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GRUPO XVI GRUPO DE ESTUDO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E TELECOMUNICAÇÃO PARA SISTEMAS ELÉTRICOS - GTL

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Av. Monteiro Lobato, 3285 – Ed. 11 - CEP 07190-904 – Guarulhos - SP - BRASIL Tel.: (011) 6464-8062 - Fax: (011) 6464-8361 - e-mail: Jorge.camara@br.abb.com

DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GTL - 03 16 a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná GRUPO XVI

GRUPO DE ESTUDO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E TELECOMUNICAÇÃO PARA SISTEMAS ELÉTRICOS - GTL

EXPERIÊNCIAS COM OPLAT DIGITAL NAS CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

Jorge Luiz Fernandes Camara ABB Ltda.

RESUMO

Devido ao baixo custo e simples implementação, os sistemas OPLAT Digital para transmissão de voz, dados e teleproteção, tiveram um crescimento considerado nos últimos anos nas Concessionárias de Energia no Brasil.

Este trabalho aborda um descritivo sobre a tecnologia, aborda um comparativo com a tecnologia analógica ainda muito tradicional no Brasil e descreve também alguns parâmetros importantes que devem ser levados em consideração na hora de se planejar os sistemas OPLAT Digital.

Este Informe Técnico mostra as vantagens no uso de OPLAT Digital, aborda as aplicações, os conceitos, os principais requisitos e faz uma amostragem da situação atual do uso da tecnologia nas concessionárias de energia no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE

OPLAT (Ondas Portadoras em Linhas de Alta Tensão), DPLC (Digital Power Line Carrier), Teleproteção, PLC (Power Line Carrier), Telefonia.

1.0 - INTRODUÇÃO

A nova tecnologia DPLC (Digital Power Line Carrier) combina novos circuitos e firmwares computadorizados com mesmas vantagens da série de circuitos analógicos, para alcançar uma grande dependência e uma fácil adaptabilidade para todos os requisitos no campo da comunicação com OPLAT analógico.

O sistema DPLC é usado para comunicação em Linhas de Transmissão entre Centros de Controle, Subestações e Usinas de Energia e é capaz de transmitir mais informação do que um PLC (Power Line Carrier) Analógico tradicional, como :

• telefonia (serviços telefônicos, assinante remoto, conexões a quatro fios, conexões entre Centrais Telefônicas e também ligações ponto-a-ponto (Hot-Line));

• Transmissão de FAX com 2400 até 9600 bps (bits por segundo); • Teleoperação e aplicações do sistema SCADA;

• Transmissão de dados (síncronos, assíncronos e anissíncronos); • Teleproteção

Todas estas informações acrescidas da teleproteção analógica tradicional, podem ser combinadas ao mesmo tempo em um único canal simples que ocupa uma largura de banda predefinida.no range de Rádio

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Freqüência (RF), típico para sistemas OPLAT, de 24 a 500kHz. A quantidade de informação que pode ser transmitida é limitada pela largura de banda (BandWidth) do sinal de RF, cujo valor típico é de 4kHz para um equipamento monocanal. O canal de recepção (Rx) usa outros 4kHz, sendo esta banda de frequência usualmente adjacente ao canal de Tx. Num equipamento de dois canais, mais informações podem ser transmitidas, neste caso portanto, ocupando uma largura de banda de 2 x 4kHz.

2.0 - INFORMAÇÃO GERAL SOBRE A TECNOLOGIA

As Linhas de Transmissão apresentam baixa atenuação no espectro de frequências entre 20kHz e 500kHz. São portanto, um bom meio de comunicação sobre médias até longas distâncias (tipicamente de 20 até 500km). O máximo alcance de um enlace de comunicação com PLC operando aproximadamente em 80kHz ou menos, pode em algumas aplicações chegar até 800km o que certamente não poderia ser alcançado por qualquer outro meio de comunicação para atendimento as Concessionárias de Energia (cabos, fio piloto, enlaces de Rádio ou enlaces ópticos) sem repetidoras ou subestações intermediárias.

Com a instalação de um acoplamento apropriado à Linha de Transmissão, associado a Bobinas de Bloqueio nas Subestações ou Usinas de Energia, canais de comunicação podem ser providos com segurança e confiabilidade mesmo sob as condições severas de uma Linha de Transmissão de Alta Tensão.

Os sistemas PLC são projetados para estabelecer links de comunicação mesmo com os altíssimos níveis de ruído das LT´s e excluir qualquer possibilidade espúrios falsos ou falsos sinais de Trip.

Mesmo devido ao custo adicional do acoplamento, ou seja, caixas de sintonia e Bobinas de Bloqueio, especialmente em tensões extra-altas (500kV, 750kV ou mesmo 1000kV) o custo total dos sistemas DPLC são relativamente baixos se comparados a outras tecnologias e a relação custo x benefício se torna mais favorável devido as longas distâncias que os sistemas OPLAT podem atingir.

Além disto, a manutenção é feita dentro das subestações, evitando-se custos adicionais com os deslocamentos das equipes técnicas para uma repetidora distante de uma subestação.

Estas são as três principais razões do porque muitas Concessionárias de Energia preferem os Sistemas Carrier Digital para seu sistema de comunicação operacional.

Como os sistemas OPLAT Analógicos e Digitais são usados em quase todos os países no mundo, para transmitir informações sobre Linhas de Alta Tensão e se tornaram um importantíssimo meio de gerenciamento e segurança para as instalações elétricas nos sistemas de potência, recomendações Internacionais foram largamente estabelecidas. Recomendações Técnicas para os acoplamentos PLC e equipamentos terminais PLC de banda simples ou de canais múltiplos (Publicações IEC 353, 358, 481, 495 e 834) e também para os enlaces de PLC (IEC 663) foram estabelecidas. Todas as recomendações relevantes do CCIR e ITU-T também foram levadas em consideração nas Publicações do IEC 495, de forma a assegurar a confiabilidade necessária para as Concessionárias de Energia.

2.1 Por quê usar o OPLAT Digital (DPLC) ?

Esta nova tecnologia transformou o PLC analógico tradicional e sua capacidade de transferir dados digitais via canais analógicos com taxas de transmissão de dados de até 81kbps.

Os PLC´s Digitais podem ser conectados a canais RS-232/V.24/V.28, G.703 e RS422/V.11 para Dados e 2 Fios, 4-Fios com E & M para voz, mas com a vantagem da tecnologia, o Carrier Digital pode suportar conexões usando TCP/IP e aplicações com redes LAN também. Além disto, normalmente os serviços mais tradicionais tais como, telefonia, dados, FAX ou transmissão de sinais FSK continuam operando em conjunto com tais sinais.

Os DPLC hoje do Mercado usam diferentes tecnologias de processamento, tais como :

• Quadrature Amplitude Modulation (QAM); • Multicarrier Modulation (MCM);

• Trellis Coding;

• Echo Cancellation (Cancelamento de Eco); • Adaptive Equalization;

• Time-Division Multiplexing (TDM);

• Speech Compression (Compressão de Voz).

Qualquer enlace analógico de PLC pode ser “ampliado” ou “retrofitado” por um Carrier Digital para então, aumentar sua capacidade de comunicação. A infra-estrutura existente pode ser reutilizada mais eficientemente, sem a necessidade de altos reinvestimentos

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Sistemas Carrier Digitais usam o que há de mais novo na tecnologia de processamento digitalizado, permitindo a implementação de um sistema de transmissão com o qual é tão robusto quanto econômico com a mesma largura de banda.

Sob condições favoráveis, taxas de transmissão de até 81kbps podem ser alcançadas hoje em dia e a tecnologia continua crescendo e sendo desenvolvida para permitir taxas de transmissão ainda maiores do que esta com apenas 8kHz de largura de banda bruta.

Portanto, os sistemas DPLC permitem a transferência de três a quatro vezes mais o número de canais de voz e dados, se comparados a tradicional tecnologia analógica ocupando a mesma largura de banda.

2.3 Aplicações

O DPLC é um sistema desenvolvido e projetado para transmissão de dados e voz e suporta ainda os comandos de teleproteção via um link analógico de PLC.

Os enlaces de DPLC podem ser usados em Linhas de Transmissão de qualquer nível de tensão ou comprimento. Quando o problema da congestão de freqüências é relevante, o DPLC pode trazer inúmeras vantagens, porque mais informações podem ser empacotadas na mesma banda de freqüência, sem a necessidade de mais canais de Carrier.

Com uma taxa de transmissão de 64kbps, por exemplo, uma eficiente e barata interconexão entre uma ou duas redes de banda larga podem ser estabelecidas.

Links de DPLC podem ser utilizados como um back-up para informações vitais que trafeguem entre enlaces de fibras ópticas ou enlaces de microondas.

2.4 Flexibilidade Operacional, modos de operação

Fatores únicos, tais como conversão digital de frequência, equalização automática, opção de configuração de Adio Freqüência (AF), gravação de eventos, facilidades na execução dos testes, são alguns poucos exemplos, acrescidos a flexibilidade operacional.

Em geral, os vários métodos de processamento do Sinal Digital com os quais são usados para gerar os sinais de RF, resultam em uma excelente qualidade e estabilidade nas conversões entre os sinais de AF para RF e vice-versa.

Os DPLC dependem basicamente de dois fatores : uma é a razão entre Sinal e Ruído, ou seja, o SNR (no inglês Signal-to-Noise ratio) e o outro é a Largura de Banda, ou seja, o fator BW (no inglês BandWidth). Com estes dois parâmetros, bem dimensionados, o DPLC pode trabalhar com uma boa performance com taxas de erro de BIT menores que 10-6 (BER – Bit Error Rate).

A qualidade da transmissão da voz e dos dados é diretamente dependente destes fatores, a Relação Sinal Ruído (SNR) e os parâmetros da Linha podem variar durante condições de tempo adversas. Uma importante função requerida para equipamentos PLC é a confiabilidade na transmissão e na recepção dos sinais de teleproteção mesmo durante condições de falta em Linhas de Transmissão quando a Relação Sinal Ruído é dramaticamente reduzida.

O sistema pode ser usado em vários modos de operação dependentes destes requerimentos, tipos de serviços, condições das Linhas e etc... Os exemplos abaixo ilustram as várias possibilidades de uso, dada uma certa banda de freqüência e demonstram a versatilidade dos equipamentos DPLC.

Quando usamos um OPLAT analógico com um simples canal, esta capacidade pode ser aumentada quando o substituímos por um equipamento DPLC.

Uma possibilidade de configuração é ilustrada na Figura 1 abaixo.

Este arranjo permite um canal de dados com uma taxa de transmissão de 4800bps superposta acima do canal de voz, com o qual os tons de teleproteção são alocados.

4kHz

FIGURA 1 – Equipamento Monocanal com voz + teleproteção e canal de dados superpostos

• 1 canal de voz de 4kHz

Voz +

Teleproteção

Digital

PLC

Piloto ou Guarda

do OPLAT

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• Função Teleproteção integrada no OPLAT analógico • 1 canal de dados síncronos a 4800bps

A Figura 2 abaixo, demonstra um equipamento de duplo canal (bicanal), ocupando 8kHz de largura de banda. Com esta configuração, um canal com teleproteção e baixa velocidade para dados pode ser usado para aplicações em sistemas SCADA, enquanto o outro canal pode trafegar dados com alta taxa de velocidade e vários canais de voz comprimidos.

FIGURA 2

Canal 1

• 1canal de voz dentro da banda de 4kHz

• 3 canais de baixa velocidade com sinais tipo FSK a 200 Baud para aplicações do sistema SCADA • Função de Teleproteção com 3 commandos

Canal 2

• Modo de Operação de Alta Velocidade, agregado com taxas de transmissão de até 32kbps; • 1 canal de voz

• 1 canal de dados síncrono de 14,4bps

• 2 canais de dados assíncronos de 2,4kbps cada

A Figura 3 abaixo mostra um equipamento monocanal requerendo uma banda de 8kHz, mas configurado para trabalhar em um modo de alta taxa usando a largura de banda inteira. Com esta configuração a taxa de transmissão pode chegar a 64kpbs podendo ser obtida sob condições favoráveis de linha (boa relação Sinal-Ruído). Uma possível subdivisão da disponibilidade de capacidade entre diferentes serviços pode ser como segue abaixo :

FIGURA 3

• 2 canais de voz

• 1 canal de dados síncrono a 19,2kbps • 3 canais de dados assíncronos a 2,4kbps • Função de Teleproteção com 3 comandos

Fig. III – Canal de 8kHz com taxa de transmissão a 64kbps

4 kHz

Data FSK

4 kHz

PLC Digital

Voz +

Teleproteção

8 kHz

PLC Digital + Teleproteção

Piloto

Piloto

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2.5 Back-Up de sistemas de comunicação em banda larga como uma boa solução

Com as interfaces de dados seriais de acordo com o ITU-T, os equipamentos DPLC hoje em dia estão preparados para serem conectados a um Multiplex PDH ou SHD, veja a Figura 4 abaixo.

Esta possibilidade abre uma variedade de opções para acesso a uma rede digital em banda larga e pode ser uma boa solução para as Concessionárias de Energia.

3.0 - COEXISTÊNCIA ENTRE PLCS DIGITAL E ANALÓGICOS

3.1 Coexistência na Banda de Frequências de Sistemas Carrrier Tradicionais

A coexistência deverá ser garantida se os equipamentos DPLC e os PLC´s analógicos seguirem os seguintes requerimentos definidos nas Normas Standard IEC 60495 :

• Perdas nos “Taps” • Emissão de Espúrios • Seletividade na Recepção 3.2 Planejamento de Frequências

O planejamento de frequências deve se preocupar com possíveis Linhas com Tap, emissão de espúrios e a performance quando existe possibilidade de interferências.

A necessidade de espaçamentos entre bandas deve sempre ser estudado.

3.3 Implementação de Carrier Digital em uma rede existente de Carriers Analógicos.

O aspecto a ser levado em consideração quando implementado um enlace de DPLC em uma rede de OPLATs analógicos existentes será diferente de rede para rede.

Isto dependerá de que solução será implementada na rede existente e os respectivos serviços planejados para ela.

4.0 - SERVIÇOS

4.1 Razões para se escolher um DPLC Port 1 Port 2 Port 3 Port 4 Port 30 Port 29 Port 28 Port 27 Port 1 Port 2 Port 3 Port 4 Port 30 Port 29 Port 28 Port 27 Microondas Digital n * 2 Mbps

Link de Fibra Óptica n * 2 Mbps

ou

PC

PLC

... para importantes serviços operacionais

FIGURA 4

PLC

Como Back-up

BW

4 kHz ≤

32 kBit/s

8 kHz ≤ 64 kBit/s

PLC

PL

AMX

500

ETL500

PLC

PL

AMX

500

ETL500

Backbone

2 / 8 / 34 / 155 Mbit/s

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As principais razões para selecionar um sistema DPLC ao invés de um OPLAT analógico, pode ser listada como abaixo :

• Para aliviar-se o congestionamento de frequências em certas regiões, trazendo assim uma melhoria na eficiência do espectro de freqüências

• Para incrementar o número de canais de dados e voz disponíveis para usuários de redes PLC

• Para criar canais com taxas de transmissão mais altas para sistemas SCADA e outros sistemas de telecontrole.

• Para dar um ganho na qualidade do serviço da rede de PLC, pelo melhor gerenciamento e pela facilidades de manutenção nos equipamentos terminais

• Facilidade de performance e de monitoramento dos módulos do PLC, associados as condições de alarmes e erros.

• Para obter fácil monitoramento de interconexões com outros equipamentos PLC • Para obter melhor sintonia de frequências por software

A principal vantagem do DPLC é a grande capacidade de transmissão e a melhor qualidade dos sinais dentro do range de frequências quando comparado ao OPLAT analógico ocupando o mesmo range.

Redes de DPLC podem ser facilmente e rapidamente modificadas, assim como incrementadas para cobrir futuras necessidades.

Podemos assim, destacar os principais serviços para enlaces de DPLC que são o telecontole, PABX, ISDN e aplicações TCP/IP. O DPLC pode também acessar links ou subsistemas integrados com grandes redes de telecomunicações.

4.2 Como o PLC Digital poderá ser integrado nas presentes e Futuras Redes ?

Dependendo da taxa de bit, o equipamento DPLC pode necessitar de uma banda mais larga do que um OPLAT analógico para prover sinais mais rápidos e taxas de transmissão mais altas. Em alguns casos, devido ao congestionamento de freqüências em algumas regiões, isto pode ser dificultado. Também, isto tem que ser levado em consideração quando se quer usar uma banda mais larga para um DPLC e daí se preocupar com a possibilidade de interferência com links adjacentes e esta possibilidade deve ser levada em consideração durante o planejamento de freqüência da rede.

Para redes com um grande número de nós pode ser difícil encontrar freqüências livres para implementar enlaces de DPLC sem a troca de Bobinas de Bloqueio e caixas de sintonia existentes. Em tais casos é necessário reestudar o espectro de freqüências para a rede de DPLC levando em consideração as freqüências existentes, as perdas nos Taps, a sintonia das Bobinas de Bloqueio, os acoplamentos, as emissões de espúrios, a existências de Rádio-Farol etc...

Nestas linhas onde múltiplos canais de voz são requeridos a implementação de enlaces de DPLC pode reduzir significativamente a quantidade de equipamentos analógicos necessários e então salvar espectro de freqüências (banda), mesmo se uma banda de 16kHz estiver sendo planejada para o PLC Digital.

Poderá ser possível usar o DPLC como um link de acesso a uma rede PDH ou SDH onde cabos de fibra óptica ou enlaces de Rádio não estão disponíveis. O DPLC poderá prover interfaces para fácil integração com redes de outros tipos de equipamentos.

5.0 - PARÂMETROS DE PLANEJAMENTO E PERFORMANCE

5.1 Geral

A qualidade do canal de transmissão é importante para ambos os sistemas PLC analógicos ou Digitais.

Sistemas PLC Analógicos : é tolerante contra a degradação da qualidade do canal. Isto significa que a qualidade do canal pode decair dependendo do serviço, mas os serviços continuam disponíveis. Este comportamento é muitas vezes chamado de “degradação tolerada”

Sistemas PLC Digitais : mantém a qualidade dos serviços em toda a faixa de operação provida, desde que a Relação Sinal Ruído esteja acima de um patamar mínimo requerido. Se a Relação Sinal-Ruído vai para um limiar abaixo do mínimo requerido, todos os serviços (exceto a teleproteção analógica) irão cortar simultaneamente. Um comportamento paralelo ao da “degradação tolerada” para os PLC´s analógicos é a automática redução na complexidade de modulação (com uma subseqüente redução da taxa de transmissão) quando a Relação Sinal-Ruído vai para um limiar abaixo do mínimo. Isto irá assegurar a transmissão dos mais importantes (pré-programados) serviços.

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Devido a variação da qualidade de transmissão de energia da Linha, por exemplo devido as mudanças climáticas, o DPLC irá variar também sua taxa de transmissão , portanto um planejamento conservador e apurado é recomendado para os sistemas OPLAT Digital.

5.2 Performance de um Sistema PLC Digital

Para o planejamento de um link Digital o Tempo de Disponibilidade do sistema (Available Time – AT) é o mais importante parâmetro para estes sistemas :

A definição de AT pode ser dada conforme definido nas Recomendações ITU-T.

Para alcançar valores aceitáveis de Tempo de Disponibilidade é essencial plajenar o link de PLC com uma margem de relação Sinal-Ruído suficiente para garantir uma baixa taxa de BER mesmo em condições de tempo desfavoráveis.

Contudo abaixo mostramos alguns dos fatores que influenciam diretamente o índice AT : • Ruído de Impulso

• Operação da Teleproteção • Mudanças abruptas na linha

• Tempo de recuperação após perda do sincronismo • interferências

6.0 - PLANEJAMENTO DE FREQUÊNCIAS NO BRASIL

6.1 Os problemas de congestionamento de freqüências no Brasil e os benefícios com o uso DPLC

Devido a limitação do espectro de frequências para sistemas PLC, a expansão das redes existentes tornam-se freqüentemente difíceis. No Brasil existem muitos enlaces PLC analógicos instalados entre as Concessionárias de Energia. Muitas Linhas de Transmissão tem até 2 (dois) ou mais enlaces analógicos como redundância para suas necessidades de Operação.

Como visto neste descritivo Técnico, um sistema DPLC desde bem planejado, pode substituir 2 ou até 4 enlaces PLC analógicos e contudo pode ser uma solução para os congestionamentos em redes existentes.

Para um dado número de serviços, o número de canais de sistemas OPLAT necessários pode ser reduzido significativamente e a alocação de freqüências torna-se mais fácil. A figura 5 abaixo, ilustra como a alocação de freqüências pode ser menos densa se um Carrier analógico for substituído por um DPLC. Isto irá prover um novo espaçamento de freqüências que poderá até mesmo permitir um novo enlace de PLC.

F

(8)

Devido a sua grande extensão territorial, o Brasil tem a necessidade de se interconectar muitas das vezes com Linhas de Transmissão muito longas (algumas até com mais de 350km !). Devido a isto, investimentos em sistemas ópticos ou sistemas de trasnsmissão por Microondas se tornam quase impraticáveis devido ao alto custo pela necessidade de implantação de estações repetidoras, muitas das vezes em locais sem infra-estrutura e de difícil acesso.

Por estas razões, os sistemas DPLC tornam-se soluções alternativas mais favoráveis quando existe a necessidade de estabelecimento de rotas principais, para serviços críticos em níveis de transmissão de alta tensão até 230kV e outras vezes como rotas alternadas (back-up) em Linhas de Extra Alta Tensão (345kV / 500kV / 750kV e ainda 1000kV).

6.2 O Retrofit como a melhor solução para os sistemas DPLC no Brasil devido ao congestionamento de freqüências.

Qualquer equipamento PLC pode ser retrofitado por um DPLC para o aumento de sua capacidade. Isto permite que a infra-estrutura de comunicação possa ser usada mais eficientemente, sem a necessidade de altos investimentos. Este conceito mostra que uma transição gradual de um sistema analógico trabalhando em seu modo standard possa ser substituído por um sistema Digital com alta capacidade de operação usando-se até mesmo o mesmo painél ou sub-rack.

Fazer o Retrofit e o Upgrade de um sistema PLC analógico é possível a qualquer momento no próprio site. Uma forte razão para isto é que muitos dos equipamentos existentes já estão se tornando velhos demais e seu tempo de vida útil já estão no fim. O resultado será o incremento de novos serviços além de facilitar e reduzir os custos de manutenção.

Outra forte razão é que o range de frequências já está muito congestionado em certas regiões no Brasil e portanto, em alguns casos poderíamos com um simples enlace DPLC de 8kHz, agregar os mesmos serviços do que 4 enlaces analógicos que estejam ocupando no mínimo 32kHz de banda.

7.0 - EXPERIÊNCIAS COM OPLAT DIGITAL NO BRASIL

Através de levantamentos feitos pelo Grupo CE – D2 do CIGRÉ Brasil, o Brasil tem hoje registrados 89 enlaces de PLC Digital em sua malha elétrica, operando desde 1997. O primeiro enlace foi um experimento em FURNAS Centrais Elétricas S.A. em uma Linha de 500kV com 171km, e operou com uma boa performance. Existem até agora, excluindo-se este teste experimental em FURNAS, 85 enlaces operando com performance satisfatória em diversas Concessionárias e em vários níveis de Tensão (34,5kV / 69kv / 138kV / 230kV / 345kV / 550kV) e outros enlaces que ainda não foram instalados. Este quadro ainda é muito tímido se comparado ao parque de OPLAT´s analógicos já instalados e em operação, mas ao menos mostra que há um grande interesse no uso de DPLC e suas aplicações.

Quase todos os enlaces de DPLC instalados estão mostrando uma boa performance (AT), ao menos alguns enlaces específicos que não atingiram a taxa de transmissão esperada, muitas das vezes devido a algum Ruído espúrio não esperado, outras vezes mudanças abruptas dos parâmetros das Linhas e outras vezes devido ao tempo de recuperação dos equipamentos após perda do sincronismo interno. Estes casos ocorreram em linhas onde a distância era muito longa (acima de 250km) e especialmente de Extra Alta Tensão (500kV).

8.0 - CONCLUSÕES

Todas as Concessionárias de Energia no Brasil sabem da dificuldade encontrada hoje para a alocação de um novo enlace de OPLAT e é importante começar a pensar num planejamento voltado para um novo arranjo no espectro de freqüências, associado a melhor otimização dos serviços que os DPLC´s possam agregar.

Muitas das vezes sabemos que é difícil a aprovação de 100% do orçamento dos Sistemas de Telecomunicações projetados dentro das Concessionárias de Energia, quando o objetivo fim das mesmas, é a Transmissão e Comercialização da Energia Elétrica e devido a isto, muitas vezes é necessário buscar opções alternativas mais baratas e com tantos benefícios quanto for necessário. Portanto, devido a suas inúmeras vantagens, o retrofit usando equipamentos PLC Digitais, poderá ser a melhor solução de aplicação nas muitas Concessionárias de Energia Elétrica no Brasil.

9.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) IEC 60495 (1993-09) – Single Sideband power line carrier terminals.

(2) IEC 60663 (1980-01) – Planning of (single sideband) power line carrier systems.

(3) CIGRÉ STUDY COMMITTEE 35 WORKING GROUP 09 - Report on Digital Power Line Carrier.

Referências

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