• Nenhum resultado encontrado

Produto 3 Plano Municipal de Saneamento Básico

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Produto 3 Plano Municipal de Saneamento Básico"

Copied!
336
0
0

Texto

(1)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

1

(2)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

ii 03 31/07/2015 Minuta de Entrega DHF/GSN/JJ/JSN/

RS CFA JLC

02 06/07/2015 Minuta de Entrega DHF/GSN/JJ/JSN/

RS CFA JLC

01 05/06/2015 Minuta de Entrega DHF/GSN//JSN CFA JLC

00 26/05/2015 Minuta de Entrega DHF/GSN//JSN CFA JLC

Revisão Data Breve Descrição Autor Supervisor Aprovador

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORES

PRODUTO 3 – PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Elaborado por:

Davyd Henrique da Faria Vidal Glaucia dos Santos Nascimento Janaína Silva Ferreira

Jaqueline Serafim do Nascimento Romeu Santana

Supervisionado por: Cynthia Franco Andrade

Aprovado por: José Luiz de Azevedo Campello Revisão Finalidade Data

03 03 31/07/2015

Legenda Finalidade: [1] Para Informação[2] Para Comentário [3] Para Aprovação

INSTITUTO DE GESTÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS Avenida José Candido da Silveira, 447, Cidade Nova – Belo Horizonte / MG CEP: 31.170-193 Tel (31) 3481.8007 www.gesois.org.br

(3)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

iii

CONSULTORIA CONTRATADA

Instituto Gesois EQUIPE TÉCNICA

José Luiz de Azevedo Campello Engenheiro Civil / Coordenador

Gesner Ferreira Belisário Junior Coordenador de Logística

Davyd Henrique de Faria Vidal

Engenheiro Civil e Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento

Gláucia dos Santos Nascimento Engenheira Ambiental e Sanitária

Ania Maria Nunes Gloria Psicóloga

Caroline de Souza Cruz Salomão Engenheira Ambiental

Cynthia Franco Andrade Engenheira Ambiental

Débora Oliveira Geógrafa

Jaqueline Serafim do Nascimento

Geógrafa Especialista em Geoprocessamento – Coordenação de Relatórios

(4)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

iv

Janaína Silva Ferreira Secretária Executiva

Luiz Flávio Motta Campello

Engenheiro Eletricista / Segurança do Trabalho / Meio Ambiente Romeu Sant’Anna Filho

Arquiteto e Sanitarista

Cyllene Helena Castro Vasconcelos Monteiro Estagiária- Técnica Ambiental

Vivian Barros Martins Advogada

Lays Martins Coelho Estagiária- Técnica Ambiental

Ricardo Rodrigues de Oliveira Estagiário- Técnico Ambiental

(5)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

v

SUMÁRIO

SUMÁRIO ...5

LISTA DE SIGLAS ...8

LISTA DE TABELAS ... 12

LISTA DE FIGURAS ... 15

1. INTRODUÇÃO ... 18

2. CONTEXTUALIZAÇÃO ... 20

2.1 CENÁRIO LEGAL DAS ATRIBUIÇÕES DE COMPETÊNCIAS DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO... 20

2.2 O PAPEL DO COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO E ASSOCIAÇÃO EXECUTIVA DE APOIO À GESTÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS PEIXE VIVO ... 22

3. OBJETIVOS DO PMSB ... 28

4. OBJETIVOS DO PRODUTO 3 ... 30

5. DIRETRIZES GERAIS ... 31

6. METODOLOGIA ... 33

7. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E EVOLUÇÃO POPULACIONAL ... 36

8. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ... 49

9. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 51

9.1 AVALIAÇÃO DAS DEMANDAS E ANÁLISE DOS CENÁRIOS ... 51

9.1.1. Áreas atendidas pela COMPESA: Sede e Zona Rural (parcela) ... 66

9.1.2. Áreas atendidas pela COMPESA: Distrito de Fátima ... 73

9.1.3. Áreas atendidas pela COMPESA: Distrito de Sítio dos Nunes ... 79

9.1.4. Área Rural de Flores (Prefeitura) ... 85

9.2 DEFINIÇÃO DO CENÁRIO ... 91

9.3 IDENTIFICAÇÃO DAS CARÊNCIAS ... 93

9.3.1 Carências identificadas pelas comunidades ... 93

9.3.2 Carências identificadas pela Equipe Técnica ... 95

9.4 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA ... 98

9.5 OBJETIVOS E PROGRAMAS ... 106

9.6 AÇÕES,METAS E INDICADORES ... 108

9.7 ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM OUTROS SETORES E MUNICÍPIOS ... 118

(6)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

vi

9.8 ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO ... 121

9.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 138

10. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ... 141

10.1 AVALIAÇÃO DAS DEMANDAS ... 144

10.1.1. Sede Municipal de Flores ... 145

10.1.2. Demais Áreas do Município (Distritos – Rurais) ... 151

10.2 DEFINIÇÃO DO CENÁRIO ... 156

10.3 IDENTIFICAÇÃO DAS CARÊNCIAS ... 157

10.3.1 Carências identificadas pelas comunidades ... 158

10.3.2 Carências identificadas pela equipe técnica ... 159

10.4 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA ... 160

10.5 OBJETIVOS E PROGRAMAS ... 171

10.6 AÇÕES,METAS E INDICADORES ... 173

10.7 ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM OUTROS SETORES ... 182

10.8 ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO ... 184

10.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 202

11. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 204

11.1 AVALIAÇÃO DE DEMANDA ... 204

11.2 ANÁLISE DOS CENÁRIOS ... 207

11.2.1 Resíduos Sólidos Domiciliares ... 207

11.2.2 Resíduos inertes e da construção civil ... 210

11.2.3 Resíduos de Serviços de Saúde ... 213

11.3 DEFINIÇÃO DO CENÁRIO ... 216

11.4 IDENTIFICAÇÃO DAS CARÊNCIAS ... 217

11.4.1 Carências identificadas pela comunidade... 218

11.4.2 Carências identificadas pela equipe técnica ... 219

11.5 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA ... 222

11.6 OBJETIVOS E PROGRAMAS ... 230

11.7 AÇÕES,METAS E INDICADORES ... 231

11.8 ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO... 239

11.9 ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM OUTROS SETORES ... 243

11.10 AÇÕES E PARCERIAS INTERMUNICIPAIS ... 244

11.11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 245

12. DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ... 247

(7)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

vii

12.1 AVALIAÇÃO DE DEMANDA ... 247

12.2 ANÁLISE DE CENÁRIO ... 252

12.3 DEFINIÇÃO DO CENÁRIO ... 255

12.4 IDENTIFICAÇÃO DAS CARÊNCIAS ... 256

12.4.1 Carências identificadas pela comunidade... 257

12.4.2 Carências identificadas pela equipe técnica ... 258

12.5 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA ... 259

12.6 OBJETIVOS E PROGRAMAS ... 266

12.7 AÇÕES,METAS E INDICADORES ... 267

12.8 ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO... 273

12.9 ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM OUTROS SETORES ... 280

12.10 AÇÕES E PARCERIAS INTERMUNICIPAIS ... 281

12.11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 282

13. REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ... 284

14. VIABILIDADE FINANCEIRA E FONTES DE RECURSOS ... 292

15. COMPATIBILIZAÇÃO DO PMSB COM AS POLÍTICAS E OS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS ... 302

16. ALTERNATIVAS INSTITUCIONAIS DE GESTÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO ... 307

17. ANÁLISE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO MUNICÍPIO ... 314

18. DIVULGAÇÃO DO PMSB NO MUNICÍPIO ... 316

19. DIRETRIZES PARA REVISÃO DO PMSB ... 319

REFERÊNCIAS ... 321

ANEXOS ... 329

(8)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

viii

LISTA DE SIGLAS

AAB - Adutoras de Água Bruta AAT - Adutoras de Água Tratada

A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

AGB Peixe Vivo -Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo

ANA -Agência Nacional de Águas

APP - Área de Preservação Permanente

CASAL - Companhia de Saneamento de Alagoas CBH - Comitê da Bacia Hidrográfica

CBH Velhas - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas

CBHSF - Agência de Águas do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco CCR - Câmaras Consultivas Regionais

CEMP - Centro de Memória e Pesquisa

CIMPAJEÚ - Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos

CODEMA - Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente

CODEVASF -Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

COMSAB - Conselho Municipal de Saneamento Básico CONISUL - Consórcio Intermunicipal do Sul

COMPESA - Companhia Pernambucana de Saneamento CPRM - Serviço Geológico do Brasil

(9)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

ix

CT - Câmaras Técnicas DIREC - Diretoria Colegiada

EEAT -Estação Elevatória de Água Tratada

EMATER–Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais

EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EPI - Equipamento de Proteção Individual

ETA -Estação de Tratamento de Água ETE -Estação de Tratamento de Esgoto FJP - Fundação João Pinheiro

FUNAI - Fundação Nacional do Índio FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

GEODATABASE - Banco de Dados do Sistema de Informações Municipais IBGE -Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada MCID - Ministério das Cidades

MCidades - Ministério das Cidades MMA - Ministério do Meio Ambiente ONG – Organização Não Governamental

OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde PAD - Programa Água Doce

PAP - Plano de Aplicação Plurianual

PGIRS - Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PLANASA - Plano Nacional de Saneamento

(10)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

x

PMSB -Plano Municipal de Saneamento Básico

Pnud - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPA - Plano Plurianual

PPP - Parceria Público Privado

PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas PRFV - Polímero Reforçado com Fibra de Vidro

PROSAB - Programa de Pesquisas em Saneamento Básico PSF - Programa Saúde da Família

PVC - Policloreto de Polivinila

RBMA - Reserva da Biosfera da Mata Atlântica RCC – Resíduos Inertes da Construção Civil RSD - Resíduos Sólidos Domiciliares

RSI - Resíduo Sólido Industrial RSS - Resíduos Sólidos de Saúde RSU - Resíduos Sólidos Urbanos

SAA -Sistemas de Abastecimento de Água

SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SAC - Sistemas Alagados Construídos

SADT Isolado - Unidades de Apoio Diagnose e Terapia SANEPAR -Companhia de Saneamento do Paraná

SEMARH - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SES - Sistema de Esgotamento Sanitário

SIG -Sistemas de Informações Geográficas

(11)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xi

SIM - Sistema de Informações Municipais SLU - Superintendência de Limpeza Urbana

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNSA -Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

SUDENE -Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste TEVAP- Tanque de Evapotranspiração

UTC - Unidade de Triagem e Compostagem

VIGIAGUA -Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano

VRP - Válvulas Redutoras de Pressão

(12)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xii

LISTA DE TABELAS

TABELA 1:POPULAÇÃO TOTAL, POR GÊNERO,RURAL/URBANA E TAXA DE URBANIZAÇÃO. ... 38

TABELA 2:PROJEÇÃO POPULACIONAL ... 46

TABELA 3:EVOLUÇÃO POPULACIONAL ... 48

TABELA 4:EVOLUÇÃO POPULACIONAL CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 50

TABELA 5:CONSUMO PER CAPITA POR FAIXA DE OPERAÇÃO. ... 53

TABELA 6:IMPORTANTES INFORMAÇÕES SOBRE O SAA OPERADO PELA COMPESA. ... 53

TABELA 7:FATORES QUE AFETAM O CONSUMO. ... 54

TABELA 8:INFORMAÇÕES SOBRE POPULAÇÃO ABASTECIDA E ECONOMIAS ATIVAS FLORES/PE. ... 57

TABELA 9:POPULAÇÃO COM ACESSO A ÁGUA POR FORMA DE OBTENÇÃO E LOCALIZAÇÃO. ... 58

TABELA 10:SÍNTESE DE INFORMAÇÕES DO SAA OPERADO PELA COMPESA. ... 61

TABELA 11:INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE OS SAA OPERADOS PELA PREFEITURA DE FLORES. ... 62

TABELA 12:SÍNTESE DE INFORMAÇÕES DOS SAA OPERADO PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORES. ... 64

TABELA 13:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E ZONA RURAL ATENDIDA PELA COMPESACENÁRIO TENDENCIAL. ... 68

TABELA 14:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E ZONA RURAL ATENDIDA PELA COMPESA–CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 69

TABELA 15:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FÁTIMA CENÁRIO TENDENCIAL. ... 75

TABELA 16:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FÁTIMA –CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 76

TABELA 17:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES CENÁRIO TENDENCIAL. ... 81

TABELA 18:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 82

TABELA 19:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A ÁREA RURAL DE FLORES CENÁRIO TENDENCIAL. ... 87

TABELA 20:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A ÁREA RURAL DE FLORES CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 88

TABELA 21:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA COMUNIDADE -ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 94

TABELA 22:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 97

TABELA 23:CRITÉRIOS PARA HIERARQUIZAÇÃO DAS LOCALIDADES DE FLORES ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 100

TABELA 24:HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 102

TABELA 25:OBJETIVOS E PROGRAMAS ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 108

(13)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xiii

TABELA 26:OBJETIVO 1. ... 110

TABELA 27:OBJETIVO 2. ... 111

TABELA 28:OBJETIVO 3. ... 113

TABELA 29:OBJETIVO 4. ... 114

TABELA 30:OBJETIVO 5. ... 116

TABELA 31:OBJETIVO 6. ... 117

TABELA 32:CRITÉRIOS DE CARACTERIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS APROPRIADAS. ... 122

TABELA 33:BALANÇO DA PRODUÇÃO DE ESGOTO DA SEDE MUNICIPAL DE FLORES CENÁRIO TENDENCIAL. ... 147

TABELA 34:BALANÇO DA PRODUÇÃO DE ESGOTO DA SEDE MUNICIPAL DE FLORES CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 148

TABELA 35:PRODUÇÃO DE ESGOTO EM FLORES (EXCETO A SEDE)CENÁRIO TENDENCIAL. ... 154

TABELA 36:PRODUÇÃO DE ESGOTO EM FLORES (EXCETO A SEDE)CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 155

TABELA 37:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA COMUNIDADE -ESGOTAMENTO SANITÁRIO. ... 158

TABELA 38:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA ESGOTAMENTO SANITÁRIO... 160

TABELA 39:CRITÉRIOS PARA HIERARQUIZAÇÃO DAS LOCALIDADES DE FLORES ESGOTAMENTO SANITÁRIO. ... 163

TABELA 40:HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS ESGOTAMENTO SANITÁRIO. ... 167

TABELA 41:OBJETIVOS E PROGRAMAS ESGOTAMENTO SANITÁRIO. ... 173

TABELA 42:OBJETIVO 1. ... 175

TABELA 43:OBJETIVO 2. ... 176

TABELA 44:OBJETIVO 3. ... 177

TABELA 45:OBJETIVO 4. ... 178

TABELA 46:OBJETIVO 5. ... 179

TABELA 47:OBJETIVO 6. ... 180

TABELA 48:OBJETIVO 7. ... 181

TABELA 49:CRITÉRIOS DE CARACTERIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS APROPRIADAS. ... 185

TABELA 50:EVOLUÇÃO POPULACIONAL CENÁRIO TENDENCIAL... 205

TABELA 51:EVOLUÇÃO POPULACIONAL CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 206

TABELA 52:PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSDCENÁRIO TENDENCIAL. ... 208

TABELA 53:PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSDCENÁRIO ALTERNATIVO. ... 209

TABELA 54:PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RCCCENÁRIO TENDENCIAL. ... 211

TABELA 55:PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RCCCENÁRIO ALTERNATIVO. ... 212

TABELA 56-PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSSCENÁRIO TENDENCIAL ... 214

TABELA 57-PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSSCENÁRIO ALTERNATIVO. ... 215

TABELA 58:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA COMUNIDADE -RESÍDUOS SÓLIDOS. ... 218

(14)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xiv

TABELA 59:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA RESÍDUOS SÓLIDOS. ... 221

TABELA 60:CRITÉRIOS PARA HIERARQUIZAÇÃO DAS LOCALIDADES DE FLORES RESÍDUOS SÓLIDOS ... 224

TABELA 61:HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS -RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA. ... 225

TABELA 62:OBJETIVOS E PROGRAMAS RESÍDUOS SÓLIDOS. ... 231

TABELA 63:OBJETIVO 1AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 232

TABELA 64:OBJETIVO 2AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 234

TABELA 65:OBJETIVO 3AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 235

TABELA 66:OBJETIVO 4AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 236

TABELA 67:OBJETIVO 5AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 238

TABELA 68:TIPOS DE PAVIMENTAÇÃO DAS VIAS DA ÁREA URBANA. ... 249

TABELA 69:EVOLUÇÃO POPULACIONAL CENÁRIO TENDENCIAL... 250

TABELA 70:EVOLUÇÃO POPULACIONAL CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 251

TABELA 71:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA COMUNIDADE -DRENAGEM PLUVIAL... 257

TABELA 72:CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS. ... 258

TABELA 73:CRITÉRIOS PARA HIERARQUIZAÇÃO DAS LOCALIDADES DE FLORES DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS. ... 261

TABELA 74:HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS DRENAGEM PLUVIAL. ... 262

TABELA 75:OBJETIVOS E PROGRAMAS DRENAGEM PLUVIAL. ... 267

TABELA 76:OBJETIVO 1AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 269

TABELA 77:OBJETIVO 2AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES ... 270

TABELA 78:OBJETIVO 3AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES. ... 271

TABELA 79:OBJETIVO 4AÇÕES,METAS,PRAZOS E INDICADORES ... 272

TABELA 80:FONTES DE FINANCIAMENTO MUNICIPAL ... 293

(15)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xv

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1:FLUXOGRAMA DA METODOLOGIA DO PRODUTO 3. ... 35

FIGURA 2:EVOLUÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL ANUAL,1970 E 2010. ... 38

FIGURA 3:QUANTITATIVO POPULACIONAL ENTRE 1970 E 2010. ... 39

FIGURA 4:POPULAÇÃO URBANA E RURAL DE FLORES ENTRE 1970 E 2010. ... 40

FIGURA 5:IMAGEM GOOGLE EARTH 2011. ... 42

FIGURA 6:IMAGEM GOOGLE EARTH 2014. ... 43

FIGURA 7:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E ZONA RURAL ATENDIDA PELA COMPESA–CENÁRIO TENDENCIAL. ... 72

FIGURA 8:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E ZONA RURAL ATENDIDA PELA COMPESA–CENÁRIO ALTERNATIVO ... 73

FIGURA 9:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FÁTIMA CENÁRIO TENDENCIAL. ... 78

FIGURA 10:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FÁTIMA CENÁRIO ALTERNATIVO ... 79

FIGURA 11:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES CENÁRIO TENDENCIAL. ... 84

FIGURA 12:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES CENÁRIO ALTERNATIVO ... 85

FIGURA 13:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A ÁREA RURAL DE FLORES CENÁRIO TENDENCIAL. ... 90

FIGURA 14:BALANÇO (DEMANDA XDISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A ÁREA RURAL DE FLORES CENÁRIO ALTERNATIVO. ... 91

FIGURA 15:HIERARQUIZAÇÃO DE ÁREAS DE INTERVENÇÃO -ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 105

FIGURA 16:TENDÊNCIAS E MEDIDAS PARA CONSERVAÇÃO DA ÁGUA. ... 123

FIGURA 17:MODELO DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. 125 FIGURA 18:FLUXOGRAMA DE PERDAS FÍSICAS. ... 127

FIGURA 19:FLUXOGRAMA DE AÇÕES PERDAS APARENTES. ... 128

FIGURA 20:EQUIPAMENTO PARA COMBATE ÀS PERDAS... 130

FIGURA 21:EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS ECONOMIZADORES DE ÁGUA: A) VASO SANITÁRIO SEGREGADOR DE URINA; B) DUCHA TEMPORIZADORA; C) TORNEIRA COM AREJADOR. ... 132

FIGURA 22:ESQUEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA. ... 134

FIGURA 23:SISTEMA DE DESSALINIZAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. ... 137

FIGURA 24:BALANÇO DA PRODUÇÃO DE ESGOTO DA SEDE MUNICIPAL DE FLORES CENÁRIO TENDENCIAL. ... 150

(16)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xvi FIGURA 25:BALANÇO DA PRODUÇÃO DE ESGOTO DA SEDE MUNICIPAL DE FLORES CENÁRIO ALTERNATIVO.

... 151

FIGURA 26:HIERARQUIZAÇÃO DE ÁREAS DE INTERVENÇÃO ESGOTAMENTO SANITÁRIO. ... 170

FIGURA 27:ESQUEMA SIMPLIFICADO DE REUSO DE EFLUENTE. ... 192

FIGURA 28:CICLO DE NUTRIENTES COM TECNOLOGIA CONVENCIONAL (ESQ.) E ECOSSANEAMENTO (DIR.). . 192

FIGURA 29:POTENCIAIS ATIVIDADES DE REUSO DE ESGOTOS TRATADOS. ... 193

FIGURA 30:FOSSA SÉPTICA. ... 195

FIGURA 31:TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EM SISTEMAS ALAGADOS CONSTRUÍDOS CULTIVADOS COM LÍRIO AMARELO. ... 196

FIGURA 32:LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO... 197

FIGURA 33:ESQUEMA DE UM BIODIGESTOR. ... 198

FIGURA 34:BIODIGESTOR MONTADO: VISTA LATERAL E VISTA SUPERIOR. ... 199

FIGURA 35:CONJUNTO FOSSA SÉPTICA FILTRO ANAERÓBIO. ... 200

FIGURA 36:ESQUEMA DE CONSTRUÇÃO DO TANQUE DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO. ... 201

FIGURA 37:ESQUEMA DE CONSTRUÇÃO DO TANQUE DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO. ... 201

FIGURA 38:GERAÇÃO RSDCENÁRIO TENDENCIAL X GERAÇÃO RSDCENÁRIO ALTERNATIVO. ... 210

FIGURA 39:GERAÇÃO RCCCENÁRIO TENDENCIAL X GERAÇÃO RCCCENÁRIO ALTERNATIVO. ... 213

FIGURA 40-GERAÇÃO RSSCENÁRIO TENDENCIAL X GERAÇÃO RSSCENÁRIO ALTERNATIVO. ... 216

FIGURA 41:HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INTERVENÇÃO RESÍDUOS SÓLIDOS. ... 228

FIGURA 42:USINA DE RECICLAGEM DE ENTULHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL. ... 240

FIGURA 43:FLUXOGRAMA OPERACIONAL DA UTC. ... 241

FIGURA 44:MODELOS DE BIODIGESTORES. ... 242

FIGURA 45:ESQUEMA DE REAPROVEITAMENTO DO ÓLEO DE COZINHA. ... 242

FIGURA 46:SISTEMA VIÁRIO DA ÁREA URBANA POR TIPO DE REVESTIMENTO SEDE DE FLORES... 248

FIGURA 47-SISTEMA VIÁRIO DA ÁREA URBANA POR TIPO DE REVESTIMENTO DISTRITO DE FÁTIMA. ... 248

FIGURA 48-SISTEMA VIÁRIO DA ÁREA URBANA POR TIPO DE REVESTIMENTO DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES. ... 249

FIGURA 49:QUADRO GERAL DE ESTUDO DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO ... 253

FIGURA 50:HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INTERVENÇÃO DRENAGEM PLUVIAL. ... 264

FIGURA 51:EXEMPLOS DE TRINCHEIRA DE INFILTRAÇÃO. ... 274

FIGURA 52:VALA DE INFILTRAÇÃO. ... 275

FIGURA 53:PAVIMENTO POROSO PARQUE IBIRAPUERA ... 275

FIGURA 54:ESQUEMA DE UM JARDIM DE CHUVA. ... 276

FIGURA 55:BACIA DE PERCOLAÇÃO. ... 276

FIGURA 56:BACIA DE DETENÇÃO N.A. PERMANENTE MUNICÍPIO DE UBERABA. ... 277

FIGURA 57:ESQUEMA DE BIOVALETA. ... 277

(17)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

xvii

FIGURA 58:ESTRUTURA TÍPICA DE UM POÇO DE INFILTRAÇÃO. ... 278

FIGURA 59:TELHADO RESERVATÓRIO / TELHADO VERDE. ... 278

FIGURA 60:EXEMPLO DE TELHADO VERDE. ... 279

FIGURA 61:ESQUEMA DE UM MICRORRESERVATÓRIO. ... 279

(18)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

18

1. INTRODUÇÃO

O planejamento é uma forma sistemática de determinar o estágio em que o processo se encontra, onde se deseja chegar e qual o melhor caminho para chegar lá. É um processo contínuo que envolve a coleta, organização e análise sistematizada de informações, por meio de procedimentos e métodos para chegar a decisões ou escolhas acerca das melhores alternativas para o aproveitamento dos recursos disponíveis.

A Lei nº 11.445/2007 estabelece a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) como instrumento de planejamento para a prestação dos serviços públicos de saneamento básico. O PMSB é o instrumento indispensável da política pública de saneamento e obrigatório para a contratação ou concessão desses serviços, e deve abranger objetivos, metas, programas e ações para o alcance de melhorias nos serviços.

Dentre as etapas necessárias para a elaboração do PMSB, encontra-se o prognóstico, que de acordo com Finotti et al. (2009) visa mostrar como ficará a situação do meio em estudo nos próximos anos, sendo sua função demonstrar como o setor vai evoluir sem que nenhuma ação seja realizada. O prognóstico permite a construção do cenário futuro sem intervenção.

O prognóstico e alternativas para a universalização dos serviços de saneamento, conforme exposto por MCidades (2011), envolvem a formulação de estratégias para atendimento das diretrizes, visando alcançar os objetivos e metas definidas junto ao PMSB, utilizando-se dos dados do diagnóstico. Esta etapa deve articular e integrar a política, programas e projetos de saneamento básico com outras áreas afins, como saúde, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, educação, visando à eficácia, eficiência e efetividade das ações preconizadas. Ainda nesta etapa, devem ser estudadas opções de intervenção, bem como cenários alternativos, com vistas a suprir as carências das quatro grandes áreas do saneamento básico tanto em meios urbanos, quanto rurais. A elaboração dos cenários deve considerar a demanda dos

(19)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

19

sistemas em termos quantitativos e qualitativos, estabelecendo projeções para as diferentes áreas.

As possibilidades de intervenção do PMSB devem considerar cenários alternativos, redução gradativa ou mitigação temporária dos déficits e deficiências na prestação dos serviços. Estes deverão ser compatíveis, de forma qualitativa e quantitativa, com as demandas de intervenção.

(20)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

20

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1 Cenário legal das atribuições de competências dos sistemas de saneamento básico

O saneamento básico tem fundamentos e princípios estabelecidos na Constituição Federal brasileira, uma vez que está diretamente associado à cidadania e a dignidade da pessoa humana; a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais; o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; e a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos. Além disso, determina ser competência da União instituir as diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.

O Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) introduz também os fundamentos de garantia do direito a cidades sustentáveis, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana e aos serviços públicos, para as presentes e futuras gerações;

e gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

Nesse contexto, no que se refere à prestação de serviços públicos de interesse local, que possuam caráter essencial, é estabelecido que são atribuições do Município: legislar sobre assuntos de interesse local; organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local; e promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. Dessa forma, fica estabelecida a atribuição municipal na prestação dos serviços de saneamento básico (NURENE, 2008).

(21)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

21

O histórico da organização para a prestação dos serviços de saneamento básico no território nacional demonstra que o saneamento sempre foi considerado um serviço urbano, oferecido pelo Município a seus habitantes, porém em meados do século XX, com a atuação mais incisiva do governo federal, essa situação veio a se alterar, ficando a prestação dos serviços realizada por instituições vinculadas ao governo federal, como o Serviço Especial de Saúde Pública, que em 1991 originou a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), e o Departamento Nacional de Obras de Saneamento (COSTA e RIBEIRO, 2013).

Por volta de 1960, com o objetivo de promover o desenvolvimento e combater as desigualdades regionais e sociais, alguns estados criaram organismos com o intuito de apoiar os Municípios na promoção e viabilização do saneamento. Nesse contexto e com a instituição do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA) em 1971, em alguns casos, as empresas estaduais trataram de alargar sua atuação nas grandes cidades, a fim de se tornarem as prestadoras dos serviços.

Aproximando à década atual, em 2007 é instituída Lei nº 11.445/2007 que insere fundamentos e princípios no contexto do saneamento básico, como a universalização do acesso com integralidade das ações, segurança, qualidade e regularidade na prestação dos serviços; a promoção da saúde pública, segurança da vida e do patrimônio e proteção do meio ambiente; a articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de proteção ambiental e outras de relevante interesse social; a adoção de tecnologias apropriadas às peculiaridades locais e regionais, adoção de soluções graduais e progressivas e integração com a gestão eficiente de recursos hídricos; a gestão com transparência baseada em sistemas de informações, processos decisórios institucionalizados e controle social;

e a promoção da eficiência e sustentabilidade econômica, com consideração à capacidade de pagamento dos usuários.

A Política Nacional de Saneamento Básico, Lei nº 11.445/2007, prevê que a prestação de serviços públicos de saneamento básico poderá ser realizada por

(22)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

22

órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Federal, ou municipal, na forma da legislação, assim como por empresa a que se tenham concedido os serviços.

Além disso, a Política estabelece as diretrizes para a universalização dos serviços de saneamento básico, de forma a garantir o acesso aos serviços com qualidade e em quantidade suficiente às necessidades da população.

A Política parte do conceito de saneamento básico como sendo o conjunto dos serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: abastecimento de água;

coleta e tratamento de esgotos; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

Diante desse cenário, em Pernambuco, as competências quanto ao saneamento básico tornam-se mais específicas, dentro da Constituição do Estado de Pernambuco de 05 de outubro de 1989, atualizada até setembro de 2009, tais atribuições foram indicadas no Capítulo I, Parágrafo único, conforme transcrito a seguir:

É competência comum do Estado e dos Municípios:

IX - implantar programas de construção de moradias, bem como promover a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

2.2 O papel do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) foi instituído pelo Decreto Presidencial de 05 de junho de 2001, sendo um órgão colegiado, com atribuições normativas, deliberativas e consultivas no âmbito da respectiva bacia hidrográfica, vinculado ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), nos termos da Resolução CNRH Nº 5, de 10 de abril de 2000. Em relação a composição

(23)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

23

do CBHSF, em termos numéricos, os usuários somam 38,7% do total de membros, o poder público (federal, estadual e municipal) representa 32,2%, a sociedade civil detém 25,8% e as comunidades tradicionais 3,3%. Essa composição vem representando a concretização dos requisitos dispostos na Lei Federal 11.445/2007, uma vez que considera importante o apoio aos municípios integrantes da bacia na elaboração de seus PMSB, bem como na elaboração dos projetos de saneamento básico.

O Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH) São Francisco tem por objetivo “implementar a política de recursos hídricos em toda bacia, estabelecer regras de conduta locais, gerenciar os conflitos e os interesses locais” (CBHSF, 2014).

O CBHSF tem por competência “I – promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação das entidades intervenientes; II – arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos; III – aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia; IV – acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas; V – propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, captações e lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de acordo com os domínios destes;

VI – estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados; VII – estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo”.

De acordo com CBHSF (2015), as atividades político-institucionais do Comitê são exercidas por uma Diretoria Colegiada (DIREC), que abrange a Diretoria Executiva (presidente, vice-presidente e secretário) e os coordenadores das Câmaras Consultivas Regionais (CCR) das quatro regiões fisiográficas da bacia: Alto, Médio, Submédio (que abrange o município de Flores) e Baixo São Francisco. Além disso, o CBHSF conta com Câmaras Técnicas (CT), que examinam matérias específicas, de

(24)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

24

cunho técnico-científico e institucional, para subsidiar a tomada de decisões do plenário. Essas câmaras são compostas por especialistas indicados por membros titulares do Comitê.

Assim como a bacia hidrográfica do rio São Francisco, que tem grande importância para o país não apenas pelo volume de água transportado em uma região semiárida, mas também pelo potencial hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a região (CBHSF, 2015), o CBHSF também tem um papel político fundamental para a gestão de recursos hídricos do país.

Para prestar apoio administrativo, técnico e financeiro aos Comitês de Bacias Hidrográficas, a Lei Federal nº 9.433 de 1997 instituiu a implantação das Agências de Águas, ou as entidades delegatárias de funções de agência, são entidades dotadas de personalidade jurídica própria, descentralizada e sem fins lucrativos, são indicadas pelos CBH e podem ser qualificadas pelo CNRH, ou pelos Conselhos Estaduais, para o exercício de suas atribuições legais. A implantação das Agências de Águas foi instituída pela Lei Federal nº 9.433 de 1997, tendo por competência prestar apoio administrativo, técnico e financeiro ao respectivo CBH.

A Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo (AGB Peixe Vivo) é uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado, criada em 2006 para exercer as funções de Agência de Águas. A Deliberação CBHSF nº 47, de 13 de maio de 2010, aprovou a indicação da AGB Peixe Vivo para desempenhar funções de Agência de Água do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Essa agência foi criada no dia 15 de setembro de 2006, e equiparada no ano de 2007 à Agência de Bacia Hidrográfica por solicitação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Velhas).

A Deliberação CBHSF nº 40, de 31 de outubro de 2008, aprovou o mecanismo e os valores da cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio São Francisco. O CNRH, por meio da Resolução nº 108, de 13 de abril de 2010, aprovou

(25)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

25

os valores e mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

A Deliberação CBHSF nº 71, de 28 de novembro de 2012, aprovou o Plano de Aplicação Plurianual (PAP) dos recursos da cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, referente ao período 2013-2015. No PAP consta a relação de ações a serem executadas com os recursos oriundos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, dentre as quais devem estar incluídas aquelas ações relativas à elaboração de PMSB.

De acordo com o Relatório de Situação do CBHSF (2011), para se alcançar os grandes desafios propostos para a Bacia Hidrográfica do rio São Francisco e atender a população ao longo de toda a área de drenagem, diversas instituições públicas executam projetos, programas e obras visando à recuperação da qualidade e da quantidade de água, superficial e subterrânea, tendo em vista a garantia dos usos múltiplos e a preservação e a recuperação da biodiversidade natural.

Diante de inúmeros projetos e obras já realizados na bacia e a existência de diversas demandas de novas ações, tornou-se importante a consolidação de metas e um banco de dados atualizado que possibilite o acompanhamento sobre o andamento das mesmas (Relatório de Situação do CBHSF, 2011).

As informações recebidas foram consolidadas e analisadas, resultando em um primeiro relatório, denominado “Levantamento das intervenções prioritárias (obras e projetos) para a bacia hidrográfica do rio São Francisco 2011 - 2014, de Junho de 2011”. Contudo, para que sejam alcançadas, as metas universais para a bacia hidrográfica do rio São Francisco foram inseridas na Carta de Petrolina em 07 de Julho de 2011, conforme segue:

Água para todos: atingir, até o ano de 2020, a universalização do abastecimento de água para as populações urbanas, rurais e difusas;

Saneamento ambiental: atingir até o ano de 2030, a universalização da coleta e tratamento dos esgotos domésticos, a universalização da coleta e

(26)

Produto 3 – Plano Municipal de Saneamento Básico

26

destinação final de resíduos sólidos urbanos e a implementação de medidas para solução dos problemas críticos de drenagem pluvial, prevenção e controle de cheias em ambientes urbanos;

Proteção e conservação de mananciais: implementar até o ano de 2030, as intervenções necessárias para a proteção de áreas de recarga e nascentes, da recomposição das vegetações e matas ciliares e instituir os marcos legais para apoiar financeiramente as boas práticas conservacionistas na bacia hidrográfica.

Contudo, para que a bacia possa atingir a universalização dos serviços de saneamento ambiental, faz-se necessário que os municípios tenham elaborado os respectivos PMSB.

Então por decisão da DIREC do CBHSF foi lançada, no início do ano de 2013, uma solicitação de manifestação de interesse para que as Prefeituras Municipais se candidatassem à elaboração dos respectivos PMSB.

Em reunião da DIREC, realizada em 08 de agosto de 2013, foi definida uma lista de municípios que seriam contemplados numa primeira etapa, a partir de uma análise elaborada pela AGB Peixe Vivo, mantendo-se uma proporção nas quatro regiões hidrográficas da bacia do rio São Francisco (Alto, Médio, Submédio e Baixo).

Dessa forma, o processo de apoio às demandas dos municípios na elaboração dos PMSB está sendo desenvolvido na Bacia por meio dos recursos da cobrança pelo uso da água e atendendo as metas contidas na Carta de Petrolina.

Em atendimento à demanda do CBHSF a AGB Peixe Vivo deu encaminhamento ao trabalho de levantamento das informações que subsidiaram a contratação dos serviços para elaboração dos PMSB dos municípios de Afogados da Ingazeira, Flores e Pesqueira, localizados no estado de Pernambuco, todos esses na região fisiográfica do Submédio, na bacia hidrográfica do rio São Francisco, objeto do contrato firmado entre a Agência e o Instituto Gesois, financiado com recursos

Referências

Documentos relacionados

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

Assim sendo, a organização, quando opta por uma política de redução de custos com mão-de-obra via adesão a processos de terceirização, reduz consequentemente

Una educación establecida y controlada por el Estado no debería existir, y en caso de existir, más que como uno de tantos experimentos, entre muchos otros, hecho solamente

Sea cual sea la opinión de los moralistas utilitaristas con relación a las condiciones originales que hacen que la virtud devenga virtud, y por más que puedan considerar (como,

BLOQUE 4: CONTRA LA IMPOSICIÓN SOCIAL DE LA CONDUCTA MORAL Contra la intervención social en la conducta estrictamente personal Argumentos fundamentales no hay criterios sociales

Em contrapartida há os que pensam que a autoridade do homem sobre a mulher deve ser considerada justamente por causa de 1Tm 2,12, como defendem Culver (1996) e Foh (1996).

c.4) Não ocorrerá o cancelamento do contrato de seguro cujo prêmio tenha sido pago a vista, mediante financiamento obtido junto a instituições financeiras, no

Os autores relatam a primeira ocorrência de Lymnaea columella (Say, 1817) no Estado de Goiás, ressaltando a importância da espécie como hospedeiro intermediário de vários parasitos