PROPOSiCAO
PARAREDUCAO
DO TEOR DE ClORETOS E DE ELEMENTOSTRACO
DE EFLUENTES DEiNDUSTRIA
DECELULOSE KRAFT BRANQUEADA
Sonia Maria Bitencourt Frizzo Celso Edemundo B Foelkel Maria Cladis Mezzomo da Silva
Ayrton Figueiredo
MartinsUniversidade Federal de Santa Maria Santa Maria RS Brasil Riocell SA Guafba RS Brasil
SUMMARY
The
present
study
describes the alternative treatmentsapplied
to thesecundary
effluent of a branched kraft processpulp industry
The effluentsamples
wereanalysed
in relation to their contents of chloride and trace elementszinc copper lead and cadmium and after this submitted to a treatment with
aluminium
sulphate
or iron chloride as floculantsusing
further solid residues ofindustrial process
dreg grit
andheavy
ashanq
active carbon ascoagulation
adjuvants
A
significant
reduction of the contents of chloride and trace elements in the final effluent was observedby
the combined use of aluminiumsulphate
active coal 2 and ironchloride industrial residuesrespectively
RESUMO
o
presente
estudo descreve os tratamentos alternativos a que folsubmetido 0 efluente
secundario
deumaindu stria
de celulose kraftbranqueada
As amostras do efluente foram
analisadas quanto
ao teorde cloretos e deelementos
traQo
zinco cobre chumbo ecadmio
easeguir
foram tr tadas cornsulfato de aluminio ou cloreto ferrico como fJoculantes utilizando se ainda
residuos s6lidosdo processo industrial
dreg
grit
cinzapesada
e carvao ativo como auxiliaresde
floculaQao
Foi observada uma
significativa
requQao
do teor de cloretos e deelementos
triQo nosefluentes
finais
com 0 UsO combinido de sulfato
de aluminiocarvao
ativo2 ecloreto
ferricoresfquosiDdustriais
respectiVimenteTrabalho
apresentado
no282
Congresso
Anual de Celulose ePapel
da ABTCP realizado em Sao Paulo SP Brasil de 6a 10 de novembro de 19951
iNTRODUCAO
o conhecimento mais
profundo
daspossiveis consequencias
dodespejo
de efluentes industriais em mananciais hidricos emparticular
tem motivado asempresas a investir em programas com 0 fim de rninimizar ou eliminar danos
deste
genero
aosecossistemas 1Em efluentes da industria de celulose faz se necessario 0 controle do teor
de cloretos em virtude da
utilizaQao
de cloro e di6xido de cloro em um dosestagios
do processo debranqueamento
dapolpa
celuI6sica 2 Ja oselementos trao ET devem ser monitorados por um lado devido ao fato dos
equipamentos
deprocessamento
da celulose e dopapel
serem metalicos e poroutro porque os
reagentes
de processo e apr6pria
materiaprima
os contem emfeduzidas
concentraQaes
Assim sendo
investigou
se a viabilidade daaplicaQao
no efluentesecundario da RIOGELl SA de tratamentos alternativos em virtude de
ja
teremdemonstrado ser eficientes para
reduQao
de outros indices ffsicoquimicos
eorgano
halogenados
3Determinada a
concentraQ8
o de cloretos e do teor de elementostraQo
foram administrados varios tratamentos as amostras de efluente a fim de
verificar 0
procedimento
mais eficiente nareduQao
do teor dos contaminantesA
utilizaQ8
o de sulfato de aluminio e de cloreto ferrico comocoadjuvantes
floculantes 4coadjuvados
por carvao ativo no tratamento do efluentecomplementa
estudospreliminares
5Residuos s6lidos de industrias americanas de celulose ha
algum
tempo
vem sendo utilizados comocoadjuvantes
de processos de tratamento de efluentes com relativo sucesso 62 MATERIAL E
METODOS
2 1Amostragem
As amostras foram coletadas do transbordo do tratamento secundario da
industria RIOGELL SA e acondicionadas em
recipientes
plasticos
descontamin
idos sendo
posteriormente
armazenadas
emcamara
fria 7 8 2 2 Desenvolvimentoo estudo dividiu seem tres
etapas
carCcterizaQao
geral
doefluente
determinaQao
daconcentraQaode
cloretos
e dOS teores de elementotraQo
aplicaQao
dostratamentos comcoCgu1antes
floGulantesAI2
S0413eFe913
4 eadsorvent s
carvaO
ativo 1 CirvaoCtivo
2dreg
grit
Gfnzapesaqa
caracterizaQ8
o do efluentep6s
tratamentodeterminaQao
decloretos e deelementos
traQo
Dr
g
egrit
sac osresiduos
s6lidos de proceSSo c1nzapesada
e 0residuo da
queima
do carv8o mineral utilizado paragera91lode
energia
carvaesativos 1 e2
correspondem
aosprodutos
M rckeTanC
QCrbo
respectivamente
2 3 Metodos deanalise
metodo
o teor de elementos trao foi determinado por
Espectrometria
deAbsorQa
oAt6mica
aparelho
Perkin Elmer 3030 com fomo degrafite
HGA 400 amostradorautomatico AS 40 e
impressora
PR 100 Fez se uso da tecnica deadiQao
sucessiva de
padraes
para todos os elementos analisados bem como depadrao
certificado NIST Estuarine Sediment Nr 1646 9
Os tratamentos
aplicados
ao efluente constaram de 12combinaQaes
entrecoagulantes
floculantes e adsorventesFeCI3
sem adsorventeFeCI3
egrit
FeCI3
edreg
FeCI3
e cinzapesada
FeCI3
e carvao 1FeCI3
e carvao 2AI2 S04l3
sem adsorventeAI2 S04
3egrit
AI2 S04
3 edreg
AI2 S04l3
ecinza
pesada
AI2 S04
3 e carvao 1AI2 S04l3
e carvao 2 Estaetapa
foi realizada com 0 auxilio do teste de Jarro onde foram colocadosrespectivamente
0 adsorvente aamostra e 0coagulante corrigindo
se 0pH
para4
7 para
AI2 S04l3J
e 4 0 paraFeCI3
respectivamente
0 programa deagita
ao com auxflio deagitador
mecimico foisimples
em alta velocidade por 1minuto
seguindo
se 15 minutos a baixa velocidadedepois
disto deixou se emrepouso por 30 minlltos
No sobrenadante resultante determinaram se valores de cloretos e da concentraao de
elementos traQo
Cu Zn Pb e Cd3 RESUlTAOOSE
DISCUSSAO
3 1 Cloretos
A mediados valores de cloretos do efluente antes dos tratamentos
propostos
foi de 600 mg L Valores inferiores a 500 mg I caracterizam os melhorestratamentos 10
A Tabela I mostr 0
comport
mento do efluente emrelaQa
o a cloretosquando
submetido aos tratamentos com dois floculantes e os cincotipos
deadsorventes
TABELA I Resumo estatistico do
comportamento
do efluente emfunQa
odos valores de cloretos
MEDlDA
ESTATfsTICA
Numero de observaaesConcentraQa
o media de cloretosmglil
Desvio
padrao
CVPA Tabela II e a
Figura
1 mostramaspercentagens
das concentrQaesde
cloretos de acordo com os
tipos
de tratamentos utilizadosTABELA II
DistribuiQao
relativa do numero de amostras classificadassegundo
0tipo
defloculante e aconcentraQao
de cloretos em mg lFLOCULANTES
CLASSIFiCACAO
Slllfato dealumfnio Cloreto ferrieoProporQao
de amostras 0 0051
43
com maior valor para
cloretos
ProporQao
de amostras 100 00 48 57com menorvalor para
cloretos
TOTAL 100 00 100 00
MAlORCONCENTRACAODE CLORETOS MENORCONCENTRAGAODE CLORETOS
CLASSIFlpAr AODASAMOSTRASEM FUNlAODOSTRATAMENTOS
FIGURA 1
DistribuiQao
relativa de amostras emfunao dos floculantes e da
concentraQaode
c1qreto
em mg lDe acordo com a
que
apresentaram
0 maior500mg
1o mesmo
tipo
de analisecarvao 2 0 que demonstrou ser 0melhor
3 2 Elementos
trac
o foram e 0006
mg l 1 170 mg l para 0 Cd A Tabela Gobrechumbo
obtidos em zinco dos resultadosTABELA III Resultados medios obtidos naanalise de elementos
traQo
TRATAMENTOS ELEMENTOS
TRACO
mg IZn Cu PO Cd
CaracterizaQao
efluente sem 1 170 0 246 0 123 0 006tratamento
Sulfato de aluminio 1 050 0 073 0 018 0 002
Sulfato dealumfnio
dreq
1 768 0 158 0 014 0 002 Sulfato de aluminio carvao 1 0 886 0 103 0 016 0 003 Sulfato dealuminio carvao 2 0 727 0 038 0 028 0 002 Sulfato dealumfnioqrit
1 958 0 028 0 017 0 002 Sulfato dealumfnio cinza oesada 1 743 0 056 0 020 0 001Cloreto ferrico 0 870 0 040 0 012 0 002
Ioreto fEmico drea 0 624 0 040 0 005 0 002
Ioreto ferrico carvao 1 1 174 0 057 0 012 0 001 Ioreto ferrico carvao 2 0 988 0 087 0 007 0 001
I
aoreto
Cloreto ferricoferrico cinzaaritpesada
0 9850 796 0 0340 029 0 0120 016 0 0010 002 TABELA IVAmplitudes
totais obtidas naanalise deelementostraQo
TRATAMENTOS ELEMENTOS TRACO mQi
Zn CIl Pb Cd
Caracterizacao 0 032 0 001
0
019
0 002Sulfato de alumfnio 0 043 0 002 0 002 0 001
Sulfato de aluminio drea 0 274 0 004 0 003 0 001 Sulfato de alumfnio carvao 1 0 008 0 001 0 001 0 000 Sulfato de alumfnio carvao 2 0 008 0 001 0 004 0 000 Sulfato de aluminio arit 0 022 0 001 0 002 0 000 Sulfato de aluminio cinza oesada 0 007 0 000 0 005 0 000
Cloreto ferrico 0 021 0 001 0 002 0 000
Cloreto ferrico dreq 0 027 0 002 0 004 0 001 Cloreto ferrico carvao 1 1 174 0 000 0 001 0 000 Cloretoferrico carvao 2 0 037 0 000 0 002 0 000 Cloreto ferrico
qrit
0 000 0 000 0 002 0 000 Cloreto ferrico cinzaoesada 0003 0 002 0 001 0 001Analisando se os resultados das e IV constata se que no
processo de
caracterizaQao
obteve se umaconcentraQao
media de 1 170 mg l dezinco e umavariabilidade
correspondente
a 0 032 mg lamplitude
total 0 032InterpretaQoes
semelhantespodem
serobtidas para osdemais tratamentos Nota se tambem que 0 tratamento que forneceu a menorconcentraQao
media de Zn foi 0 formado por cloreto ferrico
dreg
sendo que adispersao
naofoi acentuada
aproximadamente
4 33 daconcentraQao
media Analise semelhantepode
serfeita para 0restante dosresultados4
CONCLUSOeS
Face aos resultados obtidos evidencia se que
0 melhor
coagulante
floculante testado para reduao de cloretos foi sulfato de alumfnio naconcentraQao
de 350 mg lcoadjuvado
por 100 mg I de carvao ativo 2
0 melhor
coagulante
floculante para reduao de ET foi cloreto ferrico naconcentraao de 250 mg i
coadjuvado
por residuos s61idos industriais nasconcentraQaes
de 70 6 mg I dedreg
para 0 zinco e para 0 chumbo 78 8mg l de cinza
pesada
para 0 cobre 58 2 mg l degrit
para 0 cadmiohouve
reduQao
do teorpercentual
de cloretos e de ET nodecurso dos diversostratamentos
propostos
demonstrando a eficiencia de quase todos ostratamentos
a utilizaao de cloreto ferrico como
coagulante
floculantepode
constituir fator de economia uma vez que existe apossibilidade
de serproduzido
apartir
do cloro e de minerio de ferro a baixo custo Associado 0 seu uso ao doscoadjuvantes
residuaisdreg
grit
e cinzapesada
pode
se obter excelentes resultados com menorgasto
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