• Nenhum resultado encontrado

FLUTUABILIDADE DA TEMPERATURA MÁXIMA E MÍNIMA DO AR MENSAL E ANUAL DE 10 MUNICÍPIOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "FLUTUABILIDADE DA TEMPERATURA MÁXIMA E MÍNIMA DO AR MENSAL E ANUAL DE 10 MUNICÍPIOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC’ 2015

Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza - CE 15 a 18 de setembro de 2015

FLUTUABILIDADE DA TEMPERATURA MÁXIMA E MÍNIMA DO AR MENSAL E ANUAL DE 10 MUNICÍPIOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

VALNELI DA SILVA MELO1*; RAIMUNDO MAINAR DE MEDEIROS2; FRANCISCO DE ASSIS SALVIANO DE SOUZA3

1Mestranda em Meteorologia - Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande-PB, Brasil, e-mail:

valnelismello@hotmail.com

2 Doutorando em Meteorologia, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas/Universidade Federal de Campina Grande, mainarmedeiros@gmail.com

3Prof. Dr. Unidade Acadêmica de Ciências Atmosférica, UFCG, Campina Grande-PB. Fone: (83) 2101-1055, fassis@edu.dca.ufcg.gov.br

Apresentado no

Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia –CONTECC’2015 15 a 18 de setembro de 2015 - Fortaleza-CE, Brasil

RESUMO: A temperatura é um dos mais importantes elementos meteorológicos e na grande parte do território nacional a escassez de dados meteorológicos é um dos fatores que mais limitam a realização de estudos suficientemente detalhados sobre os tipos climáticos. O trabalho tem como objetivo analisar a variabilidade climática da temperatura máxima, média e mínima do estado de Pernambuco, enfocando tais variações como um meio para compreender futuras mudanças. Para realização deste trabalho foram utilizados dados de temperatura anuais no período de 1960 a 1990. O conhecimento do comportamento climático de uma região é importante para estudos de previsão do tempo e principalmente para o planejamento agropecuário, contribuindo para informações ao homem do campo em não realizar queimadas na hora do preparo das terras para o plantio, evitando desta forma que elevamento do referido parâmetro ocorram. A delimitação de um período mais quente ou mais frio serve de alerta as autoridades federais, estaduais e municipais e aos tomadores de decisões, para um melhor planejamento.

PALAVRAS-CHAVE: variabilidade, máxima e mínima da temperatura.

BUOYANCY OF MAXIMUM AND MINIMUM TEMPERATURE AIR MONTHLY ANNUAL AND 10 MUNICIPALITIES OF STATE PERNAMBUCO

SUMMARY: The temperature is one of the most important meteorological elements and in much of the country the shortage of meteorological data is one of the factors that limit the achievement of sufficiently detailed studies on the climatic types. The work aims to analyze climate variability in maximum temperature, average and minimum state of Pernambuco, focusing on such variations as a means to understand future changes. For this work we used annual temperature data from 1960 to 1990. Knowledge of the climatic behavior of a region it is important for weather forecasting studies and especially for the agricultural planning, contributing to information the man in the field not perform burned at the time of preparing the land for planting, thus preventing elevamento of said parameter occur. The delimitation of a warmer or colder period is a warning federal, state and local authorities and decision-makers to better planning.

KEYWORDS: variability, maximum and minimum temperature.

INTRODUÇÃO

As características atmosféricas mudam de lugar para lugar e com o decorrer do tempo, em qualquer lugar e em escalas de tempo que variam desde os segundos até centenas de anos. Existem interações importantes dentro da atmosfera, que podem ser resultantes ou mesmo causadoras de tais mudanças. A variabilidade do

(2)

clima, tanto num mesmo ano como entre anos diferentes, é muito acentuada, e qualquer variação climática pode provocar grandes catástrofes sociais e econômicas.

A temperatura do ar se destaca entre as variáveis atmosféricas mais utilizadas no desenvolvimento de estudos de impactos ambientais com mudanças nos processos meteorológicos e hidrológicos de acordo com Nogueira et al., (2012) e Correia et al., (2011). A temperatura é um dos mais importantes elementos meteorológicos, pois traduz os estados energéticos e dinâmicos da atmosfera e consequentemente revela a circulação atmosférica, sendo capaz de facilitar e/ou bloquear os fenômenos atmosféricos conforme Dantas et al.

(2000).

O conhecimento das condições climáticas de uma determinada região é necessário para que se possam estabelecer estratégias, que visem o manejo mais adequado dos recursos naturais, almejando dessa forma, a busca por um desenvolvimento sustentável e a implementação das práticas agropecuárias viáveis e seguras para os diversos biomas da região (Sousa et al., 2010).

Dois eventos de grandes magnitudes desta relação que interferem na precipitação do Nordeste do Brasil (NEB) são o El Niño e o Dipolo do Atlântico. O fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) sobre o Pacífico Equatorial, e o gradiente meridional de anomalias de TSM sobre o Atlântico Tropical modulam conjuntamente uma grande parte da variância interanual do clima sobre o NEB.

O trabalho objetiva estimar o comportamento da temperatura máxima, média e mínima do ar no período de 1961-1990 para o estado de Pernambuco, visando à delimitação de regime que caracterize o trimestre mais quente e frio para o estado.

MATERIAIS E MÉTODOS

Pernambuco possui uma área de 98.311,616 km², limitada pelos estados: Paraíba (Norte), Ceará (Noroeste), Alagoas (Sudeste), Bahia (Sul) Piauí (Oeste), Oceano Atlântico (Leste). Seu clima é tropical atlântico no litoral e semiárido no interior. A área de estudo localiza-se nas coordenadas geográficas 08º 04' de latitude sul e longitude de 37º 15' ao oeste. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão. As planícies litorâneas têm baixa altitude de até 200m, apresentando relevo peneplano (mamelonar), e alguns pontos do planalto da Borborema ultrapassam os 1000m de altitude.

Os dados de temperatura mensais utilizados nesta pesquisa foram obtidos de uma série histórica de 1961 a 1990 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foram utilizados os seguintes dados de temperatura:

totais mensais máximos, médios e mínimos mensais e anuais; valores máximos e mínimos absolutos, para os municípios Arcoverde, Cabrobó, Caruaru, Floresta, Garanhuns, Pesqueira, Petrolina, Recife, Surubim e Triunfo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 observa-se que os valores da temperatura média da máxima para a área de estudo fluem entre 26,4°C no mês de setembro a 31,6°C no mês de novembro estas flutuações ocorrem devidos às atividades de eventos isolados que acontecem.

A variabilidade da temperatura máxima da mínima para a área estudada flui entre 22,1 °C no mês de julho a 28,9°C no mês de novembro.

Tabela 1. Representação dos valores das temperaturas máxima da máxima, máxima da média, e máxima da mínima do ar para 10 municípios do estado de Pernambuco.

Parâmetros/

meses J F M A M J J A S O N D ANUAL

Máxima da Máxima 34,4 33,8 33,6 32,2 30,9 30,4 30,5 31,5 33,0 34,9 35,7 34,5 33,0 Média da Máxima 31,1 30,6 30,3 29,3 28,0 26,9 26,4 27,5 28,9 30,8 31,6 31,4 29,4 Mínima da Máxima 28,0 26,7 26,4 25,4 24,3 23,0 22,1 23,1 24,6 27,1 28,9 28,6 25,7

A Tabela 2 mostra o representativo das temperaturas máximas absolutas dos municípios, nessa é possível ver que o mês de julho apresenta temperaturas mais baixa, destaca-se ainda que os municípios de Garanhuns e Triunfo com temperaturas reduzidas, e o município de Cabrobó no mês de novembro a temperatura apresenta elevamento no referido parâmetro.

(3)

Tabela 2. Representação da temperatura máxima absoluta dos 10 municípios do estado de Pernambuco.

Municípios/meses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual Arcoverde 31,6 30,6 30,1 28,4 27,6 26,2 25,8 27,4 29,5 31,3 31,9 31,7 29,3 Cabrobó 32,8 32,0 31,9 31,0 29,9 29,1 29,1 30,2 32,0 34,0 34,1 33,7 31,7 Caruaru 29,7 30,0 29,3 28,4 27,1 25,4 24,4 25,4 26,8 29,1 30,1 30,4 28,0 Floresta 34,4 33,8 33,1 32,2 30,7 30,0 29,4 31,0 33,0 34,9 35,7 34,5 32,7 Garanhuns 28,5 28,1 27,6 26,3 24,6 23,0 22,1 23,1 24,6 27,1 28,9 28,7 26,1 Pesqueira 31,4 30,8 30,3 28,7 27,1 25,8 25,3 26,6 28,5 30,6 31,6 31,5 29,0 Petrolina 33,7 32,9 33,6 32,1 30,9 30,4 30,5 31,5 32,5 33,8 34,0 33,8 32,5 Recife 30,2 30,2 30,0 29,7 28,9 27,9 27,3 27,5 28,1 29,0 30,1 30,2 29,1 Surubim 31,4 31,3 30,6 29,8 28,6 26,8 26,1 27,0 27,9 30,0 31,0 31,2 29,3 Triunfo 28,0 26,7 26,4 25,4 24,3 23,5 23,5 25,0 27,1 28,6 29,0 28,6 26,3

Na Figura 1 a representatividade da temperatura máxima da máxima, máxima da média e máxima da mínima do ar para a área de estudo. Nos meses de outubro a janeiro as flutuações das temperaturas médias são elevadas e nos meses de junho a agosto observam-se os registros da média baixa. Destaca-se o mês de março que ocorreu uma anomalia.

Figura 1 representatividade da temperatura máxima da máxima, máxima da média e máxima da mínima do ar para a área de estudo

Na Tabela 3, observar-se o comportamento da temperatura em termos de mínimos mensais registrados no estado de Pernambuco no período 1961-1990. A média da mínima variou entre 17,7°C no mês de agosto e máxima de 20,5°C nos meses de fevereiro e março.

Tabela 3. Representação dos valores das temperaturas máxima da mínima, média da mínima, e mínima da mínima do ar para 10 municípios do estado de Pernambuco.

Parâmetros/

meses J F M A M J J A S O N D ANUAL

Máxima da Mínima 22,4 22,6 22,7 22,6 21,9 21,6 21,1 20,6 20,7 22,1 22,8 22,7 22,0 Média da Mínima 20,4 20,5 20,5 20,3 19,5 18,6 17,8 17,7 18,5 19,5 20,2 20,4 19,5 Mínima da Mínima 17,7 17,7 17,8 17,7 16,8 15,9 15,1 14,8 15,5 16,5 17,2 17,7 16,7

A Tabela 6, mostra o representativo das temperaturas mínimas absolutas dos municípios, nessa é possível ver que o mês de agosto apresenta temperaturas reduzidas, destaca-se ainda que os municípios de Garanhuns e Triunfo apresentam temperaturas mais baixas, e o município de Cabrobó apresenta no mês de novembro a temperatura mais alta da região estudada.

(4)

Tabela 4. Representação da temperatura mínima da máxima, mínima da média e mínima da mínima do ar 10 municípios do estado de Pernambuco.

Municípios/meses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual Arcoverde 19,5 19,6 19,5 19,3 18,4 17,5 16,7 16,4 17,3 18,2 18,9 19,3 18,4 Cabrobó 22,4 22,2 22,0 21,7 20,8 19,8 19,1 19,4 20,7 22,1 22,8 22,7 21,3 Caruaru 19,7 19,8 20,1 20,0 19,3 18,4 17,3 17,4 17,9 18,6 19,3 19,6 19,0 Floresta 22,0 21,8 21,7 21,2 20,1 18,7 18,0 18,1 19,4 21,1 22,4 22,3 20,6 Garanhuns 18,0 18,2 18,6 18,4 17,7 16,8 16,0 15,6 16,1 16,8 17,4 17,7 17,3 Pesqueira 19,5 19,6 19,8 19,7 18,8 17,7 16,9 16,5 17,4 18,2 18,9 19,2 18,5 Petrolina 22,3 22,3 22,2 22,0 21,1 20,2 19,5 19,7 20,7 22,1 22,7 22,5 21,4 Recife 22,4 22,6 22,7 22,6 21,9 21,6 21,1 20,6 20,7 21,4 21,9 22,2 21,8 Surubim 20,6 20,7 20,7 20,6 19,9 19,0 18,3 18,2 18,8 19,6 20,1 20,4 19,7 Triunfo 17,7 17,7 17,8 17,7 16,8 15,9 15,1 14,8 15,5 16,5 17,2 17,9 16,7 Na Figura 2 tem-se o demonstrativo da temperatura máxima da máxima, máxima da média e máxima da mínima do ar para 10 municípios analisados. Observa-se que nos meses de outubro a janeiro as flutuações das temperaturas médias são elevadas e nos meses de junho a agosto têm-se os registros da média mais baixa.

Destaca-se o mês de março que ocorreu uma anomalia e apresentaram-se mais elevadas.

Figura 2 tem-se o demonstrativo da temperatura máxima da máxima, máxima da média e máxima da mínima do ar para 10 municípios estudados.

CONCLUSÕES

Os resultados mostram que é possível fazer-se uma delimitação do comportamento climático no Estado do Pernambuco, usando dados de temperaturas máximas, média e mínimas.

O conhecimento do comportamento climático de uma região é importante para estudos de previsão do tempo e principalmente para o planejamento agropecuário, contribuindo para informações ao homem do campo em não realizar queimadas na hora do preparo das terras para o plantio, evitando desta forma que elevamento do referido parâmetro ocorram.

A delimitação de um período mais quente ou mais frio serve de alerta as autoridades federais, estaduais e municipais e aos tomadores de decisões, para um melhor planejamento.

AGRADECIMENTOS

A CAPES pela concessão de bolsa de estudo ao primeiro autor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(5)

Correia, M. F.; Silva, F. S.; Silva Aragão, M. R. S.; Santos, E. P.; Moura, M. S. B. Impacto da expansão agrícola na amplitude térmica diária em ambiente semiárido. Ciência e Natura, v.

Suplementar, p.311 – 314, 2011.

Dantas, R. T.; Nóbrega, R. S.; Correia, A. M; Rao, T. V. R. Estimativas das temperaturas máximas e mínimas do ar em Campina Grande - PB. In: Congresso Brasileiro de Meteorologia; Rio de Janeiro, 11. Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro. SBMET, p.534-537. 2000.

Marengo, J.; Silva Dias, P. Mudanças climáticas globais e seus impactos nos recursos hídricos. Capitulo 3 em Águas Doces do Brasil: Capital Ecológico, Uso e Conservação, 2006, pp.63-109, Eds. A. Rebouças, B., Braga e J. Tundisi. Editoras Escrituras, SP.

Nogueira, V. F. B.; Correia, M. F.; Nogueira, V. S. Impacto do Plantio de Soja e do Oceano Pacífico Equatorial na Precipitação e Temperatura na Cidade de Chapadinha - MA. Revista Brasileira de Geografia Física, v.5. p.708 – 724. 2012.

Ortolani, A. A.; Camargo, M. B. P. Influência dos fatores climáticos na produção. Ecofisiologia da Produção Agrícola. Piracicaba: Potafos, 249 p., 1987.

Paula, R. K.; Brito, J. I. B.; Braga, C. C. Utilização da análise de componentes principais para verificação da variabilidade de chuvas em Pernambuco. XVI Congresso Brasileiro de Meteorologia. Anais... Belém do Pará, PA. 2010, CDRom.

Santana, M. O.; Sediyama, G. C.; Ribeiro, A.; Silva, D. D. Caracterização da estação chuvosa para o estado de Minas Gerais. Revista Brasileira de Agrometeorologia, v.15, n.1, p.114-120, 2007.

Sleiman, J, Silva, M. E. S. A Climatologia de Precipitação e a Ocorrência de Veranicos na Porção Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. SIMPGEO/SP, Rio Claro, 2008.

Sousa, E. S.; Lima, F. W. B.; Maciel, G. F.; Sousa, J. P.; Picanço, A.P. Balanço hídrico e classificação

climática de Thornthwaite para a cidade de Palmas – TO. XVI Congresso Brasileiro de

Meteorologia, Belém-PA, Anais on line, 2010.

Referências

Documentos relacionados

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

[r]

Então são coisas que a gente vai fazendo, mas vai conversando também, sobre a importância, a gente sempre tem conversas com o grupo, quando a gente sempre faz

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Optamos por escolher o tema gestão democrática a partir do PPP, primeiramente, porque a escola ainda não o possui, e, também, por considerarmos esse documento

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

Para Souza (2004, p 65), os micros e pequenos empresários negligenciam as atividades de planejamento e controle dos seus negócios, considerando-as como uma

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,