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Aula 17. No Código Penal Militar há algumas hipóteses de inimputabilidade. A imputabilidade é a capacidade de responsabilidade penal.

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Academic year: 2021

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Curso/Disciplina: Direito Penal Militar

Aula: Inimputabilidade por embriaguez involuntária.

Professor (a): Marcelo Uzêda

Monitor (a): Lívia Cardoso Leite

Aula 17

No Código Penal Militar há algumas hipóteses de inimputabilidade. A imputabilidade é a

capacidade de responsabilidade penal.

Inimputabilidade por alienação mental: prevista no art. 48 do Código Penal Militar.

CPM, art. 48 – Inimputáveis

Não é imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não possui a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado.

Redução facultativa da pena

Parágrafo único. Se a doença ou a deficiência mental não suprime, mas diminui consideravelmente a capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de autodeterminação, não fica excluída a imputabilidade, mas a pena pode ser atenuada, sem prejuízo do disposto no art. 113.

O tratamento em relação ao reconhecimento da inimputabilidade é o mesmo adotado na esfera comum, que é o critério BIOPSICOLÓGICO. A causa biológica, que é a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, associa-se a sua consequência psicológica, que é a incapacidade de entendimento ou de determinação. Portanto, o inimputável, o alienado, aquele que não tem capacidade de responsabilidade penal, não merece pena, uma vez que não merece reprovação. Porém, o inimputável que pratica um fato típico e ilícito apresenta um risco, que é a periculosidade. Esta, associada a sua inimputabilidade, o faz ser submetido à medida de segurança através de uma sentença absolutória

imprópria, por conta de uma questão preventiva.

A medida de segurança não tem fins retributivos, não tem finalidade punitiva, mas tem finalidade preventiva especial. Quando se aplica a medida de segurança, busca-se uma prevenção especial.

Há a prevenção positiva, que é o tratamento e a cura, se possível. Há também o aspecto negativo da prevenção especial, que é a segregação. Este é o caso da internação, da medida de segurança mais extrema. A internação é proporcional ao fato praticado. A pessoa tem de apresentar risco, periculosidade, para a internação se impor.

Obs: modernamente, desde a reforma psiquiátrica, deve-se buscar evitar a internação, mesmo no caso dos reconhecidamente, através de laudos periciais, inimputáveis, que tenham praticado algum fato

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típico e ilícito, seja na esfera comum ou na militar. A tendência mais moderna, mais recente, pós reforma psiquiátrica, é evitar a internação. Há outras medidas alternativas à segregação, tanto para a pessoa que tem doença e não cometeu nenhum ilícito penal quanto para quem cometeu ilícito penal.

A internação é prevista tanto no Código Penal Comum quanto no Código Penal Militar, mas só deve ser indicada aos casos mais extremos. O objetivo da medida de segurança é o tratamento, se possível a cura, e a redução da periculosidade através do controle da doença.

Obs: o Código Penal Militar não prevê tratamento ambulatorial. Ele só reconhece como medida de segurança para o inimputável ou para o semi-imputável cuja pena seja substituída a internação. O legislador não contemplou o tratamento ambulatorial.

Diante da omissão do legislador, da lacuna deixada no Código Penal Militar, pode ser aplicado o tratamento ambulatorial por analogia à esfera penal comum?

Sim, desde que essa aplicação seja favorável ao réu.

Obs: já extinta a punibilidade não pode ser aplicada medida de segurança. Extinta a punibilidade não se impõe medida de segurança e não subsiste aquela que havia sido imposta. Ainda que a título de beneficiar o réu, também não pode ser aplicado, nesse caso, o tratamento ambulatorial.

A doutrina aceita a aplicação do tratamento ambulatorial do Direito Penal Comum na esfera militar, por analogia in bonam partem, já que há uma omissão do legislador.

Modernamente, a tendência, depois da reforma psiquiátrica, o ideal, é evitar-se a internação. Casas de convivência onde as pessoas possam ser controladas, monitoradas e medicadas não causam os danos, os efeitos deletérios de uma internação.

O Código Penal Militar prevê a situação do semi-imputável, em caso de alienação, de perturbação da saúde mental. O semi-imutável é aquele que tem a doença, uma perturbação, um retardamento, um desenvolvimento incompleto, e possui relativa capacidade de entendimento, de compreensão. Nesse caso, para essa situação, há redução de pena, chamada na esfera militar de atenuação

de pena. Em relação à esfera comum é desfavorável.

Pode haver a substituição do art. 113 do Código Penal Militar. CPM, art. 113 - Substituição da pena por internação

Quando o condenado se enquadra no parágrafo único do art. 48 e necessita de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de outro.

Se o juiz entender pela necessidade de tratamento em detrimento da punição, a pena já reduzida, já atenuada, pode ser substituída por medida de segurança.

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O art. 113 fala da medida de segurança de internação. Porém, pode também ser aplicado o tratamento ambulatorial por analogia, para benefício do réu. O sistema adotado pelo Código Penal Militar também é o vicariante.

Obs: existem medidas de segurança no sistema sancionatório militar diversas da internação, destinada ao inimputável ou ao semi-imputável. Há medidas de segurança que ainda seguem o critério do duplo trilho, na esfera militar. São de questionável constitucionalidade.

O sistema militar não passou pelas reformas do Direito Penal Comum. Há medidas de segurança com viés preventivo, que podem ser cumuladas com as penas dos condenados, salvo no caso do inimputável por alienação mental. Para este o sistema adotado pelo Código Penal Militar também é o

vicariante, como o do Código Penal Comum. Em lugar de pena aplica-se a medida de segurança.

Em relação às outras medidas de segurança há polêmica. Ainda se aplica o duplo trilho, ainda se cumula com a pena medida de segurança, como por exemplo a da cassação da habilitação para dirigir veículo motorizado, a do exílio local. Há determinadas imposições preventivas que são etiquetadas como medidas de segurança.

- Embriaguez involuntária completa:

CPM, art. 49 – Embriaguez

Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

O caput trata da inimputabilidade por embriaguez acidental completa.

O Código Penal Comum também prevê a embriaguez involuntária completa, a embriaguez

decorrente de caso fortuito ou força maior, desde que seja completa, para o afastamento da imputabilidade.

CP, art. 28 - Emoção e paixão Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão;

Embriaguez

II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.

§1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

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§2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

O Direito Penal Militar também segue a Teoria da Actio Libera in Causa ou da Ação Livre na

Causa. Esta é desdobramento, corolário, da Teoria da Conditio Sine Qua Non, que está no art. 29 do Código

Penal Militar.

CPM, art. 29 - Relação de causalidade

O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

§1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos anteriores imputam-se, entretanto, a quem os praticou.

§2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua superveniência.

No Código Penal Comum, a mesma teoria está no art. 13. CP, art. 13 - Relação de causalidade

O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

Superveniência de causa independente

§1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

Relevância da omissão

§2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;

b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

A Teoria da Actio Libera in Causa é um desdobramento, é um corolário, da Teoria da Conditio Sine Quan Non. Elas não se confundem, não são expressões sinônimas.

A Teoria da Actio Libera in Causa responsabiliza o sujeito que pratica o fato em estado de embriaguez, que pode ser:

- CULPOSA;

- VOLUNTÁRIA STRICTO SENSU ou DOLOSA; - PREORDENADA.

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Essas são 3 situações de embriaguez voluntária, em sentido amplo. Pela Teoria da Actio Libera in Causa é imputável quem, ao tempo da conduta, estava sob efeito de álcool ou de outra substância de efeitos análogos, estava embriagado, intoxicado.

A embriaguez é uma intoxicação que afeta o sistema nervoso central. A concentração de álcool ou de determinada substância afeta o sistema nervoso central. A substância gera um efeito. Pode ser que essa embriaguez retire do agente, naquele momento do fato, o discernimento. Pode ser que no momento do fato essa pessoa não tenha discernimento ou capacidade de determinação, dado o estado de embriaguez.

Imaginemos que a pessoa se embriague voluntariamente e perca os reflexos normais, causando um dano, matando uma pessoa, ferindo alguém. Nessa situação há de ser considerado que pela Teoria da Actio Libera in Causa é imputável quem, ao tempo da ação ou da omissão, estava sob efeito de álcool ou de substância de efeitos análogos em decorrência de embriaguez voluntária. A pessoa deve responder pelo fato, é imputável penalmente, tem capacidade de responsabilidade penal, ainda que não tenha o discernimento normal no momento ou a capacidade normal de determinação.

Na Teoria da Actio Libera in Causa antecipamos a análise. Há o momento em que o sujeito se coloca em estado de embriaguez, que se embriaga voluntariamente. O que acontecer a partir daí decorre de ação livre na causa. O problema dessa teoria é que ela é desdobramento da conditio sine qua non, e, respeitando essa lógica, essa ideia de uma relação de causalidade cega, puramente material, responsabiliza o autor pelo resultado. O resultado produzido será atribuído ao sujeito e ele será considerado capaz de responder pelo resultado, eis que se colocou em estado de embriaguez voluntariamente.

A imputabilidade deve ser avaliada no momento anterior ao fato. Ela não é avaliada no

momento em que ele pratica o comportamento ou produz o resultado. A imputabilidade é avaliada no

momento em que ele se embriaga.

Essa teoria é aplicada nas esferas comum e militar. A avaliação da imputabilidade é transferida

para o momento anterior à embriaguez. Se nesse momento ele era imputável, o que acontece dali para a

frente é ação livre na causa, actio libera in causa sive ad libertatem relatae. Quando o sujeito é imputável no momento da embriaguez, é previsível que algo pode acontecer. No momento do fato, mesmo que ele não tenha discernimento, mesmo que esteja tão embriagado que tenha perdido a consciência, tenha apagado no volante e atropelado uma pessoa, ou tenha se embriagado e ido operar uma máquina sem ter reflexo suficiente para evitar o pior, a ação é livre na causa. Transfere-se a análise da imputabilidade para

momento anterior ao fato.

Na inimputabilidade por alienação mental a análise é ao tempo da ação ou da omissão. Há

inimputabilidade quando, ao tempo da ação ou da omissão, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o agente é inteiramente incapaz de entender ou de se determinar. No caso da embriaguez voluntária, não importa o discernimento e a capacidade de determinação do sujeito ao tempo da ação ou da omissão. O que importa é que antes da embriaguez havia essa capacidade de entendimento e de determinação. Nesse caso, o sujeito responde pelo resultado, pois merece reprovação por ele, já que a ação foi livre na causa.

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A Teoria da Actio Libera in Causa é alvo de críticas na doutrina. Alguns entendem que há analogia in malam partem, pois não há previsão legal. Também há críticas no sentido de que ela cria responsabilidade objetiva, mesma crítica endereçada à Teoria da Conditio Sine Qua Non quanto à responsabilidade infinita. Críticas à parte, a teoria é aplicada.

Assim, na embriaguez voluntária em sentido amplo o sujeito responde pelo fato.

O art. 49 do Código Penal Militar trata da embriaguez involuntária completa, que é decorrente de caso fortuito ou força maior.

Caso fortuito: evento do acaso, situação imprevisível. A embriaguez é imprevisível porque o

sujeito, por exemplo, não conhece o efeito embriagante da substância, ou então há uma situação peculiar com relação a sua condição fisiológica.

Ex: militares vão fazer um treinamento de sobrevivência na selva, em uma área de mata. Nos treinamentos dessa natureza, os militares são levados ao extremo do desgaste físico e mental. Dormem pouco, descansam pouco, se alimentam pouco. Eles têm de aprender a se virar com os meios disponíveis, caçando, fazendo armadilhas, pescando etc.

O militar, nesse treinamento, passa vários dias sem comer, está em jejum, e encontra uma raiz, uma planta, e a come. O efeito da planta no organismo em jejum é devastador, causando alucinações, causando um estado equiparado ao de embriaguez, uma intoxicação que provoca alucinações. Sob o efeito alucinógeno dessa raiz, dessa planta, o militar acaba agredindo um colega, por ter perdido totalmente a capacidade de discernimento. Ele tem alucinações e vê o colega como se fosse um animal. Isso é caso fortuito. É uma situação imprevisível. Ele é considerado inimputável, na forma do art. 49 do Código Penal Militar. Há embriaguez involuntária completa decorrente de caso fortuito. O militar é absolvido, considerado inimputável porque não buscou aquilo voluntariamente, não tinha conhecimento do efeito intoxicante da planta, da raiz, de que entraria em estado de embriaguez, de intoxicação, o que gerou a incapacidade de entendimento ou de determinação. O militar é inimputável nesse caso.

Força maior: ação da natureza ou ação humana.

Ex: o militar é forçado pelos colegas, em um trote, é coagido a se embriagar. Em estado de embriaguez involuntária completa proveniente de força maior, porque ele foi coagido, foi forçado, não teve como evitar, o militar não tem capacidade de entendimento e de determinação, o que faz com que ele seja absolvido.

Também é caso de força maior quando o sujeito, por exemplo, em visita a um alambique, escorrega e cai em um barril de cachaça, se embriagando.

Caso de coação física ou moral irresistível também é exemplo de embriaguez involuntária. Pode praticar fato típico e ilícito, mas é inimputável.

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CPM, art. 70 - Circunstâncias agravantes

São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não integrantes ou qualificativas do crime: (...)

II - ter o agente cometido o crime: (...)

c) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuito, engano ou força maior; (...)

Parágrafo único. As circunstâncias das letras c, salvo no caso de embriaguez preordenada, l, m e o, só agravam o crime quando praticado por militar.

Para o militar, a embriaguez é sempre agravante. Isso não se refere somente à embriaguez

preordenada, mas a qualquer das voluntárias. Se o agente for civil, o que é possível na esfera da Justiça Militar da União, a pena só será agravada se a embriaguez for preordenada.

A embriaguez voluntária, seja culposa, voluntária em sentido estrito ou preordenada, para o militar sempre agrava a pena. Se o autor do fato for civil que cometeu um crime militar em estado de

embriaguez, a agravante só incide se esta for preordenada. O tratamento da esfera militar é mais severo que o da esfera comum.

Obs: há tipos penais militares que trazem a situação de embriaguez como elementar do crime. Logo, não pode incidir a agravante.

CPM, art. 202 - Embriaguez em serviço

Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Obs: embriagar-se é mais do que beber. O militar que está de serviço e bebe uma cerveja não está embriagado. É necessário que se demonstre que o militar, estando de serviço, se embriagou ou apresentou-se para o serviço embriagado. Este é um crime que ofende o serviço militar, o dever militar.

Nesses casos, a embriaguez é elementar do crime. O sujeito se apresenta para o serviço totalmente embriagado. É crime militar. Há de se ter discernimento, pois a linha é muito tênue entre a falta disciplinar, a infração disciplinar militar, e o crime militar.

- Embriaguez involuntária incompleta:

Há a hipótese da embriaguez involuntária incompleta. Existe para tal uma causa de redução de

pena. Também se encontra no art. 49 do Código Penal Militar, em seu parágrafo único, com previsão de

redução de pena de 1/3 a 2/3.

O semi-imputável por alienação mental tem a pena atenuada. Só que no Direito Penal Militar, quando o legislador fala de atenuação e não diz quanto, é de 1/5 a 1/3, à luz do art. 73.

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Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o quantum , deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, guardados os limites da pena cominada ao crime.

Isso quebra a isonomia porque na esfera comum essa atenuação é de 1/3 a 2/3 da pena.

Já o art. 49, parágrafo único, do Código Penal Militar, que trata da semi-imputabilidade por embriaguez involuntária incompleta, alinha-se à esfera comum, com 1/3 a 2/3 de redução de pena. É causa de redução de pena.

Para o professor, há um tratamento discriminatório, violador da isonomia na semi-imputabilidade por alienação mental. O Código Penal Comum reduz de 1/3 a 2/3, e o Código Penal Militar somente atenua, o que leva a uma diminuição de 1/5 a 1/3. É muito pior o tratamento do semi-imputável por alienação mental na esfera militar.

Na semi-imutabilidade por embriaguez involuntária incompleta há uma redução efetiva, uma causa de redução de pena de 1/3 a 2/3 em ambos os diplomas. O tratamento é igual.

Referências

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