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Microempreendedor Individual (MEI): o guia completo

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Academic year: 2022

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Microempreendedor Individual (MEI):

o guia completo

Regras, impostos, relatórios, gestão financeira e tudo que você precisa saber para ser MEI

Criado por Leandro Benincá

Time Neon

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Introdução

Brasileiro é um povo empreendedor por natureza, não é? Empiricamente, parece que todo mundo já sabe, e os jornais falam sobre isso em alto e bom som.

Mas quer saber o quanto nós, brasileiros, somos determinados a abrir nossos próprios negócios?

Uma pesquisa da Expert Market trouxe um dado interessante: nós, brasileiros, somos o 5º país no ranking de empreendedores mais determinados do mundo. Sabe o que isso quer dizer?

No ranking que mede a dificuldade em se abrir um negócio, em uma escala de 1 a 130, ficamos com a pontuação 125 (ou seja, é MUITO difícil).

Em contrapartida, no ranking que mede o número de negócios abertos por ano, ficamos com a

pontuação 48.

Ou seja, mesmo sendo difícil, o brasileiro empreende - e muito! Existe um grande número de brasileiros com

disposição para empreender por aqui, mesmo que as dificuldades sejam enormes.

Desde 2008, no entanto, isso ficou um pouquinho mais fácil pra quem tem o sonho de ser dono do próprio negócio. Principalmente quem está bem no comecinho (como deve ser o seu caso), e não pode arcar com toda a burocracia e os custos de abrir uma empresa tradicional.

A Lei Complementar 128, de Dezembro de 2008, veio dar uma luz para quem quer empreender (e fugir da informalidade) e criou o regime jurídico do MEI - Microempreendedor Individual. Uma forma facilitada e com tributos reduzidos, especialmente para quem está começando o seu pequeno empreendimento.

Neste e-book, vamos abordar todo o passo a passo para quem quer abrir sua empresa como MEI, explorar todos os detalhes e tornar você um verdadeiro especialista em MEI, pra não precisar depender de ninguém na hora de tocar o seu próprio negócio.

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O que é um MEI?

A sigla MEI representa, na verdade, o regime jurídico e tributário

do profissional autônomo, ou de quem tem um micronegócio.

O microempreendedor individual (enquadrado na MEI) tem os

benefícios e deveres de uma pessoa jurídica: passa a ter um CNPJ, pode emitir notas fiscais por este CNPJ, pode contratar um funcionário e também precisa recolher os impostos devidos por pessoas jurídicas.

A grande diferença está no fato de que estes impostos são extremamente reduzidos e simplificados, ao ponto de um MEI não precisar ter um contador para a administração financeira e tributária da empresa.

O pagamento é feito por uma única taxa, simplificada, que já inclui

Previdência Social, ICMS e/ou ISS - e também isenta do pagamento de IRPJ, PIS, COFINS, IPI e CSLL.

O MEI ainda tem os mesmos direitos trabalhistas de qualquer trabalhador contribuinte:

aposentadoria, licença-maternidade e afastamento remunerado por

problemas de saúde.

MEIs no Brasil

Por diversos fatores, o interesse pelo empreendedorismo no Brasil vem ganhando força nas últimas décadas. Em 2004, 23%

da população brasileira tinha seu próprio negócio. Em 2015, este número subiu para mais de 35% - o que supera, proporcionalmente, o índice de países como a França e o Reino Unido.

Há quem diga que o

microempreendedorismo é resultado das crises - uma vez que o trabalhador fica sem emprego, ele busca uma alternativa para o seu sustento com um negócio próprio.

E há quem diga que é

justamente o contrário: que os microempreendedores são um sinal de evolução, e de que mais pessoas buscam uma melhor condição de vida abrindo sua própria empresa e dispensando o patrão.

Seja lá qual for a melhor

explicação, o fato é que, hoje em dia, mais de 7 milhões e meio de brasileiros já têm uma empresa com essa designação:

Microempreendedor Individual.

Segundo a Serasa Experian, em 2018 nasceu uma nova MEI a cada 10

segundos, aproximadamente! E o impressionante é que esta taxa de crescimento só aumenta - indicando que nos próximos anos o número de MEIs deve dobrar rapidamente.

O pagamento da guia

de impostos deve ser

feito mensalmente.

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Quem pode e

não pode ser MEI

Ter uma empresa enquadrada como MEI é muito legal, né? Mas não é pra todo mundo, claro.

Em primeiro lugar, vem o faturamento anual da sua

empresa: em 2019, ele não pode passar de R$ 81.000,00. Este valor é reajustado todos os anos. Se o seu faturamento for superior a este valor, vai ter que se enquadrar em outro regime.

Fora o limite de faturamento, também existe uma lista de atividades permitidas para se enquadrar como MEI. A lista é atualizada anualmente, e você pode consultar a versão mais atualizada direto no site do Portal do Empreendedor.

As 6 principais vantagens de

ser MEI

Ter uma empresa enquadrada como MEI é muito legal, né? Mas não é pra todo mundo, claro.

Emissão de alvará pela internet

O alvará é o documento emitido pela prefeitura que te autoriza a começar a operar e, sendo um MEI, isso também é facilitado.

Para atividades de baixo risco, um alvará de funcionamento provisório já é gerado, no momento do seu cadastro.

Gratuitamente, pela internet, na hora!

Depois disso, é claro, você vai precisar de um alvará definitivo, emitido pela

prefeitura da sua cidade (e é importante se informar sobre como funciona isso no seu município para começar o processo o quanto antes) - mas a melhor parte aqui é que seu negócio pode

começar legalmente a funcionar no momento da emissão do

seu MEI!

Poder contratar um funcionário

Esta é uma das maiores

vantagens, que pode fazer toda a diferença para o sucesso do seu negócio: como MEI, você pode contratar um funcionário - o que pode ajudar a acelerar

sua empresa e multiplicar o seu potencial de lucro.

Previdência

Não é só sobre sair da informalidade: o MEI

também recebe os benefícios previdenciários como qualquer trabalhador formal.

Aposentadoria por idade:

seguindo as mesmas regras de todos os contribuintes;

Auxílio-doença e

aposentadoria por invalidez:

contribuindo por, no

mínimo, 12 meses antes do requerimento (salvo em caso de doenças especificadas em lei, como câncer

e HIV, quando a carência é desconsiderada);

Licença-maternidade:

com carência de 10 meses de contribuição, a contar do primeiro pagamento das guias MEI em dia;

Pensão por morte: em caso de falecimento do MEI, seus dependentes têm direito a benefício, que

pode variar entre 4 meses e 20 anos, dependendo do tempo de contribuição e idade do falecido.

Menos impostos

Como veremos em mais detalhes a seguir, o MEI recolhe muito menos impostos que uma microempresa tradicional. Basta uma média de R$ 50,00 para manter sua MEI em dia e dentro da lei.

Segurança jurídica

Você pode abrir uma conta para Pessoa Jurídica (como a Neon Pejota), cobrar suas vendas usando boletos e ter cobertura jurídica para fazer cobranças,

pois terá notas fiscais emitidas nas suas vendas.

Contabilidade facilitada Quem empreende sozinho tem muito pouco tempo pra cuidar de todas as funções da empresa. Então, quanto mais simples, melhor!

Como um MEI, você pode emitir suas notas fiscais diretamente pelo site da prefeitura, sem precisar

comprar nenhum programa ou aplicativo pra fazer isso.

E, por lei, uma MEI não precisa ter um contador responsável pela empresa - já que seu

único trabalho será o de emitir as notas fiscais e pagar a guia única de tributos mensalmente.

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Então, se você se encaixa na lista das atividades permitidas e fatura menos de R$ 81.000,00 por ano, já pode correr pro abraço? Calma lá!

Tem mais algumas restrições que impedem que algumas pessoas abram uma MEI:

Receber pensão do governo, ou seguro-desemprego (se você abrir uma MEI, deve abrir mão dos benefícios);

Ser funcionário público;

Ser estrangeiro sem visto de permanência;

Ser sócio de outras empresas (mesmo que minoritário).

Agora sim! Se você se enquadra dentro desses requisitos, está mais perto de abrir sua MEI e de receber as vantagens que esse regime proporciona.

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Independentemente de você ter faturado dentro do mês ou

não, o pagamento

deve ser feito.

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Como abrir uma MEI

É comum que leve tempo até você decidir formalizar seu negócio.

Muitas vezes, é aquele hobby que virou renda extra tomando novas proporções, o freela que se torna sua maior fonte de renda… E aí, quando você

percebe, esse já é o seu negócio.

É nesse momento em que você se pergunta: “Será que devo formalizar meu próprio negócio? Por onde começo?”.

É o que vamos ver agora.

Documentos necessários

A abertura de MEI é bem pouco burocrática, mas você precisa ter em mãos alguns documentos para seguir com a formalização - que é feita 100% online,

no Portal do Empreendedor.

Quanto custa ser MEI?

O MEI está enquadrado no Simples Nacional e no SIMEI (o regime simplificado de pagamento de impostos, em valores fixos mensais), ficando, assim, isento dos tributos federais.

Como MEI, você paga apenas um boleto, até o dia 20 de cada mês. O valor varia de acordo com sua atividade. Você paga:

R$ 46,85 de INSS (para todas as atividades);

mais R$ 5,00 de ISS (no caso de prestação de serviços);

ou o valor do INSS mais R$ 1,00 de ICMS (comércio, indústria ou serviço de transporte intermunicipal ou interestadual).

Complicou? De forma resumida, o que você vai pagar é:

Prestação de Serviços Indústria

Você vai precisar dos seguintes documentos e informações:

Seu CPF, título de eleitor e recibo da última declaração do Imposto de Renda;

CEP de sua residência e do local onde exercerá sua atividade;

Seu número de celular ativo.

Regras importantes

Já falamos aqui, mas é bom

lembrar: nem todas as atividades podem ser exercidas pelo MEI.

Antes de dar o próximo passo, é importante consultar a lista de atividades permitidas.

De olho no seu município

É importante você saber que

todos os municípios possuem uma lei de zoneamento que separa

os bairros da cidade de acordo com as atividades que podem ser realizadas.

Alguns bairros são estritamente residenciais e outros - que

costumam ser mais afastados - específicos para indústria. Consulte sobre a área antes da formalização, para que sua atividade seja coerente com o local desejado.

Existem diversas maneiras de

verificar um endereço, elas variam de cidade para cidade. Em alguns municípios essa verificação pode ser feita online. Em outros, os empreendedores podem contar com espaços de atendimento que facilitam o processo - ou ir direto à prefeitura para consultar.

Importante destacar que, no momento da formalização, o empreendedor não precisa pagar nenhuma taxa.

Comércio

R$ 52,85 R$ 47,95 R$ 52,85

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É instalado como um software e tem validade de um ano.

Pode ser instalado em várias máquinas e permite uso simultâneo, ou ainda, diretamente no servidor da empresa, fazendo com que todo o processo seja automatizado e eficiente.

É disponibilizado em um meio físico, como um cartão ou pendrive, que será utilizado apenas na máquina em que estiver conectado. Sua validade pode chegar a até 3 anos e ele pode ser levado para qualquer lugar, mas só pode ser usado em um computador por vez.

Certificado Digital NFe-A1 Certificado Digital NFe-A3 O recolhimento desse valor mensal é feito via

DAS, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional. Ele está disponível online, no Portal do Empreendedor, e pode ser pago em bancos ou casas lotéricas.

Fique ligado: a falta de pagamento do DAS implicará em multa e juros pelo atraso, e

também na não contagem do tempo para os benefícios da Previdência.

Como o MEI paga imposto em valor fixo mensal, é importante saber que independentemente de você ter faturado dentro do mês ou não, o pagamento deve ser feito.

Certificado Digital

e Nota Fiscal Eletrônica

Uma das grandes facilidades para o

empreendedor moderno é a NFe - a Nota Fiscal Eletrônica. Ela elimina a necessidade de se

imprimir e arquivar blocos e mais blocos de notas, e todo o vai e vem das vias em papel. Mas para usar a NFe, você primeiro precisa saber sobre o Certificado Digital.

O Certificado Digital funciona como a assinatura eletrônica do seu negócio. É com ele que você confirma e valida sua identidade no momento de fazer algumas operações como MEI.

Pra que serve

o Certificado Digital?

Todas as funções do Certificado Digital servem para a comodidade do MEI. Ele pode ser usado para assinar quase todos os tipos de documentos e ainda engloba outras vantagens:

É possível assinar digitalmente documentos jurídicos;

Evita alguns níveis de burocracia em instituições bancárias;

Facilita o envio e o recebimento de arquivos importantes e oficiais pela internet.

Mas no nosso escopo aqui, para você que é ou quer ser MEI, a maior vantagem do Certificado Digital é mesmo a possibilidade da emissão de Nota Fiscal Eletrônica.

Tipos de

Certificado Digital

Você sabia que existem diferentes tipos de

Certificado Digital? Sim!

E eles são classificados de acordo com sua aplicação.

Para a emissão da Nota Fiscal Eletrônica, que ainda não é

obrigatória para MEI, é necessário optar por um dos tipos de Certificado Digital: “NFe-A1” ou “NFe-A3”:

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O certificado digital nem sempre é

obrigatório para

emitir notas, mas

tem vantagens.

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Posso emitir

nota fiscal sem

Certificado Digital?

Essa é uma dúvida bastante comum entre empreendedores. Muitas

prefeituras permitem que cidades que seguem o regime do Simples Nacional emitam suas notas fiscais sem a necessidade de Certificado Digital, de forma manual, pelo site da Prefeitura Municipal.

Mesmo assim, vale lembrar que quando você quer automatizar esse processo através de softwares, é necessário o Certificado Digital para a integração com o sistema.

Muitas vezes, como MEI, o que não é obrigatório acaba sendo deixado de lado. Isso é compreensível, claro, já que você está sozinho no comando do seu negócio.

De qualquer forma, preste atenção nas vantagens do Certificado Digital, pois você pode descobrir que

Como obter o

Certificado Digital para MEI

Se você tem interesse em adquirir um certificado digital para MEI, precisa procurar uma empresa que tenha sido regularizada pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. Você tem acesso à relação das empresas regularizadas no site do ICP-Brasil.

O ideal é que você pesquise valores, formas de pagamento, meios de

armazenamento e a compatibilidade com o seu sistema de emissão de NF-e, tudo isso ANTES de comprar um sistema, é claro!

Visto isso, é necessário apresentar seu CCMEI, o certificado que

atesta sua condição como MEI, que pode ser consultado no Portal do Empreendedor. Ele é equivalente ao Contrato Social de uma empresa.

Também será preciso apresentar o comprovante de inscrição e situação cadastral. É bem fácil de obter o seu, junto a Receita Federal, neste link.

Procure também saber sobre as

informações certificadoras ligadas à União, que podem oferecer produtos

e serviços em condições mais

acessíveis, como o Serviço Federal de Processamento de Dados, a Caixa Econômica Federal e a Receita Federal do Brasil.

Após a escolha, você vai mandar os dados solicitados para a

certificadora, que vai providenciar o documento eletrônico. O melhor jeito de fazer, claro, é pela internet - poupa seu tempo e dinheiro!

MEI precisa emitir nota fiscal?

O MEI não tem obrigatoriedade de emitir nota fiscal para

consumidor pessoa física, quando você vende diretamente para o consumidor final.

Mas se o seu cliente for outra empresa, aí sim você tem a

obrigação de emitir a nota, com exceção de quando seu próprio cliente emitir uma nota fiscal de entrada.

O MEI não tem a obrigação de emitir a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, e pode optar pela nota fiscal convencional (em papel), se assim preferir.

mesmo o que não é legalmente

exigido pode valer a pena.

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Obrigações do MEI

Não são só benefícios, claro! Você também tem obrigações a cumprir, sendo MEI:

Pagamento do DAS

Como você já sabe, o MEI paga imposto em valor fixo mensal, sendo isento de impostos federais. Então, todos os tributos obrigatórios são incluídos em uma única guia: o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

O vencimento deste tributo acontece todo dia 20 de cada mês e o boleto pode ser encontrado no Portal do Empreendedor.

Anota aí na sua agenda pra você emitir sua guia de imposto todo mês e não esquecer de deixar o pagamento em dia!

Relatório Mensal de Receitas

É também até o dia 20 de cada mês que o empreendedor deve preencher o Relatório Mensal de Receitas brutas do mês anterior.

Nele, você deve anexar as notas fiscais de compras de produtos e de serviços, além das notas fiscais emitidas pelo seu negócio. Se você é fotógrafo, por exemplo, e no último mês comprou uma lente nova para sua câmera, deverá anexar a nota fiscal da compra da lente

Declarações e relatórios

simplificados estão entre

as obrigações

do MEI.

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O relatório acaba se tornando um aliado, já que será necessário manter tudo organizado - receitas e despesas.

Emissão de notas fiscais

Relembrando: o MEI está isento da emissão de documento fiscal para o consumidor final, ou seja, pessoas físicas, porém é obrigatória a emissão de nota fiscal em vendas e prestações de serviços para pessoas jurídicas - independentemente do porte.

Declaração Anual Simplificada

Além dos relatórios mensais, o MEI também precisa enviar a Declaração Anual do Simples Nacional para o Microempreendedor Individual.

Essa declaração tem a mesma função de um Imposto de Renda, só que específica para MEI.

Nela, é necessário informar o valor da receita do ano anterior.

Parece confuso e trabalhoso, mas não é, principalmente se você fez os Relatórios Mensais corretamente.

Em regra geral, o MEI não é obrigado a entregar a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF). O lucro líquido que você obtém como

Microempreendedor Individual na operação do seu negócio é isento e não tributável no Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF.

Mas fique atento ao prazo! O envio deve ser realizado entre 1º de janeiro e 31 de maio de cada ano, pela internet, através do Portal do Empreendedor. A entrega da Declaração Anual com atraso gera multa.

É bom lembrar que, se você realizou retirada de salário próprio (pró-labore) acima de R$28.559,70 no ano passado (cerca de R$ 2.380,00 por mês), você é obrigado a entregar a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física.

Contratação de empregado

Como MEI, você pode contratar no máximo um colaborador, que também possui direitos que devem ser respeitados.

Gestão financeira da MEI

Aqui é onde o bicho pega!

Na hora de lidar com o dinheiro.

Muita gente tem dificuldades em gerenciar as próprias finanças pessoais. E quando abre uma

empresa, essa dificuldade se multiplica.

Contas a pagar e receber, fluxo de caixa, lucro… Como saber se a sua empresa está indo bem ou mal? Afinal, um dos maiores motivos de você ter aberto um negócio foi justamente o de fazer mais dinheiro, não?

Controle dos gastos

O primeiro passo é definir como vai ser seu controle financeiro. Ele é o primeiro e mais importante passo quando

falamos sobre o dinheiro do seu negócio.

Preste atenção nesta palavra:

CONTROLE.

É disso que você precisa, no fim das contas. Ter a sua empresa sob controle, sabendo o que acontece dentro dela. E, no caixa, isso não é diferente.

Mas diferente do que muita gente pensa, isso não é ciência de

foguete. Só precisa saber tudo o que entra e sai do seu caixa, e tudo o que você tem para entrar e sair.

Tenha isso tudo por escrito.

Simples assim.

MEIs podem contratar um funcionário para ajudar com as atividades da empresa.

Ao contratar um funcionário, uma das suas

obrigações é o depósito mensal do FGTS (8% sobre o salário) e do recolhimento de 3% da remuneração para a Previdência Social. Fora isso, deverá cumprir obrigações trabalhistas previstas na CLT, como

assinar a carteira de trabalho, pagar o 13º salário, oferecer vale-transporte e férias, e dar aviso prévio

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Existem vários métodos para se fazer isso, e eu vou mostrar alguns a seguir. Mas o grande segredo por trás de todos eles, na verdade, é a consistência.

Se você cuidar do seu caixa todos os dias, em vez de uma vez por mês (na hora de pagar as contas), tudo fica muito

Conta Pessoa Jurídica

A verdade é que seu negócio precisa de uma conta exclusiva para ele.

Um dos erros mais comuns no MEI é não separar as finanças pessoais das finanças empresariais.

Essa é uma prática saudável, que deve ser mantida e aprimorada ao longo do tempo. Afinal, é um dos segredos do sucesso financeiro!

Já disse, mas vou repetir: separe um salário para si mesmo, que vai sair da conta da sua empresa todos os meses e ir para a sua conta pessoal. A conta da empresa paga as despesas da empresa, sua conta pessoal paga as despesas pessoais. Ponto.

Você, que é um empreendedor moderno, não tem tempo a perder e procura soluções eficientes e de baixo custo, certo?

Por isso, a conta digital pode ser sua grande aliada!

Separe as despesas

pessoais das empresariais Determine um salário para si mesmo, e não pague contas pessoais usando o caixa da empresa, nem vice-versa.

Não gaste com besteiras

Parece uma dica boba, mas é muito comum, ao abrirmos um negócio, sairmos gastando com coisas que não vão

agregar em nada, inicialmente.

Se você não vai receber

ninguém na sede da empresa,

Use ferramentas tecnológicas!

Controle financeiro, conta digital, controle de estoque…

existem softwares baratos (ou até gratuitos) pra tudo isso.

Facilite sua vida!

Mantenha o foco!

Não pule os horários dedicados à sua gestão

financeira. São compromissos sagrados para o seu

negócio e vitais para a sua prosperidade.

Fora isso, siga estas quatro dicas de ouro:

mais fácil e é bem mais difícil de se errar.

Minha dica? Reserve na sua agenda dias e horários fixos para a gestão financeira.

Por exemplo: segunda às 8h é

para fazer a conciliação bancária,

sexta às 14h é para fazer os pagamentos de boletos da próxima semana, e assim por diante.

Crie uma escala que fique fácil para você, e siga ela religiosamente. Os resultados serão bem melhores, eu prometo!

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Conta Digital para Pessoa Jurídica

Uma conta digital oferece os mesmos serviços de uma conta tradicional, mas com muito

mais benefícios!

Você pode movimentá-la direto pela internet, em celulares e computadores, sem depender de agências, gerentes ou caixas. E o melhor: contas digitais têm MUITO menos custos do que as contas de bancos tradicionais.

Claro que uma conta digital PJ oferece

funcionalidades específicas para o empreendedor, mas, diferente das tradicionais, tem custo baixo e acesso facilitado. E basta ter um CNPJ ativo na Receita Federal para poder abrir uma. Ou seja, você que é MEI também pode ter a sua!

Na Conta Digital Neon Pejota, você não paga tarifa de manutenção, anuidade ou mensalidade, apenas tarifas reduzidas, dos produtos e serviços

que usar. Nada de “cesta de serviços” cheia de coisas que você paga e não usa.

O cadastro é feito totalmente online, o atendimento funciona 24 horas por dia, além de muitas outras vantagens como

cobrança por boletos registrados, um cartão virtual internacional para compras online, e acesso em uma plataforma 100% digital e muito simples.

A conta digital Neon Pejota tem zero mensalidade,

atendimento 24h, cartão

virtual e emissão de boletos.

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E se o faturamento passar do limite de R$ 81.000,00?

Uma das características do regime MEI é o valor limite do faturamento anual, que não pode

ultrapassar R$ 81.000,00. Mas e se isso acontecer?

Antes de tudo, você precisa saber que faturamento anual nada mais é do que a soma de todas

as vendas realizadas ou de todos os serviços prestados, sem a dedução de nenhuma despesa.

Não é o quanto você LUCROU, ok?

Sobre o limite de faturamento, existem duas situações:

Ultrapassando até 20% do limite

Se o seu faturamento for superior a R$ 81.000,00, mas não ultrapassar R$ 97.200,00 (menos de 20%

acima do permitido), você deverá recolher o DAS na condição de MEI até o mês de dezembro e recolher um DAS complementar, pelo excesso de faturamento. Este DAS será gerado no momento da sua Declaração Anual do MEI (DASN-SIMEI).

A partir do mês de janeiro do ano seguinte,

você passa a recolher o Simples Nacional como Microempresa, e não mais como MEI, com

percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento do mês, conforme as atividades econômicas exercidas.

Aí, é hora de procurar um contador!

Ultrapassando mais de 20% do limite

Se o faturamento for superior a R$ 97.200,00, mas inferior a R$ 360.00,00, você ainda será enquadrado como ME - Microempresário.

No entanto, se o faturamento aumentar para algum valor entre R$ 360.000,00 e R$ 4.800.000,00, o empreendimento se torna uma EPP - Empresa de Pequeno Porte.

Você continua recolhendo impostos no Simples Nacional nos percentuais de 4%, 4,5% ou

6%, de acordo com o ramo da atividade, mas a principal diferença é que a condição de Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte será retroativa ao mês de janeiro ou ao mês de inscrição, e não apenas a partir do próximo ano.

Nas duas situações, o MEI deverá solicitar obrigatoriamente o desenquadramento no Portal do Simples Nacional, que deve ser realizado até o último dia útil do mês posterior ao que tenha ocorrido o excesso de faturamento.

Falando assim, parece até que deixar de ser MEI é uma grande penalidade, não é?

Na verdade, isso é ótimo!

É sinal de que seu negócio

prosperou, está vendendo

cada vez mais e evoluindo.

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O próximo passo:

Deixando de ser MEI

Seu negócio prosperou, você

ultrapassou o limite de faturamento ou pensa em investir e contratar mais funcionários: é hora de dar o próximo passo! Crescer é bom!

É claro que você, como

empreendedor, tem o desejo de ver o seu negócio crescer. É um processo natural e prova que os

Porém, claro, essa mudança também pode trazer novos desafios, como a mudança de categoria.

De forma simples, o

desenquadramento é feito pelo site da Receita Federal - você mesmo pode fazer, ou pedir

para o seu contador (agora você vai precisar de um).

Apesar de muitos benefícios, deixar o regime MEI pode ser

negócio. Seja por sua escolha ou por questões legais, aqui estão algumas razões para a mudança:

Aumento do quadro de funcionários

Como MEI, é permitido que você contrate apenas um

colaborador. Se for necessário o aumento do quadro de

funcionários, será preciso optar por outro formato de empresa,

Não vale a pena contratar

sem registro de carteira e outras normas da CLT. Além de ilegal, você corre um gigantesco risco de tomar uma ação trabalhista e, se perder a causa, os custos podem quebrar a sua empresa (e você junto).

Inclusão de um sócio

O MEI atua sozinho na gestão do negócio. Por isso a nomenclatura

(16)

Então, se você deseja ter um parceiro, terá que migrar para

microempresa e, claro, precisará de uma nova natureza jurídica: abrir um negócio em sociedade.

Abertura de filial ou novo negócio

É uma das diretrizes do MEI. Você, como microempreendedor individual, não pode ter outra empresa em seu nome e isso inclui ser sócio - mesmo que seja de 1%.

Então, se você quer investir em outro negócio, precisa passar a sua MEI atual para a condição de microempresa.

Como MEI, você não pode ter

outra empresa em seu nome.

O mesmo serve para abertura de filiais: a lei do MEI determina a existência de apenas um

estabelecimento/endereço para a empresa. Assim, se o seu negócio precisar estar em mais de um lugar, vai precisar modificar a categoria para ME.

Atividade não permitida

Ao abrir um MEI, você precisa se registrar em uma das

atividades permitidas. A lista é grande, mas não são todas as ocupações contempladas, esse é um aspecto que você precisa ter muita atenção.

Antes de inserir um novo código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), seja ele primário ou secundário, veja se ele está na relação do MEI. Se não estiver, a mudança também é obrigatória.

Mais uma vez: tenha em mente que sair do MEI significa crescer. É o sonho de todo empreendedor, não

(17)

E aí? Pronto para empreender e crescer, de um jeito legal e desburocratizado? É pra isso que o regime MEI serve!

E a Neon tá aqui,

pronta pra te ajudar a crescer!

Se tiver dúvidas, chama a

gente em um dos nossos canais de atendimento.

Até mais!

Sem mensalidade, com cartão virtual e atendimento 24h.

Referências

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