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P1 Módulo I (50% da nota final), 5a-feira, 6 de julho de 2017, SBC.

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1 Disciplina: Estado e Desenvolvimento Econômico no Brasil Contemporâneo 2017.II, DAESHR005- 13SB / DBESHR005- 13SB / NAESHR005- 13SB

Professor: Demétrio G. C. de Toledo, Bacharelado em Relações Internacionais

P1 – Módulo I (50% da nota final), 5a-feira, 6 de julho de 2017, SBC.

Nome: Nota: RA:

Instruções para realização da P1

Leia atentamente e responda todas as questões na tabela da folha de respostas com caneta azul ou preta. Rasuras no preenchimento da tabela implicarão a anulação da questão.

Questão 1

i.

ii.

iii.

Questão 2

i.

ii.

iii.

Questão 3

i.

ii.

iii.

Questão 4

i.

ii.

iii.

Questão 5

i.

ii.

iii.

Questão 6

i.

ii.

iii.

Questão 7

i.

ii.

iii.

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2 1. Para Bresser-Pereira (2006), o que é o desenvolvimento? Quais são as suas características

essenciais?

i. Desenvolvimento econômico é o processo histórico de crescimento sustentado da renda ou do valor adicionado por habitante implicando a melhoria do padrão de vida da população de um determinado estado nacional, que resulta da sistemática acumulação de capital e da incorporação de conhecimento ou progresso técnico à produção; os impérios egípcio, romano e chinês, que foram prósperos e dominaram amplas porções do mundo por muitos séculos, são exemplos de sociedades que passaram por processos de desenvolvimento; o desenvolvimento econômico, definido nos termos anteriores, é um processo histórico deliberado de elevação dos padrões de vida que ocorre dentro de cada estado-nação: é o resultado de uma estratégia nacional.

ii. Desenvolvimento econômico é o processo histórico de crescimento sustentado da renda ou do valor adicionado por habitante implicando a melhoria do padrão de vida da população de um determinado estado nacional, que resulta da sistemática acumulação de capital e da incorporação de conhecimento ou progresso técnico à produção; não existe desenvolvimento sem que a produção e a renda média cresçam; o desenvolvimento econômico é, portanto, um processo próprio do capitalismo e da formação dos estados nacionais; o desenvolvimento econômico, definido nos termos anteriores, é um processo histórico deliberado de elevação dos padrões de vida que ocorre dentro de cada estado-nação: é o resultado de uma estratégia nacional.

iii. Desenvolvimento econômico é o processo histórico de crescimento sustentado da renda ou do valor adicionado por habitante implicando a melhoria do padrão de vida da população de um determinado estado nacional, que resulta da sistemática acumulação de capital e da incorporação de conhecimento ou progresso técnico à produção; não existe desenvolvimento sem que a produção e a renda média cresçam; o desenvolvimento econômico é, portanto, um processo próprio do capitalismo e da formação dos estados nacionais; sendo um processo autossustentado, o desenvolvimento não depende da existência de uma estratégia nacional de desenvolvimento.

Aula 3:

2. O que Furtado (1992) quer dizer por “modernização”? Qual a relação entre modernização e subdesenvolvimento?

i. A modernização é a forma de assimilação do progresso técnico quase exclusivamente no plano da transformação do sistema de produção, com fraca contrapartida no que respeita ao estilo de vida. O subdesenvolvimento é fruto de um desequilíbrio na assimilação das novas tecnologias produzidas pelo capitalismo industrial, o qual prejudica as inovações que incidem diretamente sobre o estilo de vida. Nas economias desenvolvidas existe um paralelismo entre a acumulação nas forças produtivas e diretamente nos objetos de consumo. O crescimento de uma requer o crescimento da outra. É a desarticulação entre esses dois processos que configura o subdesenvolvimento.

ii. A modernização é o processo pelo qual uma sociedade tradicional, caracterizada pela predominância da economia primário-exportadora, se industrializa. O subdesenvolvimento é fruto de um desequilíbrio na assimilação das novas tecnologias produzidas pelo

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3 capitalismo industrial, o qual favorece as inovações que incidem diretamente sobre o estilo de vida. Nas economias desenvolvidas existe um paralelismo entre a acumulação nas forças produtivas e diretamente nos objetos de consumo. O crescimento de uma requer o crescimento da outra. É a desarticulação entre esses dois processos que configura o subdesenvolvimento.

iii. A modernização é a forma de assimilação do progresso técnico quase exclusivamente no plano do estilo de vida, com fraca contrapartida no que respeita à transformação do sistema de produção. O subdesenvolvimento é fruto de um desequilíbrio na assimilação das novas tecnologias produzidas pelo capitalismo industrial, o qual favorece as inovações que incidem diretamente sobre o estilo de vida. Nas economias desenvolvidas existe um paralelismo entre a acumulação nas forças produtivas e diretamente nos objetos de consumo. O crescimento de uma requer o crescimento da outra. É a desarticulação entre esses dois processos que configura o subdesenvolvimento.

3. Segundo Furtado (1999), a política de defesa do café, ao sustentar os preços do produto, criou as condições para o colapso da economia cafeeira, mas também as condições para a industrialização. Isso se deveu a:

i. Manter elevado o preço do café de forma persistente era criar condições para que o desequilíbrio entre oferta e procura se aprofundasse cada vez mais. Para evitar essa tendência teria sido necessário que a política de defesa dos preços houvesse sido completada por outra de decidido desestímulo às inversões em plantações de café. Mesmo que se lograsse evitar a superprodução, não seria possível evitar que a política de defesa dos preços do café fomentasse a produção desse artigo em outros países. A manutenção dos preços a baixos níveis era condição indispensável para que os produtores brasileiros retivessem sua situação de semi-monopólio. Estavam eles destruindo as bases em que se assentara seu privilégio. Ao manter-se a procura interna com maior firmeza que a externa, o setor que produzia para o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor exportador. Cria-se, em consequência, uma situação praticamente nova na economia brasileira, que era a preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital. A precária situação da economia cafeeira afugentava desse setor os capitais que nele se formavam, que se transferiam para investimentos no setor industrial, dando início à industrialização por substituição de importações.

ii. A política de defesa do café na década de 1930 resultou na consolidação definitiva da oligarquia cafeeira como classe dominante no Brasil. Contudo, quando, no auge da grande depressão, tornou-se insustentável a política de defesa do café em razão do excessivo endividamento do Estado brasileiro, além da pouca procura pelo produto no mercado internacional, a produção de café para exportação se inviabilizou, sendo substituída, como atividade econômica principal da economia brasileira, pela importação de bens manufaturados, processo que os cepalinos chamaram de industrialização por substituição de importações.

iii. A política de defesa do café na década de 1930, calcada na restrição pelo Estado do aumento da produção de café pelos cafeicultores (cujo objetivo era evitar uma crise de superprodução), em um primeiro momento permitiu a manutenção dos preços do café, mas

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4 resultou ao fim na perda do mercado mundial de café pelo Brasil para outros países produtores de café. A burguesia industrial, que vinha crescendo lenta mas constantemente desde o começo do século XX, aproveitou a perda de mercado internacional do café para substituir essas exportações de café, base do poder da oligarquia cafeeira, por importações de café (o que os cepalinos chamaram de processo de substituição por importações), diminuindo o poder da oligarquia cafeeira. A importação de café aumentou a competição pelo mercado interno e levou ao colapso da economia cafeeira, incapaz de concorrer com o café importado. A burguesia industrial teve então o caminho livre para iniciar o processo de industrialização sem ter que disputar econômica e politicamente com a oligarquia cafeeira. 4. De acordo com Bresser-Pereira (1981), quais foram as razões que levaram ao esgotamento

do modelo de substituição de importações?

i. O modelo de substituição de importações esgotou-se porque havia realizado todos seus objetivos, entre os quais a constituição de uma indústria nacional dotada de todos os setores produtivos (bens de capital, bens intermediários, bens de consumo não-duráveis e bens de consumo duráveis) e o domínio pleno da tecnologia, caracterizando o Brasil como um modelo de desenvolvimento industrializado. Sendo o subdesenvolvimento uma etapa do desenvolvimento, esgotada a fase de substituição de importações, o Brasil passou à fase superior, o Estado Tecnoburocrático-capitalista Independente.

ii. O modelo de substituição de importações esgotou-se porque na década de 1970 as regras do GATT passaram a proibir a política industrial e a defesa do mercado nacional, uma vez que essas ações prejudicavam o perfeito funcionamento do livre-mercado e a realização das vantagens comparativas entre as nações. Inicialmente muito criticado pela burguesia industrial brasileira, o livre-cambismo se mostrou acertado no médio e longo prazo, permitindo que o Brasil passasse de um modelo de subdesenvolvimento industrializado para um modelo superior de desenvolvimento desindustrializado.

iii. O modelo de substituição de importações esgotou-se porque já havia desenvolvido plenamente todas as suas virtualidades, porque reduzira ao mínimo possível para cada país o coeficiente de importações, porque substituíra todos os bens que os respectivos mercados internos eram capazes de absorver, porque desafiara até o limite a lei das vantagens comparativas do comércio internacional e a existência de economias de escala na produção industrial. Em outras palavras, no final do processo, o modelo de substituição de importações foi substituído pelo modelo de subdesenvolvimento industrializado; no lugar do Estado Populista está surgindo um Estado Tecnoburocrático-capitalista Dependente.

5. Segundo Corsi (in: Pires 2010), porque o projeto desenvolvimentista de Vargas não era de tipo nacionalista anti-imperialista?

i. A proposta de desenvolvimento de Vargas era nacionalista, logo, por definição anti-imperialista. O problema do financiamento externo do processo de desenvolvimento e a questão fundamental da dependência tecnológica em relação aos países imperialistas do norte global/centrais, detentores do monopólio tecnológico que nos mantém na situação de países subdesenvolvidos/periféricos, implicava a recusa dos projetos imperialistas e a afirmação do caráter nacionalista do processo de industrialização brasileiro.

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5 ii. O projeto desenvolvimentista de Vargas teve duas fases: a primeira, entre 1930-1945, nacionalista, portanto, com total aversão ao imperialismo. Em sua segunda fase (1951-1954), a necessidade de financiamento externo do processo de industrialização fez com que Vargas abandonasse o nacionalismo e se associasse ao capital estrangeiro, portanto, aderisse ao imperialismo. Por esse motivo, seus críticos, entre os quais o nacionalista Carlos Lacerda, cunharam os termos entreguismo e entreguista para descrever a virada imperialista de Vargas em seu segundo governo.

iii. A proposta de desenvolvimento de Vargas não implicava uma via de desenvolvimento alternativa às linhas de expansão da economia mundial. Seu nacionalismo não era anti-imperialista. Vargas, em 1951-1954, a exemplo do que tinha ocorrido durante o Estado Novo, procurou incessantemente articular a acumulação interna de capital à participação do capital estrangeiro.

6. O que é o “imaginário do populismo”, segundo Fonseca (2010)? A quem o “imaginário do populismo” serviu, à esquerda ou à direita?

i. O termo “imaginário do populismo” refere-se ao imaginário sobre a “manipulação” das massas populares no SGV. Segundo as interpretações que lançaram mão do “imaginário do populismo”, a ignorância e a parca consciência política das massas serviam para explicar tanto sua predisposição para apoiar políticos burgueses como para justificar o golpe militar. Os dois extremos do campo político, portanto, lançaram mão do “imaginário do populismo” como forma de sintetizar as dificuldades e, no limite, a inviabilidade da democracia em países como o Brasil. O “imaginário do populismo”, em ambos os casos, revela seu elitismo ao assumir-se como a razão esclarecida. No sentido dado por Fonseca (2010) ao termo “imaginário do populismo”, ele teria servido tanto à direita como à esquerda.

ii. O termo “imaginário do populismo” refere-se à denúncia da manipulação das massas populares no SGV. Segundo essa interpretação, a ignorância e a parca consciência política das massas serviam para explicar sua predisposição para apoiar políticos burgueses. Os grupos de esquerda campo político, portanto, lançaram mão do “imaginário do populismo” como forma de sintetizar as dificuldades e, no limite, a inviabilidade da revolução socialista em países como o Brasil. O “imaginário do populismo” defende, portanto, uma vanguarda política que possa esclarecer as massas sobre o populismo como manipulação e lidera-las para a revolução socialista. No sentido dado por Fonseca (2010) ao termo “imaginário do populismo”, portanto, ele teria servido à esquerda, que com ele denunciava o falso caráter popular, trabalhista, nacionalista e progressista do SGV.

iii. O termo “imaginário do populismo” refere-se à denúncia da mobilização das massas populares no SGV. Segundo as interpretações que lançaram mão do “imaginário do populismo”, a ignorância e a parca consciência política das massas serviam para explicar justificar o golpe militar. Os grupos de direita do campo político, portanto, lançaram mão do “imaginário do populismo” como forma de sintetizar as dificuldades e, no limite, a inviabilidade da democracia em países como o Brasil. O “imaginário do populismo” defende, portanto, um movimento cívico-militar que possa eliminar o perigo da mobilização das massas e impedir a revolução socialista no país. No sentido dado por Fonseca (2010) ao

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6 termo “imaginário do populismo”, ele teria servido à, que com ele denunciava o caráter popular, trabalhista, nacionalista e progressista do SGV.

7. Por que, segundo Brum (2013), na década de 1950 o projeto de desenvolvimento autônomo nacional inviabilizou-se? Quais os fatores internos? E os externos?

i. O projeto de desenvolvimento autônomo nacional inviabilizou-se por razões estritamente internas, uma vez que nunca o contexto internacional foi tão propício ao avanço de um projeto de desenvolvimento autônomo nacional, como demonstram a seu modo o sucesso dos capitalismos da Europa Ocidental e do Japão no pós-guerra e mais tarde o caso da Coreia do Sul. Do ponto de vista dos fatores externos que propiciariam o avanço do projeto de desenvolvimento autônomo estão a nova estratégia de internacionalização e transnacionalização do capital, acompanhada da instalação de subsidiárias dos grandes grupos econômicos em diferentes países, buscando o controle dos respectivos mercados e do mercado mundial, e o extraordinário desenvolvimento científico e tecnológico que, se bem mobilizados pelos países em processo de desenvolvimento, poderiam levar à realização plena do projeto de desenvolvimento autônomo nacional. No entanto, no caso particular do Brasil, uma série de motivos internos impediram que o país tirasse proveito da excelente conjuntura internacional: a escassez de capital nacional próprio, o estágio ainda emergente e não suficientemente consolidado do processo de industrialização brasileira, a relativa fraqueza do empresariado nacional, a falta de tecnologia e a relativa restrição ao crédito externo.

ii. A abertura definitiva da economia brasileira ao capital estrangeiro na década de 1950 inviabilizou qualquer projeto de desenvolvimento nacional autônomo, consolidando o caráter dependente de nosso processo de desenvolvimento. Como consequência, intensificou-se, da segunda metade da década de 1950 em diante, o processo de crescente integração da economia brasileira à estratégia do capitalismo internacional. Quanto às razões internas, a escassez de capital nacional próprio, o estágio ainda emergente e não suficientemente consolidado do processo de industrialização brasileira, a relativa fraqueza do empresariado nacional, a falta de tecnologia e a relativa restrição ao crédito externo. Entre as razões externas, a nova estratégia de internacionalização e transnacionalização do capital, acompanhada da instalação de subsidiárias dos grandes grupos econômicos em diferentes países, buscando o controle dos respectivos mercados e do mercado mundial, e o extraordinário desenvolvimento científico e tecnológico.

iii. O projeto de desenvolvimento autônomo nacional inviabilizou-se por razões estritamente externas, uma vez que nunca o contexto nacional foi tão propício ao avanço de um projeto de desenvolvimento autônomo nacional, como demonstram a seu modo o sucesso dos capitalismos da Europa Ocidental e do Japão no pós-guerra e mais tarde o caso da Coreia do Sul. Do ponto de vista dos fatores internos que propiciariam o avanço do projeto de desenvolvimento autônomo estão a abundância de capital nacional próprio, o estágio ainda avançado e consolidado do processo de industrialização brasileira, a relativa força do empresariado nacional, o domínio de tecnologias e a pouca restrição ao crédito externo. No entanto, no caso particular do Brasil, uma série de motivos externos impediram que o país tirasse proveito da excelente conjuntura nacional: a nova estratégia de internacionalização

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7 e transnacionalização do capital, acompanhada da instalação de subsidiárias dos grandes grupos econômicos em diferentes países, buscando o controle dos respectivos mercados e do mercado mundial, e o extraordinário desenvolvimento científico e tecnológico.

8. De acordo com Souza (2008), de que modo o novo padrão de acumulação inaugurado no governo de JK afetou a concentração de renda no Brasil?

i. JK acreditava que era possível realizar o desenvolvimento do país a partir de um centro único – no caso, São Paulo. O dinamismo desse centro se irradiaria progressivamente contagiando as outras áreas e regiões do país. Como decorrência dessa visão, canalizou-se em função desse centro a grande maioria dos investimentos públicos em infraestrutura e empréstimos através do BNDE. Um dos resultados dessa política foi a ocorrência de acelerado crescimento econômico, com base industrial, na região Sudeste, em parte às custas da estagnação, do atraso e mesmo da perda relativa de terreno das demais regiões do país. Ao invés de uma progressiva distribuição espacial da produção, da propriedade, da riqueza e da renda, verificou-se exatamente o contrário, isto é, uma forte concentração econômica.

ii. A concentração de renda no Brasil, e de modo mais geral a concentração econômica, só muito recentemente tornou-se problema relevante no país, uma vez que o padrão de especialização e heterogeneidade estrutural característico das economias periféricas, se por um lado levava à concentração do dinamismo econômico em poucos setores nas áreas modernizadas pelo capitalismo (especialização), por outro, permitia o funcionamento de economias de subsistência em que indivíduos e famílias podiam extrair de seu próprio trabalho os bens mínimos de subsistência nas regiões de economia pré-capitalistas (heterogeneidade estrutural). O avanço do processo de industrialização em décadas mais recentes, ao inviabilizar a economia de subsistência, tirou os meios de vida dessas populações, consequentemente aumentando a desigualdade de renda entre operários industriais e trabalhadores do campo.

iii. JK acreditava que era possível realizar o desenvolvimento do país a partir de vários centros– não apenas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, mas também em estados do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste. Para alcançar esses objetivos, JK criaria a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e Brasília (na região Centro-Oeste). Como decorrência dessa visão, dispersou-se em função desses centros a grande maioria dos investimentos públicos em infraestrutura e empréstimos do BNDE. Um dos resultados dessa política foi a ocorrência de acelerado crescimento econômico, com base industrial, em quase todas as regiões do Brasil. No entanto, é possível dizer que, se por um lado, essa estratégia levou a uma progressiva distribuição espacial da produção, da propriedade, da riqueza e da renda, a dispersão de recursos impediu qualquer dessas regiões despontassem e atingissem alto grau de desenvolvimento industrial. Quando o projeto de desenvolvimento autônomo do país chegou ao fim em 1964com o esgotamento do processo de industrialização por substituição de importações, o colapso do modelo fez regredir aquele processo de distribuição da atividade econômica pelo Brasil. A isso seguiu-se um aumento da desigualdade da produção, da propriedade, da riqueza e da renda no Brasil que continua até o presente.

Referências

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