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III Semana de Letras. Epistemologias, práticas, contribuições 15 a 18 de Julho, Caderno de resumos. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

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Universidade Estadual

do Sudoeste da Bahia

Epistemologias, práticas,

contribuições

15 a 18 de Julho, 2013

Caderno de resumos

(2)

Anne Carolline Dias Rocha Bruno Pacheco de Souza Eugenio Souza dos Santos

Jamilly Silva Morais Karina Damaceno Dias

Joyce Maria Sandes Lêda Sousa Bastos Gizelle dos Santos Macedo Mônica Freitas Morais Lopes

Priscila Plácido Moreira Rafael Teixeira Gonçalves

Raiane Silva Souza Silmara Brito

Savanna Souza de Castro Selso Silva Alves

Eloísa Barbosa Flávia Correia Juliet Sousa Sheila dos Santos

Sivonei Rocha Tyrone Chaves Filho

Monitoria

Comissão organizadora

(3)

Sumário

Página

Aquisição e patologias da Linguagem

Afasia e processos alternativos de significação: uma abordagem da Neurolinguística...09

Flávia Santos Caldeira – UESB/LAPEN (flavinha_caldeira14@hotmail.com) Raiane Silva Souza – UESB/LAPEN (raianes.souza@hotmail.com)

Nirvana Ferraz Santos Sampaio – DELL/UESB/LAPEN (nirvanafs@terra.com.br )

Reconstrução da linguagem no ECOA e o convívio social com sujeitos afásicos...10

Raiane Silva Souza (raianes.souza@hotmail.com)

Flávia Santos Caldeira (flavinha_caldeira14@hotmail.com) Nirvana Ferraz Santos Sampaio (nirvanafs@terra.com.br )

A Aquisição da escrita do português por pessoas surdas: natureza gramatical dos problemas...11

Joyce Maria Sandes da Silva – UESB (jsandes.letras@gmail.com)

Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira – DELL/UESB (adriana.lessa@gmail.com)

Aquisição da leitura e da escrita: duas teorias...12

Tauana Nunes Paixão – UESB/LAPEN (matnpaixao@hotmail.com) Silvana Perottino – UESB/LAPEN (silvana-perotino@uol.com.br)

Educação: metodologia, linguagens e práticas

Rio cachoeira e a relação com a história e a identidade dos itabunenses...13

Elijersse dos Santos –UESC (elijersse@outlook.com)

Flávia Queiroz Menezes –UESC (flaviaqmenezes@hotmail.com) Reheniglei Rehem – UESC (r_rehem@yahoo.com.br)

O caso do ensino da gramática normativa em sala de aula: como transpor as regras dessa gramática para contextos de uso da língua...14

Eloísa Maiane Barbosa Lopes – UESB (eloisamaiane@gmail.com)

Denise Aparecida Brito Barreto – DELL/UESB (deniseabrito@gmail.com)

Pressupostos para a ressignificação do ensino/aprendizagem de língua portuguesa...15

Emiliane Santana Gomes – UNEB (emilianesantanagomes@gmail.com) Emanuelle Rodrigues Loyola – UNEB (manu.loyola@hotmail.com) Luzia de Oliveira Santos – UNEB (luzy.santos@hotmail.com)

(Re)ações didáticas: reescrita e retextualização como gestos de docência em torno do gênero

legenda...16

Flávia Silene Santos Correia (UESB/ PIBID) Ester Maria de Figueiredo Souza (DELL/UESB)

O dialogismo no gênero discursivo aula: proposições necessárias...17 Jéssica Stefhânia Figueiredo Rocha – PPGCEL /UESB (stefhhani.figueiredo@gmail.com)

(4)

(Re) pensando a leitura e a produção textual a partir de práticas discursivas na sala de aula: um olhar de professores em formação...18

Juliet Aparecida de Jesus Sousa – UESB (julietsousa@hotmail.com) Joyce Maria Sandes da silva – UESB (jsandes.letras@hotmail.com) Raiane Silva Souza – UESB (raianes.souza@hotmail.com)

Quadrinhos no ensino de língua materna: uma investigação sobre o uso das tirinhas como

instrumento de aprimoramento da leitura e da interpretação textual...19

Lêda Sousa Bastos – UESB (leda_bastos@yahoo.com.br)

Denise Aparecida Brito – DELL/UESB (deniseabrito@gmail.com)

Fernanda de Castro Coelho – DELL/UESB (ferbcoelhopuc@yahoo.com.br )

Livro didático de português: mapeamento de um gênero...20

Marineide Freires Caetité – UESB/PIBID (marifreires100@gmail.com) Ester Maria de Figueiredo Souza – DELL/UESB (emfsouza@gmail.com)

O gênero teatro e sua relação com sujeitos surdos na sala de aula - um estudo de caso...21

Nayra Marinho Silva – UESB (nmsilva06@hotmail.com)

O conceito de letramento digital e sua influência no processo ensino/aprendizagem...22

Sara Rodrigues de Queiroz – UESC/PIBID (sara_rqueiroz@hotmail.com) Reheniglei Rehem – UESC/PIBID (r_rehem@yahoo.com.br )

A formação do professor e propostas pedagógicas avaliativas no ensino superior: uma visão crítica do discente...23

Sérgio Machado de Araújo – UESC (sergiouesc@hotmail.com)

A importância das Intervenções didáticas mediadas pelo PIBID na formação do professor de leitura e literatura...24

Sheila Ferreira dos Santos – UESB/PIBID (sheila_fsantos@hotmail.com) Ester Maria de Figueiredo Souza – DELL/UESB (emfsouza@gmail.com)

Aula de português: estratégias didáticas na microinteração com a réplica ativa...25

Virgínia Vieira da Silva – UESB/PIBID (v-v-s2011@hotmail.com) Ester Maria de Figueiredo Souza – DELL/UESB (emfsouza@gmail.com)

Estudos fonético-fonológicos

A vogal /i/ em contexto de afirmativa, interrogativa e exclamativa: dados preliminares de uma análise acústica...26

Alcione de Jesus Santos – LAPEFF/UESB (alcionejs@yahoo.com.br) Vera Pacheco – LAPEFF/DELL/UESB (vera.pacheco@gmail.com)

Marian dos Santos Oliveira – LAPEFF/DELL/UESB (mdossoliveira@gmail.com)

O papel da duração vocálica na caracterização das vogais médias realizadas por

conquistenes...27

Jéssica Ribeiro de Oliveira – LAPEFF/ UESB (oliveira.jessicaribeiro@gmail.com) Vera Pacheco – LAPEFF/DELL/UESB (vera.pacheco@gmail.com)

Jaciara Mota Silva – LAPEFF/ UESB (jaciaramotasilva@gmail.com)

Exclamativas em foco: uma análise acústica da curvava de f0...28

Juscelia Silva Novai Oliveira – LAPEFF/ UESB (juscelyaoliveira@gmail.com) Vera Pacheco – LAPEFF/DELL/UESB (vera.pacheco@gmail.com)

(5)

Produção de vogais e síndrome de down...29

Luana Porto Pereira – UESB/Núcleo de Pesquisa em Estudos em Síndrome de Down (luanaportop@hotmail.com)

Marian Oliveira – UESB, Núcleo de Pesquisa em Estudos em Síndrome de Down (mdossoliveira@gmail.com)

Vera Pacheco – UESB, Núcleo de Pesquisa em Estudos em Síndrome de Down (vera.pacheco@gmail.com)

A relação prosódia/segmento: uma investgação da qualidade das vogais aberta /a/ /e/ /o/ em sentenças afirmativas, interrogativas e exclamativas...30

Polliana Teixeira Alves – UESB/ LAPEF (pollianateixeira@yahoo.com.br) Vera Pacheco – LAPEFF/DELL/UESB (vera.pacheco@gmail.com) Marian Oliveira – LAPEFF/DELL/UESB (mdossoliveira@gmail.com)

Frequência fundamental: comparação entre as sílabas tônica e pretônica na fala de indivíduos conquistenses...31

Tássia da Silva Coelho – UESB/ LAPEFF (tassia_1989@hotmail.com) Marian dos Santos Oliveira – UESB/LAPEFF (mdossoliveira@gmail.com) Vera Pacheco – UESB/LAPEFF (vera.pacheco@gmail.com)

Linguística textual

O processo de construção do gênero resenha acadêmica...32

Anne Carolline Dias Rocha – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Textual e Aplicada (annee_carollinee@hotmail.com)

Márcia Helena de Melo Pereira – DELL/UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Textual e Aplicada (marciahelenad@yahoo.com.br)

Um estudo dos aspectos intencionais e orais das frases do futebol, retiradas da revista “Placar”...33

Eloísa Maiane Barbosa Lopes – UESB (eloisamaiane@gmail.com) Márcia de Melo Pereira – DELL/UESB (marciahelenad@yahoo.com.br)

Literaturas, Poéticas

A tragédia de Otelo, o mouro de Veneza: Ascenção e decadência do humano...34

Bárbara Albuquerque da Paixão – UESC (barbara.apaixao@gmail.com) Isaias Francisco de Carvalho – UESC (isaiasfcarvalho@gmail.com)

A voz poética na canção “Campo branco”, de Elomar Figueira Mello...35

Fernando Marvitor Duque Portela – PPGLCEL/UESB (fm.portela26@gmail.com) Luiz Otávio de Magalhães – PPGLCEL/DH/UESB (lotavio.magalhaes@gmail.com)

Alexandre Herculano e Florbela Espanca: o que é ser poeta?...36 Jeanne Cristina Barbosa Paganucci – UESB (jeannepaganucci@gmail.com)

Zilda de Oliveira Freitas – UESB (professorazildafreitas@yahoo.com.br )

Mito de Pedro e Inês de Castro em Garcia de Resende e António Patricio...37 Jeanne Cristina Barbosa Paganucci – UESB (jeannepaganucci@gmail.com)

(6)

Ars moriendi: a memória da morte initerruptamente presente na vida...38

Joseane Aguiar Novais – UESB/PPGMLS (joseanean@Yahoo.com.br) Marcello Moreira – DELL/UESB (moreira.marcello@gmail.com)

O homem é pó varrido pelo vento: um estudo sobre o uso da agudez em um poema de Dom

Francisco Manuel de Melo...39

Lêda Sousa Bastos UESB (leda_bastos@yahoo.com.br)

Marcello Moreira DELL/UESB (moreira.marcello@gmail.com)

Poesia, memória e a ‘morte’ do gênero épico...40

Milena Pereira Silva – UESB/Literatura e História Social (p.silva.milena@gmailcom) Marcello Moreira – DELL/UESB (moreira.marcello@gmail.com)

Memória

Memória grapiunense: o canto macuco como representação identitária...41

Flávia Q. Menezes – UESC (flaviaqmenezes@hotmail.com) Elijersse dos Santos – UESC (elijersse@outlook.com) Luana C. Thibes – UESC (luh_thibes@hotmail.com)

A fotografia e a paleografia na preservação da memória linguística do Sudoesta baiano...42

Giovane Santos Brito – LAPELINC/UESB (giovane.uesb@hotmail.com)

Vanessa Oliveira Nogueira de Sant’Ana – LAPELINC/UESB (nessa_ons@yahoo.com.br) Jorge Viana Santos – DELL/UESB/LAPELINC (viana.jorge.viana@gmail.com)

Sentidos

O sentido da palavra cai-cai em uma reportagem sobre apelido dado ao jogador Neymar no futebol brasileiro: um estudo à luz da Semântica do Acontecimento...43

Eloísa Maiane Barbosa Lopes – UESB (eloisamaiane@gmail.com) Lêda Sousa Bastos – UESB (leda_bastos@yahoo.com.br)

Adilson Ventura da Silva – DELL/UESB (adilson.ventura@gmail.com)

O hospital do poder: sentidos da palavra poder em um enunciado sobre o Hospital Sírio-Libanês...44

Lêda Sousa Bastos – UESB (leda_bastos@yahoo.com.br)

Eloísa Maiane Barbosa Lopes – UESB (eloisamaiane@gmail.com) Adilson Ventura – DELL/UESB (adilson.ventura@gmail.com)

Christian Grey: sargento do sexo?...45

Tyrone Chaves Filho – Labedisco/UESB (t.y.r.o.n.e.007@hotmail.com)

Sintaxe

Uma descrição do tipo e função do pronome clítico “se” em estruturas com interpolação da

negação e adjacência na história do português europeu...46

Eloísa Maiane Barbosa Lopes – UESB/LAPELINC (eloisamaiane@gmail.com)

Cristiane Namiuti Temponi – DELL/UESB/LAPELINC (cristianenamiuti@gmail.com)

Caracterização dos elementos localizadores...47

Lizandra Caires do Prado –UESB/PPGLin (caireslizandra@gmail.com)

(7)

Utilização de constituintes topicalizados nas cartas de alforria oitocentistas: uma investigação preliminar da sintaxe do corpus DOVIC...48

Silmara de Brito Silva – UESB (silvasilmara8@gmail.com)

Cristiane Namiuti Temponi – DELL/UESB (cristianenamiuti@gmail.com) Jorge Viana Santos – DELL/UESB (viana.jorge.viana@gmail.com)

Sociolinguística e Linguística Histórica

O funcionamento do item linguístico agora em ocorrência no Facebook...49

Andréia Prado Lima – UESB/PPGLIN (andreia-limma@hotmail.com)

Jorge Augusto Alves da Silva – DELL/UESB/PPGLIN (adavgvstvm@gmail.com) Valeria Viana Sousa – DELL/UESB (valeriavianasousa@gmail.com)

Advérbio aqui: uma análise do item no corpus de português popular de Vitória da Conquista...50

Andréia Prado Lima – UESB/PPGLIN (andreia-limma@hotmail.com)

Jorge Augusto Alves da Silva – DELL/UESB/PPGLIN (adavgvstvm@gmail.com) Valeria Viana Sousa – DELL/UESB (valeriavianasousa@gmail.com)

Um estudo sobre as formas de negação do português popular dos falantes de Vitória da

Conquista...51

Bárbara Bonfim Xavier – UESB (barbara.xavier92@yahoo.com.br ) Luciane Neri Pereira – UESB (lucianeneripereira@hotmail.com ) Valéria Viana Sousa – DELL/UESB (valeriavianasousa@gmail.com)

Colligendo verba oculis: proposta de chave de transcrição para um corpus do português popular de

Vitória da Conquista...52

Bruno Pacheco de Souza – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo (pacheco.letras@gmail.com)

Jorge Augusto Alves da Silva – DELL/UESB/(adavgvstvm@gmail.com) Valeria Viana Sousa – DELL/UESB (valeriavianasousa@gmail.com)

Ou isto ou aquilo: a duplicidade de sentido em questões de provas de português para concursos públicos...53

Delvarte Alves de Sousa – UESB/PPGCEL (delvartesouza@yahoo.com.br) Lucas Santos Campos – DELL/UESB/PPGCEL (lusanpos@gmail.com)

Estudos preliminares sobre a repetição na oralidade e seus aspectos funcionais: a coesividade e a compreensão...54

Lorenna Oliveira dos Santos – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística histórica e em Sociofuncionais-mo (loreoliveira@live.com )

Warley José Campos Rocha – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística histórica e em Sociofuncionais-mo (warleycampos@live.com )

Valéria Viana Sousa – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística histórica e em Sociofuncionaism (valeriavianasousa@gmail.com)

Um estudo preliminar sobre o item linguístico NÂO no corpus do português popular de Vitória da Conquista...55

Leilian França dos Santos – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e em Sociofuncionalismo (lian.franca@yahoo.com.br)

Savanna Souza de Castro – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e em Sociofuncionalismo (sa_gbi@hotmail.com)

Valéria Viana Sousa – DELL/UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e Sociofuncionalismo (valeriavianasousa@gmail.com)

(8)

Sintagma nominal de número no Serão da Ressaca: aspectos linguísticos e extralinguísticos...56

Maria Aparecida de Souza Guimarães – UESB/PPGLIN/UNEB/– UESB/Grupo de Pesquisa em Lin-guística Histórica e em Sociofuncionalismo (maparecidaguimaraes@yahoo.com.br)

Jorge Augusto Alves da Silva – UESB/PPGLIN/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e

Socio-funcionalismo (adavgvtvm@gmail.com) Valéria Viana Sousa – UESB/PPGLIN/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e

Sociofuncionalis-mo (valeriavianasousa@gmail.com)

Percepções de variação e mudança no discurso de escritores latinos: tendo Cícero como

Cicerone...57

Rafael Teixeira Gonçalves – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo (tg.rafael@hotmail.com)

Bruno Pacheco de Souza – UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo (pacheco.letras@gmail.com)

Jorge Augusto Alves da Silva – DELL/UESB/Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo (adavgvstvm@gmail.com)

Gramaticalização do verbo dar: de sentido pleno a verbo suporte...58

Luana Carvalho Coelho – UESB (luanacoelho90@hotmail.com)

Jorge Augusto Alves da Silva – DELL/UESB (adavgvstvm@gmail.com) Valéria Viana Sousa – DELL/UESB (valeriavianasousa@gmail.com)

(9)

AFASIA E PROCESSOS ALTERNATIVOS DE SIGNIFICAÇÃO: UMA ABORDAGEM DA NEUROLINGUÍSTICA

Flávia Santos Caldeira (UESB/LAPEB) flavinha_caldeira14@hotmail.com Raiane Silva Souza (UESB/LAPEN) raianes.souza@hotmail.com Nirvana Ferraz Santos Sampaio (UESB/LAPEN) nirvanafs@terra.com.br Baseando-se nos postulados da Neurolinguística Discursiva, expostos por Coudry (1988, 2008), temos como propósito explicitar a maneira como ocorre a reconstrução da linguagem de sujeitos afásicos através de uma situação comunicativa extraída de atividades em grupo. “A Neuroguística Discursiva é constituída por um conjunto de teorias e práticas, cuja concepção de lin-guagem, ao contrário de uma visão organicista, concebe língua, discurso, cérebro e mente como construtos humanos que se relacionam” (COUDRY, 2008, p. 18). Segundo Coudry (1988), a afasia é uma perturbação da linguagem em que há alteração de mecanismos lingüísticos em to-dos os níveis, quer produtivo, quer interpretativo, causada por lesão estrutural do sistema nervo-so central em virtude de acidentes vasculares cerebrais (AVC). A metodologia de pesquisa é baseada no acompanhamento longitudinal e no conceito de dado-achado postulado por Coudry (1991/1996). A coleta de dados é feita através de gravações em áudio e vídeo das reuniões em grupo que acontecem quinzenalmente no ECOA (Espaço de Convivência entre Afásicos e Não-afásicos). A análise das transcrições nos permite descrever o modo como os investigadores li-dam com as situações comunicativas, a maneira pela qual os sujeitos reagem perante suas difi-culdades e como se dá a inserção dos sujeitos no grupo, e, consequentemente, a inclusão em práticas sociais de linguagem. Assim, para que ocorra a reconstituição da linguagem é necessá-rio que haja interação social. Os dados mostram que são por meio dos processos alternativos de significação, entre eles os gestos, e a articulação deles aos processos de significação verbais que os sujeitos afásicos são entendidos e compreendem o que dizem os participantes de uma deter-minada situação comunicativa. As atividades em grupo complementam as sessões individuais, além de permitirem que o afásico entre em contato com as mais diversificadas práticas sociais de uso da linguagem, o que propicia a eles um momento de partilha de experiências e reinserção na vida em sociedade.

(10)

RECONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM NO ECOA E O CONVÍVIO SOCIAL COM SUJEITOS AFÁSICOS

Raiane Silva Souza (UESB/LAPEN) raianes.souza@hotmail.com Flávia Santos Caldeira (UESB /LAPEN) flavinha_caldeira14@hotmail.com Nirvana Ferraz Santos Sampaio (DELL/UESB/LAPEN) nirvanafs@terra.com.br Este trabalho objetiva apresentar as bases teórico-metodológicas das atividades realizadas no Espaço de Convivência entre Afásicos e não Afásicos (ECOA). O estudo é centrado no trabalho com a linguagem desenvolvido no ECOA, a partir das práticas discursivas, dos pro-cessos de significação verbais e não verbais e das propriedades interativas que constituem a realidade particular desse espaço. Este estudo articula investigação e intervenção, enfocando os encontros que acontecem quinzenalmente com os integrantes do ECOA. O material em-pírico da pesquisa é construído a partir de várias formas de registros feitos no decorrer das diversas atividades do grupo, como: filmagem e caderno de registro das anotações. Todas as atividades produzidas pelo grupo são registradas sob a forma de filmagem, ou gravação. O que facilita a constituição de um acervo que abarca todo o trabalho desenvolvido. A análise desse material é realizada por meio de transcrições dos diálogos e descrição das atividades, dos gestos e dos movimentos, através da observação dos vídeos. O diário de campo e o ca-derno de registros das sessões além de servirem como material para busca de episódios, também auxiliam no próprio momento das transcrições e das descrições – já que neles con-tém as observações registradas e elaboradas no momento ou logo após as atividades – o que torna essas formas de registro fundamentais nas possíveis leituras de indícios. A partir da análise das situações interativas, pode-se verificar que afásicos e não afásicos dividem co-nhecimentos mútuos, sejam eles verbais ou não verbais, o que possibilita que a comunica-ção seja efetivada através de práticas significativas. O sentido dos processos alternativos de significação não está predeterminado, mas é construído no momento de interlocução entre os sujeitos por meio de “uma série de fatores ântropo-culturais que qualificam a interação em foco [...]” (COUDRY, 2008, p. 12-13). As dinâmicas de grupo colocam em evidência a maneira como os sujeitos afásicos lidam com suas dificuldades e como reagem quando es-tão face a face com as dificuldades dos outros sujeitos participantes das mesmas atividades.

(11)

AQUISIÇÃO DA ESCRITA DO PORTUGUÊS POR PESSOAS SURDAS: NATUREZA GRAMATICAL DOS PROBLEMAS

Joyce Maria Sandes da Silva (UESB) jsandes.letras@gmail.com Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (DELL/UESB) adriana.lessa@gmail.com O presente trabalho tem por objetivo investigar o processo de aquisição da escrita do portu-guês por pessoas surdas e pontuar os possíveis obstáculos desse processo. A aquisição da lín-gua portuguesa por surdos, na grande maioria dos casos, ocorre como aquisição da modalidade escrita apenas, uma vez que as pessoas surdas não têm acesso ao input acústico da língua oral, o que as impede de adquiri-la. Segundo Kato (2005), assim como ocorre com a aquisição de uma segunda língua (L2), a aquisição da escrita se dá mediante acesso indireto à Gramática Universal (GU), intermediado pela modalidade falada dessa língua. Tal fenômeno perdura até que o individuo se aproprie dos valores paramétricos da L2. Todavia, a apropriação da escrita do português por pessoas surdas tem se mostrado extremamente difícil, uma vez que tal pro-cesso diz respeito à aquisição da modalidade escrita de uma língua oro-auditiva e os surdos não têm a modalidade falada dessa língua para servir de base. A partir da análise de dados de escrita do português fornecidos por um sujeito-informante surdo, filho de pais surdos, com a idade de 15 anos, cursando o 1º ano do Ensino Médio na rede regular de ensino, investigamos a natureza dos problemas gramaticais encontrados, com base no quadro teórico gerativista (Chomsky, 1981, 1995). Os resultados indicam que cerca de 90% dos problemas encontrados são de grau profundo, atingindo a composição da estrutura argumental, no que diz respeito à seleção semântica, à seleção categorial e ao número de argumentos. Concluímos que, a agra-maticalidade das sentenças analisadas é de natureza semântica e categorial, tendo, portanto, uma razão muito mais profunda que problemas de flexão verbal ou falta de artigos e conecti-vos, como pode parecer a priori. Este grau de profundidade da agramaticalidade é motivado, provavelmente, pela falta da modalidade falada do português que devia servir de ponte de acesso à GU, o que confirma a hipótese de Kato (2005) a respeito do processo de aquisição da escrita.

Palavras-chave: Aquisição de Segunda Língua; Estrutura Argumental; Inatismo; Português

(12)

AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA: DUAS TEORIAS

Tauana Nunes Paixão (UESB/LAPEN) matnpaixao@hotmail.com Silvana Perottino (UESB/LAPEN) silvana-perotino@uol.com.br O presente trabalho traz estudos realizados por duas linhas diferentes para a Aquisição da Linguagem: o cognitivismo e o interacionismo. Em algum momento essas nomenclaturas podem se confundir, pois já foram e ainda podem ser chamadas por alguns pelo mesmo no-me. Mas as teorias divergem em muitos pontos, inclusive, no quesito aprendizagem da leitu-ra e da escrita. A importância de se estudar a Aquisição da linguagem pode ser justificada pelo fato de o objeto de estudo da Linguística como ciência ser a língua (Saussure, 2006). Sendo assim, é indiscutível a importância de se procurar entender como a adquirimos. O pro-cesso de aquisição de linguagem materna é complexo e demanda diferentes posições do su-jeito perante a linguagem. A aquisição desse sistema arbitrário não depende unicamente do falante: ele precisa do outro, do meio, ele precisa estar na língua para dominá-la em seus vá-rios aspectos, seja oral ou escrito. Os estudos nessa área se iniciaram há muitos anos e teve suas primeiras impressões registradas com os diaristas. Esses primeiros observadores da fala da criança tinham o papel de escrever manualmente aquilo que elas diziam, desde as primei-ras palavprimei-ras até a, agora conhecida, a aquisição da linguagem como um todo. As anotações por eles feitas encadearam o surgimento de algumas linhas de estudo como a Psicolinguísti-ca em 1954, quando a área foi criada. Há três perspectivas importantes de como a aquisição de linguagem se dá, são elas: o Inatismo de Chomsky, o Cognitivismo de Vygotsky e o Inte-racionismo de Claudia De Lemos. O presente estudo irá se deter apenas nas duas últimas por, de certa maneira, se aproximarem mais em alguns aspectos. Não é de nosso interesse estabelecer qual das teorias apresentadas se encaixa melhor em pesquisas da área, muito me-nos atribuir juízo de valor. Apenas desejamos apresentar uma breve discussão a respeito de como a leitura e a escrita é vista em interacionismos distintos.

(13)

O RIO CACHOEIRA E A RELAÇÃO COM A HISTÓRIA E A IDENTIDADE DOS ITABUNENSES.

Elijersse dos Santos (UESC) elijersse@outlook.com Flávia Queiroz Menezes(UESC)

flaviaqmenezes@hotmail.com Reheniglei Rehem(UESC)³

r_rehem@yahoo.com.br Apresenta-se, neste trabalho, um relato de experiência sobre a oficina "Água: História, Identi-dade e Vida", aplicada nos dias 13 e 15 de maio de 2013, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Itabuna - BA, para os alunos do 1º ano noturno, pelas bolsistas-discentes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES/UESC-Letras, ati-vidade concernente ao projeto Letramento Digital e Escrita Colaborativa em Língua Portu-guesa, coordenado e orientado pela professora Reheniglei Rehem, com a supervisão da bolsista-supervisora, professora Joelma Andrade. Essa oficina foi criada a partir de um projeto desenvolvido no próprio Colégio Modelo, intitulado Educação do Patrimônio Artísti-co (EPA) o qual visa incrementar as práticas culturais no campo da história, da arte, da ju-ventude e do patrimônio, em vista da preservação da memória cultural e à democratização dos saberes e dos espaços históricos. Trata-se de ações fundamentais para o exercício do di-reito à cultura, para a defesa dos valores históricos e artísticos, com vistas à formação de uma nova mentalidade cultural e ao estímulo das práticas culturais de preservação do patrimônio baiano. A oficina teve como enfoque central a conscientização dos alunos a respeito da im-portância da água para o meio ambiente e a sobrevivência das espécies. Os aspectos históri-cos, sociais e culturais de um povo, a partir da sua relação com a Natureza, no nosso caso, com o rio Cachoeira, recurso hídrico que banha e corta a cidade de Itabuna, localizada na re-gião cacaueira sul baiana. Com metodologia do tipo intervenção interativa, os alunos foram motivados a fazer uma reflexão crítica do referido tema a partir de leitura e discussão de tex-tos referenciais e literários, a exemplo de artigos de jornais e revistas especializadas e de poe-mas, como o "Diante do Rio", de Cyro de Matos, escritor local. Esta experiência possibilitou que o aluno tivesse contato com diversos gêneros textuais (poemas, blogs, sites, biogra-fia, etc), em ambiente informatizado e propulsor à interação efetiva entre os agentes, alunos, professores e bolsistas do PIBID-Letras da UESC, nesta experiência de iniciação à docên-cia. Espera-se contribuir com as discussões sobre o ensino de língua e literatu-ra portuguesa, bem como a formação do professor de língua materna.

(14)

O CASO DO ENSINO DA GRAMÁTICA NORMATIVA EM SALA DE AULA: CO-MO TRANSPOR AS REGRAS DESSA GRAMÁTICA PARA CONTEXTOS DE USO

DA LÍNGUA.

Eloísa Maiane Barbosa Lopes (UESB) eloisamaiane@gmail.com Denise Aparecida Brito Barreto (DELL/UESB) deniseabrito@gmail.com O ensino e aprendizagem da Gramática Normativa (doravante GN) em sala de aula é uma problemática interessante, preocupante e que deve sempre ser repensada por professores e por pessoas que estudam e pesquisam acerca das práticas de ensino de língua materna, visto que como nos afirma Bagno (2009), é impossível conceber a língua sem a sua gramática, pa-ra ele o problema está na ideia errônea de ensinar gpa-ramática a partir da decopa-ração de suas nomenclaturas e definições (cf. BAGNO, 2009, p. 164). Destarte, esse trabalho se justifica na medida em que propõe repensar, observar e analisar o ensino de GN, mais especificamen-te do conespecificamen-teúdo de Concordância Verbal (doravanespecificamen-te CV), bem como desenvolver métodos de ensino desse conteúdo que possam ser mais eficazes. Essa pesquisa é um Estudo de Caso que apresenta uma observação sobre o ensino da GN em sala de aula, especificamente o conteú-do de CV, bem como conhecer e identificar possíveis falhas, com vistas a uma intervenção didático-pedagógica baseada em Planos de Aula. Nesse intuito, fizemos um levantamento teórico do nosso objeto, Gramática Normativa em sala de aula, e a luz das ideias de autores como Possenti (1996) e Bagno (2009), dentre outros, construímos um questionário que fora aplicado a professores do Ensino Médio de Língua Portuguesa com questões referentes ao caso. Posteriormente, analisamos os questionários para entendermos o tratamento do conteú-do em sala de aula. Pensanconteú-do nesse tratamento, também, orientamo-nos por análises de Li-vros Didáticos, sendo dois deles referenciados pelos professores questionados e outro utiliza-do pela escola onde os mesmos trabalham, bem como em Compêndios Gramaticais selecio-nados por nós. Com os resultados das análises foi possível se pensar em uma nova metodolo-gia de ensino da gramática, o qual se resultou em planos de aula. Os resultados deste traba-lho confirmam e afirmam que existem, ainda, muitas falhas no ensino de nossa língua, par-tindo do trabalho com os conteúdos da GN em sala de aula, e que muito ainda deve ser feito, e é possível se fazer, nesse aspecto. Diante disso, o que propomos e apresentamos neste tra-balho, além de um estudo de caso a respeito da GN no contexto escolar, foi, como resultado, uma metodologia que seja mais atraente aos alunos e que possa ser, de fato, “eficaz” para esse ensino e, consequentemente, para aprendizagem dos conteúdos gramaticais no aperfei-çoamento das práticas de uso da língua. Contudo, não nos foi possível aplicar nossa metodo-logia, portanto não podemos, neste momento, comprovar “essa sua eficácia”. Entretanto, es-tamos cientes que, de certa forma, contribuímos e avançamos na tentativa de solucionar o problema do ensino gramatical.

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PRESSUPOSTOS PARA A RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

Emiliane Santana Gomes (UNEB) emilianesantanagomes@gmail.com Emanuelle Rodrigues Loyola (UNEB) manu.loyola@hotmail.com Luzia de Oliveira Santos (UNEB) luzy.santos@hotmail.com

Este trabalho trata das questões relacionadas às variedades atinentes à Língua Portuguesa. O idioma português é reconhecido como um dos mais complexos que existe. Isso se dá, principal-mente, pela forma como o ensino deste é transmitido em muitas instituições escolares: de ma-neira extremamente tradicional, sem se levar em consideração as mutações que têm ocorrido em nossa língua materna no decorrer dos tempos. Os estudos linguísticos, a Linguística e a Linguística Aplicada contribuíram muito nos últimos anos, para as práticas de ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna. Partindo do pressuposto de que a Língua não é unívoca, pretende-se através das abordagens diacrônica, diastrática e diatópica da escrita e da oralidade, demonstrar que a Língua é tão dinâmica quanto os/as falantes e escrito-res/as que a empregam. Tendo como base os referencias teóricos de Bagno, Possenti e Soares, apontar que o “preconceito linguístico” se encontra arraigado na ideia de classes consideradas “superiores” e “inferiores” atingindo a sociedade através do conceito de línguas “melhores” ou “piores”. O fato é que isso é cientificamente inaceitável e o que há são diferenças na língua, simplesmente. E, quanto ao conceito de língua superior e inferior, este se estenderá enquanto não houver o total entendimento por nossa própria língua. Sendo assim, é preciso respeitar a diversidade da Língua Portuguesa. E por que não Língua Brasileira? Portanto, é necessário que todas as variantes sejam incluídas no currículo. E, a partir de tal reconhecimento, saber qual a situação adequada para o seu uso. Abordar-se-ão, também, as novas possibilidades de uso da escrita; e as modificações contemporâneas ocorridas nos usos formal e informal da linguagem. Assim, este trabalho se baseia numa reflexão crítica acerca da questão do “certo” e do “errado” na língua portuguesa brasileira, cumprindo o papel de desafiar a todos os/as educandos/as, edu-cadores/as e pesquisadores/as para militar contra todo tipo de preconceito que existe em rela-ção à nossa língua, seja no aspecto linguístico seja no social.

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(RE)AÇÕES DIDÁTICAS: REESCRITA E RETEXTUALIZAÇÃO COMO GESTOS DE DOCÊNCIA EM TORNO DO GÊNERO LEGENDA.

Flávia Silene Santos Correia (UESB/ PIBID) flavia11silene@hotmail.com Ester Maria de Figueiredo Souza (DELL/UESB)

emfsouza@gmail.com

Professores de Língua Portuguesa concentram seu trabalho em três práticas: leitura, escrita e análise linguística. Nesse âmbito se encontram a reescrita textual e a retextualização, objetos de nossa pesquisa. Observações acerca da ação pedagógica na sala de aula, campo de pesqui-sa, tem demonstrado que o professor limita a correção da escrita de seus alunos a questões lin-guísticas, relegando o trabalho com aspectos discursivos e sociocomunicativos do texto. Dessa forma, o docente desenvolve ação didática que não prioriza os aspectos interacionais, defendi-dos por uma perspectiva sociointeracionista da língua(gem), além de não despertar no aluno o senso crítico relativo aos possíveis usos da língua. Dos dados da pesquisa em desenvolvimen-to, constatamos nas aulas de língua portuguesa observadas que o professor não promove à adaptação de uma modalidade textual a outra modalidade, enfocando as estratégias de retextu-alização e reescrita. À vista disso, o êxito da reescrita e da retexturetextu-alização consiste no traba-lho com a transposição didática que incorpora como recurso didático o discurso textual do alu-no, a fim de realçar o uso dos elementos linguístico-semânticos e os elementos pragmáticos, e promover a criatividade do discente no uso da língua(gem) e a reflexão do mesmo acerca de seu próprio texto, revelando os gestos de docência para o ensino e aprendizagem da escrita na escola. Para ilustrar os dados, analisamos uma atividade didática de produção de texto com o gênero textual legenda a partir da interação com outros gêneros. Apresentamos, neste trabalho, uma proposta vinculada a pesquisa em curso do Núcleo de Linguagens PIBID (Programa de Iniciação à Docência – CAPES) e IC (Iniciação Científica) Letras UESB que tem como finali-dade investigar as especificifinali-dades do ensino de Língua Portuguesa no ensino fundamental e médio da rede pública no município de Vitória da Conquista, BA.

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O DIALOGISMO NO GÊNERO DISCURSIVO AULA: PROPOSIÇÕES NECESSÁRIAS

Jéssica Stefhânia Figueiredo Rocha (PPGCEL –UESB) stefhhani.figueiredo@gmail.com Ester Maria de Figueiredo Souza (PPGCEL –UESB) emfsouza@gmail.com

Orientando-nos pelos estudos da teoria dialógica da linguagem referenciada no Círculo de Bakh-tin (1986, 2003), bem como nos estudos da interação didática no ambiente aula (MATENCIO, 2001), tomamos o discurso didático como objeto de análise e lugar de (re)construção das identi-dades de professor e alunos. A sala de aula é, nessa medida, pensada como um gênero do discur-so (BAKTHIN 2003, MATENCIO, 2001) que se orienta por percurdiscur-sos interativos a fim de se analisar as diferentes vozes, valores mutáveis e concorrentes a elas subjacentes, por meio das quais docente e discente(s) re(a)presentam-se discursivamente na sala de aula, por meios de seus dizeres e silêncios constitutivos da dialogia (a interação discursiva entre docente e discente é firmada por circunstâncias que expressam a contraposição de lugares). Episódios de aulas trans-critas de Língua Portuguesa são trazidos para demonstrar de que modo essa dialogia pode lin-guisticamente se materializar. Para a análise discursiva desses episódios foram atualizadas as noções de referente, objeto de discurso e pré-construído. Como metodologia de trabalho agenci-ada para geração e tratamento dos dados, recorremos a princípios da abordagem etnográfica de pesquisa (ERICKSON, 1973, 2004) com vistas a análises qualitativas (FLICK, 2005). A análise dos dados atestou que os papéis sociointeracionais de professor e alunos, embora sejam comple-mentares, são constituídos por meio da ambivalência discursiva da dialogia presentificada no gênero aula. Assim, este trabalho debruça-se sobre a noção do dialogismo, ainda implícita no discurso didático, de modo a favorecer a ambivalência e simultaneidade dos papéis discursivos na aula, revigorando os usos da palavra na e para a convivência intersubjetiva que a sala de aula como contexto interacional e institucional efetiva e também representa; busca-se também, a va-lorização da diversidade cultural presente no espaço escolar cabendo ao professor levar em con-sideração tal diversidade para que promova momentos de interação entre os sujeitos e, assim, possibilite a construção de novos conhecimentos.

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(RE)PENSANDO A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DE PRÁTICAS DISCURSIVAS NA SALA AULA: UM OLHAR DE PROFESSORES EM

FORMAÇÃO

Juliet Aparecida de Jesus Sousa (UESB) julietsousa@hotmail.com Joyce Maria Sandes da silva (UESB) jsandes.letras@hotmail.com Raiane Silva Souza (UESB) raianes.souza@hotmail.com Neste trabalho buscamos pensar um outro caminho para o ensino de Língua Portuguesa que não o ensino tradicional. Para tanto, propomos um diálogo entre as concepções de leitura, produção de texto e práticas discursivas, a fim de apresentar uma práxis para o ensino de L.P. Segundo Bezerra (2002), o ensino de L.P. no Brasil tem sido ancorado pelas práticas tradicio-nalistas, as quais apontam a exploração da gramática normativa, em sua perspectiva prescriti-va e analítica, como a melhor alternatiprescriti-va para o ensino-aprendizagem. A nossa defesa é de que para que ocorra o processo de aprendizagem é preciso que a escola seja um espaço de so-cialização, os conteúdos devem se relacionar à história de vida do sujeito e à cultura. Portan-to, é necessário que o trabalho em sala de aula se baseie em práticas discursivas, ou seja, em “[...] uma situação de uso efetivo da linguagem da qual participam pessoas (alunos e profes-sores) que têm uma língua comum, fazendo uso de diferentes gêneros de discurso [...] (BAKHTIN, 1952-53/ 1997 apud COUDRY; FREIRE, 2005, p.17)”. A abordagem da pes-quisa de cunho etnográfico (PEIRANO, 1992; ERICKSON, 1973, 2006; GREEN; DIXON; ZAHARLICK, 2005) e a abordagem qualitativa (FLICK, 2005) orientam a pesquisa em cam-po. Dentre os instrumentos de pesquisa geradores de dados estão o diário de campo utilizado para o registro das observações e atividades didático-pedagógicas aplicadas em uma turma de 9º ano do ensino fundamental da rede pública de ensino no município de Vitória da Conquista – Bahia. Os resultados desse trabalho revelarão, além de outros fatores, a nossa percepção enquanto professores em formação e pesquisadores em processo inicial, o modo como temos olhado para o conhecimento científico e a maneira como transpomos esse conhecimento para a prática pedagógica. Acreditamos que, por meio da discussão de conceitos ligados ao ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa e na transposição destes conceitos para atividades didáti-cas, propiciaremos aos alunos um processo de experiência concernente às práticas discursi-vas, ou seja, para que se apropriem das competências linguísticas de forma significativa.

Palavras-chave: práxis educacional; ensino-aprendizagem; leitura e produção de texto;

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QUADRINHOS NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: UMA INVESTIGAÇÃO SO-BRE O USO DAS TIRINHAS COMO INSTRUMENTO DE APRIMORAMENTO DA

LEITURA E DA INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Lêda Sousa Bastos (Autora-UESB) leda_bastos@yahoo.com.br Denise Aparecida Brito (Orientadora-UESB) Fernanda de Castro Coelho (Co-orientadora-UESB) O presente trabalho objetiva apresentar a noção do gênero tirinhas obtida a partir de uma in-vestigação em uma turma do sétimo ano do Ensino Fundamental, em uma escola municipal da rede pública de ensino, cujo instrumento de pesquisa consistiu em um questionário que conti-nha perguntas sobre o gênero em questão. Esse trabalho fora realizado durante dois semestres nas disciplinas Estágio Supervisionado I, com a construção de um projeto, e Estágio Supervi-sionado II, com o desenvolvimento de um artigo a partir da realização da pesquisa supracita-da, respectivamente, sob a orientação das professoras doutoras Fernanda de Castro Coelho e Denise Aparecida Brito. Desse modo, o trabalho em questão apresentará a pesquisa efetivada com alguns alunos do período escolar já mencionado parte do intuito de conhecermos o conta-to e o conhecimenconta-to que esses alunos têm acerca do gênero que está sendo apresentado. Sen-do assim, a partir Sen-dos resultaSen-dos Sen-dos questionários selecionaSen-dos, intencionamos expor como as tirinhas são vistas pelos alunos do sétimo ano e qual a sua função na concepção destes alu-nos. Além disso, apresentaremos o conceito de gênero textual, do gênero tirinhas e das habili-dades de leitura e interpretação, bem como a construção do sentido do texto presente nos qua-drinhos a partir dessas habilidades relacionadas a outros conhecimentos previamente adquiri-dos pelos alunos. Desse modo, no presente trabalho, desenvolvido, objetivamos investigar co-mo o gênero tirinhas pode auxiliar os alunos, desde o ensino fundamental, no aprico-moramento da leitura e da interpretação textual, de modo que possa contribuir para um bom desempenho dessas habilidades em etapas de escolarização posteriores. Para tanto, é imprescindível que esbocemos os resultados da pesquisa sobre a concepção que os alunos do período escolar em questão apresentam sobre o gênero tirinhas, bem como a noção do aperfeiçoamento dessas duas habilidades nestes quadrinhos, os quais podem colaborar para a melhoria de ambas as habilidades.

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LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS: MAPEAMENTO DE UM GÊNERO

Marineide Freires Caetité (UESB/PIBID) marifreires100@gmail.com Ester Maria de Figueiredo Souza (DELL/UESB) emfsouza@gmail.com

O trabalho aborda sobre o livro didático de português – LDP, como um gênero discursivo com-plexo, sob a compreensão da Teoria dos Gêneros do Círculo de Bakhtin, apresentando a análise de um livro selecionado para uso nas escolas públicas, por meio do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD, do Ministério da Educação do Brasil. É desdobramento de reflexões dos en-contros de orientação e formação do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, do subprojeto Letras, do Núcleo Linguagens. É uma realidade que o livro didático é um insumo que organiza o ensino das disciplinas escolares. Essa realidade é questionável e reveladora de concepções e ideologias de metodologia de ensino de língua. O material foi analisado a partir do mapeamento da presença e recorrência dos gêne-ros e tratamento didático indicado como atividade de ensino conferido no material aos gênegêne-ros textuais e ao gênero textual tirinha, sendo expostos os resultados por meio de quadros e tabelas comparativas, destacando-se o gênero tirinha, investigando-se como se dá a recorrência desse gênero e como o mesmo é abordado no livro didático-objeto de análise. A análise discursiva foi desenvolvida para que se percebessem os propósitos didáticos requeridos com as atividades que contemplavam a tirinha como texto-base e, nessa medida, objeto de reflexão. Como resultado inicial dos dados, verificamos uma pequena recorrência de gêneros textuais no livro didático analisado, somando um total de 24 distintos gêneros. Mesmo englobando os três anos do Ensino Médio, em alguns capítulos do livro analisado, constatam-se a ausência de gêneros e a aborda-gem fragmentada dos mesmos no objeto de análise selecionado. Expõem-se, ainda, resultados que mobilizam reflexão sobre os usos de estratégias didáticas discursivas para o trabalho com o gênero tirinha nas aulas de português e sobre a concepção de linguagem presente no livro didá-tico analisado.

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O GÊNERO TEATRO E A SUA RELAÇÃO COM SUJEITOS SURDOS NA SALA DE AULA- UM ESTUDO DE CASO.

Nayra Marinho Silva (UESB) nmsilva06@hotmail.com

Este trabalho objetiva analisar com base na visão bakhtiniana acerca dos gêneros textuais, o uso do teatro como instrumento de comunicação para alunos surdos matriculados, na rede re-gular de uma escola estadual de Vitória da Conquista. Pretende-se por meio desse estudo, ava-liar a produção textual desses alunos disposta em etapas, de acordo com a proposta de Schneu-wly e Dolz (2004). Para isso, a análise foi distribuída segundo as etapas discriminadas por es-ses autores e cada fase do processamento textual realizada pelos dois alunos também foi obser-vada. Através dessa pesquisa, procurou-se aprofundar o conhecimento a respeito do gênero estudado, o teatro. Conhecer acerca da sua forma estrutural, apresentar as concepções filosófi-cas que permearam a configuração inicial desse gênero e tratar da sua relação com sujeitos sur-dos. Para os referidos autores, o gênero é tratado como ‘megainstumento’ de comunicação. Em outras palavras, a comunicação é baseada nos gêneros e agir por meio deles é apropriar-se, é alcançar um domínio discursivo. É sabido que o teatro pode orientar-se no diálogo, no monólo-go, no gesto e movimento. Nesse sentido, atenta-se para um teatro do silêncio do corpo e do grito que toca sensivelmente o espectador que se debruça diante dessa produção feita por alu-nos surdos. Pois “a voz” do surdo é a sua mão; ao alu-nos atentarmos para essa “voz”, notamos como eles concebem a palavra escrita. Cabe salientar que o presente gênero também pode ser tomado como recurso para que o professor ouvinte interaja mais com o seu aluno surdo. As-sim, o educador se aproximará mais desse alunado inserindo o gênero no ensino de língua ma-terna, ou mesmo intermediando o aprendizado do aluno com o meio em que ele se encontra inserido. O acompanhamento dessa pesquisa permite-nos examinar como esses dois alunos se apropriaram do gênero tratado como instrumento de comunicação, tendo como base os concei-tos sobre gêneros textuais edificados na teoria bakhtiniana.

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O CONCEITO DE LETRAMENTO DIGITAL E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM

Sara Rodrigues de Queiroz (UESC/PIBID) sara_rqueiroz@hotmail.com

Reheniglei Rehem (UESC/PIBID)

r_rehem@yahoo.com.br O presente artigo tem como objetivo nortear alguns conceitos acerca do significado de uns dos

termos mais utilizados atualmente: letramento digital. A princípio analisaremos o letramento digital e a sua contribuição para o desenvolvimento de novos suportes textuais e de habilidades tanto na leitura quanto na escrita mediante o contexto do hipertextual. Analisaremos de que for-ma essas ferramentas contribuem no processo ensino/aprendizagem e como poderíamos traba-lhar com esses novos gêneros virtuais. Nesse contexto, deve-se pensar em uma educação de qualidade e inclusiva, que possa preparar os alunos para interagir no meio social de forma cons-ciente e autônoma, com um espírito crítico reflexivo, ou seja, preparar o indivíduo para que ele não se deixe levar pelo excesso de informações midiáticas sem se pronunciar a respeito. Tam-bém será exposto aqui um relato acerca do projeto Pibid (Programa Institucional de bolsa de Iniciação à Docência) cujo principal enfoque é o letramento digital e a escrita colaborativa. O letramento digital foca os aspectos sociais e históricos, é um meio de interação entre os indiví-duos. Assim, no processo de aprendizagem o aluno tem a possibilidade de, nas práticas de leitu-ra e escrita, interpretar e repercutir sua interpretação no seu convívio social, avançando nas prá-ticas de interação e intervenção com o texto. Defendemos aqui a inclusão digital propagada ao letramento digital, visto que não basta somente que o indivíduo tenha o acesso às tecnologias da informação e comunicação, e sim que avance da mera utilização funcional para o patamar de interatividade. As possibilidades de comunicação que encontramos hoje na sociedade através das tecnologias e mídias nos propõem repensar nosso processo de ensino e aprendizagem. Hoje as tecnologias digitais são uma realidade, e despontam novas modalidades de leitura e escrita, desencadeando novas práticas e eventos de letramento. O letramento digital é uma nova forma de

práti-ca de leitura e escrita. Com novos gêneros e suportes também vem os novos desafios, mas em geral,

percebemos que os alunos conseguem desenvolver trabalho de forma efetiva. Eles estão viven-do em uma era em que o papel esta coexistinviven-do com o texto digital mediaviven-do pela mecânica da web, que se apresenta a partir de uma tela. Este suporte para a interação, aberto como um novo espaço de escrita altera os processos de construção do texto e as estratégias de leitura desenca-deando mais um patamar no processo de letramento. O ambiente virtual remodelou o espaço de escrita. Do papel para a tela, diferentes habilidades despontaram como necessárias. Assim, con-sideramos importante fazer um estudo das regras não-oficiais de comportamento nas ferramen-tas da internet como Blog, Twitter, Orkut, MSN, Facebook, E-mail.

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E PROPOSTAS PEDAGÓGICAS AVALIATIVAS NO ENSINO SUPERIOR: UMA VISÃO CRÍTICA DO DISCENTE

Sérgio Machado de Araújo (UESC) sergiouesc@hotmail.com Este trabalho traz à discussão uma temática pouco pesquisada e analisada no contexto acadê-mico. Na verdade, discutimos muito sobre metodologias inovadoras e criativas, material didá-tico para fins específicos, entre outros elementos que cercam o processo de ensino-aprendizagem no ensino superior. Mas limitamos a nossa pesquisa quando falamos sobre a mudança metodológica que deveria ser feita a partir de uma pontuação ou sinalização do alu-no. A formação do professor no ensino superior não deve está voltada apenas para sua realiza-ção profissional, mas para a necessidade cultural e social do aluno. Para isso, busco destacar nessa pesquisa a necessidade de projetos pedagógicos e uma inovação curricular capaz de tra-zer ao aluno a aplicação de conteúdos significativos em seu cotidiano. A criação e o desenvol-vimento de projetos pedagógicos no ensino superior precisa ter o objetivo de inserir um aluno “diferenciado” numa sociedade carente de olhares críticos; é sobre este ponto de partida que se faz necessário uma modificação curricular, a avaliação, pois o processo avaliativo não deve está voltado apenas para a aquisição de conteúdos programáticos, mas na efetivação desse co-nhecimento no desenvolvimento intelectual, profissional e sociocultural do indivíduo como parte integrante de uma universidade constituída de formadores de opiniões. O ensino superior não deve ser um filtro selecionador, mas uma porta aberta para os que buscam o conhecimento. Com isso, compreende-se que a universidade é o campo cultural onde o indivíduo tem a opor-tunidade de buscar algo além do conhecimento teórico ou a prática e efetivação do conheci-mento adquirido no ensino superior, mas o campo social que ajudará o aluno a transformar seus conhecimentos teóricos em práticas sociais. Para tal, a fundamentação teórica deste traba-lho inclui Ausubel (1980), Marcuschi (2005), Masetto (2012), Gavaldon (2003), Carpinelli (2003), Faraco e Tezza (2010), entre outros. Entende-se que resultados positivos na qualidade do ensino universitário só chegarão ao alvo com a consideração do olhar crítico-avaliativo do aluno sobre sua própria formação acadêmica e futura atuação profissional.

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A IMPORTÂNCIA DAS INTERVENÇÕES DIDÁTICAS MEDIADAS PELO PIBID NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LEITURA E LITERATURA

Sheila Ferreira dos Santos (UESB/PIBD) sheila_fsantos@hotmail.com Ester Maria de Figueiredo Souza (DELL/UESB) emfsouza@gmail.com Este trabalho objetiva responder a seguinte quentão: Quais as contribuições do PIBID para o ensino de literatura e a formação do professor? Ela será abordada tanto do ponto de vista teó-rico como prático, utilizando para isso alguns arcabouços metodológicos. Também será dis-cutido o quão importante o programa é para o aperfeiçoamento do graduando. Partindo das experiências como bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docên-cia), que vão desde estudos teóricos à praticas metodológicas, será enfocado uma intervenção didática sobre ensino de literatura, numa turma de 6° ano do ensino fundamental, com o gê-nero contos em sala de aula aplicados de uma forma mais lúdica onde a criança teve espaço para refletir sobre sua impressão do texto lido. Descrevemos as etapas pelas quais os gradu-andos tiveram que passar para o planejamento da intervenção didática, tais como: pesquisa etnográfica, planejamento e os resultados da aplicação didática. A literatura na sala de aula será apresentada como um instrumento humanizador que tem seus atributos negligenciados por muitos professores de Português. Entende-se por Humanização o ato de civilizar e tornar humano o outro. No âmbito escolar isso se daria no processo de crescimento do aluno, fazen-do com que este adquirisse senso critico. Como se sabe a relevância da escola na vida fazen-do es-tudante vai além de aprendizado de conteúdos fechados em si. Esse eses-tudante precisa ter o discernimento das coisas que o rodeia. A literatura tem esse poder nas mãos por que através dela o professor pode trabalhar com áreas diversificadas do conhecimento, tais como: filoso-fia, sociologia, política, etc. Em muitos casos a mesma é somente vista como algo que serve para entretenimento e não tem todos os seus “dotes” utilizados pelo professor em sala. Um livro pode acarretar um circulo de discussões muito ricas que contribuem para a formação do adolescente.

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AULA DE PORTUGUÊS: ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS NA MICROINTERAÇÃO COM A RÉPLICA ATIVA

Virgínia Vieira da Silva (UESB/ PIBID) v-v-s2011@hotmail.com Ester Maria de Figueiredo Souza (DELL/UESB)

emfsouza@gmail.com Neste trabalho, resultante de pesquisa do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência, do sub-projeto Letras UESB, do Núcleo Linguagens refletimos sobre a aula como um gênero do dis-curso, enfatizando a responsividade da interação na aula de língua portuguesa. De acordo com Souza (2011) faz necessário um olhar direcionado par a relevância “... das contrapalavras, da réplica, da resposta bakhtiniana, pois a palavra coloca o outro na responsabilidade de respondê-la”. O que leva a crer que a palavra não se transforma apenas em palavra para responder a uma resposta, ela então, ao ser acionada precisaria sentidos múltiplos, mesmo porque, ora constrói, ora é desconstruída e é perpassada pelo outro, esse que por sua vez, é capaz de (re)criá-la ou mesmo (re)pensá-la. Focalizar o processo de interação verbal da aula e o uso de estratégias di-dáticas é um cenário que se descortina para a pesquisa, visto a relevância para o campo de estu-dos da linguística Aplicada para que “a microinteração seja incorporada ao quadro da interação principal” (COELHO, 2011). Referenciamos na Teoria Dialógica da Linguagem – TDL, nas contribuições Bakhtin (2003) nas aplicações dos conceitos de enunciado, dialogia e interação verbal para interpretar a dinâmica discursiva da aula de português, a fim de tipificá-la em um contexto social que se orienta para responder e indicar as significações de “como /por quê / para quê” se ensina determinados conteúdos didáticos. Busca-se indicar as estratégias discursi-vas da microinteração na aula, como a réplica ativa, escolhendo esse tipo de interação como o mais favorável para o exercício da autonomia discursiva na sala de aula, rompendo com o pa-drão I-R-A da circularidade da pergunta didática. A descrição etnográfica da sala de aula é a nossa opção metodológica, expondo-se os resultados da imprescindibilidade das trocas e turnos conversacionais, bem como o estabelecimento das práticas discursivas orais como um agir co-laborativo dos sujeitos escolares – professor e aluno - que, por meio das práticas com a lingua-gem, assumem posições argumentativas reveladoras de valores éticos circulantes na aula.

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A VOGAL /i/ EM CONTEXTO DE AFIRMATIVA, INTERROGATIVA E EXCLA-MATIVA: DADOS PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE ACÚSTICA

Alcione de Jesus Santo (UESB/LAPEFF) alcionejs@yahoo.com.br Vera Pacheco (DELL/UESB/LAPEFF) vera.pacheco@gmail.com Marian dos Santos Oliveira (DELL/UESB/LAPEFF) mdossoliveira@gmail.com

Com base nos pressupostos teóricos da teoria de produção da fala ou Teoria Fonte-Filtro, de Fant (1960), as vogais possuem características acústicas que estão diretamente relacionadas aos seus aspectos articulatórios. Assim o padrão formântico de uma vogal relaciona-se direta-mente com a forma como uma vogal está sendo articulada. Uma vogal, contudo, nunca ocorre isoladamente em um enunciado. As vogais constituem núcleos silábicos de palavras inseridas em sentenças que pode apresentar diversos padrões melódicos. Diante disso, este trabalho ob-jetiva demonstrar a forma como os padrões melódicos e formânticos se interagem. Neste pro-pósito, analisamos a configuração formântica das vogais altas em sentenças afirmativas, ex-clamativas e interrogativas, partindo da hipótese de uma alteração no padrão formântico des-sas vogais consequente das variações melódicas de frases. Essa pesquisa contou com a parti-cipação de um falante do gênero feminino nativo do português brasileiro. Os dados resultan-tes da gravação, via Audacity, de leitura de doze sentenças, produzidas em cartões, sendo quatro interrogativas, quatro exclamativas e quatro afirmativas, nas quais estavam as palavras com a vogal /i/ em sílabas tônicas, foram analisados por meio do Praat, para a caracterização dos padrões formânticos das vogais altas produzidas pelo informante. Os valores das frequên-cias formânticas foram submetidos à ANOVA de Kruskall-Wallis, com vistas a avaliar se as médias obtidas dos três primeiros formantes em afirmativa, interrogativa e exclamativa são diferentes entre si. A análise da integração dos parâmetros acústicos segmentais e variações melódicas é um tópico pouco explorado na literatura. Os resultados aqui encontrados para a vogal /i/, um estudo de caso, mostram que a configuração formântica de uma vogal pode so-frer alterações significativas nos três padrões melódicos estudados. O valor de p encontrado para o contraste de F1 da vogal /i/ em afirmativa, interrogativa e exclamativa foi maior que 0.05, o que significa que para a vogal em questão seu grau de abertura não é alterado quando produzida nos contextos melódicos investigados. Valores de p menores que 0.05 são, contu-do, encontrados para os contrastes de F2 e F3, o que sinaliza que essa vogal realiza-se com valores dos segundo e terceiro formantes significativamente diferentes a depender do padrão melódico. Considerando os resultados obtidos, pode-se afirmar que a vogal não altera seu grau de abertura quando se encontra em contextos melódicos de afirmativa, interrogativa e exclamativa, isso porque não foi atestada diferença significativa, para o sujeito avaliado, entre as médias de F1. Mas alterações de F2 e F3 foram encontradas, o que são fortes evidências de que o sujeito avaliado produz a vogal com diferentes níveis de movimento da língua na área sagital e com tamanhos da cavidade anterior e posterior diferentes.

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O PAPEL DA DURAÇÃO VOCÁLICA NA CARACTERIZAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS REALIZADAS POR CONQUISTENSES

Jéssica Ribeiro de Oliveira (UESB/LAPEFF) oliveira.jessicaribeiro@gmail.com Vera Pacheco (DELL/UESB/LAPEFF) vera.pacheco@gmail.com Jaciara Mota Silva (UESB/LAPEFF) jaciaramotasilva@gmail.com A duração que, segundo Cruttenden (1986), é a quantidade de tempo durante o qual uma unida-de linguística é produzida, é um importante parâmetro para a caracterização dos sons unida-de uma dada língua. É também um parâmetro acústico fortemente associado à tonicidade silábica: síla-bas tônicas tendem a ter seus constituintes com maior duração do que os de sílaba átona. Pen-sando no papel da duração vocálica na caracterização do falar de conquistenses, esta pesquisa traz à baila uma investigação acústica sobre a influência da consoante, no que se refere ao seu modo e ponto de articulação, na caracterização das vogais médias abertas [é] e [ó] em sílaba pretônica, realizadas por indivíduos naturais de Vitória da Conquista/BA. A realização desta pesquisa contou com a elaboração de um corpus constituído por palavras oxítonas e com o nú-cleo da sílaba pretônica ocupado pelas vogais médias. Essas palavras foram inseridas na frase veículo “Digo XXX baixinho”. As frases-veículo impressas em cartão branco foram apresenta-das aos sujeitos da pesquisa que deveriam lê-las por quatro vezes por sujeitos naturais de Vitó-ria da Conquista. As gravações dessas leituras foram realizadas em microfone profissional em cabine acústica. Foi mensurada a duração relativa das vogais (duração segmental/pela duração total da palavra * 100) obtida por meio do programa Praat. Os escores brutos foram submetidos à Anova de Kruskal-wallis. Foram consideradas diferenças significativas entre as médias valo-res p menovalo-res que 0.05. A análise estatística foi realizada pelo BioEstat. Os valo-resultados encon-trados mostram diferença significativa entre os valores das sílabas tônica e pretônica na análise de duração. A sílaba tônica apresentou valores maiores que a pretônica. Foi possível verificar, também, o fato de que para a maioria das ocorrências, o ponto e o modo de articulação não con-ferem as vogais resultados diferentes dos que são encontrados em análises gerais das mesmas. Dessa forma, pode-se afirmar que as consoantes adjacentes às vogais não influenciam em sua duração relativa.

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EXCLAMATIVAS EM FOCO: UMA ANÁLISE ACÚSTICA DA CURVAVA DE F0 Juscelia Silva Novais Oliveira (UESB/LAPEFF)

juscelyaoliveira@gmail.com Vera Pacheco (DELL/UESB/LAPEFF)

vera.pacheco@gmail.com Marian Oliveira (DELL/UESB/LAPEFF) mdossoliveira@gmail.com

A entoação assume um papel importante no processo comunicativo de uma língua. A partir dela é possível, numa situação sócio comunicativa, identificar marcas dialetais, como também marcar a atitude de um falante. No Português do Brasil, a entoação, entre outras, tem a função de diferenciar as orações, de forma a provocar diferenças semânticas ou pragmáticas. A partir da estrutura dos contornos melódicos (ascendente/descendente), é possível distinguir, na fala, enunciados interrogativos de assertivos, por exemplo. A entoação possui também, dentro de um contexto comunicativo, uma função expressiva, que transmite informações semântica e/ou pragmática, tais como surpresa, admiração, dúvida, raiva, etc. Para Fónagy (1993), as frases exclamativas se filiam, por excelência, a essa função. As exclamativas, de acordo com o au-tor, marcam o fato de se comunicar uma experiência que provocou uma forte emoção no lo-cutor, emoções do tipo espanto, admiração, ou o contrário, indignação. Tradicionalmente, a entonação das exclamações está condicionada ao grau e à natureza da emoção de quem fala (CUNHA; CINTRA, 2008). Para Halliday, é preciso conceber as atitudes e emoções do falan-te como parfalan-te do significado (HALLIDAY, 1970). Ainda são poucos os trabalhos realizados no Brasil sobre os enunciados exclamativos. Além do trabalho de Moraes (2008), têm-se o de Zendron da Cunha (2012) que investigam o padrão entoacional das sentenças exclamativas do PB. Diante disso, este trabalho visa à ampliação dos estudos sobre o tema e tem como objeti-vo investigar o comportamento da frequência fundamental das sentenças exclamativas de fa-lantes naturais de Vitória da Conquista - BA. Propõe-se aqui fazer um estudo entoacional de forma a descrever acusticamente o padrão melódico das exclamativas produzidas por falantes da cidade de Vitória da Conquista (BA), comparando-o com o padrão descrito para o PB nos estudos já realizados. As sentenças analisadas foram do tipo exclamativa com pronome de abertura (Como a babá é bela!) e exclamativa sem pronome (A babá é bela!). Para tentar res-ponder se os padrões melódicos das exclamativas em falares conquistense estão de acordo com os estudos prosódicos realizados no PB, tomaremos como modelo os estudos de Moraes (2008) e os de Zendron da Cunha (2012). Para a pesquisa, realizamos uma análise com enun-ciados exclamativos, inseridos em delineamento experimental montado especificamente para esse fim e produzidos por dois informantes conquistenses. A análise consiste da descrição minuciosa do comportamento da curva de F0, medida através do software PRAAT

(BOEERSMA; WEENINCK, 2006), de todas as sílabas tônicas dos enunciados. O trabalho se justifica, pois além de contribuir com os estudos prosódicos em geral, amplia as poucas pes-quisas sobre enunciados exclamativos do PB.

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PRODUÇÃO DE VOGAIS E SÍNDROME DE DOWN

Luana Porto Pereira (UESB/Núcleo de Pesquisa em Estudos em Síndrome de Down) luanaportop@hotmail.com Marian Oliveira (DELL/UESB/Núcleo de Pesquisa em Estudos em Síndrome de Down) mdossoliveira@gmail.com Vera Pacheco (DELL/UESB/Núcleo de Pesquisa em Estudos em Síndrome de Down) Vera.pacheco@gmail.com

A síndrome de Down (SD), segundo Mustacchi e Peres (2000), é causada por uma alteração genética que acontece durante a fecundação, ao invés das células receberem 46 cromossomos, recebem 47 e o cromossomo extra, na maioria das vezes, se liga ao par 21, por isso a Trissomia do par 21 é a forma mais comum desta síndrome. Segundo Ideriha e Limongi (2007, apud OLIVEIRA, 2011), a boca da pessoa com SD é pequena e a língua projeta-se um pouco para fora, em função da macroglossia ou falsa macroglossia, decorrente da cavidade oral pequena, da hipotonia da musculatura orofacial e da fenda palato-ogival. Essas características conferem ao sujeito com Down uma cavidade oral diferenciada. Baseamo-nos na Teoria Fonte-Filtro, de Fant (1960), consideramos que o trato vocal funciona como um filtro acústico para a produção dos sons da fala, dessa maneira, é possível que a vogal produzida por pessoa com SD, por conta da alteração do trato vocal desse sujeito, se diferencie, acusticamente, daquela produzida por pessoas sem a síndrome. Partindo desse pressuposto, analisamos o padrão formântico da vogal aberta /a/, a partir das médias de F1, F2 e F3 retiradas de dados obtidos da gravação de dois sujeitos do sexo feminino com síndrome de Down, naturais de Vitória da Conquista. Para gravação utilizamos um corpus constituído por logatomas dissílabos, com estrutura CV.’CV, contendo todas as obstruístes, com a vogal aberta /a/ ocupando a posição tônica e pretônica e inseridas em frase veículo “digo__baixinho”. Analisando as médias obtidas, observamos que há uma tendência a não distinção entre o parâmetro nos contextos silábicos em que a vogal foi inserida, quais sejam, pretônico e tônico. Considerando que a vogal /a/ exige, em sua realização, o máximo de abertura da mandíbula e que quando realizada em posição tônica, teoricamente, ela deveria ser realizada de forma mais proeminente. Não é isso, contudo, que observamos tendo em vista os valores encontrados. A vogal /a/ quando realizada de forma prototípica tem sua frequência em F1 em torno de 900 a 1200 Hz, mas as médias de F1 de um dos sujeitos apontam para algo em torno de 700 Hz; isso sugere que tal vogal é produzida com uma abertura aquém da esperada. Observamos, também, que a diferença entre o valor de F1 da vogal em posição tônica e em pretônica é bem pequena, nos dois sujeitos. Isso mostra que não há diferença na realização da vogal /a/ na posição tônica e pretônica. Como podemos compreender da análise dos dados, as especificidades encontradas na realização da vogal /a/ se restringem aos valores de F1, o que nos permite afirmar, com base na teoria Fonte-Filtro, que essas especificidades estão relacionadas à abertura da boca na produção dessa vogal.

Referências

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