• Nenhum resultado encontrado

Aula 00. Direito Constitucional- TRT- 8ª Região Aula 00 Conceito e Classificação. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aula 00. Direito Constitucional- TRT- 8ª Região Aula 00 Conceito e Classificação. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1

Aula 00

Direito Constitucional

Constituição- Conceito e Classificação Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

(2)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso para o cargo de TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA: ADMINISTRATIVA DO TRT 8ª REGIÃO (TEORIA E EXERCÍCIOS).

Antes, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme estarmos aqui para ministrar mais este curso pelo Ponto.

É realmente uma honra podermos ajudar nos seus estudos e contribuir para a aprovação que certamente virá em breve para muitos de vocês.

Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional.

Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO. Sou ex-Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pós-graduado em Direito Constitucional.

Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos (7ª Edição)" publicado pela Editora Ferreira e dos livros "Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora?" e "Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV", ambos pela Editora Método.

Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde também participo sendo autor das seguintes obras:

-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF;

-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - CESPE – 2ª Edição;

-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC;

-1001 Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF- 2ª Edição (este em parceria com Francisco Valente).

Oi pessoal, eu sou Rodrigo Duarte, também servidor do TRE-GO, bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em Direito Constitucional, futuro Defensor Público do Mato Grosso do Sul, e estou aqui também para ajudar na sua aprovação.

Nossa filosofia é sempre preparar nossos alunos alcançarem a nota 10, para isso, imperioso contarmos com sua dedicação e compromisso. Por mais difícil que à primeira vista possa parecer, não podemos nos contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-se, a concorrência é grande! Mas não é por isso que seu estudo será um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao máximo para que nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos em Direito Constitucional da forma mais agradável possível.

(3)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 Nossa programação será a seguinte:

Aula 0- Conceito, classificações; Aula 1- Princípios Fundamentais;

Aula 2- Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos;

Aula 3- Direitos e deveres individuais e coletivos (Continuação);

Aula 4- Direitos Sociais, Nacionalidade, Cidadania, Direitos Políticos, Partidos Políticos;

Aula 5- Organização político-administrativa. União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios;

Aula 6- Administração Pública. Disposições gerais, servidores públicos;

Aula 7- Poder Legislativo. Congresso nacional, câmara dos deputados, senado federal, deputados e senadores;

Aula 8- Poder Executivo. Atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado;

Aula 9- Poder Judiciário. Disposições Gerais. Órgãos do Poder Judiciário. Competências. Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Composição e competências;

Aula 10- Funções essenciais à Justiça. Ministério Público, Advocacia e Defensoria Públicas.

(4)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 Mas você sabe o que é a Constituição?

Dizer "o que é uma Constituição" não é fácil não... Atualmente não há consenso entre os estudiosos sobre o que efetivamente seria uma Constituição. Já teve inclusive muita “briga” com isso. Quando formos estudar a teoria da Constituição veremos que cada um fala uma coisa diferente.

Não nos preocupando com isso agora, podemos dizer o seguinte (guarde bem isso): A Constituição, que trataremos aqui, é a norma máxima de um Estado,

que nasce com o objetivo de limitar os poderes autoritários dos

governantes em face dos particulares. É uma norma que está lá em cima

da cadeia hierárquica devendo ser observada por todos os integrantes de um Estado e ela também serve de base para todos os demais tipos de normas. Um jurista austríaco chamado Hans Kelsen elaborou a seguinte pirâmide hierárquica:

Esta pirâmide revela várias coisas, a primeira delas é que a Constituição é mais "enxuta", tem poucos detalhes e é dela que irradiam todas as outras normas, que vão cada vez encorpando mais o chamado "ordenamento jurídico" (conjunto das normas em vigor).

Vejamos um exemplo hipotético: Dizeres da uma

Constituição do País A

Dizeres de uma lei infraconstitucional

Dizeres de uma norma infralegal

É assegurado o

direito à

aposentadoria.

A aposentadoria poderá ser requerida por

aqueles que

trabalharam por 35 anos, recolhendo a efetiva contribuição.

O recolhimento da contribuição deverá ser feito até o dia 10 de cada mês, através de guia especial, usando-se os índices percentuais que encontram-se no ANEXO II a este regulamento.

Aula 0

Constituição (normas originárias + emendas constitucionais)

Normas infraconstitucionais (leis em sentido amplo)

(5)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 Atualmente, estamos passando por um processo em que a Constituição Federal acaba por “constitucionalizar” diversos direitos que antes ficavam somente no campo das leis, assim, as bases do direito penal, direito civil, direito do trabalho, previdenciário e etc. estão todas na Constituição. Devido a este fato, o estudo do Direito Constitucional acaba se tornando a melhor ferramenta para se ter uma base sólida no estudo do direito como um todo. Não se consegue ser um especialista em algum ramo do direito sem que se saiba, ao menos de forma razoável, o Direito Constitucional. Assim, estamos vivendo um momento em que a Constituição passa a assumir o papel central do ordenamento jurídico, impondo regras e princípios que serão usados por todos os aplicadores do direito.

Outro ponto que extraímos da pirâmide de Kelsen, é que a Constituição é hierarquicamente superior às leis, e estas são hierarquicamente superior às normas infralegais. Assim, é importante que digamos que as leis só podem ser elaboradas observando os limites da Constituição, e as normas infralegais só poderão ser elaboradas observando os limites da lei a qual regulamentam, e assim, indiretamente também deverão estar nos limites da Constituição.

Não existem hierarquias dentro de cada patamar, ou seja, não existe qualquer hierarquia entre quaisquer das normas constitucionais nem qualquer hierarquia de uma lei perante outra lei, ainda que de outra espécie.

Pirâmide de Kelsen X Ordenamento brasileiro atual

Na ordem jurídica nacional, esta pirâmide de Kelsen possui algumas adaptações e peculiaridade. Pelos seguintes motivos:

1- Em 2004, a Emenda Constitucional 45 passou a admitir que os tratados internacionais, caso versassem sobre “direitos humanos” e fossem

aprovados no Congresso Nacional com o mesmo procedimento das

emendas constitucionais, viessem a ter a mesma força de emendas

constitucionais (status hierárquico de Constituição).

2- Em 2008, o STF passou a entender que os tratados internacionais sobre

direitos humanos, caso não fossem aprovados rito de votação de uma emenda constitucional, não iriam adquirir o status constitucional (emenda constitucional). Porém, por si só, já possuem um status de “supralegalidade” (estágio acima das leis e abaixo da Constituição), podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Os demais

(6)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 tratados, que não falassem sobre direitos humanos, possuem status de uma lei infraconstitucional (equivalente a uma lei ordinária, comum).

Assim temos a nova pirâmide no ordenamento brasileiro:

É importante notar que a Constituição, popularmente conhecida como “Constituição Federal”, na verdade é uma “Constituição da República Federativa do Brasil”, ou seja, uma Constituição “nacional” e não meramente “federal”, o que isso quer dizer?

Quando usamos o termo “federal”, estamos falando de algo que está no âmbito da União Federal (o poder central da nossa federação).

A Constituição não é norma “federal”, mas sim “nacional”, de toda a República Federativa do Brasil, impondo deveres e prevendo direitos em todas as esferas da federação (federal, estadual e municipal).

Desta forma, o mais correto seria sempre empregarmos o termo “Constituição da República Federativa do Brasil”, mas por comodidade e por estar amplamente difundido, não há problemas em usarmos “Constituição Federal”. Até porque, desta forma, também a diferenciamos das Constituições Estaduais.

Constituição (normas originárias + emendas constitucionais + tratados de direitos humanos aprovados como emendas constitucionais).

Normas infraconstitucionais: (leis em sentido amplo) Normas da CF, art. 59: leis ordinárias e complementares, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias e resoluções + demais tratados internacionais + outras normas como decreto

autônomo do presidente e

Regimento dos Tribunais.

Normas supralegais (tratados de direitos humanos não aprovados como emendas constitucionais).

Normas infralegais: Decretos (não

autônomos), Regulamentos, Portarias e etc.

(7)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 Isso mesmo, cada estado tem a sua própria Constituição. E os Municípios? Quase, município não possui constituição (formal), mas sim lei orgânica, que funciona como a “Constituição” do município.

A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada em desacordo com ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem observar os preceitos da Constituição daqueles estados onde se localizam, bem como da Constituição Federal. Cabe uma observação, não poderá a Constituição Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que aquelas já feitas pela Constituição Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma, soberana.

Mas atenção: Isso só se aplica quando falamos da Constituição! É totalmente errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, uma lei estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa federação (União, estado, distrito federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição Federal, para que possa, dentro dos limites traçados pela própria CF, se autoorganizar, autolegislar, autogovernar e autoadministrar. Ou seja, os ordenamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo e normas infralegais) são completamente independentes:

1. (ESAF/Analista- Min. Integração Nacional/2012) A Constituição Federal é a norma fundamental de nosso ordenamento jurídico desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais de direitos humanos pactuados pelo País.

Comentários:

A Constituição é sempre norma máxima e fundamental do país, fruto de um poder soberano, que não reconhece qualquer limitação formal. Assim, erra ao dizer “desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais”. Gabarito: Errado.

2. (CESPE/Técnico Científico - Banco da Amazônia/2012) A Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de

Leis federais Leis estaduais

Leis municipais

Leis do distrito federal

(8)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes para elaborá-las, o que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito.

Comentários:

Temos aí pessoal uma conceituação de Constituição considerada correta pela própria banca CESPE, memorize que é comum que apareça na sua prova novamente.

Gabarito: Correto.

3. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) A norma constitucional é uma sobrenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos ao exercício das competências dos órgãos.

Comentários:

Perfeito... Já da para esquentar. A Constituição é isso aí. O ponto de partida para as demais normas, é a norma suprema, ou como a questão diz uma: "sobrenorma" delineando o conteúdo e as formalidades das demais normas que estão abaixo dela.

Gabarito: Correto.

4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) Segundo a estrutura escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a norma constitucional situa-se no ápice da pirâmide, caracterizando-se como norma-origem, porque não existe outra que lhe seja superior.

Comentários:

Olha só: a questão trouxe em palavras tudo aquilo que vimos na pirâmide de Kelsen: a Constituição no ápice, servindo de origem, e cada patamar devendo buscar a validade no patamar superior.

Gabarito: Correto.

5. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da Constituição, constata-se que as normas constitucionais estão no vértice do sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado.

Comentários:

O Principio da Supremacia da Constituição, é justamente o fato de a Constituição se sobrepor sobre todo o resto do ordenamento jurídico, ocupando o mais alto patamar. É correto também dizer que a Constituição é um instrumento de organização política do Estado e de limitação do poder estatal face aos particulares. Desta forma, está perfeito se falar que cabe à

(9)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9 constituição, entre outras coisas, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado.

Gabarito: Correto.

Direito Constitucional:

Definição de direito Constitucional: O Direito Constitucional é definido como sendo: o ramo de direito público que estuda os conceitos relacionados à ordem constitucional, ou seja, estuda a lei máxima de um país e o que estiver atrelado a ela. É um direito amplo, pois, acaba albergando as noções gerais de diversos outros direitos1.

(OBS.: Direito público é aquele que regulamenta a política do Estado e as relações entre os seus órgãos, ou entre estes e os particulares. O direito público se diferencia do direito privado que é aquele que regulamenta as relações entre particulares (pessoas) como Direito Civil, Direito Comercial e Direito Internacional Privado).

Para fins de estudo, o Direito Constitucional divide-se, quanto ao foco de investigação, em basicamente 3 espécies:

• Direito Constitucional Comparado - Tem como objeto de estudo a comparação entre ordenamento constitucional, não necessariamente em vigor, de vários países (critério espacial), ou de um mesmo país em diferentes épocas de sua história (critério temporal), com o objetivo de aprimorar o ordenamento atual.

• Direito Constitucional Geral (ou comum) - É uma ciência, um estudo teórico dos conceitos e princípios constitucionais de forma geral, ou seja, sem se preocupar com um ordenamento constitucional específico, mas direcionando diversos ordenamentos distintos.

• Direito Constitucional Positivo (ou especial, ou particular) - É o direito constitucional propriamente dito, que vai estudar um ordenamento específico que esteja vigorando em um país, diz-se "positivo" pois está em vigor, capaz de impor a sua força.

Classificação das Constituições Classificação das Constituições.

Vamos ver agora como a doutrina classifica as Constituições.

Cada classificação refere-se a um foco específico de observação, logo, não são classificações excludentes e sim "cumulativas", já que uma constituição pode ter umas várias classificações diferentes, dependendo tão somente de

1

(10)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 qual quesito está sendo observado, por exemplo a sua estrutura, extensão, formação e até mesmo a forma como ela se relaciona com a realidade da sociedade.

Vamos então analisar cada um desses quesitos:

1- Quanto à origem:

Significa a forma pela qual a Constituição se originou. Quanto à origem, a Constituição pode ser:

• Promulgada (popular, ou democrática) – É aquela legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembléia constituinte formada por representates eleitos pelo voto popular. (ex. Brasil de 1891, 1934, 1946 e 1988)

• Outorgada (imposta) - É aquela imposta unilateralmente pelos governantes sem manifestação popular. Muitos autores chamam de “Carta” e não de “Constituição”. (ex. Brasil de 1824, 1937, 1967 e a EC 1/69, que pode ser considerada como uma Constituição autônoma)

• Cesarista (ou bonapartista) - É uma carta considerada outorgada, porém, é submetida a uma votação popular para que seja ratificada. Não se pode dizer essa participação popular torna a constituição democrática, já que se trata tão somente de uma ratificação para fins de consentimento do povo com a vontade do governante.

Pulo do Gato:

No Brasil tivemos 8 Constituições - 4 promulgadas e 4 Outorgadas. Foram outorgadas as Constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 (dica: A primeira é um número par, as demais são ímpares). Por outro lado, foram promulgadas as de 1891, 1934, 1946 e 1988 (dica: A primeira é um número ímpar, as demais são pares).

2- Quanto à forma:

• Escrita (ou instrumental) – É formalizada em um texto escrito. (ex. Brasil de 1988)

Como já foi visto, a forma escrita é uma das caracterísitcas do conceito ideal de Constituição do constitucionalismo moderno e, para o Prof. Canotilho, a constituição escrita tem função de racionalizar,

(11)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 estabilizar, dar segurança jurídica, além de ser instrumento de publicidade e

calculabilidade (calculabilidade significa que a Constituição escrita consegue

expor com maior clareza o que se pode e o que não se pode fazer).

• Não-escrita – Também chamada de Constumeira (Consuetudinária), não se manifesta em estrutura solene. A matéria constitucional está assentada e reconhecida pela sociedade em seus usos, costumes e etc. (ex. Inglaterra).

a) Para Alexandre de Moraes, para ser escrita a constituição deve estar codificada em um texto único. Se a constituição for baseada em leis esparsas não pode ser considerada uma Constituição escrita.

b) Para o Prof. André Ramos Tavares, se a constituição estiver sistematizada em um documento único será chamada de codificada, já se estiver em textos esparsos, será chamada de legal.

c) O Prof. Pinto Ferreira utiliza a mesma lógica de André Ramos Tavares, mas chama a primeira (texto único) de reduzida, enquanto a segunda (textos esparsos) denomina de variada.

d) É importante não confundir a nomenclatura "legal" da classificação do Prof. Tavares com outra proposta por Alexandre de Moraes. Para este autor (Alexandre de Moraes), constituição legal seria aquela que tem o poder de se impor, tem força normativa tal qual as leis (essa classificação costuma ser usada pela FCC). Assim, se utilizarmos o exemplo da CF/88, ela não seria legal, mas sim codificada sob a ótica do Prof. Tavares (a qual relaciona estes termos ao fato de os termos estarem ou não compilados), porém, seria um constituição legal se analisada sob este aspecto proposto por Alexandre de Moraes (o qual utiliza o termo, não para distinguir a condensação ou não dos textos, mas para demonstrar a sua força normativa).

3- Quanto à extensão:

• Sintéticas – São concisas, ou seja, aquelas que restringem-se a tratar das matérias essenciais a uma Constituição - basicamente a organização do Estado e direitos fundamentais. (Ex. EUA)

• Analíticas – São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar os direitos. (Ex. Brasil 1988)

(12)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12

4- Quanto ao conteúdo:

• Material – Quando adotam-se como constitucionais apenas as normas essenciais a uma Constituição.

A Constituição brasileira de 1824 era material, pois possuia em seu art. 178 o seguinte texto: "É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos". Ou seja, ela limitou o que seria ou não Constitucional usando como critério o conteúdo, matéria tratada e não a forma.

• Formal – Independe do conteúdo, basta que o assunto seja tratado em um texto rígido supremo para ser tido como constitucional. (Ex. Brasil de 1988)

5- Quanto à elaboração:

• Dogmática – É aquela elaborada por um órgão Constituinte consolidando o pensamento que uma sociedade possui naquele determinado momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer estas situações que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da sociedade. Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as idéias da teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da história de um Estado.

• Histórica – Diferentemente da dogmática, a histórica não é elaborada em um momento específico, ela surge ao longo do tempo. Desta forma, ela não precisa ser escrita pois possui seus fundamentos já solidificados.

6- Quanto à alterabilidade (ou estabilidade):

• Rígida – Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. É o que ocorre na CF/1988, que prevê um processo muito mais rígido para se elaborar uma Emenda Constitucional do que para elaborar uma simples lei ordinária.

• Flexível – Quando está no mesmo patamar das demais lei, não necessitando nenhum processo especial para alterá-la.

• Semi-rígidas ou semi-flexível- Possuem uma parte rígida e outra flexível. a Constituição Brasileira de 1824 era semi-rígida pois, como vimos, trazia em seu art. 178 que: "É só Constitucional o que diz respeito

(13)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias”. • Imutáveis – Não podem ser alteradas.

• Super-rígidas – É como o Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88. Isso ocorre pois na Constituição de 1988 temos as chamadas "cláusulas pétreas", normas que não podem ser abolidas por emendas constitucionais.

7- Quanto à finalidade:

• Garantia (ou negativa) – É aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do Estado.

• Dirigente – Possui normas programáticas traçando um plano para o governo.

• Balanço - Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país. De tempos em tempos é revista para se adequar o texto à realidade social, ou criar uma nova Constituição.

8- Quanto à relação com a realidade (classificação ontológica):

Classificação desenvolvida por Karl Loewenstein. Classificam-se as Constituições

de acordo com o modo que os agente políticos aplicam a norma.

• Constituição normativa – É a Constituição que é efetivamente aplicada, normatiza o exercício do poder e obriga realmente a todos.

• Constituição nominal, nominalista ou nominativa – É ignorada na prática.

• Constituição semântica – É aquela que serve apenas para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder.

Essa classificação de Loewenstein possui nomenclatura semelhante a uma outra classificação trazida pelo Prof. Alexandre de Moraes. Segundo o Professor:

Constituições nominalistas - Seriam aquelas que em seu texto já possuem direcionamentos para resolver os casos concretos. Basta uma aplicação pura e simples das normas através de uma interpretação gramatical-literal.

(14)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 Constituições semânticas - Seriam aquelas constituições onde, para se

resolverem os problemas concretos, precisaria de uma análise de seu conteúdo sociológico, ideológico e metodológico, o que propicia uma maior aplicabilidade "político-normativa-social" de seu texto.

Assim, segundo a classificação de Loewenstein, entendemos que o Brasil teria uma Constituição normativa, pois ela é uma norma a ser seguida e podemos exigir o seu cumprimento (embora muitos doutrinadores adotem como sendo nominalista, pois defendem que, na prática, muitos de seus preceitos são ignorados, principalmente os programáticos). Segundo a classificação trazida pelo Prof. Alexandre de Moraes, ela seria nominalista pois traz em seu texto os meios para solucionar as controvérsias.

9- Quanto à dogmática (ou ideologia):

Ortodoxas (ou simples) - influenciada por ideologia única. Ecléticas (ou complexas) - influenciada por várias ideologias.

10- Outras Classificações:

A doutrina ainda traz a classificação das Constituições denominadas Pactuadas ou Dualistas que se referem a um compromisso firmado entre o rei e o Poder Legislativo, pelo qual a monarquia ficaria sujeitada aos esquemas constitucionais. Assim a Constituição se sujeitaria a dois princípios: monárquico e democrático. Um exemplo foi a Magna Carta inglesa de 1215, onde o rei João Sem Terra, para não ser deposto de seu trono, teve de aceitar uma carta imposta pelos barões, se submetendo a um rol de exigências destes.

Classificação da Constituição Brasileira de 1988:

Promulgada, escrita, analítica, rígida (ou super-rígida), formal, dogmática, dirigente, eclética, normativa (ou nominalista - sem consenso, neste caso - na classificação de Loewenstein), nominalista (na classificação de resolução dos problemas de Alexandre de Moraes), codificada (para André Ramos Tavares) ou reduzida (para Pinto Ferreira), legal (pelo fato de valer como lei, para Alexandre de Moraes).

Quadro-resumo sobre a classificação das Constituições:

Critério Classificação Conceito No Brasil

(CF/88)

Origem

Outorgada Imposta pelo governante.

Promulgada Promulgada

Legitimada pelo povo através

de uma Assembleia

(15)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 Cesarista

Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada).

Forma

Escrita Documento Escrito (se único = codificada/se vários = legal).

Escrita e

Codificada. Não-Escrita

Consuetudinária (costumeira). O que importa é o conteúdo e não como ele é tratado.

Extensão

Sintética

Dispõe apenas sobre matérias essenciais (organização do Estado e limitação do poder).

Analítica Analítica

É extensa tratando de vários assuntos, ainda que não sejam essenciais.

Conteúdo

Formal

Independe do conteúdo tratado. Se estiver no corpo da Constituição será um assunto constitucional, que o importante é tão somente a

forma. Formal

Material

O importante é apenas o conteúdo. Não precisa estar formalizado em uma constituição para ser um assunto constitucional.

Elaboraçã o

Dogmática

Necessariamente escrita. Reflete a realidade presente na sociedade em um determinado

momento. Dogmática

Histórica Consolidada ao longo do tempo. Alterabilid ade ou estabilida de. Flexível

Pode ser alterada por leis de status ordinário. Prescinde de procedimento especial para

ser alterada. Rígida (ou

super-rígida que possui cláusulas pétreas).

Em 1824 era semi-rígida.

Rígida Somente pode ser alterada por um procedimento especial. Semi-rígida

ou semi-flexível

Possui uma parte rígida e outra flexível.

(16)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 Ontológic a ou conexão com a realidade Nominalista É ignorada. Normativa ou nominalista (sem consenso)

Normativa Efetivamente aplicada.

Semântica Criada apenas para justificar o poder de um governante.

Finalidade

Dirigente

Possui normas programáticas traçando um plano para o governo.

Dirigente Garantia

Constituição negativa, sintética. Não traça planos, apenas limita o poder e organiza o Estado.

Balanço

Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país.

Ideologia Ortodoxa Única ideologia Eclética

Eclética Várias ideologias

6. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/ 2012) A classificação "ontológica" das Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de (A) Hans Kelsen.

(B) Carl Schmitt. (C) Karl Loewenstein. (D) Pontes de Miranda.

(E) José Joaquim Gomes Canotilho. Comentários:

Tal classificação foi criada por Karl Loewenstein Gabarito: Letra C.

7. (FCC/AJEM-TRT-7ª/2009) A Constituição que prevê somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais é classificada como:

a) pactuada. b) analítica. c) dirigente.

(17)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 d) dualista.

e) sintética. Comentários:

Questão bem direta, acho que não há dúvidas que tal constituição seria uma Constituição "sintética", não é mesmo? Ela trata apenas daquilo que é essencial: organização do Estado e direitos fundamentais.

A letra A e a letra D são excludentes... Pactuada seria o mesmo que dualista, são as constituições fruto de um acordo entre o rei e o legislativo.

Analítica é o contrário da sintética, não fala só das coisas que o enunciado propôs, mas sim sobre um monte coisa que nem precisava estar ali.

A letra C traz uma constituição que se caracteriza por também ser analítica, pois além de limitar o poder e organizar o Estado, traz as norma programáticas, ou seja, normas que irão traçar um plano para o governo se orientar. Ex. " Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas".

Gabarito: Letra E.

8. (FCC/AJEM-TRT-16ª/2009) A doutrina constitucional tem classificado a nossa atual Constituição Federal (1988) como escrita, legal:

a) formal, pragmática, outorgada, semi-rígida e sintética. b) material, pragmática, promulgada, flexível e sintética. c) formal, dogmática, promulgada, rígida e analítica.

d) substancial, pragmática, promulgada, semi-rígida e analítica. e) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética.

Comentários:

Essa questão, embora simples, faz necessário o apontamento de algumas observações:

1º - O enunciado da questão, por si, já afirma que a Constituição de 88 é uma constituição legal. Veja que a FCC adota, então, a doutrina de Alexandre de Moraes, e não a classificação do Prof. Tavares. Isso quer dizer que a CF/88 para a FCC é uma Constituição legal, pois "vale como lei", e não por estar elencada em textos esparsos (que é o que Tavares chama de constituição legal).

2º - A questão cita por 3 vezes o termo "pragmática". Somente a FCC, e por duas vezes, fez uso deste termo. Tal termo não é desconhecido no direito, geralmente é usado para temas como interpretação de normas. Ser pragmático significa, grosso modo, ser eficiente, buscar a concretização das normas, estando aberto para a realidade social. Maaaaaaas.... na minha humilde opinião, a FCC colocou este termo APENAS para confundir os desavisados... Não afirmo que estou certo, mas nas vezes que a banca fez uso do termo

(18)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 "pragmático" não deu esta resposta como correta, até porque nenhuma das doutrinas dos principais autores sobre "classificação das constituições" faz uso do termo "pragmática" como sendo uma das classificações da Constituição. Então, considerando que a CF/88 é mesmo uma constituição legal e, deixando de lado o fato de ela ser ou não "pragmática", vamos analisar as assertivas: Letra A - Errada. A Constituição não é outorgada, nem semi-rígida, nem sintética.

Letra B - Errada. Ela não é material, nem flexível e nem sintética. Letra C - Perfeito!

Letra D - Errada. Ela não é substancial, nem semi-rígida.

Letra E - Errada. Ela não é material, nem outorgada, nem sintética. Gabarito: Letra C.

9. (FCC/AJEM-TRT-4ª/2009) A Constituição da República Federativa do Brasil (1988), pode ser classificada quanto ao seu conteúdo, seu modo de elaboração, sua origem, sua estabilidade e sua extensão, como:

a) formal, histórica ou costumeira, promulgada, flexível e sintética. b) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética.

c) formal, dogmática, promulgada, super-rígida e analítica. d) material, pragmática, outorgada, semi-rígida e sintética.

e) formal, histórica ou costumeira, outorgada, flexível e analítica. Comentários:

Questão muito interessante. Sabemos que a CF de 1988 é uma constituição rígida, pois somente com um processo bem complexo é que pode ser modificada (precisa seguir todo o rito que o art. 60 estabeleceu).

O Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88 como super-rígida, pois possui as cláusulas pétreas, ou seja, matérias que não podem ser abolidas.

A FCC costuma seguir a doutrina do Alexandre de Moraes no tema "classificação das constituições", tanto que, conforme vimos, considera a CF/88 como sendo uma Constituição legal.

Assim, a CF/88, embora seja uma Constituição rígida, também poderá ser considerada super-rígida, aliás, recomendo seguir esta classificação quando mencionada pela questão. ok?

Desta forma:

Letra A - Errado, pois ela não é histórica ou costumeira, nem flexível e nem sintética.

(19)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 Letra C - Perfeito.

Letra D - Errada, pois ela não é material, nem semi-rígida e nem sintética. Letra E - Errada, pois ela não é histórica ou costumeira, nem outorgada, e nem flexível.

Gabarito: Letra C.

10. (FCC/Analista-TRE-MG/2005) Tendo em vista a classificação das constituições, pode-se dizer que a Constituição da República Federativa do Brasil vigente é considerada escrita e legal, assim como a)super-rígida, popular, histórica, sintética e semântica.

b) rígida, promulgada, dogmática, analítica e formal.

c) semi-rígida, democrática, dogmática, sintética e pactuada. d) flexível, outorgada, dogmática, analítica e nominalista. e) flexível, promulgada, histórica, analítica e formal. Comentários:

Sem maiores delongas (vamos ser pragmáticos...rs) o gabarito desta questão é

a letra B, já que a CF/88, como vimos, é uma constituição: Promulgada, escrita,

analítica, rígida (ou super-rígida), formal, dogmática, dirigente, normativa (para Loewenstein), nominalista (pela classificação de Alexandre de Moraes), legal (Alexandre de Moraes).

Gabarito: Letra B.

11. (FCC/Auditor TCE-AM/2007) Considerando os vários critérios utilizados para classificar as constituições, elas podem ser classificadas quanto I. à forma, em escritas e não escritas;

II. ao conteúdo, em materiais e formais; III. à origem, em promulgadas e outorgadas;

IV. à estabilidade, em imutáveis, rígidas, flexíveis e semi-rígidas;

V. à finalidade, em dirigentes e garantias. É correto o que se afirma em a) I, II, III, IV e V.

b) I e II, somente. c) I, III, V, somente. d) II, III e IV, somente. e) III, IV e V, somente. Comentários:

(20)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 Os 5 itens estão corretos.

Gabarito: letra A.

12. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) Semiflexível é a constituição, na qual algumas regras poderão ser alteradas pelo processo legislativo ordinário (CERTO/ERRADO).

Comentários:

Para alterar as normas de uma constituição rígida, precisamos de um procedimento especial. Para alterar as normas de uma constituição flexível, precisa-se de o mesmo rito de elaboração de uma simples lei ordinária. Nas constituições semi-rígidas ou semiflexíveis, há uma parte rígida e uma parte flexível.

Gabarito: Correto.

13. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) A Constituição brasileira de 1824 previa, em seus artigos 174 e 178: "Art. 174. Se passados quatro anos, depois de jurada a Constituição do Brasil, se conhecer, que algum dos seus artigos merece reforma, se fará a proposição por escrito, a qual deve ter origem na Câmara dos Deputados, e ser apoiada pela terça parte deles." "Art. 178. É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos Poderes Políticos e aos Direitos Políticos e individuais dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias." Depreende-se dos dispositivos acima transcritos que a Constituição brasileira do Império era do tipo semirrígida, quanto à alterabilidade de suas normas, diferentemente da Constituição vigente, que, sob esse aspecto, é rígida (CERTO/ERRADO).

Comentários:

Quando a CF de 1824 dispôs: "É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos Poderes Políticos e aos Direitos Políticos e individuais dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias". Ela estava dizendo que uma parte da constituição seria rígida (parte constitucional) e outra parte da constituição seria flexível (parte não-constitucional), e desta forma, formou-se a chamada constituição semi-rígida ou semiflexível. Atualmente, a CF/88 é do tipo rígida, já que todas as suas normas, para serem alteradas, precisam de um procedimento especial.

Gabarito: Correto.

14. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas materialmente constitucionais foi utilizado pela Constituição do Império (1824) para flexibilizar parcialmente a Constituição (CERTO/ERRADO).

(21)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 Comentários:

Como vimos, pelo art. 178 da CF de 1824 inferia-se que em seu corpo possuia uma parte que era materialmente constitucional, distitnta das demais. Essa parte seria rígida (parte constitucional) e outra parte da constituição seria flexível (parte não materialmente constitucional), e desta forma, formou-se a chamada constituição semi-rígida ou semiflexível.

Gabarito: Correto.

15. (FCC/Procurador do TCE-MG/2007) No que se refere à classificação das constituições, é certo que as:

a) sintéticas se formam do produto sempre escrito e flexível, sistematizado por um órgão governamental, a partir de idéias da teoria política e do direito dominante.

b) dogmáticas são frutos da lenta e contínua síntese das tradições e usos de um determinado povo, podendo apresentar-se de forma escrita ou não-escrita. c) formais consistem no conjunto de regras materialmente constitucionais, editadas com legitimidade, estejam ou não codificadas em um único documento.

d) promulgadas se apresentam por meio de imposições do poder de determinada época, sem a participação popular, tendo natureza imutável.

e) analíticas ou dirigentes, examinam e regulamentam todos os assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado. Comentários:

Letra A - Errado. Não há qualquer correlação entre os termos. A Constituição sintética é aquela que trata apenas de assuntos estritamente relacionados com o conteúdo essencial a uma constituição. O texto refere-se ao que podemos classificar como uma Constituição dogmática.

Letra B - Errado. Esse é o conceito de Constituição histórica.

Letra C - Errado. Esse é o conceito de Constituição material. As constituições formais devem estar sempre inseridas em um documento escrito e independem do conteúdo tratado para que sejam consideradas constitucionais.

Letra D - Errado. Esse é o conceito de outorgada, ou imposta. Outro erro é a natureza imutável, que tem relação com a incapacidade de se alterar o texto constitucional, não tendo relação com o conceito de promulgada/outorgada. Letra E - Correto. As constituições dirigentes são aquelas que direcionam a atuação do Estado, instituindo programas para serem seguidos pelo governo (normas programáticas), não se limitando a tratar unicamente de assuntos essenciais a uma constituição. As constituições dirigentes, então, são analíticas, pois vão além dos assuntos considerados "essenciais".

(22)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 16. (CESPE/ Out. e Del. de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta acerca de classificações de Constituição.

(a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o processo político.

(b) Denomina-se Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida a plebiscito ou referendo.

(c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como Constituições imutáveis.

(d) A Constituição garantia caracteriza-se por conter normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos. (e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias opostas.

Comentários:

Letra A. Errado. O item se refere à classificação ontológica (relação com a realidade). A constituição nominal é justamente o oposto do afirmado, pois não é efetivada na prática.

Letra B. Correto. O item se refere à classificação quanto à origem, Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada).

Gabarito: Letra B.

17. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do poder constituinte.

Comentários:

A promulgada é a legitimada pelos cidadãos. Gabarito: Errado.

18. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma constituição consuetudinária.

Comentários:

Correto. Quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não escrita, esta também chamada de consuetudinária.

(23)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 19. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Bacen/ 2013) No que se refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita.

Comentários:

As Constituições dogmáticas são sempre escritas, daí o erro, no mais, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais adotados pelo estado, como afirma a assertiva.

Gabarito: Errado.

20. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes, jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.

Comentários:

Exatamente, a Constituição não-escrita diferencia-se da escrita não por não ter efetivamente documentos escritos, mas pelo fato das normas de conteúdo constitucional não estarem sistematizadas em um documento único, formalmente superior aos demais. A Constituição não-escrita reconhece a constitucionalidade através do conteúdo e não da forma. Com efeito, esse “conteúdo constitucional” pode estar presente nos costumes, jurisprudências e até em diversos instrumentos escritos, dispersos.

Gabarito: Correto.

21. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição semântica, a atividade do intérprete limita-se à averiguação de seu sentido literal.

Comentários:

A constituição semântica é aquela que serve apenas para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder, por isso incorreto o item.

Gabarito: Errado.

22. (CESPE/MPE-PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder, correspondendo a meros simulacros de constituição.

Comentários:

Isso mesmo, veja o conceito que a própria banca deu sobre constituição semântica.

(24)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 23. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada, quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode ser alterada com a mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei.

Comentários:

Dizemos que uma constituição é rígida quando processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto, como ocorre na Constituição de 1988, que prevê um processo muito mais rígido para alteração do texto via emenda constitucional, que é bem mais difícil que para elaborar uma simples lei ordinária, daí acertada a afirmação.

Gabarito: Correto.

24. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada.

Comentários:

Quando a constituição for elaborada por representantes do Povo será Promulgada, Pê de Povo, Pê de Promulgada. Veja que o item inverteu os conceitos.

Gabarito: Errado.

25. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.

Comentários:

Dizer que a Constituição de 1988 é classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida, está tudo certo. O problema é que dizer que ela foi outorgada por uma Assembleia Constituinte é uma contradição. As constituições podem ser “outorgadas” quando forem impostas pelo governante, ou então “promulgadas”, no caso de elaboradas por uma Assembleia Constituinte.

Gabarito: Errado.

26. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) De acordo com a classificação quanto à extensão, no Brasil, a Constituição de 1988 é sintética, pois constitucionaliza aspectos além do núcleo duro das constituições, estabelecendo matérias que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional. Comentários:

Justamente pelo exposto - constitucionalizar aspectos além do núcleo duro das constituições, que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional - a CF/88 é considerada analítica e não sintética.

(25)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 Gabarito: Errado.

27. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) As constituições denominadas rígidas são aquelas que não admitem alteração e que, por isso mesmo, são consideradas permanentes.

Comentários:

Esse é o conceito de constituição imutável. As rígidas adimitem alteração (desde que essa alteração seja feita por um procedimento especial).

Gabarito: Errado.

28. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Toda constituição é necessariamente escrita e representada por um texto solene e codificado.

Comentários:

Existem as constituições consuetudinárias (costumeiras) que não se manifestam em um texto único elevado ao status constitucional.

Gabarito: Errado.

29. (CESPE/MMA/2009) A CF vigente, quanto à sua alterabilidade, é do tipo semiflexível, dada a possibilidade de serem apresentadas emendas ao seu texto; contudo, com quorum diferenciado em relação à alteração das leis em geral.

Comentários:

A CF vigente é rígida. Gabarito: Errado.

30. (CESPE/MMA/2009) Uma Constituição do tipo cesarista se caracteriza, quanto à origem, pela ausência da participação popular na sua formação.

Comentários:

A constituição cesarista precisa de uma futura ratificação por referendo popular, logo, não podemos dizer que a participação popular é ausente.

Gabarito: Errado.

31. (CESPE/Advogado-EMBRASA/2010) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) não pode ser classificada como uma constituição popular, uma vez que se originou de um órgão constituinte composto de representantes do povo, e não da aprovação dos cidadãos mediante referendo.

(26)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 Ela é popular ou promulgada, justamente porque os legisladores constituintes eram representantes do povo.

Gabarito: Errado.

32. (CESPE/MMA/2009) A CF de 1988, quanto à origem, é promulgada, quanto à extensão, é analítica e quanto ao modo de elaboração, é dogmática. Comentários:

É exatamente o que vimos, a CF 88 é promulgada, analítica e dogmática, e também estão corretas as nomenclaturas das classificações.

Gabarito: Correto.

33. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a classificação da doutrina, a CF é um exemplo de constituição rígida.

Comentários:

Exato. Só pode ser alterada por procedimento especial. Gabarito: Correto.

34. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A Carta outorgada em 10 de novembro de 1937 é exemplo de texto constitucional colocado a serviço do detentor do poder, para seu uso pessoal. É a máscara do poder. É uma Constituição que perde normatividade, salvo nas passagens em que confere atribuições ao titular do poder. Numerosos preceitos da Carta de 1937 permaneceram no domínio do puro nominalismo, sem qualquer aplicação e efetividade no mundo das normas jurídicas - Raul Machado Horta. Direito constitucional. 2.a ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1999, p. 54-5 (com adaptações). Considerando a classificação ontológica das constituições, a Constituição de 1937, conforme a descrição anterior pode ser classificada como constituição outorgada.

Comentários:

A questão está errada, já que o conceito referido seria o de Constituição "semântica". Veja que ela era uma constituição outorgada, mas não se pediu na questão a classificação quanto à origem e sim a classificação ontológica, desenvolvida por Karl Loewenstein.

Gabarito: Errado.

35. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Quanto à correspondência com a realidade, ou critério ontológico, o processo de poder, nas constituições normativas, encontra-se de tal modo disciplinado que as

(27)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 relações políticas e os agentes do poder se subordinam às determinações de seu conteúdo e do seu controle procedimental.

Comentários:

Pelo critério ontológico, diferentemente do que ocorre nas constituições nominalistas, quando estamos diante de uma constituição normativa, o poder consegue ser realmente regulado pela constituição, esta não é ignorada pelos governantes.

Gabarito: Correto.

36. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) Na Constituição, a dinâmica do processo político não se adapta às suas normas, embora ela conserve, em sua estrutura, um caráter educativo, com vistas ao futuro da sociedade. Seria uma Constituição prospectiva, isto é, voltada para um dia ser realizada na prática. Mas, enquanto não realizar todo o seu programa, continuaria a desarmonia entre os pressupostos formais nela insculpidos e sua aplicabilidade. É como se fosse uma roupa guardada no armário que será vestida futuramente, quando o corpo nacional tiver crescido. - Uadi Lammêgo Bulos. Constituição Federal anotada, 8.ª ed., São Paulo. Saraiva, 2008, p. 32. A espécie de constituição apontada no texto é definida como constituição nominal.

Comentários:

Isso aí, segundo Loewenstein, quando uma constituição não conseguia impor as suas normas à vida política da sociedade, era chamada pelo autor de uma constituição nominal ou nominalista.

Gabarito: Correto.

37. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) De acordo com a doutrina, constituição semântica é aquela cuja interpretação depende do exame de seu conteúdo significativo, sob o ponto de vista sociológico, ideológico e metodológico, de forma a viabilizar maior aplicabilidade político-normativo-social de seu texto.

Comentários:

Questão é maldosa já que o termo "constituição semântica" pode ser enxergado de dois diferentes prismas:

1º - Segundo a classificação ontológica de Karl Loewenstein, onde constituição semântica seria aquela que não se preocupa em limitar o poder dos governantes, pelo contrário, trata-se de uma verdadeira carta elaborada somente para legitimar os seus autoritarismos.

2º - O segundo enfoque, que foi o cobrado pela questão, seria colocar a constituição semântica como aquela cuja interpretação "depende da valoração de seu conteúdo significativo, sociológico, visando uma maior aplicabilidade político-normativa-social do seu texto".

(28)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 Gabarito: Correto.

38. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Quanto ao modo de elaboração, a constituição dogmática decorre do lento processo de absorção de ideias, da contínua síntese da história e das tradições de determinado povo.

Comentários:

A constituição dogmática é marcada justamente por expor em um papel aquela idéia presente em um determinado momento da sociedade.

Gabarito: Errado.

39. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Sob o ponto de vista da extensão, a constituição analítica consubstancia apenas normas gerais de organização do Estado e disposições pertinentes aos direitos fundamentais.

Comentários:

Este é o conceito justamente oposto ao de analítica, ou seja, o de constituição sintética.

Gabarito: Errado.

40. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Na acepção formal, terá natureza constitucional a norma que tenha sido introduzida na lei maior por meio de procedimento mais dificultoso do que o estabelecido para as normas infraconstitucionais, desde que seu conteúdo se refira a regras estruturais do Estado e seus fundamentos.

Comentários:

Quando o enunciado fala a palavra "conteúdo" já está fora do conceito de constituição formal, pois a nesta classificação é totalmente irrelevante a matéria tratada pela norma, importando tão somente a formalidade das normas.

Gabarito: Errado.

41. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Considerando o conteúdo ideológico das constituições, a vigente Constituição brasileira é classificada como liberal ou negativa.

Comentários:

Constituição negativa, ou liberal, ou ainda constituição garantia, é aquela que se limita tão somente a garantir as liberdades do povo face ao Estado. Trata-se das primeiras constituições formais do séc. XVIII. Com o passar dos anos, percebeu-se que não poderia a constituição se limitar a ser negativa, devendo então agir positivamente, para que o povo pudesse ter acesso a outros direitos,

(29)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 como os direitos sociais, econômicos, culturais e os direitos da coletividade. Desta forma, a Constituição atual é uma constituição dirigente.

Gabarito: Errado.

42. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Constituição rígida é aquela que não pode ser alterada.

Comentários:

Esta seria uma constituição imutável. A constituição rígida pode ser alterada, só que de uma maneira mais complexa.

Gabarito: Errado.

43. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A constituição material contém um conjunto de regras escritas, constantes de um documento solene estabelecido pelo chamado poder constituinte originário.

Comentários:

Constituição escrita é a constituição formal. Em constituições materiais, não importa se a norma é escrita ou não, o que importa é o conteúdo que elas veiculam.

Gabarito: Errado.

44. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) As constituições outorgadas decorrem da participação popular no processo de elaboração.

Comentários:

A outorgada é uma constituição imposta, as constituições que são legitimadas pelo povo são as promulgadas, também chamada de populares.

Gabarito: Errado.

45. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) caracteriza-se por ser rígida e material.

Comentários:

Ela é formal e não material.O importante é a sua forma escrita e rígida, independente do conteúdo tratado.

Gabarito: Errado.

46. (CESPE/PGE-AL/2008) "Art. 242 § 2.º – O Colégio Pedro II, localizado

na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal". A normas contida

no dispositivo transcrito pode ser caracterizada como materialmente constitucionais, porquanto traduz a forma como o direito social à educação será implementado no Brasil.

(30)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 Comentários:

Este é um exemplo clássico de norma meramente formal, sem nenhum conteúdo que seria indispensável a uma Constituição, já que nem é responsável por organizar o poder, nem limitar a atuação do Estado. É simplesmente um retrato da prolixidade da Constituição brasileira de 1988

Gabarito: Errado.

47. (CESPE/PGE-AL/2008) Os dispositivos constitucionais relativos à composição e ao funcionamento da ordem política exprimem o aspecto formal da Constituição.

Comentários:

Os dispositivos que servem para organizar o poder e limitar a atuação do Estado são tratados como essenciais a uma Constituição. Desta forma, traduzem o aspecto material (conteúdo).

Gabarito: Errado.

48. (CESPE/PGE-AL/2008) A distinção entre o que é constitucional só na esfera formal e aquilo que o é em sentido substancial só se produz nas constituições escritas.

Comentários:

Em constituições não-escritas, ou a norma é constitucional (tem matéria essencial a uma constituição) ou a norma não é constitucional, não há normas consideradas constitucionais sem que veiculem matérias próprias a uma constituição. Somente nas constituições escritas é que podemos ter normas inseridas no corpo de uma constituição sem qualquer essencialidade, e nem por isso irão deixar de ser constitucionais.

Gabarito: Correto.

49. (CESPE/AJAJ-STF/2008) Se o art. X da Constituição Y preceituar, na parte relativa às emendas à Constituição, que só é constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos, e individuais dos cidadãos, e que tudo o que não é constitucional pode ser alterado, sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias, nessa hipótese, a Constituição Y será uma constituição flexível.

Comentários:

Trata-se de uma constituição semi-rígida ou semi-flexível. Este tipo de constituição possui uma parte flexível, podendo ser alterada sem nenhum procedimento especial e uma parte que para ser alterada precisaria de um rito especial. Exemplo desta espécie de constituição foi a CF de 1824 no Brasil. Gabarito: Errado.

(31)

www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 50. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A Constituição Federal de 1988 pode ser classificada como:

a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica. b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica. c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica.

d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética. e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica. Comentários:

A opção correta é a letra C, vamos relembrar os conceitos que classificam nossa constituição:

Quanto ao conteúdo: Formal – Independe do conteúdo. Ainda que o assunto tratado não seja essencial a uma Constituição, basta que esse assunto seja incorporado a um texto rígido supremo que ele será tido como constitucional. Quanto à forma: Escrita (ou instrumental) – É formalizada em um único texto escrito.

Quanto à elaboração: Dogmática – É aquela elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui naquele momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer essas situações que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da sociedade. Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as ideias da teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da história de um Estado.

Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática) – É aquela legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembleia constituinte formada por representantes eleitos pelo voto popular.

Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida – Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto.

Quanto à extensão: Analíticas: São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar os direitos.

Gabarito: Letra C.

51. (ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que: I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.

Referências

Documentos relacionados

Outra desvantagem do projeto multipasse consiste na possibilidade de fluxo parasita entre os divisores do cabeçote e do espelho; há redução da eficiência térmica de uma maneira

Desta forma, a aferição de lesividade ao patrimônio público na presente conjectura pode ser verificada, de plano, de forma convincente, e, ainda, com o quantum a ser ressarcido,

A síndrome de ovo morto retido tornou-se hoje fenômeno raro, assim pelo diagnóstico precoce do decesso fetal através do ultrassom, como pelas facilidades da indução de parto

Real Tolls On Shadow Tolls which should have a positive impact (some lost traffic will be recovered on BRISA main concession) estimated by the. company to be around 3% (full

A análise de correlação entre variáveis de produtividade e qualidade do melão e variáveis da fertirrigação e do solo foi aplicada em separado para as três

O Município de Guaíra, Estado do Paraná, através da Secretaria Municipal de Administração, por intermédio da Comissão Permanente de Licitações, no uso de suas

Juscelino Kubitschek, Nº 5000, Loja 3021 Piso Lazer Shopping Plaza

 Foram registadas violações aos parâmetros obrigatórios ; Parâmetros cujo valor não pode ser