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Comunicação Organizacional e Interpessoal

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Academic year: 2022

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Texto

(1)

Comunicação

Organizacional e Interpessoal

Prof. André Alselmi

(2)

Retomada da aula anterior

UNISEB

Centro Universitário

(3)

Módulo

Concepções sobre Linguagem e

Comunicação.

Unidade 2

1.1

(4)

Na aula de hoje

• Variação Linguística

• Concepções de linguagem

• Elementos da comunicação

4

(5)

Variação linguística

“Se podemos falar

em funções da linguagem

e tipos de mensagem, pois a língua se apresenta de forma diversificada e a serviço de

múltiplas funções, podemos também dizer que a língua

http://fixandoconceitos.blogspot.com

(6)

A Língua varia...

Variação Linguística

• na dimensão geográfica ou regional;

• dialetos na dimensão social;

• dialetos na dimensão de idade;

• dialetos na dimensão do sexo;

• dialetos na dimensão da geração;

• dialetos na dimensão da função.

(7)

Variação linguística - EXEMPLOS

Regional/geográfica: aipim, mandioca, macaxeira; pronúncia: porta;

Sociológicas: idade, sexo, raça, classe

social, profissão, etc.

https://lh4.googleusercontent.com

(8)

Variedades linguísticas

São as variações

que sofrem uma mesma língua, dependendo

das condições sociais, culturais e regionais em

que é utilizada.

(CEREJA e MAGALHÃES, 1998).

Jornal Zero Hora, em 10/9/2008

8

(9)

Variação linguística

• Diversas maneiras de se dizer a mesma mensagem com um valor social oposto.

 Nós vamos à aula. (prestigiada)

 Nós vamu à aula. (informal, falada)

 Nois vai na aula. (desprestigiada, estigmatizada)

 A gente vai na aula. (mais informal/coloquial,

(10)

Variantes linguísticas

Ligadas à situação por influência do:

• ambiente;

• tema;

• estado emocional do falante;

• grau de intimidade entre os falantes.

Esses fatores

imbricam-se e atuam simultaneamente.

10

http://www.surveconsulting.com

10

(11)

Samba do Arnesto (Adoniram Barbosa)

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás

Nós fumos não encontremos ninguém

Nós voltermos com uma baita de uma reiva Da outra vez nós num vai mais

Nós não semos tatu!

No outro dia encontremo com o Arnesto

Que pediu desculpas mais nós não aceitemos

(12)

Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa

Mas você devia ter ponhado um recado na porta

Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá

Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,

Assinado em cruz porque não sei escrever"

Arnesto

http://youtu.be/plOezZ6936Y http://youtu.be/iOoiYItKZEc

12

(13)

Os desvios linguísticos impedem a

comunicação?

(14)

Os desvios da língua das páginas dos jornais, das placas comerciais, a ausência de textos bem construídos, de argumentos adequados em matérias opinativas e críticas, a ausência de uma linguagem adequada aos temas desenvolvidos e a falta de criatividade quanto à elaboração das mensagens: alvo de críticas.

Necessidade atual: profissional que faça uso

eficiente da linguagem, comunique-se

competentemente, apresente credibilidade

de suas fontes e tenha a performance

profissional ética informativa.

(15)

A norma culta pode solucionar todos os problemas de

comunicação?

(16)

16

(17)

Considerar...

• Quem fala?

• Para quem se fala?

• Quando se fala?

• Como se fala?

(18)

Concepções de linguagem

1- A linguagem como expressão do pensamento

 As pessoas não se expressam bem porque não pensam;

 A expressão se constrói no interior da mente;

 A enunciação é um ato monológico, individual;

 Existência de regras para a

organização lógica do pensamento:

gramática normativa;

 A maneira como o texto está

constituído não depende de para quem se fala, em que situação e para que se fala.

http://br.geocities.com

(19)

2 - A linguagem como instrumento de comunicação

 Meio objetivo para a comunicação;

 A língua é vista como um código;

 O código deve ser bem utilizado, levando-se em conta as convenções;

 A língua é estudada enquanto código virtual, isolado de sua utilização;

www.ulpgc.es

Concepções de linguagem

 Emissor, receptor, meio, mensagem.

A língua é estudada enquanto

(20)

3 - A linguagem como forma ou processo de interação

 Ao utilizar a língua, o indivíduo realiza ações, age sobre o interlocutor;

 A linguagem como lugar de interação humana;

 O diálogo como forma privilegiada;

 Valorização do contexto dos usuários da língua.

http://blogs.princeton.edu

Concepções de linguagem

20

(21)

Concepções da linguagem

(22)

LINGUAGEM EXPRESSÃO DO

PENSAMENTO

LINGUAGEM COMUNICAÇÃO

LINGUAGEM

INTERAÇÃO HUMANA Exteriorização do

pensamento

Meio objetivo para a comunicação

Veículo de interação humana

A expressão se constrói no interior da mente

A expressão nasce da necessidade de se comunicar

A expressão é também ação

Ato monológico,

individual Diálogo superficial Privilegia o diálogo e a interatividade

Regras para a

organização lógica do pensamento: gramática normativa

Existência de códigos para a eficiência da comunicação

Valorização do contexto dos usuários da língua;

adequação no uso da língua

Para quem se fala, em que situação e para que se fala não são

preocupações no uso da língua

Preocupação com o meio, o destinatário, a mensagem e a utilização eficiente do código

Preocupação com as dimensões afetivas e sociais

(23)

Atividade

(24)

1. O cartum é construído com seis cenas dispostas em três tiras. Nele, verifica-se uma situação de comunicação entre as pessoas envolvidas.

a) Nas três cenas iniciais, a quem cabe o papel de locutor, isto é, da pessoa que fala?

b) Ainda nas três cenas iniciais, a quem cabe o papel de interlocutor, isto é, da pessoa ou das pessoas com quem se fala? Por quê?

c) Na terceira cena, o que representa o fato

de o balão de fala estar dentro do balão

de pensamento?

(25)

2. Quando nos comunicamos, temos a finalidade de não apenas expressar o que sentimos ou pensamos, mas também de interagir com nosso interlocutor e, eventualmente, até modificar seu pensamento. A 4ª e a 5ª cenas do cartum comprovam essa função da linguagem? Por quê?

3. Observe o conteúdo do balão da última cena.

a) Ele coincide com aquilo que a personagem disse a seus interlocutores?

b) O que esse fato faz pensar a respeito do

(26)

Processo de comunicação

26

Ambiente

Fonte de ruídos

Canal

Fonte de ruídos Ambiente

Mensagem Feedback Emissor

(destinador)

Ambiente

Receptor

Ambiente

(27)

Ruídos - Ambiguidades

• “Batista encontrou Lídia e falou de seus exames”.

• “Pegamos o táxi correndo”.

• “João quer participar do concurso, mas ela não quer.

• “Tatiana conversou com Márcia quando se

formou”.

(28)

Ruído- Termo novo

• Além das ambiguidades, verificamos que a introdução de um termo novo ocasiona geralmente ruído, uma interferência na comunicação, obrigando-nos a fazer, muitas vezes, um trabalho de pesquisa para entendimento perfeito da mensagem

28

(29)

Elementos da comunicação

EMISSOR

O emissor ou destinador é quem emite a mensagem,

elaborando sua ideia e

transformando-a em código, a fim

de ser enviada ao receptor.

(30)

Elementos da comunicação

30

RECEPTOR

O receptor ou destinatário é quem recebe a mensagem,

realizando o processo de

decodificação.

(31)

MENSAGEM

A mensagem é considerada o objeto da comunicação, sendo o

conteúdo das informações veiculadas.

CANAL

O canal é o meio de circulação das mensagens, possibilitando

Elementos da comunicação

(32)

CÓDIGO

O código constitui-se num

conjunto de signos, sendo a base na qual a mensagem foi

elaborada.

REFERENTE

O referente, finalmente, é o

contexto, a situação, o ambiente, os fatos ou os objetos aos quais a

mensagem remete. Caso haja diferença entre o referente do

receptor e o do emissor, a decodificação sofrerá prejuízos.

Elementos da comunicação

32

(33)

CONVERSA DE MÃE E FILHA - Manhê, eu vou me casar.

- Ah? O que foi? Agora não, Anabela. Não está vendo que eu estou no telefone?

- Por favor, por favoooooor, me faz um lindo vestido de noiva, urgente?

- Pois é, Carol. A Tati disse que comprava e no final mudou de idéia. Foi tudo culpa da...

- Mãe, presta atenção! O noivo já foi escolhido e a mãe dele já está fazendo a roupa. Com gravata e tudo!

- Só um minutinho, Carol. Vestido de... casar?! O que é isso, menina, você só tem dez anos? Alô, Carol?

- Me ouve, mãe! Os meus amigos também já foram

(34)

- Boa! Diz para ele que depois vai ter a maior festança. Ele precisa providenciar pipoca, bolo de aipim, pé-de-moleque, canjica, curau, milho na brasa, guaraná, quentão e, se puder, churrasco no espeto e cuscuz. E diz para ele não esquecer: quero fogueira e muito rojão pra soltar na hora do: “Sim, eu aceito”. Mãe? Mãe?

Manhêêê!!! Caiu pra trás! Vinte minutos depois.

- Acorda, mãe...

- Desculpa, eu me enganei, a escola vai providenciar os comes e bebes. O papai não vai ter que pagar nada, mãe, acooooooorda. Ô vida! Que noiva sofre eu já sabia.

Mas até noiva de quadrilha?!

Tereza Yamashita e Luiz Brás

(35)

Teoria da comunicação

Codificação - transformar a ideia (abstração) em código (elemento concreto).

Decodificação - transformar o código em ideia.

A ideia original não é exatamente a ideia

decodificada, o que deve

ensejar um exercício da

comunicação eficaz para

(36)

Atividade

Identifique no texto abaixo os elementos da comunicação:

36

(37)

ANTENA LIGADA

Lourenço Diaféria Troquei meu televisor em branco-e-preto por um televisor em cores com controle remoto, para facilitar a vida de meus filhos, que agora, sabe como é, época de provas, estão se virando mais que pião na roda. Imaginem que outro dia um professor teve a coragem de mandar meu filho gavião-da-fiel fazer um trabalho sobre o Sócrates.

Fiquei uma arara.

Em todo caso, apanhei a revista Placar e recomendei que o garoto consultasse os arquivos esportivos da Folha e do Jornal da Tarde. Não é por ser meu filho, mas o guri caprichou do

(38)

Puxa, assim também é demais. Resolvi levar um papo com o professor, ver se não era perseguição. O professor foi muito gentil, porém ninguém me tira da cabeça que ele é palmeirense disfarçado de são-paulino. Garantiu-me que havia ocorrido um equívoco. O Sócrates que ele queria é craque da redonda que tomou cicuta. Essa é boa. Por que não avisou antes? Como é que vou adivinhar que o homem jogava dopado?

Me manquei, mas o professor percebeu meu azedume.

Disse que ia dar uma nova oportunidade. Falou, eu disse.

Preveni meu garoto que ficasse de orelha em pé, lá vinha chumbo. Dito e feito. O professor, deixando cair a máscara alviverde, deu uma de periquito campineiro e pediu um trabalho completo sobre o Guarani.

Deixa que eu chuto, falei a meu filho. Pode contar comigo na regra três. Eu mesmo cuido da pesquisa.

Peguei a escalação completa do Guarani, botei o Neneca no gol, fiz a maior apologia do time da terra das andorinhas.

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(39)

Pra me cobrir e não deixar nenhum flanco desguarnecido, telefonei pro meu amigo Antônio Contente, que transa em assuntos culturais e conexos (como seja a imprensa), e pedi por favor que me mandasse uma camisa oito autografada.

Diretamente de Campinas e pelo malote.

Não é pra falar, mas o trabalho escolar ficou um luxo.

Sem falsa modéstia, estava esperando pro meu filho no mínimo aprovação com laude e placa de prata, para não dizer medalha de honra ao mérito.

Pois deu zebra.

Começo a desconfiar que o tal professor me armou uma arapuca e entrei fácil, como um otário. O homem deve ser primo do Dicá. Sabem o que o mestre fez? Hem? Querem saber? Deu outro zero pro meu filho. O pior é que não devolveu

(40)

- Ilustre - eu disse - com o perdão da palavra, mas que diabo de safadeza vossa senhoria anda arrumando pro meu garoto gavião-da-fiel? Então eu perco tempo, pesquiso, consulto a história gloriosa da equipe mineira, faço a maior zorra com o time do Brinco da Princesa, e o garoto ganha cartão vermelho?

Que grande cínico! O homem me olhou com aqueles olhos de olheiras - acho que tem almoçado e jantado mal, sei lá, dizem que professor padece um bocado - coçou a cabeça, murmurou:

- Foi o senhor quem fez a lição?

Fiquei meio sem jeito:

- Bem, fazer não fiz. Dei uma orientação didática. Pai é para essas coisas...

Ele não se comoveu. Ao contrário, foi até rude:

- Se aceita um conselho, pare de dar palpite na lição de casa de seu filho. O senhor não conhece nada do Guarani.

40

(41)

Falar isso na minha cara! Tive de agüentar calado. Nunca soube que no diacho do time campineiro figurasse a dupla de área chamada Peri e Ceci. E com essa constante mudança de técnicos, como podia sacar que o técnico atual é o Zé de Alencar?

- Tá bem - eu disse - não vamos brigar por tão pouco. O professor pode dar outra colhe de chá ao menino?

Deu. O professor quer agora os capítulos completos de um romance, por coincidência como o mesmo nome do time de Campinas: o Guarani. É qualquer coisa com índio sioux que de repente se vê obrigado a salvar uma mulher biônica das águas da enchente. Deve ser telenovela em cores. Mas só para complicar a vida do meu filho, o professor não revelou o horário.

Porém desta vez ele não me ferra. Pela dica do enredo que deixou escapar, deve ser mais uma dessas sucessões de cenas

(42)

Atividade

A partir da leitura do texto e com base nos conhecimentos sobre os elementos da comunicação, explique a falha ocorrida na comunicação entre pai e professor.

42

(43)

Funções da linguagem

www.infoescola.com

A partir dos elementos da comunicação,

Roman Jakobson formulou as seis funções da linguagem:

função emotiva

função apelativa

função referencial

função fática

função metalinguística

(44)

Funções da linguagem (Jakobson)

44

MENSAGEM REFERENTE

CÓDIGO CANAL

EMISSOR RECEPTOR

Emotiva

Referencial

Poética

Metalinguística Fática

Conativa

(45)

Referências

• BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. – 2. ed.

Brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em:

<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 26 ago. 2009.

• CAGLIARI, L. C. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1997.

• CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. São Paulo:

Atual, 1999.

• JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1971.

• KONDER, Leandro. A dialética radical do poeta Ivan Junqueira. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 3 jan. 2004. Disponível em: <http:// jbonline.

Terra.com.br>. Acesso em: 3 jan. 2004. (Fragmento). In ABAURRE, M.

L.& PONTARA, M. Gramática – texto: análise e construção de sentido.

São Paulo: Moderna, 2006.

• SEGALA, M. Imposto pouco lembrado encarece custo de corretagem. São

Referências

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