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SER SOCIAL O amor acima de tudo

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Academic year: 2022

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M U D E S U A V I D A . M U D E O M U N D O .

SER SOCIAL

O amor acima de tudo

Minha princesa

Por que os filhos valem a pena

36 segundos

Declaração em um elevador

(2)

© 2013 Aurora Production AG.

www.auroraproduction.com

Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.

Tradução: Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana

A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos.

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Editor Mário Sant'Ana

dEsign Gentian Suçi

diagramação Angela Hernandez Produção Samuel Keating Volume 14, Número 6

CONTATO PESSOAL

Minha mãe sempre usou provérbios populares para ilustrar o que queria nos dizer e nos ajudar a fixar lições e valores. Ela os dizia com a propriedade obtida do que aprendeu com a vida, pois “a vida ensina a viver” —como ainda nos lembra. Quando eu aprontava muito (o que não era raro) lançava advertências que assustavam:

“Quando meus males forem velhos, os de alguém serão novos”, em que

“males” eram meus maus comportamentos e “alguém” se referia a mim, cujos novos males seriam fornecidos pelos meus filhos.

Dona Aracy nunca economizou carinho ou castigos comigo. Estes não faltavam e, reconheço, eram praticamente inevitáveis. Ela reconhecia com muita franqueza a peste que eu era, mas também me amava e era mais do que franca com seu amor. E cair ou não nas suas graças dependia muito, mas muito mesmo, de quão bem tratavam seus filhos, o que ela explicava com uma de suas frases emblemáticas “Quem meu filho beija, minha boca adoça.”

E, mesmo não sendo praticante de nenhuma religião oficialmente reco- nhecida, ensinou-me assim a importante ligação entre as duas leis da vida que Jesus disse abrangerem todas as outras: ame Deus e ame os outros.1 “Ame Deus e ame aqueles que Ele ama”, ou seja, todo mundo. Se de fato amarmos Deus e acreditarmos que Ele nos criou conforme Sua imagem e semelhança, como ensina a Bíblia, amaremos e respeitaremos cada uma de Suas criações a ponto de procurar entendê-las melhor e aceitar cada um com suas falhas, manias e tudo mais. Quem beija Seus filhos, Sua boca adoça.

Mário Sant’Ana Pela Contato

1. Ver Mateus 22:37–39.

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“Quem a senhora veio visi- tar?” — perguntou a enfermeira de baixa estatura e cabelo escuro, enquanto eu bebericava um chá na sala de espera.

“Meu sobrinho” —respondi com um sorriso. “Ele está dormindo, então vou esperar.”

“Oh, mas ele precisa de com- panhia. Ele ainda é uma criança”

—discordou com um tom maternal.

Apesar de ser um adolescente bem mais alto que eu, ainda me lembro de suas bochechas e pernas gordinhas quando o segurei nos braços pela primeira vez, aos três meses de idade.

A moça me mostrou onde pegar o sobretudo de plástico que eu deveria usar enquanto falava do meu sobrinho com carinho. “Estamos preocupados com ele. Há dias em que ninguém aparece para visitá-lo”.

Acenei com a cabeça que concordava, mesmo sabendo que por ele estar em quarentena e fazendo quimioterapia, não podíamos simplesmente entrar no quarto sempre que nos desse vontade.

Pouco depois, enquanto conversava com o rapaz, ele me deu o número do

seu telefone celular e disse que adoraria se mais pessoas ligassem para ele.

Agora, mais do que antes, as desculpas pareciam fracas. O que impediria alguém de fazer uma ligação telefônica?

Tive problemas de saúde na infância, durante a adolescência e até os vinte e poucos anos. Lembro de estar confinada à minha cama enquanto meus saudáveis irmãos e amigos corriam por aí ao ar fresco, sob a luz do sol, ou andando de bicicleta com os outros. A sensação de frustração cau- sada pela incapacidade do meu corpo de funcionar corretamente era muito dura e era muito importante para mim quando alguém aparecia para ver como eu estava. Sei bem o que é se sentir isolada quando se está doente, mas, mesmo assim, agora que sou saudável fico arrumando desculpas. “Não o

conheço tão bem.” “Provavelmente ele não me considera uma pessoa inte- ressante.” Por que ele ia querer gastar tempo conversando com sua tia?”

No nosso mundo moderno de correria desenfreada, tentar equilibrar trabalho, filhos, cuidado da casa, dos animais de estimação, coisas para fazer na rua e outras obrigações gera um contexto que dá à nossa era o título de a mais sem tempo de todas. Mas quando encontrarmos Jesus algum desses dias, Ele não vai dizer: “Você era tão ocu- pada, mas ainda assim arrumou tempo para ler um excelente romance e pintar as unhas dos pés. Parabéns!” Muito gentilmente explicou quais deveriam ser nossas prioridades, há dois milênios, quando disse: “Tive fome, senti sede, era estrangeiro, estive nu, doente e na prisão, e você Me cuidou de Mim.”1 As coisas de menor importância tendem desaparecer com esse tipo de clareza.

Lani Woods é escritora. Vive atualmente em Sydney, na Austrália. ■

Ser Social

Lani Woods

1. Ver Mateus 25:34–40.

(4)

No primeiro aniversário de nossa filha, Audrey, planejamos uma pequena celebração com alguns amigos e familiares. Mas o que aconteceu foi uma opulenta comemoração com o tema de cup- cakes no restaurante administrado pelos avós. Reconheço que dos que estavam ali, a aniversariante foi a que menos se beneficiou. Audrey passou boa parte do tempo observando os procedimentos, bem protegida nos braços de alguém e não quis saber de posar para fotos ao lado da vela solitária sobre o bolo, apesar (ou por causa) dos amplos esforços para animá-la a tirar a foto tradicional.

As pessoas falam de como o tempo voa. Concordo. Acho que é por eu não ser mais tão jovem. Quando eu era criança, os dias, as semanas e os meses

—sem falar nos anos— pareciam passar tão devagar. Agora parece que faz algumas semanas que fui apresen- tado a Audrey. Lembro-me muito bem

daquele dia e das minhas primeiras impressões quando assisti à enfermeira lhe dar o primeiro banho, e quando minha pequena adormeceu em meus braços pela primeira vez.

Antes de ela nascer, ouvia pais falarem sobre a alegria de ter filhos, mas não me convencia. Achava que eles pensassem mesmo que estavam felizes, mas não fazia sentido. Afinal, com a chegada dos filhos a vida para eles se tornara mais estressante, cansativa e agi- tada e os tempos livres ficaram escassos.

Será que não se sentiam constrangidos quando as crianças derrubavam o prato de comida, ou choramingavam quando ficam cansadas? Não se irritavam por elas estarem sempre grudadas neles ou desobedecerem reincidentemente? Eu tinha certeza de que não desfrutaria essas experiências. Apesar de gostar da companhia das crianças, valorizava meu tempo e meu conforto demais para considerar a possibilidade de ter filhos.

Hoje, não consigo imaginar a

vida sem Audrey. Cada sorriso, cada gargalhada, cada descoberta que ela faz, cada vez que aprende a usar um brinquedo ou consegue imitar o som de algum animal me enche de felici- dade e gratidão pela sua presença na minha vida. Sua última descoberta é que um grito estridente é muito eficaz para obter minha atenção, quando quer que eu brinque com ela ou leia para ela, mas nem isso diminui o amor que sinto por ela ou a felicidade que ela me traz.

Há quem pense que nosso Pai celestial fique constrangido pela nossa falta de sabedoria, incomodado pela nossa constante necessidade dEle e irritado pelas nossas limita- ções. Mas Ele jamais se cansa de nós nem de nos ter por perto.

Samuel Keating é coordena- dor de produção da Activated (Contato em inglês). Mora em Milão, Itália.

Minha princesa

Samuel Keating

Samuel e Audrey, na sua primeira festa de aniversário

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Quando comecei a ler a Bíblia, uma palavra que capturou minha atenção foi “benignidade”. Produzia em mim uma sensação calorosa ler passagens como

“Desposar-te-ei comigo para sempre; Eu te desposarei comigo em justiça, em juízo, em benignidade e em misericórdias”,1 ou “Há muito que o Senhor nos apareceu, dizendo:

‘Com amor eterno te amei; com benignidade te atraí’”,2 ou “[Deus] redime a tua vida da perdição; Ele te coroa de benignidade e de misericórdia”3 ou “Como é preciosa, ó Deus, a Tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das Tuas asas.”4

Em algumas traduções, usam-se outras expressões, tais como “constante amor”, “mise- ricórdia”, ou simplesmente “amor”. Em mim não têm o mesmo efeito. Miles Coverdale, um dos primeiros tradutores da Bíblia para o inglês, foi quem capturou em chased (translite- ração do original hebraico) outras dimensões e nuanças de sentido, quando escolheu a palavra

“lovingkindness”, que, ao pé da letra, significa algo como bondade amorosa. E o termo, endossado pelos estudiosos que vieram depois dele, foi adotado por algumas das principais traduções da Bíblia em inglês.

E como estamos no mês dos namorados e amor está no ar, faz sentido falar do mara- vilhoso amor que Deus tem por nós. João encapsulou sua essência em uma frase mara- vilhosa: “Deus é amor”,5 mas vários autores de livros bíblicos que viveram centenas e até milhares de anos antes do apóstolo haviam entendido o mesmo. Os que O conheciam profundamente eram familiares com Seu desvelo e Sua benignidade.

Quem pensa em Deus principalmente no contexto do Antigo Testamento, tende a imaginá-lO implacável, zangado e destruidor dos que se atrevem contrariá-lO. Essa imagem exclui a forma mais comum de Deus interagir com a humanidade. Ele sempre nos amou. O amor por nós está na Sua natureza. Mesmo se quisesse não nos amar, não conseguiria, pois não pode contrariar Sua própria natureza.

Assim, continua derramando sobre nós Sua benignidade. E como sou grato por isso!

Phillip Lynch é romancista e

comentarista de assuntos espirituais e escatológicos. Vive em Atlantic, Canadá.

benignidade

1. Oséias 2:19 2. Jeremias 31:3 3. Salmo 103:4 4. Salmo 36:7 5. 1 João 4:8

Phillip Lynch

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Meu marido, Daniel, e eu vivemos com nossos quatro filhos no 13º andar de um prédio na cidade de Taichung, em Taiwan. Não é preciso dizer, portanto, que o elevador é parte de nossas vidas.

Até aquele momento, havia sido apenas outro dia normal e ocupado, ao qual dediquei a maior parte da minha energia e tempo para cuidar das crianças e apartar suas brigas.

Saímos juntos para fazer nem me lembro o que e estávamos voltando para casa. Entramos no elevador vazio, uma das crianças apertou o botão, o número 13 acendeu e as portas fecharam.

“Crianças, sua mãe e eu temos um importante comunicado a fazer”, anunciou Daniel capturando a atenção de todos.

Eu não tinha a menor ideia do que se tratava. Ele é um homem espontâneo, cheio de surpresas e nunca sei o que esperar dele. Movida

É P R E C I S O T R Ê S

Uma trança parece ter apenas duas mechas de cabelo. Eis o mistério: para fazer uma trança, são necessárias três mechas. A terceira é o que torna o entrelace possível e firme. A presença de Deus, como a terceira mecha, mantém homem e mulher juntos no casamento.

—Catherine Paxton por um impulso, acompanhando sua

iniciativa, aproximei-me de Daniel e apoiei meu braço no dele, para dar mais autoridade ao que quer que ele estivesse para dizer.

“Sua mãe e eu queremos que vocês saibam que depois de 14 anos casados, ainda estamos total e entusiasticamente apaixonados.”

As crianças riram um pouco e depois perguntaram: “Por que isso é um comunicado importante?”

Daniel explicou que com tantos problemas matrimoniais no mundo e o divórcio sendo algo tão comum, as crianças precisam saber que seus pais se amam. Então olhou nosso filho nos olhos e disse: “Quando você for casado, deve tratar bem a sua esposa.”

O som da campainha anunciou nossa chegada ao 13º andar e as por- tas do elevador se abriram. Quando entramos em nosso apartamento, as crianças conversavam e riam, e eu e Daniel fomos para o quarto para um momento a sós.

36 SEguNDoS

Misty Kay

Em 36 segundos, entre o térreo e o décimo terceiro andar, Daniel aproximou nossa família, nos fez sorrir, ensinou algo importante ao nosso filho e encheu meu coração com um calor que se espalhou por todo o meu íntimo.

Misty Kay é escritora. Com seu marido e os quarto filhos, há muitos anos faz trabalhos voluntários na Ásia. ■

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No Dia dos Namorados, é comum as pessoas que se amam trocarem presentes. Essa data me lembra principalmente o maior presente que Deus nos deu: Seu filho Jesus. Penso também como todo o amor que compartilhamos nesse dia tão romântico e o ano inteiro é possível justamente por causa do Seu amor. Para Ele, todo momento é de amor e doação.

Quero seguir esse exemplo tanto quanto consiga.

Encontrei um poema que ganhou um significado especial para mim e expressa alguns presentes que rece- bemos no nosso eterno Namorado.

Quando nossos copinhos de amor transbordam com Suas dádivas, ficamos com vontade de dividir esse amor com os outros, para que também o vivenciem.

Feliz Dia dos Namorados!

Maria Fontaine

Este é o poema:

Ele não presenteia com rosas, É minha Rosa de Sharon bondosa.

D’Ele não ganho ramalhetes de flores, Pois as faz crescer no meu jardim de amores.

Não beija os meus lábios

Pois me acarinha com o calor do sol e a chuvinha fina.

Não me presenteia com diamantes Pois fixou no céu estrelas cintilantes.

Não sussurra aos meus ouvidos,

Pois Sua voz mansa e delicada é constante.

Ele é amigo e não prometeu amor durante a vida, Mas um amor eterno e sem medida.

Não se limita a presentes ou doces promessas,

Pois Ele próprio é o grande presente e o cumprimento da promessa.

Não vai preencher a minha vida se casando comigo, Pois Se colocou no altar para que eu tenha vida, O conheça e O ame para sempre.1

O nosso querido Jesus é nosso maior amor, nos dá amor ilimitado e adora quando O ajudamos a levar esse amor aos outros – hoje e sempre. Feliz Dia dos Namorados!

Maria Fontaine e seu marido, Peter Amsterdam, são diretores da Família Internacional, uma comunidade de fé.

1. Janice K. Lawrence, adaptação.

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Outro dia assisti à comé- dia romântica Amor e Outras Drogas, baseada no livro de memórias de Jamie Reidy, Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman.

Na minha opinião o filme pareceu um pouco um “show de variedades”, mas mostrou uma história de amor pé no chão nada típica de filmes român- ticos ou do estilo de Hollywood. A jovem e linda Maggie Murdock (Anne Hathaway) tem uma doença degenera- tiva incurável—mal de Parkinson. Para mim, isso compensou pelos trechos no filme que não me agradaram, porque na vida real, nos relacionamentos, reveses acontecem.

Fazia algumas semanas que eu ouvira uma comovente entrevista com Toben Heim, que escreveu vários livros em parceria com a esposa Joanne, inclusive Happily Ever

After: A Real-Life Look at Your First Year of Marriage (Felizes para Sempre:

um Olhar Realista ao Primeiro Ano de Casados). Ele também escreveu outros sozinho e , é coautor de Wrecked: What God Can Do When Things Crash and Burn (Despedaçado:

O que Deus Pode Fazer Quando as Coisas Desmoronam), com Ryan Dobson.

Na entrevista, Toben falou do seu compromisso cada vez mais forte com o casamento após o derrame de Joanne que a deixou paralisada, muda e em terrível sofrimento físico, mental e emocional. Foi comovente ouvi-lo falar o que tem vivenciado, como afetou sua vida e a de seus filhos.

Foi inspirador ver como a situação fortaleceu o seu amor pela esposa e sua fé nas promessas de Deus.

Recentemente também li tre- chos de uma entrevista com Laura

Hillenbrand, autora do best-seller que deu origem ao filme Seabiscuit - Alma de Herói. Ela é famosa por contar histórias vívidas com perso- nagens fortes, mas ela própria passou décadas entrevada em uma cama, com uma doença grave e debilitante.

Quando o entrevistador lhe perguntou como ela consegue sobreviver, Hillenbrand deu muito mérito ao marido, “um namorado que arrumei na faculdade”. “No dia do meu casamento, disse ao entre- vistado, estava tão mal que fiquei apenas alguns minutos na festa. Ele já passou por muita coisa comigo.

Alguns casais teriam se separado por causa disso, mas no nosso caso isso nos uniu. Temos um entendimento muito profundo. Para ele, eu não sou doente, pois vê tudo mais que sou. Tivemos que aprender a ter essa atitude. Não é fácil manter um

NA SAÚDE E NA DOENÇA

Bryan Clark

Christina e Bryan

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casamento sob condições como a nossa.”

Ao ler esse relato, imaginei o seu marido como um cara bem especial e não pude deixar de relacionar a situação deles à minha e tudo o que a minha santa esposa, Christina, tem passado comigo, pois, abnegadamente me aguenta há tantos anos. E não se trata apenas das enxaquecas frequentes e outras doenças e problemas de saúde que ela tem me ajudado a enfrentar e que certamente afetaram grandemente a sua vida. Mas ela também tem sobre- vivido a várias outras coisas que eu, no lugar dela, teria tido muita dificuldade para suportar.

Acho que pode-se dizer que a maioria das pessoas tem algum pro- blema de saúde e não é fácil manter os relacionamentos felizes. Todos temos fraquezas e problemas recor- rentes que exigem um abastecimento

ilimitado de amor incondicional e abnegado, e de perdão. Sei que no meu caso é assim! Não entendo como a Christina tem me aguentado todos esses anos, mas ainda está aqui, admiro-a por isso e agradeço a Deus por ela. Não tenho dúvida: é uma santa!

Outra entrevista que me emocio- nou muito foi com a escritora Joni Eareckson Tada e seu marido Ken.

Joni é tetraplégica há muitos anos e agora luta contra o câncer de mama.

Não é fácil para ninguém lidar com o câncer e com a agressividade do tratamento, mas para Joni e Ken, os desafios são mais fortes. A intenção da entrevista era informar aos leitores de Joni do seu estado de saúde e pedir oração por ela, mas, é claro, o resultado foi muito maior: uma linda e surpreendente história de amor.

Chorei ao ouvir seus depoimentos,

não só por causa das dificuldades que essa mulher maravilhosa tem enfrentado, mas pelo profundo amor que se percebia na voz trêmula do marido, quando contava com muita emoção como tem sido difícil para ele ver Joni sofrer tanto, e como isso os aproximou ainda mais e intensifi- cou o seu amor.

Joni explicou: “É maravilhoso

—quando se está na pior e tudo parece um pesadelo— ter alguém ao seu lado. Houve uma noite em que eu sentia tanta dor que orei antes de me deitar: ‘Senhor Jesus, poderia, por favor, aparecer esta noite? Quero ver e sentir Você, ter a certeza de que está ao meu lado. Você prometeu nunca me deixaria nem desampararia.

Quero sentir isso esta noite’.

Como sempre, tive de acordar Ken de madrugada para que me ajudasse. Ao vê-lo ali em pé, na

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penumbra, disse: ‘Você é Ele! Você é Jesus! Ken, sinto Jesus no seu toque, vejo Jesus no seu rosto e no seu sor- riso. [Consigo ouvir Jesus] no tom da sua voz.’ E foi a mais doce sensação da minha vida sentir a presença de Jesus através do meu marido.”

Eu me identifico completamente com o que Joni disse. Graças a Deus, nunca passei pelas coisas que ela enfrentou tão bravamente e com tanta graça desde que ficou paralítica, depois de um acidente durante um mergulho há décadas, mas as pessoas que convi- vem comigo sabem que tenho vários problemas de saúde e que sinto muitas dores. Houve vezes em que fiquei tão doente ou com tanta dor que nem conseguia pensar ou falar. Sem dúvida muitos com problemas de saúde vão entender do que estou falando.

Mas mesmo nos momentos mais difíceis, Jesus sempre esteve ao meu lado, me aliviando, consolando e me curando. E não dá para contar as vezes em que Christina foi Jesus para mim, cuidando ternamente de mim, com uma paciência infinita, uma resiliência inacreditável e um amor incondicional. É assim que ela é.

Como o marido de Joanne Heim, de Laura Hillenbrand, de Joni Eareckson Tada e muitos outros maridos e espo- sas sobre os quais o mundo não ouve falar, minha esposa tem ficado ao meu lado em tudo que tenho passado, na saúde e na doença.

É claro, nem sempre é possível ter alguém assim por perto. Mas Jesus está sempre conosco. Vê nossas necessidades, compadece-se das nossas fraquezas,1 e sempre nos ajuda a superar a noite mais escura. Mesmo quando não O valorizamos como

deveríamos, Ele permanece fiel ao nosso lado. Aconteça o que aconte- cer, podemos contar com Ele.

Mas ter alguém assim —uma esposa, um marido, um parente ou um amigo—, alguém que escolhe ficar ao seu lado na dificuldade, que não vê você como um doente ou um farrapo de gente, mas tudo mais que você é ou que pode vir a ser, é maravilhoso e quase bom demais para acreditar.

Que cada um de nós viva com abnegação, capaz de amar dia e noite, seja Jesus para aqueles que Deus coloca em nossas vidas —“nos momentos bons e maus, na saúde e na doença.”

Bryan e Christina Clark mo- ram em Guadalajara, México, onde Bryan trabalha no setor de turismo médico. ■

1. Ver Hebreus 4:15.

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Qual é a importância do amor?

Quando perguntaram a Jesus qual o mandamento mais importante, Ele respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda lei e os profetas.”2 Em outras palavras, se puder fazer essas duas coisas —amar a Deus e ao seu pró- ximo— tudo mais se resolverá. Todos

C A R A C T E R Í S T I C A D E F I N I D O R A

Parte da essência da última mensagem de Jesus aos Seus discípulos, na Última Ceia, antes de ser detido, preso, espancado e morto foi: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”7

Os primeiros cristãos puseram o mundo de pernas para o ar com o amor de Deus que encontram em Jesus Cristo. A maneira como os cristãos viviam convenceu os romanos de que sua fé era real.

—David Brandt Berg (1919–1994) os outros mandamentos foram dados

com o propósito de nos ensinar a fazer o que é certo e amoroso.

Que lugar o amor ocupa dentre os frutos do Espírito Santo? O apóstolo Paulo concluiu sua explicação dos frutos do Espírito3 exortando-nos a colocar o amor em primeiro lugar "Agora permanecem este três: a fé, a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor.”4

Parece bastante simples, mas nem sempre é fácil. Onde encontrar o tipo de amor que busca se doar e sacrificar pelos outros? Onde achar o amor que o ajuda a se importar com a felicidade do seu próximo tanto quanto com a sua, a ser amoroso com os seus inimigos, ou a se sacrificar pelos outros?5 Um amor assim não é natural para os humanos, mas é o fruto do Espírito Santo nas nossas vidas.

Como obtê-lo? Se você recebeu Jesus e o Espírito Santo já tem uma medida desse amor, do qual pode sem- pre pedir mais a Deus. Mas a melhor maneira de receber é dar o que tem. “A

AMOR: O FRUTO QUE ENGLOBA TUDO

Rafael Holding

1. Gálatas 5:22–23 2. Mateus 22:37–40 3. 1 Coríntios 12 4. 1 Coríntios 13:13

5. Mateus 22:39; 5:44; João 15:13; 1 João 3:16 6. Provérbios 11:25

7. João 13:35

alma generosa prosperará; o que regar também será regado.”5 Um pouco de amor vai longe —muito além do que conseguimos imaginar.

Rafael Holding é escritor e mora na Austrália. “Amor: o fruto que engloba tudo” é um trecho do livro da série Faça Contato, intitulado Os Dons de Deus. Para adquiri-lo, escreva para revista@contato.org.

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”.1

(12)

Uma série de perdas me deixara zangada com Deus.

Sozinha, sem nenhum meio de sus- tento, sem esperança em vista, tentei acabar com a minha vida. Recobrei a consciência no hospital, onde passei dias em recuperação.

Era Dia dos Namorados, o pri- meiro que passei sem o meu marido, e sentada sozinha no corredor do hospital, chorei as únicas lágrimas que ainda me restavam.

Um casal passou por mim e parou.

“Espere um minutinho”, ouvi o homem falar, antes de voltar e levantar meu rosto marcado pelas lágrimas... e me dar um beijo no rosto.

Ele também estava internado e havíamos conversado rapidamente pela primeira vez na noite anterior. Mas por que aquele estranho me daria um

beijo? Obviamente não tinha segundas intenções, visto que estava acompa- nhado de uma mulher, provavelmente sua esposa ou namorada, que o observava. O que o tinha compelido a me tirar da minha escuridão? O que fizera eu para merecer aquilo?

Depois de alguns minutos comecei a perceber o que acontecera:

eu tinha recebido um lindo presente, um presente de esperança, o qual precisava compartilhar com os outros. Esse pensamento foi meu primeiro pequeno passo para sair do poço profundo no qual havia caído.

Alguns dias depois, após receber alta, dei uma olhada em tudo o que sobrara das minhas economias

— apenas umas poucas moedas.

A última comida no armário era um pacote de fubá e uma lata de

extrato de tomate. Parece que vai ser polenta com molho de tomate pelos próximos três dias, então é melhor eu começar logo a cozinhar, pensei

Tinha acabado de preparar o almoço e estava para me sentar à mesa quando a campainha tocou.

Era uma jovem que parecia morta de fome. Com ela, menino de uns cinco ou seis anos igualmente malnutrido.

A mulher disse que era refugiada de guerra e não conseguia emprego.

Pediu uns trocados. Pensei nas poucas moedas que ainda me restavam.

Que bem aquelas poucas moedas podiam fazer a ela — ou a mim?

“Eu só tenho um trocado mesmo”

—disse. “Sei o que é passar dificul- dade. Acabei de fazer uma polenta com molho de tomate. Gostaria de comer comigo?”

O EXAME DE RENOVAÇÃO

Erika Blečić

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Mãe e filho aceitaram timida- mente e comemos à mesa da cozinha.

Como desejei poder lhes oferecer um enorme bife, perfeitamente grelhado, em vez de polenta! Então me lembrei que alguém tinha me dado uma barra de chocolate alguns dias antes, que eu guardara para os momentos difí- ceis. Dei o chocolate para a criança, que me agradeceu com um abraço do qual nunca mais vou me esquecer.

Quando descobri que moravam perto, convidei-os para voltar.

Expliquei que não poderia lhes oferecer uma refeição completa, mas que lhes daria do que eu tivesse no momento.

Com um sorriso e um aperto de mãos, partiram. Nunca mais os vi.

Três dias depois, vi a oferta de um emprego no jornal e me candidatei, mesmo não tendo nenhuma credencial

ou experiência prévia para o trabalho.

Poucos minutos depois da entrevista, fizeram-me uma pergunta para a qual eu não estava preparada. “Gostaria de começar amanhã?” Antes de poder responder, um pensamento passou pela minha cabeça como um relâmpago.

Será que aquelas duas pessoas estranhas que vieram à minha porta eram anjos numa missão?

Senti que não só tinha passado numa entrevista para um emprego, mas num exame. Primeiro Deus me enviou aquele homem para me mostrar que Ele me amava e não Se esquecera de mim, e então enviou a mãe e a criança para ver se eu manteria a minha promessa de passar adiante aquele amor e esperança.

Quando o fiz, Ele abriu as comportas de Suas bênçãos.

Continua…

Hoje, Erika está feliz e realizada em seu emprego, como repórter para um jornal, assim como com seu “outro serviço”, de ajudar a disseminar o amor de Deus. Ela começou costurando trajes de palhaço para voluntários da Família Internacional, e agora, ocasionalmente, sai com eles para oferecer sessões de “terapia clown” na ala infantil do hospital local. “Meu coração se enche de alegria quando vejo uma criança doente e separada da família e do lar ser elevada acima do sofrimento e da solidão”, diz. “E para isso, basta alguém estar disposto a colocar um nariz vermelho e cantar uma ou duas canções.”

Erika Blečić é membro da Família Internacional na Croácia. ■

(14)

Sou casada pela terceira vez —algo que não costumo dizer na presença de recém-casados.

Agradeço a Deus pelos dois primeiros casamentos, pois resultaram em lindas crianças, meus mais preciosos tesouros. Contudo, foi no terceiro que a mágica aconteceu.

Quando me separei pela segunda vez, pensei que era o fim e que, sozi- nha com meus filhos, teria de me virar a partir de então. As duas relações me deixaram azeda e eu não esperava que pudesse haver outro homem na minha vida, mas me enganei.

Todos os dias, vejo o amor de Deus por mim nos olhos do meu querido marido. Ele não apenas se apaixonou e se casou comigo, mas adotou cinco dos meus filhos, que moravam comigo na época. Isso

faz dez anos e ainda estamos muito felizes juntos.

O que torna nosso casamento ainda menos convencional é que ele também já havia sido casado duas vezes. Não entendemos por que as coisas acontece- ram assim em nossas vidas, mas verdade seja dita, é humilhante admitir que somamos quatro casamentos fracas- sados. Deus consegue nos amar e nos aceitar com nossos defeitos, fraquezas e erros, mas não é impressionante que envie alguém em carne e osso que também nos ame e aceite?

As semelhanças em nossas histórias nos ajudam a entender um ao outro melhor, a compartilhar nossos corações e pensamentos de um modo muito íntimo. Podemos rir juntos, chorar juntos e viver juntos de uma forma muito bonita. No início do nosso relacionamento, determinamo-nos a manter Deus no centro de nossas vidas

e a ajudarmos um ao outro a ser leal a esse compromisso. Todos os dias, lemos Sua palavra juntos, oramos juntos e discutimos várias lições que Deus nos ensina, enquanto casal ou individual- mente. Ainda aprendemos um com o outro, o que nos ajuda a nos respeitar um ao outro muito profundamente.

Nosso relacionamento se tornou muito satisfatório espiritualmente.

Meu conselho para recém-casados e para os que estão passando por turbu- lências no casamento, ou se recuperando do fim de um relacionamento é: o amor de Deus é a “mágica” genuína de qualquer casamento. Seja ele descoberto na primeira vez, ou como no nosso caso, mais tarde na vida, é sempre o amor de Deus que nunca nos decepciona.1 Yvette Gladstone é escritora freelancer e membro AFI em Guerrero, México.

Yvette Gladstone

1. 1 Coríntios 13:8

D0U-LHE E

TRÊS

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Em um de seus mais famosos poemas, Elizabeth Barrett

Browning fez uma linda declaração que começa assim:

Como te amo? Deixa-me contar de quantas maneiras.

Amo-te até o mais fundo, o mais amplo

e o mais alto que a minha alma pode alcançar

Estas palavras são o eco gentil de outra expressão de amor, escrita pelo apóstolo Paulo, ao se referir ao amor de Deus pelos Seus filhos:

Estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

—Romanos 8:38–39

Será que Deus ama você tanto assim? Apesar de todos os seus defei- tos e falhas? Sim! Todos deixamos a desejar,1 mas o amor de Deus não diminui por causa disso.

Dedique alguns momentos para meditar nas seguintes frases sobre o amor de Deus por você. Não tente analisá-las, mas desfrute as palavras e descanse no conhecimento de que Seu amor por você é incondicional e eterno.

Com amor eterno te amei.

—Jeremias 31:3

Não te deixarei, nem te desampara- rei.—Hebreus 13:5

[Oro para que] possais perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. —Efésios 3:18–19

Quão grande é o amor de Deus. Em todos esses anos nunca nos falhou.

Quando caímos, nos levantou;

quando nos desviamos; nos chamou de volta; quando desfalecemos, nos reanimou; quando pecamos, nos perdoou; quando choramos, nos consolou. Nos momentos de agonia, de dúvida e quase desespero, que muitos podemos lembrar, esse amor nos bastou. —Reverendo Canon Money, adaptado

Deus ama você, mesmo se você for a pior pessoa do mundo. E ele ama todos da mesma forma.

—Santo Agostinho (354–430) Agora é a sua vez de expressar seu amor. Se preferir, escreva uma carta para Deus, um poema ou um cartão. Diga-Lhe o que Ele significa para você. Fale da Sua presença, das Suas dádivas, da Sua promessa de vida eterna e o bem que isso lhe faz. Expresse seus sentimentos em palavras, como o rei Davi fez tantas vezes no livro dos Salmos. “Eu te louvarei, ó Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as Tuas maravilhas.”2

DEIXA-ME CONTAR

UM EXERCÍCIO ESPIRITUAL Abi May

1. Ver Romanos 3:23.

2. Salmo 9:1

(16)

Não o amo pelo que é ou deixa de ser. Não o amo por quem você é, por quanto realiza ou quão bom é no que faz. Meu amor não está vinculado à quantidade de seus pecados ou a quanto você apronta, nem a quantas vezes acerta.

Eu simplesmente o amo, sem condições. Pode ser difícil entender essa verdade, mas se conseguir, tudo na sua vida ganhará novo significado e profundidade. Uma nova realidade, em que você é completo porque é amado. Você é livre porque é amado. É capaz de amar os outros de verdade porque você é amado incondicionalmente.

Não decidi amar você com base no seu amor por Mim, no que faz por Mim. Amei você antes de tudo isso, antes de você respirar pela primeira vez.

Amo você quando Me diz que Me ama e quando põe esse amor em prática, aproximando-se de Mim pela oração. Adoro quando você Me ama e quer Me agradar, mas quando isso diminui por causa das necessidades da vida, Meu amor por você não muda. Meu amor por você nunca diminui e nunca estou ocupado demais para você.

Com amor, Jesus

SEM CONDIÇÕES

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