operações da ARC, conseguindo um grande passo na transformação do paradigma de resposta à calamidades no continente. O Sr. Beavogui reconheceu igualmente o grande apoio prestado pelas organizações parceiras da ARC, incluindo o Ministério Federal Alemão para Cooperação Económica e Desenvolvimento (BMZ), o Departamento para

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4 Desenvolvimento Internacional (DFID) do Reino Unido, a Agência Suíça para Desenvolvimento e Cooperação (SDC), a Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), o Banco Alemão de Desenvolvimento KfW, a Fundação Rockefeller, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o PAM. O Director-Geral informou à Conferência das Partes sobre o grande apoio que a ARC recebeu das principais instituições sobre alterações climáticas e os países do G7 durante a CoP 21. O Director-Geral concluiu convidando os Estados-membros a continuarem a trabalhar arduamente, todos juntos, a fim de dar resposta ao impacto negativo das calamidades naturais.

6. Em nome do Presidente do Conselho de Administração da Agência ARC (o Conselho de Administração), a Dra. Ngozi Okonjo-Iweala, o Membro do Conselho de Administração, Professor Peter Mwanza, manifestou a sua profunda gratidão pela confiança que a Conferência das Partes colocou no Conselho de Administração para orientar a Agência. O Professor Mwanza informou à Conferência das Partes sobre o trabalho que o Conselho de Administração realizou desde a sua eleição. Informou ainda à Conferência das Partes que o Conselho de Administração deverá supervisionar as auditorias operacionais finais dos três pagamentos feitos pela ARC, Limitada, à Mauritânia, Níger e Senegal, e deverá apresentar um relatório à Conferência das Partes na devida altura. O Professor Mwanza destacou particularmente a necessidade imperiosa de intensificação dos esforços a nível político e financeiro não apenas no continente africano, mas igualmente a nível global, para expandir o sucesso da ARC. Finalmente, garantiu à Conferência das Partes que o Conselho de Administração estará sempre plenamente empenhado a cumprir as funções e obrigações que lhe sejam atribuídas.

7. S.E. a Sra. Rhoda Peace Tumusiime, a Comissária da União Africana para Economia Rural e Agricultura, deu as boas-vindas à Conferência das Partes à Sede da União Africana afirmando que, embora a Agência ARC tenha iniciado como um sonho, agora é uma realidade e não poderia ter sido criada sem o apoio e o compromisso dos Estados-membros. S.E. Tumusiime salientou a importância do momento da Quarta Sessão da Conferência das Partes, que ocorre num momento em que os planos da União Africana estão a ser estruturados e pode permitir que as deliberações da ARC sejam integradas nas deliberações mais amplas da União Africana, orientando a direcção do continente. Garantiu à Conferência das Partes que a Comissão da União Africana irá continuar a apoiar o crescimento da ARC. Posteriormente, manifestou a sua gratidão aos parceiros da ARC e ao PAM, em particular, a agência técnica que iniciou a ideia da ARC. Destacando a importância de ver o impacto da ARC sobre os cidadãos africanos e o trabalho realizado a nível dos países para atenuar os efeitos da seca, inundações e outros perigos, a Comissária especificou que a mitigação de riscos deve ser fortemente apoiada pela capacitação. Finalmente, desejou aos delegados deliberações frutíferas e uma reunião produtiva.

Apreciação das Credenciais

8. A Conferência das Partes aceitou as credenciais das seguintes delegações, de acordo com as recomendações do Comité de Credenciais: Burkina Faso, Burundi, Chade, Djibuti, Gâmbia, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Moçambique, Níger, República Árabe Sarauí Democrática, Senegal e Zimbabwe.

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5 Eleição da Mesa

9. A Conferência das Partes elegeu, por consenso, os seguintes Membros da Mesa, conforme previsto pelo Artigo 12.4 do Acordo de Estabelecimento da Agência Capacidade Africana de Risco (Acordo de Estabelecimento), e decidiu que a Mesa deveria igualmente servir de Comité de Credenciais da Conferência das Partes:

Presidente Sra. Erica Manganga, Malawi (Região Austral) 1º Vice-Presidente Sr. Mohameden Zein, Mauritânia (Região Norte) 2º Vice-Presidente Sr James Odour, Quénia (Região Oriental) 3º Vice-Presidente Sr. Keumaye Ignegongba, Chade (Região Central) Relator Sr. Hien Sitegne, Burkina Faso (Região Ocidental) Discurso da Presidente

10. A Presidente Entrante da Conferência das Partes, a Sra. Erica Maganga da República do Malawi, agradeceu ao Presidente Cessante da Conferência das Partes pelo trabalho realizado em 2015. Manifestou ainda, em nome da República do Malawi, o seu agradecimento e honra por ter sido confiada para presidir a Quarta Sessão da Conferência das Partes.

Adopção da Agenda

11. A Conferência das Partes adoptou a Agenda e o Programa de Trabalho para a sua reunião. A Agenda consta como Anexo 2 ao presente Relatório.

Discurso do Director-Geral

12. O Sr. Beavogui descreveu a sua visão para a ARC para os próximos anos, que inclui o incremento da cobertura de seguro oferecida pela ARC para atingir trinta (30) países até 2020, com 2 mil milhões de dólares americanos em cobertura de seguro, e segurando de forma indirecta 150 milhões de pessoas vulneráveis no continente africano. A ARC terá quatro (4) objectivos principais na prestação de serviços para os Estados-membros: Pesquisa e Desenvolvimento Dinâmicas e Aplicadas; Sistemas de Aviso Prévio Específicos no Contexto; Gestão Abrangente de Riscos; e Financiamento para Adaptação Climática e Dimensionamento das Operações Bem-Sucedidas. Estes serão reflectidos no quadro estratégico com base nos resultados da ARC, que o Director-Geral está a desenvolver, e que deverá orientar o trabalho da Agência até 2020.

13. O Director-Geral informou ainda à Conferencia das Partes sobre o desenvolvimento de novos produtos de seguro, incluindo produtos de seguro contra ciclones tropicais e inundações, a serem disponibilizados para os países em 2016 e 2017, respectivamente. Informou ainda aos delegados sobre o desenvolvimento do Mecaniamo Climatológico Extremo (XCF) e salientou a importância de tal mecanismo para garantir fundos adicionais para os Estados-membros da ARC, para dar acesso directo aos países ao financiamento de projectos de adaptação às alterações climáticas. O Director-Geral informou aos delegados sobre os progressos alcançados em relação

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6 ao desenvolvimento de produto de seguro contra Surtos e Epidemia e sobre a fase de pesquisa e desenvolvimento prevista para iniciar no próximo mês.

14. O Director-Geral Informou aos participantes sobre o desenvolvimento de novas parcerias, incluindo a Iniciativa de Licenciamento para o Desenvolvimento com a filial financeira da ARC, a ARC, Limitada, que irá testar a utilização do Software Africa RiskView para fins comerciais. Esses projectos irão permitir que o Africa RiskView seja utilizado de forma mais ampla para apoiar investimentos potencialmente transformadores em África. Informou ainda aos participantes sobre uma potencial cooperação regional com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), com quem estão actualmente em curso negociações para a assinatura de um Memorando de Entendimento, que detalha uma possível cooperação nas áreas de capacitação, desenvolvimento de grupos de trabalho e apoio à participação dos países. O Director-Geral pediu o apoio dos Estados-membros no sentido de reforçar as relações com o BAfD. Finalmente, mencionou a potencial cooperação com instituições financeiras internacionais, como o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Banco Mundial.

15. A Conferência das Partes felicitou o novo Director-Geral pela sua eleição e pela qualidade excepcional do seu relatório. Manifestaram o seu forte entusiasmo e interesse pelos produtos de seguro contra inundaçoes e ciclones tropicais, em particular, e pelas novas iniciativas da ARC, em geral.

Impacto da Subida do Nível do Mar

16. As delegações da Gâmbia e da Nigéria solicitaram à Agência ARC a explorar oportunidades para ajudar as populações costeiras mais vulneráveis, que enfrentam o impacto negativo da subida do nível do mar causada pelas alterações climáticas.

Apresentação de Relatórios e Sessões de Informação

17. A Conferência das Partes recebeu os seguintes relatórios e informes:

a. Apresentação por um Membro do Conselho de Administração da Agência ARC, do Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC à Conferência das Partes, conforme exigido pela Alínea (q) do Parágrafo 1 do Artigo 15º do Acordo de Estabelecimento;

b. Relatório do Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Companhia de Seguros Capacidade Africana de Risco, Limitada (ARC, Limitada), à Conferência das Partes sobre as Actividades da ARC, Limitada, em 2015, incluindo (i) a formação do segundo grupo de seguros; e (ii) os pagamentos de seguros para 2015/2016;

c. Informe da Mauritânia, Níger e Senegal sobre a utilização dos pagamentos de seguros da ARC, Limitada, nos seus respectivos países;

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7 d. Relatório do Director-Geral sobre a Resposta à Seca financiada pela ARC no Sahel em

2014/2015, apresentado pelo Responsável pela Planificação de Contingência da ARC; e. Informe sobre o Programa de Trabalho e Orçamento da Agência ARC para o Exercício de

2016;

f. Informe sobre as emendas sugeridas ao Regulamento Interno da Conferência das Partes; g. Informe sobre as emendas sugeridas às Normas de Conformidade;

h. Informe sobre as Normas e Procedimentos da Conta de Garantia; e

i. Informe do Conselheiro Jurídico da Comissão da União Africana sobre a importância da ratificação do Tratado para permitir que a Agência ARC se torne plenamente funcional. Decisões da Conferência das Partes

18. A Conferência das Partes, apreciou os temas da sua agenda, bem como as recomendações da reunião de Altos Funcionários Governamentais:

Relatório do Conselho de Administração

a. Tomou nota do Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC e apoiou a criação de painéis consultivos de peritos, incluindo peritos do continente africano para assessorar o Conselho sobre uma série de questões técnicas.

Dificuldades encontradas durante a implementação do pagamento

b. Tomou nota das dificuldades que foram encontradas pelo Níger e Senegal em relação à implementação do pagamento da ARC, Limitada, e solicitou ao Secretariado da Agência ARC a trabalhar com os Estados-membros no sentido de encontrar alternativas adequadas para a canalização interna de forma mais eficaz dos fundos, após um pagamento da ARC, Limitada, ser disponibilizado para o país.

Emenda ao Regulamento Interno da Conferência das Partes

c. Adoptou a emenda sugerida ao Regulamento Interno da Conferência das Partes, esclarecendo as credenciais necessárias pelas delegações dos Estados-membros da ARC. A emenda estabelece que as credenciais para as delegações à Conferência das Partes poderão ser autorizadas pelo Chefe de Estado, Chefe do Governo, Ministro dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores, Ministro das Finanças ou Ministro Responsável pelas actividades da ARC no país, e que os Representantes Permanentes junto da União Africana podem representar os seus países sem necessidade de outras credenciais. O Regulamento Interno que incorpora a emenda sugerida consta como Anexo 3, ao presente Relatório.

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8 Programa de Trabalho e Orçamento

d. Adoptou o Programa de Trabalho e Orçamento para o Exercício de 2016, elaborado e apresentado à Conferência das Partes pelo Secretariado, conforme exigido pela Alínea (c) do Parágrafo 5 do Artigo 17º do Acordo de Estabelecimento, e consta como Anexo 4, ao presente Relatório.

e. Autorizou uma prorrogação extraordinária do Programa de Trabalho e Orçamento, para permitir flexibilidade na programação da sua próxima reunião. Essa prorrogação irá permitir que a Agência ARC continue o seu funcionamento até ao primeiro trimestre de 2017, caso necessário.

Selecção dos Membros do Conselho de Administração

f. Reconduziu o Professor Peter Mwanza2 do Malawi, como Membro Efectivo do Conselho de Administração, para o assento da África Austral, para um mandato de três (3) anos, e nomeou o Dr. Andrew Daudi3, do Malawi, como o Membro Suplente do Conselho de Administração para o Assento da África Austral, para um mandato semelhante.

g. Nomeou o Sr. Birama B. Sidibe4, do Mali, e S.E. Sr. Pa Ousman Jarju5, da Gâmbia, como Membros Efectivo e Suplente do Conselho de Administração para o assento da África Ocidental, para um mandato de três (3) anos.

h. Manifestou as suas felicitações aos recém-nomeados membros efectivos e suplentes do Conselho de Administração.

Normas de Conformidade Emendadas

i. Adoptou as Normas de Conformidade Emendadas, que constam como Anexo 5 ao presente Relatório, e solicitaram ao Secretariado a rever as Normas de Conformidade para garantir consistência.

Normas e Procedimentos para Situações em que um Governo não seja capaz de receber um Pagamento de Seguro da ARC, Limitada, devido

j. Decidiu que a Conferência das Partes volte a apreciar, na próxima CoP, as Normas e Procedimentos para situações em que um Governo não seja capaz de receber um pagamento de seguro da ARC, Limitada, devido, e que o Secretariado da ARC faça

2 O Professor Peter Mwanza prestou serviço por um primeiro mandato de dois anos como Membro do Conselho de

Administração da Agência e ARC é o antigo Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar do Malawi.

3 O Dr. Andrew Daudi é o antigo Secretário Principal do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar do

Malawi.

4 O Sr. Birama B. Sidibe é o antigo Vice-Presidente do Banco Islâmico de Desenvolvimento.

5 S.E. o Sr. PA Ousman Jarju é o Ministro do Meio Ambiente, Alterações Climáticas, Florestas, Água e Vida Selvagem

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9 propostas sobre normas para tais situações, de modo que os Estados-membros da ARC possam fazer a apreciação das propostas bem antes da reunião.

Assinatura e Ratificação do Tratado

k. Recordou a decisão da Terceira Reunião da Conferência das Partes, que exorta todos os Estados signatários a ratificarem o Acordo de Estabelecimento e a depositarem o instrumento de ratificação junto da Presidente da Comissão da União Africana, e decidiu estabelecer um prazo de doze (12) meses para que os Estados-membros da ARC ratifiquem o Acordo de Estabelecimento, até Janeiro de 2017.

l. Reconheceu os esforços da Mauritânia de se tornar o primeiro país a ratificar o Acordo de Estabelecimento, e instou a Mauritânia a depositar o instrumento de ratificação junto da Presidente da Comissão da União Africana, o mais rapidamente possível. m. Chegou a acordo para que os Estados-membros da ARC se empenhem ao mais alto nível

dentro dos seus países, da União Africana, incluindo a nível dos Chefes de Estado e das entidades regionais, no apoio à Agência ARC e promoção da sua missão.

n. Enalteceu os esforços empreendidos pelo Subcomité do Comité de Representantes Permanentes da União Africana sobre o Fundo Especial de Assistência de Emergência para a Seca e Fome em África, que no seu relatório fez referência à necessidade de aumentar a consciencialização dos Estados-membros para a assinatura e ratificação do Acordo de Estabelecimento da ARC.

Assinatura do Memorando de Endendimento

19. Durante a Quarta Sessão da Conferência das Partes, o Director-Geral da Agência ARC assinou Memorandos de Entendimento (MdE) com os Governos do Chade e Gâmbia, nos termos do qual a Agência ARC deverá trabalhar com o Chade e Gâmbia no Plano de Trabalho do Programa para a seca.

Discurso de Encerramento

20. A Conferência das Partes manifestou a sua profunda gratidão à União Africana por acolher a Quarta Sessão na bonita Sede da União Africana.

21. A Conferência das Partes agradeceu ao Director-Geral da Agência ARC e ao pessoal da ARC por organizar de forma eficiente a Quarta Sessão da Conferência das Partes.

22. A Conferência das Partes decidiu que a sua Quinta Sessão deve ser realizada entre Novembro de 2016 e Março de 2017. O Secretariado da Agência ARC foi solicitado a fazer circular os critérios para o acolhimento de uma Sessão da Conferência das Partes para todos os Estados-membros da ARC. Os países que desejam acolher a Quinta Sessão da Conferência das Partes deverão comunicar o seu interesse ao Secretariado da Agência ARC.

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10 23. O Presidente da Conferência das Partes encerrou a reunião agradecendo a todos os participantes pela sua participação e pela qualidade do trabalho, desejando às delegações, uma boa viagem de regresso aos seus países de origem.

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11 ANEXO 1

Lista dos Participantes à Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco

PAÍS NOME TÍTULO

BURKINA FASO

Tinga Ramde Supervisor do Programa da ARC Hien Sitegne Coordenador da ARC pelo Governo

BURUNDI

Desire Niyiburana DAF – SEP/CNPS

CHADE

Keumaye Ignegongba Secretário-Geral Adjunto do Ministério do Planeamento e Cooperação Internacional

Halima Soungui Adido de Imprensa da Embaixada do Chade

DJIBUTI

Ahmed Mohamed Madar Secretário Executivo de Gestão de Calamidades e Riscos

GABÃO

Dr. Willy Leonel Souo Conselheiro da Embaixada do Gabão na Etiópia

GÂMBIA

Ousman Sowe Secretário Permanente do Ministério do Ambiente, Alterações Climáticas, Águas e Parques Amie Kolleh Jeng Director do Orçamento do Ministério das Finanças

e Assuntos Económicos

Jallow Mawdo Amadou Coordenador de Calamidades Regionais da Agência Nacional de Gestão de Calamidades Malang Jatta Analista Sénior de Políticas do Gabinete do

Presidente

GUINÉ

Fatoumata Sidibe Embaixador da Embaixada da Guiné

QUÉNIA

James Okoth Oduor Supervisor do Programa da ARC e Director Executivo da NDMA

LÍBIA

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MADAGÁSCAR

Charles Clement Severin Rakololahy

Conselheiro Especial do Primeiro-Ministro

Harilala Onintsoa Raoilisoa Directora de Planificação e Quadro Orçamental do Ministério das Finanças e Orçamento

MALAWI

Erica Maganga Secretária Principal do Ministério da Agricultura Gift Mafuleka Director Adjunto do Departamento de Gestão de

Calamidades

Alex Namaona Director de Planificação do Departamento de Agricultura

Carolyn Tithokoze Samuel Director Adjunto do Ministério das Finanças Hastings Ngoma Coordenador da ARC pelo Governo

MALI

Sidi Almoctar Oumar Director do Tesouro do Ministério da Economia e Finanças

Dicko Bassa Diane Comissariado de Segurança Alimentar do Mali Fafre Camara Embaixador da Embaixada do Mali

Mahamane Dra Conselheiro da Embaixada do Mali

MAURITÂNIA

Mohamed Ould Ahmed Salem Comissário de Segurança Alimentar do CSA Zein Mohameden Supervisor do Programa da ARC Encarregado pela

Missão do CSA

Moustapha Abdallahi Coordenador da ARC pelo Governo, Encarregado pela Missão do CSA

MOÇAMBIQUE

Xavier Chavana Director Nacional Adjunto do Ministério da Economia e Finanças

Silvestre Alfredo Uqueio Oficial de Monitorização e Planificação do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Casimiro Abreu Director-Geral Adjunto do Instituto Nacional de

Gestão de Calamidades

NÍGER

Mahamane Boulama Goni Secretário Permanente do Mecanismo Nacional de Prevenção e Gestão de Calamidades e Crises Alimentares

Adamou Moumouni Consultor Técnico do Ministério da Economia e Finanças

Abdoulhamid Issaka Sountalma Inspetor de Seguro do Ministério da Economia e Finanças

Bako Yacouba Supervisor do Programa da ARC, SP/DNPGCCA

NIGÉRIA

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RUANDA

Clementine Uwamuguha Second Counsellor, Embassy of Rwanda

REPÚBLICA ÁRABE SARAUÍ DEMOCRÁTICA

Ahmed Baba Ali Chefe Adjunto da Missão da RASD na Etiópia Fatima Mehdi Hassam Secretário-Geral da Organização de Mulheres da

RASD na Embaixada da RASD

SENEGAL

Momath Ndao Comissário de Seguro no Ministério da Economia, Finanças e Planeamento

Cheikhou Cisse Secretário-Geral do Ministério do Interior e Segurança Pública

Massamba Diop Supervisor do Programa da ARC

Abdoulaye Noba Director de Protecção Civil do Ministério do Interior e Segurança Pública

ZÂMBIA

Amos Musonda Ministro Conselheiro da Embaixada da Zâmbia Joseph Chinyemba Primeiro Secretário da Embaixada da Zâmbia

ZIMBABWE

Dr. Desire Mutize Sibanda Secretário Permanente do Ministério do Planeamento Económico e Promoção do Investimento

Fadzai Mhariwa Economista Sénior do Ministério do Planeamento Económico e Promoção do Investimento

OBSERVADORES

Thomas Yanga Representante do PAM junto da Comissão da União Africana e da Comissão Económica das Nações Unidas para África

Lena Heron USAID

Dr. Senait Regassa SDC

Wanja Kaaria PAM

Ian Small Negócios Estrangeiros, Comércio e

Desenvolvimento do Canadá

Susanne Feser KfW

Stéphane Duval Agência Canadiana de Desenvolvimento Internacional

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14 ANEXO 2

Projecto de Agenda

Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC) 1. Eleição da Mesa e Adopção da Agenda e do Programa de Trabalho da Conferência das Partes;

2.

Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC;

3. Informe do Director-Geral da Agência ARC sobre as actividades da Agência ARC desde a terceira sessão da Conferência das Partes, incluindo:

a. Progressos e Desenvolvimento do Programa de Trabalho e das Iniciativas da ARC; b. Visão da ARC para o período de 2016-2020/Agenda de Acção;

c. Quadro Estratégico com base em Resultados; d. Divulgação e Parceria.

4. Informação actualizada sobre as actividades da Companhi a de Seguros Capacidade Africana de Risco, Limitada, (ARC, Limitada), incluindo:

a. Formação do Segundo Grupo de Seguros; b. Pagamentos de seguros de 2015/2016; e

c. Trabalho da Equipa Consultiva de Trabalho sobre a Transferência da Sede da ARC, Limitada.

5.

Apresentações sobre a utilização dos pagamentos da ARC, Limitada, pela Mauritânia, Níger e Senegal e do Relatório do Director-Geral sobre a Resposta à Seca no Sahel financiada pela ARC em 2014/2015

6.

Apreciação das Proposta de Emenda ao Regulamento Interno da Conferência das Partes da Capacidade Africana de Risco;

7.

Apreciação do Programa de Trabalho e do Orçamento para o Exercício de 2016 e do Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC;

8. Selecção de Membros Efectivos e Suplentes do Conselho de Administração da Agência ARC para os Assentos da África Ocidental e da África Austral;

9. Apreciação das Normas de Conformidade emendadas, incluindo a Política e Procedimentos de Denúncia;

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15 10. Apreciação do Regulamento da Conta de Garantia;

11. Apreciação da Tabela de Contribuição e Informação Actualizada sobre a Ratificação do Tratado; 12. Acordo sobre a data e local da próxima sessão da Conferência das Partes.

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16 ANEXO 3

Regulamento Interno da Conferência das Partes da ARC Artigo 1º: Âmbito

O presenteRegulamento é aplicável a todas as sessões da Conferência das Partes. É igualmente aplicável, mutatis mutandis, aos órgãos subsidiários da Conferência das Partes, a menos que a Conferência das Partes decida de maneira diferente, de acordo com o Número 2 do Artigo 8º.

Artigo 2º: Mesa

2.1. A Conferência das Partes irá eleger, dentre os representantes das partes, uma Mesa composta por um Presidente, três Vice-Presidentes e um Relator (a seguir colectivamente referenciados como “a Mesa”). Na eleição da Mesa, a Conferência das Partes deve ter em devida conta o princípio de rotatividade geográfica.

2.2. Os Membros da Mesa serão eleitos por um ano ou até que uma novaMesa for eleita, com a possibilidade de renovação por um período adicional. Nenhum membro da Mesa pode ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo.

2.3. Caso um Membro da Mesa se demita do seu cargo ou esteja permanentemente incapaz de exercer as suas funções, a Parte desseMembro da Mesa designará outro representante para que substitua o referido membro durante o resto do mandato.

2.4. O mandato dos Membros da Mesa terá início no dia da sua eleição, na abertura da sessão em que foram eleitos. Devem prestar serviço como Mesa de qualquer sessão especial realizada durante os seus mandatos, e prestar orientação ao Conselho de Administração e ao Director-Geral no que diz respeito aos preparativos, e realização das sessões da Conferência das Partes.

2.5. O Presidente irá presidir todas as sessões da Conferência das Partes e exercer quaisquer outras funções que possam ser necessárias para facilitar o trabalho da Conferência das Partes. Um Vice-Presidente que preste serviço interinamente como Vice-Presidente terá os mesmos poderes e deveres do Presidente.

Artigo 3º: Sessões

3.1. Em conformidade com o Número 3 do Artigo 12º do Acordo de Estabelecimento da Agência Capacidade Africano de Risco (ARC) (Acordo de Estabelecimento), a Conferência das Partes deverá realizar sessões ordináriaspelo menos uma vez a cada ano.

3.2. As sessões extraordinárias da Conferência das Partes devem ser realizadas em outras vezes, sob solicitação, por escrito, pelo Conselho de Administração ou a pedido por escrito de pelo menos dois terços das Partes.

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17 3.3. As sessões da Conferência das Partes serão convocadas pelo Presidente da Conferência das Partes, com o consentimento da Mesa e em consulta com o Presidente do Conselho de Administração e o Director-Geral.

3.4. O aviso da data e local de cada sessão da Conferência das Partes deve ser comunicado à todas as Partes, pelo menos, quatro semanas antes da abertura da sessão.

3.5. Cada Parte deverá comunicar ao Director-Geral o nome dos seus representantes na Conferência das Partes, antes da abertura de cada sessão da Conferência das Partes.

3.6. Cada Parte deverá enviar uma delegação autorizada pelo seu Chefe de Estado, Chefe de Governo, Ministro dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores, Ministro das Finanças ou Ministro responsável pela supervisão das actividades da Capacidade Africana de Risco dentro do país. Os Representantes Permanentes das Partes acreditados junto da União Africana podem ser considerados como representantes à Conferência das Partes, sem autorização adiciona. (ênfase dada)

3.7. O Director-Geral pode convidar peritos para as sessões da Conferência das Partes, com o consentimento da Mesa.

3.8. A presença de delegados que representem a maioria simples das partes será necessária para constituir oquórum em qualquer sessão da Conferência das Partes, em conformidade com o Número 5 do Artigo 12º do Acordo de Estabelecimento.

Artigo 4 º: Agenda e Documentos

4.1. O Director-Geral elaborará o projecto de agenda, a pedido do Presidente e sob a orientação do Conselho de Administração.

4.2. Qualquer Parte poderá solicitar ao Director-Geral para incluir pontos específicos no projecto de agenda, antes de ser enviado.

4.3. O projecto de agenda será divulgado pelo Director-Geral, pelo menos, quatro semanas antes da abertura da sessão para todas as Partes e observadores convidados a participar na sessão.

4.4. Qualquer das Partes poderá, após o envio do projecto de agenda, propor a inclusão de pontos específicos na agenda no que diz respeito a questões de natureza urgente ou imprevista, se possível, até duas semanas antes da abertura da sessão. Esses pontos devem ser colocados numa lista complementar, que, caso o tempo permita antes da abertura da sessão, serão enviados pelo Director-Geral a todas as Partes, sob pena da lista complementar dever ser comunicada ao Presidente para apresentação à Conferência das Partes. Qualquer Parte poderá propor a inclusão, antes da aprovação da agenda, de qualquer outro ponto que considere de relevância.

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18 4.5. Após a adopção da agenda, a Conferência das Partes poderá, por consenso alterar a agenda com a eliminação, acrescento ou modificação de qualquer ponto.

4.6. Os documentos a serem apresentados à Conferência das Partes, em qualquer sessão,deverão ser disponibilizados pelo Director-Geral às Partes no momento em que a agenda é enviada ou logo que possível, mas sempre pelo menos três semanas antes da abertura da sessão.

4.7. As propostas formais relativas aos pontos da agenda e suas alterações introduzidas durante a sessão da Conferência das Partes deverão ser feitas por escrito e entregues ao Presidente, que providenciará cópias para serem distribuídasà todos os representantes das Partes.

Artigo 5º: Tomada de Decisão

5.1. Sem prejuízo do Artigo 5.2, todas as decisões da Conferência das Partes devem ser tomadas por uma maioria de dois terços das Partes presentes e votantes, a não ser que as decisões tomadas nos termos das alíneas (b), (n), (o) e (p) do Número 2 do Artigo 13 º do Acordo de Estabelecimento serão tomadas por uma maioria de dois terços das Partes ao Acordo de Estabelecimento.

5.2. O Presidente deverá sempre procurar alcançar consenso, sempre que possível, na tomada de decisão da Conferência das Partes.

5.3. A eleição dos Membros do Conselho de Administração deve ser realizada de acordo com os procedimentos estabelecidos no Anexo ao presente Regulamento.

Artigo 6º: Observadores

6.1. O Director-Geral notificará a Comissão da União Africana, bem como qualquer Estado-membro da União Africana, que não seja Parte do Tratado, das sessões da Conferência das Partes, para que possam estar representados como observadores, pelo menos seis semanas antes do início da sessão. Esses observadores podem, a convite do Presidente, participar, sem direito a voto nas sessões da Conferência das Partes.

6.2. O Director-Geral notificará qualquer outro órgão ou parceiro de cooperação, seja governamental ou não-governamental, com competência nas áreas relacionadas com o objecto do Tratado, incluindo qualquer doador, que tenha informado ao Director-Geral do seu desejo de ser representado como observador, das sessões da Conferência das Partes, pelo menos, seis semanas antes da abertura da sessão. Esses observadores podem, a convite do Presidente, participar, sem direito a voto nas sessões da Conferência das Partes sobre assuntos de interesse directo para o órgão ou agência que representam, a menos que pelo menos um terço das Partes presentes nasessão se oponha.

6.3. Antes da abertura da sessão da Conferência das Partes, o Director-Geral irá fazer circular uma lista de observadores que solicitaram autorização para se fazer representar na sessão.

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19 Artigo 7º: Registos e Relatórios

7.1. No final de cada sessão, a Conferência das Partes deve aprovar um relatório que incorpore as suas decisões, recomendações e conclusões. Quaisquer outros registos, para seu uso próprio, conforme a Conferência das Partes decida de vez em quando, devemigualmente ser mantidos.

7.2. O relatório da Conferência das Partes deve ser divulgado, para informação, pelo Director-Geral, no prazo de trinta dias após a sua aprovação ao Presidente da Comissão da UA e todas as Partes e observadores que estiveram representados na sessão.

Artigo 8º: Órgãos Subsidiários

8.1. A Conferência das Partes poderá estabelecer os órgãos subsidiários que julgar necessários para a realização das suas funções. A criação de órgãos subsidiários estará sujeita à disponibilidade de recursos necessários no orçamento aprovado da Agência ARC. Antes de tomar qualquer decisão que envolva despesas relacionadas com a criação de órgãos subsidiários, a Conferência das Partes deverá ter diante de si um relatório do Director-Geral sobre as implicações administrativas e financeiras dos mesmos. 8.2. A adesão, termos de referência e procedimentos dos órgãos subsidiários devem ser determinadas pela Conferência das Partes.

8.3. Cada órgão subsidiário deverá eleger a sua própria Mesa, a não ser que seja nomeada pela Conferência das Partes.

Artigo 9º: Despesas

9.1. As despesas incorridas pelos representantes das Partes e seus suplentes na participação das sessões da Conferência das Partes ou órgãos subsidiários, bem como as despesas incorridas por observadores durante as sessões, serão custeadas pelos respectivos governos ou organizações.

9.2. Todas as operações financeiras da Conferência das Partes e seus órgãos subsidiários serão regidas pelas disposições pertinentes dos regulamentos financeiros.

Artigo 10º: Idiomas

As línguas de trabalho da Conferência das Partes devem ser os da União Africano. Artigo 11º: Emenda das Regras

As alterações ao presente Regulamento poderão ser adoptadas por uma maioria de dois terços das Partes presentes e votantes. A análise das propostas de alterações ao presente Regulamento estará sujeita Artigo 4º e documentos sobre as propostas serão distribuídas de acordo com o Número 7 do Artigo 4º e em nenhum caso menos de 24 horas antes de sua análise pela Conferência das Partes.

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20 Artigo 12º: Regra de Aplicação XII do Regulamento da Assembleia da UA

As disposições do Regulamento da Conferência da UA são aplicáveis, mutatis mutandis, a todas as questões não especificamente tratadas no âmbito do Acordo de Estabelecimento ou do presente Regulamento.

Artigo 13º: Autoridade Suprema do Acordo de Estabelecimento

Em caso de qualquer conflito entre qualquer disposição do presente Regulamento e qualquer disposição do Acordo de Estabelecimento, o Acordo de Estabelecimento prevalecerá.

Artigo 14º: Entrada em Vigor

O presente Regulamento e respectivas alterações deverão entrar em vigor após a sua aprovação pela Conferência das Partes.

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21 Anexo 1

Procedimentos para a Eleição dos Membros do Conselho de Administração

1. A Conferência das Partes deverá eleger cinco membros e um suplente para cada membro para integrar o Conselho de Administração da Agência ARC.

2. Esses membros serão eleitos de entre os candidatos apresentados pelas Partes que têm, no momento da eleição, contratos actuais de Seguros com uma Entidade Subsidiária ou Filial da Agência ARC. Durante o período inicial antes das Partes celebrarem contratos de seguro com uma Entidade Subsidiária ou Filial da Agência ARC, os membros do Conselho de Administração e os suplentes serão eleitos a partir de Partes que assinaram Memorandos de Entendimento de Pré-participação com o PAM em relação ao Projecto ARC e tenham notificado por escrito ao Presidente da Conferência das Partes a sua intenção de celebrar contratos de seguro logo que os referidos contratos estejam disponíveis. 3. Todos os candidatos devem cumprir com as qualificações dos Membros do Conselho previstos no Apêndice ao presente Anexo.

4. A Conferência das Partes terá em conta a necessidade de uma representação geográfica equitativa e rotatividade entre as partes aquando da eleição dos Membros do Conselho de Administração. Um suplente não poderá participar de qualquer reunião do Conselho de Administração caso o membro que substitui esteja igualmente presente;

5. Os Membros e seus suplentes prestarão serviço nas suas capacidades pessoais, e devem trabalhar a tempo parcial, conforme necessário para realizar as suas funções.

6. Os Membros do Conselho de Administração são nomeados para mandatos não superiores a três anos, cujos termos podem ser renovados por mais um mandato de três anos. Os mandatos dos Membros do Conselho de Administração serão escalonados, para garantir a continuidade dos trabalhos do Conselho.

7. A eleição dos Membros do Conselho de Administração, sempre que possível, deve ser realizada por consenso. Caso todos os esforços para se chegar a um consenso tenham sido empreendidos, sem sucesso, a eleição deve ser realizada de acordo com o seguinte:

a) Cada Parte que cumpra os critérios estabelecidos no Número 2 pode propor não mais de um candidato para a eleição como Membro do Conselho de Administração e um candidato para a eleição como suplente. Os candidatos podem ser nacionais da parte interessada ou de qualquer Estado-membro da União Africana;

b) A proposta de um candidato para a eleição como Membro do Conselho de Administração ou suplente deve ser acompanhada de um Curriculum Vitae do candidato, indicando a forma como o candidato cumpre com os Termos de Referência e qualificações de Membros do Conselho;

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22 c) Sujeito ao parágrafo d) a seguir, a maioria necessária para a eleição de um Membro do

Conselho de Administração será de dois terços dos votos expressos;

d) Os candidatos que receberem o maior número de votos serão declarados eleitos até o número de assentos a preencher, desde que tenham recebido a maioria dos votos; e) Caso, em qualquer escrutínio mais candidatos recebam a maioria necessária do que há

assentos disponíveis, os candidatos que receberem o maior número de votos serão eleitos até o número de assentos disponíveis, novos escrutínios serão realizados quantos necessários, entre os candidatos remanescentes que receberam a maioria dos votos, para resolver os casos em que os candidatos recebem o mesmo número de votos; f) Caso, em qualquer escrutínio nenhum candidato obtenha a maioria de votos, o

candidato com o menor número de votos nesse escrutínio deve ser eliminado;

g) Caso, em qualquer escrutínio nenhum candidato obtenha a maioria dos votos e mais de um candidato obtenha o menor número de votos, um escrutínio separado será realizado entre esses candidatos e os candidatos que recebam o menor número de votos serão eliminados;

h) Caso no escrutínio separado acima previsto mais de um candidato receba novamente o menor número de votos, a operação acima deve ser repetida no que diz respeito a esses candidatos, até que um candidato seja eliminado, desde que, caso os mesmos candidatos recebam o menor número de votos em dois escrutínios distintos consecutivos, o referido candidato, conforme tenha sido designado por sorteio pelo Presidente da Conferência das Partes, deve ser eliminado;

i) Caso em qualquer fase todos os candidatos remanescentes recebam o mesmo número de votos, e volte a acontecer nos dois escrutínios sucessivos, o Presidente suspenderá a sessão e, em seguida, realizará dois outros escrutínios. Caso após a aplicação deste procedimento, o escrutínio final resulte novamente em votação dividida igualmente, o referido candidato, conforme seja designado por sorteio pelo Presidente da Conferência das Partes, será eleito;

j) Os mandatos dos primeiros membros do Conselho de Administração serão escalonados de acordo com o seguinte modelo:

i. O candidato que obtenha o maior número de votos será eleito para um mandato de três anos, e terá direito a reeleição para um novo mandato de três anos; ii. Os dois candidatos que obtenham o segundo maior número de votos serão

eleitos para um mandato de dois anos, e terão direito a reeleição para um novo mandato de três anos;

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23 iii. Os dois candidatos que obtenham o terceiro maior número de votos serão eleitos para um mandato de um ano, e terão direito a reeleição para um novo mandato de três anos;

iv. No caso em que todos os candidatos eleitos recebam o mesmo número de votos, os mandatos serão atribuídos pelo Presidente da Conferência das Partes, por sorteio.

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24 Apêndice

Qualificações dos Membros do Conselho

Os Membros do Conselho deverão ser pessoas de competência e integridade reconhecida e devem ter experiência em uma ou mais das seguintes áreas:

a) Gestão do Risco de Calamidades; b) Gestão de Emergência;

c) Preparação para Calamidades; d) Eventos climáticos Extremos; e) Segurança Alimentar;

f) Prestação de Serviços Sociais; g) Planificação de Contingência; h) Finanças;

i) Seguros.

As Partes devem garantir, tanto quanto possível, uma distribuição de diferentes áreas de conhecimentos entre todos os Membros do Conselho.

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25 Anexo 2

Demissão e Substituição dos Membros do Conselho de Administração Secção 1: Provisões Gerais

1. A Conferência das Partes poderá, conforme o Artigo 13º, parágrafo 2 (e) do Acordo para a Criação da Agência da Capacidade Africana de Risco (ARC) (o "Acordo de Criação"), demitir Membros do Conselho de Administração da Agência ARC (o "Conselho") com justa causa.

2. A demissão de um Membro do Conselho obrigará a um procedimento específico e ao acordo de uma maioria de dois terços das Partes do Acordo de Criação presentes e votantes.

3. A justa causa poderá incluir, não estando limitada, as seguintes: i. Violação de leis nacionais;

ii. Violação das Regras de Conduta para os Membros do Conselho de Administração da Agência ARC;

iii. Cometimento de actos pouco éticos que, embora não directamente relacionados com a ARC, sejam considerados pela CdP como tendo relação razoável com as actividades do Conselho ou que possam afectar a posição ou integridade de um membro;

iv. Falha no cumprimento dos seus deveres como Membro do Conselho, incluindo ausências repetidas às reuniões do Conselho; e

v. Perda de confiança na capacidade do Membro do Conselho em cumprir as funções de Membro do Conselho pelo Estado que o/a nomeou.

Secção 2: Procedimentos para Demissão por Justa Causa de um Membro do Conselho

4. Os procedimentos para a demissão por justa causa de um Membro do Conselho serão iniciados, se for apresentada uma queixa contra um Membro do Conselho junto do Secretário do Conselho (a "Queixa") por:

i. outro Membro do Conselho; ii. uma Parte do Acordo de Criação; ou iii. um membro do público em geral.

5. O Membro do Conselho contra quem foi feita a Queixa será notificado no prazo de 10 dias úteis a contar da recepção da Queixa. Tal notificação será apresentada por escrito e informará o Membro do Conselho da sua oportunidade de refutar a Queixa.

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6. O Membro do Conselho contra quem seja feita uma Queixa terá 14 dias úteis para notificar o Secretário do Conselho do seu desejo de ser ouvido durante a análise da Queixa.

7. O Presidente do Conselho será notificado por escrito no prazo de 10 dias úteis a contar da recepção da Queixa.

8. Após receber notificação de uma Queixa por escrito do Secretário do Conselho, o Presidente do Conselho deverá, no prazo de 10 dias úteis, formar um Comité de Conselho ad hoc constituído por três Membros do Conselho para analisar a Queixa.

9. O Comité do Conselho terá 45 dias a partir da sua formação pelo Presidente do Conselho para convocar uma audiência referente à Queixa. O Membro do Conselho contra quem a Queixa foi feita e o queixoso terão ambos o direito de testemunhar durante a audiência, se assim o desejarem.

10. Assim que o Comité do Conselho tenha analisado e tomado uma decisão referente à Queixa, esse órgão apresentará um relatório e recomendações, baseados na sua apreciação dos factos, à Conferência das Partes pelo menos um mês antes da sessão da Conferência das Partes durante a qual seja discutida a demissão do Membro do Conselho.

11. O Comité do Conselho também apresentará o seu relatório a todo o Conselho para fins informativos.

12. A demissão de um Membro do Conselho pela Conferência das Partes deverá ser expressamente incluída na agenda da sessão da Conferência das Partes durante a qual será discutida, e o Membro do Conselho deverá ser avisado com uma antecedência de pelo menos 30 dias de que a Conferência das Partes irá discutir a sua demissão.

13. A Conferência das Partes deliberará e discutirá as questões e apresentará uma decisão relativa à demissão do Membro do Conselho. A critério da Conferência das Partes, poderá ser apresentada uma breve declaração à Conferência das Partes pelo Membro do Conselho contra quem foi feita a Queixa.

14. Se um Membro do Conselho for demitido, o seu Membro do Conselho suplente deverá tomar o seu lugar no Conselho até ao momento em que um novo Membro do Conselho possa ser seleccionado segundo os Procedimentos para a Eleição dos Membros do Conselho de Administração anexos às Regras de Funcionamento da Conferência das Partes.

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27 Anexo 3

Procedimentos para a Eleição do Director Geral da Agência ARC

1. O Director Geral será escolhido entre os candidatos recomendados pelo Conselho, de acordo com os procedimentos estabelecidos nas Directrizes para Procura do Director Geral aprovadas pela CoP e no Enquadramento para a Selecção do Novo Director Geral.

2. Sempre que possível, a CoP procederá à selecção do Director Geral por consenso. Se todos os esforços feitos para atingir um consenso forem infrutíferos, poderá decorrer uma eleição em conformidade com os Procedimentos Eleitorais.

3. A eleição de um candidato para o cargo de Director Geral será feita por escrutínio secreto e cada Parte da CoP terá direito a um voto.

4. Para efeitos da eleição do Director Geral, uma maioria de dois terços das Partes presentes e votantes será considerada uma maioria.

5. Antes do início da votação, o Presidente da CoP nomeará cinco Monitores para fiscalizar os votos expressos.

6. Caso seja feito o escrutínio em papel, o seguinte deverá ser deduzido do número total das Partes da CoP:

a. o número de votos em branco, se existirem; e b. o número de votos nulos, se existirem.

O número restante constituirá o número de votos registados. Caso seja utilizado o escrutínio

electrónico e essas deduções sejam feitas automaticamente pelo sistema electrónico, essa norma não se aplica.

7. Caso um candidato obtiver a maioria de dois terços dos votos expressos no primeiro escrutínio, ele ou ela será declarado/a eleito/a.

8. Caso nenhum dos candidatos obtiver a maioria necessária na primeira votação, serão realizados escrutínios adicionais. Se, durante qualquer escrutínio, um candidato obtiver dois terços dos votos expressos, ele ou ela será declarado/a eleito/a.

9. Caso, depois de realizados quatro escrutínios, nenhum candidato obtiver uma maioria de dois terços, o candidato com o menor número de votos no quarto escrutínio será eliminado e realizar-se-á um quinto escrutínio. Se nenhum candidato obtiver a maioria de dois terços no quinto escrutínio, o candidato com o menor número de votos será eliminado e realizar-se-á um sexto escrutínio. Isto continuará em cada escrutínio sucessivo, até existir um escrutínio com apenas dois candidatos.

10. Caso depois de mais três escrutínios nenhum dos candidatos obtenha uma maioria de dois terços dos votos expressos, o candidato com menos votos deverá retira a sua candidatura.

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28 11. Os restantes candidatos deverão continuar para o escrutínio seguinte. Caso ele/ela não obtenha uma maioria de dois terços dos votos expressos durante esse escrutínio, o Presidente da CoP deverá suspender a eleição por um período de tempo a ser determinado pela CoP.

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29 ANEXO 4

Programa de Trabalho e Orçamento da Agência ARC para o ano de 2016

A Agência Especializada da União Africana (UA) Capacidade Africana de Risco (ARC) foi criada a 23 de Novembro de 2012, por uma Conferência de Plenipotenciários, convocada pela União Africana. A ARC foi concebida para melhorar a capacidade dos Estados-membros da UA de gestão do risco de calamidades naturais, adaptar-se às alterações climáticas e proteger as populações da insegurança alimentar. Para isso, a ARC oferece seguro climático aos governos participantes através da sua filial comercial, a Companhia de Seguros ARC, Limitada, (ARC, Limitada, ou a Companhia). Essa entidade financeira utiliza o Africa RiskView, um avançado software de vigilância meteorológica por satélite para fazer estimativas e accionar fundos prontamente disponíveis para os países africanos atingidos por eventos climáticos graves.

O facto de tais eventos não acontecerem no mesmo ano em todas as partes do continente africano, a solidariedade pan-africana na criação de um grupo de risco de calamidades como a ARC é financeiramente eficaz. A partilha de risco em todo o continente reduz significativamente o custo de fundos de emergência de contingência para os países, diminuindo a dependência da ajuda externa. Através da fusão das abordagens tradicionais de assistência em situações de calamidades e quantificação com os conceitos de partilha e transferência de riscos, a ARC cria um sistema pan-africano de resposta a calamidades que satisfaça as necessidades dos afectados de uma maneira oportuna e mais eficiente e proporcione um importante passo em frente na criação de uma estratégia sustentável de liderança africana para a gestão dos riscos climáticos extremos.

Todos os fundos que são pagos a partir da ARC, Limitada, aos Estados-membros devem ser utilizados para os Planos de Contingência previamente definidos. Esse processo de planificação de contingência é liderado pelos países e garante que os fundos da ARC sejam utilizados de forma mais eficiente no caso de um pagamento. Além disso, o trabalho de planificação de contingência serviu para catalisar novas discussões e criação de consenso com o governo e parceiros doadores sobre o financiamento de calamidades, escalabilidade dos programas existentes e capacidade de implementação dos Estados-membros.

Como uma instituição pertencente aos membros a Agência realiza igualmente a capacitação dos Estados-membros que é necessária para que esses Estados participem nas actividades da ARC. De igual modo, com base nas solicitações dos Estados-membros, a Agência realiza Pesquisa e Desenvolvimento de produtos de seguros e instrumentos financeiros que ajudem os países na gestão de riscos, conforme demonstrado abaixo com o trabalho da ARC sobre inundações, ciclones tropicais, surtos e epidemias e o Mecanismo Climatológico Extremo (XCF).

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MARCOS ALCANÇADOS DESDE A CRIAÇÃO

As actividades da Agência podem ser divididas em quatro vertentes:

1) Operações: orientação estratégica, selecção de um novo Director-Geral, organização da Conferências das Partes, actividades do Conselho de Administração, conclusão da Agenda de Acção da ARC;

2) Pesquisa e Desenvolvimento: alerta prévio e melhoria do modelo de seca do Africa RiskView, desenvolvimento de novos modelos de risco para África para inundações e ciclones tropicais, pesquisa económica incluindo uma metodologia de classificação de riscos do país e a análise de custo-benefício da ARC, concepção e desenvolvimento de seguro contra surtos e epidemias (O&E) para os Estados-membros e concepção e desenvolvimento de um Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) para prestar financiamento de adaptação climática para os Estados-membros;

3) Serviços Governamentais e de Clientes: personalização do software Africa RiskView, desenvolvimento de Planos de Operações ligados a pagamentos, estruturação de contratos de transferência de riscos, assistência preparatória quando esteja iminente um pagamento de seguro, desenvolvimento de FIP com os países que recebem pagamentos, monitorização dos processos de implementação do pagamento;

4) Liderança Inovadora e Desenvolvimento de Políticas: recolha das melhores práticas entre os Estados-membros, documentação e partilha das experiências de África nos fóruns globais, garantindo debates globais em matéria de alterações climáticas, segurança alimentar, resiliência, financiamento de risco, etc., concepção de soluções adequadas ao contexto africano, levando a discussão no contexto dos compromissos do G7 sobre a expansão da cobertura de seguro climático para os beneficiários dos países em desenvolvimento e para a próxima Cimeira Mundial de Ajuda Humanitária em 2016.

1. Vertente de Operações

Administração. Em 2015, a ARC renegociou o seu Acordo de Serviços Administrativos (ASA) com o Programa

Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM). O novo ASA, assinado a 3 de Junho de 2015, cobre o trabalho da Agência ARC até 31 de Agosto de 2019.

Conferência das Partes. Em Janeiro de 2015, a ARC organizou a terceira sessão da Conferência das Partes

(CoP), que é o veículo através do qual os Estados-membros podem estabelecer as políticas da Agência ARC e determinar a sua orientação estratégica. Dezenove Estados-membros participaram, o que demonstrou um alto nível de engajamento e compromisso dos Membros. Durante a terceira sessão da CoP, os representantes desses Estados-membros participaram activamente e envolveram-se na tomada de decisões sobre importantes questões e diálogo sobre as operações e Programa de Trabalho da ARC. Os países envolveram-se igualmente na aprendizagem pelos pares, apresentando as experiências entre si durante a reunião. Durante a terceira sessão da CoP, Mauritânia, Níger e Senegal, fizeram cada um apresentações sobre os seus processos de planificação de operações e Plano de Implementação Final (FIP), que foram acolhidos com agrado pelos demais Membros.

Outro importante resultado da CoP foi a conclusão do processo de recrutamento competitivo para o Conselho de Administração e eleição do novo e primeiro Director-Geral da ARC com mandato regular, Sr. Mohamed Beavogui, que assumiu o cargo a 1 de Setembro de 2015.

Conselho de Administração. O Conselho de Administração da Agência ARC reuniu-se em Setembro de 2015,

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31 políticas da CoP da ARC de 2015. Na sua reunião de Setembro de 2015, o Conselho de Administração tomou uma série de decisões importantes, incluindo:

 A aprovação das Normas e Orientações de Planificação de Contingência Revistas, que foram emendadas para incluir normas contra inundações e ciclones tropicais;

 Apreciação e aprovação do Programa de Trabalho e Orçamento a ser apresentado à CoP;  Orientação sobre novas iniciativas a serem levadas a cabo pelo Secretariado, incluindo: o

Mecanismo Climatológico Extremo, seguro contra surtos e epidemias, Licenciamento para o Desenvolvimento, Financiamento da Ajuda Humanitária e Avaliações do Financiamento Soberano do Risco de Calamidades; e

 O estabelecimento de um Mecanismo de Revisão Intercalar da Implementação, uma Política de Denúncia e revisão das propostas de emendas das Normas de Conformidade.

Em 2015, todo o Conselho de Administração continuou igualmente a prestar supervisão das actividades do Secretariado, incluindo a recepção de informações actualizadas sobre a implementação dos pagamentos de seguros da ARC para 2015 e as melhorias dos sistemas de monitorização e avaliação da ARC que foram aprovados durante a reunião do Conselho de Administração realizada em Setembro de 2014.

Além da reunião como um Conselho de Administração completo, os comités do Conselho de Administração estiveram igualmente activos. O Comité de Finanças do Conselho de Administração da Agência reuniu-se para rever o Programa de Trabalho e Orçamento para o ano de 2016. O Mecanismo de Avaliação pelos Pares reuniu-se para analisar e formular recomendações relativamente à adopção dos Planos de Operações apresentados por cinco países em 2015. Esse mesmo Comite reuniu-se igualmente para apreciar e formular recomendações sobre os FIP apresentados por três países.

Agenda de Acção. Finalmente na área de operações, em Novembro de 2015, a ARC lançou a sua Agenda de

Acção. A Agenda de Acção foi desenvolvida para apoiar a promessa dos líderes do G7 para prestar seguro indirecto para 400 milhões de pessoas a nível global até 2020. Na sua Agenda de Acção, a ARC tem como objectivo atingir até 30 países com 1,5 mil milhões de dólares americanos de cobertura contra secas, inundações e ciclones, segurando indirectamente cerca de 150 milhões de africanos e transformando radicalmente a forma como os riscos climáticos são geridos em todo o continente, com a incorporação da prontidão e financiamento em sistemas soberanos de gestão do risco de calamidades. Além disso, oferece infra-estruturas para garantir que esses investimentos de gestão de riscos e o valor da ARC para os seus membros seja sustentável e resistente à futuras mudanças climáticas através do seu Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) de financiamento de adaptação climática, que visa fornecer mais 500 milhões de dólares americanos em capacidade de financiamento de adaptação climática. A Agenda de Acção destaca os objectivos da ARC até 2020.

2. Vertente de Pesquisa e Desenvolvimento

Modelagem do Risco Climático. Em 2015, sob orientação do Director de Pesquisa e Desenvolvimento, a Equipa

Técnica da ARC continuou as actualizações e manutenção em curso do Africa RiskView e aperfeiçoamento do seu modelo de seca. Nesse sentido, a ARC continuou a fazer melhorias às infra-estruturas de cobertura, usabilidade e visualização do software Africa RiskView, em resposta às actualizações necessárias identificadas durante a personalização dos países do 1º Grupo e do 2º Grupo. A Equipa Técnica apresentou igualmente recursos e funcionalidades novas e melhoradas do modelo de seca para o 3º Grupo.

Referências

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