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Agrupamento de Escolas Ave SANTO TIRSO

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Academic year: 2022

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Agrupamento de Escolas Ave

S ANTO T IRSO

Delegação Regional do Norte da IGE

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

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I – INTRODUÇÃO

A

avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa.

Após a realização de uma fase-piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalh a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao programa nacional de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas Ave – Santo Tirso, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre 28 e 30 de Abril de 2010.

Os capítulos do relatório – Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais – decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto- avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO Níveis de classificação dos

cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoa- mento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa indi- viduais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE – Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório está disponível no sítio da IGE na área

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Ave, situado em Vila das Aves, concelho de Santo Tirso, é constituído por 10 estabelecimentos de educação e ensino: a Escola Básica com 2.º e 3.º ciclos de Vila das Aves (Escola-Sede), um Jardim-de-Infância (Fontainhas), quatro escolas básicas com 1.º ciclo e jardim-de-infância (Quintão 1, Bom Nome, Cense, Giestal 1) e quatro escolas básicas com 1º ciclo (Giestal 2, S. António, Pombinhas e Mourinha). A generalidade dos jardins-de-infância e das escolas com 1.º ciclo apresenta instalações e equipamentos adequados. As escolas situadas na freguesia de S. Tomé de Negrelos estão dispersas em pequenos edifícios, com turmas constituídas por 2 e 3 anos de escolaridade, constrangimento que a médio prazo será solucionado com a construção de uma escola básica integrada. A Escola-Sede, em funcionamento há mais de trinta anos, carece de obras de requalificação, nomeadamente ao nível das condições térmicas das instalações da cozinha e das redes de água e saneamento.

Frequentam o Agrupamento 1291 crianças e alunos, distribuídos da seguinte forma: 134 na educação pré- escolar; 480, 265, 405, respectivamente, nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos e 7 no curso de educação e formação, Tipo 2, de Electricista de Instalações. Têm computador e Internet em casa 20,9% dos alunos do ensino básico, 23,4%

têm computador e os restantes (55,7%) não têm computador nem Internet. A taxa de alunos a beneficiar de auxílios económicos no âmbito da Acção Social Escolar atinge 50,4%, sendo 27,3% os subsidiados pelo escalão A e 23,1% pelo escalão B.

Conhecem-se as habilitações de 83% dos pais e encarregados de educação, destes, 65,9% não completaram os nove anos de escolaridade, sendo as suas habilitações correspondentes aos 4.º e 6.º anos, 17,1% têm o 3º ciclo do ensino básico, 12% o ensino secundário, 4,9% têm habilitação superior ao 12.º ano e 0,1% não tem habilitações. Quanto à situação profissional, tendo em conta que se conhecem 70,8% das profissões dos pais predominam, por ordem decrescente, profissões inseridas nas seguintes categorias: Operários, artífices e trabalhadores da indústria (56,6%), Serviços e comércio (20,2%), Quadros superiores, dirigentes e profissionais intelectuais (13,6%), Trabalhadores não qualificados (4,8%), Técnicos e profissionais de nível intermédio (4,7%), e os restantes (0,1%) Agricultura e trabalho qualificado da agricultura e pescas.

De acordo com o perfil de escola, exercem funções no Agrupamento 130 docentes, dos quais, 53,9% integram o quadro do Agrupamento, 22,3% pertencem ao quadro de zona pedagógica e 23,8% são contratados. Verifica-se que 36,9% dos docentes possuem entre 10 e 29 anos de serviço e 70,8% têm entre 30 e 50 anos de idade. O pessoal não docente é constituído por 35 trabalhadores: 27 assistentes operacionais, sete assistentes técnicos e um técnico superior (psicóloga), dos quais, 65,7% têm entre 40 e 60 anos de idade e 60% têm entre 10 e 29 anos de serviço.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. Resultados BOM

A reflexão sobre os resultados escolares dos alunos é realizada pela direcção e pelas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e, posteriormente, o Conselho Pedagógico define as opções, as dinâmicas e as estratégias de melhoria. Na educação pré-escolar são efectuados registos sobre os percursos das crianças, que são facultados aos pais.

No ano lectivo 2008-2009, as taxas de conclusão no 1.º ciclo e no 2.º ciclo são superiores às nacionais e no 3.º ciclo são inferiores. Em 2009, os resultados das provas de aferição do 4.º ano e dos exames do 9.º ano foram superiores aos nacionais, o mesmo não acontecendo nas provas de aferição do 6.º ano. O Agrupamento procede à monitorização das medidas de apoio, que apresentam taxas de sucesso elevadas, bem como do desempenho dos alunos que frequentam o curso de educação e formação. O abandono escolar é nulo, fruto, por um lado, da acção concertada entre o Agrupamento e os seus parceiros educativos e, por outro, da oferta de cursos de educação e formação.

Os alunos conhecem os documentos orientadores da acção educativa, tendo sido auscultados no âmbito dos processos de auto-avaliação e de revisão do Projecto Educativo. Os discentes envolvem-se activamente nas actividades e projectos que visam o desenvolvimento da cidadania e os seus representantes participam nas reuniões dos conselhos de turma para as quais são convocados e são frequentemente auscultados sobre as

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questões relativas à vida do Agrupamento, através de reuniões com a direcção. As crianças/alunos revelam-se disciplinados e cumpridores das regras estabelecidas. Não obstante, o Agrupamento fomenta uma política de combate à indisciplina, traduzida na criação de dispositivos de actuação preventiva. Há um bom relacionamento entre alunos, professores e trabalhadores não docentes. Os alunos gostam do Agrupamento e os pais e encarregados de educação consideram-no seguro e promotor de uma educação adequada.

Apesar da valorização do esforço e dos bons desempenhos constituírem uma das prioridades do Agrupamento, ainda não foi implementado o quadro de valor e excelência. O Agrupamento, preocupa-se com o impacto das aprendizagens nos alunos, docentes e pais, tendo não só elaborado inquéritos por questionário para avaliar os seus níveis de satisfação, mas também diversificado a oferta educativa e desenvolvido iniciativas e projectos para dar resposta às expectativas da comunidade educativa. Informalmente, o Agrupamento segue os percursos formativos dos alunos no final do 9.º ano.

2. Prestação do serviço educativo BOM

A articulação e a sequencialidade entre os vários ciclos de ensino e a educação pré-escolar não se encontram consolidadas, apresentando, ainda, debilidades. A articulação interdisciplinar é patente no desenvolvimento de alguns projectos e actividades, bem como na elaboração e execução dos projectos curriculares de grupo/turma.

A articulação intradepartamental é mais consistente que a interdepartamental e concretiza-se através de dinâmicas que facilitam a gestão curricular, a aplicação dos critérios de avaliação, a reflexão sobre os resultados dos alunos, a partilha de experiências e materiais e a construção de instrumentos de avaliação.

Apesar de terem sido observadas aulas no âmbito do processo de avaliação do desempenho dos docentes, ainda não existe uma cultura de acompanhamento e supervisão da prática lectiva em sala de aula. Este acompanhamento é realizado, por via indirecta, nas reuniões dos departamentos e nos conselhos de turma.

O Agrupamento está atento à situação dos alunos referenciados com necessidades educativas especiais e com dificuldades de aprendizagem, assegurando o seu efectivo acompanhamento através de mecanismos de avaliação e dos docentes da educação especial. O Agrupamento recorre a várias instituições locais, com as quais mantém protocolos, que o apoiam em relação ao serviço prestado às crianças/alunos com necessidades educativas especiais e no acompanhamento psicológico e orientação escolar e vocacional dos discentes.

Os docentes demonstram uma visão abrangente do currículo, promovendo aprendizagens que vão para além do cumprimento estrito dos programas nacionais, valorizando as dimensões artísticas, culturais, ambientais, desportivas e sociais. Nesta vertente são de realçar algumas actividades e projectos implementados, bem como o trabalho desenvolvido nos clubes existentes. O Agrupamento manifesta alguma preocupação pelo desenvolvimento do ensino experimental, realizando as experiências possíveis dentro das suas limitações, porque a Escola-Sede não dispõe de laboratórios para a promoção de práticas experimentais no processo de ensino/aprendizagem.

3. Organização e gestão escolar BOM

O Agrupamento tem vindo a planear e a desenvolver a sua actividade de acordo com a estratégia de melhoria explícita nos documentos estruturantes da acção educativa, os quais revelam algumas fragilidades de articulação. A distribuição do serviço docente e não docente é realizada de acordo com critérios pedagógicos definidos, tendo em conta os interesses dos alunos e o bom funcionamento dos serviços. O planeamento das áreas curriculares não disciplinares obedece a critérios de melhoria da qualidade das aprendizagens, através do reforço das disciplinas de maior insucesso. A oferta interna de formação para o pessoal docente e não docente é escassa. Salienta-se o bom acolhimento e o fomento do convívio de docentes e não docentes.

As instalações e os equipamentos evidenciam estados distintos de conservação e adequação. Alguns jardins-de- infância e escolas com 1.º ciclo carecem de espaços adequados às exigências da escola actual, constrangimento que, a médio prazo, será solucionado com a entrada em funcionamento da Escola Básica Integrada de S. Tomé de Negrelos, em fase de construção. Na Escola-Sede, apesar do esforço desenvolvido junto da Administração Educativa, os espaços laboratoriais e oficinais revelam-se escassos e desajustados em equipamento e áreas de trabalho, condicionando o desenvolvimento do ensino experimental. A Biblioteca da Escola-Sede, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, constitui-se como um recurso importante do Agrupamento. A segurança dos utentes é objecto de acções preventivas regulares.

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O Agrupamento revela alguma capacidade para a angariação de receitas próprias, as quais são investidas na manutenção e reparação das instalações e na aquisição de material pedagógico e didáctico e meios tecnológicos.

O Agrupamento está empenhado em integrar os pais e encarregados de educação na vida escolar, nomeadamente através do diálogo com os seus representantes, da promoção de acções de formação e do seu envolvimento no processo de auto-avaliação do Agrupamento. Foi manifestamente visível nos painéis interpelados que a associação de pais e encarregados de educação da Escola-Sede participa activamente e sente-se bastante identificada com o Agrupamento, valorizando o trabalho articulado com a direcção e cooperando na resolução de problemas. Existe um bom relacionamento com a Câmara Municipal de Santo Tirso que apoia financeira e logisticamente algumas actividades realizadas.

Os responsáveis do Agrupamento pautam a sua actuação por princípios de equidade, com vista a garantir a justiça, contando para tal com o apoio dos parceiros educativos.

4. Liderança BOM

A visão do Agrupamento sustenta-se numa gestão de proximidade, aberta, dialogante, partilhada e mobilizada para responder às principais necessidades da comunidade educativa. A direcção apresenta algumas linhas de desenvolvimento futuro, tais como a promoção do sucesso educativo dos alunos, uma melhor articulação entre ciclos, uma comunicação mais eficiente entre as diferentes estruturas intermédias e uma maior participação dos pais e encarregados de educação, sem, no entanto, propor estratégias sustentadas para a sua consecução.

O bom clima do Agrupamento, onde as interacções relacionais são consideradas acolhedoras e promotoras de bons desempenhos profissionais, tem contribuído para a motivação e empenho do pessoal docente e não docente. Os seus níveis de assiduidade são elevados e não há registo de incidentes críticos de relevo nestes grupos profissionais. O trabalho da direcção é visto com agrado pela comunidade educativa.

Algumas iniciativas promovidas pelo Agrupamento são inovadoras e têm repercussão nas aprendizagens dos alunos, sendo de salientar a qualidade de alguns projectos. A diversidade de parcerias e protocolos estabelecidos com entidades públicas e privadas, visando a melhoria do serviço educativo, constitui uma realidade que atravessa o quotidiano do Agrupamento.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento BOM

A auto-avaliação foi desenvolvida por uma equipa nomeada para o efeito, no início do ano lectivo 2009-2010, seguindo o modelo Common Assessment Framework. Foram, no entanto, introduzidas algumas alterações pontuais para atender melhor às especificidades do Agrupamento. O processo de auto-avaliação, embora ainda não consolidado, possibilitou o reconhecimento de pontos fortes, fracos, constrangimentos e oportunidades, que serviram de suporte à proposta de planos de melhoria. Na sua sequência foram introduzidas algumas melhorias no âmbito da organização e gestão e da prestação do serviço educativo.

A adesão da comunidade educativa às propostas de melhoria, o apoio institucional à equipa de auto-avaliação e o alargamento e a consolidação do processo de auto-avaliação constituem condições favoráveis ao progresso sustentado do Agrupamento.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR 1. Resultados

1.1 Sucesso académico

Os resultados escolares das crianças e alunos são tratados e analisados pelos diferentes órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, sendo identificadas as áreas de insucesso e delineadas estratégias para melhorar a qualidade de ensino e das aprendizagens. É também, monitorizada a eficácia dos planos de recuperação, de acompanhamento e desenvolvimento aplicados, cuja taxa de sucesso ronda os 75%.

O Agrupamento confronta os resultados académicos dos seus alunos com os nacionais, tendo estabelecido

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metas de sucesso por área disciplinar/disciplina. Na educação pré-escolar há registos sobre os percursos e a evolução das aprendizagens das crianças que são do conhecimento dos pais e encarregados de educação.

Em 2008-2009, as taxas de conclusão no 1.º ciclo (97,3%) e no 2.º ciclo (95,3%) são superiores às homólogas nacionais (96,1%, 92%, respectivamente), enquanto no 3.º ciclo (84,2%) são inferiores (85,1%). Nas provas de aferição do 4.º ano, verifica-se que, em 2007, 2008 e 2009, na disciplina de Língua Portuguesa, o sucesso dos alunos foi superior ao verificado a nível nacional em 3,4%, 3%, 3,6%, respectivamente. Também, na disciplina de Matemática do 4.º ano, os resultados do Agrupamento, em 2007, 2008 e 2009, foram superiores aos nacionais, em 2,7%, 0,9% e 2,1%, respectivamente. Quanto a Língua Portuguesa do 6.º ano, os resultados foram inferiores aos nacionais em 0,7% em 2007 e em 6% em 2009 e superiores em 4% em 2008. No que se refere a Matemática do 6.º ano, os resultados foram inferiores aos nacionais, no triénio 2006-2007 a 2008-2009, em 3,3%, 1,6% e 0,4% respectivamente. No que concerne aos exames do 9.º ano de Língua Portuguesa verifica-se que, em 2007 e 2008, os resultados dos alunos foram inferiores aos nacionais em 7% e 11,2%, respectivamente, e em 2009 foram superiores em 0,9%. No que se refere a Matemática os resultados foram, comparativamente com os resultados nacionais, superiores em 1,9% e 0,7% em 2007 e 2009 respectivamente e inferiores em 1,1% em 2008. No último ano lectivo, a taxa de conclusão no curso de educação e formação foi de 100%. O abandono escolar é nulo, decorrente de uma estratégia de prevenção que envolve a comunidade escolar, os pais e encarregados de educação e os parceiros sociais.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

Os directores de turma e os professores titulares de turma debatem com os alunos as normas de conduta e de funcionamento, sendo-lhes entregue um resumo do Regulamento Interno. Nos jardins-de-infância, as crianças participam na planificação das rotinas semanais. Os alunos, encontram-se representados nos conselhos de turma, participam com sugestões para os projectos curriculares das respectivas turmas e colaboram em iniciativas como o jornal da escola, a rádio escolar, o baile de finalistas. No âmbito do processo de auto- avaliação, os alunos foram inquiridos quanto ao seu nível de satisfação sobre diversos aspectos do processo de ensino e aprendizagem e do funcionamento dos vários sectores do Agrupamento. Os dados obtidos estão a ser tidos em conta na revisão do Projecto Educativo. A direcção tem promovido reuniões com os alunos delegados e subdelegados de turma para os auscultar sobre o quotidiano escolar, tendo acolhido as suas sugestões sobre a limpeza das instalações sanitárias e dos espaços exteriores. Apesar destes contributos, não existe uma cultura que estimule a participação mais activa dos alunos na vida escolar, traduzida, nomeadamente na discussão dos documentos estruturantes do Agrupamento, na apresentação de propostas de actividades e na constituição de uma Assembleia de Delegados/Associação de Estudantes. No entanto, os alunos são envolvidos em múltiplas iniciativas que visam o desenvolvimento das suas capacidades individuais (concursos), de espírito de equipa (corta-mato concelhio) e de atitudes de cidadania participativa (dia da escola limpa).

1.3 Comportamento e disciplina

As crianças e os alunos têm, em geral, um comportamento disciplinado, conhecem e cumprem as regras de funcionamento do Agrupamento. Para fomentar a disciplina, a assiduidade e a pontualidade, o Agrupamento realiza reuniões com os pais e as crianças e alunos no início do ano lectivo e inclui estas dimensões nos critérios de avaliação que estão publicitados na página do Agrupamento na Internet e podem ser consultados nas escolas. Também nas aulas de Formação Cívica se procede a uma abordagem intencional dos direitos e deveres dos alunos. Apesar de não se registarem casos graves de indisciplina, o Agrupamento tem uma estratégia de acompanhamento e de prevenção dessas situações que passa, entre outras, pela actividade do Gabinete de Orientação e Prevenção da Indisciplina. Esta estrutura conta com a presença permanente de professores mediadores que actuam em articulação com a direcção, o Serviço de Psicologia e Orientação, os pais e os parceiros educativos. Alunos, docentes e não docentes referem a sua satisfação relativamente à tranquilidade e respeito vividos entre todos.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

Com o objectivo de aumentar as expectativas dos alunos e das famílias, o Agrupamento apostou na diversificação da sua oferta educativa, através da criação de um curso de educação e formação, pensado em função das necessidades da comunidade e da inserção dos alunos no mercado de trabalho. São desenvolvidas

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algumas iniciativas que estimulam as aprendizagens das crianças e alunos e melhoram as expectativas da comunidade em relação ao serviço educativo prestado pelo Agrupamento como, por exemplo, exposições dos trabalhos dos alunos nas várias unidades educativas visitadas, jornal escolar, atribuição e divulgação de prémios no âmbito de projectos e concursos locais, concelhios e nacionais. Como forma de valorizar as aprendizagens é feita a divulgação dos prémios atribuídos pela Câmara Municipal aos melhores alunos dos 6.º e 9.º anos. Informalmente, o Agrupamento procura seguir os percursos dos alunos após a conclusão do 3.º ciclo, mas não dispõe de mecanismos que lhe permitam ter um conhecimento sistemático e efectivo dos mesmos.

2. Prestação do serviço educativo

2.1 Articulação e sequencialidade

As educadoras de infância realizam, em conjunto com os docentes do 1.º ciclo, a dinamização de diversas actividades educativas. A transição e sequencialidade da educação pré-escolar para o 1.º ciclo são apenas asseguradas pela passagem de informação sobre as competências adquiridas pelas crianças aos professores do 1.º ano que as vão receber e do 1.º para o 2.º ciclo, através de uma reunião entre os titulares de turma do 4.º ano e os directores de turma do 5.º ano. Entre os docentes dos 2.º e 3.º ciclos realiza-se um trabalho cooperativo para produção ou selecção de materiais e recursos didácticos e pedagógicos, partilha de práticas, definição de estratégias de ensino e calibragem de instrumentos de avaliação, nomeadamente os testes diagnósticos. A articulação intradepartamental é mais consistente que a interdepartamental e concretiza-se através de dinâmicas que facilitam a gestão curricular, a aplicação dos critérios de avaliação, a reflexão sobre os resultados dos alunos, a partilha de experiências e materiais e a construção de instrumentos de avaliação. Já a articulação interdepartamental acontece, essencialmente, nos conselhos de turma, sendo patente no desenvolvimento de alguns projectos e actividades, bem como na elaboração e execução dos projectos curriculares de grupo/turma. No início do ano lectivo, os coordenadores dos directores de turma dos 2.º e 3.º ciclos promovem reuniões com os respectivos directores de turma para preparar o desenvolvimento do ano lectivo e estabelecem orientações de actuação comuns.

Os Serviços de Psicologia e Orientação promovem a orientação escolar e vocacional dos alunos, esclarecendo- os, bem como às respectivas famílias, sobre as opções a tomar.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

Há coerência entre o planeamento da actividade lectiva e as orientações dos diversos departamentos e os projectos curriculares decorrem das especificidades dos grupos/turmas. Existem orientações para a elaboração dos projectos curriculares de turma e os departamentos adaptam os critérios gerais de avaliação dos alunos às especificidades das disciplinas. Os resultados dos alunos na mesma disciplina/ano de escolaridade são analisados pelas diferentes estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e, em face desses resultados, procede-se à reformulação ou consolidação de estratégias de ensino. Apesar de se terem observado aulas no âmbito do processo de avaliação do desempenho dos docentes, ainda não existe uma cultura de acompanhamento e supervisão da prática lectiva em sala de aula. Este acompanhamento é realizado, por via indirecta, nas reuniões dos departamentos.

2.3 Diferenciação e apoios

O Agrupamento tem sabido responder aos principais desafios colocados, quer pelos alunos referenciados com necessidades educativas especiais, quer pelos que manifestam dificuldades de aprendizagem. A referenciação e a avaliação das crianças e alunos com necessidades educativas especiais são realizados pelos docentes da educação especial. No Agrupamento existem 34 crianças e alunos referenciados com necessidades educativas especiais e funciona uma Unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência.

Existe uma política de diferenciação pedagógica que se concretiza no desenvolvimento de estratégias e práticas pedagógicas diversificadas, não só para as crianças e alunos com necessidades educativas especiais, mas também para os que têm problemas de aprendizagem. As estratégias de diferenciação pedagógica, explícitas nos planos de desenvolvimento, de recuperação e de acompanhamento, e a disponibilidade dos docentes para apoiar os discentes fora do seu horário de trabalho têm contribuído para a melhoria das aprendizagens e o

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consequente sucesso educativo. As medidas específicas contemplam: currículos específicos, adaptações curriculares, apoio pedagógico personalizado, acompanhamento na sala de estudo, actividades de recuperação, assessorias nas aulas de Matemática, entre outras. Relativamente aos alunos que não têm o Português como língua materna é disponibilizado apoio pedagógico para facilitar a sua integração. O Agrupamento recorre a várias instituições locais, com as quais mantém protocolos, que o apoiam em relação ao serviço prestado às crianças/alunos com necessidades educativas especiais.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

O Agrupamento valoriza as dimensões artísticas, culturais, ambientais, desportivas e sociais através da promoção de diferentes acções e projectos desenvolvidos, individualmente ou em parceria com instituições da região. Neste âmbito, são de destacar os clubes de Jornalismo, de Música, de Guitarras, e os projectos como o Desporto Escolar (badmington, aeróbica, escalada), a Escola-Piloto de Alemão, a Rádio Escola, o Eco-Escolas, a dinamização da Biblioteca Escolar e as visitas de estudo, entre outros. O Agrupamento oferece, para além de um curso de educação e formação, Fotografia, Pintura, Música, Tecnologias da Informação e Comunicação e quatros línguas (Inglês, Espanhol, Francês e Alemão). No 1.º ciclo, oferece como actividades de enriquecimento curricular o Ensino de Inglês, a Expressão Plástica, a Expressão Musical e a Actividade Física e Desportiva. As crianças da educação pré-escolar usufruem de actividades variadas (Actividade Física e Desportiva, ateliers de expressão plástica, educação musical, tecnologias de informação) supervisionadas pelas educadoras titulares de grupo. A aprendizagem da Matemática tem beneficiado com a adesão ao Plano de Acção para a Matemática, este ano lectivo alargado ao 1.º ciclo. Apesar de a Escola-Sede não ter salas específicas para laboratórios, fez as adaptações necessárias para a realização de experiências no âmbito das Ciências Naturais e Físico-Química e tem adquirido algum equipamento e material, visando estimular e despertar o gosto dos alunos para a importância desta prática. Pelo menos, uma vez no ano lectivo, as crianças e alunos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo deslocam-se à Escola-Sede para realizar e partilhar as suas próprias experiências.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Agrupamento definiu os princípios orientadores da sua acção no Projecto Educativo, actualmente, em processo de revisão, o qual é estruturado em grandes áreas de intervenção: sucesso educativo, articulação, disciplina, participação dos pais, sendo que o Plano Anual de Actividades e o Projecto Curricular de Agrupamento apresentam um conjunto de intenções e propostas de actividades diversificadas, no âmbito dos princípios orientadores definidos. Contudo, ainda não existe uma articulação estruturada entre as necessidades e problemas detectados e os objectivos, as estratégias e as metas definidas. Não há evidências de que os trabalhadores não docentes, os pais e outras entidades externas tenham tido uma participação significativa na elaboração dos documentos estruturantes. Os projectos curriculares de grupo/turma têm em conta as características e as necessidades das crianças e alunos. Existem orientações para o desenvolvimento das áreas curriculares não disciplinares e foram estabelecidos critérios, no Conselho Pedagógico, para a sua atribuição. O Estudo Acompanhado está essencialmente dirigido para o reforço da Matemática e da Língua Portuguesa. Os instrumentos estruturantes estão divulgados na plataforma Moodle e na página do Agrupamento na Internet e os alunos e os pais recebem a informação mais relevante sobre direitos e deveres constantes do Regulamento Interno, calendário escolar e critérios de avaliação.

3.2 Gestão dos recursos humanos

Na distribuição do serviço docente prevalece, sempre que possível, a continuidade pedagógica dos docentes, dos directores de turma e das equipas pedagógicas das turmas do 2.º ciclo e do curso de educação e formação.

A acção do director de turma foi alvo de uma planificação cuidada, da qual resultou a criação de instrumentos de apoio ao trabalho organizacional e de acompanhamento pedagógico. Os Serviços Administrativos dão uma resposta adequada às exigências da comunidade educativa. No caso dos assistentes operacionais, a afectação é feita por áreas funcionais, recorrendo-se, por vezes, à rotatividade de funções. A assiduidade do pessoal docente e não docente é monitorizada, estando assegurado o normal funcionamento das actividades lectivas e dos diferentes sectores e serviços. O plano de integração de docentes e não docentes consta do Plano Anual de

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Actividades, sendo a sua responsabilidade partilhada pelas estruturas intermédias e pela direcção, que agenda uma reunião com os novos profissionais, antes do início do ano lectivo, onde lhes dá a conhecer algumas das regras fundamentais do funcionamento do Agrupamento e o Projecto Educativo. Os momentos de convívio, ao longo do ano, têm contribuído para reforçar a coesão e o sentido de pertença dos seus profissionais. A formação interna dos professores e restantes trabalhadores, embora seja entendida como uma condição para a melhoria dos seus desempenhos, ainda é insuficiente.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

Embora as instalações da Escola-Sede acusem o passar do tempo, a preocupação com a manutenção e conservação das mesmas é patente. Algumas salas apresentam problemas de salubridade que a direcção procura colmatar com receitas próprias. As salas específicas de Ciências da Natureza, Ciências Naturais e Físico-Químicas não reúnem condições de trabalho, necessitando de remodelação urgente, que já foi solicitada às entidades competentes. A Câmara Municipal assumiu os encargos com a substituição do piso do pavilhão gimnodesportivo que apresenta, neste momento, boas condições para o exercício da prática desportiva. A segurança tem merecido atenção por parte dos responsáveis do Agrupamento, registando-se uma actuação preventiva e sistemática, tendo sido realizados simulacros e exercícios de evacuação. A Biblioteca/Centro de Recursos Educativos, que integra a Rede de Bibliotecas Escolares, está bem equipada, tem um acervo bibliográfico diversificado e dispõe de espaços acolhedores e atraentes. A actividade Baú Itinerante permite a circulação de parte do seu acervo bibliográfico pelas escolas. O Agrupamento está a reforçar progressivamente o seu equipamento de base digital, com a aquisição de quadros interactivos, e a intensificar a utilização das tecnologias da informação e comunicação, utilizando-as para a melhoria da comunicação interna.

O Agrupamento capta algumas verbas, para além das provenientes do Orçamento do Estado, através da cedência a título oneroso do pavilhão gimnodesportivo, bem como da candidatura a projectos, que têm sido investidas, preferencialmente na manutenção e melhoria dos espaços e na aquisição de equipamentos pedagógicos e didácticos e de meios tecnológicos.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

A participação dos pais na vida escolar constitui um dos objectivos do Projecto Educativo. Para esse efeito são desenvolvidas várias iniciativas, destacando-se a recepção pelos professores titulares de grupo/turma e pelos directores de turma no início do ano lectivo e a realização de actividades específicas constantes do Plano Anual de Actividades (ex., festas de Natal e de encerramento do ano, sarau de poesia, palestras sobre sexualidade, alimentação, entre outras). Também como forma de aumentar a participação dos pais e encarregados de educação no acompanhamento dos seus educandos, os professores titulares de turma e os directores de turma flexibilizam o respectivo horário de atendimento.

A actual direcção promove uma política de abertura e de diálogo, reconhecida pelos pais e encarregados de educação entrevistados. Neste sentido, reúne periodicamente com os representantes das respectivas associações, no sentido de ouvir os seus problemas e encontrar soluções concertadas para os resolver. As associações de pais e encarregados de educação revelam conhecer as problemáticas das escolas e colaborar na sua resolução, bem como na manutenção de espaços e equipamentos, na organização de actividades e nas visitas de estudo. A associação de pais e encarregados de educação da Escola-Sede sente-se bastante identificada com o Agrupamento, valoriza o trabalho da actual direcção e colabora nas actividades e na resolução dos problemas que afectam a acção educativa. A colaboração da Câmara Municipal de Santo Tirso e das juntas de freguesia tem uma grande expressão na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, na organização da componente de apoio à família e das actividades de enriquecimento curricular, bem como na manutenção das instalações e na aquisição de equipamentos. Registe-se o apoio da referida Câmara Municipal nas obras de qualificação do pavilhão gimnodesportivo e a colaboração dos pais para a contratação de uma psicóloga.

Saliente-se, igualmente, que o tecido empresarial do concelho proporciona a formação em contexto de trabalho para os alunos do curso de educação e formação, através do estabelecimento de parcerias.

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3.5 Equidade e justiça

Encontram-se definidos critérios para a gestão do tempo escolar, sendo respeitados os princípios de equidade na constituição das turmas, bem como na elaboração dos horários dos alunos, não existindo actividades lectivas à 4.ª feira à tarde, de modo a permitir a realização de actividades de enriquecimento curricular, reuniões e outras actividades conjuntas. Os critérios definidos para a distribuição de serviço e para a constituição das turmas, bem como a salvaguarda da participação dos alunos carenciados nas diversas actividades educativas, são aspectos que concorrem para assegurar a igualdade de oportunidades. Também as modalidades de apoio educativo e os auxílios económicos no âmbito da Acção Social Escolar promovem a igualdade de oportunidade e a justiça social. São apresentadas alternativas ao currículo regular através da oferta de um curso de educação e formação e, quando adequado, é realizado o encaminhamento dos alunos para cursos existentes noutros estabelecimentos de ensino. A Câmara Municipal e as juntas de freguesia dão um contributo para a promoção da igualdade de oportunidades, através dos apoios económicos prestados e da disponibilização de transportes escolares.

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

Apesar de a direcção ter assumido funções no início do ano lectivo, pudemos percepcionar que a sua visão estratégica se sustenta numa gestão aberta e dialogante, mobilizada para superar novos desafios. A direcção apresenta algumas linhas de desenvolvimento futuro, tais como a promoção do sucesso educativo dos alunos, uma melhor articulação entre ciclos, uma comunicação mais eficiente entre as diferentes estruturas intermédias e uma maior participação dos pais e encarregados de educação. Contudo, não há definição consistente e sustentada de estratégias, recursos e calendarização para a obtenção daquelas intenções.

O trabalho da direcção é visto com agrado por toda a comunidade educativa que assume que o Agrupamento está a ter uma maior visibilidade na região.

4.2 Motivação e empenho

Os responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas intermédias conhecem bem as suas competências e a sua área de actuação, sendo a liderança da direcção aberta, dialogante e partilhada. As decisões são tomadas com base na auscultação dos órgãos e das estruturas intermédias, da equipa de auto-avaliação, do pessoal docente e não docente, dos pais e dos alunos. A generalidade dos membros da comunidade escolar mostra-se motivada e empenhada na resolução das problemáticas educativas emergentes no Agrupamento. As educadoras e os professores evidenciam actuar com profissionalismo e dedicação, sendo o seu trabalho valorizado por pais e alunos. Docentes e não docentes manifestam motivação e empenho na consecução das suas funções, sendo os níveis de assiduidade monitorizados e não havendo registo de incidentes críticos nestes grupos profissionais.

4.3 Abertura à inovação

O Agrupamento manifesta alguma abertura à mudança que se reflecte em atitudes de inovação na resolução das situações problemáticas com repercussão nas aprendizagens dos alunos, na estratégia de prevenção do abandono escolar e ainda na criação da sala de estudo orientado, nos clubes e na mobilização de apoios necessários com envolvência em projectos locais, nacionais e internacionais – Rede de Bibliotecas Escolares, Desporto Escolar, Plano Nacional de Leitura (LER+), Já sei ler, Leitura em Vai-e-Vem, Plano de Acção para a Matemática, concurso nacional de jornais escolares, Escolas-Piloto de Alemão e Comenius, entre outros.

Também são desenvolvidos outros projectos inovadores, relacionados com as aprendizagens, de entre os quais se salientam os potenciados pelas tecnologias da informação e comunicação. A sua utilização pelos docentes, não docentes, crianças/alunos e pais é uma prática, reforçada com a utilização da plataforma Moddle, blogues, e-mails institucionais fornecidos pela direcção a cada um dos docentes. Esta utilização tem permitido diversificar os métodos de ensino e melhorar a informação e a comunicação interna.

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4.4 Parcerias, protocolos e projectos

O Agrupamento tem estabelecido algumas parcerias com as forças vivas e entidades públicas do concelho de modo a encontrar as soluções mais pertinentes para os seus problemas e a promover a integração das crianças/alunos com necessidades educativas especiais. Os trabalhos realizados com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, o Serviço Local da Segurança Social, o Centro de Saúde, a Associação de Moradores de Ringe, o Clube Desportivo de Vila das Aves, Associação para a Integração de Crianças Inadaptadas de Guimarães, Associação Sol Nascente, Associação de Solidariedade e Acção Social, Associação de Municípios do Vale do Ave, Instituto do Emprego e Formação Profissional e Lar Familiar Tranquilidade são, disso, exemplo. O Agrupamento estabelece com a Câmara Municipal de Santo Tirso uma parceria activa, numa relação colaborativa, nomeadamente a nível da manutenção dos JI/EB1, da implementação da componente de apoio à família e da organização das actividades de enriquecimento curricular e do desenvolvimento de projectos nos distintos níveis e ciclos de ensino. Desenvolve também diversos projectos nacionais e locais (Plano de Acção da Matemática, Plano Nacional da Leitura, Promoção e Educação para a Saúde, Rede de Bibliotecas Escolares e Desporto Escolar) e internacionais (Comenius, Escolas-Piloto de Alemão). A divulgação das acções e, particularmente, dos resultados obtidos é feita predominantemente a nível interno e local, nomeadamente através da página do Agrupamento na Internet e do jornal escolar Janela Aberta.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

5.1 Auto-avaliação

O processo de auto-avaliação do Agrupamento considerou as dimensões essenciais (liderança, planeamento e estratégia, gestão de pessoas, parcerias e recursos, gestão de processos e mudança, resultados), previstas no modelo Common Assessment Framework (CAF). Relativamente a cada uma dessas dimensões, foram feitos grupos de trabalho no âmbito do Conselho Pedagógico. A equipa de auto-avaliação, constituída no início do ano lectivo de 2009-2010, aplicou inquéritos por questionário, por amostragem, aos diversos actores educativos (pais, alunos, professores, trabalhadores não docentes). As consequências da auto-avaliação já se fizeram sentir através de algumas medidas, designadamente na clarificação da missão e valores do Agrupamento, na adopção de identificação para os visitantes, no alargamento e adequação do horário da reprografia, na maior frequência de reuniões com o pessoal não docente e na criação do Observatório da Avaliação (onde se pretende recolher, tratar e analisar de forma sistemática os dados e informações sobre a avaliação dos alunos). De forma mais abrangente, o resultado mais visível do trabalho da equipa de auto-avaliação foi a elaboração de uma proposta de melhoria para o Agrupamento em diversas áreas de intervenção, identificadas como pontos fracos (sucesso e abandono escolares, articulação vertical e horizontal, formação contínua interna dos profissionais, circuito de comunicação, entre outras). O Agrupamento pretende alargar e consolidar o seu processo de auto-avaliação.

5.2 Sustentabilidade do progresso

O Agrupamento revela conhecer pontos fortes e fracos e identifica oportunidades e constrangimentos. Com o objectivo de colmatar as suas dificuldades, implementou planos de melhoria, propostos pelos órgãos e estruturas intermédias. O alargamento e consolidação do processo de auto-avaliação, a adesão da comunidade educativa às propostas de melhoria e o apoio institucional à equipa de auto-avaliação dão garantias de continuidade do trabalho, nomeadamente no que diz respeito às novas acções a implementar e à monitorização das mudanças em curso no Agrupamento.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas Ave (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

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Entende-se aqui por:

• Pontos fortes – atributos da organização que ajudam a alcançar os seus objectivos;

• Pontos fracos – atributos da organização que prejudicam o cumprimento dos seus objectivos;

• Oportunidades – condições ou possibilidades externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos;

• Constrangimentos – condições ou possibilidades externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

As taxas de transição/conclusão dos alunos dos 1.º e 2.º ciclos e os resultados nas provas de aferição do 4.º ano e nos exames do 9.º ano superiores aos nacionais no ano de 2008-2009.

A existência de uma estratégia preventiva do abandono escolar, com reflexos na sua redução.

A gestão eficaz dos recursos humanos e materiais.

As dinâmicas implementadas para aumentar a participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar.

A capacidade de abertura, diálogo e cooperação da direcção.

A diversidade de projectos promotores da melhoria do serviço educativo e das aprendizagens.

Pontos fracos

As taxas de transição/conclusão dos alunos do 3.º ciclo, bem como os resultados nas provas de aferição do 6.º ano, inferiores aos nacionais no ano 2008-2009.

A falta de consolidação da articulação curricular e sequencialidade entre os diferentes ciclos de educação e ensino.

A falta de supervisão e acompanhamento generalizados da prática lectiva em sala de aula.

A reduzida articulação dos documentos estruturantes da acção educativa.

A inexistência de uma estratégia sustentada para a consecução das linhas de desenvolvimento futuro do Agrupamento.

A débil consolidação do processo de auto-avaliação.

Oportunidades

A previsível construção de uma Escola Básica Integrada poderá potenciar a melhoria das condições de ensino e aprendizagem das crianças/alunos de S. Tomé de Negrelos.

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Constrangimentos

As insuficientes condições de habitabilidade de alguns espaços na Escola-Sede, bem como a falta de salas específicas e equipamentos laboratoriais e oficinais adequados, poderão condicionar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, especificamente do ensino experimental.

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