• Nenhum resultado encontrado

OBJETIVOS. Objetivos específicos:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "OBJETIVOS. Objetivos específicos:"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

RESUMO

Em um país onde grande parte das sociedades empresárias são formadas por empresas familiares, com ênfase no atual cenário econômico em razão da pandemia, sejam elas microempresas ou grandes sociedades, faz-se cada vez mais necessário o planejamento deste patrimônio resguardando-o aos descendentes e conservando a unidade familiar diante de todos os conflitos empresariais. Motivo esse que fez da Family Holding Company ou Holding Familiar um planejamento cada vez mais dileto.

A holding familiar consiste em uma sociedade que detém participação em outra(s) sociedades, em outras palavras, é uma empresa responsável pela gestão de outra(s).

Instrumento muito vantajoso a quem o elege, já que possibilita uma gestão financeira simplificada, reduz os impactos fiscais, perpetua o patrimônio familiar e as relações da mesma, que deixa de ser regida apenas pelo direito familiar passando também a ser submetida ao direito societário. Além, é claro, de simplificar o direito sucessório, principalmente no que diz respeito ao processo de inventário.

INTRODUÇÃO

Holding, do verbo inglês “to hold” significa entre outras coisas deter o domínio.

É o poder de centralizar a gestão de uma empresa em outra, de forma a organizar toda a sua estrutura e os papeis que cada um dos sócios/herdeiros há de desenvolver, reduzindo perceptivelmente o risco de qualquer alteração patrimonial.

A depender do sócio majoritário, conhecido como autor da herança no direito sucessório, a holding pode ter por fim apenas a gestão de sua corporação ou, além de gerir pode ter também fins lucrativos, fazendo existir mais um meio de renda a essa família. A unidade familiar passa a ser uma sociedade, onde cada um de seus membros desempenha determinada função, podendo ser divida de forma igualitária ou não, a depender do autor da herança.

Dá liberdade ao original sócio majoritário de decidir sobre o futuro de seus bens de produção, podendo impedir, por exemplo, a entrada de terceiros mediante venda do quinhão de algum de seus herdeiros, estabelecer requisitos para que os herdeiros assumam ou não, possibilitando a criação de cláusulas impeditivas de determinados atos, sob pena de nulidade da transmissão.

(2)

Por outro lado, também proporciona liberdade a seus sócios, uma vez que, aquele herdeiro que não tenha intenção de trabalhar na empresa, pode livremente continuar exercendo sua profissão, participando apenas dos lucros, já que todo sócio titular de bens de produção tem direito a receber por isso. A criação de uma holding garante aos sócios/sucessores da sucessão uma condição de vida mais confortável, o que é, afinal, o objetivo almejado por parte dos chefes de família, deixar suas famílias estabilizadas financeiramente.

A liberdade dada aos sucessores se torna também vantajosa para o autor da herança, já que em casos onde seus herdeiros provem não ter vocação para a administração de seus bens, a holding blinda a empresa de qualquer possível prejuízo por má-gestão, obrigando-os a participar apenas das deliberações societárias, mantendo a corporações no molde por seu autor desenvolvido.

OBJETIVOS

Objetivo Geral dessa pesquisa foi esquadrinhar as vantagens da holding familiar sob a óptica do direito sucessório, salientando a importância que a criação dessa empresa societária tem em manter unidade do círculo familiar, bem como, o desembaraçar do processo sucessório como um todo.

Objetivos específicos:

I. Apresentar os modelos de planejamento familiar e patrimonial existentes hoje no ordenamento jurídico brasileiro.

II. Demonstrar como o processo de sucessão pode ser simplificado através do holding familiar.

III. Indicar os tipos de constituição de holding e suas vantagens

administrativas.

METODOLOGIA

A metodologia eleita nesse trabalho é descritivo-analítica, fundada sobre pesquisas bibliográficas, doutrinas, jurisprudências e a legislação brasileira atual.

DESENVOLVIMENTO

Foi em meados de 1976, quando a holding começou a surgir em nosso país, fundamentada pela lei nº 6.404, a lei das Sociedades por Ações, que em seu art. 2º,

(3)

§ 3º traz o seguinte disposto; “a empresa pode ter por objetivo participar de outras empresas1” assim firmando a existência dessa sociedade.

São vários os tipos de holding, como descritos na obra Holding Familiar e suas vantagens, dos autores Gladston Mamede e Eduarda Cotta Mamede:

Holding Pura, quando seu único fim é ser detentora de uma quota parte de outra(s) sociedade(s) pré-constituída. Holding de controle, como o nome já diz, controla a participação societária em outra(s) sociedade(s). De participação, se restringe apenas a coordenar as participações na(s) outra(s) sociedade(s). Holding administrativa, aquela que concentra em si a administração da outra empresa, definindo objetivos e traçando diretrizes. A mista, aquela que além de possuir participação societária na(s) outra(s) empresa(s), tem finalidade lucrativa. Patrimonial, sociedade proprietária de determinadas propriedades. E por fim, holding imobiliária, um tipo específico de sociedade, criado para que detém a posse de imóveis para os mais diversos fins.

Essa pesquisa é voltada para as holdings familiar e patrimoniais, porque suas finalidades são símeis. Aquela família se torna detentora de propriedades determinadas pertencentes a suas progênies, fazendo com que seu círculo familiar passe a ser regido não apenas ao direito de família, mas ao direito societário, que facilita e muito a resolução de suas dissidências. Desde sua criação, o direito comercial vem estudando os possíveis conflitos causados no âmbito dessas sociedades, encontrando também a solução mais plausível a cada uma delas, o que faz com que as disputas familiares, nesse sentido, possam ser resolvidas de forma mais pacífica, seja por decisão arbitral, seja por demanda judicial.

“A falta de uma perspectiva permanente de sucessão está na raiz de crises reiteradamente enfrentadas por atividades negociais familiares2.” Uma das grandes

1 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Holding, administração corporativa e unidade estratégica de negócio. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Apud. JUNGBLUTH, Carla; FRÍES, Laurí Natalício. Holding como estratégia de negócios familiar. FACCAT – Revista eletrônica de Ciências Contábeis. Disponível em: JUNGBLUTH, Carla; FRÍES, Laurí Natalício. Holding como estratégia de negócios familiar.

FACCAT Revista eletrônica de Ciências Contábeis. Disponível em:

https://seer.faccat.br/index.php/contabeis/article/view/294#:~:text=Desta%20forma%2C%20a%20holdi ng%20como,assim%20como%20o%20planejamento%20patrimonial%2C. Acesso em 24 set 2020. p.3.

2 MAMEDE, Gladson; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens; planejamento jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. – 12ª ed. – São Paulo: Atlas, 2020. p.94

(4)

expectativas de vida do homem é deixar no mundo o seu próprio legado. Legado esse que sem prévio planejamento pode se esvair a qualquer momento nas mãos erradas.

Com a morte se abre a sucessão, e a transmissão dos bens de forma ficta se dá de imediato aos herdeiros, sejam eles legítimos ou testamentários. Durante o processo de inventário, é onde grande parte das empresas se perde. O não planejamento leva a administração da empresa a ficar sob poder do inventariante pelo tempo que perdurar o inventário, fazendo com que a rotina daquela sociedade se modifique.

A grande questão do inventário é definir o responsável pela gestão da empresa da família e durante esse processo de estabelecimento são muitos os encargos que elevam o valor dessa demanda, o que impossibilita a sociedade a funcionar em seu ritmo natural podendo leva-la até mesmo a enfrentar crises financeiras. A disputa pelos bens quando não existe uma sucessão premeditada também enfraquece a sociedade e consequentemente suas relações familiares. Muitas são as empresas que não resistem a sucessão, devido à falta de preparação dos sucessores para assumi-las.

É possível atribuir, por meio do testamento, determinados bens para cada herdeiro, mesmo se, em face dessa distribuição, um herdeiro receber mais que o outro, desde que respeitada a legítima3.

Quando da sucessão premeditada, são poucos os casos em que podem abalar a estrutura societária, porque se pode organizar minuciosamente cada uma das tarefas e preparar seus herdeiros. A preparação dos sucessores é de suma importância, para que se familiarizem com a rotina daquela empresa, podendo serem submetidos a um rodizio de funções dentro da mesma, onde o autor da herança identifica em qual delas cada um tem mais aptidão, organizando de maneira harmônica a divisão dessas funções no testamento e com ciência de que todos conheçam cada um dos processos, garantindo o sucesso daquele legado.

A combinação do Direito sucessório com o Direito Societário pode, sim, oferecer uma alternativa mais profícua para o planejamento futuro da família e da corporação empresarial4.

3 Idem, Ibidem. p.97.

4MAMEDE, Gladson; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens; planejamento jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. – 12ª ed. – São Paulo: Atlas, 2020. p.101.

(5)

Pode-se afirmar, portanto, que o holding familiar é tendência para o direito de família e sucessões.

RESULTADOS PRELIMINARES

A presente análise teve por fim demonstrar os benefícios da holding familiar a essas sociedades características, sob o prisma do processo sucessório. A morte traz consigo inúmeras incertezas sobre o futuro daquela família. A holding se mostrou uma forma eficaz de resguarda-los de mais dificuldades. É um instrumento cada vez mais utilizado e reconhecido por suas muitas vantagens.

Pretende-se, portanto, estabelecer a ideia de que uma sucessão premeditada, organizada por meio da holding é o caminho para o sucesso daquela sociedade, da perpetuação do patrimônio e do consequente legado daquele chefe de família. E conclusivamente, da harmonia do círculo familiar.

FONTES CONSULTADAS

JUNGBLUTH, Carla; FRÍES, Laurí Natalício. Holding como estratégia de negócios familiar. FACCAT – Revista eletrônica de Ciências Contábeis. Disponível em:

https://seer.faccat.br/index.php/contabeis/article/view/294#:~:text=Desta%20forma%

2C%20a%20holding%20como,assim%20como%20o%20planejamento%20patrimoni al%2C.

MAMEDE, Gladson; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens;

planejamento jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. – 12ª ed. – São Paulo: Atlas, 2020.

Referências

Documentos relacionados

a) Para o acesso articular utilizou-se o espaço criado após a retirada do terço médio do ligamento patelar, onde foi realizada uma incisão perfurante que

Calibração ZERO SPAN /Calibração de oxigênio; Calibração ZERO; Substituição do sensor; Teste de LCD/LED; Teste de Loop; Configura- ção da faixa; Reset do alarme; Leitura de

Possui graduação em Engenharia de Controle e Automação pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996) e mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de

Essas questões precisam ser, são e estão sendo discutidas nos cursos de formação de professores, como neste trabalho e nesse curso, com o desígnio de melhorar a visão em

OBJETIVOS: Os autores apresentam os resultados da análise dos registros do Programa de Monitoramento de Defeitos Congênitos, vinculado ao Estudo Colaborativo Latino- americano

Descobri, ao longo deste T.F.G que a criança assemelha-se à uma página de papel que vai se preenchendo, se houver a combinação entre Espaço e Educação, não adiantando o

Ainda no Bloco I, no quesito Status/Prática, o “Raríssimo” e o “Raro” não tiveram respostas o que indica que nos bancos, de forma ampla, há valorização do tema

Desta caixa a água escoa naturalmente através de tubulação passando de um tanque para outro, que após percorrer os 28 tanques o fluxo hídrico é direcionado