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A IGREJA QUE ALVOROÇA O MUNDO. ... Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui. Atos 17:6b

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A IGREJA QUE ALVOROÇA O MUNDO

“...

Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram

também aqui.”

Atos 17:6b

Edson de Almeida F. Oliveira. Rua Francisco Barreto 50 - Bangu Rio de Janeiro - RJ

Tel: (21) 34652008/ (21) 81440378 e-mail: edsoniq@uol.com.br

Registrado do Escritório de Direitos Autorais sob o Nº 290.730 Livro 526 Folha 390

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ÍNDICE

Introdução...4

1. A obediência...8

2. O Espírito Santo...23

3. Exemplos a serem seguidos...37

4. Aprendendo com Lúcifer...43

5. O rio da humilhação...50

6. As conseqüências da humilhação...59

7. Os resultados da descida do Espírito Santo...70

8. A unidade...78

9. Anunciar a Jesus...89

10. O cuidado com as ovelhas...96

11. Dividir para crescer...107

12. Evangelismo através de sinais...116

13. A interseção eficaz...125

14. Missões dirigidas por Deus...132

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CHEGA DE NOSTALGIA!

Nesta breve introdução, queremos ressaltar a contemporaneidade dos dons do Espírito Santo. O objetivo deste livro é comprovar que o poder de Deus não diminuiu com o passar do tempo. Queremos mostrar que Deus não muda. Ele não quer ser lembrado como o Deus que operou no passado. Ele quer e deve ser lembrado como o Deus que opera hoje no meio do seu povo.

Sobre estes quatro pilares a fé de todo o cristão deve estar fundamentada: “Eu, o Senhor, não mudo”.(Ml 3:6a), “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.(Hb 13:8), “Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”.(Jr 1:12b) e “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.(Mt 24:35). Devemos nos fundamentar na imutabilidade de Deus e da sua Palavra para que possamos alvoroçar o mundo.

Temos visto em nossos dias, as pessoas se referirem à igreja de Atos dos apóstolos com um ar nostálgico e saudosista, como se Deus não pudesse ou quisesse realizar hoje, em nossos dias o mesmo que fazia naquela época. Às vezes, encontramos pessoas dizendo que os sinais e prodígios feitos naquele tempo se foram quando o último apóstolo morreu ou que Deus realizou aqueles tão grandiosos sinais apenas para estabelecer a sua igreja, porque ela estava apenas começando a sua história. A palavra de Deus nos diz: “Eis que pus diante de ti uma porta aberta, e ninguém a pode fechar”.(Ap 3:8). A porta dos sinais, prodígios e maravilhas, continua aberta para o seu povo e ninguém pode fechar aquilo que Deus tem aberto para a sua igreja!

Glorifique a Deus pela sua imutabilidade e pelo Seu anseio de continuar realizando grandes coisas no meio de seu povo.

Que o Senhor Deus possa estar lhe abençoando na leitura desse livro e que o Espírito Santo esteja nos tocando para que nós, você e eu, estejamos alvoroçando o mundo!

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CAPÍTULO 1 – A OBEDIÊNCIA

“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, pois, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejai s revestidos de poder.”

Lucas 24:49 Quando Jesus proferiu estas palavras, Ele já tinha ressuscitado dentre os mortos e tinha ficado quarenta dias com os discípulos (At 1:3). Estava na eminência de voltar para o Pai, e estas foram uma de suas últimas palavras.

Ordenou que os seus seguidores não se apartassem da cidade de Jerusalém até que fossem revestidos de poder. A Bíblia nos fala em I Coríntios 15:6 que Jesus, depois de ressurreto, foi visto por mais de quinhentas pessoas de uma só vez, ou seja, mais de quinhentas pessoas ouviram estas palavras e no dia de Pentecostes o que aconteceu?...

Em Atos 1:15, a Bíblia diz que quase cento e vinte pessoas estavam reunidas quando houve o derramamento do Espírito Santo. O que houve com as outras mais de trezentos e oitenta pessoas? Será que estavam muito ocupadas com as suas próprias obrigações que se esqueceram da promessa de Jesus? Será que os seus interesses estavam na frente da ordem do Senhor? Talvez pensavam que a sua promessa fosse demorar a se cumprir?

Querido leitor, se os seus interesses estão na frente daquilo que Deus lhe tem ordenado, reveja as suas prioridades. Deus deve vir antes de qualquer coisa, inclusive dos nossos desejos. Se buscarmos sempre a Sua vontade para as nossas vidas, os nossos desejos vão se alinhar com os desejos Dele; então, este versículo se cumprirá em nós.

“Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.”

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Imagine irmão, quão mais impactado o mundo teria sido, se ao invés de cento e vinte fossem quinhentas pessoas que tivessem sido batizadas com o Espírito Santo.

Vejamos quantos dias os discípulos perseveraram em oração. Acompanhe-me: os discípulos foram batizados com o Espírito Santo no dia de Pentecostes que também era conhecido como “Festa das Semanas” ou “Dias dos Primeiros Frutos”. Pentecostes vem do grego pentekostos que simplesmente significa cinqüenta.

Essa festa era celebrada cinqüenta dias após a Páscoa; ocasião em que o Senhor Jesus morreu e ressuscitou três dias após. Já dissemos que Jesus ficou com os discípulos quarenta dias depois de ressuscitado, sobrando apenas sete dias de perseverança para os discípulos. Isso mesmo! Mais de trezentas e oitenta pessoas descumpriram a ordem do Senhor em apenas sete dias!

Isso é impressionante. Será que nós temos sido diferentes? Quantas vezes perdemos as promessas de Deus de vista, porque não temos nenhuma perseverança. O escritor da carta aos Hebreus nos exorta: “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hb 10: 36). O original grego de paciência é hupomone, que significa constância, perseverança, resistência, firmeza, e é justamente isso que Deus quer! A perseverança que Ele não encontrou naquelas trezentos e oitenta pessoas Ele quer encontrar em nós.

Olhando para o texto acima podemos enxergar dois passos que antecedem o cumprimento das promessas de Deus: perseverar e fazer a vontade de Deus. No caso destas pessoas a promessa feita por Jesus Cristo era o revestimento de poder. A persistência duraria apenas sete dias e a vontade de Deus era que eles não se apartassem de Jerusalém.

Agora, imagine você, quanto o mundo será impactado se nós começarmos a obedecer ao que Jesus nos tem mandado!

Quem realmente ama a Deus

Muitas pessoas afirmam que amam a Deus. Em um país religioso como o nosso, se você for às ruas e começar a perguntar, quase que a totalidade das pessoas irão dizer que amam a Deus e que amam ao Senhor Jesus.

Todavia, a Palavra de Deus não nos diz que qualquer um ama ou pode amar a Deus. A Bíblia diz que apenas alguns poucos de fato amam a Deus, porque Ela diz:

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.”

João 14:21 Esse versículo tão glorioso nos dá uma resposta bem clara a respeito de quem verdadeiramente ama ao Senhor. Somente aquele que tem os seus mandamentos e os guarda.

Sinceramente, não entendo como uma pessoa pode se dizer cristã se nem ao menos tem o hábito de meditar na Bíblia. Não têm um programa mínimo de leitura da Palavra. É profundamente constrangedor vermos pessoas com bastante tempo de Evangelho e que não tem o menor conhecimento bíblico. Vivem um Evangelho de “achismo”; nunca tem uma resposta para os seus problemas ou dificuldades baseada na Palavra.

É por isso que Oséias inspirado por Deus declara: “O meu povo foi destruído porque lhe faltou conhecimento” (Os 4: 6a). Se não conhecem o Testamento, não conhecem os seus direitos e não têm como reivindicá-los. Não conhecem a autoridade da sua posição como filhos de Deus.

Também de igual importância é guardarmos os mandamentos do Senhor. Leia com bastante atenção o que Tiago diz:

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“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.”

Tiago 1:22 Note como a vida cristã fica extremamente sem sentido quando uma pessoa apenas fala, mas não vive o que fala. Se não praticarmos aquilo que falamos, nossa vida cristã vira simplesmente hipocrisia! Os fariseus viviam assim: pensavam que estavam muito bem com Deus, porque apenas ensinavam as pessoas como procederem, mas não praticavam uma única palavra do que diziam (Mt 23:3).

Meu amado irmão, nossa vida espiritual não pode estar resumida apenas em discursos bonitos ou regras de condutas para os outros. Não podemos, como os fariseus, viver uma vida cristã apenas de aparência. Não é possível continuar assim. O Espírito Santo tem feito um apelo para que deixemos a aparência e vivamos a substância do Evangelho.

Deus quer gerar em nossos dias o “Espírito de graças e de súplicas” (Zc 12: 10).

Recentemente, estava em um retiro espiritual por ocasião do carnaval e só havia basicamente jovens e adolescentes. Pouco antes do término do culto de domingo à noite, Deus derramou do seu Espírito de graças e de súplicas e um grande quebrantamento foi gerado naquele lugar.

Adolescentes com idade variando entre doze e quinze anos, foram tomados pelo Espírito de Deus e choravam se lamentando pelos seus pecados, pedindo perdão a Deus. A presença de Deus foi tão forte, que muitos ficaram até as três da manhã somente orando e louvando ao Senhor. Alguns, uma semana após o ocorrido, ainda choravam ao se lembrar do que Deus havia feito em suas vidas.

Querido leitor, se você se sente na situação desesperadora de apenas viver de aparência, por favor, pare agora a leitura deste livro, ore e reconcilie-se com o Senhor.

Tiago nos recomenda: “Assim falai, assim procedei”.(Tg 2:12a). Um dos principais desafios para a Igreja neste começo de século é justamente este: viver aquilo que fala.

Saiba de uma coisa: quando pregamos, evangelizamos, ou tão somente conversamos sobre as coisas de Deus; com evangélicos mesmo, a nossa vida é refletida como um espelho.

O mundo pode não gostar da sua voz, da sua aparência, do seu modo de vestir, ou de qualquer outra coisa, mas nunca, nem cristãos ou ímpios podem apontar o dedo para você e dizer: este não vive o que prega. Isto é muito sério!

A resposta para uma grande questão que tem assolado a Igreja em nossos dias também é encontrada aqui, numa pequena frase: “e me manifestarei a ele”. Isso porque as pessoas têm buscado a Deus de forma errada! Querem buscar a presença de Deus de qualquer jeito. Do seu próprio modo.

Lembra-se de Davi e o seu intento de trazer a arca da aliança para Jerusalém? A motivação de Davi era legítima, haja vista que ele estava de todo o coração buscando a presença de Deus.

Davi então, ajuntou a todos os escolhidos de Israel e preparou um carro novo para levar a arca de Deus da casa de Abinadabe para Siló. Preparou um carro novo, onde puseram a arca e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro.

O final dessa história você já conhece: Uzá morreu porque tocou na arca de Deus. Porque Deus fez isso?Porque ele foi buscado de forma errada. Davi não conhecia a lei de Deus que dizia que apenas os descendentes de Levi poderiam conduzir a arca do Senhor.

Muitas pessoas fazem isso todos os dias. Buscam a Deus não como ele próprio estabelece, mas como eles acham que está certo. Davi também achava que estava certo, no entanto, não estava de acordo com a vontade de Deus que é revelada na sua Palavra.

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Para Jesus manifestar-se em sua vida de forma maravilhosa só existe um jeito: tendo e guardando os mandamentos do Senhor.

Pessoas estão se decepcionando com Deus quando deveriam estar se decepcionando com a sua própria falta de obediência. Sem obediência aos mandamentos de Deus, ninguém vai ver a glória de Deus sobre a sua vida! Mais uma vez eu tenho que dizer: se o Espírito Santo está falando profundamente ao seu coração, e sei que está; pare um pouco e ore. Com certeza Deus está de braços abertos para lhe perdoar, lhe abençoar e lhe dar uma vida abundante com a qual você nunca conseguiu sonhar. Entretanto, é necessário primeiro que você humilhe-se diante da presença do Senhor.

Casos de Obediência

Através do texto de Lucas 5:1-6, podemos tirar importantíssimas lições para a nossa vida. Jesus estava no começo do seu ministério e estava junto ao lago de Genezaré, também chamado de mar da Galiléia. Vendo dois barcos atracados, entrou em um e pediu que o seu dono (Pedro) o afastasse um pouco para que pudesse ensinar. Terminando o seu discurso, disse a Pedro: “Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”.(Lc 5:4).

Imagino que Pedro deve ter se surpreendido. Ele, um pescador experiente, havia passado a noite inteira pescando e não tinha apanhado nada e o filho de um carpinteiro que aparentemente não entendia absolutamente nada de pescaria lhe dava ordens e dizia quando e onde deveria pescar. Mas, qual foi a resposta de Pedro: “... sob a tua palavra lançarei a rede”.(Lc 5:5b).

Apesar das circunstâncias serem totalmente

desfavoráveis, apesar de Jesus, aparentemente, não entender nada de pescaria, ele confiou nas palavras do Senhor e o mais importante: obedeceu!

Meu irmão, ainda que você ouça inúmeras vozes dizendo que não há solução e que você não irá conseguir, ou, ainda que as suas condições sejam desfavoráveis como eram as de Pedro; lhe darei um conselho: fique sempre com o que Deus tem lhe dito. “Seja sempre Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso” (Rom 3:3a).

Qual foi o resultado por Pedro ter obedecido à voz de Jesus? A quantidade de peixes era tão grande que rompia-se-lhes a rede e teve de pedir ajuda aos companheiros. Você nunca vai perder por ouvir a voz de Deus e não a dos homens, mesmo que seja a sua. Deus tem sempre o melhor para os seus filhos.

“Mas a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crerem no seu nome”.

(Jo 1:12) Se você já recebeu ao Senhor Jesus como Salvador você pertence à família de Deus e não só pode como deve reinar em vida por meio de Cristo Jesus. (Rom 5:17).

Em João 2:5, Maria diz algo muito importante aos serventes e é uma das coisas que tem faltado à Igreja em nossos dias: “Fazei tudo quanto Ele vos disser”.

Nessa passagem, Maria tinha plena convicção que qualquer coisa que Jesus dissesse para os serventes fazerem, seria a solução de todos os seus problemas.

Este é o cenário do primeiro milagre de Jesus: Maria, Jesus e seus discípulos foram convidados a um casamento e em determinado momento o vinho acabou. Maria foi participar o problema a Jesus e abrindo um parêntesis: ela não ficou se lamentando pelo fato do vinho ter-se acabado. A primeira atitude foi participar o problema a Jesus. Se você não tem esse hábito, passe a tê-lo!

Jesus, então, pede aos serventes que encham de água as talhas e as levem ao mestre-sala.

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Imagino que os serventes não devem ter entendido nada. Provavelmente devem ter pensado: nós não estamos precisando de água e sim de vinho; mas mesmo assim, obedeceram! E o resultado: o melhor vinho foi servido. Jesus tem sempre o melhor vinho para lhe oferecer. Basta você obedecê-lo.

Preste a atenção a um detalhe importante: tanto Pedro como os serventes poderiam ter questionado as ordens de Jesus, pois, aparentemente não havia lógica para as mesmas. Mas não questionaram, apenas obedeceram. Quando

questionamos as ordens do Senhor, demonstramos

incredulidade, mas o Senhor não pode trabalhar na incredulidade. (Mc 6:5, 6).

A vontade específica de Deus

Um dos grandes problemas em nossas igrejas é que as pessoas não têm idéia da vontade específica de Deus para as suas vidas - existe a vontade geral e a específica de Deus para nós; o objetivo deste livro não é tratarmos especificamente sobre os diferentes aspectos da vontade de Deus. Não sabem quais são os seus ministérios e como serão úteis na obra do Senhor.

Impressionante como existem cristãos com anos de Evangelho e não sabem para qual ministério Deus os têm chamado e como serão úteis na obra. Mas será que existe um meio de sabermos o que devemos fazer para Deus, ou pelo menos tornarmos mais audível a Sua voz para nós? A Bíblia responde:

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Romanos 12:2

O primeiro passo para sabermos a vontade específica de Deus é não nos conformarmos com este mundo. O original grego da palavra conformeis é suschematizo, que refere-se a conformar-se com o estilo ou a experiência externos, acomodando-se a um modelo ou padrão.

Os costumes, hábitos e atitudes deste mundo não condizem com os santos padrões bíblicos. E o que temos presenciado é a Igreja sendo influenciada pelos costumes mundanos e não o contrário. Precisamos, como um espelho, refletir a luz de Jesus Cristo para que o mundo veja quão brilhante é o viver de um cristão (Mt 5:16). Somos chamados cristãos porque devemos praticar as mesmas obras que Cristo praticou. Por favor, reflita o quanto suas atitudes tem se parecido com as de Jesus Cristo.

As nossas obras também tem que estar cada dia mais parecidas com as de Jesus. As nossas atitudes têm que refletir a glória de Deus para o mundo, pois, nós somos chamados a luz do mundo.

O escritor aos Hebreus nos dá uma importante advertência:

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”

Hebreus 12:14 Nós estamos em processo de santificação, ou seja, nós somos como a luz da aurora que vai brilhando cada vez mais até ser dia perfeito. A cada dia, devemos estar separando-nos das obras do mundo, desprezando-o e voltando-nos para Deus e para a Sua obra. Quanto mais detestarmos as coisas deste mundo, mais estaremos aproximando-nos de Deus e o amando-o mais, porque aquele que odeia o mundo, constitui-se amigo de Deus. (Tg 4:4). Não dá para constitui-servir a dois constitui-senhores. (Mt 6:24).

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O segundo passo é transformarmos o nosso entendimento. E o que é renovação de entendimento?

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

Filipenses 4:8 O ser humano por sua natureza decaída e pecaminosa tende a pensar em adultérios, prostituições, homicídios, furtos, avareza, blasfêmia, soberba, inveja, loucura. Todos esses pensamentos procedem de dentro do homem (Mc 7:21-23). Mas o nosso entendimento (pensamento) precisa ser trocado, restaurado pelo Espírito Santo e isto só ocorre quando nos alimentamos da palavra, temos uma vida constante de oração e enchemos os nossos lábios com o louvor do Senhor.

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”.

Colossenses 3:2 Devemos estar muito atentos quanto aos nossos pensamentos. Por que a boca fala do que está cheio o coração. (Lc 6:45).

Com os nossos lábios podemos tanto confessar a Jesus como nosso salvador, como podemos negá-lo (Mt 10:33). Não é apenas na situação de alguém perguntar a que “religião” pertencemos que podemos negar a Jesus. Mas, quando dizemos no nosso dia-a-dia, palavras que não condizem com a fé que confessamos, como palavras de baixo calão, maldições e outras palavras frívolas, também negamos a Cristo Jesus.

Precisamos moldar a nossa linguagem com a ajuda do Espírito Santo para darmos bom testemunho para os que estão aqui na Terra e para agradarmos ao nosso Pai celestial.

A nossa esperança não é apenas terrena (I Co 15:19), mas precisamos estar com a nossa mente voltada para as coisas futuras, para a Canaã celestial, a nossa eterna morada.

Assumindo essas atitudes: não se conformar com este

mundo e transformar o nosso entendimento,

conseqüentemente experimentar a vontade específica de Deus para a nossa vida cotidiana e por fim, poder cumprir o propósito de Deus para nós.

A ordem de Jesus hoje

O que Jesus tem dito para a sua Igreja fazer hoje? “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo;

Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.”

Mateus 28: 19,20 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”.

Marcos 16:15 Temos ouvido muitas pregações a respeito desta grande comissão que Jesus tem nos dado. Muito tem se falado sobre essas difíceis palavras do Senhor. Felizmente os resultados estão aparecendo, mas é necessário fazermos ainda muito mais.

As palavras de Jesus não terminam por aí. É necessário que aprendamos algo: o Senhor nunca nos dá uma missão para realizarmos sem os meios necessários para tanto. Cristo continua:

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“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e, porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão”.

Marcos 16: 17,18 O Senhor Jesus nos mandou que pregássemos o evangelho a toda a criatura. O verdadeiro evangelho é o poder de Deus (Rom 1:16). Continuando o texto, vemos que os discípulos obedeceram à ordem de Jesus e como sempre, quando Deus ordena e obedecemos, Ele cumpre as suas promessas.

“E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando as palavras com os sinais que se seguiram”.

Marcos 16:20 (Grifo meu) Este tem de ser o ideal a ser perseguido nos nossos dias. Não podemos querer menos de Deus, por que Ele não quer menos de nós.

Para fazermos os sinais, basta-nos crer!

Jesus mandou que pregássemos o evangelho com intensa demonstração de poder. Uma das grandes artimanhas de Satanás para com povo de Deus hoje, é dizer que apenas poucas pessoas privilegiadas, têm um poder especial para falar novas línguas, expulsar os demônios e curar os enfermos. A palavra de Deus não diz isso. Não diz que apenas alguns poucos indivíduos podem fazer isso, ou apenas pastores, ou líderes privilegiados, mas que aqueles que crerem no Senhor Jesus farão esses sinais, porque Deus não faz acepção de pessoas.

Você consegue entender que promessa maravilhosa Jesus nos deixou? E que é para mim e para você. Hoje e agora? O Senhor nos prometeu que aqueles que crerem no seu nome manifestarão o seu poder!

Um diácono que fazia prodígios

“E era Estevão cheio de fé e de poder e fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”.

Atos 6:8 No começo do capítulo seis do livro de Atos, vemos a instituição dos diáconos. Estes sete homens foram pessoas escolhidas pelo povo para servirem e Estevão era um deles. A função de um diácono não era a de pregar o evangelho como os apóstolos. Era somente de servir. Mesmo assim, através da unção e autoridade do Espírito Santo na vida de Estevão, ele fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.

Isto nos dá base bíblica para refutarmos os que dizem que nos dias atuais, apenas poucas pessoas podem manifestar o poder de Deus. As promessas de Deus, inclusive esta, são para todos os que crerem.

Ao longo da história da Igreja vemos que a Bíblia, a palavra de Deus, foi deixada de lado e trocada por rituais. O Evangelho puro não é ritual, mas demonstração do poder de Deus!

Graças a Deus que em nossos dias, a Bíblia voltou a ser aberta e o Senhor está por levantar uma geração que tome posse integralmente daquilo que Jesus nos garantiu na sua morte e ressurreição.

“Aquele que crer em mim fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas”.

(11)

Que promessa maravilhosa e bendita essa que Jesus nos deixou!

Você crê em Jesus? Então olhe de novo o versículo citado acima e tome posse dessa benção para a sua vida! Você está conseguindo entender o poder e a autoridade que Ele nos deixou?

Para alcançarmos essas duas promessas gloriosas, situadas nas duas passagens acima, necessitamos fazer algo tão simples que inclusive já o fizemos quando da ocasião da nossa salvação: crer no Senhor Jesus (Jo 1: 12). Temos tamanha autoridade no nome precioso do Senhor Jesus e a Igreja, de um modo geral, não tem se dado conta a respeito disso.

Certa ocasião estava em uma Igreja e um irmão chegando perto de mim, mostrou-me um folheto que ele havia recebido com propósitos de oração para que os membros daquela Igreja estivessem se dedicando naquele ano. Eu o abri e ao lê-lo, uma das coisas que me chamou bastante atenção foi que um dos propósitos de oração era para que a Igreja tivesse poder sobre os demônios.

Que tamanho desconhecimento bíblico! Temos que orar agradecendo a Deus pela autoridade que Ele nos concedeu e não pedir algo que já nos pertence!

“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”.

Lucas 10:19 No mundo natural, toda a atitude gera conseqüências. A mesma coisa ocorre no mundo espiritual. Jesus exercia integralmente sua autoridade; autoridade essa que Ele deixou para nós, e o que aconteceu em seu ministério?

“E grande multidão o seguia, por que via os sinais que operava sobre os enfermos”.

João 6: 2

Quando a Igreja de Jesus se levantar, obedecer às palavras do Senhor e exercer a autoridade que lhe é concedida, então as portas do inferno vão tremer, o mundo vai ser impactado e alvoroçado com o Evangelho genuíno de Espírito e poder.

O Senhor Jesus deve ser o exemplo em tudo na nossa vida. Ele demonstrava o poder de Deus e grandes multidões o seguiam. Levante-se e exerça sua autoridade como crente em Jesus e grandes multidões vão ser impactadas pela sua vida!

(12)

CAPÍTULO 2 – O ESPÍRITO SANTO

Não poderíamos deixar de começar este capítulo sem citar o seguinte texto:

“E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.E foram vistas por eles línguas repartidas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Como, pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”

Atos 2:1-8 O intuito deste livro não é falar especificamente sobre o Espírito Santo - para isto existem grandes estudos e livros sobre Paracletologia - mas sim dizer como Este influenciou fantasticamente a Igreja primitiva e como poderá fazê-lo em nossos dias.

Por volta de setecentos anos antes da vinda do Senhor Jesus, o Espírito já havia falado através dos profetas Isaías e Joel:

“Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.”

(13)

“E há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei do meu Espírito.”

Joel 2:28, 29 (grifo meu) Preste a atenção que a Palavra de Deus através do profeta Joel fala de “dias” e não de apenas um dia. O Espírito Santo foi derramado naquele dia, esteve sendo derramado ao longo da história da Igreja e à medida que a volta do Senhor Jesus vai se aproximando, a intensidade de Sua presença em Sua igreja vai aumentando.

“Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas”.

Eclesiastes 7:8 No começo do primeiro capítulo, falamos da obediência da Igreja às palavras de Jesus e inclusive, citamos Lucas 24: 49 que fala a respeito da promessa que nosso Senhor fez aos seus discípulos. O Senhor sabia que a sua Igreja só poderia realizar plenamente a sua vontade quando fosse tomada por completo pelo Santo Espírito. Ele mesmo como nosso supremo exemplo em tudo, só começou o seu alvoroçador ministério depois da descida do Espírito Santo sobre si.

“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele”.

Mateus 3:16 Devemos sempre olhar para Jesus e aprendermos com Ele. Se o filho Unigênito de Deus foi totalmente dependente do Espírito Santo em seu ministério, por quê não nós, servos de

Deus não vamos depender do seu Espírito para realizarmos a sua obra? Deus não precisa de pessoas bonitas, muito inteligentes, com um dom de oratória muito grande, ou pessoas que confiem em seus dons naturais e que pensem, mesmo que não digam, que não precisam da unção do Espírito Santo sobre si. Deus precisa de servos totalmente dependentes do seu poder, da sua unção e cheios do seu Espírito.

É claro que Deus quer e pode usar pessoas com uma

capacidade intelectual muito grande e com dons

extraordinários, mas o que queremos dizer, é que Deus só tem espaço para usar pessoas humildes. Para ser usado por Deus, humildade e intelectualidade podem até estar juntas, mas nunca somente intelectualidade, senão, Deus não usa.

“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus”.

Atos 4:13 “E não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava”.

Atos 6:10 O que os fariseus queriam dizer com indoutos é que eles tinham os apóstolos como pessoas leigas e não peritos da Palavra de Deus como eles.

Não é de se estranhar que os apóstolos tivessem tanta sabedoria na Palavra mesmo não tendo oportunidade de freqüentar regularmente uma escola rabínica. Eles estiveram três anos e meio com a própria Palavra de Deus! E ela mesma disse que o Espírito Santo os faria lembrar de tudo quanto os tivesse dito. (Jo 14: 26).

(14)

Conformismo na igreja atual

A Igreja de hoje está cansada de pregações preparadas apenas pela sabedoria humana e não pelo poder de Deus através do Espírito Santo. Quão longe parece que estamos do que Deus quer para nós! Percebem-se também, pessoas contentes com as poucas gotas da chuva da manifestação dos dons espirituais que Deus quer promover em nossos dias.

Meu irmão!, aqui lhe faço um pedido de Deus para a sua vida: não se conforme com a sua vida espiritual atual. Não se conforme com gotas, quando Deus quer derramar chuvas! Não espere o avivamento na sua vida, faça como o salmista (Sl 42:1, 2). Busque-o de todo o seu coração!

“E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito. O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração. A apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos.”

Lucas 4:17-21 Com que perfeição Isaías descreve o ministério do Senhor Jesus, e exatamente tudo o que Ele veio fazer aqui na Terra! Mas, antes de tudo, o que Isaías, inspirado pelo Espírito, disse? “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu...” Meu amado irmão, antes de tudo, busque a unção do Espírito Santo. Não tente fazer a obra de Deus com as suas próprias forças. Não faça como os Israelitas rebeldes no deserto.

Fazendo a obra fora da direção de Deus

“E levantaram-se pela manhã de madrugada, e subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que o Senhor tem dito; porquanto havemos pecado. Mas Moisés disse: Por que quebrantais o mandato do senhor? Pois isso não prosperará. Não subais, pois o Senhor não está no meio de vós, para que não sejais feridos diante de vossos inimigos.Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram, derrotando-os até Horma.”

Números 14:40-42,45 (grifo meu) Os capítulos treze e catorze do livro de Números são importantíssimos para entendermos porquê os Israelitas ficaram quarenta anos no deserto.

O povo estava acampado no deserto de Parã e de lá Moisés enviou doze espias – um de cada tribo – para espiar a terra prometida. Por causa da incredulidade do povo quanto às promessas de Deus, o Senhor jurou que por cada dia que os espias tivessem ficado ausentes, o povo de Israel ficaria um ano perambulando no deserto, o que daria exatamente quarenta anos.

Adiante veremos com mais detalhes esta passagem, mas por ora basta-nos dizer que depois que o povo viu que a sua esperança de alcançar a terra prometida tinha se acabado, tentaram tomá-la por suas próprias forças, fora da vontade de Deus.

Será que você consegue ver os resultados que os Israelitas tiveram quando não estavam na direção do Senhor? Eles quiseram fazer a obra de Deus apenas pelas suas próprias forças. E o resultado? Foram derrotados! Assim será a obra que não tiver a aprovação do Espírito e a conseqüente dependência Dele.

O Espírito Santo estava tão presente na vida da Igreja de Atos que em certa ocasião os discípulos reuniram-se para

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discutir se os gentios deveriam guardar os ritos mosaicos. A resposta foi a seguinte:

“Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá.”

Atos 15:28, 29 (grifo meu) Preste atenção na primeira frase: “Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós...”, ou seja, o Espírito participava ativamente das decisões da Igreja primitiva. Em outras palavras: suas decisões e atitudes eram totalmente controladas pelo Espírito.

Dois casos antagônicos

O que temos visto atualmente difere em muito da Igreja de Atos (parece mais com as atitudes dos Israelitas no deserto). Alguns ministérios não dão a menor vazão para o Espírito Santo atuarem em seus cultos. Não há a convicção da imutabilidade do Deus trino e em conseqüência da contemporaneidade dos dons espirituais e as conseqüências são as mais devastadoras: Evangelho pregado somente com intelectualidade e sem a total dependência do Espírito; tão somente com palavras persuasivas de sabedoria humana, conseqüentemente sem demonstração de Espírito e poder.

Em contra-partida na maioria das Igrejas, a palavra-chave tem sido “avivamento”. O Espírito lhe pergunta nesta hora: você tem buscado o avivamento pessoal ou tem se contentado com a sua “vidinha” espiritual? Será que você tem buscado ao Senhor, clamado por um avivamento e o derramamento do Espírito Santo sobre a sua vida? Ou o conformismo tem falado mais alto com você? Será que você

tem se enquadrado num tipo de crente que tem se instalado em nossas Igrejas: salvo, sentado e satisfeito?

Queremos ministrar sobre a sua vida uma fome incontrolável pela Palavra de Deus e uma sede insaciável pelo Espírito sobre ti.

Vai bem contigo?

Existia no território de Issacar uma cidade chamada Suném, e nos tempos do profeta Eliseu, havia uma mulher muito rica habitando nessa cidade. Sempre que o homem de Deus passava por aquela cidade, ela lhe oferecia pão.

Não contente com isso, esta mulher junto com o seu marido, ofereceram a Eliseu um pequeno quarto para que o mesmo estivesse descansando de suas viagens quando passasse por Suném.

É importante notarmos que a mulher e o seu marido não se contentaram em oferecer pouco para a obra de Deus; ofereceram o que de melhor eles possuíam. Será que nós temos oferecido a Deus e à sua obra o que de melhor nós temos; ou temos nos contentado em oferecer apenas “migalhas de pão” do que possuímos. Deus nos fala claramente.

“Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.”

Malaquias 1: 14 Na passagem acima, Deus está reclamando com o povo de Judá, dizendo que eles possuíam animais muito melhores do que os que eles estavam oferecendo como sacrifício ao Senhor.

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Deus quer de nós simplesmente o melhor. Deus, ainda no texto de Malaquias, desafia o povo de Judá a tomar a seguinte atitude:

“Porque, quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal! Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado de ti? Ou aceitará ele a tua pessoa – diz o senhor dos Exércitos.”

Malaquias 1: 8 Deus convoca o povo a apresentar os mesmos animais que eles ofereciam como holocausto aos príncipes e líderes do povo. Se eles não aceitariam, como o grande Rei, poderia aceitá-los?

É isso que muitos de nós fazemos: oferecemos a Deus o que nos sobra, o resto, o que não queremos mais. Deus não aceita essas ofertas. Deus quer de nós simplesmente o que de melhor nós temos.

“Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.”

Provérbios 3: 9,10 Em conseqüência da atitude da Sunamita e de seu esposo; Eliseu fica muito agradecido e pergunta o que ele poderia fazer por ela. Seu moço, Geazi, percebe que apesar de muito rica, aquela mulher ainda não possuía filhos. Eliseu então a chama e através da autoridade sobre a sua vida, ministra uma palavra profética sobre a mulher dizendo que dentro de um tempo determinado Deus estaria concedendo-lhe um filho.

Apesar de não crer na palavra do homem de Deus, a Sunamita é agraciada com um filho conforme a palavra de Eliseu.

Decorrido algum tempo, o menino estava junto com o seu pai e os segadores quando começou a sentir fortes dores de cabeça. Imediatamente o seu pai pediu a um moço que o levasse à sua mãe. Junto de sua mãe aquele menino morreu e foi colocado sobre a cama do homem de Deus. A Sunamita, então, levanta-se para procurar a Eliseu. Chegando ao Carmelo, Eliseu a avista de longe e manda Geazi perguntar se tudo estava bem com ela.

“Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com o teu filho? E ela disse: Vai bem.”

II Reis 4: 26 Muitas vezes agimos assim também: dizemos que tudo está bem quando na verdade não estamos bem. A Sunamita disse que tudo estava bem quando, na verdade, o seu filho estava morto. Assim também nós, muitas vezes, dizemos que tudo está bem quando na verdade estamos mortos espiritualmente.

“E ao anjo da Igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nomes de que vives e estás morto.”

Apocalipse 3: 1 (grifo meu) Está na hora da Igreja do Senhor Jesus Cristo retirar a máscara que insiste em usar. Posa com um cinismo impressionante pautado nos números que comprovam o rápido crescimento do Evangelho no Brasil. Fecham os olhos para os problemas que atingem a Igreja: fofocas – este é o principal de todos - invejas, calúnias, intrigas, dentre outros.

Nos escondemos atrás da falsa religiosidade e santidade. Construímos mais e mais templos suntuosos, com assentos acolchoados, circuito interno de TV, sistemas de ar

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condicionado. Isso não é prioridade para Deus, mas sim para o homem. O que Deus realmente quer, é uma Igreja revestida do poder do Espírito Santo.

Não devemos mais fazer como a Sunamita. Precisamos reconhecer os nossos maus caminhos e retirarmos esta máscara que impede do Senhor estar derramando um tremendo avivamento como nunca se viu antes.

Para um alcoólatra se libertar do vício, antes de tudo é necessário que ele se conscientize de que é um viciado. Enquanto ele não reconhecer que o álcool está acabado com o seu corpo, ele não vai conseguir a libertação. Mesmo que sua esposa aponte o que o álcool está lhe fazendo, mesmo que os seus amigos o chamem a atenção; se ele mesmo não tomar consciência do mal que está fazendo para si próprio, nunca será liberto.

Da mesma forma cada um de nós: se não tomarmos consciência do mal que estamos fazendo para nós mesmos e para os outros, nunca mudaremos,e para tomarmos

consciência de que estamos muitas vezes mortos

espiritualmente, é necessário o toque especial do Espírito Santo.

Os profetas do Antigo Testamento sempre apontavam para os pecados do povo de Israel e Judá. Condenava-os e sentenciava o julgamento de Deus se os mesmos não se arrependessem. Ao final de cada livro, porém havia a palavra de restauração. Deus na sua infinita misericórdia sempre nos proporciona uma chance de restauração.

Da mesma forma que Deus ressuscitou o filho da Sunamita através do profeta Eliseu, quer ressuscitar vidas espirituais que se acham mortas. Para que isso aconteça, busque a Sua presença e o avivamento pessoal.

Avivamento sem sentido

Por outro lado, se você tem realmente buscado o avivamento, se você tem buscado os dons, o poder, a unção; o mesmo Espírito lhe pergunta: porque você tem buscado os dons e o avivamento sobre a sua vida? Porque você tem buscado a unção de Deus sobre você?

Será que é para apontar o dedo para o seu irmão e dizer que é mais espiritual que ele porque você é batizado com o Espírito Santo e ele não é? Ou para que você diga para o seu irmão: eu sou especial para Deus porque eu tenho tal dom e você não tem?

A palavra de Deus nos diz claramente:

“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.”

Romanos 2: 11 Deus não faz acepção de pessoas. Ele usa quem quer, como quer e quando quer. Se você é usado por Deus não se glorie por isso, mas tema:

“Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aquele que a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.”

II Coríntios 10: 17,18 Somos apenas vaso nas mãos de Deus.

“Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.”

Isaías 64: 8 Costumo dizer que quando prego, prego mal. Mas quando não prego, então prego bem porque é o Espírito Santo que está me usando para falar com a sua Igreja.

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Devemos ter muito cuidado com a soberba. Ela é um inimigo muito eficaz e que tem derrubado muitos filhos de Deus que deixaram de ser servos para ser senhores.

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CAPÍTULO 3 - EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS

Como já dissemos, Jesus Cristo deve ser o nosso exemplo em tudo. E na sua carta à Igreja de Filipos, Paulo nos exorta da seguinte forma:

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.”

Filipenses 2: 5-8 Um jovem príncipe desejava casar-se. Para tanto, ele saiu a procurar em seu reino por uma noiva que despertasse a sua atenção. Ele foi à casa dos nobres a ver se ficaria interessado por alguma jovem. Ninguém o agradou.

Então, ele foi procurar a sua noiva nos lugares mais pobres do seu reino, entre os camponeses, entre os da periferia, entre os que viviam longe do luxo e da pompa aos quais ele estava acostumado. Chegando lá, encontrou uma jovem lindíssima, mas que estava suja e maltrapilha. Mesmo assim, ele a amou ao primeiro olhar.

Pensou consigo que o seu problema estava resolvido: era só pedir aos seus soldados para buscá-la, levá-la ao seu palácio e ela lhe seria por mulher.

Mas, e se ela não o amasse? E se fosse casar apenas por imposição do príncipe ou até mesmo por algum interesse? E se o seu coração já fosse de outro? As muitas possibilidades passaram pela cabeça do jovem príncipe ao considerar isso.

Continuou a pensar até que teve uma idéia surpreendente. Ele iria se despojar da sua glória, das suas vestes, do seu palácio, dos seus empregados, da sua vida

confortável, de tudo para viver como qualquer camponês ao lado de sua amada. Se ela se apaixonasse por ele seria exatamente por quem ele é e não pelo que ele possui ou pode lhe oferecer.

Atitude muito mais significativa e dramática teve o Senhor Jesus porque nenhum reino deste mundo pode se comparar ao Reino de Deus em todo o seu esplendor e glória.

O Senhor Jesus não apenas viveu como qualquer um de nós, mas fez-se maldição por nossa causa porque a palavra nos diz que é maldito todo aquele que é pendurado no madeiro (Dt 21: 23; Gl 3: 14). Tudo isso para que hoje você e eu tivéssemos vida e vida com abundância, salvação garantida e acesso a Deus através da morte expiatória de Jesus Cristo.

Mas o texto não termina aí, Paulo continua:

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”

Filipenses 2: 9-11 Paulo continua dizendo: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente” O Senhor Jesus não exaltou a si mesmo, mas esperou o momento certo da exaltação de Deus. O momento em que Deus sabia que Ele estaria apto para ser exaltado. Pedro concorda com isso.

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo, vos exalte.”

I Pedro 5: 6 Devemos nos humilhar primeiro diante de Deus para que depois, tão somente depois, ele nos exalte. Deus sempre tem o seu tempo certo.

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Quer ser exaltado querido; humilhe-se primeiro! Quer ser servido; sirva primeiro! Quer ser reconhecido pelos homens; reconheça Deus na sua vida!

Deus não pode exaltar alguém com quem Ele tenha que dividir a glória que só pertence a Ele. Enquanto você estiver retendo parte dessa glória, Ele não vai te exaltar como você quer; não porque Ele não queira, mas porque Ele não pode.

O texto continua dizendo que pela humilhação voluntária de Jesus, Deus o exaltou de tal modo que um dia gostem ou não, queiram ou não, todos os joelhos dos habitantes dos três mundos: céu, terra e inferno vão se dobrar e toda a língua vai confessar que Jesus é o Senhor, Aleluia!

Porque uma exaltação tão grande? Porque a humilhação também foi muito grande. A exaltação é proporcional à humilhação. E tão somente depois da humilhação pode vir a exaltação.

Atitude semelhante teve João Batista. Acompanhe o que diz o Apóstolo João:

“E este é o testemunho de João, quando os Judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?.E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Então, quem és, pois? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”

João 1: 19-23 Veja como João Batista foi se humilhando cada vez mais. Perguntaram se ele era o Cristo, ele respondeu que não. Perguntaram se ele era Elias, mas uma vez respondeu que não. Continuaram diminuindo o “status” e perguntaram se ele era o profeta, mais uma vez ele disse que não. Então eles pararam

e perguntaram: Então quem és tu para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?

E quando perguntam para você querido, o que tu dizes de ti mesmo? Eu sou o profeta fulano de tal, Eu sou o presbítero beltrano, Eu sou o Ministro de louvor, Eu sou o cantor, Eu sou o pastor, Eu sou o evangelista, Eu sou isso, Eu sou aquilo... Ou você atribui algo a você que na verdade outra pessoa realizou? Ou você superestima algo que fez?

João Batista disse que ele era apenas uma voz, tão somente uma voz. Nós como ministros de Deus, como atalaias do Senhor, como arautos do Rei, devemos ser apenas vozes de Deus, vozes do Espírito Santo, vozes da cabeça do corpo que é o Senhor Jesus.

João Batista poderia dizer que era o Elias de Deus, o precursor do Messias profetizado por Malaquias (Ml 4: 5). Que tinha autoridade sobre cada um daqueles homens, mas escolheu se humilhar. Escolheu se rebaixar. Escolheu diminuir. Escolha isso também amado. Escolha se humilhar cada vez mais diante de Deus. Escolha o caminho contrário à sua natureza. Veja o que Tiago diz a respeito disso:

“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”

Tiago 4: 10 Da mesma forma que a humilhação de Jesus lhe redundou em uma exaltação tremenda, assim ocorreu com João. Veja o testemunho de Jesus acerca de João:

“E eu vos digo que dentre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista.”

Lucas 7: 28a Que coisa maravilhosa! Nem Moisés com as dez pragas no Egito e todos os seus milagres durante quarenta anos no deserto, nem Elias que orando fez cair fogo do céu três vezes,

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nem Eliseu que tinha porção dobrada do Espírito de Elias, nem qualquer outro grande homem de Deus que você esteja pensando agora; nenhum deles foi maior que aquele homem que vestia peles de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre. Isso é maravilhoso e inacreditável!

Mas porque especificamente João Batista foi o maior profeta? Qualquer um pensaria que ele era um dos menores. É exatamente por isso que ele era o maior, porque se fez o menor.

“Porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande.”

Lucas 9: 48c Se quiser ser o maior, a fórmula é muito simples: faça-se o menor. Se quifaça-ser faça-ser exaltado: humilhe-faça-se. Os resultados são surpreendentes.

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CAPÍTULO 4 – APRENDENDO COM LÚCIFER

Talvez você tenha lido o título deste capítulo e se perguntado: “o que eu tenho de aprender com Lúcifer?”. Antes que você me critique por este título, eu gostaria de lhe explicar. Nós aprendemos por exemplos a serem seguidos e por exemplos a não serem seguidos. Este é nosso intuito neste capítulo.

O profeta Isaías inspirado pelo Espírito Santo, fala a respeito da presunção e queda de Lúcifer:

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado será ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que te virem e contemplarão, considerar-te-ão e dirconsiderar-te-ão: É este o varconsiderar-te-ão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir soltos para a casa deles?”

Isaías 14: 12-17 Basicamente, existem duas maneiras do Diabo querer destruir um cristão. A primeira todos conhecem e todos se previnem contra ela: o Diabo vai querer lhe parar. Sejam com lutas, problemas, dificuldades, adversidades, aflições, o Diabo vai querer lhe parar. Entretanto, veja o que a Palavra de Deus diz ao seu respeito e eu profetizo na sua vida estes textos:

“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.”

Salmo 34: 19

“Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus. Uns se encurvam e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.”

Salmo 20: 7,8

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo e te sustento com a destra da minha justiça. Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritaram contra ti; tornar-se-ão nada; e os que contenderem contigo perecerão. Buscá-lo-ás, mas não os acharás; e os que pelejarem contigo tornar-se-ão nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas que eu te ajudo.”

Isaías 41: 10-13

“Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas. Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.”

Habacuque 3: 17,18 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper de manhã. As nações se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações têm feito na terra! Ele faz cessar as guerras até o fim da terra; quebra

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o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”

Salmo 46 (Grifo meu) Aleluia! Glória a Deus porque maior é o que está em nós do que o que está no mundo (I João 4: 4). Amado, ainda que inferno inteiro se levante contra a tua vida, ele não pode lhe tocar (I João 5: 18). E se tocar será unicamente por permissão de Deus. Isso não é maravilhoso? Nada pode parar a obra de Deus sobre a sua vida, a não ser que você a deixe. Se tão somente você mantiver intacta a sua aliança com Deus, ninguém pode te tocar. Somente o Diabo o fará se você der brechas.

Mas existe uma segunda forma do Diabo destruir um cristão. Este modo é muito mais eficaz e sutil. Em conseqüência têm destruído muitos cristãos; principalmente líderes consagrados que outrora foram grandemente usados por Deus. O Diabo vai querer lhe acelerar.

Geralmente depois de uma pregação inspirada, de um louvor arrebatador ou de uma oração eficaz, sempre nos vem à mente uma voz dizendo: “Como você prega bem. Quando você prega as pessoas sentem a presença de Deus. Quando você prega, vidas são salvas”. “Quando você louva, parece que são os anjos cantando”; “Quando você ora, as pessoas são curadas, libertas e o Senhor responde”. “Como você faz esse trabalho bem! Aposto que ninguém consegue fazer isso como você. Você é insubstituível.”

Não é isso que sempre acontece amado? Não é verdade que sempre vem essa voizinha à nossa mente?

João Bunyan, um dos maiores pregadores de todos os tempos, conhecia bem esta artimanha de Satanás. Certa ocasião, ao término de uma pregação, um dos ouvintes dirigindo-se a ele disse-lhe que pregara um bom sermão. Ao que Bunyan respondeu: “Não precisa dizer-me isso, o Diabo já

cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da tribuna.”

Quando assumimos estes pensamentos estamos totalmente destruídos. Porque a Palavra nos diz:

“Porque sem mim nada podeis fazer.”

João 15: 5b Sem a unção do Espírito Santo sobre as nossas vidas nós não podemos fazer nada! Se pregamos, e as pessoas se convertem, se transformam e se libertam, é porque foi o Espírito Santo e não nós quem convenceu o homem do pecado, da justiça e do juízo. E, se oramos e os demônios são expulsos, as pessoas são libertas e Deus responde, é tão somente porque oramos no nome do Senhor Jesus.

Conta-se que um renomado pregador foi convidado para ir a uma igreja simples a fim de pregar. Então, ele confiando em si mesmo, não preparou o sermão, não orou por si mesmo e pelo culto e não buscou a presença de Deus. Tão somente confiou em si mesmo e na sua enorme capacidade. Chegando à Igreja, foi apresentado com toda a pompa possível e subiu ao púlpito com todas as honrarias que lhe eram devidas. Quando abriu a Bíblia para ler o texto base, o Espírito lhe falou: “Você está sozinho”. Mesmo assim ele começou a pregar e apesar da sua eloqüência e experiência como pregador, sua mensagem não tocou o coração dos ouvintes e ao sair do púlpito, abaixou a sua cabeça em sinal de vergonha e pesar. Ao se dirigir para a porta do templo para cumprimentar os membros, uma senhora muito humilde e com a idade já bastante avançada lhe dirigiu as seguintes palavras: “Pastor, se o senhor tivesse subido ao púlpito da forma que desceu, desceria da forma que subiu”.

Esta é a grande questão: a humildade. O Diabo sabe como induzir o homem à soberba, à presunção, porque ele mesmo caiu nesse erro. Esta estratégia é muito eficaz porque

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vai de encontro ao mais íntimo do ser humano, que necessita desesperadamente de reconhecimento, de afirmação, de aplausos.

Pare por um instante: a quem você dá crédito pelo que está acontecendo na e através da sua vida? O que você pensa a esse respeito? Quem faz a obra? Deus ou a sua grande capacidade natural?

Sempre vemos muitas pessoas começarem tão bem uma carreira e no entanto, acham que são elas que fazem a obra e não Deus. Lembra-se do pregador da ilustração acima? Pois bem, o Espírito Santo deixa pessoas sozinhas na hora de realizar algo com mais freqüência do que se pode imaginar.

Por quê? Por que Deus não quer realizar a sua obra? É claro que Deus quer realizar a sua obra. Mas é porque Deus corrige a quem recebe por filho.

Toda a árvore precisa ser podada para que esteja dando cada vez mais frutos. Assim também somos nós. Devemos continuamente ser podados por Deus.

Se você pensa que o orgulho nunca vai lhe alcançar ou que você é muito humilde, você está a um passo de ser pego por ele, porque uma pessoa verdadeiramente humilde reconhece as suas fraquezas e as coloca diante de Deus, não escondendo –as e vivendo como se elas não existissem.

Talvez você esteja pensando nesse momento: “Eu nunca disse que eu sou melhor que ninguém, ou que eu prego melhor, que eu louvo melhor, que eu oro melhor, etc”.

Eu lhe pergunto: e quem disse que Lúcifer também falou alguma coisa? Isaías 14:13 diz “E tu dizias no teu coração”. Lúcifer não pronunciou palavra alguma, mas Deus que conhece os corações sabia qual era a verdadeira intenção de Lúcifer. Devemos estar extremamente atentos com aquilo que vai ao nosso coração.

“Ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe.”

Salmo 138: 6 Devemos destacar o contraste entre as atitudes de Jesus, João Batista e Lúcifer. Os dois primeiros escolheram se humilhar e depois foram exaltados por Deus, ao passo que o terceiro escolheu se exaltar e foi extremamente humilhado por Deus.

Qual atitude você vai tomar querido? A de Jesus e João ou a de Lúcifer? Lembre-se das conseqüências.

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CAPÍTULO 5 – O RIO DA HUMILHAÇÃO

No capítulo cinco do segundo livro de Reis, a Bíblia nos fala a respeito de Naamã que foi chefe do exército do rei da Síria, que na época era a maior potência mundial. A Bíblia começa assim a sua narração:

“E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; e era este varão homem valoroso, porém leproso”.

II Reis 5: 1 Naamã era um ímpio que não conhecia o Deus de Israel e tinha um comportamento impecável diante do seu senhor. Como conseqüência possuía muito respeito diante do mesmo.Nós como cristãos temos tido o mesmo respeito e a mesma consideração para com os nossos senhores na face da terra?

A lepra, muitas vezes, simboliza o castigo de Deus em decorrência do pecado. Lembre-se em Números 12 onde Miriã ficou leprosa em decorrência da rebelião que ela e Arão fizeram contra a autoridade de Moisés.

Naamã era um homem muito estimado em seu país, mas sobre sua carne existia uma maldição. Eu posso imaginar Naamã participando de festas, banquetes; até mesmo em sua homenagem e ele usando a sua farda, as suas medalhas, todas como resultado da sua valentia no campo de batalha.

Fico imaginando Naamã chegando em casa depois das homenagens, das festas, da pompa e de tudo que o cercava como chefe do exército do rei da Síria. Imagino Naamã tirando as suas vestes oficiais e ficando à mostra a sua pele branca leprosa.

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Tenho certeza que você conhece alguém assim: na Igreja, entre os irmãos, veste uma capa de santidade e de pureza, mas ao sair da mesma, mostra toda a podridão do seu pecado. É muito fácil sermos cristãos dentro da Igreja; difícil é sermos cristãos fora da Igreja. É muito fácil glorificarmos a Deus no meio dos irmãos; o difícil é sermos luz no mundo e sal na terra. Mas o Senhor Jesus nos chamou juntamente para isso! Eu gosto muito da ilustração que compara o crente a uma garça. Toca na sujeira com os seus pés, mas conserva as suas penas brancas. É exatamente isso que devemos fazer. Estamos no mundo, mas não devemos participar das coisas do mundo.

O relato bíblico continua dizendo que existia uma menina israelita como escrava da esposa de Naamã. A mesma diz à mulher de Naamã que se o mesmo estivesse diante do profeta Eliseu, ele seria curado da lepra.

O que é surpreendente nesta passagem é que Naamã acredita na palavra da menina escrava e vai até Israel. Veja o que a bíblia diz a esse respeito.

“Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado.”

II Reis 5: 9,10 É até engraçado pensar sobre o que foi narrado nessa passagem. Naamã chega até a porta da casa de Eliseu com cavalos e com seu carro. Uma comitiva enorme chega à porta da casa do homem de Deus, que não se dá nem ao trabalho de atender a essa comitiva, mas manda um mensageiro, Geazi, dizer a Naamã para mergulhar sete vezes no rio Jordão.

Naamã ficou muito indignado. Não era o tipo de recepção que ele esperava.

“Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, e invocará o nome do Senhor, seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. Não são porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se com grande indignação.”

II Reis 5: 11,12 Agora o pecado de Naamã fica bem latente: era orgulho. Naamã era como tantas pessoas que vemos todos os dias: crêem que Deus pode fazer alguma coisa, crêem que Deus pode restaurar a sua saúde, o seu casamento, a sua família... mas querem dizer como Deus deve trabalhar e onde Deus deve trabalhar.

É notório como existem pessoas que querem mandar em Deus. Oferecem ao Senhor espaço para trabalhar em apenas parte da sua vida; quando Deus, na verdade, quer trabalhar em todas as áreas dela. Além de dar pouco espaço para Deus trabalhar, dizem como Ele deve fazê-lo.

Devemos crer que Deus tem o melhor para nós. Ele sabe como trabalhar. Devemos crer que a sua vontade é perfeita, agradável e boa e todas as coisas cooperam para o nosso bem.

Naamã foi confrontado por Deus naquilo que ele mais temia: o seu orgulho.

Após a humilhação, a recompensa.

Felizmente Naamã tinha servos que eram mais sábios que ele e estes o convenceram a mergulhar sete vezes no rio Jordão. E Naamã foi.

(27)

“Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do Homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.”

II Reis 5: 14 (Grifo meu) Destacado neste texto em negrito está o que Naamã precisava fazer: descer. Naamã fez o que tantas pessoas precisam fazer hoje: descer. Antes de subirmos, precisamos descer. O significado de Jordão é justamente esse: aquele que desce.

Imagine Naamã começando a tirar a sua roupa na frente dos seus comandados. Será que ele pensou que depois daquele ocorrido, ele nunca mais teria moral para comandar o exército do rei da Síria? Será que não passou pela sua cabeça que ele preferiria morrer leproso a passar por tão grande humilhação?

E depois que ele começou a mergulhar, será que ingeriu lama? Com certeza o seu orgulho tinha sido devastado. Imagine, ele que no seu país por onde passava as pessoas tinham de se curvar, quando muito mostrar profunda reverência; estava ali se humilhando para ser purificado da lepra. Muitas pessoas prefeririam morrer leprosas a passar por tão grande humilhação. Acredite querido, depois do primeiro mergulho, os outros seis foram mais fáceis. Depois da primeira humilhação, as outras passam a ser mais fáceis.

Já dissemos que depois de toda a humilhação, sempre vem a exaltação. Com Naamã ocorreu a mesma coisa. A recompensa veio. A lepra tinha sumido. Sua carne estava sã como a de uma criança.

Deus está marcando um encontro conosco no rio Jordão. Ele quer que você desça primeiro para que possa te exaltar como quer. Deus quer retirar das nossas vidas a lepra do orgulho e do pecado.

Mergulhe no rio Jordão

Qual tem sido o seu rio Jordão? Será que é uma Igreja pequena onde ninguém reconhece o seu valor? Será que é um líder que Deus colocou sobre a sua vida que você julga ter uma capacidade muito superior a dele? Qual é o seu rio Jordão? Será que o seu rio Jordão são tarefas que você não vê nenhum valor?

Se pedirem para você limpar os bancos da Igreja, faça-o. Se a sua tarefa é carregar cadeira para cima e para baixo (Deus sabe como muitas vezes eu fiz isso), faça com alegria. Se a sua tarefa é limpar os banheiros – isso também fiz algumas vezes – limpe-os louvando a Deus.

E se o seu rio Jordão for você fazer todo trabalho para outras pessoas receberem os méritos!? Os outros recebem os parabéns e você não recebe nem um mísero obrigado? Lembre-se do galardão. Deus está vendo todas as coisas e Ele “não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho do amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.” (Hb 6: 10).

Eu tenho certeza que o Espírito Santo está ministrando agora a você qual é o rio Jordão que você tem de mergulhar. O Espírito ministra que enquanto você não mergulhar nesse rio Jordão ele não vai pode exaltar.

O que Naamã não quis, Jesus fez.

Você, amado, se lembra onde o Senhor Jesus foi batizado?

“E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por João, no rio Jordão.”

Referências

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