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Quadros AS, et al. Stents Farmacológicos: Análise Crítica das Indicações e Resultados dos Estudos Internacionais. Rev Bras Cardiol

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Academic year: 2022

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Stents Farmacológicos: Análise Crítica das Indicações e Resultados dos Estudos Internacionais

Alexandre Schaan de Quadros1, Rogério Sarmento Leite1, Carlos Antonio Mascia Gottschall1

1 Serviço de Hemodinâmica, Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/Fundação Universitária de Cardiologia, Rio Grande do Sul.

Correspondência: Alexandre Schaan de Quadros. Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Serviço de Hemodinâmica - Av. Princesa Isabel, 370 – Santana – Porto Alegre - CEP 90620-001

Fone/Fax: (51) 3230-3600 ramal 3625/3626 • e-mail: alexq@brturbo.com.br Recebido em: 11/04/2005 • Aceito em: 27/04/2005

SUMMARY

Drug-Eluting Stents: a Critical Analysis of International Studies Indications and Results The purpose of the present analysis was to review the most important studies on drug-eluting stents while focusing efficacy, safety, clinical indications and cost-effectiveness. Extensive clinical data have shown drug-eluting stents have reported lower angiographic and clinical restenosis rates when compa- red to bare metal stents. Also to be pointed out is the lack of evidence on “late catch-up” phenomenon in the 3-year clinical follow-up period. When proper implantation technique is used and patients comply with clinical anti-thrombotic regimen, post drug-eluting stent implantation thrombosis rates are similar to those with bare metal stents. Sirolimus- eluting stents have shown better angiographic late results as compared to paclitaxel-eluting stents, and that has been associated with improved clinical outcomes in some studies.

Drug-eluting stent implantations are associated with greater clinical benefits and better cost-effectiveness ratios in diabe- tics, intrastent restenosis, <2.75 mm vessels, >20 mm lesions, and treatment of the left anterior descending coronary artery. Its use in degenerated vein grafts, chronic total occlusions, very long diseased segments (>48 mm), unstable plaques without significant stenosis, and non-protected left main is not well established yet. Drug-eluting stents are associated with significantly lower angiographic restenosis and new revascularization procedures rates, and represent a historical event in interventional cardiology.

DESCRIPTORS Stents. Drug implants. Angioplasty, Translu- minal, Percutaneous Coronary.

RESUMO

O objetivo desta revisão é analisar os principais estudos de stents farmacológicos, com enfoque em sua eficácia, seguran- ça, indicações clínicas e custo-efetividade. Os estudos analisa- dos demonstram que os stents farmacológicos são muito mais eficazes do que os stents convencionais em diminuir a reestenose angiográfica e clínica, e não há perda do benefício no seguimento clínico em até 3 anos. A trombose após o implante de um stent farmacológico não é mais freqüente quando os implantes são tecnicamente adequados e o paciente adere ao tratamento antitrombótico. Os stents revestidos com sirolimus apresentam melhores resultados angiográficos tardios do que os stents com paclitaxel, bem como melhores desfechos clínicos em alguns estudos. Os stents farmacológicos apresentam benefício mais evidente e melhor relação custo-efetividade em diabéticos, reestenose intra-stent, vasos <2,75 mm, lesões >20 mm e implantes na artéria descendente anterior. Sua utilização em pontes de safena degeneradas, oclusões totais, segmentos muito longos (>48 mm), placas instáveis sem estenoses hemodinamicamente significativas e lesões de tronco de artéria coronária esquerda não protegida ainda não está embasada em evidências científicas consistentes. Os stents farmacológicos são um marco histórico na cardiologia intervencionista por diminuir significativamente a reestenose e diminuir a necessidade de novas revascularizações.

DESCRITORES: Contenedores. Implantes de medicamento.

Angioplastia transluminal percutânea coronária.

Artigo de Revisão

O

s stents coronarianos foram o maior avanço na cardiologia intervencionista desde a criação da angioplastia coronariana por Andreas Gruentzig1,

já que proporcionaram uma diminuição significativa de eventos quando comparados com qualquer outra técnica de intervenção coronariana percutânea2,3. No entanto, a reestenose persistiu como uma importante limitação do implante de stents durante muitos anos.

Neste contexto, a experiência pioneira de Sousa et al.4,5 com o stent revestido com sirolimus foi um marco em nossa especialidade, ao demonstrar que a reestenose poderia ser significativamente diminuída e que a apli- cação de drogas na superfície do stent era possível, viável e segura. Nos quatro anos que se seguiram à

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publicação deste estudo histórico, observamos a con- firmação dos achados iniciais de efetividade e segurança desta tecnologia, e sua expansão para aplicação com outras drogas, outros stents e outros tipos de polímeros, e também a uma variada gama de situações clínicas.

Segundo alguns, testemunhamos a “revolução dos stents farmacológicos”, que além de potencialmente substitui- rem os stents convencionais, poderiam ampliar as indi- cações das intervenções percutâneas para condições atualmente tratadas com cirurgia ou clinicamente6. Assim, o objetivo desta revisão é analisar os principais estudos disponíveis com enfoque nas questões de eficácia, segurança, durabilidade do efeito a longo prazo, indica- ções clínicas, comparações entre os diferentes stents farmacológicos e custo-efetividade.

EFICÁCIA

O estudo FIM demonstrou que o stent revestido com sirolimus foi extremamente eficaz em inibir a hiperplasia intimal4,5,7, e diversos estudos foram condu- zidos para comparar os desfechos clínicos e angiográficos a curto e médio prazo dos stents farmacológicos com aqueles dos stents convencionais8-13. Na Tabela 1, estão apresentadas as características dos principais ensaios clínicos já publicados. A diminuição de eventos car- diovasculares maiores (ECVM) no seguimento em até

um ano com os stents farmacológicos foi de 50-80%, quando comparados aos stents convencionais, uma diferença significativa em todos os seis estudos. A melhora na evolução clínica proporcionada pelos stents farmacológicos é devida a uma diminuição de 60- 70% na reestenose angiográfica e na necessidade de nova revascularização da lesão-alvo (RLA), mas não há diferença nas incidências de infarto do miocárdio (IAM) e óbitos, conforme demonstra a metanálise apre- sentada na Tabela 214. Análises dos diversos estudos demonstraram que o stent farmacológico foi significa- tivamente superior ao convencional em quase todos os subgrupos de pacientes.

É importante ressaltar que, até o momento, a supe- rioridade do stent farmacológico sobre o stent conven- cional é observada somente em próteses recobertas por polímero14. Comparando os resultados dos estudos com stents revestidos com paclitaxel com e sem polímero (Tabela 2), observamos que não houve diminuição estatisticamente significativa da revascularização da lesão-alvo nos pacientes tratados com stents sem po- límero. Outra consideração a ser feita é de que a magnitude do benefício clínico dos stents farmacológicos sobre os stents convencionais está provavelmente super- estimada devido ao controle angiográfico de rotina realizado em todos estes estudos15.

TABELA 1

Comparações entre as taxas de eventos cardiovasculares maiores relatadas nos ensaios clínicos publicados com stents farmacológicos vs stents convencionais

Estudo Stent n Critérios de Inclusão Seguimento Resultado (ECVM)

RAVEL8 Cypher Lesões primárias

vs 238 Diâmetro 2,5-3,5 mm 12 meses 5,8% vs 28,8%

BX Velocity Comprimento <18 mm (p<0,01)

SIRIUS9 Cypher Lesões primárias

vs 1058 Diâmetro 2,5-3,5 mm 9 meses 8,6% vs 21%

BX Velocity Comprimento 15-30 mm (p<0,001)

C-SIRIUS10 Cypher Lesões primárias

vs 100 Diâmetro 2,5-3,0 mm 9 meses 4% vs 18%

BX Velocity Comprimento 15-32 mm (p=0,05)

E-SIRIUS11 Cypher Lesões primárias

vs 352 Diâmetro 2,5-3,0 mm 9 meses 8% vs 22,6%

BX Velocity Comprimento 15-32 mm (p=0,002)

TAXUS II12 TAXUS Lesões primárias

vs 536 Diâmetro 3,0-3,5 mm 12 meses 9,9% vs 21,4%

NIR Comprimento < 12 mm (p=0,02)

TAXUS IV13 TAXUS Lesões primárias

vs 1314 Diâmetro 2,5-3,75 mm 9 meses 8,5% vs 15%

Express Comprimento 10-28 mm (p<0,001)

ECVM= Eventos Cardiovasculares Maiores.

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SEGURANÇA

1. Trombose: As drogas antiproliferativas aplicadas nos polímeros (sirolimus, paclitaxel e outros) diminuem significativamente a proliferação celular responsável pela reestenose, mas também retardam a cicatrização endotelial e aumentam a inflamação. Assim, os pacientes tratados com stents farmacológicos têm risco aumentado de trombose subaguda tardia, o que justifica o uso prolongado de inibidores plaquetários. Com o uso de aspirina + clopidogrel por 3-6 meses, as incidências de trombose subaguda tardia são semelhantes nos stents farmacológicos e convencionais8-13. No entanto, os pacientes que suspendem prematuramente o inibidor plaquetário podem apresentar trombose do stent em aproximadamente 30% dos casos, geralmente associada com IAM16.

Na avaliação do risco de trombose subaguda tar- dia, a identificação de subgrupos de alto risco e a adequação da técnica do implante são fundamentais.

Pacientes com pontes de safena degeneradas, múltiplos stents (principalmente com sobreposição), lesões com trombo e com fluxo distal comprometido, apresentam risco mais alto de trombose. Em uma subanálise do estudo italiano RECIPE17, os pacientes tratados com sobreposição dos stents apresentaram significativamente mais trombose do que aqueles sem sobreposição (3%

vs 0,7%; p=0,02). A subexpansão do stent e a presen- ça de uma estenose residual significativa foram preditores independentes de trombose em um estudo com aná- lise ultra-sonográfica intracoronariana18.

Recentemente, McFadden et al.19 descreveram 4 casos de trombose tardia de stents farmacológicos que ocorreram depois de decorrido um ano do implante.

Todos os pacientes apresentaram IAM após a suspensão da aspirina para realização de procedimentos cirúrgicos não cardíacos; em dois pacientes que foram tratados com stents farmacológicos e convencionais, observou-

se trombose somente no stent farmacológico. Estes resultados sugerem a necessidade de manutenção de aspirina indefinidamente, ou até que novos estudos esclareçam estes achados e definam qual a sua preva- lência. Além disso, é importante considerar se o pa- ciente deverá fazer uma cirurgia não cardíaca após o implante que requeira a suspensão do antiplaquetário, pois neste caso poderá ser mais prudente o implante de um stent convencional.

2. Hipersensibilidade: Reações de hipersensibilidade têm sido relatadas, mas sua real prevalência é difícil de ser avaliada. Podem ser secundárias às medicações em uso, e, quando relacionadas à presença do stent, podem ser secundárias ao polímero, à droga, ao metal do stent ou, eventualmente, a corpos estranhos (talco, gaze). Em um paciente, achados de necropsia demons- traram que fragmentos de polímero circundados por células gigantes e um infiltrado eosinofílico e linfocítico podem ter causado reação de hipersensibilidade e trombose tardia20. Nos 2067 pacientes relatados no registro americano e-cypher21, 39 (1,9%) pacientes apre- sentaram reações de hipersensibilidade, sendo que em 28 casos estas reações foram associadas a outras causas que não o stent. Nos 11 pacientes com reações de origem desconhecida, não houve aumento de rees- tenose, trombose ou eventos maiores, até o seguimen- to analisado.

3. Má-aposição das hastes do stent: No estudo SIRIUS22, a aposição incompleta tardia foi mais freqüente nos stents revestidos com sirolimus do que nos stents convencionais. No entanto, nos pacientes tratados nos estudos FIM e RAVEL com controle ultra-sonográfico em um ano, não houve aumento de má-aposição ou de eventos clínicos adversos. Em um estudo de 60 pacientes com análise ultra-sonográfica em seis meses após o implante, observou-se que a má-aposição aguda das hastes do stent ocorreu em 25% dos implantes, sendo que na maioria dos casos não houve melhora23.

TABELA 2

Metanálise dos principais desfechos clínicos em 11 ensaios clínicos com stents farmacológicos com rapamicina (RAVEL, SIRIUS, C-SIRIUS, E-SIRIUS), paclitaxel + stent com polímero (TAXUS-I, TAXUS-II,

TAXUS-IV) e paclitaxel + stent sem polímero (ASPECT, ELUTES, DELIVER e PATENCY) Rapamicina Paclitaxel (polímero) Paclitaxel (sem polímero) SF Controle Odds ratio (IC) SF Controle Odds ratio (IC) SF Controle Odds ratio (IC) Reestenose

angiográfica 6,2% 36,9% - 7,1% 23,5% - 14,8% 23,8% -

RLA 3,5% 18,5% 0,15 (0,02-0,46) 3,3% 12,2% 0,23 (0,10-0,42) 06,0% 07,6% 0,64 (0,39-1,05) IAM 3,2% 03,2% 1,10 (0,63-1,86) 3,3% 04,0% 0,93 (0,26-1,87) 01,5% 00,9% 0,60 (0,24-1,60) Óbito 1,0% 00,7% 1,15 (0,45-3,06) 0,9% 01,0% 0,66 (0-8,32)0 0 00,9% 00,9% 0,89 (0,26-2,67) ECVM 6,8% 21,0% 0,28 (0,17-0,41) 8,7% 16,7% 0,47 (0,25-0,71) 07,7% 09,5% 0,64 (0,42-1,00)

Adaptado de Babapulle et al14. RLA= Revascularização da Lesão Alvo; IAM= Infarto Agudo do Miocárdio; ECVM= Eventos Cardiovasculares Maiores; SF= Stents Farmacológicos; IC= Intervalo de Confiança.

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No estudo TAXUS 224,a incidência de aposição incom- pleta foi semelhante nos grupos de pacientes tratados com stent farmacológico ou convencional, e não houve aumento de eventos clínicos adversos no seguimento.

DURABILIDADE A LONGO PRAZO

A experiência com braquiterapia intracoronariana para o tratamento da reestenose intra-stent introduziu o conceito do “late catch-up”, já que no lugar de eliminar a reestenose, a braquiterapia pode somente retardá-la por mais tempo, com conseqüente perda do benefício a longo prazo25,26. Evidências experimentais têm sugerido que o “late catch-up” poderia ocorrer com os stents farmacológicos, mas isto não foi observado nos estudos clínicos. No seguimento clínico e angio- gráfico de 4 anos do estudo FIM27, a supressão da hiperplasia neointimal e a boa evolução dos pacientes foram mantidas. Em um paciente submetido à necropsia 4 anos após o implante (óbito não-cardíaco), observou- se uma cicatrização adequada da prótese7. Da mesma forma, no seguimento clínico de 3 anos do estudo RAVEL28 e SIRIUS29, e no seguimento clínico de 2 anos dos estudos TAXUS IV30 e RESEARCH31, não houve evidência de deterioração do resultado, conforme de- monstrado nas Tabelas 3 e 4.

INDICAÇÕES

Atualmente, os stents farmacológicos têm sido uti- lizados em praticamente todas as situações clínicas e substratos anatômicos, embora com níveis de evidên- cia científica variáveis. No estudo RESEARCH32,33, os stents farmacológicos foram utilizados de rotina em todos os casos, substituindo os stents convencionais.

Esta série de casos foi pioneira em demonstrar a se- gurança e efetividade dos stents farmacológicos no IAM, angina instável, lesões de bifurcação, lesões complexas e com uso de múltiplos stents. Nesta se- ção, revisaremos os estudos que suportam o uso dos stents farmacológicos em várias situações.

1. Lesões primárias, coronária nativa, vasos 2,0- 4,0 mm, lesões < 32 mm: O uso de stents farmacológicos está associado a uma diminuição de reestenose angio- gráfica e clínica de aproximadamente 70%, conforme os resultados de diversos ensaios clínicos (Tabela 1), sem aumento de risco de ECVM no seguimento a curto ou médio prazo (Tabela 4). Em vasos grandes, principalmente em lesões curtas e pacientes não-diabé- ticos, os stents farmacológicos podem não ser custo- efetivos, conforme discutiremos na próxima seção.

2. Síndromes isquêmicas agudas: Não há evidência

TABELA 3

Taxas de novas revascularizações da lesão-alvo após o implante de stents farmacológicos ou convencionais em 4 estudos com dois ou mais anos de seguimento clínico

1 ano 2 anos 3 anos

Stent Stent Stent Stent Stent Stent

farmacológico convencional farmacológico convencional farmacológico convencional

RAVEL28 0,9% 25,0% 3,0% 26,0% 5,3% 28,0%

SIRIUS29 4,9% 20,0% 5,8% 21,3% 6,8% 23,2%

TAXUS IV30 3,0% 11,3% 5,6% 17,5% - -

RESEARCH31 3,8% 10,5% 5,9% 14,5% - -

p<0,01 para todas as comparações entre stents farmacológicos e stents convencionais.

TABELA 4

Taxas de eventos cardiovasculares maiores após o implante de stents farmacológicos ou convencionais em 4 estudos com dois ou mais anos de seguimento clínico

1 ano 2 anos 3 anos

Stent Stent Stent Stent Stent Stent

farmacológico convencional farmacológico convencional farmacológico convencional

RAVEL28 5,9% 29,1% 10,0% 31,0% 16,7% 34,5%

SIRIUS29 8,3% 22,3% 10,1% 24,4% 12,6% 27,4%

TAXUS IV30 8,5% 15,0% 14,8% 25,2% - -

RESEARCH31 9,4% 14,7% 14,2% 21,0% - -

p<0,01 para todas as comparações entre stents farmacológicos e stents convencionais.

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do aumento do risco de trombose com os stents farma- cológicos, conforme demonstrado por dados do estudo RESEARCH32,33 e outros. Em pacientes tratados com IAM em evolução para recanalização da artéria relacio- nada ao infarto na fase aguda, os stents farmacológicos diminuíram a reestenose e a necessidade de novas intervenções, sem aumento de risco de trombose34.

3. Diabetes mellitus: A diabete está associada à aterosclerose acelerada e aumento do risco de infarto do miocárdio, e é um preditor independente de rees- tenose angiográfica e clínica após intervenções coronarianas percutâneas. Em uma análise recente de 525 pacientes diabéticos incluídos em seis ensaios clínicos randomizados com acompanhamento de 9 meses, os stents farmacológicos diminuiram as taxas de RLA (5,8% vs 22,3%; p<0,0001) e de ECVM (8,9%

vs 24%; p<0,0001) quando comparados aos stents convencionais35. O diabete é considerado uma indicação absoluta de stents farmacológicos, embora isto tenha sido recentemente questionado36.

4. Lesões na artéria descendente anterior: No estu- do SIRIUS, 459 pacientes apresentaram lesões na arté- ria descendente anterior (135 pacientes no segmento proximal), e o benefício dos stents farmacológicos neste subgrupo foi similar ao de toda a amostra37. Conside- rando o risco aumentado de ECVM em pacientes com lesões neste vaso, principalmente no segmento proximal, o implante do stent farmacológico deve ser sempre considerado.

5. Lesões de tronco da artéria coronária esquerda:

Os resultados dos stents farmacológicos têm sido promis- sores, apresentando menores taxas de reestenose e de eventos cardiovasculares quando comparados aos stents convencionais38,39. No entanto, resultados de uma com- paração direta com a cirurgia de revascularização do miocárdio ainda não estão disponíveis.

6. Pontes de safena: É uma das situações menos estudadas, já que se constituiu em critério de exclusão dos ensaios clínicos realizados. Estudos recentes com séries de casos demonstraram baixas taxas de trombose do enxerto, reestenose e de ECVM no seguimento tardio40,41, mas estudos randomizados comparando os stents farmacológicos com stents convencionais ainda não estão disponíveis.

7. Bifurcações: No estudo SIRIUS, os pacientes tratados com stents farmacológicos apresentaram menos reestenose e ECV do que aqueles tratados com stents convencionais. No entanto, o implante de stent farma- cológico de rotina no ramo não foi superior à aborda- gem de stent provisional no ramo. A técnica de “crush stenting” foi criada como alternativa para melhorar estes resultados, mas estudos com número suficiente de pacientes e com seguimento a longo prazo ainda não estão disponíveis. No momento, a opção mais utilizada para o tratamento de lesões de bifurcação é o implante do stent farmacológico no vaso principal e stent provisional no ramo pela técnica de “T stenting”.

8. Oclusões totais: Constituiu-se em critério de exclusão dos ensaios clínicos randomizados e existem poucos estudos relatados. Em um estudo não rando- mizado com 158 pacientes, o implante do stent farma- cológico proporcionou menores taxas de reestenose angiográfica e de ECVM quando comparado ao stent convencional42. Em uma série de 48 pacientes tratados com stents farmacológicos em oclusões totais e compa- rados com controles históricos tratados com stents convencionais, Werner et al.43 relataram taxa de 12%

de ECVM em um ano, comparada à 48% do grupo controle. Em outra série de 75 pacientes tratados com stents farmacológicos, a reestenose angiográfica em 18 meses foi de somente 6%44.

9. Reestenose intra-stent: Na primeira série de 25 pacientes tratados em São Paulo, os resultados foram muito favoráveis45. Em estudo mais recente (142 pacien- tes do registro americano e-Cypher), a taxa de falência do vaso-alvo em um ano foi de 18,3% e a taxa de trombose do stent em um ano foi de 3,5%46. Em outro estudo não randomizado, com 87 pacientes com rees- tenose intra-stent tratados com braquiterapia ou implante de SRS, a sobrevida livre de ECVM em 9 meses foi de aproximadamente 80% em ambos os grupos47. O ensaio clínico ISAR-DESIRE randomizou 300 pacientes com reestenose intra-stent para tratamento com angioplastia convencional, implante de stent revestido com rapami- cina e implante de stent revestido com paclitaxel 48. O desfecho primário do estudo, reestenose angiográfica em seis meses, foi significativamente melhor nos pacien- tes tratados com stents com rapamicina ou paclitaxel do que naqueles tratados com angioplastia convencional (14,3% vs 21,7% vs 44,6%; p<0,001). Estes resultados demonstram que os stents farmacológicos são superiores à angioplastia convencional para o tratamento da rees- tenose intra-stent, e sugerem superioridade do stent com rapamicina em relação ao stent revestido com paclitaxel.

10. Reestenose de stents farmacológicos: É infre- qüente, e seus preditores são semelhantes aos da rees- tenose de stents convencionais: reestenose intra-stent prévia, lesões ostiais, diabete mellito, diâmetro de refe- rência, comprimento do stent e intervenção na artéria descendente anterior49. A reestenose dos stents farma- cológicos é geralmente focal ou envolve sua borda, o que pode facilitar seu tratamento50,51. O implante de um outro stent farmacológico é uma opção, embora os resultados ainda sejam subótimos e o tratamento ideal careça de mais investigação52.

COMPARAÇÕES ENTRE STENTS FARMACOLÓGICOS

Recentemente, alguns estudos foram apresentados relatando comparações entre os principais stents far- macológicos disponíveis, o stent revestido com sirolimus (Cypher®) e o stent revestido com paclitaxel e polímero (TAXUS®).

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A reestenose após intervenções coronarianas pode ser inferida com base em variáveis relacionadas ao procedimento61. As taxas de RVA após o implante de stents podem ser estimadas antes do procedimento pela presença ou não de diabetes mellitus, e conforme a extensão da lesão e o diâmetro de referência do vaso tratado. Na Figura 2, observamos a estratificação do risco de nova RVA com um escore de pontos desenvolvido a partir de uma coorte de 990 pacientes com seguimento clínico em um ano tratados em nossa instituição62.

Estas análises de custo-efetividade também são O estudo REALITY53 randomizou 1.353 pacientes

em múltiplos centros com lesões primárias em vasos com calibre de 2,25 mm a 3 mm para o uso de um dos dois stents, com acompanhamento clínico e angiográfico em 8 meses. Os pacientes tratados com o Cypher® apre- sentaram menor perda tardia (0,09 mm vs 0,31 mm;

p<0,0001), mas as taxas de reestenose foram seme- lhantes (9,6% vs 11,1% p=0,32). Não houve diferença nas taxas de ECVM (9,2% vs 10,6%, p=0,41) e revas- cularização do vaso-alvo (5,0% vs 5,4%, p=0,81), mas os pacientes tratados com TAXUS® apresentaram mais freqüentemente trombose do stent em 30 dias (1,6%

vs 0,6%, p=0,0723).

O SIRTAX54 foi um estudo unicêntrico, com finan- ciamento do próprio hospital (University Hospital, Berna, Suíça), que comparou o uso de Cypher® e (n=503) TAXUS® (n=509) em pacientes sem exclusões clínicas ou angiográficas, sendo que 600 pacientes realizaram seguimento angiográfico em 8 meses. As taxas de ECVM em 9 meses foram menores nos pacientes tratados com Cypher® (6,2% vs 10,8%, razão de risco 1,80, 95% CI 1,16-2,80, p=0,009), da mesma forma que as taxas de revascularização da lesão-alvo (4,8% vs 8,3%, razão de risco 1,77, p=0,025). Não houve diferença nas taxas de trombose do stent (2,0% vs 1,6%). Nos pacientes com angiografia de controle, observou-se melhores resultados com o Cypher®, tanto em relação à perda tardia (0,13 mm vs 0,25 mm, p<0,001), quanto à reestenose binária (6,7% vs 11,9%, p=0,02).

O ISAR-DIABETES55 randomizou 250 patients para implante de Cypher® ou TAXUS®, com desfecho primá- rio de perda tardia angiográfica, e desfechos secundá- rios de restenose angiográfica em seis meses e RLA em nove meses. Os resultados deste estudo demonstraram menor perda tardia (0,19 mm vs 0,46; p=0,002) e menor reestenose angiográfica (6,9% vs 16,5%; p=0,03) com o Cypher®, mas sem diferença estatisticamente significativa nas taxas de RLA (6,4% vs 12,2%; p=0,13).

O ensaio clínico TAXI56 randomizou 202 para implantes de Cypher® ou TAXUS®, com desfecho primário de ECVM e RLA em seis meses. As taxas de ECVM foram semelhantes entre os dois grupos (4% vs 6%;

p=0,8), bem como as taxas de RLA (1% vs 3%; p=ns).

CUSTO-EFETIVIDADE

Embora os stents farmacológicos diminuam signifi- cativamente a reestenose, sua utilização em todos os pacientes pode ser questionada devido ao seu alto custo na realidade brasileira57-59. Os resultados de ensaios clínicos e modelos de simulação indicam que os stents farmacológicos podem ser custo-efetivos em muitos pacientes, e podem economizar recursos em alguns subgrupos de alto risco60. Modelos de análise de custo-efetividade sugerem que os stents farmacoló- gicos serão custo-efetivos quando as taxas de revascu- larização do vaso-alvo (RVA) com stents convencio- nais forem maiores de 11% (Figura 1)60.

Figura 1 - Modelo de custo-efetividade dos stents farmacológicos com base nas taxas de revascularização do vaso-alvo com o uso de stents convencionais. RVA= Revascularização do Vaso-Alvo.

Figura 2 - Taxas de revascularização do vaso-alvo conforme um escore de pontos, com base na presença de diabetes mellitus, no diâmetro de referência e na extensão da lesão. TVR= Target Vessel Revascularization.

Os pontos foram atribuídos de acordo com os seguintes critérios:

1. Diabetes: Sim= 1 ponto; Não= 0 pontos.

2. Diâmetro de referência: <3,0mm= 2 pontos; 3,0-3,5mm= 1 ponto; >3,5mm= 0 pontos.

3. Extensão da lesão: >20mm= 2 pontos; 10-20mm= 1 ponto; < 10mm= 0 pontos.

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compatíveis com outro estudo realizado no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul57. Em uma coorte de pacientes tratados com stents convencionais em vasos de grande calibre (>3,5 mm), identificamos uma taxa de RVA em um ano de 5,8%. A análise de custos demonstrou que uma estratégia sistemática de implan- te de stents farmacológicos nestes pacientes estaria associada com menores custos de seguimento clínico, mas custos médicos totais em um ano significativamente maiores. Isto se deve ao alto custo das endopróteses coronarianas revestidas com drogas, quando analisado sob a perspectiva do sistema público de saúde brasileiro.

Estes resultados são discrepantes dos dados de estudos internacionais, como as análises de custo- efetividade dos ensaios clínicos SIRIUS63 e RAVEL64. Estas diferenças em relação ao nosso estudo podem ser explicadas por diferenças no preço dos stents far- macológicos no Brasil, na Holanda e nos Estados Unidos, além de diferenças importantes em relação aos custos dos procedimentos utilizados no tratamento dos pacien- tes após a hospitalização inicial.

CONCLUSÕES

Com base nos dados apresentados nesta revisão, podemos concluir que os stents farmacológicos são significativamente mais eficazes do que os stents conven- cionais em diminuir a reestenose angiográfica e clínica em uma ampla gama de situações clínicas e anatômicas.

Embora ainda não esteja disponível acompanhamento a longo prazo dos pacientes, os resultados relatados até 3 anos não demonstram perda do benefício ou aumento de eventos clínicos adversos.

A trombose após o implante de um stent farmaco- lógico pode ser mais freqüente em grupos de muito alto risco, mas, na grande maioria dos casos, quando os implantes são tecnicamente adequados e o paciente adere ao tratamento antitrombótico, não há aumento do risco de trombose.

Em relação à comparação entre os stents revestidos com sirolimus ou paclitaxel, observam-se melhores resul- tados angiográficos tardios com o stent com sirolimus, bem como melhores desfechos clínicos em alguns estudos.

Considerando as evidências científicas disponíveis e os aspectos de custo-efetividade adaptados à reali- dade brasileira, os stents farmacológicos estão indica- dos em pacientes com risco aumentado de reestenose com stents convencionais, como pacientes diabéticos, com reestenose intra-stent, vasos finos (<2,75 mm), lesões longas (>20 mm) e intervenções na artéria des- cendente anterior.

O implante de stents farmacológicos em pontes de safena degeneradas, oclusões totais e segmentos muito longos (>48 mm) ainda carece de ensaios clínicos randomizados comparativos com os stents convencio- nais, mas os dados disponíveis sugerem superioridade do stent farmacológico.

A ampliação das indicações para situações com tratamento clínico ou cirúrgico já estabelecido (como placas instáveis sem estenoses hemodinamicamente significativas ou lesões de tronco de artéria coronária esquerda não protegida) deve aguardar a realização de ensaios clínicos randomizados com número adequa- do de pacientes.

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