MERCADO DE TRABALHO
- FORMAL E ALTERNATIVO
-DO BIBLlOTECARIO
BRASILEIRO
MARIA DE LOURDES CORTES ROMANELLI*
RESUMO
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E s t a p e s q u i s a o r i g i n o u - s e d a n e c e s s i d a
-d e d e u m l e v a n t a m e n t o d e d a d o s r e l a t i v o s
a o m e r c a d o d e t r a b a l h o b i b l i o t e c á r i o b r a
-s i l e i r o , d e fi n i d o c o m o u m a d a s a ç õ e s p r i o
-r i t á -r i a s d a D i -r e t o -r i a d a F e d e r a ç ã o B r a s i l e i -r a d e A s s o c i a ç õ e s d e B i b l i o t e c á r i o s ( F E
-B A -B ) , n a r e u n i ã o e x e c u t i v a r e a l i z a d a e m
S ã o P a u l o , e m s e t e m b r o d e
84,
c o m a p r e -s e n ç a d o s p r e s i d e n t e s d a s A s s o c i a ç õ e s E s-t a d u a i s e d a s C o m i s s õ e s B r a s i l e i r a s d e D o
-c u m e n t a ç ã o E s p e c i a l i z a d a . C o n t é m a s l i
-n h a s g e r a i s d o p r o j e t o q u e d e v e r á s e r
c o o r d e n a d o p e l a a u t o r a , c o m o A s s e s s o r a
d e V a l o r i z a ç ã o e D i v u l g a ç ã o P r o fi s s i o n a l
d a F E B A B . D e v e r á s e r r e a l i z a d a c o m
a p o i o e p a r t i c i p a ç ã o d a s A s s o c i a ç õ e s E s t a
-d u a i s -d e B i b l i o t e c á r i o s e C o n s e l h o s R e g i o
-54
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n a i s d e
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B ib lio te c o n o m ia . V i s a d e t e c t a r a szyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
--r e a l i d a d e s r e g i o n a i s e e m p a r t i c u l a r a s l o
-c a i s , a l e r t a n d o o s r e s p o n s á v e i s p e l a a ç ã o b i -b l i o t e c á r i a a c e r c a d a r e s p o n s a b i l i d a d e s o
-c i a l : d e - -c a d a u m , o b j e t t v a n d o b e n e fi c i a r a
c a t e g o r i a c o m o u m t o d o . A b r a n g e e s t u
-d o s s o b r e r e c i e / a g e m d o s p r o fi s s i o n a i s , n í
-v e l s a l a r i a l e s e r v i ç o s a u t ô n o m o s , c o m o
t a b e l a s d e p r e ç o s d e s e r v i ç o s e m a n e x o .
I n c l u i b i b l i o g r a fi a .
J xv0
-* Assessora de Divulgação e Valorização Pro-fissional da FEBAB. Responsável pela Dire-toria de Assistência a Bibliotecas Públicas da Biblioteca Pública Estadual - Minas Gerais.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4) :54/82, Dez/85
I - JUSTIFICATIVA:
MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO
1. De 22 a 23 de setembro de 1984 em Assembléia Comemorativa de 25 anos da FEBAB estavam reunidos em São Pau-lo os presidentes das Associações Esta-duais dos B ibl iotecár ios, presidentes de Comissões Brasileiras de Documentação por áreas Especial izadas e os membros da Diretoria da FEBAB, sob a presidência de May Brookinq: Negrão. Naquele momento foram discutidos os principais problemas que entravam a organização da classe, co-mo uryJ todo, tendo sido levantada a ne-cessidade de se coletar dados que permi-tam verificar se há participação dos bi-bl iotecários nas lutas pela sua valorização e seu nível de engajamento nos movimen-tos reinvidicatórios da sociedade brasilei-ra, no momento atual. Ao mesmo tempo foi sentida a necessidade de se verificar os níveis de competência, agressividade e criatividade dos profissionais, na ocupa-ção do mercado de trabalho.
t
A situação dos desempregados, dos re-cém-formados e autônomos também foi discutida. E sentiu-se a necessidade de ve-rificar se há adequação do profissional bi-bl iotecário em relação às renovadas de-mandas do mercado de trabalho, fator que deve ser pesquisado porque poderá trazer a curto e médio prazo o aproveita-mento ou não de bibliotecários nos pos-tos-chaves do espaço de trabalho.2. Em decorrência destas e de outras considerações foi sentida a necessidade de um levantamento da situação do mercado de trabalho como ele se apresenta no mo-mento atual e das tendências para o
futu-ro, para subsidiar a pai ítica de trabalho das Associações e da FEBAB em relação a valorização e divulgação profissional. Foi proposto o planejamento de uma a ç ã o i n
-t e g r a d a destes órgãos, a nível
nacionalpa-ra:
2.1. adequar usos e outras formas de reciclagem e de sensibil idade às necessida-des reais do mercado.
2.2. estudar as oportunidades existen-tes no
mercado
de trabalho atual;2.3. preparar um marketing nacional dirigido aos jovens, empresas e escolas pa-ra atpa-rair elementos bem qualificados para a área da bibl ioteconomia e paralelamente expand ir as oportunidades de atuação do profissional .
--\
\--3. Foram estabelecidas pelos partici-pantes da reunião as Iinhasde ação prior i-tárias - às cordas que devemos puxar to-dos juntos - e que servirão de guia para a ação integrada (anexo 1).
4. Tendo sido aprovada a proposta da ação integrada discutiu-se ainda os níveis de atuação das Comissões Brasileiras em relação às Associações e aos grupos de tra-balho existentes nos Estados, chegando-se a uma esquematização da Relação entre os grupos - as Associações Estaduais eO!
órgãos nacionais (FEBAB e Comissõesi definindo-se também a posição da Asses-soria de Valorização e Divulgação Profis-sional como suporte básico da ação inte-gradora (anexo 2).
5. Neste momento e a partir das ava-liações e propostas foram feitas
1985 de técnico em administração (mes-mo tendo
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
3<:> Grau e pós-graduação) é ho-je um dos profissionais de maior penetra-ção na área empresari ai e governamental, responsável por mu itas das mudanças ocorridas--
na sociedade brasileira.O bibliotecário embora seja um ele-mento de profissão bastante antiga so-mente se organizou para defender seu es-paço profissional no mercado de trabalho brasileiro muito recentemente. São co-nhecidas na E uropa e nos E E U U as iu tas e vitórias da IFLA, da ALA, de Paul Otlet 8
dos documental istas europeus a favor do profissional de bibl ioteconomia e docu-mentação e que vem gerando uma grande força de coesão da classe, valorização e
benefícios para o profissional no mercado de trabalho. No Brasil, um dos primeiros movimentos para reunir o pessoal biblio-tecário e discutir aspectos mercadológicos da profissão foi a real ização do 1o Con-gresso Brasileiro de Bibl~.t onomia no Recife, em 1954. O temár~- "Situação atual da biblioteconomia no Brasil" -poderia ser, pela atual idade do tema e da necessidade de sua discussão hoje, assunto do próximo CBBD que voltará a ser rcali-zado no Recife, em 1987.
Enquanto no Brasil o movimento asso-ciativo ensaiava os primeiros passos, com 6 associações existentes, reunia-se em Ma-drid, em 1957 a 24~ Sessão Anual da Fe-deração Internacional de Associações de Bibliotecários. Nesta reunião Laura Russo (20) começou a preparar a tese que leva-ria ao 2<:> CBBD, que seria realizado so-mente em 1959.
A tese seria sobre a criação da Federa-Maria de Lourdes Côrtes Romanelli MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO t3RASI LEIRO dações
à
Assessoria de Valorização eDi-vulgação do Profissional no sentido de, entre outras tarefas:
5.1. considerando os Grupos de Traba-lho como a célula básica do movimento associativo, identificar os grupos estaduais ativos e os desativados visando sua ação em trabalhos independentes e/ou integra-dos com as Comissões Brasileiras;
5.2. fazer Uf'Y: levantamento de tabelas
de preços de serviços autônomos, salários médios dos profissionais e situação geral do 'fIercado de trabalho do bibliotecário;
5.3. participar de estudos e discussões sobre a vai idade ou não de "piso salarial", nacional e dos salários mínimos regionais; 5.4. rever a situação dos Bancos de Emprego existentes verificando a necessi-dade de sua criação e organização, atuali-zação de currículos cadastrados e eficácia;
v.v
5.5. levantar bibl iografias de traduções técnicas e de textos estrangeiros que pre-cisam ser traduzidos para o português e divulgados em revistas técnicas;
5.6. incentivar o bibliotecário, o pro-fessor e o pesquisador brasileiro a repen-sar sua prática e preparar textos originais sobre assuntos de interesse regional e na-cional;
5.7. estimular o autor nacional a cola-borar nas revistas técnicas já existentes, evitando-se a dispersão da produção na- . cional.
6. Considerando bastante complexa a tarefa a ser real izada e dada a ampl itude dos temas propostos para o trabalho desta Assessoria foi feito no 1o Semestre de
1985 um estudo preliminar dos temas. A
56
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4): 54/82, Dez/85 Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4) :54/82, Dez/8557
leitura de parte da literatura existenteso-bre o assunto, entrevistas e contatos com outros colegas interessados em vários des-tes temas já permitiram restringir o cam-po do projeto a ser realizado para a FE-BAB.
Com a participação da bibl iotecária Maria Cristina Guimarães Loureiro, autô-noma e na época trabalhando no Hospital das CI ínicas de Minas Gerais/Departamen-to de Cardiologia foi feito um perfil do projeto, que se propõe a estudar somente aspectos relativos ao Mercado de Traba-lho dos Bibliotecário Brasileiro, na atuali-dade. Este perfil foi apresentado no 2<:> Encontro de Bibliotecários do Rio de Ja-neiro para servir de introdução a uma dis-cussão em painel sobre o tema, e refeito a partir de críticas e sugestões dos colegas e de novas leituras, que se fizeram necessá-rias para maior aprofundamento.
Para melhor compreensão do projeto é importante que sejam definidos alguns conceitos básicos, complementados por análise e contribuições de alguns dos au-tores que pesquisam sobre o tema, no
Brasil. ~
Mercado de Trabalho é o "conjunto de relações existentes em dado momento, entre compradores e vendedores de traba-lho" (2) ou é a área onde se dão as trocas: a oferta e a procura de mão-de-obra para fazer determinado trabalho. Difere no tempo e no espaço, gerando velhos e no-vos tipos de relações. Assim, por exem-plo, se desde a invenção do transporte so-bre animais em toda aldeia e cidade havia o seleiro, este profissional que tinha sta-tus considerável e nome no mercado de
trabalho, até a invenção do automóvel, praticamente só persiste em cidade de zo-nas pastoris. Em seu lugar surgiram as inú-meras oficinas de conserto e manutenção de transporte rodoviário, este sim gerador de inúmeros outros empregos a ele rela-cionados.
Focalizando este aspecto, Suaiden (50) lembra que o mercado de trabal ho rece-be três influências básicas: 1. o meio físi-co, a ação do ambiente ou do fator geo-gráfico sobre o grupo social; 2. o fator vo-lume e composição da população gerando necessidades de especializações e número crescente de profissionais destas especiali-zações; e 3. os diferentes estágios da in-dústria e do comércio gerando mu itos em-pregos, com absorção rápida de mão-de-obra, inclusive do pouco experiente, ou dos recém-formados.
Como as realidades estão sempre mu-dando é preciso que haja constantes pes-quisas para acompanhar as variações da "balança de empregos" e adequar cons-tantemente a ela a política de formação de mão-de-obra.
Entre as profissões liberais brasileiras é marcante o acontecido com o administra-dor de empresas. Até 1960 era um profis-sional praticamente inexistente no merca-do de trabalho brasileiro. Depois da for-mação das primeiras turmas a começar da Fundação Getúlio Vargas e das Faculda-des de Ciências Econômicas e com a pro-teção da lei que regulamentou a profissão (datada de 1963) e da formação de Asso-ciações e Sindicatos que defenderam com eficiência o profissional e seu espaço de trabalho, o administrador - chamado até
..
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
presas particulares e situava a carreira emrelação a outros profissionais de nível uni-versitário do Estado.
Mais recentemente Lúcia Helena Pi-menta Lima, como Presidente da Comis-são Brasileira de Bibliotecários pela Valo-rização e Divulgação Profissional, depois transformada em Assessora da F EBAB, apresentou um Projeto de Pesquisa ao CNPQ para realizar um levantamento do mercado de trabalho do Bibliotecário no Brasil (28) que não conseguiu ter prosse-guimento por falta de financiamento.
dem ter contribuído para a criação, em 1976 do curso de Pós-Graduação da Esco-la com as áreas de concentração: Bibliote-ca e EduBibliote-cação e Bibl ioteca e Informação Es~alizada_
m 1981, Ferreira, Rabello e Cabral, fazem (42) levantamento da situação de emprego e desemprego dos formad.os en-tre 1975 e 1979 em Belo Horizonte, para estudo relativo ao estágio extra-curricular em Bibl ioteconornia. Nas conclusões vê-se que dos 240 'profissionais pesquisados, 73,2% estão atuando na área como
biblio-+
tecár ios, professores e em exercício da função de bibl iotecário. As razões do de-semprego entre formados, são vari adas, 29 desempregados do grupo pesquisado 16 (isto é 55,2%) não encontram empre-go, 9 (31%) tinham motivos familiares pa-ra o desemprego e dos 4 restantes um ha-via sido demitido, outro esperava empre-go, um se transferia de firma e outro fazia pós-graduação. O estudo mostra ainda os salários da época, entre 112 profissionais contratados como bibliotecários. Pela ta-bela apresentada vê-se que 33,1% perce-biam salários de Cr$ 21 a Cr$ 30.000,00 e 20% recebiam de Cr$ 31 a 40.000,00. "Corno a pesquisa foi feita em Cr$ 1.000,00e não medidas padrão (como o salário-mí-nimo, por exemplo) torna-se difícil sua utilização sem um valor comparativo, ou uma pesquisa complementar deste dado, de ano para ano.
Os trabalhos mais recentes sobre o as-sunto são os de Vieira (51) sobre o Semi-nário Novos Rumos para a
Bibliotecono-mia e os de Souza e Maia (49) e Brito (8) apresentados no XIII CBBD em Vitória, ção Brasileira de Associações de
Bibliote-cários, com metas bem definidas, na épo-ca: lutar pela regulamentação profissional, na Câmara Federal e a aprovação do cur-rículo mínimo das Escolas de Biblioteco-nomia pelo Conselho Federal de Educa-ção, com registro de diplomas de todos os profissionais já formados pelos oito cur-sOjJie Bibl ioteconom ia então ex istentes.
J
O passo decisivo para definição e am-pliação do mercado de trabalho do biblio-•.. tecário brasileiro foi a promulgação em30 de junho de 1962 a Lei 4.084 básica para a profissão, que foi regulamentada
somente dois anos após, em 1965 (Decre- Com uma bibliografia consultada que to 56.725 de 16.08.84). No mesmo ano inclui vários autores da área de sociologia, foram eleitos os membros do Conselho o trabalho permanece inédito.
Federal de B iblioteconomia e criados 10 Os professores da Escola de Bibl ioteco-Conselhos Regionais responsáveis pela nomia da UFMG tem produzido trabalhos Fiscalização Profissional e acompanha- que mostram sua preocupação com o pro-mento de ocorrências legais do mercado fissional que formam e sua adequação ao de trabalh~ mercado de trabalho. Ferreira (22) relata
As Assõi!\ações de Bibl iotecários e os os resultados do seminár io real izado em Conselhos Regionais de Biblioteconomia 1973 com os alunos de graduação. Entre sempre estão interessados pelo tema .rner- as propostas deste seminário foi sugerida cado de trabalho. a criação de um setor de Educação em
Bi-Em 1978 Mercedes Della Fuente apre- blioteconomia que colaboraria na avalia .. sentou na Assembléia das Comissões Per- ção constante do currículo, do ensino e manentes da FEBAB, em São Paulo, um aprendizagem e na reciclagem dos docen--{ trabalho sobre salários e pol ítica salarial tes. Também foram propostos cursos de
(15) que mostrava a atuação da Associa- especial ização, principalmente na área de ção Paulista de Bibliotecários, da qual era administração e organização de bibliote-presidente junto ao governo do estado pa- cas e serviços de informação e de forma-ra melhor ia no nível universitário do Bi-
cão
.~agógica para quem trabalha nas bi-bliotecário, sendo conseguido 83% de au- bliotecas escolares e infanto-juvenil. Foi mento para a categoria. Feito em cofabo- sentida a necessidade de se incluir no cur-ração com Mariza Amereno, a pesquisa in- rículo o que seria a ética profissional, cluia tabelas comparativas de salários pa- principalmente relacionada com a valori-gos por entidades governamentais e em- zação e questão salarial. Estas análisespo-58
Revista Brasileira de Biblioteconornia e Documentação 18(3/4): 54/82, Dez/85.~
em julho de 1985. Dos resultados do Se-minário Novos Rumos realça "que o alu-no vislumbrou seu potencial para realizar trabalho interdisciplinar com o comunica-dor, administrador de lazer, o museólogo, o agente de turismo, o pedagogo, o pes-quisador e o gerente de pesquisas, o técni-co em técni-computação e microfilmagem e até mesmo com o político'\ E, mais além, tem-se que, nas respostas de pós-teste rea-lizado ao fim do seminário, "todos os alu-nos incluiram consultoria ou trabalho co-mo autônoco-mo entre as opções viáveis. Se isso se confirmar na real idade será a se-mente de mudança no mercado bibliote-cário a caminho do resgate de nossa con-dição de profissionais liberais. A este pro-pósito fazemos aqui u.n parêntese: não se-ria tempos de as escolas de Bibliotecono-mia se ocuparem menos da formação de bibl iotecário - funcionário-públ ico, uma vez que o mercado se diversifica?" (51)
No XIII CBBD houve vários momentos em que se questionou o mercado de tra-balho tradicional, formal que se encontra nas bibl iotecas e centros de documenta-ção e arquivos dos órgãos governamentais, empresas, instituições e escolas. E se dis-cutiu os novos e já nem tão novos espaços alternativos, encontrados pelos bibl iotecá-rios autônomos registrados nas Prefeitu-ras, recolhendo ISS (Imposto sobre Servi-ços), os free-Iancers que fundam firmas de pesquisas, trabalham em empresas de con sultoria e de projetos, em agências de pu-blicidade, que organizam ou documen-tam eventos, que abrem seus espaços nos núcleos
.
de documentacão.
de TV, de rádio e jornal, de firmas de geologia eMaria de Lourdes Côrtes RomanelJi
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
gia, que participam de cooperativastécni-co-científicas (reunidos a diferentes tipos de profissionais Iiberais) ou que respon-dem pela infra-estrutura, dos catálogos de receitas cul inárias em fichas, vendidos nas bancas de jornais e revistas.
Estes bibl iotecários precisam conhecer novas alternativas do alternativo e preci-sam de tabelas de preços básicos para pro-gramar a cobrança de seus serviços, de acordo com a média salarial dos seus cole-gas.
Britto (8) realizou a "Enquete para fi-xação do piso salarial", entre cerca de 700 participantes do XIII CBBD. No tex-to explicativo anexo ao questionário está que "o processo de regulamentação do Sindicato dos Bibliotecários no Estado de São Paulo está tramitando no Ministério do Trabalho. Brevemente teremos a Carta Sindical e com isto melhores condições para reinvidicarmos o Piso Salarial que significará um avanço efetivo no forta-lecimento da profissão.
No entanto, precisamos fazer uma aná-lise objetiva quanto a fixa~o do piso sala-rial,
pois
sabemos que é na fixação da quantia que ele pode se transfo~mar numa "faca de dois gumes": muito alto impl ica-rá em desemprego para a categoria. Outro fato importante que deverá nortear esta análise é o fato de que o piso salarial no Brasil é fixado a nível nacional. Por isto teremos que ver o todo na fixação do Pi-so, que é estabelecido por Lei Federal". O resultado da enquete, avaliado a partir de cerca de 300 respostas, mostrou que a média salarial dos presentes oscila entre menos de 3 (39 respostas) e de 6 a 7salá-MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO
rios-mínimos (39 respostas) tomando-se por base '0 salár io-m ínirnn vigente de Cr$ 333.120. Sobre a resposta acerca de qual deveria ser o Piso Salarial, se este fosse es-tabelecido a maioria (123 entre os 300) opinou que ele deveria ser de 10 salários-mínimos. Na discussão em painel foi co-locado que esta sugestão do Piso Salarial pecisa ser bem estudada, principalmente tendo em vista o nível salarial dos biblio-tecários das capitais de menor porte e os que trabalham no interior dos Estados.
Estudos e discussões sobre estes e ou-tros assuntos, como a organização e eficá-cia dos Bancos de Emprego (que existem em pelo menos
8
das 27 Associações Esta-duais) e a validade e necessidade do salá-rio-mínimo regional são urgentes. Pois instituem aspectos que têm influência no mercado de trabalho do bibliotecário bra-sileiro e precisam ser coletados, analisados e discutidos para servir deorientação
aos responsáveis por formação do profissional e pelo planejamento da ação bibliotecária.cado de trabalho do bibliotecário de acordo com suas áreas de atuação; levantar os dados nu méricos e qual ita-tivos referentes aos bibliotecários bra-sileiros, a nível regional e nacional; w(
caracterizar os assuntos de interesse dos bibl iotecários relativamente a cur-sos de reciclgem e especial ização; identificar novos campos de atuação do bibliotecário brasileiro;
1.3. Delimitação do problema (área de abrangência) :
X
-
serão coletados dados referentes a bi-bl iotecários de todos os Estados da Fe-deração (por amostra, a nível regional).k
~
-2.
Objetivos:2.1. Objetivo Geral:
fornecer aos bibliotecários empregados em geral, aos autônomos e desempre-gados e, em particular às Associações de Classe e a Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários (FEBAB) dados atuais sobre aspectos formais e alternativos do mercado de trabalho do bibliotecário, a nível regional e na-cional.
os profissionais desempregados;
2.2.4. - elaborar tabela-base para cálculo de serviços e preços de serviços autônomos;
2.2.5. - anal isar a situação dos Bancos de Empregos existentes, principal-mente das Associações, e
à
disposição dõs profissionais, instituições e empresas;2.2.6. - levantar dados sobre o mercado alternativo de trabalho do bi-bliotecário, principalmente como profis-sional liberal, autônomo.
2.2.7. - estudar a possibilidade de congregar os profissionais autônomos, criando Grupos Estaduais, dentro das As-sociações;
2.2.8. - reunir informações que permitam desvendar pontos positivos e deficiências da formação acadêmica do bi-bl iotecário, em relação à sua maior ou menor capacitação para assumir as de-mandas atuais e futuras do mercado de trabalho;
2.2.9. - analisar as tendências atuais e futuras deste mercado visando .subsidiar o planejamento do trabalho das
Associações e Grupos de Trabalho princi-palmente no que se refere a cursos e ou-tras formas de atividade que possibil item a reciclagem e a formação contínua do profissional.
3. Metas/Eventos Previstos:'
3.1. Estabelecimento de plano prel imi-nar de ação:
3.1.1. - estudo de dados teóricos, definição dos conceitos que serão usados na pesquisa;
"
11 -
PROJETO: MERCADO DE TRABA-LHO FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIOBRASILEI-RO 2.2. Objetivos Específicos:
2.2.1. - fornecer ao profissional bibl iotecário informações sobre a varieda-de varieda-de serviços e atividades que podem ser desenvolvidas por ele, estimulando sua
iniciativa e criatividade;
2.2.2. - caracterizar os serviços desenvolvidos pelos profissionais em dife-rentes áreas de trabalho;
2.2.3., - reunir informações sobre 1. Definição do Problema:
\ 1.1. Problema:
coletar e anal isar os dados relativos ao mercado de trabalho do bibliotecário brasileiro na atualidade.
1.2. Sub-Problemas:
identificar os ítens que compõem o re-ferencial básico para o estudo do
mer-~
~
\~Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
3.1.2. - dei imitação dos assuntos
específicos que serão abordados, relativos
ao Mercado de Trabalho;
3.1.3.
-
contatos
com prováveis
colaboradores/Associações
e Conselhos;
3.1.4. - delimitação de áreas e
nl-veisde colaboração
(plano operacional);
3.2. Estabelecimento
de plano
prelimi-nar de amostragem:
3.2.1. - contatos com o Conselho
Federal de Biblioteconomia
(Brasília)
pa-ra conhecimento
da população geral a ser
estudada
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
( e mn9);
3.2.2. - verificação do n9 geral de
bibl iotecários
inscritos por região, junto
ao CRBs;
3.2.3. - mapeamento
e definição
do tamanho
da amostra por região
(ane-xos 4 e 5);
3.2.4. - seleção da
amostra-extra-tificada
-
(bibliotecários
por áreas de
atuação e desempregados
(Capital e
Inte-rior);
3.3. Levantamento
preliminar de
salá-rios e tabelas
de preços
serviços, para
orientar na elaboração do questionário:
3.3.1. - consultas a 5 Associações
Estaduais
para levantamento
preliminar;
3.3.2. - elaboração de tabelas
par-ciais com dados relativos a prestação de
serviços e níveis salariais.
3.4'. Elaboração do questinário:
3.4.1. _. elaboração do
questioná-rio preliminar e plano de análise;
3.4.2. - consultas a 45
profissio-nais para colher criticas e novas sugestões;
62
MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO
3.4.3.
-
contatos
com
Associa-ções/Entrevistadores;
3.4.4. -
reelaboração do
questio-nário preliminar;
3.4.5. - prograçação do pré-teste
do questionário;
3.4.6. - reformulação
do
questio-gos, segundo o plano de análise;
3.7.2.
-
separação
das respostas
por ítens;
3.7.3. - tabulação de dados;
3.7.4. - montagem de gráficos
pa-:ra análise.
nário;
3.8. Análise dos dados:
3.8.1. - identificação
das
especia-lizações e treinamentos
necessários para
atender a demanda do mercado atual e
fu-turo;
3.8.2. - identificação dos serviços
autônomos,
por especializações;
3.8.3. - levantamento
de nomes,
endereços
e especial izações dos
profissio-nais.
3.11.1.
-
listagem dos problemas
e soluções que dependem
da FEBAB e
sua estrutura, a nível nacional;
3.11.2.
-
listagem dos problemas
e soluções que dependem de outras
insti-tuições,
necessitando
de uma ação
inte-grada;
3.11.3. - elaboração de relatórios,
artigos e resumos;
3.11.4.
- divulgação dos
resulta-dos regionais, a nível nacional.
4.
Metodo 109ia:
4.1. - população estudada e seleção de
amostra estratificada.
Há cerca de 13.106
bibliotecários
no Brasil. Segundo
dados
fornecidos
pelo Conselho Federal de
Bi-bl ioteconomia
de Brasíl ia estes
13.106
profissionais estão
distribuídossegundo o
quadro em anexo (anexo 4).
Considerando
as tabelas que indicam
tamanhos
das amostras poderão ser
estu-dados grupos formados
pelos bibl
iotecá-rios
inscritos
nos Conselhos
Regionais,
com um coeficiente de confiança
equiva-lente a 95%. Para que a amostra seja
signi-ficativa o grupo estudado em cada estado
deverá ser definido proporcionalmente,
a
partir da representatividade
numérica, de
acordo com as categorias, na seguinte
pre-visão, incluindo capital e interior:
bibliotecários
de instituições
federais,
(universidades e autarquias) - 20%
bibl iotecários de instituições estaduais
- 20%
bibl iotecários de empresas particulares
-20%
bibliotecários
de outras bibliotecas ou
Centros de Documentação,
Centros de
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4):54/82, Dez/85 Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4):54/82, Dez/85 63
3.4.7. - elaboração do
questioná-rio básico que será utilizado pelas
Associa-ções:
3.4.8. -
envio dos questionários
básicos às Associações de Classe.
3.5. Prestação da Coleta de Dados, nas
Associações Estaduais:
3.5.1.
- revisão da amostra
sele-cionada por região/estado;
3.5.2. - acréscimos a serem feitos
no questionário
básico enviado pela
FE-BAB, visando atender necessidades
regio-nais de informação sobre o assunto;
3.5.3.
-
preparação
dos
questio-nários e da Iistagem de pessoal a ser
entre-vistaco.
3.9. Elaboração do relatório
"Identifi-cação do perfil básico do bibliotecário
a
nível regional":
3.9.1. -
propostas
para melhoria
do aperfeiçoamento
da atuação
profissio-nal;
3.9.2. - sugestões para o
planeja-mento da ação a nível regional e nacional;
3.9.3. - divulgação a nível
regio-nal e envio dos relatórios à FEBAB.
3.6. Coleta de Dados:
3.6.1.
-
envio dos- questionários
com data limite para o retorno das
infor-mações;
3.6.2. - controle
do retorno
das
informações;
3.6.3.
-
preparo dos dados para
processamento
e análise.
.r,
3.10. Coleta pela FEBAB dos perfis
re-gionais para estudo visando a ação
inte-grada:
3.10.1. - estudos dos perfis regi
0-nais;
3.7. Processamento
de dados a nível
estadual
sob orientação
da coordenação
da FEBAB:
3.7.1. - estabelecimento
dos
códi-3.10.2.
- elaboração
de padrões,
tabelas e gráficos de interesse nacional;
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Estudos Sociológicos,
Centros de
Do-cumentação
Ecumênica,
por exemplo
- 20%
free-Iancer ou autônomos
- 10%
não empregados
e desempregados
10%
A amostra de cada estado será
dimen-sionada sob a orientação
das Associações
Estaduais e com o apoio dos Conselhos
Regionais de Elô!.llioteconomia. (Anexo 5)
4.2. Questionário:
os questionários
serão preparados pela
coordenação
do projeto e enviadas às
Associações
Estaduais,
como modelo
básico,
podendo
cada
Associação
acrescentar perguntas que considere
re-levantes. (Anexo 7)
O modelo básico não deverá ser
modi-ficado, para que os dados coletados a
ru-vel nacional
sejam os mesmos cabendo,
portanto,
apenas os acréscimos, se
julga-dos necessários.
O questionário
deverá ser rodado em
stencil a tinta e enviado aos bibliotecários
para resposta com prazo de 15 dias para
devolução à Associação Estadual. Não
se-rá necessário o uso do envelope, para o
envio do questionário ao entrevistado.
5_ Recursos Necessários:
5.1. - Humanos:
A F EBAB será responsável pela
coor-denação do trabalho
com a indicação de
dois elementos
coordenadores
membros
da Diretoria Executiva, podendo haver, se
for julgado oportuno,
1 representante
da
coordenação
em cada uma das regiões
brasileiras, para agilizar o processo.
MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO B'BLIOTECÁRIO BRASILEIRO
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5.2. - Materiais:
4 stencil a tinta, para o questionário
folhas de papel chamex ou equivalente
(em n<? de acordo
com o tamanho
da
amostra, definida a nível regional).
5.3.
-
Financeiros
(responsabilidade
da Associação):
Serão necessários para envio da
corres-pondência
aos entrevistados
e envio dos
originais
das respostas
à FEBAB, após
análise regional.
Como sugestão, as Associações
pode-rão enviar o questionário
para os
bibliote-cários junto aos Boletins Informativos das
Associações ou dos Conselhos, como
Im-presso.
6. Mecanismos de Controle e Avaliação:
6.1. - O acompanhamento
será feito
pelos
elementos
coordenadores
da
FE-BAB, com o apoio de um pequeno grupo
de trabalho
formado
por elementos
de
Associações
Estaduais,
em datas
previa-mente estabelecidas.
7. Divulgação:
7.1. - A FEBAB e as Associações
Es-taduais
deverão
divulgar
pela imprensa
oficial e nos jornais de maior circulação o
projeto e suas metas principais para que
haja um retorno significativo, interesse na
colaboração dos profissionais e,
principal-mente para que a própria atividade seja
um elemento de valorização e divulgação
profissional.
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Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4) :54/82, Dez/85
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66
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MACHADO, I C,N. - P r o p o s t a d e c r ia ç ã o d o
g r u p o d e t r a b a lh o p a r a v a lo r iz a ç ã o e d iv u lg a
-ç ã o p r o f is s io n a l d a A s s o c ia ç ã o R io G r a n d e n
-s e d e B ib lio t e c á r io s , Texto base para
discus-são em reunião dia 06 de setembro de 1984 (texto mimeografado).
MARTORANO, M.A.C, - Sindicalismo na pro-fissão do bibliotecário - R e v , B r a s . B ib t io t e
-c o n o m ia e D o c u m e n t a ç ã o , São Paulo, 17 (1/2): 79-92, jan/jul 1984,
MARTORANO, M.A.C. e OLIVEIRA, H,G.
-M e m ó r ia T é c n ic a : le v a n t a m e n t o d a p r o d u
-ç ã o b ib lio g r á f ic a d o m o v im e n t o e s s o c i e t i v o ,
São Paulo, FE BAB, 1984 (texto mimeogra-fado).
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documenta;:ão 1 8 ( 3 /4 ) : 54/82, Dez/85 Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4):54/82, Dez/85
67
DISPONIBILIDADE de Bibliotecários noEspí-rito Santo. B o le t im A B D F . Nova Série, Bra-sília,4 (4): 43-51, out/dez 1981,
ENTREVISTA com Professor Gaston Litton.
R e v . B r a s . B ib lio t e c o n o m ia e D o c u m e n t a
-ç ã o , São Paulo, 14 (3/4): 256-61, jul/dez 1981.
ENTREVISTA com Laura Garcia Moreira Rus-so, R e v , B r a s . B ib l/ o t e c o n o m ia e D o c u m e n
-t a ç ã o , São Paulo, 17 (1/2): 93-7 jan/jul 1984.
FERRAZ, T.A. _. O bibliotecário, a informática e o interrelacionarnento dos profissionais que operam as bibliotecas de hoje - R e v .
I
f
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r a : 1915-1965 - Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1966, 357 p (Col. B-2, biblioteconomia, 5).
SHAPI RO, S.J. - O m a r k e t in g e o t é c n ic o d a in f o r m a ç ã o . trad. de Maria de Lourdes Ri-cheter-FE BAB/CBDT, 1981.
SI LV A, E.T. - Teoria e prática da Leitura: eis o que falta ao nosso bibliotecário. In: L e it u -r a e r e a lid a d e b r a s ile ir a , Porto Alegre, Mer-cado Aberto, 1983-p. 67-74.
SOUZA, H. de M. e MAlA, A.B. - Visão pano-râmica do Universo bibliotecário da 7~ Re-gião, RJ. Trabalho apresentado no XIII Con-gresso Brasileiro de Biblioteconomia e Docu-mentação, Vitória, 13-19 de julho, 1985 (textOm i meog rafado) .
SUAIDEN, E .•J. -
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Mercado de Trabalho. R e v . B r a s . B ib lio t e c o n o m ia e D o c u m e n t a ç ã o , SãoPaulo, 14 (3/4): 153-59, jul/dez 1981. VIEIRA, A.S. - Mercado de informação: do
tradicional ao inexplorado. R e v . d e B ib lio t e -c o n o m ia d e B r a s f lia , 11 (2): 177-192, jul/ dez 1983.
MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO ANEXO 1
"Cordas" para a Ação Bibliotecária
• Participação pol ítica da classe bibliotecária e engajamento na questão social do país; • Participação em estudos e propostas de planos nacionais e regionais de educação,
cultura, ciência e tecnologia;
• Participação em estudos e propostas de SISTEMAS DE BIBLIOTECAS, principal-mente de escolares e públicas;
• Participação em estudos e reformas administrativas que propiciem a criação de car-gos de bibliotecários nos SISTEMAS;
• Participação em estudos de mudanças de currículo das Escolas, incluindo matérias que alertem o profissional sobre seu papel social e favoreçam seu engajamento na luta pela melhoria do povo;
• Participação em estudos que visem melhoria de atuação do profissional - bibliote-cário;
• Levantamento das oportunidades ex istentes no mercado formal e alternativo de tra-balho;
• Divulgação do que é BIBLIOTECA, em campanhas nacionais e regionais.
• Participação em Conselhos Regionais de Cultura e de Educação, com propostas viá-veis, refletindo as propostas para o sistema Estadual;
• Diversificação dos serviços prestados pelas Associações (estudos de piso salarial, ta-belas de prestação de serviços, bancas de empregos) e lobby pela reforma da lei
4.084;
• Criação de sindicatos e associações profissionais;
• Intensificação dos trabalhos de grupos como células básicas da luta pela valorização profissional.
,
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLlOTECARIO BRASILEIRO
RELAÇÃO ENTRE OS GRUPOS E AS ASSOCIAÇÓES E OS ÓRGÃOS NACIONAIS SALÁRIOS PROFISSIONAIS NO BRASIL
HORAS DE
TRABALHO
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
8
6
8
6
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8
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4
4
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4
Notas: 1) Piso fixado em Salártcs-Mrnimo - SM
2) Médicos e Veterinários estão reinvindicando reajuste do piso para 10 SM
por 6 horas e 8 SM por 4 horas, respectivamente.
70
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4): 54/82, Dez/85Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
MERCADO DE TRABAL.HO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLlOTECARIO BRASI LEI RO
UNIDADE BIBLIOGRÁFICA ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DO ESP(RITO SANTO - APBES
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SALÁRIO-BASE - MINIMO MENSAL - PISO
40 h/sem. - 10 Salários mínimos regionais (em janeiro Cr$ 1.665.000, ou Cr$ 10.46 s/hora) SÃO PAULO - Pesquisa da SUCESU - ABRI L/MAIO 84
207 empresas da grande São Paulo
SALÁRIO/HORA Cr$ 6.938 SALÁRIO MÉDIO - Cr$ 1.254.598
INTERIOR
SALÁRIO MÉDIO - Cr$ 838.248
POR CATALOGAÇÃO NA FONTE/OBRA Cr$ 3.500
POR INDEXAÇÃO DE ARTIGO DE PERiÓDICO Cr$ 5.500
MINAS GERAIS LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
EMPRESAS BEi..O HORIZONTE SALÁRIO MÉDIO - Cr$ 1.300.000
Por ano/pesquisa e fonte consultada Até 10 (dez) referências Cr$ 5.500 Cada referência adicional
+
Cr$ 350 ESTADO E PREFEITURA BHSALÁRIO MÉDIO - Cr$ 800.000
NOTA: Os valores acima não se aplicam a tratamentc de coleções especiais e obras raras.
FEDERAL
SALÁRIO MÉDIO - Cr$ 650.000
TABELA SUJEITA A REAJUSTE AO $ALÁRIO M(NIMO REGIONAL VIGENTE.
Fonte: Boletim Associativo.
SALÁRIO MINIMO - 166.500 (84)
ASSIM DEVERIA SER
~
SALÁRIO JULHO/85 -7/8 SM Belo Horizonte - entre 2.408.84
São Paulo - entre 2.752.96
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
e
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
BIBLIOTECÁRIOS BRASILEIROS REGISTRADOS -1985
Tamanho da amostra
Regiões Estados N9 de Bi- 20% 10%
±
(314%) 5%bl iotecários
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
'--_
Confiança 99% (coeficiente)CRB 1 D.F./Goiás/M. Grosso
M.G. Sul/Rondônia 1345
CRB 2 Pará/Amapá 535
CRB 3 Ceará/Piau í 391
CRB 4 PE/Alagoas/R.G. Norte
/Paraíba/F. Noronha 980
CRB 5 Bah ia/Sergipe 857
CRB 6 Minas Gerais 1330
CRB 7 Rio de Janeiro 3462
CRB 8 São Paulo 3878
CRB 9 Paraná 612
CRB10 R. G. Sul 741
CRB 11 Amazonas/Acre
Roraima 210
CRB12 Espírito Santo 196
CRB13 Maranhão 182
CRB14 Santa Catarina 167
TOTAL: 13106
Fonte: Com. Federal de Biblioteconomia, Ju+l85.
74
270
106
80
196 172
266
692
774
122
148
2620
•
13553
39
70
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20
49
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31 37
11 10
9 9
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4):54/82, Dez/85
•
•
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9886
133
346 388
61
74
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42 40
36
34
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21•
20•
18•
171310
MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLlOTECARIO BRASILEIRO
RECOMENDAÇÃO SALARIAL
PREÇOS DE SERViÇOS BIBLIOTECÁRIOS
RIO GRANDE DO SUL/ARB - JAN/82
SALÁRIO-BASE - M'-NIMO MENSAL
40 h/sem. - 9 salários
mínimos
regionais 30 h/sem. - 7 salários mínimos regionais 20 h/sem. - 5 salários mínimos regionaisSALÁRIO/HORA
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 3 ,5 % do Salário Mínimo
CLASSIFICAÇÃO/CATALOGAÇÃO NA FONTE
15% do Salário Mínimo por Obra
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Até 5 referências - 10% salário mínimo regional Cada referência adicional 3% salário mínimo regional
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Por ano/pesquisa
Até 10 referências - 18% salário mínimo Cada referência adicional 5% salário minimo
ASSOCIAÇÃO BIBLIOTECÁRIA DO PARANÁ - JULHO/85
SALÁRIO-BASE - M(NIMO MENSAL
40 h/trabalho - 7,5 salário mínimo
SALÁRIO/HORA
Cr$ 7.500 por hora
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
02. Que serviços/atividades você fazia?MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO Bf:lASILEIRO
O que você conhece a respeito da atual pol ítica de valorização e divulgação profis-sional da FEBAB e demais órgãos de classe? Você considera válida esta política?
( ) SIM ( ) NÃO
OUTRAS OPINiÕES 13.
03. Por que não está trabalhando agora?
04. A Associação de Classe do seu Estado tem Banco de Emprego?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) NÃO CONHEÇO
Caso afirmativo, se você já o procurou para algum serviço relate sua experiên-cia.
14. Ouais as estratégias que você sugere para a ação de defesa e ampliação de mercado de trabalho do bibliotecário? Dê sugestões para que haja maior integração e
valori-zação da classe bibliotecária brasileira.
"1. Você já trabalhou como autônomo ou free-Iancer? Por quanto tempo?
( ) SIM ( ) NÃO 15. DADOS PESSOAIS.
Sexo: ( ) Feminino (
Faixa de idade: ( ) 20-30 ) 41-50 ) mais de 50
) Masculino ( ) 31-40 Em caso afirmativo, conte-nos a sua experiência:
OBSERVAÇÃO: Para responder qualquer pergunta use também o verso da folha, se necessário. Agradecemos sua colaboração.
Você conhece alguma tabela para prestação de serviços bibliotecários?
( ) SIM ( ) NÃO
Quais os preços que você conhece e para que serviços?
12. Você pertence a Associação de Bibliotecários?
( ) SIM ( ) NÃO
Em caso afirmativo, especifique a Associação e como você tem trabalhado com ela. Em caso negativo, explique oporque desta sua posição.
76
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(3/4):54/82, Dez/8577
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
COLEGA
MODELO DO QUESTIONÁRIO
2 - Qual o cargo que você ocupa?
A Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários - FEBAB e as Associa-ções Estaduais de Bibliotecários estão coletando dados reiativos do MERCADO DE TRABALHO DO BIBLlOTECÁRIO_
Esta pesquisa
é
de abrangência nacional e gostaríamos de contar com-sua colabo-ração preenchendo este questionário e enviando sua resposta - no prazo máximo de15 dias - para a
Associação.
05. Há quanto tempo você trabalha nesta instituição?
) SIM )NÃO
Porque?
01_ Há quanto tempo você se formou?
( ) menos de
1
ano ( ) de4
a 10 anos ( ) de 1 a 3 anos () de 10 a 20 anosde 20 a 30 anos mais de 30 anos
06.
Quais as dificuldades que você sente ou já sentiu em relação ao seu trabalho?02_ Em que escola/instituição?
03. Tem PÓS-GRADUAÇÃO? Já defendeu tese? Está estudando?
) SIM ) SIM )SIM
Caso afirmativo, fale sobre o seu curso atual
)NÃO )NÃO )NÃO
) ESPECIALlZ.
07. Sua Biblioteca/Centro de Documentação é dirigida(o) por bibliotecário?
( ) SIM () NÃO
Em caso negativo, como você explica esta situação?
08. Qual o seu salário atual em relação ao salário mínimo vigente? (SM = Cr$ 333.120) (Horas p/dia p/semana
( ) menos de 2 SM () de 2/3 SM () de 3/4 SM
( ) de 4/5 SM () de
5/6
SM () de6/7
SM( ) de 7/8 SM () de 8/9 SM () de 9/10 SM
( ) de 10/11 SM () de 11/12 SM () de 12/13 SM ( ) de 13/14 SM () de 14/15 SM () mais de 15 SM Com que objetivos foi fazer curso de pós-graduação?
Que cursos você acha que poderiam auxiliá-Ia em sua atividade?
1 - relacionados com sua profissão
2 - não relacionados com sua profissão
04. Está trabalhando? ( ) SIM 1 - ( ) instituição pública federal
( ) instituição públ ica estadual ( ) instituição pública municipal
) outros (especificar)
78
09. Trabalhou anteriormente em outra instituição?
)SIM ( )NÃO
Por quanto tempo?
) NÃO
) empresa para estatal/economia mista ) empresa particular
) empresa de consultaria ) como autônomo (especificar)
tipo de trabalho
10. Se você já trabalhou, mas não está trabalhando agora, responda: 01. Em que tipo de instituição você já trabalhou?
o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QUE ~ PISO SALARIAL*
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli
PISO SALAR IAL é o termo mais co-nhecido para designar SALÁRIO PRO-FISSIONAL, e sobre este não há conceito legal para exprimí-lc, tem apenas sentido técnico. Os autores qual ificarn-no como uma modalidade do salário mínimo e são unânimes em considerá-lo como a quan-tia mínima que pode ser paga ao trabalha-dor integrante da categoria beneficiada.
DIFERENÇAS ENTRE SALÁRIO MINI-MO E SALÁRIO PROFISSIONAL:
1) QUANTO À AMPLITUDE
o
salário mínimo é geral e o salário profissional é restrito a determinada cate-. goria profissional.2) QUANTO AOS FINS
o
salário mínimo visa manter as neces-sidades vitais do trabalhador e de sua fa-mília, enquanto o salário profissional tem por objetivo principal RESGUARDAR ADIGNIDADE PROFISSIONAL.
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
" O s a l á r i o m i n i m o é e s t a b e l e c i d o t e n
-d o e m v i s t a a s n e c e s s i d a d e s d e q u a l q u e r
t r a b a l h a d o r s e m l e v a r e m c o n t a a s u a p r o
-fi s s ã o , q u e c o n d i c i o n e , o b v i a m e n t e , t a m
-b é m a s u a p o s i ç ã o s o c i a l , fa t o c o n s i d e r a
-d o p e l o s a l á r i o p r o fi s s i o n a l " Cesariano Jr.
" E n q u a n t o
o
s a l á r i o m i n i m o t e m c a r á-t e r v i t a l e v i s a , e m r e g r a , a t e n d e r a s n e c e s
-s i d a d e -s m / n i m a s r e t e r e n t e s . s . s l i m e n t e ç é o ,
h a b i t a ç ã o , h i g i e n e , v e s t u á r i o e t r a n s p o r t e ,
o p r o fi s s i o n a l é i m b u i d o p o r n o r t e s d i v e r
-s o -s . D e s t i n a - s e p r i n c i p a l m e n t e , n o c a s o
d a s p r o fi s s õ e s l i b e r a i s , a r e s g u a r d a r a d i g
-n i d a d e d e s s a s m e s m a s a t i v i d a d e s " Hél io de Miranda Guimarães.
3) QUANTO À DISCIPLINA JURlblCA
o
salário mínimo resulta principalmen-te de inprincipalmen-tervencionismo estatal e o salário profissional quase sempre de negociação coletiva direta.4) QUANTO AO CRITÉRIO DE
FIXA-czo
DAS TAXASo
salário mínimo preocupa-se com o trabalhador como entidade individual e o salário profissional com o trabalhador co-mo entidade coletiva diante das possibili-dades econômicas das empresas.* Resumo de: Nascimento, A.M.
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
M a n u a l d e s a-lá r io . São Paulo, LTR, 1984.p. 122-129.
SALÁRIO PROFISSIONAL E SALÁRIO DA CATEGORIA PROFISSIONAL:
Devido ao fato de a estrutura sindical brasileira estar baseada em categorias pro-fissionais e econômicas, confunde-se "sa-lário profissional" com "salário da catego-ria profissional". O primeiro é o valor mí-nimo pago à alguém que exerce uma pro-fissão; o segundo é o valor a que tem di-reito alguém, de qualquer profissão, inte-grante de uma categoria profissional e econômica. Quanto aos fins também há diferenças: o salário profissional fixa um valor mínimo para todos os profissionais; enquanto o salário da categoria destina-se a correção e atual ização dos salários des-sas mesmas pessoas. Pode existir o salário
-MERCADO DE TRABALHO - FORMAL E ALTERNATIVO DO BIBLIOTECÁRIO BRASILEIRO
da categoria (reajustamento coletivo) e não existir na categoria, salário profissio-nal.
MÉTODOS DE FIXAÇÃO DO SALÁRIO PROFISSIONAL:
1) POR LEI
Impl ica na sua general ização a todo território nacional e se dá de 2 formas: a) fixação direta à todos os profissionais; b) outorga, pela lei,
à
certos órgãos públicos para fixação. A fixação por lei é a mais comum no Brasil.2) EM CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO
É o método mais usado em outros paí-ses. No Brasil, os sindicatos não têm con-seguido isto em suas negociações coleti-vas.
3) POR SENTENÇAS NORMATIVAS DOS TRIBUNAIS DO TRABALHO
A fixação proferida em dissídios cole-tivos tem sido evitada pela Justiça do Tra-balho, devido a uma antiga discussão so-bre a inconstitucionalidade do salário pro-fissional. Para a maioria dos ju ízes, esta polêmica não faz sentido atualmente.
Maria de Lourdes Côrtes Romanelli