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Agrupamento de Arritmias Cardíacas Utilizando ART2

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Academic year: 2022

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Agrupamento de Arritmias Cardíacas Utilizando ART2 

Sérgio R. Rogal Jr.1, Emerson C. Paraiso1, Celso A. A. Kaestner2, Marcus V. M. 

Figueredo1, Alfredo B. Neto1 

1Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR   Programa de Pós-Graduação em Informática – PPGIa 

2Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR   Departamento de Informática 

{rogal,paraiso,marcus}@ppgia.pucpr.br, celsokaestner@utfpr.edu.br,  beckert@gmail.com.br 

Abstract.  The  arrhythmias  or  abnormal  rhythms  of  the  heart  are  common  cardiac riots and may cause serious risks to the life of people, being one of the  main causes of death. These deaths could be avoided if a previous monitoring  of these arrhythmias was carried through, using the Electrocardiogram (ECG)  exam.  This  work  raises  the  hypothesis  that  ART2  artificial  neural  networks  (ANN)  can  be  used  in  the  clustering  of  the  cardiac  arrhythmias.  This  ANN  allows  that,  at  any  time,  other  groups  of  arrhythmias  may  be  added,  without  the necessity of a new training phase. In this work, an ART2 neural network is  used  to  detect  the  normal  beatings,  the  atrial  premature  contractions  (APC)  and the premature ventricular contractions (PVC). 

Resumo.  As  arritmias  ou  ritmos  anormais  do  coração  são  distúrbios  cardíacos comuns e podem causar sérios riscos à vida das pessoas, sendo uma  das principais causas de óbito. Muitos destes óbitos poderiam ser evitados se  fosse  realizado  um  monitoramento  prévio  dessas  arritmias,  a  partir  do  Eletrocardiograma  (ECG).  Este  trabalho  levanta  a  hipótese  de  que  redes  neurais  artificiais  (RNA)  ART2  podem  ser  utilizadas  no  agrupamento  das  arritmias cardíacas. Esta RNA permite que, a qualquer momento, possam ser  adicionados  outros  grupos  de  arritmias,  sem  a  necessidade  de  um  novo  treinamento  da  rede  neural.  Neste  trabalho  serão  detectados  os  batimentos  normais,  as contrações prematuras atriais (CPA) e as contrações prematuras  ventriculares (CPV). 

1. Introdução 

As  doenças  cardiovasculares  são  hoje  em  dia  uma  das  principais  causas  de  óbitos  em  países  desenvolvidos  e  em  desenvolvimento  [Uni  2006].  Estes  óbitos  poderiam  ser  reduzidos  se fossem  realizados a detecção  e o monitoramento prévio  dessas arritmias a  partir do Eletrocardiograma (ECG). O ECG é o registro de potenciais elétricos emitidos  pelo coração que atingem a superfície do corpo [Guyton et al. 1996]. 

  As  arritmias  ou  ritmos  anormais  do  coração  são  distúrbios  cardíacos  comuns  e  podem  causar  sérios  riscos  à  vida  das  pessoas.  Estes  distúrbios  são  caracterizados  pela  alteração  da  freqüência  ou  ritmo  dos  batimentos  cardíacos  e  podem ocorrer  por  várias 

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razões [Frownfelter et al. 2004].  A análise automática de arritmias a partir do ECG pode  ser obtida de várias maneiras, utilizando-se algoritmos específicos e métodos inteligentes  [Osowski  et  al.  2004],  [Wang  et  al.  2003],  [Zhou  et  al.  2005],  [Zhang  et  al.  2004],  [Lettnin  et  al.  2002],  [Han  et  al.  1996],  [Lee  et  al.  2005],  [Srinivasan  et  al.  2003],  [Capua  et  al.  2006].  Na  maior  parte  dos  trabalhos  que  aplicam  os  algoritmos  de  aprendizagem  de  máquina  na  análise  automática  de  arritmias,  este  procedimento  é  dividido em três etapas: pré-processamento, extração de características e processamento.

  Em  nossa  abordagem,  nas  etapas  de  pré-processamento  e  de  extração  de  características  dos  sinais  de  entrada,  optamos  pela  utilização  da  transformada  Wavelet  por  fornecer  informação  suficiente  para  analisar  o  ECG  de  entrada,  mostrando  claramente  onde  ocorre  cada  freqüência.  Com  esta  transformada,  a  análise  do  sinal  é  feita nos domínios do  tempo  e da freqüência ao mesmo tempo. [Polikar 1996]. Através  de  uma  transformação  do  sinal  para  o  domínio  tempo-freqüência,  as  amostras  dos  batimentos são convertidas para coeficientes Wavelet. Em seguida, estes coeficientes são  utilizados  na  entrada  da  ART2,  que  irá  agrupá-los,  ou  seja,  os  dados  similares  serão  colocados no mesmo grupo. Para os dados não similares, novos grupos são criados.  

  Na seqüência deste artigo, a seção 2 mostrará a análise automática do ECG com  métodos  inteligentes.  A  seção  3  apresentará  a  metodologia  desenvolvida  durante  este  trabalho. Os resultados obtidos serão apresentados na seção 4. Ao final, oferecemos uma  conclusão e as perspectivas de trabalhos futuros. 

2. Análise Automática do ECG 

Diversas abordagens para a análise automática do ECG têm sido propostas na literatura. 

Incluem abordagens estatísticas [Chazal et al. 2004] e sintáticas [Tümer et al. 2003]. As  RNAs também são muito empregadas  na tarefa  de reconhecimento de padrões do ECG  [Ozbay et al. 2001]. O Multilayer Perceptron (MLP) é um dos modelos mais utilizados  em abordagens com Redes Neurais. Em [Vargas et al. 2002] as principais características  do  sinal  de  ECG  foram  extraídas  através  de  técnicas  de  análise  das  componentes  principais e, em seguida, foram aplicados a um MLP para a classificação. Em [Minami et  al.  1999]  utilizou-se  a  transformada  de  Fourier  para  extrair  as  características  do  complexo QRS que foram utilizados em um MLP de cinco entradas e duas saídas. 

  Mapas  auto-organizáveis  também  estão  sendo  utilizados  para  a  análise  dos  batimentos  cardíacos.  Em  [Hu  et  al.  1997]  mapas  auto-organizáveis  foram  utilizados  para  a  concepção  de  um classificador  personalizado  para um paciente  específico  e para  um  classificador  global,  no  final  os  dois  classificadores  foram  combinados.  Em  [Lagerholm  et  al.  2000]  um  mapa  auto-organizável  (5X5)  foi  empregado  para  o  agrupamento  dos  batimentos  em  25  grupos,  na  qual o  complexo  QRS  foi  representado  pela função ortogonal de Hermite. 

  Alguns  trabalhos  [Lin  et  al.  2005],  [Wen  et  al.  2006]  utilizaram  algoritmos  específicos  para  o  agrupamento  do  ECG.  Em  [Wen  et  al.  2006]  desenvolveu-se  um  algotitmo  para  a  análise  das  arritmias  cardíacas  baseado  no  agrupamento  das  ondas  do  complexo  QRS.  Este  algoritmo  atingiu  uma  taxa  de  agrupamentos  corretos  acima  de  90%. 

    A seção seguinte mostrará a metodologia proposta neste trabalho. 

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3. Agrupamento de Arritmias Cardíacas Utilizando Redes Neurais Auto- Organizáveis 

Este  trabalho  levanta  a  hipótese  de  que  uma  RNA  auto-organizável  pode  ser  utilizada  para  agrupar  as  arritmias  de  um  sinal  de  ECG,  obtendo  resultados  semelhantes  aos  trabalhos  que  utilizaram  outras  abordagens  (ver  tabela  3).  A  figura  1  apresenta  o  diagrama para o processo de agrupamento utilizado neste trabalho. 

  Figura 1. Diagrama de todo o processo para o agrupamento do sinal de ECG 

  Para  este  trabalho  foi  escolhida  a  base  de dados  MIT-BIH  Arrythmia  Database  [Physionet],  que  é  uma  base  de  dados  utilizada  para  o  desenvolvimento  e  avaliação  de  monitores  de  arritmias.  Esta  base  é  referência  para  o  desenvolvimento de  pesquisas  na  área  de  análise  de  arritmias.  Ela  foi  criada  pelo  Boston's  Beth  Israel  Hospital  entre  os  anos de 1975 e 1979 [BIH], tendo sido publicada em 1980. Esta base possui 48 registros  de  ECG com arritmias, cada  registro contendo duas derivações. O Boston's Beth Israel  Hospital  digitalizou  os  sinais  com  uma freqüência de amostragem de  360  Hz e  com 11  bits de resolução. Destes 48 registros, 25 foram coletados de um conjunto específico de  exames  e  os  outros  23  registros  foram  selecionados  aleatoriamente  para  representar  outras arritmias [Physionet]. Especialistas da área avaliaram cada batimento cardíaco dos  registros,  informando  a  ocorrência  de  uma  arritmia  ou  não,  totalizando  110000  anotações de batimentos cardíacos [MIT]. 

  Todo o sinal da base de dados foi segmentado na fase de pré-processamento por  um  algoritmo  implementado  em  Java.  Este  algoritmo  selecionou  as  amostras  para  a  análise do ECG. Este processo é representado na figura 2. 

 

Figura 2. Diagrama do processo de segmentação do ECG 

  O  processo  de  segmentação  inicia-se  pela  detecção  de  picos.  No  caso  da  base  utilizada, a detecção de picos não foi necessária, visto que os mesmos já estão anotados. 

Para  a  seleção  das  amostras,  foi  definido  um  intervalo  contendo  100  amostras,  50  amostras antes do pico e 50 amostras depois do pico. O critério utilizado para a escolha  deste  intervalo  baseou-se  em  trabalhos  anteriores  [Prasad  et  al.  2003],  [Lettnin  et  al. 

2002]  que  utilizaram  métodos  semelhantes.  Este  intervalo  contém  todas  as  ondas 

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amostras, estas serão submetidas à transformada Wavelet para o processo de extração de  características. Este processo é apresentado na seção seguinte. 

3.1. Transformada Wavelet Discreta 

Utilizou-se  uma transformada  Wavelet  discreta  (TWD)  do  tipo Coiflet com  4 níveis de  resolução para processar as amostras de ECG da janela selecionada. As 100 amostras da  janela selecionada são observadas na figura 3. 

  Figura 3. Janela com amostras do sinal de ECG original 

  Os  coeficientes  resultantes  da  transformada  Wavelet  apresentados  na  figura  4,  são utilizados para formar o vetor de características do sinal de ECG analisado que será  processado pela RNA. 

 

Figura 4. Vetor de características formado com os coeficientes Wavelet da  janela selecionada. Este vetor inicia-se com os coeficientes de aproximação 

seguido dos coeficientes de detalhe. 

  A  TWD  foi parametrizada  até a  quarta  camada.  Este número foi escolhido com  base em trabalhos anteriores [Prasad et al. 2003], [Jung et al. 2003] que obtiveram bons  resultados. 

  Obtidos os coeficientes, estes são submetidos a RNA para o processamento. 

3.2. Rede Neural Artificial Auto Organizável 

Utilizou-se uma RNA auto-organizável do tipo ART2 (Adaptive Ressonance Theory). A  figura 5 apresenta a arquitetura simplificada desta rede.  

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   Figura 5. Arquitetura simplificada da RNA ART2 

  A arquitetura da rede ART2 pode ser dividida em três camadas:  

- F1: camada de processamento de entrada; 

- F2: camada de unidade de agrupamento; 

- RESET: camada que controla o grau de similaridade. 

  A  camada  F1  está  conectada à  camada  F2  através  dos  pesos  bij. A  camada F2,  por  sua  vez,  está  conectada  à  camada  F1  através  dos  pesos  tji.  Estas  conexões  duplicadas são utilizadas para controlar a similaridade dos padrões de um mesmo grupo. 

  Como o modelo ART2 possui mecanismos de normalização e filtragem de ruídos  incluídos na camada F1, ele se torna mais complexo que o modelo ART1. O parâmetro �  controla a eliminação dos ruídos, ajudando a rede a se tornar estável. 

  Na ART2 a aprendizagem pode ser rápida ou lenta. Esta variação de velocidade  afeta,  além  da  aprendizagem,  as  características dos  grupos  e  dos  vetores  de  pesos  que  serão  formados.  Quando  a  aprendizagem  é  rápida,  os  pesos  são  atualizados  durante  a  ressonância (comentada abaixo). O tempo para esta atualização é equivalente ao tempo  de apresentação de um padrão. Nesta aprendizagem poucas épocas são necessárias e são  necessárias  várias  iterações  para  a  alteração  dos  pesos  entre  a  camada  F1  e  a  entrada  [Carpenter et al. 1998]. 

  O  modo  lento  altera  os  pesos  em  um  tempo  equivalente  ao  tempo  de  aprendizagem.  Antes  de  se  obter  a  estabilidade  da  rede,  são  necessárias  muitas  apresentações dos padrões.  

  A ressonância ocorre apenas no modo de aprendizagem rápido, após a escolha do  grupo  vencedor.  Sua  caracterização  ocorre  pela  repetição  alternada  no  processo  de  atualização dos pesos nos dois sentidos (F1 �� F2) e na atualização da camada F1. O  RESET não pode ocorrer durante a ressonância [Carpenter et al. 1998]. 

  A velocidade de aprendizagem na ART2 pode ser controlada também através do  parâmetro �  (taxa  de  aprendizagem).  A  velocidade  reduz  com  valores  pequenos  de �,  mas garante que os pesos alcancem equilíbrio no modo lento. 

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  Neste  trabalho,  criou-se  a  ART2  com  o  auxílio da  ferramenta  BigNet,  existente  no  software  SNNS.  Para  a  fase  de  treinamento  e  testes  utilizou-se  uma  versão  re- compilada do software JavaNNS. 

  O vetor de características formado pelos coeficientes Wavelet foi disponibilizado  à  entrada  da  RNA  (uma  característica  por  entrada).  Os  parâmetros  da  ART2  foram  ajustados  empiricamente,  chegando  a um nível de agrupamentos adequados.  A tabela 1  mostra o valor dos parâmetros utilizados na ART2. 

Tabela 1. Valor dos parâmetros utilizados na RNA ART2 

Parâmetro  Valor  Descrição 

t  100  Ciclos de treinamento 

a  10  Peso fixo da primeira camada  b  10  Peso fixo da primeira camada  c  0.1  Peso fixo utilizado no teste de reset  d  0.9  Ativação da unidade vencedora de saída 

�  0.99  Determina a taxa de formação dos clusters 

�  0.1  Supressor de ruídos 

  O  uso  desta  rede  é  muito  importante  neste  trabalho,  visto  que  a  ART2  é  uma  rede “plástica”, não sendo necessário treiná-la novamente desde o início para a adição de  outros  grupos  [Carpenter  et  al.  1998].  Ela  se  ajusta  automaticamente, formando novos  grupos se  necessário.  A RNA foi  treinada  com  um conjunto de 5070 batimentos (1690  CPA, 1690 CPV e 1690 normal) e foi testada com um conjunto de 2535 (845 CPA, 845  CPV e 845 normal). 

4. Resultados Obtidos 

Os  resultados obtidos são apresentados na tabela 2. Já na tabela 3 os resultados obtidos  são confrontados com outros trabalhos. 

  Para  a  etapa  de  testes,  utilizou-se  uma  versão  re-compilada  do  JavaNNS  com  algumas  modificações.  Assim,  possibilitou-se anotar  em qual  unidade  de saída os  dados  de entrada estavam sendo agrupados. 

Tabela 2. Resultados obtidos neste trabalho  Sinal de ECG  Agrupamentos 

Corretos  Batimento Normal  86% 

Arritmia CPA  92% 

Arritmia CPV  95% 

  A  metodologia  adotada  obteve  bons  resultados,  similares  aos  trabalhos  que  utilizaram  a  mesma  base.  A  tabela  3  apresenta  uma  comparação  entre  os resultados de  outros trabalhos e os resultados obtidos com a RNA auto-organizável. 

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  O  valor  médio  de  agrupamentos  corretos  foi  calculado  a  partir  da  média  das  N  classes  (arritmias).  Alguns  aspectos  podem  ser  relevantes  para  explicar  os  resultados  obtidos e nos guiar para pesquisa futura. 

  Com  relação  à  segmentação,  pensamos  em  variar  o  número  de  amostras  ou  mesmo  selecionar  amostras  específicas  do  sinal  de  ECG.  Isso  poderia  melhorar  os  resultados. 

 

Tabela 3. Comparação entre a RNA auto-organizável e outros trabalhos  Trabalho  Arritmias  Nº  total de 

arritmias  

Processamento Correto 

   CPA  CPV     analisadas     

RNA ART2  x  x  2  93,50% 

[Lettnin et al. 2002]    x  2  80% 

[Han et al. 1996]    x  1  96,90% 

[Lee et al. 2005]    x  1  98,60% 

[Zhang et al. 2004]  x  x  4  98,30% 

[Srinivasan et al. 

2003] 

   x  4  93,70% 

[Lin et al. 2005]  x  x  2  90% 

   A utilização da  transformada Wavelet Coiflet provou-se ser muito eficiente para  representar a onda de ECG e suas arritmias. A análise com Wavelet é mais aprofundada,  já  que  mostra  efetivamente  onde  cada  freqüência  do  ECG  está  ocorrendo.  Porém,  existem  outras  famílias  de  transformada  Wavelet  que  poderiam  ser  utilizadas,  como  Daubechies,  Haar  e  Symmlet.  A utilização da transformada Wavelet Daubechies possui  eficiência similar a Coiflet, como observado em [Jung et al. 2003]. 

  Durante  os  testes  foram  utilizadas  diversas  configurações  para  a  RNA  ART2. 

Inicialmente, uma ART2 com 100 unidades de entrada e 3 clusters foi treinada, porém os  resultados  não  foram  bons.  Isso  aconteceu  devido  à  grande  similaridade  entre  o  ECG  normal  e  a  arritmia  CPA.  Teoricamente  o  número  de unidades de  saída da ART2 deve  ser igual ao conjunto de dados analisados. Neste caso três tipos de sinais (CPA, CPV e  batimento normal). Assim, é necessário formar um cluster com mais unidades de saída e  não apenas uma. 

  Após os testes iniciais, variou-se o número de unidades de saída, especificamente  com 5, 10, 15, 20, 30 e 40 unidades. Após vários testes, a rede com 15 unidades de saída  obteve os melhores clusters. A tabela 4 apresenta a formação de cada cluster. 

     

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Tabela 4. Descrição dos clusters formados na ART2 com 15 unidades de saída 

Cluster  Sinal Correspondente  Unidades de saída contidas  no cluster 

1  CPA  Unidades 1, 4 e 5 

2  Batimento Normal  Unidades 2 e 3 

3  CPV  Unidades 7, 8, 9, 11, 12 e 

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5. Conclusões e Trabalhos Futuros 

A  principal  contribuição  deste  trabalho  é  mostrar  que  redes  neurais  artificiais  auto- organizáveis  do  tipo  ART2  em  conjunto  com  a  transformada  Wavelet  podem  ser  aplicadas nas tarefas de agrupamento de arritmias.  

  Os  resultados  obtidos  são  similares  aos  do  estado  da  arte,  o  que  indica  que  melhores  resultados  podem  ser  encontrados  em  estudos  futuros  envolvendo  RNA  e  Wavelets no agrupamento de  arritmias.  Outras configurações da rede  ART2  podem ser  criadas e testadas, para obter melhores resultados. Além disso, existem outras famílias da  transformada Wavelet que podem ser testadas além da Coiflet. 

  Por  último,  é  relevante  ressaltar  que  outros  tipos  de  arritmias  poderão  ser  adicionados, além das contrações prematuras atriais e ventriculares.  

Agradecimentos 

Sérgio  Rogal  gostaria  de  agradecer  o  apoio  da  Coordenação  de  Aperfeiçoamento  de  Pessoal  de  Nível  Superior  (CAPES)  –  Brasil,  que  apoiou  o  desenvolvimento  deste  projeto através de bolsa de estudos. 

Referências 

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