• Nenhum resultado encontrado

RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO:"

Copied!
190
0
0

Texto

(1)

  CENTRO UNIVERSITÁRIO 7 DE SETEMBRO – UNI7

MESTRADO EM DIREITO

                 

SÍLVIA REB ECA SAB ÓIA QU EZADO

                         

RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO:

   

OS RISCOS DA PRÁTICA MÉDICA NA SOCIEDADE ATUAL

   

                                           

FORTALEZA 20 18

(2)

                       

RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO:

   

OS RISCOS DA PRÁTICA MÉDICA NA SOCIEDADE ATUAL

   

     

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Direito do Centro Universitário 7 de Setembro – UNI7, como um dos requisitos à obtenção do título de Mestre em Direito.

 

Orientador: Dr. Bruno Leonardo Câmara

Carrá.

   

                                           

  FORTALEZA

20 18

(3)

   

 

RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO:

   

OS RISCOS DA PRÁTICA MÉDICA NA SOCIEDADE ATUAL

     

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Direito do Centro Universitário 7 de Setembro – UNI7, como um dos requisitos à obtenção do título de Mestre em Direito.

         

Sílvia Rebeca Sabóia Quezado

             

Disserta ção apr ovada em : 20 de ma rço de 20 18 .    

       

 

Pro f. Dr . Brun o L eon ard o Câ mara Car rá ( Or ie ntad or) Centro Unive rsitár io 7 de Se te mbro – UNI7

         

Profª. Drª. Regina Beatri z Ta va res da Silva (Exa minadora ) Centro Unive rsitár io 7 de Se te mbro – UNI7

         

P ro f. D r . Má r cio Aug usto de Va sco nce los D in i z ( Exam ina do r) Un iversidade Fe deral do Ceará – UFC

(4)

                                                                                                         

Dedico este trabalho aos meus pais.

(5)

   

  À Jeová Deus, por permitir que hoje eu possa concluir mais esta etapa da minha caminhada.

 

À minha família, pelo amor sublime.

 

Ao meu orientador, Dr. Bruno Leonardo Câmara Carrá, pelo zelo e dedicação com os quais me honrou na confecção deste trabalho, assim como por ter me iniciado nos campos da docência e da pesquisa científica desde a monitoria (Programa de Iniciação à Docência – PID), no curso de graduação em Direito.

 

À professora Dra. Regina Beatriz Tavares da Silva, por toda a amizade e pelas provocações à reflexão acadêmica.

 

Ao professor Dr. João Luis Nogueira Matias, pelo reconhecimento ao trabalho desenvolvido na busca de conhecimentos jurídicos.

 

Ao professor Dr. Edmilson de Almeida Barros Júnior, cujas sugestões foram essenciais à elaboração desta dissertação.

 

Ao professor Dr. Otavio Luiz Rodrigues Junior, pelas orientações significativas.

 

Ao professor Dr. Paulo Germano Albuquerque, pelas relevantes lições e apoio nas defesas e publicações de diversos artigos.

  Ao Dr. Adriano Augusto Vasconcelos, por ter partilhado os seus valiosos ensinamentos da ciência médica.

 

Meus agradecimentos também aos amigos, Cylviane Freire, Petrus Freire, Henrique Avelino, Nogueira Junior, Ricardo Bepmale .

  Especialmente a todos que compõem as bibliotecas do CREMEC, UNIFOR e UN I7 pelo ap oio na m inha pe squ isa cien tífica .

(6)

                                                                                                               

“Dans la médecine comme dans l'amour, ni jamais, ni toujours.”

 

(Conhecido provérbio entre os médicos franceses)

(7)

   

Os riscos, desde os primórdios da Medicina, norteiam a prática médica e constituem notoriamente um dos temas relevantes que devem ser enfrentados na atualidade pelos profissionais médicos, fato este evidenciado pelo número crescente de ações protocoladas na Justiça pelos pacientes advindas do evento denominado de erro médico. Surge, a partir dessa conjuntura, o fenômeno da responsabilidade civil do médico, perpassando por suas implicações jurídicas, doutrinárias e jurisprudenciais, que envolvem questões relacionadas desde a relação médico-paciente até a conduta profissional do médico. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo explorar o Direito Médico, na doutrina e na legislação, como também o posicionamento de tribunais pátrios quanto à responsabilidade civil dos médicos.

São elencados os aspectos conceituais, os tipos, os pressupostos da responsabilidade civil médica, sobretudo, as diretrizes jurídicas que orientam a condução da temática, bem como os julgados que versam sobre a responsabilidade civil nesses casos. Todavia, a assistência médica atualmente está intrinsecamente ligada aos novos desafios da tecnologia; nesse cenário, há um paradoxo, porque o que poderia ser considerado somente como avanço a evitar o erro médico, pode acarretar maior risco no exercício, em especial pelo distanciamento entre o médico e o paciente. Por fim, na presente pesquisa, busca-se responder ao seguinte questionamento: como o médico poderá se prevenir dos riscos da prática médica na sociedade atual?

     

Palavras-chave: Responsabilidade civil do médico. Erro médico. Prática médica.

Riscos. Relação médico-paciente.

(8)

   

  Si nce the daw n of the hi story of me di cine, risks gu ide the medica l p r actice and noto rio usly co nstitu te one of th e mo st i mpo r ta nt issu es currently faced by me di cal professiona ls, which is evidenced by the grow ing nu mb er of la wsuits issu ed in the Co urt by patients co mi ng fro m the even t ca ll ed me di ca l ma lp ractice . Fro m th is conjuncture , e merges the p hen o meno n of ci vil li ab ility o f th e docto r, p er meating its l eg a l, d octrin ai re and ca se- l aw i mplicatio ns, which in volve issue s r ela te d fro m the doctor- patient relationship to th e professional conduct of the do ctor.

In this respect, the present work aims to explore Medical Law and the literature regarding the position of national courts in rela ti on to ci vi l re sponsi bility wi th reg ard to do ctor s. This work lis ts thee conceptual a spe cts, th e kin d s, the assu mp ti on s of c ivil re li a bi li ty of d octor s, especially the legal guideline s tha t guid e the co ndu ct o f the th e me, a s we ll as t he judg eme nt s re gar din g civil resp onsibi li ty in su ch ca ses.

Ho weve r, he al th ca re today is intr insically connected to ne w challe ng es in tech no logy, thus being pron e to failure. In this scenario, the practi ce o f me di cin e presen ts grea te r risks in th e achievement of its t asks, wh ich ca n lea d to an error by th e p ractiti one r. F inally, throu gh this re sea r ch, we sh all try and a nswer th e fo llo win g qu est io n: How will a d octor b e ab le to a void the r isks of pr act icing me dicin e in to da y’s so cie ty?

   

  Key-words: Civil reliability of doctors. Medical malpractice. Medical practice. Risks.

Doctor-patient relationship.

(9)

   

ABREVIATURAS

 

art. por artigo arts. por artigos n. ou Nº por número

   

SIGLAS

 

ApC, ApCv, Ap .Cív. – Apelação Cível APP, APPs – Aplicativo ou aplicativos C . C íve l , Câm. Cív. – Câmara Cível

CC – 02, CC, CC/02 e NCC – Código Civil de 2002 ou Novo Código Civil CC/16 – Código Civil de 1916

CDC – Código de Defesa do Consumidor

  CEM, nCEM e NCEM – Código de Ética Médica ou Novo Código de Ética Médica CF/88 – Constituição Federal de 1988

CPC – Código de Processo Civil Des. – Desembargador

Des a . – Desembargadora

  DJe – Diário da Justiça Eletrônico

  DOU – Diário Oficial da União

 

Famema ( Fa culd ad e de Med icin a de Mar ília) – SP

  Famerp (Faculd ad e de M edi cin a de São Jo sé do Rio Pre to ) – SP FCMMG (Fa culdad e de Ciê ncias Mé dica s de Mina s Ge rais)

FCMSCSP (Faculdade de M edi cina da San ta C asa de Mi seri córd ia) Fepar (Faculdade Evangélica do Paran á)

FMABC (Facul da de de Medici na do ABC) – SP

  Furb (Un iversida de Regional de Bl umenau) – SC

  IES – In stitu i ção de En sin o Sup erior ou In sti tuiç ões d e En sino Supe rio r

 

j. – Ju lga do . Min. – Ministro

PU C -C amp in a s (Pon ti fícia U ni ver si dad e Ca tóli ca de Ca mpi nas) , e m SP PUC-PR (Pon tifícia Unive rsid ade Ca tó li ca do Paraná)

PUC-RS (Pon tifícia Unive rsid ade Ca tó li ca do Rio Grande do Sul)

(10)

Rel . – Relato ra

 

REsp – Recurso Especial

 

STF – Supremo Tribunal Federal STJ – Superior Tribunal de Justiça TJAP – Tribunal de Justiça do Amapá

 

TJDF – Tribunal de Justiça do Distrito Federal TJES – Tribunal de Justiça do Espírito Santo TJMG – Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJPR – Tribunal de Justiça do Paraná

TJRJ – Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJRS – Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJSP –Tribunal de Justiça de São Paulo

UCPel (Un iversidade Ca tó li ca de Pe lo ta s) – RS UCS (Unive rsidade de Caxias do Sul) – R S U EA (Un ive r sida de Esta du al d o Ama zon as)

 

UEL (Unive rsid ad e Estadual de Lond rina) – PR Uem (Unive rsid ad e Estadual de Ma ringá) – P R Uepa (Un ive r sid ade Estadu al d o Pa rá)

Uerj (Unive rsida de Esta dua l do Rio de Ja ne iro) Ufal (Un ive rsidade Fede ral de Alagoas)

Ufam (Un iversidade Federal do Amazon as) U FBA (Uni versidade Fed era l da Bah ia) UFC (Unive rsidade Fe de ral do Ce ará)

 

U FC G (Uni versidade Fe dera l de Ca mpina Gran de ) – Para íb a

 

U FC SPA (Uni versidade Fe deral de Ciências da Saúde de Po rto Aleg re) – RS

 

U FF (Un ive rsid ad e Fede ral Flumine nse ) U FG (Un ive rsid ad e Fede ral de Goiá s)

U FM G (Universidad e Fed era l de M ina s Ge rai s) U FPA (Uni versidade Fed era l do Pará )

U FPB (Uni versidade Fed era l da Para íb a)

 

U FPE (Uni versidade Fed era l de Pern amb uco ) UFPel (Uni ve rsid ade Federa l de Pelo ta s) – RS

(11)

UFRN (U ni ve rsid ade Federa l do R io Gra nde do Norte) U FS ( U nive rsida de Fed era l de Serg ipe )

U FSM (Uni versidade Fe dera l de San ta Maria) – RS

 

UFTM (Universidade Federa l do Tri âng ul o Mineiro) – MG U FU (Un ive r sida de Fe de ral d e Ub erlând ia ) – MG

Ulbr a (Un i ve r sid ade Lu te ran a do b ra sil) – RS

  Unesp Botucatu (Un iversidade Estadual de São Paulo) Unicamp (Uni ver sida de Esta dua l de C ampin as) , e m SP UNICHRISTUS (Centro Uni ve rsi tári o Ch r istu s)

Unife sp (Un i ve r sid ad e Federal de Sã o Pau lo ) UNIFOR (Univer sidade de Fortaleza)

Unio e ste (Uni ver sida de Esta dua l do Oe ste do P aran á) U ni vali ( Uni ver sida de d o Va le do Ita ja í) – SC

Univill e (Unive rsid ade de Join vill e) – SC U PF ( U nive rsida de d e Pa sso Fu nd o) – R S

USP (Unive rsidade de São Paulo de Ri be irão Preto) , em SP.

USP (Unive rs idade de São Paulo)

(12)

INTR OD UÇÃO. ... 15

1 D IR EITO MÉD ICO. ... 20

1.1. B REVE R ELA TO H IS TÓR ICO E P OR U M CONCEITO D E MÉD ICO……….21

1.1.1. 1 . Os primeiros médicos. ... 22

1.1.1.1. Assírios e babilônios. ... 22

1.1.1.2. Egípcios. ... 24

1.1.1.3. Chineses. ... 25

1.1.1.4. Gregos ... 26

1 .1 .2 . D o séc ulo XVII aos pr ocedime ntos atuais ... 28

1.2. O MÉD ICO E SUA ATIVID ADE. ... 33

1.2.1. M edic ina: uma at iv ida de intr insecame nte de risc o ... 3 6 1.2.2. Ética Médica ... 4 0 1.3. A RELAÇ ÃO MÉDIC O E PACIENTE. ... 44

1.3.1. O pacie nt e. ... 45

1.3.2. O conflito na prá tica mé dica. ... 4 7 1.4. A ATIVIDADE M ÉD ICA N O C ON TEXTO SOC IAL. ... 50

1.4.1. Panorama atua l no Direit o Médico. ... 52

2 OS PRESSUPOSTOS DA RE SPONSABILIDAD E C IVIL D O MÉD ICO………55

2.1. OS PRESSU POSTOS DA R ESPONSABIL ID AD E C IVIL ... 5 6 2.1.1. D ano. ... 66

2.1.2. N ex o de c ausalidade. ... 6 8 2.1.3. C ritér ios de imputação (r isco e c ulpabilidade). ... 71

(13)

2.2.1. O ato e o err o médico. ... 9 0

2.2.2. D everes do m édico. ... 9 2

2.2.3. N atureza da relação médico-pac iente. ... 9 8

2.2.4. A o br iga ção c o nt rat ua l d o mé dic o é de me ios ou d e resultado?...1 03

2.2.5. Estado da arte e responsabilid a de médica ... 110

2.3. FORMAS D E IM PUTAÇ ÃO D O MÉDICO. ... 112

2.3.1. C ulpabilidade - R esponsabilidade por culpa. ... 113

2.3.1.1. Negligência médica. ... 114

2.3.1.2. Imprudên cia mé di ca. ... 1 16 2.3.1.3. Imp e rícia mé d i ca ... 118

2.3.2. R isco - Responsabilid ade objetiva ... 121

3 A MEDICINA NO SÉ CULO X XI: A VANÇ OS E PER SPEC TIVA S………125

3.1. A PRÁTIC A MÉDICA E OS DANOS. ... 1 26 3.1.1. D ano ma terial ou patrimonial ... 128

3.1.2. D ano mora l ... 130

3.1.3. D ano estétic o. ... 1 33 3.1.4. D ano re flexo ou a ric ochete. ... 136

3.1.5. D a cum ula tiv ida de dos t ipos d e dano. ... 138

3.2. TEL EMED IC IN A. ... 1 40 3.3. AS IMPL ICAÇ ÕE S TECNOLÓGICAS NO F UTURO D A SAÚDE E D A MED ICINA EM GER AL. ... 142 3.4. O SEGUR O NA RESPON SABILIDADE CIVIL DO MÉD ICO. ... 1 46

(14)

R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁF ICAS. ... 162 APÊNDICE A – LISTAGEM DOS CURSOS DE MEDICINA NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR BR ASILEIRAS. ... .1 88 APÊ NDICE B – GRÁFICO DA L ISTAGEM DOS CURS OS D E MED IC INA

N AS IES BR ASILEIR AS……….190

 

(15)

   

INTR OD UÇ ÃO    

   

A pre sente pesquisa nasceu da hipó te se de se estud ar a re sponsa bilidade civil do m édico e os riscos da p ráti ca mé di ca n a socie dad e atual , partind o- se de um a spe cto da m e di cina qu e pouca a te nção tem re cebido dos pesqui sadore s alheios à áre a d a sa úd e.

 

O o bje tivo d e sta fundame n ta ção nã o é pau tar um

p ano ram a d a visã o ger al da h i stóri a d a med i ci na , m a s de talhar ce r to s mar cos e xtre mame n te re le van te s p ara que se co m pre end a a med icina como é ho je , e stud ada e difu nd ida co mo a c iê nci a do conhecimento do corpo humano desvencilhada da crença do sobrenatural . Uma b reve viagem no tempo, d esde o s pri meiros mé di cos a té co mo a med i ci na é d e fin ida no C ó di go de Éti ca Mé di ca vigente e como se to rnou a base do D irei to Médi co.

 

Este tr ab al ho vi sa assim a n al i sar a r e spo nsa bi l idad e ci vil em rel ação ao médico e ao a mbiente de risco s em que o citado p ro fission al e stá en volto , no s seu s a spe ctos h i stó rico , doutrinário, legi sla ti vo e jur ispr ude ncial .

 

A m e todo lo gia ap lica da no p re se n te e studo , h od ier na n a

ve rticaliza ção da documen ta ção j ur ídica, da j urisprudência e d os d ou trina dore s. Acer ca do tema , a pe squ isa ob ede ce a o forma to de cap ítul os, em número de três.

 

Pa ra e sta pe squi sa , e xpôs- se , em u ma p ri mei ra par te , a

e volução da h istóri a da m ed icina, juntamen te co m a prática d a conduta médica , perpassando pelas comparações entre os xamãs, taumaturgos, fe iticeiro s d os an ti go s povo s, a té o s m édico s a tu ai s.

So ma- se a o pro gre sso méd i co o pr e stígio d o pro fi ssio nal da

(16)

Me di cina desde o s seus pri mórd ios, até uma análise semiótica da re la ção méd ico-pa ciente.

 

Com a a pre cia ção da rela ção médico e paciente, cheg a-

se a o es tu do d o co n fli to n a p rá ti ca mé di ca , me smo qu e a mb as a s p ar tes bu squ em um ob je ti vo ine qu ívo co , qu al seja , d ebela r a doen ça (física ou mental ), be m como a ab rangên cia da é ti ca mé di ca .

 

Paralelamente, iniciou-se pela importância p rática do te ma

p ara e feito d a a ti vid ade méd i ca no con te xto da evo l uçã o mé di co- so cia l e o ce ná rio a tu al do D i rei to M édi co.

 

O se g und o cap ítu lo de bru ça-se s obre a re spo nsa bilid ade

civil do méd ico , sendo demonstrado o mu nd o subjacente do a to mé di co que cond uz o liame pa ra a responsab ili zação do mé di co ou n ão .

 

A pa r tir da figura do mé di co , p ro cu ra- se fu nd ame n tar a

re spo nsa bilid ade do p rofission al , o s seu s d e ve re s, a ob rig a ção contratual de meios e de resultado , como a comun icação da relação mé di co-paciente.

 

O presen te mom en to tem por o bj etivo e studar algu ns

d esd obr ame n to s d a resp ons abilidade civil, como o s pr e ssu pos to s, o s aspectos da natureza da responsabilidade civil do médico ( subjetiva ou obje ti va).

 

Em seg uida , ap rese n tam- se a s ca u sa s d e e xo nera ção d a

re spo nsa bilid ade . Veri ficam- se o er ro mé dico, e l eme n to fu nd ante para o trabalho, e a in da , o ve rtigin oso au men to das d emandas judi cia is na se ara da saú de , com d esta que pa ra a s a çõe s qu e circun da m a práxis mé di ca .

 

A im po rtância do tema pode ser aferida diante da preocup ação

d os in di víduo s, desd e a s ép oca s mai s remo ta s a té o s d i as a tu ai s , d o

(17)

erro p erpetra do pelo médico , al ém da in ade qu ação do te rmo ‘e rro médico’, principalmente refletida no âmbito jurídico que avalia o assunto.

 

Pa r tind o do con cei to d e culpa na re spon sab ilidade ci vil,

observa-se que a ne gligência , a impe r ícia e a impru dên cia mé di cas ainda sign ificam o s principai s fundamentos pa ra o aumento das demandas perante a Justiça, no que concerne ao erro decorrente da prática médi ca .

 

N o te rce iro cap ítul o , de sta ca m -se o s r i scos q ue

cir cun dam a á re a da saú de n a s ocie da de a tu al, uma ve z qu e o objetivo do pro fi ssio na l méd i co é de be lar a e n ferm ida de de seu paciente d iante de u m determinado tra tamento p re scrito, mesmo a ssumi nd o , na ma ior ia do s ca so s, o s risco s in trín seco s ao seu labo r .

 

O cap ítu lo ter ceiro é dedicado também ao dano, co mo

se pro cessam o s tip o s e ai nd a a cumu la ti vid ad e d o s d an os n as a çõe s de indenizaçõe s p leiteadas p el os pacien tes, e m f a ce d os mé di cos diante da práxis i nde vid a .

 

O advento da tele medici na repre sen tou a co nq ui sta da ciê ncia

dos computadores, da informática e das telecomunicações e, consequentemen te , brindou uma re voluçã o no de senvolvimento na área da saúde e seus e feito s já começa ram a se r difund idos globalm en te , co mo , po r e xemp lo , a re alização d e ciru rgia s com p ro fission ai s de vá rios p aíses por me io da te le medici na , em tempo re al .

 

Por co nseguinte, a s nova s tecnologias em te le comu ni cações e computa cion ais tê m tr a nsfo rman do a p re venção , o d iag nó stico e o tra ta men to de i n con tá ve is en fe rmid ad es e a ssim con tr i b u ído para alavancar o p rogresso da conso lidada ciência , a me di cina .

(18)

O le vantamen to , a análise e a exposição a propriada da re spo nsa bilid ade ci vil do mé di co , a tre la da à te cno lo gia a fa vo r d a me di cina , fo men taram a identificação dos riscos na sa úde, cujo crescimento se reve la expone ncial em virtude d a inexistência d o abso lu to no campo mé di co.

 

Qua n to ao se gu ro d e resp on sab ilidade civil do méd ico , me smo

se nd o um con tr ato já p ratica do n o Br asil, nã o en con tra a desão d os me mb ro s da classe méd i ca .

 

Segu indo e sse per curso, os povos antigos já apresentavam

ma ni fe sto i n tere sse p elo tema , so bre tu do na te n tati va de reg ular e con trolar o e xercício p rofissi on al médico , e ho je ain da con tinu a a r egu la ção do e rro médi co a tr a vés da a plicaç ão d e sa nçõ es ci vis e, aliada a i sso , é de extrema importância a pr evenção dos e rro s.

 

Por todo o e xposto, como o m édi co pod erá se pre venir dos

ri scos da prá ti ca médi ca na so cieda de a tu al? L e va ndo - se em co nsider ação a pre ven ção e u ma po l ítica tran spa rên cia , o u disclo sure , q ue po dem ser tradu zid as como a op or tun id ade e m divulg ar o s e r r os d os p ro fission ais de saú de, co m de staq ue p ara o médi co , u ma ve z qu e tamb ém e stão envo l vid a s a di ceo log ia e a de on to lo gia na rela çã o mé di co-paciente.

 

Em suma, e ste trabalho procura analisar, sob o ponto de vi sta

do Direito Mé di co, as con di çõ es em que se p ode desen volver a in ter- re la ção en tre o médico e o seu pa ciente, haj a vi sta ser uma rel açã o e sta be lecida pela ve rticalização e comple xidade, na bu sca do o b jeto ma io r – o re stab ele cimen to d a sa úde.

 

Além da e vo l uçã o d a re sp onsabili dade civil e da med icina,

e videnci ada no pre sen te trabalho, també m re stou ao e studo propo r um proje to de lei para que se ja i ncluída em todas a s grad es curri culares dos curso s de Med icina do Brasil , a disciplina de Direito Médico.

(19)

Cujo o bj etivo é implementar no âm bi to da ciên cia mé di ca os line amentos no to can te ao te ma responsab ilidade ci vi l do mé di co .

 

Fin almen te , a na lisad os os r e sul tado s, che ga- se à co nclusã o

de quais são as melhores formas para a profilaxia da relação médico- paciente por er ro méd ico na soci ed ade ho dierna .

(20)

     

1 DIREITO MÉDICO

           

  “A v i d a é b r e v e e a a rte é lo n g a ; o m o m e n to c e rto é a p e n a s u m in s ta n te ; a te ra p ê u ti c a é p re c á ria ; a c r is e é p e n o s a , a o m é d ic o é n e c e s s á rio n ã o s ó tra ta r o p ró p rio d o e n te m a is ta m b é m a p o ia r o s q u e o ro d e ia m e t o d a s a s s u a s c irc u n s t â n c ia s . ” C o rp u s H ip p o c ra t i c u m 1

   

     

Neste primeiro capítulo aborda -se a História da Medicina, com enfoq ue nos p rimeir os l ineamentos da prática mé di ca a té o p an orama a tu al do D ire i to Méd ico . A M edi cin a , d e mod o pre c íp uo, é alicer çada n o tr ip é : diag nó stico , ma nu te nçã o e re sta ura ção da saú de d o ser h u ma no . Em u m sentido ma cro, e la trabal ha de sde a p re venção até o idea l d a cura das enfermidades . Desde que e xisti ram as pa tologia s, deve ter havid o in di víduos in cli nad os a pre star a ssistência aos d oentes. S endo o foco do presen te e studo , o méd ico , agen te de saúde que d ese mpenha a med icina .

 

A pesquisa se destina a analisar os principais aspectos da

inter-relação entre a Medicina e o Direito. Trata-se de elemento introdutório rel evante pa ra o e studo e spe cífi co da responsa bi li dad e ci vil do m édi co : o s ri sco s da prá ti ca mé di ca na so cie dad e a tu al , o bj e to central deste trabal ho .

 

Data dos p ri mórdios da ciên cia , a necessidade de in ve stigar o

co rpo hu man o . A p ar tir do momen to em qu e a prá tica da Med icina fo i i ni ci ad a , o s ri sco s à sua con secu ção ta mbé m e mer gi ra m.

   

         

1 SILVA, João Ribeiro da. A morte medicalizada e o pensamento de Hipócrates. In: Estudos de Direito da Bioética. Coimbra: Almedina, v. II, 2008, p. 382.

(21)

Todavia, a assi stência méd ica atualmen te e stá intr in se ca men te li ga da aos no vos desafio s da tecnolo gi a e assim su jei ta a falha s. Ne sse q uadro , e xa min ar a re spo nsab ilid ade daqueles que a tuam nesta área, torna -se impe riosa.

   

     

1.1. B REVE R ELA TO H IS TÓR ICO E P OR U M CONCEITO D E MÉDICO

   

     

O sintético estudo da história da medici na, consti tui o primei ro p asso na lo nga jo rna da a r e spe i to d o erro méd ico . C ontudo, as nece ssid ade s concernentes de cada épo ca da evolução da ra ça humana fizeram brotar questões novas que acenavam por respostas, dentre e la s, a re spo nsabilid ade.

 

Segue adian te um b re ve relato histórico desde o ap arecimento

d os pr imeiro s médi cos até como a atividade médica é e xercida no século XXI.

 

A Me di ci na e o s arquétipos de suas té cni cas, dou trinas e é tica, começaram a ser criadas desde o s tempos mai s re mo tos, com os povo s a ssírio s e ba bi lônicos na Me sopo tâmi a, ou me smo no Egito dos fara ó s, ou na An tiga C hina d os impe rad ore s divinizad o s, bem c om o n a literatura grega imortaliza da p elos ensinamentos do Pai da Medicina , Hipó crates de Cós.

 

Há rela tos de q ue o primeiro a to p ra ti cad o na me dicin a te nh a

sido o empre go d e folha s de uma plan ta não id en ti ficad a co mo fo rma de sa rar um ferimen to . Enquanto que o p rimeiro a to cir úrgi co fo i a trep an a çã o do cr ânio .2

   

2 A operação era realizada em crânios intactos, na ausência de qualquer fratura. Provavelmente, os seus objetivos eram mágicos, isto é, visavam o tratamento de doenças atribuídas à presença no corpo do doente de um espírito maligno. O orifício aberto na parede craniana permitiria a saída para o

(22)

Com e fei to , Émi le Guia rd rela ta qu e um dos achad os de maior intere sse para a Medicina é o dos crâni os trepanados que foram primeiro e ncontrados em França e depois em muitos outros lugares da Europa, especia lmente entre a s popula ções bra qui cé falas.” 3

 

As condutas dos profissionais médicos há tempos permeiam a

história da me dicina , so bretudo “o s ato s médicos e cirúrgi cos prop riam en te ditos, co m suas características específicas e sua s rea is fin alida de s se mpre fize ra m par te da cu ltura do s p o vo s q ue cria ram as p ri me ira s g ran de s c i vil iza çõe s.” 4

 

1.1.1. Os primeiros médicos    

Na cu ltura dos Assíri os, Bab ilônios, Egípcios e Ch ineses, a med icina sempre este ve i ntrin secamen te li ga da as suas re specti va s r eligiões . Pa ra e sses povos, a s o corrências da s d oen ça s si gn i fi ca va m o de se jo de se u s d euse s ou à mal dade d e se us de môn io s.

 

Os próximos tópicos serão dedicados aos povos pioneiros na

contribuição substan cial dos fa to s méd icos.

 

1.1.1.1. Assírios e babilôni os    

Na s ép oca s m ais re mo ta s d a hu man ida de , os d oe n tes re ceb iam cu id ados de p esso as, que ao lo ng o de cada é po ca, po vo e seus co stu me s re cebera m vá ri as denominaçõe s, a s ma is con he cidas fora m: xamã s, fe itice iro s, ta uma tu rgo s, cura nde iro s e , sa ce rdo tes-

 

exterior do demônio causador da doença e, com ela, a cura do paciente. A operação, habilmente executada com instrumentos de sílex, era frequentemente compatível com a sobrevivência do operado, como se conclui pelo exame do rebordo da abertura e, por vezes, era repetida (duas, até cinco perfurações). Além disso, as porções ósseas resultantes da operação, ou partes da parede craniana, compreendendo ou não o rebordo do orifício, de indivíduos que tinham sofrido com êxito a intervenção, eram apreciados como amuletos valiosos (rondelles) que se podiam trazer ao pescoço, enfiados num colar. Cf. SOUSA, Armando Tavares de. História da medicina: das origens aos fins do século XVI. 2. ed. revista. Lisboa: G.C. Gráfica de Coimbra Ltda, 1996, p. 16.

3 La trépanation cranienne chez les néolithiques et chez les primitifs modernes. Paris, 1939, p. 10.

4 BRAGA, Henrique Faria; CAMARGO, Caio Lamunier de Abreu. Fragmentos da história da medicina e da cirurgia. In: Revista de Medicina, v. 84, n. ¾, mês jul./dez., 2005, p. 12.

(23)

cu rad ore s. Sen do qu e o s mé dico s a tu ai s se originara m d ele s, se g uindo a próp ria e volução da medicina.

 

Historicamente, em cada épo ca prevalecia a crença de que

aque le s que de di cava m o seu te mpo à melhoria dos doen te s, tais como o s xamãs, os curan de iros e outros com nom en claturas d iferen tes, m as que reportavam aos mesmos indivíduos, detinham poderes sobrenaturai s. Ade mais, a ro tina de citados sujeito s e ra bastan te d i fere n ci ada da d os r e stan te s do s m e mb ro s d a so cie dad e, d e sde o s in gred ie n tes u tilizad os para a alimen ta ção até a s ve stimen ta s.

 

No to can te à p rá ti ca m édica e ci rúrg ica pro priame n te dita s, o s

babilônios já identificavam alguns tipos de doenças, embora as caracterizassem somente por seus sintoma s. Eles tratava m , por e xe mp lo , o s fer i men tos c om ó le os, co mo o s d eri vado s de ve ge ta is.

 

No a po geu de sua ci vilização , en tre 17 28 e 1 685 a .C., os

Ba bilôn io s in sti tu íram seu p rime iro Có digo de L ei s Ci vis, o Código de Ha mmurabi , cu jo no me homen age ou o rei qu e go vern a va o po vo b abilô nio à ép oca .

 

Insta salientar algumas normas prescritas no supracitado Código . As ma is imp or tan te s são tra çada s pelo s au tore s Hen riqu e Faria Bra ga e Caio La mun ie r de Ab reu C ama rgo :

 

além das normas d e stinad as à c o n d u t a c iv i l de s eu povo, conti n h a a s norma s a sere m seg u id as nos t ratam e nto s médic o s e ci rúrgic os que r eali z av am, den tr e est e s, o s trat amen t o s dos f e r imentos , das f r a tu r a s óss e a s e dos a b s ce sso s, f u n d a m en t a lme n t e a d re na ge m do s absce sso s oft á lmi c os, p a ra a q ual a s l e is e a s normas ref e r ent es a o trab al ho médic o , q ue er a rec o mpensa d o q u and o efici ente , e dur ame n te p en al izado q u and o mal - apl ic ado e m al suc edido. 5

     

5 Fragmentos da história da medicina e da cirurgia. In: Revista de Medicina, v. 84, n. ¾, mês jul./dez., 2005, p. 13.

(24)

Os b abi lô nios e o s assírios realizavam a lg un s proced imentos médicos, tais como : ciru rgia s p ara ca tara ta , tumore s supe r ficiais, reduções de fraturas, entre ou tras técnicas à é po ca co nh ecid a s.

 

Com ba se no s registr os históri co s dos citad os po vos, se infere

que el es já manuseavam medicamentos, muito s dos qua is ainda na co n temp ora ne ida de estão em uso no mun do in teiro , como e xe mplo , o ópio e seus derivados. Pode- se observar que o tratamento era bastante empírico , ha ja vista que , o que pre val ecia e ra o sobre na tu ral e n ão o ra cio nal .

 

1.1.1.2. Eg íp ci os    

Na civilização do Nilo, também não existia uma linha que dividisse com clareza os limites entre a relig ião e o ra ci ona l. Os egípcios a creditavam que as doenças eram causadas/enviadas pelos deuses e para eles equivaliam aos castigos. Entretanto, na área da saúd e houve o de sen vol vimento de cura tivos , goma s e o me l pa sso u a ser aplicado nas feri da s.

 

Com fre quência , a mumi fica ção e ra r ealiza da no Egi to , e p or

isso , o s egípcios ap renderam demasia da men te acer ca da anatomia humana .

 

No to can te à temática da evi scera ção d os corpos

(mumificação ) , Arman do Jo sé D’a camp ora , L ui z Rob er to Agea Cu to l o, Ka rin Elisa S che me s e Daniel K nab en Or tella do a cresce m qu e :

 

O tra t a m ent o qu e era excl usivamente real izad o por médic o s. A s hemorragi as e ra m tra t a d a s c om b a nda gens que ef etu a va m press ão s obre o loc a l , a s s im c omo a util izaç ão de t orni que tes e caute r iz ação com ferro e m bras a (o p rot ó ti p o dos n os sos bis t uri s e l é t r i c os). H av i a , ainda , um c u idado s i stemati z ado e rigor oso c o m a higi ene pess oal e das mo r a d i a s . 6

   

6 Um pouco da história e da evolução da medicina. In: Revista Ciências da Saúde. Florianópolis:

Imprensa Universitária, 2002, vol. 21, n. 02, p. 42.

(25)

É narrado na hi stória da medi cina eg ípcia, que par a cada d oen ça e xistia u m méd i co , ao p a sso que g erm ina va o a pare cimen to das e spe cialid ad es7 n a se ara médi ca . Par a o s e g íp cios, ap ena s os h ome ns de certa erud ição eram m éd icos.

 

No Egito, havia dois tipos de medi cina: a e mp írica e a má gi ca

ou reli gi osa. A m edi cina emp íri ca era r ealizada por ind ivíduos que além de mé di co s, também era pra ticad a por outro s sujeito s, ta is como , filóso fo s, arq ui te to s, entre ou tros. Enq uanto que magos e curandeiros e xerci am a medicina mágica ou religiosa .

 

1.1.1.3. Chi neses

   

Os chineses também acreditavam que os espíritos maus contribuíam para o aparecimento de enfermidades. Em virtude das crença s ora praticadas, a me di cina chinesa não evo luiu em co mpa ra ção ao po vo da Meso po tâ mia.

 

Na China, a med icina er a susten tada em do is pri ncíp ios,

chamados de yin e yan g , a autora R . Margotta , assim os desvendam:

 

yin ( neg at iv o, pass i v o , femini no, r ep re senta do p e la l ua, pela terra , p e l a s t r ev as , pel o f r io, pela umi d a d e e p el o lado di re i t o) e y ang ( pos i t ivo, a tivo e m as culi no, repr esen t ado p elo céu, pel a luz , p e l o p o d e r, p ela durez a, pelo c a lo r , p el a se c u ra e p e l o l ado e s querd o ) . E e sses dois p r incíp i os, junt ament e c o m o s a n gue , c o nstituí a m a subs tânci a v ital que c i rculav a pelo co rpo. A cre d itava-s e que a d o ença er a caus ada pelo des e quilí bri o d os dois pri n cípi os. A mor te o corria q u a ndo o f lu xo ces sava . 8

         

7  Escritos encontrados nas pirâmides, e pinturas, evidenciam que havia médicos especialistas em moléstias oculares, respiratórias etc. Havia também escolas médicas que eram normalmente existentes próximas a locais onde se cultivavam plantas com interesses medicinais. Assim como os mesopotâmicos, os egípcios também realizavam cirurgias de superfície como a circuncisão, cirurgias de tumores e conheciam, como eles, os benefícios de muitos alimentos e alguns medicamentos, mas, o conhecimento de anatomia e do funcionamento do corpo humano (fisiologia), não era avançado.

Cf. JUNIOR, Lybio. História da medicina: curiosidades e fatos. Minas Gerais: Itajubá, 2004, p. 14.

8 História ilustrada da medicina. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1998, p. 19.

(26)

A li te ra tura da medi cina c hinesa p erdu ra a té hoje, com d estaq ue p ara o Ne i Ch in g . Re fe rido te xto é co nsiderad o o ma is p rimi ti vo e rele va nte , se ndo aind a e stu da do . “Da ta ta lve z do 3 º milênio a .C., durante o rein ado do Imperad or H wa ng Ti – e tal vez te nha sid o e scr ito po r el e. A med icina chinesa tradicional ai nda é usada p or bilhões de pesso as, e o modelo do corpo sobre o qual ele depende é central para a s cren ça s budi sta e hi ndu.”9

 

1.1.1.4. Grego s

   

A Grécia foi u m redu to de vári as tra nsformações, perp assa nd o p rin cipa lme n te pe la s a tividad es be ligera n te s deste povo ne sta é poca . Até na s de scriçõ es da s g ue rr as, o s médi cos era m lembra dos, demo nstran do a ssim o respe ito envidado a eles.

 

Tal fa to pode ser co mpro vado em uma das citações de

 

Ho me ro , inserida na Ilíada :    

ond e diz que um m édic o vale m ui t as v i das . É inigualáve l na r e m oç ão d e flechas, n o t r atam e n to de f e ri m e ntos e os trat av a co m óleo s e erv a s . T amb é m e stão d e scritas ban dag en s, c ompre s s a s e m é to dos p a r a f a zer para r o sangrame n to . Vinh os e o u t r o s líquido s e r am u til i zados para re ani mar o fe rido. 10

     

João Bosco Botelho 11 con te xtualiza que, “a gran de mud an ça d as prá ticas m édicas, oco rreu na co n so lidação d a cul tu ra g rega ligada à con cepção da pólis com a e stru tura política -juríd ica de fi nida e o home m se ndo visto co mo a medida de todas as co isas. Nesse co nju nto, so bre ssaindo H ip ócra te s e se u s seg uidor es, n a ilh a de Có s, e n tre o u tro s e xtra o rdiná rio s filó sofo s, con stitu iu o e splend or da no va vi são d as relaçõ es do homem com e le me smo e com o me io.”

   

9 ROONEY, Anne. A História da Medicina: das primeiras curas aos milagres da medicina moderna.

São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2013, p. 18-19.

10 D’ACAMPORA, Armando José; CUTOLO, Luiz Roberto Agea; SCHEMES, Karin Elisa;

ORTELLADO, Daniel Knaben. Um pouco da história e da evolução da medicina. In: Revista Ciências da Saúde. Florianópolis: Imprensa Universitária, 2002, vol. 21, n. 02, p. 43.

11 História da Medicina: da abstração à materialidade. Manaus: Editora Valer, 2004, p. 30.

(27)

Armand o José D ’a camp ora, Luiz Roberto Agea Cutolo , Karin Elisa Sch eme s e Da niel Kna be n Or te lla do e xpõe m, co m i n teira p er tin ên cia , de staqu es d a his tó ria d a me dicina :

 

Hipócrate s apost a que a s d oenç as p o ssuem u ma c aus a nat ural . Já r e d u z ia f ra turas e as t ratava c om t raç ã o combi nad a c o m a mani pulaç ão ma nua l dos f rag m ent os, ass i m c o mo d r ena v a e mpiemas pl eu rai s c om t u b o s.

Enfa tiz a v a o t r a tam ent o pr ecoc e de feri mentos u ti liz ando vin ho pa ra l av ar a s feridas, pr o v a velmente c o mo desi n fe tan t e, e mb o r a ai nd a n ã o p o ssuís se qualqu er conc eito d e a n ti ssep s ia, e mui t o me nos d e bact e riolog ia.

Transf o rm ou a me dici na mágica, he rda da d o s ass í ri os e egí pci o s, e , por ta nt o o b s e rvacional , em m edic i na técnic a, com base s f i s iol ógic a s. T alv e z por i sto, o s médicos hipoc ráti c o s, a e x e mpl o dos egí p c ios , p r e paravam pess oalment e os m edic a mentos q ue p res c rev i am aos seus paci ent es . 12

     

Depura- se que, Hipócrates, aquele que até hoje é cultuado como o Pa i da Me dicina , d esvi nculou o sob renatural da Me dicina , ao d emo nstrar qu e a s e n fer mid ade s n ão er am i nd uzida s n em pelo s deuses, muito menos por maus espíritos, retirando substancialmente o caráter irracional até então muito propagado no decorrer da história da Humanidade.

 

Ao afastar a crença, erigiu a observação do organismo do ser

huma no e conse qu en te mente o início do qu e poderi a ser chamado d e p rog nóstico na a tualid ad e .

 

Hip ó cra te s que ficou conh ecido co mo o P ai d a Med i cina ,

tamb ém ga nho u fa ma p or escre ver o de no min ad o a fo rismo , qu e equi vale a uma senten ça concisa, ma s prin cipalmen te pela elabor açã o do Jura men to.

 

O Juramento de Hi pó crates é “ feito pelos futuros médicos nas

solenidade s de forma tu ra. Ta mbém entrou pa ra a H istóri a po rque fo i ,

       

12 Um pouco da história e da evolução da medicina. In: Revista Ciências da Saúde. Florianópolis:

Imprensa Universitária, vol. 21, n. 02, 2002, p. 43.

(28)

possivel mente , o p rime iro a preconizar um tratamen to p ara hérn ia d e d i sco .”13

 

1.1.2 . D o s éculo XVII aos p r oc e d iment os at ua is    

Ap ó s u m sal to na h istór i a d a me dicina , ch eg a- se ao sé culo XVII, berço do Renascimento e do pensamento aberto. Este período contribuiu sob re maneira par a o s m aiores pro gre sso s da ciênc ia , em e spe cial à med icina .

 

Ne ste d iap asã o , um mar co imp or tan te é de sco berto pelo

mé di co britâ nico Wi lliam Ha r vey (1 578 -16 57 ) , conforme narra o autor Lybio Jun ior :

 

W illiam Harv ey desc obre o mov i mento do s angue c o mo ele é , d e s crev endo a peq ue na e a g r and e c i rc ulaç ão (pul mona r e corp oral ). S u a des cobe rt a mos t rar i a que o coração n ada m ais é qu e u m a bomb a a i mpuls i onar o sangu e a t rav é s do c orpo . O func ion a ment o d o c orpo começ a a s er d esc oberto . A de scobe rt a de H arve y é um marc o n a m edici na, pois muda o r u m o do conhec iment o. 14

     

Até os dia s de hoj e, a obra de au toria de Willia m Harvey sob re a circulação sanguínea é válida, sob o título Exercitatio anatomical disquisitionale motu cordis et sanguinis in animalibus, haja vista que o supracitado médico foi o primeiro a descrever com exatidão ímpar o sistema ci rcul atório.

 

No in ício do Sé cul o XIX, a r e le vân cia d o pr ofissiona l mé di co

co n tin ua a cresce r e p ropicia um n ovo ru mo , ou seja , a um a van ç o irre ve rsível no campo da med icina.

 

A Me dicina é desp ren dida d a s con cep çõe s me ta física s a té

e n tão a inda p ersisten te s. L og o , pro gre din do par a um p er íod o d ed i cado à in ve stigação . Um do s e xpoentes do sécu lo XIX foi o médico e pol íti co

 

13 BEZERRA, Armando José China. As belas artes da medicina. Brasília: Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, 2003, p. 16-17.

14 História da medicina: curiosidades e fatos. Minas Gerais: Itajubá, 2004, p. 19.

(29)

polo nê s Rudolph Vircho w, sen do considerado o Pai d a pa tolo gia mo derna . O cita do mé dico p olo nês e stud ou a pa tolo gia celular , e demo nstrou como acontecia o adoecimento da s cé lu la s, fa to e ssen cial p ara a s ba se s da ci ên cia mé di ca .

 

Durante muito tempo, os profissionais médicos utilizaram o

ouvid o no tórax do en fermo pa ra e scutar o s ru ídos p leurop ul mona re s e os batimentos do cora ção. Armando J osé China Beze rra e xplica qu e a timi de z exce ssiva resultou na in venção do este to scópio:

 

René T h e óphi le H y a c i nthe L aen nec (1 781- 18 26) f oi u m dos m ai s famos o s cl ínic os d a França . P or s er ex tremament e tímido, t i n ha g rand e di ficul d ade d e ausc u ltar s eus p a c i entes. Certa v e z , L a enn ec a te nde u uma p a ci ent e jove m e bel a , por ta dor a de u m probl ema cardíac o . O méd i co p rec i sa v a , é c l a r o, aus cul t ar o co ra çã o da p a c ie n t e , m a s s en t i u - se c on st r a ng id o po r ter de encosta r o o u v i do no su lc o infra m amári o dela. D e imedi ato, o co rre u - l he uma i deia que p ode ria r e sol v er aqu ela si t uação a n gus tian te. René T h eóp hi le H yaci nthe Lae nnec peg ou u m a folha de ca rt olina e a enrolou deixando uma extre m i dade mai s l arga que a ou t r a; e m segui da , colo cou a extremi dade m ais estreit a e m s e u ouv i do e a mai s l arga n o qui nt o es paço intercost a l esquer do da p a cie n t e . De s ubido, t ev e uma gran d e su rp r e sa: ou viu o s b at imen to s cardíacos da m oça mais ampli ados d o q u e s e t iv e s se enc o s tado o ouvid o diretame n t e n a r egião p rec o rd ial. E st av a assi m desc obe rt o o es te toscópi o, e m 1816, cuj o n o m e fo i sugerido pelo própr io Laen ne c e origi na-s e das pala v ras greg as stethos (tórax) e sk opos ( o b se rv ado). D e v i do à sua s e melhanç a com uma co rne t a , o e s t et oscópi o inv e ntado p o r R e n é T heó ph il e Hyacinth e L a e nnec f o i dura n t e

algum tempo apelidado de trombeta auri c ul ar. 15

         

 

15 René Laennec era órfão e foi criado por seu tio médico Gullaume. Foi assistente do Dr. Dupuytren (o da contratura) e teve como cliente o grande compósito polonês Frédéric Chopin (tuberculoso). O inventor do estetoscópio tratou tantos pacientes tuberculosos que acabou se infectando. Ele mesmo elaborou o diagnóstico ao se auscultar. Faleceu satisfeito ao ver concluído seu livro considerado o clássico das doenças pulmonares em toda a história da Medicina e que recebeu o título de Traité de l’auscultation mediáte et des maladies des poumons et du coeur. É interessante registrar que somente em 1905 foi desenvolvido, pelo russo Nikolai Korotkoff, o esfigmamonômetro, companheiro inseparável do estetoscópio na avaliação da pressão sanguínea arterial. Cf. BEZERRA, Armando José China. Admirável mundo médico: a arte na história da Medicina. Brasília: Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, 2002, p. 92-93.

(30)

N o tocan te a u ma das e specia lid ade s da me di ci na, qu al se ja , a an este sia, surge somente em 1 846, u ma luz do que po de ria ser.

“O médic o Jo hn Snow , na Inglaterra , utili za va o é ter co mo d roga anes té si ca . Este fato, foi para a me dicina , co mo a d esco ber ta d a roda para a human id ade . Em 1847, James Simpson utilizou pela pri meira ve z uma analge sia de pa rto com é ter.”16

 

Um mar co na metade do século foi a demonstração de que as

doen ça s ta mbém e stão a ssociadas aos m icro organismos com o aos seus agentes cau sadore s, estud o realizado pe lo cientista francê s Louis Pasteur , em sua Teoria Germinal das Enfermidades Infecciosas. De forma bem sucinta, segundo Pasteur, deve-se detectar o micróbio causador de cada d oença para assim de scob ri r uma forma de co mba tê -lo .

 

Pasteur também fez descobertas relevantes tanto na área da

quími ca q uanto na de ci ên ci a mé di ca . Referi do cientista ide alizou a té cn ica mun dialmen te conhecida ho je co mo p a ste uriz açã o . Em 1888, Loui s Pa steur fund ou o Insti tu to Pasteur, e , e ste instituto é u m d os mai s pre s ti giado s cen tro s d e pe squ isa d a contemporaneidade .

 

O sé culo XIX fo i m ar ca do fo r te men te p ela in dus trialização ,

urbanização e por políticas de higiene. Os autores Armando José D’acampora , Luiz R oberto Agea Cu tolo , Kari n Elisa Scheme s e Da n ie l Kn ab en Or tellad o re m emo ram q ue :

 

Em 186 7, J os eph Lis t er, ci rur g ião in glê s , pu bl icou n o The Lacen t , t r ês a r t ig os i nt itul ados Il lustration s of t h e antis epitic s yst em of tre a tm en t in surge r y , mos t ra ndo que os g e r mes c ausais da in fec ç ã o e q ue o pus n ã o e ra u ma ocorrê nc ia n o r mal d a s f e ridas . Havi a c r ia do o mé tod o d a antis sepsi a . I n i c i a lmente uti l i z ou o á c ido fênico c omo anti-sép t i c o, o q ual e ra p rev i amente a queci d o , v aporiz ando o campo op e ra t ó ri o o u f eridas i nf ectad a s .  

 

16 D’ACAMPORA, Armando José; CUTOLO, Luiz Roberto Agea; SCHEMES, Karin Elisa;

ORTELLADO, Daniel Knaben. Um pouco da história e da evolução da medicina. In: Revista Ciências da Saúde. Florianópolis: Imprensa Universitária, vol. 21, n. 02, 2002, p. 48.

(31)

Apesar dos resultados, suas ideias de antissepsia- cirurgia não obtiveram aceitação imediata, sendo deprec iad a s pelos c irurgiões da ép oca . 17

     

Os re flexo s da revolução industrial do sécul o XIX fo ram e ssen cia is p ara a configur ação do desenvolvi mento da tecnolo gi a n o sé culo XX , haja vista que p ossibilitou um a va nço se m pr e ceden te s na h i stória da h uma nida de .

 

Nos primórdios do século XX, a negligência médica

sobressaltou com o um verda dei ro probl ema de saúde públi ca.

“Uma vez que os recurso s humanos e materiais utilizados com a finalida de de corrigir a ‘má p rá ti ca’ aumentaram con sidera velm e nte.”18

 

Também fo i ne ste século , q ue e clodiu a S egu nd a Gue rra

Mu nd ial , e q ue a ciência m édica pe rde u de fi ni ti vame n te a su a inocênci a. C omo bem exprime Ed milson de Al meida Ba rros Jún ior,

“a ssim , desde a década de 1 940 a té h oje , in tensifi cou-se o clam or p elo controle é ti co do desenvolvi men to cien tífico , notad amente do po de r d o co nh ecimen to m édi co – o b io pod er .” 19

 

A tecnol og ia e sua s importantes conquista s e avan ço s

favorecem para a práxis médica, recursos para uma medicina menos invasiva, e em alguns casos até mesmo não invasiva, principalmente devido aos sur gimento s de apar elhos cada ve z mais e mais mo dern os, rá pidos.

 

Outro ponto nevrálgico é que não se podem ignorar as

dimensões científi co-tecnológi ca , e ai nda a socio rrelaci on al qu e

       

17 D’ACAMPORA, Armando José; CUTOLO, Luiz Roberto Agea; SCHEMES, Karin Elisa;

ORTELLADO, Daniel Knaben. Um pouco da história e da evolução da medicina. In: Revista Ciências da Saúde. Florianópolis: Imprensa Universitária, vol. 21, n. 02, 2002, p. 50.

18 CAMPOS, Roberto de Carvalho; CAMARGO, Rosmari Aparecida Elias; NEVES, Luciano Rodrigues. Erro médico em pacientes hospitalizados. In: Braz J Otorhinolaryngol. 82: 1-2, 2016.

Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.12.002>. Acesso em: 25 mar 2017.

19 A responsabilidade civil do médico: uma abordagem constitucional. São Paulo: Atlas, 2007, p. 72.

(32)

implicam umb ilicalmen te e m mu danças sig nifi ca tiva s n a á rea de e studo de no sso trab alho, qual se ja , a área médica.

 

Não se deve ol vidar, en tretan to , como indica Joaquin Ataz

Lope z, “que a a tivid ade médica é de primordia l in tere sse social.”20

 

No ver tiginoso cresci mento da tecnologia, surgem elemen tos

q ue p e rduram a té o s dia s atua i s. Uma das me lh ore s re pre sen ta çõe s é a fibra ótica aplicada em uma das especialidades 21 da medicina, em destaq ue, a gastroenterologia, ao proporcionar a redução consideráve l no so frimen to q ue a té en tão o paciente sentia ao se sub me te r ao e xame do tubo di ge stivo, na história da endoscopia.22

 

Luzia Chaves Vieira23 reconhece que , “a profissão médica é a profissã o que mais r isco s acarre ta tanto pa ra quem a exerce como pa ra q uem a r e ceb e.”

 

Após breves lineamentos da história da Medicina, deduz-se

que os p ro fi ssio nais mé di cos e a ciência médica continua m e scre ve nd o a h i stória de ama nhã .

                   

20 Los médicos y la responsabilidade civil. Madri: Editoral Montecorvo, 1985, p. 32.

21 Sobre o assunto: Os médicos, como ocorre em muitas outras profissões, se dividem em médicos gerais ou generalistas e médicos especialistas. Um especialista deve ser um generalista que conhece mais e está dotado de mais habilidade em uma área da medicina, condição que enriquece o médico.

Ainda que aquilo que saiba dos temas gerais não detenha muita profundidade ou se faça com grande detalhamento. Não substitui o generalista nem tem, necessariamente, o conhecimento de um generalista. Deve saber do geral o suficiente para assegurar a efetividade ao seu desempenho especializado quando colocado a serviço dos enfermos. MIRANDA-SÁ JÚNIOR, Luiz Salvador de.

Uma introdução à medicina: o médico. Vol. I. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2013, p. 357.

22 Sobre o assunto: A endoscopia evolui diariamente em busca de evidências que nos auxiliam a compreender melhor a fisiopatologia de doenças que há muito acompanham a espécie humana. Além disso, as novas ferramentas puderam revelar fatos até então ignorados em decorrência da restrição tecnológica de outrora. AVERBACH, Marcelo et al. Endoscopia digestiva: diagnóstico e tratamento.

Rio de Janeiro: Revinter, 2013, p. 7.

23 Responsabilidade civil médica e seguro. Belo Horizonte: Del Rey, 2001, p. 27.

Referências

Documentos relacionados

É com esse intuito que pretendo mergulhar no ambiente intelectual de Ser e tempo, obra na qual Heidegger desenvolve seu método fenomenológico-hermenêutico com a preocupação de

Nesta atividade houve uma boa recetividade por parte do público-alvo à atividade desenvolvida, e uma evolução significativa a nível da criatividade e recetividade

Ventilador + resistência circular (cozedura ventilada): indicado para cozinhar alimentos diferentes sobre várias alturas, desde que necessitem da mesma temperatura e do mesmo tipo

A teoria das filas de espera agrega o c,onjunto de modelos nntc;máti- cos estocásticos construídos para o estudo dos fenómenos de espera que surgem correntemente na

- O estabelecimento deverá encaminhar à pessoa responsável na ABRASEL-MG os descontos/benefícios sempre que houver novos. - Declaração dos associados se comprometendo

Tendo como parâmetros para análise dos dados, a comparação entre monta natural (MN) e inseminação artificial (IA) em relação ao número de concepções e

Finalizando esta breve análise, cabe destacar que a compreensão de como os professores que lecionam matemática estão desenvolvendo suas práticas, bem como o entendimento do processo

Aínda que a valoración é excepcional, a percepción que os usuarios teñen das instalacións do centro é lixeiramente inferior á que lle corresponde ao resto de