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MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA

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Academic year: 2021

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MANIFESTO

DO PARTIDO

COMUNISTA

(2)

O livro é a porta que se abre para a realização do homem.

(3)

Tradução, prefácio e notas: Edmilson Costa Apresentação à edição brasileira: Anníbal Fernandes

Com todos os prefácios

de Marx e Engels

e os Estatutos

da Liga dos Comunistas

Karl Marx

Friedrich Engels

MANIFESTO

DO PARTIDO

COMUNISTA

3ª edição

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Manifesto do Partido Comunista

Karl Marx e Friedrich Engels

Tradução, prefácio e notas: Edmilson Costa Apresentação: Anníbal Fernandes

3ª Edição 2015

© desta tradução: Edipro Edições Profissionais Ltda. CNPJ nº 47.640.982/0001-40

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios, eletrônicos ou mecânicos, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema de armazenamento e recupera-ção de informações, sem permissão por escrito do Editor.

Editores: Jair Lot Vieira e Maíra Lot Vieira Micales Coordenação editorial: Fernanda Godoy Tarcinalli Editoração: Alexandre Rudyard Benevides Revisão: Francimeire Leme Coelho Arte: Karine Moreto Massoca e Simone Melz

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Marx, Karl (1818-1883) e Engels, Friedrich (1820-1895)

Manifesto do Partido Comunista / Karl Marx, Friedrich Engels / tradução, pre-fácio e notas Edmilson Costa / apresentação Anníbal Fernandes – 3. ed. – São Paulo : EDIPRO, 2015. (Série Clássicos Edipro)

Título original: Manifest der Kommunistischen Partei ISBN 978-85-7283-902-0

1. Comunismo 2. Socialismo I. Engels, Friedrich, 1820-1895. II. Costa, Edmilson III. Fernandes, Anníbal, 1934-2004 IV. Título.

98-2950 CDD-335.422 Índice para catálogo sistemático:

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Sumário

Apresentação à edição brasileira ... 7

Prefácio: um documento histórico, um guia para a Ação do Movimento Operário ... 13

Sobre os autores e suas ideias ... 23

Prefácios históricos ... 39

À edição alemã de 1872 ... 39

À segunda edição russa de 1882 ... 41

À edição alemã de 1883 ... 42

À edição inglesa de 1888 ... 43

À edição alemã de 1890 ... 49

À terceira edição polonesa de 1892 ... 55

À edição italiana de 1893 ... 56

Manifesto do Partido Comunista ... 61

I – Burgueses e proletários ... 62

II – Proletários e comunistas ... 78

III – Literatura socialista e comunista ... 90

1. O socialismo reacionário ... 90

a) O socialismo feudal ... 90

b) O socialismo pequeno-burguês ... 92

c) O socialismo alemão ou “verdadeiro” socia-lismo ... 94

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6 2. O socialismo conservador ou burguês ... 97 3. O socialismo e o comunismo crítico-utópico 99

IV – Posição dos comunistas em relação aos

diferen-tes partidos de oposição ... 102

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A

presentAção

à

edição

brAsileirA

Das mudanças ou sai a glorificação do social, ou o cadáver das estruturas da nação.

Ruy Barbosa

introito

Nosso poeta revolucionário, Antônio de Castro Alves, proclamou com palavras muito atuais:

Sim! quando o tempo entre os dedos, Quebra um século, uma nação... Encontra nomes tão grandes Que não lhe cabem na mão.

Assim é o Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels.

Fruto de articulações no movimento operário e de escri-tos dos dois revolucionários, o Manifesto é o desdobramen-to útil e necessário da crítica dialética à Economia Política (teoria do valor-trabalho), à filosofia de Hegel e Feuerbach e à doutrina dos socialistas utópicos (ver Lênin, Três Fontes e

Três Partes do Marxismo). A mais-valia, o materialismo

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8 A primeira edição do Manifesto é de 1848, há um sé-culo e meio. Edição precária como frágil era o movimento comunista. Fortalecido, sobrevieram milhares de edições, algumas ampliadas por Marx e Engels. Cristalizou-se na In-ternacional dos Trabalhadores, influenciando, decisivamente, o movimento operário e, nestes 1501anos*, a vida econômica,

política e social. Foi artífice da Revolução de Outubro de 1917, hoje no aguardo de novas revoluções...

Destaquem-se alguns aspectos do Manifesto do Partido

Comunista (essa é a denominação completa do documento):

1. Partido Comunista

O Manifesto de Karl Marx e Friedrich Engels visa à for-mação de um partido (de novo tipo) comunista e, à época,

internacional. O processo histórico levou à formação (ou

deformação?) de partidos nacionais, seções da Internacional Comunista. Por fim, com a estagnação da URSS, esses parti-dos foram “desmobilizaparti-dos”, em sua maioria.

2. Classe operária

A mensagem do Manifesto consiste em arregimentar e fazer atuar a classe operária. Qual classe? A dos trabalhado-res basicamente manuais. Qual a classe operária (ou de van-guarda), hoje? Já nos anos 1960, Togliatti, o camarada Ercoli, dirigente do PC italiano, sugeria uma nova formatação de

classe operária, indo além dos trabalhadores manuais,

chegan-do aos técnicos etc.

Diferenças mínimas em relação ao passado? Não. Quem quiser conferir, consulte a coleção da “Voz do Trabalhador”, órgão da anarquista COB, nos anos 1910 a 1920. Indagava sindicalista do interior: pode um dentista (odontólogo), ami-go dos trabalhadores, filiar-se a entidade anarcossindicalista? Resposta: mesmo bom sujeito, o dentista não é trabalhador!...

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9

2.1. Novos tipos: na formatação da classe operária atual

devem ser considerados novos tipos. Os técnicos, inclusive os odontólogos, engenheiros, advogados, servidores do Estado, magistrados, et caterva. Também os desempregados, os antes de-negridos lumpem, passam, com razão, a agentes da história. Por último, mas com o máximo relevo, nessa listagem exemplifi-cativa, os aposentados e os que usufruem de benefícios. E por que não os militares de menor patente?... (ilações à vontade).

Absolutamente nenhum desses tipos, antigos ou novos, é detentor dos meios de produção. Não são da classe dominan-te. Vivem apenas e sobretudo de trabalho.

3. Estrutura

A obra está assim estruturada:

3.1. Prefácios: (no plural) de Karl Marx e Friedrich Engels,

ou ainda de entidades, como a Liga dos Comunistas e do Ins-tituto Marx – Engels – Lênin (antes, também Stalin...).

3.2. O Manifesto: capítulos:

3.2.1. Burgueses e proletários: inicia-se, até hoje, com a

cé-lebre frase: “A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a da luta de classes” (grifou-se). Des-creve a evolução da humanidade na ótica da luta de classes.

3.2.2. Proletários e comunistas: descreve o conflito entre

os exploradores e os dirigentes conscientes da luta de classes. Cite-se, en passant, “os operários não têm pátria...”.

3.2.3. O socialismo reacionário: o feudal, o

pequeno-bur-guês; o socialismo conservador ou burpequeno-bur-guês; o socialismo e o comunismo crítico e utópico; a posição dos comunistas.

3.2.4. Os comunistas e a oposição.

3.2.5. Grand finale: “Proletários de todo o mundo, uni-vos”,

que por si se explica.

4. Internacionais

Tivemo-las várias. A I Internacional, liderada pelos anar-quistas e, depois, por Karl Marx. A II, de natureza

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social-10 -democrata, primeiramente radical, subsiste até hoje (aqui e

agora...) com mel, mais açúcar, mais cassetetes. Com a Revo-lução de Outubro (1917), foi criada a III Internacional, “ex-tinta” em 1943 e substituída pela Cominformm; enfim, pela “redação” da Revista Internacional dos PPCC.

Com a cisão trotskista, organizou-se, nesse caráter, a IV Internacional. Depois, a V...

5. Capitalismo Financeiro e Imperialismo

Aprofundando as teses de Karl Marx e Friedrich Engels, Lênin escreveu Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo (ou última etapa, pretendidamente).

A economia capitalista transformou-se de produtora e exportadora de mercadorias, mais propriamente, em

expedi-dora de papéis (ações etc.). Disso resulta a manutenção,

precá-ria que seja, do sistema e uma brutal instabilidade. Nos dias de hoje, ocorre o que segue:

5.1. Os papéis carecem de lastro (Capitalismo de Cassino,

na feliz dicção de Stefania, El País, Madrid, 1995); da carên-cia de arrimo à derrocada, é um passo.

5.2. O desemprego assume proporções assustadoras; o

su-bemprego, idem; a legislação social (trabalho e seguridade) é cancelada ou revogada em benefício de instituições financei-ras e seus commercial papers.

5.3. A barbárie, na falta momentânea de um

movimen-to comunista atuante, que está sendo reconstruído, assume o comando, com o aumento da criminalidade, conflito de raças, religião, exploração da prostituição, sobretudo infantil etc. Ou seja, é de trágica atualidade a frase de Rosa de Luxem-burgo: “A opção é entre a revolução comunista e a barbárie”.

5.4. Números atuais.

É imprescindível observar o quadro mundial. Assim, com a palavra o jornalista Carlos Chagas, insuspeito ex-porta-voz do governo Costa e Silva, agora presente nas páginas da

Tri-buna da Imprensa (edição de 22.10.1996, p. 6): “A explosão da

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Chagas traz à colação o The New York Times, que publi-cou números a respeito do crescimento da miséria no planeta. A cada mês 25 milhões de indivíduos ingressam no clube do horror, daqueles que não têm absolutamente nada, nem casa e nem comida. A terra conta com 5,7 bilhões de habitantes, dos quais um bilhão não dispõe de renda de espécie alguma. Outro bilhão consegue no máximo US$ 1,00 por dia, isto é, US$ 30,00 por mês, quem sabe US$ 365,00 por ano.

O grave da história é que apesar do aumento vertiginoso do número de habitantes, o mundo apresentava proporcio-nalmente menos pobres e miseráveis há dez anos. E mesmo ainda, no dobro desse tempo. A continuarem as coisas como vão, mostram as estatísticas que em menos de 50 anos me-tade do gênero humano estará na indigência. Depois nem se fala. É claro que para isso acontecer é necessário olhar para o reverso da medalha: a riqueza está cada vez mais concentrada, em se tratando de pessoas e nações.

Em outras palavras, os ricos estão ficando cada vez mais ricos, e os pobres mais pobres. A causa? Podem alinhar quantos argumentos quiserem, assim como sustentar quanta literatura puderem, a respeito do fim da história e da preva-lência indefinida do modelo econômico globalizante. Mas a verdade continuará uma só: a causa é o modelo. É a cruel li-vre competição entre quantidades desiguais levada às últimas consequências. Se quiserem, o neoliberalismo, ou que outro rótulo se dê à iniquidade de concluir que o mercado deve suplantar o poder público. Que o coletivo precisa ceder todos os espaços para o individual.

A continuar o processo como vai, logo prevalecerá a na-tureza das coisas: a maioria engolirá a minoria, por mais que esta resista à tentativa de aplicação de execráveis fórmulas de discriminação. Chegamos à miséria absoluta, ao caos e à pré-história outra vez.

6. Perspectivas e palavras

A “moderna” globalização é o velho e surrado imperia-lismo; a flexibilização das normas, a derrocada do Direito

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12 Social penosamente conquistado pelos trabalhadores.

Des-regulamentação, idem.

6.1. O desemprego, o semiemprego, a volta ao trabalho

em regime de servidão e escravidão (inclusive da criança), eis a “nova” realidade, ou seja, velhos ternos “reformados”, como um paletó roto e remendado com panos novos. Assim, o diagnós- tico e o prognóstico de Karl Marx e Friedrich Engels são plenamente atuais (Maktub! – estava [está] escrito!).

7. Alternativa

A alternativa humanista e solidária consiste em reorga-nizar o movimento operário e comunista, dando realidade à Revolução proposta no Manifesto de Karl Marx e Friedrich Engels. Quem tiver melhor receita, favor ofertá-la...2

Anníbal Fernandes (1934-2004)*

Julho de 1998

*. Foi jornalista, advogado e autor. Doutor pela Faculdade de Direito da USP; aluno do Curso de Ciências Sociais da USP (anos 1950). Militante da UJC até 1958. Foi assessor sindical do antigo Comando Geral dos Trabalhadores e diretor do Correio Sindical da Unidade (1978-1980); participou do Congresso Sindical Mundial (Havana, 1982).

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