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Mergulho Livre. Índice. Padronização de procedimentos e diretrizes gerais de atividades

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Padronização de procedimentos e diretrizes gerais de atividades

Mergulho Livre

Angela de Azevedo Prochilo; Gabriela Carvalho Lourenço da Silva; Paula Zaterka Giroldo

Índice

1. Recepção do participante

2. Uso de equipamento

3. Alongamento e aquecimento

4. Procedimento de segurança e sinais

(a) Procedimento de segurança

(b) Materiais de segurança

(c) Sinalização no Mergulho

5. Apresentação dos ecossistemas

(a) nomeação dos ecossistemas presentes

6. Sensibilização

7. Biologia

8. Ecologia

9. Geologia

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11. Fechamento da atividade

12. Avaliação e ou projeto de pesquisa - opcional

13. Segurança

(a) Equipamentos de segurança

(b) Procedimentos que devem ser evitados ou proibidos

(c) Impactos potenciais da atividade

14. Tempo de Atividade

15. Informações Adicionais

(a) Atividades do monitor durante o dia

(b) Material pessoal do monitor

(c ) Conhecimentos necessários na conduçnao da atividade

16. Estudo de caso: Ilha Anchieta

1. Recepção do participante

A dupla de monitores que irá realizar a atividade deve se apresentar e perguntar o nome de cada um dos participantes. Dirigir-se a eles pelo nome durante toda a atividade é uma maneira de se aproximar. Após a recepção alegre e calorosa, um dos monitores deve fazer uma explicação geral da atividade aos participantes, bem como introduzir o conceito do projeto e sua ligação com o IB-USP e a ONG Ecosteiros. Sugestão: “O mergulho livre é uma atividade de educação ambiental monitorada na qual vocês usarão o equipamento básico de mergulho (máscara, nadadeira e snorkel) para percorrer uma trilha ao longo de um costão rochoso com duração de uma hora aproximadamente. Vocês serão acompanhados por nós e terão a oportunidade de observar a biodiversidade local e os aspectos particulares do ambiente junto a uma balsa flutuante. Durante o percurso vamos fazer alguns pontos de parada para conversar”. O monitor, após esclarecer possíveis dúvidas do participante, deve aproveitar esse momento para apresentar o Projeto Trilha-Subaquática. Sugestão: “Essa atividade faz parte do Projeto Trilha-Subaquática. Trata-se de um projeto de extensão da Universidade de São Paulo realizado

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a mais de 12 anos, parte de uma disciplina de graduação que visa a capacitação de monitores ambientais. Hoje, o Projeto Trilha-Subaquática é aplicado também pela ONG Ecosteiros e conta com muitos outros modelos de atividade e bases operacionais”.

Feita a apresentação da atividade, os participantes que tiverem interesse em realizá-la devem assinar um termo de responsabilidade (Anexo 1). Enquanto um monitor distribui os formulários e recolhe as assinaturas, o outro já pode separar o equipamento para os participantes (vide explicação no ítem “Uso de Equipamento”). Durante a caminhada até o ponto de alongamento, é interessante perguntar aos participantes de onde são, o que fazem, qual sua experiência em relação ao mergulho livre, etc..

2. Uso do Equipamento

Equipamentos de Atividade:

Nome Finalidade Conceitos teóricos

relacionados

Nadadeira Aumento da propulsão na

natação

Espelhada na anatomia de organismos marinhos (peixes ósseos, cartilaginosos e mamíferos aquáticos), permite movimentos mais fortes, vigorosos e velozes, facilitando o deslocamento no meio aquático, que apresenta maior resistência pela maior densidade de moléculas.

Máscara Permite a visualização

embaixo d’água

Mantém um meio com refringência igual ao que

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estamos adaptados a viver.

Snorkel Permite a respiração em

superfície enquanto o rosto está submerso

Vento e ondas. Podem provocar a formação de vagas que podem submergir a cabeça do mergulhador.

Balsa Permite que os participantes

sejam conduzidos pelo costão com segurança e controle.

Flutuabilidade, hidrodinamismo.

Relógio Controle do tempo de

atividade

Lycra (opcional ao participante)

Uniforme do monitor. Proteção do sol e proteção mínima do frio.

No meio líquido a

proximidade das moléculas é maior do que no meio gasoso, o que faz com que o transporte de calor seja mais rápido. A lycra isola a camada de água aquecida pelo corpo do ambiente, evitando a perda de calor.

Enquanto um dos monitores faz a apresentação geral da atividade e do Projeto Trilha-Subaquática, o outro monitor deverá separar o equipamento de mergulho (contido nos kits) para os participantes. Os kits deverão ser escolhidos de acordo com o tamanho de calçado do participante. O monitor retira as nadadeiras e a máscara da sacola do kit e pede para o participante experimentá-las. A nadadeira de tamanho ideal é aquela que não fica muito apertada nem muito larga (que não escapa do pé ao levantar o calcanhar enquanto o pé está no chão). Para verificar se a máscara está adequada, o participante deve encostá-la no rosto,

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sem colocar a tira ao redor da cabeça, e inspirar. Sem soltar o ar, o participante deve tirar as mãos da máscara; se a máscara permanecer no rosto, o tamanho está adequado. É importante que o monitor verifique se os materiais estão adequados para cada turista, evitando o surgimento de problemas durante a atividade.

O equipamento que será utilizado pelos participantes deve ser colocado em cima da balsa de maneira organizada, de preferência passando cada par de nadadeira por dentro da tira da máscara do conjunto, fazendo que o tempo de equipagem na água seja menor. A lycra do projeto protege contra o sol e protege minimamente contra o frio e pode ser oferecida aos participantes. Pessoas com porte pequeno têm maior probabilidade de sentir frio durante a atividade e, nesse caso, o monitor deve sugerir o uso da lycra.

Para controle do uso de material, o número de cada equipamento que será usado durante a atividade deverá ser anotado na ficha de controle do material (Anexo 1).

Os monitores devem vestir a lycra do projeto e também deixar seu equipamento pessoal (máscara, nadadeira e snorkel) sobre a balsa. Pelo menos um dos monitores deve estar de relógio e equipado com uma faca de mergulho presa na perna. As balsas deverão sair para atividade equipadas com bóia, bandeira e relógio, todas bem fixadas. [Aqui seria interessante anexar uma foto da balsa equipada de forma correta!!]

3. Alongamento e aquecimento

É importante informar os participantes, antes de ir para a água, que o Mergulho Livre se trata de uma atividade física e por isso é necessária a realização de exercícios de alongamento e aquecimento de alguns grupos musculares para iniciar a atividade. Deve ser ressaltada a importância do alongamento e aquecimento antes de realizar qualquer atividade física para evitar lesões e os benefícios destas práticas para o dia a dia das pessoas, como melhoria na postura, respiração, circulação e coordenação, relaxamento do corpo e maior disposição para as atividades diárias. Um dos monitores então iniciará uma sequência, conduzindo o alongamento do grupo. O monitor que estiver conduzindo os exercícios deverá demonstrar passo a passo, verbalizando em bom tom sempre que trocar de etapa e qual grupo muscular está sendo trabalhado no momento. Durante o alongamento, o condutor deve enfatizar que o

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ideal para a prática é que o participante não sinta dor, trabalhando sempre nos limites do próprio corpo e que fiquem atentos na respiração, mantendo-a profunda e constante.

EXERCÍCIOS:

[Detalhar os exercícios seguindo a terminologia de Anderson (2010) - Alongue-se e colocar imagens]

- Membros superiores:

1 - Pescoço (puxar para os 2 lados, pra frente e girar lentamente)

2 - Braços (esticar p/ cima, puxar o cotovelo com o braço para trás, puxar para o lado pela frente)

3 - Coluna (jogar o peso do corpo para frente, com os braços para baixo) - Membros inferiores:

1 - Posterior da perna (dobrar um joelho, esticar a outra perna lateralmente e alcançar o pé desta)

2 - Panturrilha (dobrar um joelho, esticar a outra perna para frente e alcançar o pé desta) 3 - Coxa (apoiar no amiguinho do lado, dobrar o joelho para trás e puxar o pé)

4 - Tornozelo (fixar a ponta do pé no chão e fazer um buraquinho)

incluir aquecimento de ombros e quadril e tempo de alongamento p/ cada exercício

4. Procedimento de segurança e sinais

(a) Procedimento de segurança

1. Briefing ecológico, demonstrando como diminuir os impactos durante a trilha. Os impactos envolvem a remoção de organismos sésseis do costão, a quebra de partes de organismos e a ressuspensão de sedimentos.

2. Ensina-se a técnica correta de natação, na qual o turista mantém o corpo paralelo à linha d’água durante o deslocamento. Nas paradas dos pontos interpretativos os turistas devem manter a posição horizontal do corpo ou aproximar as pernas ao dorso.

3. Orientação para não manipulação dos organismos.

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5. Indica-se a maneira como a balsa será conduzida, sendo que nenhum participante deverá soltar da balsa durante a atividade como medida de segurança, uma vez que a balsa será conduzida entre pedras.

(b) Materiais de segurança

É comum que os participantes façam perguntas acerca da segurança da atividade. Nesse momento indicamos que a atividade é segura, que os monitores são treinados e que existem materiais de segurança disponíveis durante toda o percurso.

1. Balsa flutuante: todos os participantes ficam juntos à balsa durante toda a atividade. Se necessário a balsa suporta o peso de duas pessoas adultas.

2. Os monitores são treinados e habilitados em remoção e resgate na água. 3. Existem bóias de salvatagem durante todo o percurso.

4. Com um dos monitores há uma faca de mergulho para retirada das bóias de segurança do cabo, caso necessário. Pode também ser usada para possível remoção de cabos/cordas que se prendam aos turistas.

(c) Sinalização no Mergulho

Figura 2: Sinais utilizados durante a atividade de Mergulho Livre

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5. Apresentação dos ecossistemas

De maneira geral podem ser avistados do local de atividade a praia, restinga, mata atlântica, costão rochoso e o ambiente pelágico. As caracterísiticas que definem esses ecossistemas e a relação entre eles são apresentadas.

Ecossistemas Caracterização

Mata Atlântica de encosta É a floresta encontrada sobre serrarias costeiras. É a segunda floresta neotropical em tamanho, depois da Floresta Amazônica. Está localizada sobre uma antiga cadeia de montanhas que se estende ao longo da costa brasileira.

Restinga Conjunto das comunidades vegetais

fisionomicamente distintas sob influência marinha e fluvio-marinha. Ocorrem e área de grande diversidade ecológica. Solo seco formado por deposição de areia avançando sobre o substrato de origem continental, bastante argiloso devido ao contato com a mata de encosta, com camada espessa de húmus e serrapilheira.

Vegetação de praias arenosas e dunas Possui uma distribuição homogênea,

considerada pioneira e de baixa diversidade de espécies. Substrato formado por areia de origem marinha e conchas e sujeita a

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Costão Rochoso Ambiente costeiro formado por rochas vulcânicas situado na transição entre os meios terrestre, aéreo e aquático. Considerado uma extensão do ambiente marinho, pois os organismos que o habitam estão relacionados com o mar.

Manguezal Ecossistema costeiro de transição entre os

ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das marés. Este ambiente pode ser observado no caminho da Trilha do Aquário.

Ambiente Pelágico Ecossistema referente à coluna d’água, fora da zona sujeita ao regime de marés, podendo ser oceânico ou pertencente à plataforma continental. Os organismos do ambiente pelágico são aqueles que dependem apenas das características das massas d’água e não do ambiente de fundo (bentônico).

6. Sensibilização

Antes de iniciar a atividade em água é importante que os participantes estejam calmos, receptivos às informações dos monitores e estímulos do ambiente e confortáveis com o equipamento. Para isso é realizado um momento de sensibilização. No mergulho livre a sensibilização conta com duas etapas, uma fora d’água para aquietamento da mente e uma dentro d’água para tranquilização e familiarização do participante com o equipamento.

Ainda na praia, logo depois do alongamento, convidamos o participante a sentar na areia e olhar pro mar. Então pedimos para que eles fechem os olhos e assim permaneçam por

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aproximadamente 30 segundos, atentos apenas à propria respiração e aos sons do ambiente ao redor. O ato de concentrar-se na própria respiração, mantendo-a profunda e constante, nos permite centrar em nós mesmos. Isso juntamente com a percepção dos estímulos do ambiente circundante permite que os participantes desocupem a mente de distrações externas que possam ter trazido consigo, tornando-os mais receptivos à atividade. Passado este tempo, pedimos aos participantes que descrevam em uma palavra o que estão sentindo, pode ser qualquer palavra que passar pela cabeça deles, não precisa ser um sentimento. No final da atividade, pediremos novamente para que façam isso para verificar se houve alguma mudança de percepção por parte dos participantes.

A próxima etapa consiste em levar a balsa com os equipamentos para a água. É

importante que o monitor peça aos participantes que ajude a carregar a balsa, isso faz com que eles se sintam parte da atividade e não somente turistas. Em seguida pedimos que os

participantes se equipem, primeiro a máscara, depois a nadadeira. Desta forma eles já vão se acostumando a respirar pela boca e não precisam ficar muito tempo de pé com as nadadeiras, o que causa desequilíbrio. Caso tenham que ficar um tempo com a nadadeira, recomenda-se que andem somente para trás para evitar com que tropeçem ou danifiquem o equipamento.

Depois que os participantes estiverem equipados começa a sensibilização em água. Esta é uma das etapas mais importantes da atividade e deve durar quanto tempo for preciso.

Embora seja um momento para sensibilizar a acalmar o participante, devemos omitir a palavra “sensibilização”, isso pode levantar barreiras que impeçam o participante de se soltar,

dificultando o trabalho do monitor. Podemos falar apenas que é o momento de testar o equipamento.

A sensibilização em água é feita individualmente com cada participante. Nesta etapa, o monitor segura nas mãos do participante e pede que ele coloque o rosto na água e depois que solte as pernas para que fique flutuando na superfície enquanto o monitor o arrasta por um pequeno trecho, ainda no raso. Neste momento, o monitor pode dar dicas sobre o uso do equipamento, como manter as pernas esticadas, empurrar o quadril para baixo, caso não consiga bater pernas sem tirar os pés da água e assoprar forte no snorkel para desalagá-lo. Sugestão: “Coloque o rosto na água, olhe para os meus pés, agora solte as pernas, sinta a

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ondulação e ouça os barulhos do mar. É assim que ficaremos durante a trilha, flutuando e observando, só que vocês estarão segurando na balsa ao invés de nas minhas mãos”. Enquanto isso, o monitor deve ficar muito atento a sinais de desconforto, nervosismo, stress e respeitar o ritmo do participante, sem apressá-lo. É comum que num primeiro momento os participantes se apresentem um pouco afobados com a sensação de estarem com o rosto submerso, mas é notável a transição para um estado mais tranquilo durante a sensibilização. A trilha só inicia quando os participantes estiverem calmos e confiantes no equipamento. Caso contrário, o participante não estará receptivo às informações que serão passadas durante a trilha e a segurança da atividade pode ser comprometida, aumentando a chance de incidentes ocorrerem.

7. Biologia

1. Algas: importância na produção de ficocolóides e sua intensa utilização no dia-a-dia. Enfatizar a importância de cultivo de algas e não da extração.

2. Zonação: características e parentesco dos organismos (brachidontes, cracas e lapas) 3. Biodiversidade: costão rochoso como pólo de biodiversidade, características e parentesco dos organismos (peixes, equinodermos, cnidários, esponjas), enfatizar a grande diversidade de organismos: algas (Caulerpa racemosa, Sargassum sp, Dichotomaria sp,

Asparagopsis sp.), animais sésseis (Lírio do mar Tropiometra carinata, Anêmona, Carijoa riisei,

ascídia Phalusia nigra), peixes (Robalo, Frade, Sargentinho), ouriço do mar (Echinometra

lucunter, Arbacia lixula), estrelas-do-mar...

4. Mudança climática: Falar sobre impactos locais (nadadeiras, poluição, escunas, óleo, chuva ácida) e globais (aquecimento global, acidificação da água do mar). A partir da loca de ouriço fora da água falar sobre as mudanças no nível do mar durante as eras geológicas,

relacionando com o aquecimento global e sua ação sobre a velocidade do aumento do nível do mar. Diferença entre "tempo normal'' e ''tempo geológico''

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1. Algas: importância na como produtores de oxigênio; pela base da cadeia alimentar; importância como grupo que originou as plantas terrestres; importância como habitat.

2. Zonação: explicar os fenômenos de maré a partir da observação da zonação, relacionando fatores abióticos (vento, sol, salinidade) e bióticos (competição, predação).

3. Biodiversidade: interações entre os organismos do costão como, por exemplo, na cadeia alga > ouriço > estrela. Enfatizar que o ecossistema é dinâmico

4. Mudança climáticas: efeito das mudanças climáticas nos ecossistemas, com enfâse no ecossistema costeiro; diferença entre mudança climática local e global, teoria das redes.

Enfatizar que tudo no meio ambiente está relacionado; desse modo, atitudes em São Paulo podem alterar a dinâmica de Ubatuba por exemplo.

9. Geologia

Item: ponto de interpretação sobre geologia

Descrição: apresentação dos componentes geológicos do meio onde está sendo realizada a atividade, comentando sobre órigem geológica, diferenciação entre substrato consolidado e inconsolidado, seus tipos e suas relações, em especial a relação entre a rocha e o substrato inconsolidado adjacente.

10. Mudanças climáticas globais

Como pôde ser visto nos tópicos acima todos os pontos interpretativos congregam informações sobre a biologia e ecologia do ecossistema costeiro e seus organismos.

Frequentemente, os participantes da atividade pouco conhecem sobre o ecossistema Costão Rochoso e muito se impressionam com a alta biodiversidade e com a relação entre esse ambiente, seus organismos e sociedades humanas. O tópico sobre mudanças globais aparece na atividade como um momento de reflexão das posturas e ações humanas e sobre os impactos de nossas ações no meio ambiente.

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O tópico de mudança climática pode ser emergir da visualização de uma loca de ouriço fora d’água, de uma Palythoa branqueada, de uma discussão sobre os impactos da pesca em larga escala, ou qualquer outro aspecto que faça o gancho entre impactos locais e globais. É importante que ações individuais sejam discutidas de modo que os participantes façam uma auto-avaliação, pois a reflexão pode ser um gatilho para a mudança de comportamento individual.

Abaixo colocamos alguns exemplos de questões que podem ser elaboradas a partir de pontos pré definidos:

Pontos Questões

Palythoa branqueada Impacto local > diferença entre impacto local

e global > impacto global > ações individuais. Loca de ouriço fora d’água Redução do nível da água do mar ou

soerguimento do assoalho > variações no nível do mar em eras geológicas > diferença entre variação em eras geológicas e variações induzidas por atividades humanas > ações individuais dentro dessa cadeia.

Maricultura Diferença entre pesca artesanal e pesca

industrial > diferença entre modo de vida de comunidades tradicionais e o nosso >

impacto da pesca de arrasto, por exemplo > zoaneamento costeiro como ferramenta que concilia a atividades humanas com o bem estar ambiental > sustentabilidade e ações humanas em mudanças climáticas globais. Bioindicadores (Palythoa, Coral Cérebro,

zooanthos)

Visualização de bioindicadores > sensibilidade dos organismos > mudanças na água do mar > causas > mudança climática global

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O fechamento da atividade ocorre na praia, com o pé na areia. Possíveis dúvidas são esclarecidas e pergunta-se aos visitantes qual o organismo favorito na trilha, o que pode gerar, eventualmente, alguma discussão sobre o grupo em questão. Recapitulamos a relação entre o ecossistema costeiro e seus organismos com as nossas vidas, enfatizando, mais uma vez a ligação entre todos os componentes do meio ambiente.

12. Avaliação e/ou projeto de pesquisa(opcional)

Descrição: avalições ou projetos de pesquisa de outros tipos poderão ser inseridos aos longo da atividade, incluindo pesquisadores acompanhando-a, ou questionários em momentos específicos da atividade. O tempo total da atividade para o participante não poderá, entretanto, ser extrapolado.

13. Procedimentos de segurança e sinais

(a) Equipamentos de segurança

Nome Uso

Cabo de Contenção Determina área de banho na qual barcos são

proibidos

Bóias de sinalização náutica (amarela) Sinalizam o começo e final do cabo de contenção.

Poita Mantém o cabo de contenção no lugar

Cabos das poitas Prendem a poita ao cabo de conteção

Bóias de salvatagem Bóias (vermelha e branca) ao longo do cabo de conteção

Balsa Permite que os participantes sejam

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controle.

Faca de Mergulho Para remoção imediata de linhas e redes que

possam se prender aos participantes ou aos materiais e para retirada das bóias de salvatagem do cabo quando necessário.

Barco de apoio Segurança adicional que permite a remoção

imediata em caso de acidente durante a atividade.

Colete salva-vidas Proteção ao turista que não sabe nadar ou que tiver mal súbito durante a atividade.

Bóia de sinalização da balsa “diver below” Sinaliza à embarcações que a atividade de mergulho livre está em andamento

Bandeira A bandeira pode ser retirada da balsa e

colocada dentro da bóia sinalizando “atenção” ao monitor que realiza a segurança em terra. Quando asteada e em movimento significa “perigo”.

Binóculo Segurança em terra realizada por monitor

credenciado.

1. O cabo de contenção com sinalização náutica (bóias amarelas), é colocado ao longo da trilha, a cerca de 18 m do costão. Bóias de salvatagem circulares são fixadas ao cabo a cada 15 metros aproximadamente, com abraçadeiras plásticas de fácil remoção, para resgate ou auxílio do turista.

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2. A balsa garante que dois turistas possam subir sem se afundar, além de servir de apoio durante os pontos interpretativos. O posicionamento das pessoas na balsa permite que os monitores fiquem sempre mais próximos do costão do que os participantes para que estes não esbarrem no costão, evitando lesões aos participantes e danos aos organismos bentônicos, além de manter o grupo unido, evitando a dispersão dos participantes.

3. Um bote inflável permanece ancorado no meio da trilha para remoção de urgência de algum participante.

4. Os monitores são treinados e habilitados em remoção e resgate na água.

5. Em cada balsa há uma faca de mergulho para retirada das bóias de segurança do cabo, caso necessário. Pode também ser usada para possível remoção de cabos/cordas que se prendam aos turistas.

6. Coletes salva-vidas são disponibilizados para turistas que se sentirem inseguros. 7. Todas as balsas possuem bandeiras de mergulho, presas a bóias vermelhas, que ao serem hasteadas significam "atenção".

(b) Procedimentos que devem ser evitados ou proibidos por impactarem o

ecossistema ou por serem potencialmente perigoso

;

1. A idade mínima de participantes é de 12 anos. Crianças abaixo dessa idade se cansam e perdem o interesse na atividade com facilidade. Exceções podem ser concedidas pelo

coordenador da atividade ou o geral.

2. Conversa inicial com os participantes como um briefing ecológico, demonstrando como diminuir os impactos durante a trilha.

3. Ensinar a técnica correta de natação, na qual o turista mantém o corpo paralelo à linha d’água durante o deslocamento. Nas paradas dos pontos interpretativos os turistas devem manter a posição horizontal do corpo ou aproximar as pernas ao dorso.

4. Orientação para não manipulação dos organismos.

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6. Estar atento às condições climáticas e oceanográficas. No caso de chuva forte ou forte ondulação/correnteza as atividades devem ser suspensas até que as condições voltem a sua normalidade e a segurança da atividade seja garantida.

7. Um monitor em terra é responsável pela observação ininterrupta das balsas durante o percurso com a utilização do binóculo.

8. Explica-se o uso da faca de mergulho.

9. Todos os participantes devem preencher um termo de responsabilidade no momento da inscrição em que declaram não apresentarem problemas cardiorrespiratórios e nem estarem sobre o efeito de álcool.

10. Durante a atividade o monitor mais experiente é responsável pela condução da balsa com a mão esquerda, de frente para o costão e com a cabeça na água. O outro monitor se mantém virado para os participantes, com a cabeça para fora da água, sempre prestando atenção nos turistas.

11. A balsa deve ser conduzida de maneira obliqua e não de maneira paralela ao costão (Figura 1).

Figura 1: Maneira como é conduzida a balsa durante a atividade, em que a) é a maneira equivocada e a

maneira b) a mais adequada para a segurança e melhor observação do costão.

(c) Impactos potenciais da atividade

1. Remoção de organismos sésseis do costão (p.e. ascídia Phalusia nigra) por coleta manual ou pelo choque com as nadadeiras, principalmente por pessoas com pouca experiência em natação equipada.

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2. Quebra de partes de organismos que se ramificam como recifes de corais, pelo batimento de nadadeiras.

3. Ressuspensão de sedimentos, principalmente quando a maré está baixa e os turistas se aproximam do fundo. Estes sedimentos se depositam sobre os organismos, prejudicando-os. A ressuspensão de sedimentos prejudica os organismos fotossintetizantes e os animais

filtradores.

14. Tempo de atividade

De maneira geral a atividade de Mergulho Livre tem duração de 1hr30min. Este tempo está dividido entre o trabalho em terra (equipagem e alongamento) e o trabalho em água (sensibilização e roteiro), como pode ser visto na tabela abaixo.

Tempo de atividade em terra 20 min

Tempo de atividade na água 50 min

Tempo de atividade Total 1 hr 10

Tempo de atividade + descanso do monitor 1 hr 30

O tempo total de atividade pode sofrer pequenas variações de acordo com alterações nos locais e, portanto, nos roteiros elaborados. O tempo de descanso dos monitores,

entretanto, não sofre alterações em função do tempo total de atividade e esta é uma regra fundamental para a segurança no decorrer das atividades.

Nota-se na tabela que a dupla de monitores estará disponível para monitorar uma nova turma a partir de 1hr30 do início da atividade. Dessa mesma forma os turistas estarão de volta ao posto de inscrição cerca de 90min após o início das atividades, uma vez que os participantes voltam ao posto através de uma trilha terrestre.

Em caso de água gelada, mudança abrupta no clima com chuva e ondulações e raio o tempo de atividade em água pode ser reduzido.

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15. Informações Adicionais

(a) Atividades do monitor durante o dia

1. Organização do material no alojamento, conferindo com o check list. 2. Transporte do material para o posto de inscrição.

3. Monitores em terra são responsáveis pela equipagem dos próximos participantes, pelo preenchimento das fichas de inscrição e constante fiscalização do material, além de acompanhar com o binóculo as balsas em atividade.

4. Início da atividade.

5. Termino das atividades, lavagem e organização de todo o material em kits dentro do alojamento.

(b) Material pessoal do monitor

1. Equipamento básico de mergulho (pode ser emprestado pelo projeto). 2. Relógio resistente à água.

3. Protetor solar.

4. Alimentação (barras de cereais, bolachas).

Obs: Comer e beber água entre as atividades mesmo estando sem fome ou sede é importante para que não haja desgaste excessivo

(c ) Conhecimentos necessários na condução da atividade

1. Dominar a natação

2. Dominar a utilização do equipamento básico de mergulho. 3. Noções de educação física, para condução do alongamento. 4. Técnicas de resgate.

5. Noções de física, para explicar os princípios de utilização da máscara.

6. Conhecer os organismos presentes no ambiente e saber sobre seus hábitos de vida e alimentação.

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16. Estudo de caso: Ilha Anchieta

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Referências

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